Jornal de Gravataí. Segunda-feira, 6 de abril de 2020. Edição 3431.

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Folha

PRIMEIRO ATLETA NO PAÍS COM COVID-19 SE RECUPERA E VOLTA AOS TREINOS Primeiro atleta em solo brasileiro contaminado pelo novo coronavírus (covid-19), o pivô Maique, do Paulistano, está recuperado e foi liberado pelos médicos a voltar aos treinamentos que vinha realizando em casa, durante a paralisação do Novo Basquete Brasil (NBB). O principal campeonato nacional foi interrompido em função do combate à pandemia de covid-19. Ainda não há previsão de retorno dele às quadras - a competição continua suspensa e será retomada diretamente no mata-mata. "Isso (volta aos treinos) me deixou feliz, estava com saudades. Tenho com uma rotina de dois períodos por dia. Tive até que mudar a cama de lugar (risos)", conta o jogador de 26 anos, que foi diagnosticado com a covid-19 no último dia 19. "Tive um pouco de dor de cabeça, bastante dor no corpo, resfriado, dor de garganta e comecei a tossir. Cheguei a passar uma noite inteira sem dormir, senti um calafrio muito grande no corpo", relata. Apesar de recuperado, Maique segue isolado até dentro de casa. "Está sendo difícil ficar sozinho no quarto, mas minha mãe está comigo, em um cômodo separado. Ela tem sido minha base e me ajudado muito", destaca o atleta. "Quando contei (sobre a contaminação), ela e meus amigos ficaram preocupados. Mas, os médicos me passaram confiança. Fiquei firme, com fé em Deus, e isso me manteve positivo", relembra. Com a experiência de quem sentiu na pele o novo coronavírus, Maique pede que as pessoas olhem, principalmente, pelos idosos em meio à pandemia. "Eles estão na área de risco. Queria que todos se cuidassem, tomassem cuidado e seguissem os médicos. Fiquem em casa e façam a higienização correta", conclui. O último jogo de Maique foi no último dia 9, na derrota do Paulistano para a Unifacisa, em Campina Grande (PB), por 101 a 90, partida válida pela 19ª semana do NBB. Na ocasião, o pivô atuou por cerca de 15 minutos e, nos quatro períodos da partida, anotou seis pontos, cinco rebotes e duas assistências. Os dois clubes orientaram atletas, comissão técnica e funcionários a seguir a quarentena após a revelação do caso de coronavírus.

DIRIGENTE DO INTER FAZ ALERTA SOBRE FUTURAS NEGOCIAÇÕES:

"NÃO VOU VENDER ILUSÃO"

Em entrevista concedida à Fox Sports, o gerente de futebol do Internacional, Rodrigo Caetano, comentou sobre a atuação do clube no mercado em meio à pandemia do coronavírus. O dirigente opta pela cautela, pois prevê prejuízos financeiros com a paralisação do futebol. Perguntado sobre o interesse do Colorado no meia argentino Franco Cervi, Rodrigo Caetano afirmou: "Óbvio que, no início do ano, tinha possibilidade até do Benfica de emprestar o Cervi. Hoje a possibilidade é zero, eu não vou aqui fugir da responsabilidade, não vou vender ilusão". "Precisamos sobreviver. Que bom que conseguimos montar o elenco. Se tivesse uma necessidade agora, ficaríamos assim. Hoje vou lutar pra cumprir os compromissos com atletas e funcionários. Conseguimos montar esse time com muita criatividade. O Inter precisa vender no meio do ano. O maior desafio, antes de trazer, será vender. O Internacional precisaria fazer até 2 vendas. O desafio maior vai ser manter o que já temos", completou o gerente de futebol. Além de possíveis transferências, Rodrigo Caetano falou

sobre a possibilidade de renovar com Rodrigo Dourado, que atualmente se recupera de lesão: "Rodrigo Dourado é fundamental, um garoto espetacular, grande profissional, formado aqui, é uma referência para nós. Nossa expectativa é boa. A lesão dele não foi simples, lesão óssea, difícil. A gente espera que quando retornar, retorne de vez. Esperamos que

tenha vida longa no Internacional. Ele estava com a recuperação bastante boa, mas vai passar por período de transição". A pandemia do coronavírus não tem impactado apenas nas finanças do Internacional. Diversos clubes do Brasil e do mundo têm discutido reduções salariais e cortes de gastos durante a paralisação.

UEFA DEFINE 3 DE AGOSTO COMO LIMITE PARA FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES A final da Liga dos Campeões da Europa tem o dia 3 de agosto como data limite. Esta declaração foi dada pelo presidente da Uefa (entidade máxima do futebol europeu), o esloveno Aleksander Ceferin, em entrevista à emissora alemã ZDF. Contudo, o dirigente afirmou que tudo vai depender do controle do novo coronavírus (covid-19) dentro do velho continente. Segundo Ceferin, há um estudo para realizar as quartas de final e as semifinais em jogo único.

CAMPEÃO OLÍMPICO ANUNCIA RECUPERAÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS O nadador sul-africano Cameron Van Der Burgh, medalhista olímpico de ouro na prova dos 100 metros estilo peito, afirmou “estar se sentindo 100% novamente” após ser diagnosticado com o novo coronavírus (covid-19) no final de março. A informação foi divulgada pelo site norte-americano especializado em natação SwimSwam. Van Der Burgh, que ficou com o ouro olím-

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pico nos Jogos de 2012 (Londres) e com a prata quatro anos depois, no Rio de Janeiro, foi o primeiro nadador de renome internacional a divulgar que tinha testado positivo para coronavírus. Segundo o atleta sul-africano, este foi: “De longe o pior vírus que já enfrentei”. Ele afirmou que demorou cerca de três semanas para sentir-se totalmente de volta ao normal.

As partidas poderão ser simultâneas a jogos de campeonatos nacionais de forma a que se cumpra o prazo. Há ainda a hipótese de estas fases decisivas acontecerem com estádios vazios e portões fechados. Porém, não existe consenso sobre esta medida dentro da Uefa e o próprio Ceferin afirmou que prefere a presença de público. A final da atual edição da Liga dos Campeões da Europa está programada para ser disputada em Istambul (Turquia).

COI E FIFA ALTERAM LIMITE DE IDADE NO FUTEBOL OLÍMPICO O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidiram, em comum acordo, alterar de 23 para 24 anos o limite da idade para o futebol masculino. A regra vai valer apenas esta edição dos Jogos de Tóquio, já adiados para julho de 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A razão fundamental para esta mudança foi contemplar os atletas nascidos em 1997, que, ao completarem 23 anos em 2020, seriam prejudicados com o adiamento da competição para o próximo ano. No

acordo entre as entidades permanece a possibilidade de três atletas, sem limite de idade, defenderem as seleções nacionais nos Jogos Olímpicos. Atual campeão olímpico, o Brasil poderia sofrer várias baixas caso esta alteração não acontecesse. Tomando por base a última convocação do treinador da seleção olímpica, André Jardine, o país poderia ficar sem 11 dos 23 atletas relacionados. Segundo lugar no pré-olímpico da Colômbia, o Brasil, ao lado da Argentina, já tem vaga confirmada e vai tentar a segunda medalha de ouro consecutiva na modalidade.


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