ANO 9 - EDIÇÃO 1926ª - DIÁRIO - TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 - R$ 1,00 Circulação nos municí

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Gravataí, 18/02/2014 - Pág. 7

Horário de verão deixou saudades Empresas distribuidoras de energia elétrica avaliam economia durante o período Karina de Freitas

O

horário brasileiro de verão terminou no último final de semana. À meia-noite de sábado os relógios foram atrasados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida começou a valer no dia 20 de outubro do ano passado. Foram 119 dias vigorando o horário de verão, caracterizado pelo adiantamento em uma hora do horário normal dos relógios. Essa medida visa a economia de energia no período de maior consumo, compreendido entre 18 horas às 21 horas. Os dias tornam-se mais 'longos' pela maior exposição a luminosidade natural, gerando uma maior economia também para o bolso dos usuários. A Rio Grande Energia (RGE) é responsável pela distribuição de energia elétrica no município. A empresa não tem dados por divisões territoriais

para taxas de redução do consumo de energia durante o período das horas de verão. Porém, informa que durante os quase quatro meses da medida, a entidade que atende 262 municípios no Estado, registrou redução de 0,63% no consumo de energia elétrica na sua área de concessão. Ainda foi registrado diminuição de 5,25% na demanda de utilização da energia elétrica durante o horário de pico. A taxa de redução corresponde a 23.690 MWh de economia no consumo de energia elétrica. O volume é suficiente para abastecer uma cidade como Caxias do Sul durante sete dias abastecendo com energia elétrica. Os consumidores garantem que sentem diferença no bolso durante o período de vigência do horário de verão. Para Ailton Machado, o período deveria ser de mais tempo. "Acho ótimo o horário de verão. Acredito, inclusive, que deveria ser prorrogado até final de fevereiro. Há redução do consumo de

Estado O Rio Grande do Sul é abastecido por outras empresas de distribuição de energia elétrica. A empresa AES Sul, que atende 118 municípios gaúchos, contabilizou uma diminuição de aproximadamente 4,5% na demanda por energia elétrica no período de pico. A redução real de consumo na área de concessão é de aproximadamente 0,5%. O que equivale ao consumo residencial de um município de 30 mil a 40 mil habitantes, como é o caso de Itaqui, Rosário do Sul, Caçapava do Sul e Estrela. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) informou que ainda não concluiu o levantamento sobre a redução de consumo no Rio Grande do Sul. Os dados da empresa deverão ser divulgados na próxima semana. O horário de verão vigorou este ano no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. As Regiões Norte e Nordeste não participaram da mudança.

energia elétrica, além, da luz do sol nos proporcionar mais lazer", comentou. A moradora Mara Silva afirma que prefere o horário de verão pelo aproveitamento do tempo durante o dia e pela economia sentida na conta de luz. "Nesse período gastamos mais energia, com os equipamentos de refrigeração ligados e os de ventilação, por isso acho

que gastamos mais, porém com o horário de verão podemos ficar mais tempo aproveitando a luz do sol, o que possibilita que possamos ficar mais tempo na rua sem utilizar ventiladores e ar-condicionado. Outro benefício do horário é que podemos fazer diversas atividades, mesmo depois do expediente do trabalho", destacou.

País A medida que teve vigência durante quase quatro meses propiciou uma economia ao país de R$ 405 milhões. Uma redução de aproximadamente 4,1% da demanda por energia de ponta dos dois sistemas. Desse percentual, 4,3% foi economizado no Subsistema Sul, e 4,1% no Sudeste/Centro-Oeste. Os dados sobre o comportamento do Sistema Interligado Nacional (SIN), no período de vigência do horário de verão, foram divulgados na tarde desta sexta-feira (14) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e apontam para uma redução da demanda por energia elétrica no horário de ponta da ordem de 2.565 megawatts (MW), sendo 1.915 MW no Subsistema Sudeste/ Centro-Oeste e 650 MW no Subsistema Sul.

Prefeitura analisa relatórios preliminares do Plano Municipal de Saneamento Básico A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDUR), juntamente com a empresa de engenharia responsável pela execução do projeto realizou na última semana, a apresentação preliminar dos relatórios de diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). A partir do encontro ocorrido no Centro Administrativo Leste serão estabelecidos prognósticos com objetivo e metas junto à comunidade para a elaboração de programas e ações a serem implementadas em cada região do município. O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Cláudio Santos, destaca a importância do envolvi-

mento da população neste processo. “Realizamos durante o ano passado as oficinas de diagnóstico em cada região. Após esta etapa, estamos analisando os relatórios e estabelecendo os prognósticos para montar o projeto que irá impactar diretamente na estrutura da cidade. Esta prestação de serviço deve expressar um compromisso coletivo da sociedade em relação à forma de se construir o saneamento”, explica.

Plano de Saneamento Básico A elaboração do PMSB tem como principais objetivos garantir o acesso à água potável, esgoto tratado, planejar o destino dos resídu-

os domésticos, entulhos de obras, embalagens de agrotóxicos e industriais e a drenagem das águas pluviais. As etapas para a composição desse documento são o diagnóstico, o prognóstico, as metas, as ações, os programas, a elaboração do plano e a discussão na Câmara de Vereadores. O documento, após aprovado, se tornará instrumento estratégico de planejamento e de gestão participativa. Elaborado pelos técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, com o apoio da sociedade, o PMSB será aprovado em audiência pública. As audiências são o fórum de discussão da proposta da Prefeitura

e para apresentação de sugestões e reivindicações. Aprovado, o PMSB passa a ser a referência de desenvolvimento do município, estabelecendo as diretrizes para o saneamento básico e fixando as metas de cober-

tura e atendimento com os serviços de água; coleta e tratamento do esgoto doméstico, limpeza urbana, coleta e destinação adequada do lixo urbano e drenagem e destino adequado das águas de chuva.


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