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Semana da Ciência em unidade prisional de Mossoró
Na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio Feminino, localizada em Mossoró, 95% das mulheres privadas de liberdades estão envolvidas em alguma atividade profissional. Elas são estimuladas para que possam construir um novo futuro e, por consequência, retornarem à sociedade como novas pessoas.
Dentro desse processo, as internas participaram da 1ª Semana da Ciência, com o tema “Terra e Universo”. Elas se empenharam em construir seus próprios experimentos e apresentaram com muita desenvoltura. A semana foi organizada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), em parceria com a Secretaria da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), com o apoio de profissionais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
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O evento foi pensado por professores e policiais que trabalham no estabelecimento prisional, onde é expressivo o número de internas envolvidas em atividades educacionais e de reconhecimento. A diretora da unidade, policial penal Águida Larissa, conta que 30 privadas de liberdade estudam regularmente numa das três turmas de ensino fundamental e ensino médio, com professores contratados pela Secretaria de Educação. Cinco fazem curso superior no formato Ensino a Distância (EaD); e as demais participam de projetos como “AJUFE por um Mundo Melhor”, “Alfabetização de Jovens e Adultos pelo Instituto IBRAEMA” e “Remição pela Leitura Livre”.
Cadeia conta com Educação
Permanente em Saúde
A equipe de saúde prisional da Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal, por meio de uma parceria com a direção da unidade e o núcleo de saúde, a modalidade de Educação Permanente com o objetivo de trazer aprendizagem às pessoas privadas de liberdade que fazem parte de grupos conhecidos como de risco na atenção básica. O diretor do estabelecimento prisional, policial penal João Victor, disse que o primeiro encontro trouxe informações sobre a hipertensão, o diabetes e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
“Com o avanço de algumas doenças crônicas e infectocontagiosas e, principalmente, vi- trofísica José Ronaldo (UERN), da doutoranda e professora de geografia Ana Luísa (UFRN) e da doutora em Ensino e Ciências, Auta Stella (UFRN). A professora Ana Luíza ministrou a pales- tra de abertura com o tema: “Ciclos da vida: um olhar sobre o Semiárido Potiguar”.
A Semana da Ciência foi organizada pelas professoras Laysa Nunes, Jane Silva e Dayane Menezes, que atuam na unidade por meio da SEEC. “A unidade abraçou a causa. Seria impossível realizar esse trabalho sem o apoio dos policiais penais e sem o alinhamento das Secretarias em prol de um mesmo objetivo”, disse Laysa Nunes.
Esse tipo de iniciativa, segundo Laysa, faz parte da proposta da Educação de Jovens e Adultos. “É importante que elas mesmo estejam construindo esse conhecimento. Ao final do evento, vamos levar todo material da sala para ser utilizado na formação de professores do Sistema Prisional. A cadeia precisa ser um processo de crescimento humano. O cenário construído por elas foi feito para refletir que daqui de dentro podem partir novas pessoas”, explicou.
Os próximos eventos já estão confirmados: “Semana do Meio Ambiente” e “Semana do Corpo e da Vida”.
Atividades educacionais
- 30 internas estudam numa das três turmas de ensino fundamental e ensino médio
- 5 internas fazem curso superior no formato Ensino a Distância
- Uma turma participa do projeto “AJUFE por um Mundo Melhor”
- Outra turma faz “Alfabetização de Jovens e Adultos pelo Instituto IBRAEMA”

- Internas também estão inseridas no projeto “Remição pela Leitura Livre” sando combater surtos em unidades, faz-se necessária a exigência de novas formas de fazer saúde e educação no sistema prisional”, explica. http://www.rn.gov.br
Segundo o diretor, os desafios encontrados no cotidiano da estratégia em saúde prisional têm sido discutidos com a equipe multidisciplinar, objetivando uma proposta em intervenção, em que pese a educação permanente com a população carcerária. Ele ressalta também que o trabalho dos profissionais em saúde vai preencher um espaço de grande importância na vida da pessoa privada de liberdade.