JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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Bom Despacho (MG),24 Dezembro 2020

DESTAQUE

Ano XXXI - Nº 1.601 • Fundado em 12/05/1989

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Bom Despacho (MG), 24 Dezembro 2020 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

O Natal e a bicicleta para todos

Natal em tempos de pandemia

Padre Jayme: o Roda Viva foi um sonho que começou no seminário

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ENTREVISTA EXCLUSIVA - PÁGINA 16


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Bombeiros pegam cobra jiboia dentro de galinheiro em BD

Bom Despacho (MG),24 Dezembro 2020

PM recebe bafômetro para fiscalizar o trânsito em BD A Polícia Militar está implementando a fiscalização de trânsito com uso de bafômetro em Bom Despacho. O objetivo é coibir a presença de pessoas alcoolizadas no volante. Para isso, a 50ª Companhia da PM recebeu da Secretaria Municipal de Trânsito um etilômetro para as blitz policiais. Segundo a PM, o equipamento é empregado “em operações policiais educativas, de modo a conscientizar os condutores sobre os perigos advindos da combinação do álcool e direção”. O equipamento cedido à Polícia Militar é um etilômetro Elec, modelo BAF-300. “O aparelho foi revisado e aferido e já se encontra pronto para ser utilizado pelas guarnições policiais”, informou a corporação.

Militares do Corpo de Bombeiros de Bom Despacho capturaram uma jiboia de aproximadamente 1,5m na terça-feira (8/12). A cobra foi encontrada por uma mulher dentro do galinheiro da sua chácara, num condomínio do município.

De acordo com a mulher, que acionou a corporação, a jiboia atacou algumas galinhas para se alimentar. Os bombeiros capturaram a cobra e a levaram para uma mata, onde foi solta no seu habitat natural.

Jovem é preso empinando a moto na Praça da Matriz Um jovem de 18 anos foi preso por direção perigosa de motocicleta na Praça da Matriz às 21h15m do domingo (20). Ele estava empinando uma moto Honda CG 150 Fan em frente à loja da Eletrosom quando foi flagrado por policiais que patrulhavam o local. O motociclista, que não tem habilitação, ainda tentou fugir mas foi perseguido e abordado na rua Dr. Miguel Gontijo. Ele foi preso e levado para a

Delegacia de Polícia. Infração gravíssima Empinar moto é classificado como infração gravíssima pelo art. 244 do Código de Trânsito devido ao risco que traz para os outros motoristas e pessoas que circulam pela via pública. A multa prevista para essa infração é de R$ 293,47 e suspensão do direito de dirigir. A motocicleta foi apreendida e removida para o pátio credenciado do Detran.

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Penalidades - De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, quem for pego dirigindo sob efeito de álcool será multado em R$

2.934,70, terá a CNH recolhida e poderá ter suspenso temporariamente o direito de dirigir. As consequências são as

mesmas para quem tem a embriaguez confirmada pelo bafômetro e para os que se recusarem a fazer o teste do bafômetro.

Fim de semana teve carro capotado e homem baleado Duas ocorrências graves marcaram o último fim de semana antes do Natal em Bom Despacho. O primeiro foi o capotamento de um veículo na avenida Norte-Sul, ocorrido por volta de 21h30 de sábado (19). O SAMU foi acionado e atendeu duas vítimas no local. A primeira, um homem de 38 anos, estava consciente e apresentava quadro estável. Ele foi medicado, imobilizado e levado para a UPA. A outra vítima, uma mulher de 38 anos, também estava consciente e estável, mas ficou presa dentro das ferragens. O Corpo de Bombeiros foi chamado, retirou a vítima de dentro do veículo, fez sua

imobilização e a levou para a UPA. A Polícia Militar também compareceu no local. Homem baleado Na tarde do domingo (20), um homem foi baleado na rua Santo Antônio do Monte, no Rosário. Segundo informações de redes sociais, ele levou 2 tiros. O SAMU foi ao local e encontrou a vítima consciente mas confusa. De acordo com os socorristas, ele tinha ferimentos de arma de fogo no lado esquerdo do peito. O homem foi imobilizado e levado às pressas para a UPA de Bom Despacho. Não foram divulgadas informações sobre o motivo do crime e a autoria dos tiros.


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Bom Despacho (MG), 24 Dezembro 2020

Sebrae mostra estudo para fazer derivação no Rio São Francisco OBJETIVO É CAPTAR ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO E JOGAR NO RIO PICÃO

Rio Picão O Sebrae Minas apresentou em Bom Despacho dia 15/12 os resultados do Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP) feito nas áreas do Rio Picão e do Córrego dos Machados. A apresentação foi feita no Parque de Exposições, com transmissão ao vivo pela Internet. O ZAP é a primeira etapa do projeto que prevê a derivação de 4 metros cúbicos de água por segundo do Rio São Francisco para o Rio Picão com o objetivo de aumentar a área irrigada e a produção agropecuária no município. O zoneamento mede a disponibilidade hídrica da área, seu uso e ocupação, bem como indica se há necessidade de revegetação.

Segundo o prefeito Bertolino da Costa, a derivação “pode mudar o futuro do município”. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o prefeito afirmou que “com mais água será possível expandir a área irrigável no seu entorno e produzir milhares de toneladas a mais de grãos. Trará uma riqueza enorme para o município através do agronegócio, gerando milhares de empregos diretos e indiretos e impulsionando o desenvolvimento de Bom Despacho”. Leonardo Mól, gerente regional do Sebrae Minas, destacou que o zoneamento ajuda a identificar aptidões e atividades econômicas do vale do Rio Picão e do

córrego dos Machados. Participam da apresentação do ZAP o ex-ministro Alysson Paulinelli, idealizador do projeto, Roberto Simões presidente da FAEMG e do Sebrae Minas, Ana Valentini, secretária de Agricultura de Minas Gerais, Carlos Melles, presidente do Sebrae nacional, o advogado Kleverson Mesquita representando o prefeito Bertolino da Costa, Patrick Brauner Resende, presidente do Sindicato Rural e Jacques Gontijo Alvares, produtor rural e ex-presidente da Itambé. O evento foi promovido pelo Sebrae em conjunto com Prefeitura Municipal, Sindicato Rural de Bom Despacho, Sicoob Credibom e Cooperbom.

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Bom Despacho (MG),24 Dezembro 2020

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Copasa recebe criticas por refazer a mesma obra 4 vezes seguidas INTERVENÇÕES SEGUIDAS PREJUDICAM TRÂNSITO E DÃO PREJUÍZO AO COMÉRCIO

Ao findarmos este ano de 2020 trago para as famílias bom-despachenses os melhores votos de Feliz Natal e muita prosperidade. Durante as festividades vamos todos nos cuidar e celebrar respeitando as recomendações de afastamento social para que possamos estar bem e juntos no próximo ano. Em 2021 trabalharemos ainda mais para fazer de Bom Despacho uma cidade cada vez melhor, mais acolhedora e desenvolvida, de que todos possamos nos orgulhar.

Boas Festas! Feliz 2021!

Bertolino da Costa Neto PREFEITO MUNICIPAL

Pela quarta vez em um mês, a Copasa reabriu o asfalto no cruzamento da rua Dr. José Gonçalves com a avenida Prefeito Geraldo Simão, no centro /da cidade, para fazer manutenção da rede de água no local. A última foi realizada no sábado (19). Na intervenção anterior, dia 10/12, a Copasa fechou o trânsito dos veículos que vinham da Praça da Matriz para subir a rua Dr. José Gonçalves. As obras frequentes da concessionária no mesmo local motivaram reclamações de comerciantes da região. O empresário Max Plauto Malachias criticou a concessionária por refazer o serviço várias vezes, “sem planejamento, gerando custos, prejudicando o trânsito

na região e causando prejuízos para os comerciantes daquele trecho por dificultar o acesso dos clientes, especialmente nos dias que antecedem o Natal, quando há maior procura pelas lojas”, afirmou. Afundamento da pista Ouvida pelo Jornal de Negócios, a Copasa confirmou já ter feito três intervenções no mesmo local – dias 18 e 27 de novembro e 10 de dezembro. Isso foi antes do dia 19. De acordo com o encarregado de sistemas da companhia em Bom Despacho, Sebastião Ribeiro, 38, essas intervenções foram realizadas para sanar vazamentos na tubulação. Ribeiro disse ao Jornal que os vazamentos vinham sendo causados por afundamento da

pista na beira da rotatória existente no local, “exatamente onde passam veículos de maior peso ao fazer a curva para entrar na avenida Prefeito Geraldo Simão”. Segundo ele, infiltrações de água deixavam o solo sem resistência e o peso dos veículos causava ruptura do ramal. A intervenção feita no dia 10/ 12 foi executada sob orientação de uma técnica em projeto de obras da concessionária. “Toda a base foi refeita e o ramal foi trocado para resolver o problema em definitivo”, afirmou Sebastião. Nem isto parece ter resolvido o problema, porque 9 dias depois o buraco foi reaberto. Fica no ar o questionamento feito pelo empresário Max Plauto: “Por quê não fizeram certo na primeira vez?”.

PM aborda motorista e apreende revólver e drogas em caminhão Policiais militares prenderam na quarta-feira (9/12) um homem de 31 anos que dirigia um caminhão no bairro São José. Com ele foram apreendidos um revólver calibre 38 carregado e cartelas de drogas. A ocorrência teve início quando os militares suspeitaram das atitudes do motorista e deram ordem de parada ao condutor. Segundo o Jornal de Negócios apurou, ele mora no bairro São Vicente e foi abordado na avenida Dr. Roberto. Durante vistoria no caminhão os policiais encontraram um revólver calibre 38 carregado e cartelas de drogas sintéticas. Essas drogas, chamadas de “rebite”, atuam no cérebro e são usadas ilegalmente por alguns motoristas como estimulante para afastar o sono e dirigir durante horas seguidas. Seu uso é proibido porque aumenta muito o risco de acidentes nas estradas. O motorista foi preso e levado para a Delegacia de Polícia Civil, juntamente com a arma e as cartelas de drogas.


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Bom Despacho (MG), 24 Dezembro 2020

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O Natal e a bicicleta para todos Algumas festas anuais foram criadas para aumentar as vendas do comércio. Outras, porém, têm origem em acontecimentos naturais e simbolizam o apreço pela vida e pelo renascimento. São odes à solidariedade, à alegria, ao amor. Um exemplo são as comemorações de dezembro, praticadas por todos os povos antigos do hemisfério norte que conheciam a astronomia, acreditavam na astrologia e se regiam pelas estações do ano. Para eles, o final do mês de dezembro tinha um significado muito especial: entre os dias 21 e 22 acontecia o solstício de inverno. Este era o momento em que o sol terminava sua fuga para o Sul e começava sua torna-viagem para o norte. Os dias curtos e as

FERNANDO

CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

As mães são exemplo de generosidade. Se preciso, elas ficam sem comer para dar comida aos filhos. Se preciso, elas ficam sem dormir, para que os filhos durmam. Se preciso, elas trabalham dia e noite para que os filhos possam comer, dormir e estudar.

longas e frias noites começavam a dar lugar aos dias longos e às noites curtas e quentes. Não de repente, mas como promessa que se cumpria dia a dia. Embora marcasse o início do frio mais intenso do inverno, o solstício de dezembro prenunciava a certeza da volta da primavera, do verão e do outono que se sucederiam. Já para todos os povos cristãos do mundo todo, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro, tem ainda mais força e simbolismo do que o solstício de inverno. Ele simboliza o nascimento do Cordeiro de Deus, destinado a salvar o mundo. Hoje é Natal outra vez. Hora de nos lembramos das promessas que ele carrega em seu ventre. Daquela bicicleta saíram muitos arranhões e até um braço quebrado. Mas quem se importava? Naquele tempo crianças não eram criadas em redomas de vidro. Elas tinham o direito de se machucarem. Se fosse um arranhão apenas, nada que um choro rápido e um carinho de mãe não curasse num piscar de olhos. Se fosse um braço quebrado, nada que o Dr. Juca não pudesse dar um jeito.

Assim são as mães. E elas fazem tudo isto e muito mais sem parecer que há sacrifício, angústia ou dor. Esta generosidade infinita foi assim sintetizada pelo poeta Coelho Neto:

“Ser mãe é andar chorando num sorriso! Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!

Envelheci. Passei 68 natais com minha mãe. De todos que minha memória alcança, guardo ternas lembranças.

Ser mãe é padecer num paraíso” Assim são as mães. Assim foi minha mãe. Para cuidar da filharada, para ela não havia sacrifício grande demais; não havia problema grande demais; não havia exigência grande demais. Todos os dias era dia de lutar pela comida, pela roupa, pelo uniforme, pelo material escolar, pelo remédio, por tudo que seus filhos precisavam.

Mas o tempo tudo corrói e tudo leva. Devagar, ano a ano, pouco a pouco, vai nos levando e vai levando aqueles que amamos e que nos amaram. Este ano, este tempo intransigente, implacável, e inesquivável levou minha mãe para sua última jornada. Aquela da qual não há retorno. Aquela que deixa uma saudade irremissível entre os que por enquanto ainda ficam.

Imagem ilustrativa

Não era sem razão que, quando menino, eu via minha mãe como uma fortaleza. Uma fortaleza que podia carregar dois filhos nos braços, arrastar dois ou três na barra da saia e ainda arranjar tempo e energia para cuidar dos afilhados.

Este ano, pela primeira vez, eu, meus irmãos e irmãs, primos, amigos, teremos um Natal sem a estrela brilhante chamada Maria de Castro que nos guiou pela vida como a Estrela de Belém guiou os três reis magos até Nazaré. A estrela se foi. Subiu aos céus. Mas o brilho que ela deixou continuará nos guiando pelos caminhos que ela apontou. Neste Natal a saudade da minha mãe vai me doer. Mas não será um Natal de melancolia, mas sim de boas lembranças. minha voz e coloca um peso no meu peito. Mas, com a saudade me chegam também muitas lembranças boas que minha mãe nos deixou. Por toda sua vida ela colocou as necessidades e desejos dos filhos na frente das necessidades e desejos dela. Nos natais ela se desdobrava mais ainda para fazer com que todos compartilhassem as alegrias do aconchego familiar e do espírito natalino.

Agora chega o Natal. O primeiro sem ela. Com ele, chegam a saudade e a tristeza.

São lembranças boas que se diminuem a saudade e aliviam a alma.

Um ano atrás, embora frágil e vergada sob os seus 92 anos, minha mãe ainda era a fortaleza que reunia a família, organizava as comemorações, resolvia as desavenças, recriava o clima natalino. Clima de festa, de alegria, de aconchego, de família.

Embora urbana, depois de casada, minha mãe foi morar na roça. Lá, trabalhou de sol a sol ao lado do meu pai como se tivesse feito aquilo a vida toda. Vieram os filhos e ela não queria deixá-los sem escola. Vieram para a cidade. A vida sacrificada, com trabalho de sol a sol continuou. Mas a minha mãe não soltava uma queixa, uma blasfêmia, uma palavra de desânimo. Quando chegava o Natal, mesmo nos momentos mais difíceis, ela reunia os filhos e nós montávamos o presépio.

Este ano, pela primeira vez, não a teremos entre nós. Sem ela, nem sei se voltaremos a ter uns aos outros, como ela nos ensinou a fazer. Ensinou não com palavras, mas fazendo. Pela primeira vez a semana do Natal me deixou com o coração confrangido. Tenho lembranças vívidas do último almoço de Natal com ela. Pela primeira vez, ela havia decidido que não faria a Ceia. Teríamos apenas o almoço. Ela não queria ficar acordada até tarde. Foi a primeira vez, em quase 70 anos, que a vi quebrar a tradição da ceia após a Missa do Galo. Por isto, neste Natal pressinto que não conseguirei afastar a melancolia; afastar esta tristeza que de quando em quando surge do nada, me aflige, embarga

No mato colhíamos musgos de cores variadas e sementes diversas para enfeitar o estábulo. A árvore de natal era feita de um galho cuidadosamente escolhido e fincado numa lata cheia de pedra que revestíamos com papel que nós mesmos preparávamos. O papel era o mesmo que usávamos para armar a gruta: sacos de cimento que pintávamos de preto e dávamos brilho com purpurina. O lago era um espelho colocado sob o

musgo. O capim tão natural que enfeitava o presépio era arroz com casca que nós germinávamos. Depois vinham as imagens: os reis magos, os camelos, os carneirinhos, o burrinho, a manjedoura. Esta construção familiar que durava dias só aumentava a expectativa dos filhos pelo grande dia. Os presentes eram modestos, mas sempre chegavam. Cada filho ganhava os seus. Uma boneca e uma roupinha para as meninas; um carrinho e uma bola para os meninos; outros pequenos mimos que nos enchiam de alegria. O Natal da minha infância era cheio de animação. Mas, no grande dia, mamãe nos mandava para a cama. Dizia que ela e o papai iam para a Missa do Galo. Enquanto isto, Papai Noel ia deixar os presentes. Mas era preciso que todos dormissem, porque senão o bom velhinho não viria. Não aceitávamos! Queríamos ficar acordados para ver Papai Noel chegar. Como não sabíamos por onde ele ia entrar, costumávamos dividir as tarefas: combinávamos de um vigiar a porta da sala, outro a da cozinha; uma vigiava uma janela, outra vigiava a chaminé. Todos os postos assim guarnecidos, tínhamos certeza que íamos ver Papai Noel chegando. Mas que nada! Nenhum de nós, nos nossos 8, 7, 5 anos resistia ao passar das horas. Dormíamos. Mesmo com

tanta excitação, e mesmo com a expectativa de finalmente pegar Papai Noel trazendo os presentes, não resistíamos ao sono. Mas, de manhã, lá estava, o Menino Jesus na manjedoura que estivera vazia até a noite anterior. Ao lado do presépio, perto da árvore de natal, estavam os presentes. Naquele dia ninguém queria tomar café, escovar os dentes, trocar de roupa. A animação não deixava. Rasgávamos os pacotes, agarrávamos os brinquedos e saíamos brincando. Eram bonecas, bolas, cornetas, tamborzinhos, carrinhos. Havia algumas coisas mais utilitárias também. Uma roupa nova, um sapato, um par de meias. Um certo Natal – lá se vão 60 anos – tivemos uma surpresa. Além dos pacotes de sempre, estava encostada na parede, uma bicicleta. Corremos todos para ela. Era uma bicicleta caprichosamente reformada, pintada de nova. Estava reluzente. Afinal, meu tio Luiz era o mais afamado consertador e reformador de bicicletas de toda a região. Ele e o Wilson (que ainda conserta bicicletas em Bom Despacho) faziam mil milagres com as bicicletas. De quem seria? Como se dizia antigamente, começamos a babar. Aí vimos um papel pregado no guidão da bicicleta. Nele estava escrito: Para todos. Era um presente coletivo. Não demorou um átimo e já estávamos com ela na rua, pedalando e fazendo algazarra.

No solstício de dezembro os povos primitivos comemoravam o retorno do sol. Nos últimos dois mil anos os cristãos comemoram o nascimento de Cristo. Eu juntarei a estas tradições a lembrança do último Natal que passei com minha mãe. Não posso e não quero evitar a saudade e a tristeza, mas vou celebrar cada presente, cada alegria, cada carinho que ela me deu durante tantas décadas. O principal deles, o presente da vida. Neste Natal, desejo a todos os bom-despachenses que já perderam seus pais, suas mães, irmãos e irmãs, que possam lembrar se deles não apenas com saudade, mas principalmente com carinho. Àqueles que ainda têm a alegria de contar com a presença dos que amam, que possam celebrar juntos – mesmo que só em espírito – mais um ano de convívio, de fraternidade, de amor. As boas lembranças que construirmos agora serão o bálsamo que nos aliviarão no futuro, quando já não tivermos a companhia deles. Neste Natal, nós, irmãos mais velhos, vamos contar mais uma vez a estória da famosa Para Todos. Os netos e bisnetos que ainda não ouviram, vão ouvir. Os que já ouviram, vão ouvir de novo. Vamos rir dos arranhões, do braço quebrado, de tantas estrepolias que fizemos. Vamos confessar que vivemos, porque minha mãe não apenas nos deixou viver, mas também nos ensinou a viver. Vamos celebrar a presença dela como se ela ainda estivesse entre nós. Feliz Natal! Próspero Ano Novo.


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Bom Despacho (MG),24 Dezembro 2020

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Bertolino regulariza a situação de 150 imóveis na cidade O prefeito Bertolino da Costa assinou na tarde de quintafeira (17) os projetos de regularização fundiária de interesse social de 150 imóveis sem registro e em situação irregular no cadastro da Prefeitura. Os imóveis regularizados ficam nos bairros São Vicente, JK e Rosário 2 e nos conjuntos habitacionais Geraldo Sabiá e Maria de Melo Queiroz. Todos eles vão receber a Certidão de Regularização Imobiliária e serão registrados no Cartório de Imóveis. Seus proprietários terão a escritura definitiva do imóvel. Isenção de taxas A regularização fundiária é feita com base na Lei Federal 13.465 e vale para casas, lotes, barracões e até prédios sem registro. Seus donos ficam isentos de pagar as taxas do cartório de registro de imóveis. A estimativa da Prefeitura, segundo apurou o Jornal de Negócios, é que existem aproximadamente 5.000 imóveis irregulares em Bom Despacho. Tranquilidade Bertolino disse ao Jornal de Negócios que a regularização traz mais tranquilidade às famílias beneficiadas. “Muita gente passa a vida inteira tentando regularizar seu imóvel e não consegue. Por isso a medida é importante”. O prefeito lembrou que a

escritura “garante a propriedade do imóvel, garante o direito dos herdeiros, dá acesso a crédito para financiamento, reforma ou construção do imóvel e traz segurança jurídica para os beneficiários, que passam a

ser donos de fato”. Atualmente, existem outros 350 processos de regularização em andamento na cidade. “Nossa meta é chegar a 1.000 imóveis regularizados no ano que vem”, concluiu Bertolino.

Polícia Civil queima meia tonelada de drogas em BD NOTÍCIAS no INSTAGRAM

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A Polícia Civil incinerou mais de 500 quilos de maconha, cocaína e pasta base de cocaína na manhã da sextafeira (4/12) em Bom Despacho. As drogas foram apreendidas nos últimos meses em Bom Despacho e região pelas Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. O material foi levado para incineração por um comboio da Polícia Civil, em operação coordenada pelos delegados Vinícius Machado, titular da Delegacia de Luz, e Thales Cançado Gontijo, titular da Delegacia de Tóxicos da Regional de Bom Despacho. Policiais e escrivães também participaram da operação, que foi acompanhada ainda pela Vigilância Sanitária de Bom Despacho. As drogas foram queimadas no forno de uma indústria local. De acordo com levantamento feito pelo Jornal de Negócios, a carga está avaliada em mais de R$ 4 milhões. Prioridade é destruir a droga Segundo o Jornal de Negócios apurou, por razões de segurança e interesse público a Polícia Civil evita manter drogas armazenadas em delegacias. Por isso, entorpecentes apreendidos são logo submetidos à perícia e, feitos os laudos técnicos com descrição minuciosa do

material, os delegados pedem autorização da Justiça para fazer sua incineração. “Além da responsabilização criminal dos autores que transportavam as drogas, é importante a efetiva destruição do entorpecente. Isso causa grande prejuízo ao tráfico de drogas, sem contar

o perdimento de veículos que eram utilizados para tal finalidade”, explicou ao Jornal de Negócios o delegado Vinícius Machado. Para a Delegacia Regional de Bom Despacho são encaminhadas as drogas apreendidas na cidade e em outros 21 municípios da região.


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Bom Despacho (MG), 24 Dezembro 2020

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Bombeiros combatem incêndio em residência no Engenho do Ribeiro Um incêndio destruiu o anexo de uma casa no distrito do Engenho do Ribeiro na quartafeira (16). De acordo com informações passadas pelo Corpo de Bombeiros, o morador da residência, na rua Sete de Setembro, disse que fazia o almoço no fogão a lenha dentro do imóvel quando teve que sair. Ao voltar, cerca de uma hora depois, encontrou o local em chamas e os vizinhos tentando conter o fogo. O Corpo de Bombeiros foi chamado, compareceu no local e debelou o incêndio. Segundo a corporação, foram usados cerca de 500 litros de água para extinguir as chamas e fazer o resfriamento do imóvel, que foi destruído pelo fogo. Ninguém se feriu durante a ocorrência.

Fotos: Bombeiros BD

Prefeito eleito de Tapiraí morre em batida frontal na 262 O prefeito eleito de Tapiraí, Ronaldo Cardoso, de 48 anos, morreu na noite de quintafeira (17), num acidente na BR 262, perto do trevo de Moema. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ronaldo seguia na direção de Luz num Fiat Siena quando perdeu o controle do veículo. O Siena saiu para a direita, bateu na proteção lateral da rodovia, foi para a contra-mão e colidiu de frente num caminhão Ford Cargo que

vinha em sentido contrário. Depois da batida o Siena saiu da pista, capotou e caiu numa ribanceira de 4 metros. Ronaldo morreu no local. O caminhão bateu numa árvore ao lado da rodovia e parou. Seu motorista, de 24 anos, teve ferimentos leves, foi socorrido e levado para a UPA de Bom Despacho. A Perícia da Polícia Civil compareceu no local para fazer o laudo técnico e depois liberou o corpo da vítima.


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Voluntários plantam mudas de árvores na Mata do Batalhão OBJETIVO É RECUPERAR COBERTURA VEGETAL DA ÁREA

Um grupo de voluntários de Bom Despacho tem feito mutirões nos sábados para plantar mudas de árvores em pontos com baixa cobertura vegetal na Mata do Batalhão. A iniciativa é da associação SOS Parque Mata do Batalhão com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Qualquer pessoa pode participar do mutirão. “Quanto mais pessoas comparecerem para ajudar melhor”, diz a secretária municipal de Meio Ambiente, Andreia Araújo. De acordo com a secretária, a recomposição vegetal é feita com mudas de árvores nativas, muitas frutíferas, que fornecem

abrigo e alimento para os animais existentes no local. Segundo ela, o plantio de árvores “ajuda a recompor a cobertura vegetal e a qualidade do solo, que está descampado e exaurido em alguns trechos”. Mais informações nos telefones 99104.7040 e 99951.1654.


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Natal em tempos de pandemia BOM DESPACHO DE HOJE

Bisavós e avós, pais e mães, irmãos, crianças, jovens e adultos, familiares se tocam, se desejam boas festas, Esquecem-se de antigas “quizilas” para uma noite de alegria e confraternização.

Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

O Natal é uma festa de todos e para todos. O borbulhar da aproximação, de afetos, abraços, a troca de presentes, os faustos banquetes ou infelizmente só uma comidinha melhor nas famílias pobres. Os vinhos tornam as pessoas mais afáveis e mais imbuídas do espírito natalino. As missas próprias da data, as orações, os cultos religiosos de diversos credos elevam o homem e o fazem sentir-se mais perto de Deus.

O Covid-19 não veio como castigo nem dos céus nem do inferno. Talvez seja mais fruto das mãos do próprio ser humano na sua sanha de destruir o meio ambiente. Mas o Covid-19 está aí para derrubar a economia e ceifar vidas humanas. Não é pior que a Negra Peste da Idade Média, que matou um terço da humanidade de então. Nem do que a Gripe Espanhola de 1918, que custou a vida de cerca de 100 milhões de pessoas. Nestas duas pandemias faltavam conhecimentos científicos e medicamentos com os quais minimizar-se-ia uma tragédia humanitária maior que esta do século XXI. Século do esplendor da medicina, que ainda encontra gente do povo e altas autoridades da filosofia do negacionismo, que se pautam pelas ignorâncias irracionais de outrora e abrem caminho para que o seu povo possa cair nas garras da “peste” como no Brasil e nos Estados Unidos. Mas apesar desta ignorância “supimpa e dolorosa”, existe gente que luta contra essa tragédia com máscaras e isolamento social e recusa-se a usar drogas mágicas que são apresentadas como curas para esta praga moderna e universal. Praga que há de passar, graças às pesquisas de infectologistas, médicos e cientistas no confronto das benditas e anunciadas vacinas. Mas no meio dessa tragédia toda, chegou dezembro de 2020, o ano das trevas, e se anuncia o brilho da luz da noite de natal. Porque, no dia 25, Jesus nasceu, e com o nascimento do Menino, “o mundo tornou a começar.” Vejam a genialidade do pensamento do extraordinário escritor mineiro João Guimarães Rosa. Sim, o mundo tornou a começar. Há 2020 anos o mundo era um mundo

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da desigualdade, da escravidão, do autoritarismo dos soberanos e das nobrezas absolutistas, que viviam como nababos à custa da miséria quase total da população. Vivia-se do império do medo de um Deus castigador do Antigo Testamento e de outras

religiões de ídolos similares. Mas “um menino nasceu e o mundo tornou a começar.” Ele veio para pregar a paz e o perdão. A igualdade e o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo. Desde então, não há como

negar: apesar dos trancos e barrancos, das imperfeições e egoísmo da humanidade, o mundo mudou para melhor com os ensinamentos e doutrinas de Jesus de Nazaré, o maior dos filósofos e dos humanistas de todos os tempos.

A noite em que Ele nasceu, faz mais de 20 séculos, sempre foi comemorada entre os cristãos como a noite do encontro da paz, da harmonia do amor entre os humanos. Um dia de abraços e beijos, de reencontros, de reunião das famílias no recôndito dos lares.

E o Natal, em tempos de Covid19, que é o tema desta crônica de hoje, do natal de 2020? Volto ao assunto já. Nessa época do afastamento. Da proibição de abraços carinhosos nos amigos e entre os membros das famílias, no meio das quais alguns moram longe e vieram ao berço natal dar e receber afeto como há pouco fazia-se naturalmente, jubilosamente sem medo de pegar os vírus do mal. Diz um poeta que a gente ama uns aos outros é com o corpo. Com a alma nós amamos a Deus. Mas nesse natal, os filhos que estão perto ou que estão longe, o amor dos beijos, dos colos, dos abraços apertados, de corpos que se tocam, de Feliz Natal e Boas Festas, essa manifestação de amor não é recomendável... por amor... pela prudência de não transmitir ou adquirir a pandemia. É aconselhável não acreditar nos que dizem que a Covid-19 é “uma gripezinha” e quem tem medo dela é um maricas. Não creia nisso, quem vai nessa é um babaca. Não seguir os que apregoam que você não precisa de usar máscaras, eles são os negacionistas das conquistas cientificas e medicinais, negacionistas da ciência e racionalidade e filhos da ignorância “supimpa e dolorosa”. Para festejar o natal não use seu corpo. Use seu olhar doce e atraente. Suas palavras amorosas e tocantes. Sua alma profunda e sincera. Deixe seu físico preservar-se sadio e são. Sua vida e a do próximo fluir com plenitude e sem riscos. Para finalizar, eis nossa mensagem de fim de ano, deste colunista e de toda a direção e companheiros do Jornal de Negócios, há mais de 30 natais servindo Bom Despacho e sua gente amiga e generosa:

Seja feliz e deixe que seu próximo também o seja, esperando por outros natais mais serenos e livres de isolamentos, infelicidades e distâncias. Ainda assim, desejamos-lhe um venturoso natal e votos de Boas Festas e um 2021 mais tranquilo, mais próspero e mais afetuoso. Que esse 2020 de tristes lembranças, que está indo, embora leve consigo todas as suas mazelas e todas as suas pandemias. Deus certamente o permitirá!


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Batida frontal deixa 1 morto e 1 ferido perto de Bom Despacho Uma carreta e um caminhão baú bateram de frente no km 469 da BR 262, a cerca de 10 km do trevo de Bom Despacho. O acidente ocorreu por volta das 17h30 da quinta-feira (17/ 12) e interditou totalmente a pista da rodovia. Chovia no momento da batida.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta Scania de Bonfim/MG estava carregada com milho. Ela tombou de lado e a carga se espalhou pela pista. O caminhão Ford de Pinhais/ PR levava medicamentos e produtos de higiene.

Os dois motoristas foram socorridos em estado grave por equipes médicas da concessionária Triunfo Concebra. O motorista do caminhão Ford Cargo, de 33 anos, morreu no hospital horas depois.

Acidente grave entre moto e carro deixa um morto na BR 262 FIAT PALIO CRUZOU A PISTA NA FRENTE DA MOTO Um motociclista de 22 anos morreu na tarde da terça-feira (15/12) após um grave acidente envolvendo a moto que pilotava e um veículo na BR 262, entre Bom Despacho e Nova Serrana. De acordo com informações divulgadas pela Polícia

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Rodoviária Federal (PRF), o motociclista, natural de Moema, trafegava pela BR 262 numa Honda CBR 600 no sentido Belo Horizonte. Próximo ao km 453 da rodovia, um Palio que estava parado no acostamento arrancou de repente e cruzou a pista na frente da moto, que não teve como parar e bateu na lateral do veículo.

O motociclista, de 22 anos, ficou muito ferido na colisão e foi socorrido por equipes do SAMU e da concessionária Triunfo Concebra. Ele chegou a ser encaminhado para a UPA de Nova Serrana, mas não resistiu e morreu. O Palio teve parte da lateral direita destruída pela batida mas seu motorista, de 31 anos, não sofreu nenhum ferimento.

PRF prende homem por saquear caminhão acidentado na BR 262 DOIS VEÍCULOS USADOS NO SAQUE DA CARGA FORAM APREENDIDOS Um homem foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusado de saquear mercadoria de caminhão acidentado na BR 262.

A prisão ocorreu na madrugada de quinta-feira (10/12), perto do km 610, no município de Campos Altos. De acordo com a PRF, o acusado, de 25 anos de idade, aproveitou o acidente para furtar parte da carga de calçados que estava sendo

levada pelo caminhão. Além de prender o acusado, a Polícia Rodoviária apreendeu dois veículos que davam apoio ao ato criminoso. O preso e os veículos apreendidos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Araxá.


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A alma bom-despachense está na Academia

DENISE COIMBRA Escrevo este texto ainda sob a emoção de ter participado de uma reunião da Academia Bom Despachense de Letras – ABDL. Terça-feira, 15 de dezembro, na Câmara Municipal de Bom Despacho, foi uma data histórica para mim. Aos 55 anos fui empossada como presidente da ABDL juntamente com a Stael Gontijo (vice-presidente), Professor Tadeu Araújo (1º secretário), Ítalo Coutinho (2º secretário) e João Batista Silva (tesoureiro). O que nos motivou a pleitear a próxima gestão da Academia de letras de nossa cidade foi o desejo acalentado por cada um de nós de realizarmos um trabalho coeso, com ampla participação dos acadêmicos, mas também a vontade de realizarmos atividades literárias, educativas, e culturais em toda a nossa comunidade. Gosto de lembrar que a academia foi idealizada pelo quarteto de escritores Alexandre Cesário, Alex Moreira Rocha, Tadeu Araújo e Wagner Cruz. Recordo também que participei, como convidada, da cerimônia de posse dos membros fundadores. Ela foi realizada no SESC BD. Um ano depois, a convite do Professor Ronan Tales eu fui empossada na academia. Fazer parte da ABDL é uma honra porque ela

reforça os valores que nos unem enquanto membros de uma instituição que só tem fundamento e pode funcionar por causa da aliança, da parceria e do sentimento de pertencimento ao mundo das letras que todos nós guardamos em nossos corações, poesias, contos, crônicas escritas e registradas em livros, jornais e revistas onde muitos de nós já participa com regularidade e presente em nossas reuniões mensais. Participar da última reunião do ano de 2020 representou, certamente, para todos nós, a força que a literatura tem para nos ajudar a suportar a realidade e o fantasma da continuidade dessa terrível pandemia. Respeitados os protocolos, votamos, a s s i n a m o s , confraternizamos e fomos empossados para a gestão bienal da ABDL. Tudo muito rápido, mas intenso. Como a vida exige neste momento pandêmico. Nunca uma cotovelada foi tão desejada por mim, na falta de beijos e abraços apertados, os meus prediletos, cada vez que eu me encontrava, com cada um dos colegas de academia. Fazer parte da ABDL e da diretoria atual é realizar, com os colegas eleitos e demais membros, projetos que façam sentido à nossa existência, como instituição, no sentido

pleno da palavra. É também uma atitude de cidadania, pela representatividade e importância que o escritor tem como o interlocutor que dialoga com o leitor enquanto conta a história e a memória da sua cidade. Além de fazer uso da sua fantasia e inventividade. Enfim, este texto é o registro da nossa esperança e da nossa certeza de que a alma bom-despachense está nas ruas e em todas as instituições que a representam. Que a Academia Bom Despachense de Letras cada vez mais escreva e publique belas e tocantes histórias também sobre elas porque a alma bom-despachense está na ABDL. * * * * * Este texto homenageia aqueles que sempre estiveram conosco na busca da literatura como instrumento libertador. A começar pelo Professor Jacinto Guerra, sempre idealista com a causa literária. Não poderia deixar de citar os acadêmicos que nos deixaram: Santina Santos, Neiva Garbazza e Alexandre Chaves. Por fim, fica nosso compromisso de favorecer e fortalecer a literatura em nossa cidade. O futuro nos agradecerá. Denise Coimbra é professora e acadêmica da ABDL


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Quanto vale uma vida?

PAULO

HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

É semana de Natal, de celebração do nascimento de Jesus, Deus nascido entre nós! Se sua crença não o vê assim, há de reconhecer, no mínimo, o líder mais influente da história da humanidade. Aspectos históricos à parte, quero falar nesta semana de Natal da principal bandeira de Jesus, o amor. Ele ensinou muito de humildade, de fé, de doação, sacrifício e perdão, mas tendo sempre como principal motivação o amor. Acredito que, como um todo, precisamos seguir mais o mandamento do amor. Mas vou focar aqui na administração pública. É visível a descrença das pessoas com a política. É muito grande a dor e o descrédito da população com o distanciamento entre o que espera receber e o que de fato vê bater à sua porta. A política e a administração pública parecem atender cada vez mais a interesses particulares e cada vez menos à sociedade como um todo. Claro que há exceções, mas todos estamos à espera do dia em que serão a regra e poderemos ver uma sociedade mais justa e próspera para todos. Restringindo ainda mais, gostaria de falar da proteção à vida. De quantos casos de mortes trágicas você teve notícia nos últimos 30 dias em Bom Despacho? Quantas delas poderiam ser evitadas? Em quantas delas falhou o gestor público? É provável que em muitas faltou competência, em outras tantas sobrou preguiça e faltou trabalho, mas em quantas faltou se

lembrar de que a coisa pública foi criada para atender a interesses coletivos? Em quantas faltou um olhar mais dedicado ao próximo? Começo com a BR 262. Gostaria que alguém me esclarecesse por que a concessionária não fez a duplicação até o trevo de Bom Despacho. Lembro que ela inclusive já se preparou para isso, montou ali canteiro de obras e tudo, mas restringiu a duplicação do entroncamento para Divinópolis até Nova Serrana. Será por quê? Qualquer um que transitar pela rodovia de Nova Serrana até Bom Despacho (ou ainda, até Luz) verá o tráfego absurdo que há no trecho todos os dias, especialmente os úteis. As filas de veículos são quilométricas, sendo frequente a ultrapassagem de veículos de carga em subidas, curvas e entroncamentos onde as faixas contínuas sinalizam a proibição. “Mas aí a culpa é de quem descumpre a lei”, afirmam alguns. Falta amor ao gestor público que pensa ou se desculpa assim, porque sabe que os motoristas cometerão essas infrações e se colocarão em risco, mas prefere se defender atrás da letra fria da lei. A duplicação dessa rodovia não é um capricho, muito menos um desperdício de recurso público. É uma obrigação da concessionária desse

serviço, uma obrigação do poder que concedeu essa rodovia a ela, uma obrigação dos órgãos de fiscalização que pouco fazem a respeito. Soube esta semana que há um promotor em Nova Serrana que tem batalhado pela melhoria dessa rodovia. O que tem feito o Ministério Público em Bom Despacho? O que tem feito a prefeitura, os vereadores e os deputados estaduais e federais que nos representam? “Ah, isso é uma questão do governo federal, a rodovia é federal”. Falta amor pelas vidas que estão se perdendo naquela rodovia (e pelas que se submetem ao risco lá todos os dias) a quem se acovarda e se esconde atrás de “conflito de competências” quando convém. E os assassinatos em Bom Despacho? Sou apenas eu que percebo o crescimento dessas ocorrências no dia a dia da cidade? “Ah, esse é um terreno muito perigoso e de solução muito complexa”. Nossos representantes não têm capacidade para lidar com os problemas públicos complexos? Ou coragem? Ou tempo? Tem ainda quem afirme que “Bom Despacho ainda tem índices muito baixos de homicídios, muito pior é Nova Serrana”. E nós queremos ter como referência situações piores que a nossa? Ou queremos comparar com situações melhores, já vivenciadas

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em Bom inclusive?

Despacho

Eu não quero continuar vendo páginas manchadas de sangue nos nossos jornais e grupos de mensagens. Tem ainda os que afirmam que “o crescimento dos homicídios está ancorado no tráfico de drogas”. Então, e o crescimento do tráfico de drogas não é um problema de ordem pública? E falando no tráfico de drogas, quantas vidas (e famílias) não estão se perdendo com essa “mazela moderna” que cresce em Bom Despacho? Não consigo aceitar confortavelmente a perda de nenhuma dessas vidas i n t e r r o m p i d a s abruptamente, não consigo deixar de imaginar quantas poderiam ser salvas se o poder público tivesse agido antes. Como sociedade, não podemos aceitar. São irmãos nossos, ainda que distantes, que estão partindo. Nossa fé consola, mas não pode ser justificativa para não agirmos e aceitarmos outros destinos trágicos como esses. O amor ao próximo nos move na direção contrária. Toda vida vale. E muito! Claro que a morte é o destino de todos nós, mas essa verdade não justifica a acomodação de quem tem o poder para nos dar condições de viver com saúde e segurança, especialmente aqueles que se apresentaram para nos representar e foram eleitos para isso. Essas pessoas não podem perder a noção da missão que têm, muito menos a humanidade nos seus atos. Vidas não podem ser reduzidas a números. Ainda que fundamentais para todo gestor, inclusive os públicos, eles não podem encobrir a humanidade dos valores que devem reger uma sociedade sadia. Quanto vale uma vida?


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Fórum publica lista de jurados para Tribunal do Júri em BD

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Foto: Google Inc. 2018

SICOOB CREDIBOM PREMIA COOPERADO NA CAMPANHA "SORTE ASSIM SÓ NO SICOOB"

O Fórum de Bom Despacho divulgou a lista definitiva de jurados para o ano de 2021. Ao todo são 88 pessoas selecionadas para atuar no Tribunal do Juri da comarca durante o próximo ano. Ao Tribunal do Júri cabe julgar os crimes dolosos contra a vida. Em cada sessão de julgamento serão sorteados 25 jurados da lista. Desses, 7 serão escolhidos para compor o Conselho de Sentença que atuará no caso. A eles cabe decidir se o réu é culpado ou

inocente com base nas respostas às questões apresentadas pelo juiz – que profere a sentença. O papel do jurado é considerado serviço público relevante. Entre outros benefícios, exercer a função de jurado assegura preferência em igualdade de condições em concursos públicos e concorrências públicas. Quem é convocado para atuar no Tribunal do Júri não pode ter desconto no salário por falta ao serviço.

Lista Definitiva de Jurados para 2021 (em ordem alfabética)

Alex Antônio Lima da Silva - Amanda Assis de Azevedo - Amanda Cristina Antunes do Couto Amanda Cristina Silva Mendonça - Ana Paula Soares Ferreira Martins - André Luís Nunes Campos - André Luiz Romão - Ângela Aparecida da Silva - André Salgado de Oliveira - Caio César Rates - Celena Maria da Silva - Celia Mara Ribeiro de Menezes - Claudia Fernandes da Silva - Cláudia Rodrigues Ferreira Claudio Antônio da Costa - Cleonice Maria de Oliveira - Denilson Oliveira Nolasco - Djalma Máximo Pontes- Eder Israel Bessas - Eduarda Cristina Clemente dos Santos - Eduarda Vívian Gontijo Silva - Elísio Rodrigues da Costa - Erotides Roberto Rosado Guimarães - Fabricio Rodrigues Gomes Fernanda Deliana da Silva - Filipe de Almeida Silva Flávio dos Reis Pereira Lopes - Franciane Gomes Guimarães - Francisco Alexandre Cardoso Gontijo Genes da Silva Santos - Geraldo Majela da Costa Helba Rodrigues Coelho e Oliveira - Helder Domingos de Souza - Hélida Cristina de Souza - Henrique Rodrigues Lucas - Isabele Rates - Iris Adriana Soares - Isabela Luiza Rosado Soares - Isabella de Alcântara Morena Resende - Janice Mara da Silva Ribeiro Joelma Priscilla Bobbia Teixeira - José Geraldo dos Santos - Juliana Marques da Silva Borges - Júlio Maria - Jusara Aparecida Maciel da Silva - Lars Soares dos Santos - Lana Bruna Oliveira Silva - Leandro Rafael Duarte Godoy Reines - Ledir Sidney Silva - Libério Rodrigues Costa - Lívia de Pádua Moreira - Lucas Soares Cançado - Luciana Franco Cançado - Lucimar Pinto Fiuza Ferreira - Karina Mesquita Silva Andalécio Assunção - Magna Maria Lobato - Matheus Dias Soares - Marcelo de Almeida Dias - Márcia Maria Mendes - Márcio Antônio Laine - Marilene Slmões Fiori da Silva - Marisa Elaine Couto - Marlene Aparecida de Melo - Mateus Dias Soares - Michele Moreira Rocha - Michelli Aparecida da Silveira - Mozart Lúcio Costa - Nilda Baldibia Caetano - Patrícia Eugênia de Mendonça Costa - Pedro Igor Lopes da Silva Soares - Ramon João Marcos dos Santos - Rayane Gomes de Melo - Reinaldo de Souza Reis - Roberta Milene de Oliveira - Roberto Donizete da Silva - Roguiméria Alves da Silva Israel - Rozilene de Lourdes Araújo Samara Marília Aparecida Gontijo - Sávio Faria Silva Ribeiro - Silvia Maria Araújo - Tamara Mendes Costa - Tamyres Rodrigues Moreira - Tito Lívio Macedo Fonseca - Vanessa Águida Silva Moraes - Vanessa de Lima Carvalho - Wagner Soares de Sant’Ana William José Teodoro - Zirlaine Piedade Corgosinho Lopes Cançado

Com sorteios semanais, a Campanha “Sorte assim só no Sicoob” está distribuindo prêmios incríveis desde o dia primeiro de fevereiro de 2020. Ao contratar ou usar algum dos produtos ou serviços participantes da promoção, os cooperados do Sicoob, pessoas físicas ou jurídicas, imediatamente recebem números da sorte e concorrem a 5 Hilux 0km, 16 Corolla 0km, 33 HB20 0km, 48 Motos Honda NXR, 192 smartphones Samsung e 240 prêmios no valor de 2 Mil Reais, em sorteios realizados conforme os resultados da Extração da Loteria Federal. No dia 15 de dezembro foi a vez da diretoria e representantes do Sicoob Credibom realizarem a entrega de 01 automóvel 0 km da marca Hyundai, modelo HB20 SENSE ao cooperado felizardo Breno Lacerda de Miranda, morador de Araújos. Breno participou da promoção “Sorte assim só no Sicoob” utilizando em suas compras seu cartão Sicoobcard, o que deu direito a obter números da sorte e concorrer aos prêmios. Ele se declarou muito feliz com o prêmio e bastante satisfeito de ser um associado do Sicoob Credibom, que considera seu melhor parceiro na sua vida financeira. As chances de participação ainda são grandes para os

associados do Sicoob Credibom, na medida em que a promoção vai até o dia 31 de dezembro e ainda serão realizados sorteios nas extrações da Loteria Federal nos dias 23, 27 e 30 de dezembro. O Sicoob Credibom se sente muito orgulhoso em ter um associado contemplado na promoção e entende que essas ações com distribuição de prêmios promovidas em nível nacional pelo Sicoob ou local pela cooperativa, além de atender as necessidades dos cooperados com produtos e serviços adequados, fortalecem os seus negócios, o que se reverte em mais benefícios para eles. O presidente do Conselho de Administração, José Fúlvio Cardoso, aproveitou a oportunidade e declarou que “apesar de todos os desafios enfrentados em 2020, ocasionados pelo COVID 19, com seus sérios impactos na vida financeira das pessoas e das comunidades, estou satisfeito pela cooperativa ter cumprido seu papel como agente de desenvolvimento da região. Foram várias ações implementadas para apoiar nossos associados, disponibilizando linhas de financiamento em condições de taxas e prazos especiais e doações para as comunidades, importantes para o combate do coronavírus”.

Mensagem de Natal Em nome do Sicoob Credibom, o presidente José Fúlvio Cardoso deixou sua mensagem de Final de Ano: Desejo a todos um Feliz Natal, repleto de paz, saúde e amor. Que o ano de 2021 traga a esperança de dias melhores e que juntos possamos enfrentar os desafios que ainda estão por vir. Reforçamos nosso compromisso de fortalecer a parceria com nossos associados e com as comunidades onde estamos presentes, para fazer a diferença a partir de um de nossos maiores valores: JUSTIÇA FINANCEIRA.

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Não censuramos nossos pequenos atos de corrupção

Bom Despacho (MG),24 Dezembro 2020

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Voltei a BD e a natureza me recebeu de braços abertos ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

LÚCIO

EMÍLIO Lúcio Emílio do Espírito Santo é coronel reformado da PMMG, escritor e membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG.

Poucas pessoas sabem, mas existe uma Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabelece o dia 9 de dezembro como o Dia Internacional de Luta contra a Corrupção. Mas não é só uma data, a ONU criou mecanismos internacionais para combate a esse mal que atinge indistintamente pessoas, países, atividades, instituições, empresas e a área pública, principalmente. O mais curioso é que a proposta para a criação desse dia foi feita por uma delegação brasileira, participante da Convenção de Mérida, no México, em 2003, uma das mais entusiastas do assunto. Os 71 capítulos da Convenção tratam de temas como a prevenção, a penalização, a recuperação de ativos e a cooperação internacional. Como se sabe, a ONU não interfere na política interna dos países, mesmo os signatários de acordos e convenções. Eles próprios é que têm de adotar medidas para alcançar os objetivos dos programas consensuais, como as mudanças na legislação, aperfeiçoamento dos órgãos de controle de investigação e de penalização. Nesse aspecto, o Brasil, nos últimos quinze anos de vigência da Convenção, obteve conquistas impensáveis há duas ou três décadas. Presidentes, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, empreiteiros, agentes públicos, envolvidos com a corrupção foram criminalmente responsabilizados. A recuperação de ativos e a cooperação internacional repatriaram boa parte dos recursos desviados, depositados em paraísos fiscais, abalando internamente o mercado de propina e lavagem de dinheiro. O mecanismo da popularmente conhecida “delação premiada” ajudou a Justiça a obter provas preciosas, que deslindaram os meandros dessa nefasta atividade. Mas os avanços, sobretudo em termos da legis-

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lação, prevenção e controle, deixaram muito a desejar. Através do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODOC), incluindo a corrupção, a ONU presta ajuda aos países interessados em cumprir o compromisso de lutar contra as várias modalidades de corrupção. Aqui no Brasil as ações previstas na Convenção cabem à Controladoria Geral da União (CGU), que tem a difícil tarefa de tirar o nosso país da lista dos países percebidos como um dos mais corruptos do mundo, em 2019. A organização Transparência Internacional criou o Índice da Percepção da Corrupção (IPC), atribuindo pontos aos países de 0 (mais corruptos) a 100 (os menos corruptos. O Brasil somou somente 35 pontos e ocupa o 106º lugar na lista, ao lado da Albânia, Argélia e Costa do Marfim. O problema da corrupção não é tão simples como às vezes parece. Os que acham que esse vício está enraizado na natureza humana defendem a punição como única forma de domar os instintos e más tendência do ser humano. A impunidade seria o maior incentivo para a continuidade dessa prática antissocial. Há os que não acreditam nem mesmo na punição, porque “todo homem tem seu preço” e, mais cedo ou mais tarde, aparece alguém disposto a pagar esse preço. A prova disso é a quantidade de falsos moralistas desmascarados todo dia. Reforça o argumento dos céticos o fato de que corruptos são os outros. Não censuramos nossos pequenos atos de corrupção. Esses pequenos atos acabam calejando a nossa consciência, dando ensejo a crimes mais graves. Entendo que as causas da corrupção não são diferentes das causas do crime em geral. Destaco a oportunidade, o aprendizado e a impunidade como fatores causais fundamentais. Quase todas as mazelas humanas são atribuídas à falta de educação, um lugar comum. Mas, a verdade precisa ser dita. Nos países em que há um esmerado processo educacional, a corrupção não costuma prosperar. Luta contra o crime, portanto, é luta por uma boa educação.

Eu sempre me contentei com pouca coisa. Sempre fui assim, sem muito luxo, sem grandes expectativas. Desde criança me identifiquei com uma frase usada por caminhoneiros e que lia nas estradas paulistas, quando eu e minha família íamos para a praia: “não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho”. Cabe para mim, com perfeição. Nunca gostei de comprar carros, nem roupas, na maioria das vezes prefiro um restaurante simples e aconchegante a um caro e luxuoso. Só perdia a cabeça com três produtos: vinho, livro e música. Sempre comprei muito dos três produtos. Com o “quase fim” da mídia da música, o LP ou o CD, minhas gastanças ficaram restritas apenas a vinho e livro, já que a música eu continuo ouvindo diariamente no aplicativo Spotify, gastando bem menos do que na época que comprava discos. A natureza faz parte de minha vida. Por ser paulistano e não ter acesso a natureza em abundância na cidade, sempre me emocionou o menor contato com ela: uma flor nascida em um buraco em um muro, um pássaro perdido no meio da poluição, uma borboleta pousada em uma rara rosa em algum quintal paulistano. Essas coisas, que para um bomdespachense passam despercebidas, para mim sempre foram motivo para umedecer os olhos. Minha paixão por Bom Despacho está centrada no convívio com a namorada, que é natural destas plagas, e também no contato com a natureza muito mais abundante por aqui do que em minha terra natal. No sábado passado, dia que cheguei a Bom Despacho depois de dois meses ausente, fui almoçar na Fazendinha e minha namorada bom-despachense cumprimentou uma amiga, a Sandra Torres. Quando já estávamos acomodados na mesa, esta amiga veio

Um pequeno Saruê, semelhante ao que encontrei na chácara do meu sogro (Foto ilustrativa)

conversar um pouco conosco e perguntou se era eu quem escrevia para o Jornal de Negócios. Diante da confirmação, contou que foi visitar o local onde se juntam os rios Pará e Lambari por causa de um artigo meu no jornal. Contou feliz que adorou o passeio e que nunca tinha ido lá. Agradeceu a mim pela dica. Já fiquei muito contente por isso. No próprio sábado, eu e minha namorada bomdespachense, fomos visitar meus sogros no bairro Cristais. Logo que chegamos, meu sogro apontou um pé de jamelão (alguns chamam de amora roxa ou ameixa roxa ou preta) e me disse: “está carregadinho, só esperando sua chegada”. Imediatamente, lembrei-me de que há alguns meses comi centenas daquelas deliciosas frutinhas em um fim de semana. Recordei que passei horas colhendo e comendo as delícias embaixo da sombra da árvore. Apesar de estar ainda cheio do almoço recém comido na Fazendinha, fui para debaixo do pé de jamelão e comi centenas delas, só parando com a gulodice porque não havia mais nenhuma ao alcance das mãos. Fiquei tão feliz de encontrar a árvore carregada de frutos, de poder refestelarme embaixo do próprio pé, coisa impossível em São Paulo, que julguei-me a pessoa mais feliz do mundo. No mesmo dia, ha-

via recebido o agradecimento de uma bom-despachense por ter dado uma dica de natureza exuberante, a junção dos rios Pará e Lambari, e ainda comi uma quantidade imensa de fruta no próprio pé. Nada mais poderia me fazer feliz naquele dia perfeito.

varanda da casa. Eu continuei tentando acompanhar a trajetória do bichinho, todo feliz, acompanhado em minha felicidade pelo cachorro da casa, o Lionel, que parecia mais interessado em estraçalhar meu novo amiguinho.

Mas, estamos em Bom Despacho, e a natureza sempre pode continuar surpreendendo um paulistano. E continuou...

Passados alguns minutos, uma rolinha saiu voado de seu ninho, o que me assustou. Era o gambá tentando se alimentar, mas quebrando a cara na empreitada. A rolinha escapou, mas seus ovinhos, que estavam no ninho, viraram um delicioso omelete para o visitante “saruê”, nome pelo qual meu sogro chamou o bicho.

Já era sábado à noite, eu estava deitado na rede na varanda da casa dos meus sogros, minha namorada bom-despachense estava junto comigo, meu sogro estava sentado à mesa lendo o jornal do dia, minha enteada nos fazia companhia, quando vi um animal descendo por uma viga de sustentação do telhado. Como meu sogro era o mais perto do bichinho, gritei para ele emocionado: “olhe um bicho ali, olhe ali, que bicho é esse?”. Minha enteada iluminou o animal com seu celular e meu sogro cravou: “é um gambá, mas pelo seu desespero, achei que era uma onça albina de oito patas”, gracejou, já que ele convive com os gambás no dia a dia de seu sítio e eu os vejo mais em desenhos animados ou ouço seu nome quando o Corinthians joga, já que o apelido do time é gambá.

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Acompanhei aquele gambazinho com os olhos e voltei a fazer um pequeno escândalo quando ele pulou do telhado para um arbusto encostado à

Como disse no início do texto, contento-me com pouco: ter contribuído para uma amiga de minha namorada bomdespachense conhecer um lindo lugar, como a junção dos citados rios, ter comido fruta no pé e ainda ter visto de pertinho um gambá, fez de meu sábado uma benção. Ainda mais, porque no sábado voltei a Bom Despacho e reencontrei minha namorada bomdespachense. No dia seguinte, domingo, lembrei aos risos que minha relação com ela é parecida ao que via, quando criança, no desenho animado Pepe Le Gambá e Penelope Pussycat. Pepe era um gambá que se apaixonava pela gata Penelope, situação muito parecida à que vivo em Bom Despacho com minha gata-namorada. Que felicidade!


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Bom Despacho (MG), 24 Dezembro 2020

DESTAQUE

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Padre Jayme: o Roda Viva foi um sonho que começou no seminário Jayme Lopes Cançado nasceu em Bom Despacho dia 29/10/1931, numa casa existente no terreno onde hoje fica a Praça de Esportes. É filho de Luís Lopes Cançado e Antônia Clara de São José. Teve 4 irmãos. Ordenou-se padre em 08.12.1958 – portanto, há 62 anos. Leitor voraz, sempre gostou de livros, revistas e jornais. Também é autor de 7 livros sobre educação para os pais, os jovens e as crianças. Foi professor no Colégio Comercial e no Colégio Industrial. Lecionou Português, Francês e Inglês. Durante mais de 30 anos apresentou um programa diário na Rádio Difusora AM, de Bom Despacho. Padre Jayme foi o fundador do Movimento Roda Viva, que reuniu jovens e adolescentes de Bom Despacho a partir Como surgiu o Roda Viva? O Movimento Roda Viva surgiu de um projeto que eu acalentava desde que fui ordenado sacerdote, que era evangelizar a juventude. Um professor do meu seminário dizia que muita gente gostava de trabalhar com crianças, mas com adolescentes ninguém queria, porque era uma idade difícil. Alegavam que os jovens eram rebeldes, queriam ser os donos do mundo. Por isso quase ninguém queria estar com eles. Na cidade de Espera Feliz, onde estudei, me encantava o comportamento alegre e barulhento dos jovens que passavam em frente ao pré-seminário para jogar bola. Tinham uma atitude de independência, uma alegria difícil de descrever. Essa situação me motivou. Por isso decidi dedicar minha vida ao trabalho com os adolescentes - que não eram mais crianças, mas também não eram jovens. Para tanto procurei estudar livros educacionais e outros que tratavam do tema adolescência. O Roda Viva surgiu desse sonho, desse envolvimento com a juventude. Ele foi criado para integrar os adolescentes e jovens com idade entre 13 até 18 anos de idade. Um período da vida em que protestavam contra tudo: a sociedade, a família, a ordem estabelecida.

do final dos anos 60. Durante décadas foi um guia espiritual e mobilizador da juventude ligada à Igreja Católica na cidade.

insegurança. O Movimento Roda Viva veio para orientar, tirar os medos, ajudar a encaminhar.

Atualmente, aos 89 anos de idade, com saúde frágil e dificuldades de locomoção, não sai da Casa Paroquial, onde reside. Muito querido pela população, é obrigado a evitar o contato com as pessoas pelo risco de se contaminar com o Covid-19.

Eu fui mobilizador e cumpri o papel que me cabia de líder espiritual. Tinha vontade de modificar a sociedade, de melhorar as condições de vida do povo.

Seu “anjo da guarda”, como ele diz, é a técnica de enfermagem Joana D’Arc Fernandes da Silva, de 66 anos. Zelosa, ela não saiu de perto enquanto Padre Jayme concedia esta entrevista ao editor Alexandre Coelho para falar sobre o Roda Viva. “É uma bênção na minha vida poder cuidar dessa pessoa tão especial”, afirmou Joana. O Movimento tinha algum viés político-partidário? O Roda Viva procurava formar consciências. Formar consciência crítica na juventude que participava do movimento. Queria orientar o ímpeto do jovem para ele se posicionar firmemente diante de um partido, um político influente na sociedade, tomar posição diante do cenário político. O Movimento foi fundado num ambiente político muito disputado. Quis aproveitar e reunir a juventude para conscientiza-los. As reuniões eram feitas num espaço ao lado da Casa Paroquial. Fazíamos encontro de jovens para debates, discussões, atividades e discussão de projetos para a cidade. O que inspirava os integrantes do Movimento? O sonho de fazer um mundo melhor, mais justo, mais fraterno. O desejo de participação, de se afirmar, de ter um papel a cumprir. Para mim, o adolescente sentia-se pessoa, já podia definir seus sonhos, seus desejos de realizar muito por sua pátria, sua igreja, pelo mundo até. Tinha vontade de modificar a sociedade. Mais ou menos assim: “eu sou dono do meu nariz e quero ser dono do meu pensamento, da minha vontade”. Mas os adolescentes sentiam medo, tinham

E qual era o papel do Padre Jaime?

Hoje, meio século depois, que benefícios o Roda Viva trouxe para seus participantes e a comunidade? Acho que contribuiu para a mudar um pouco a comunidade através da formação de consciência crítica. Fazíamos reuniões mensais com os pais dos alunos e muitos aderiram ao movimento. O Roda Viva despertou consciências, despertou interesse da juventude em participar de causas sociais, dar assistência aos mais humildes e a valorizar o ser humano. Deixou uma lição, um aprendizado? Sim. Lições importantes. Reconheceu o talento e a importância dos jovens. Trouxe esses jovens para a igreja e despertou sua atenção para os problemas sociais. Abriu espaço para a afirmação da juventude. Muitos começaram a assumir responsabilidades e compromissos através do Movimento Roda Viva. São jovens que se tornaram médicos, advogados, engenheiros e muitas outras profissões através das quais contribuíram e contribuem para o bem da comunidade. O Natal está chegando. Que mensagem deixa para os leitores? Desejo dizer que o Natal é uma festa muito importante para o cristão, para o católico, porque ele reconhece que a igreja somos nós, porque o próprio Jesus Cristo nos confiou essa missão: ide pelo mundo, ensinai a todos os povos o que eu vos ensinei. Assim, Natal é sinal de vida. É o nascimento daquele que é o verbo, a palavra que habitou entre nós. Que possamos, em todas as situações, viver o natal cristão. Jesus mesmo é quem disse: o que fizerdes ao menor dos meus é a mim que o fazeis. Que o natal seja um dia de alegria, de esperança num mundo novo cheio de graça, de vida e de paz para todos os bom-despachenses.


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