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POLÍTICA

POLÍTICA

o senhor vem de duas vitórias maiúsculas em Maxaranguape, mas está saindo de um município pequeno, de menos de nove mil eleitores, para tentar se eleger deputado estadual. Como o senhor está construindo esse projeto para ser vitorioso?

Nós estamos na estrada desde março do ano passado. Eu acredito que só existe sucesso com dedicação e trabalho. Sucesso está ligado diretamente a quem trabalha, a quem se dedica. Hoje nós já temos parceiros em quase setenta municípios, onde estamos levando nossas ideias, nossos projetos, dialogando com lideranças, conhecendo as necessidades de cada cidade, conhecendo as suas peculiaridades e fechando parcerias. Graças a Deus a gente vem numa crescente muito boa porque eu tenho aquilo que é fundamental na política, o compromisso. Sou um homem de palavra, limpo e tenho projetos importantes para o Rio Grande do Norte. Estamos confiantes em razão do retorno positivo que temos recebido, por isso, acreditamos que seremos um dos 24 deputados estaduais eleitos, mas essa consagração só as urnas podem confirmar.

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o senhor saiu do PsdB para o solidariedade. essa mudança leva em conta a concorrência dentro do PsdB e, digamos, uma possibilidade maior de eleição que o solidariedade pode oferecer?

Exatamente. A mudança leva em conta uma possibilidade de vitória, claro. Eu fui eleito pela primeira em 2016 pelo PSD e em 2020 fui reeleito pelo PSDB. Fui para o PSDB porque tinha uma grande proximidade com Rogério Marinho (na época presidente estadual do PSDB, hoje ministro do Desenvolvimento Regional). Eu fiz amizade através do Rogério com o atual presidente do partido, deputado Ezequiel Ferreira. Mas, também, sempre tive amizade muito grande com Emilson Medeiros, que é o coordenador do deputado Kelps Lima (líder do Solidariedade no RN), e eles já tinham me convidado para ser candidato a deputado estadual desde 2018. Decidi não ir naquele momento porque eu ainda não tinha cumprido a minha missão com Maxaranguape. Eu dei a palavra em cima do palanque, eu tenho que cumprir essa missão para depois passar para outra fase. Naquela época, em 2018, já diziam que eu tinha o cavalo selado para ser deputado estadual, mas como eu dei a palavra à população de reerguer a cidade que esta-

o adversário gasta?

Você sabe que na reeleição existem algumas rejeições. É natural de quem está na gestão pública desagrade algumas pessoas, principalmente quando você toma atitudes impopulares. Nós sabemos que em Olho d’Água do Borges é sempre a família de Brenno que ganha, ou é uma tia, um primo. Hoje, salvo engano, a prefeita é prima dele. Foi quem ganhou dele na eleição.

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‘Brenno foi rejeitado nas urnas na cidade dele, mas é competente’

va afundada administrativamente, continuei prefeito e cumpri o meu dever. Nós criamos uma bandeira, um projeto, para que nos credenciasse a um crescimento que é esse salto pra deputado estadual. E provamos para as pessoas que com muito trabalho é possível fazer diferente. Pegamos uma cidade no caos, tendo a única fonte de recurso no pacto federativo, e hoje Maxaranguape está diferente, saneada, bem administrada. Hoje nós temos uma arrecadação anual de mais de três milhões de reais. Estamos fazendo a execução para recuperar mais de trinta milhões de reais de impostos perdido. E olhe que nós saímos de uma crise econômica mundial, de uma crise de saúde pública sem precedentes.

no início da entrevista o senhor falou que passou esses sessenta meses na Prefeitura de Maxaranguape e não nomeou um só parente, nem de segundo nem de terceiro grau. evidentemente que o senhor faz um trabalho muito forte contra as oligarquias, mas o seu partido tem como pré-candidato a governador o Brenno Queiroga, que representa uma das antigas oligarquias da região do alto oeste. Como senhor vai defender essa candidatura?

Eu estou no partido. Eu faço parte do partido. Quando abraça uma causa, você tem que abraçar o ônus e o bônus, mas não quer dizer que eu conviva com tudo. A minhas opiniões são sempre expostas de forma muita clara. Eu acho o Brenno Queiroga um cara competente, inclusive ele trabalhou comigo em Maxaranguape, cuidando dos convênios que a gente tinha com o Governo Federal e os convênios que nós herdamos das outras gestões que estavam perdidos e nós recuperamos e colocamos as obras na rua.

Mas, o senhor não acha que há uma incoerência ser contra as oligarquias e pedir voto pra um representante de oligarquias?

De certa forma sim, é conflitante, mas na política você tem que conviver com os diferentes. Mas, em relação ao Brenno, ele foi prefeito na cidade dele (Olho d’Água do Borges) e saiu bem avaliado, inclusive foi candidato a governador em 2018 e o partido colocou o seu nome outra vez como pré-candidato a governador.

o senhor não acha que há um engano sobre a boa avaliação de Brenno Queiroga em olho d’Água do Borges? ele foi rejeitado pelo eleitor quando concorreu à reeleição, sendo derrotado...

Olha, ele é pré-candidato do partido e eu sou uma pessoa de opinião dentro do partido. Obviamente que minha opinião é relevante. Entendo que pela carência de candidatos da oposição ao atual governo do estado, o Solidariedade lançou a pré-candidatura de Brenno. A gente vai analisar sobre essa decisão. Se a pré-candidatura dele não apresentar crescimento, não teremos problemas nenhum de apoiar outro candidato. Vamos discutir isso dentro do partido, inclusive, essas questões familiares. Eu vou expor a minha opinião que sou contra você empregar parentes dentro da administração pública. Sou totalmente contra beneficiar parentes, sou contra oligarquias. Disse isso em Maxaranguape e comprovei em cinco anos de gestão sem nomear um só parente. Aliás, eu não tenho nenhum filho, nem esposa, com indicação no estado, até porque eu sou o único político lá de casa. A minha família trabalha nas nossas empresas, somos do ramo do turismo há mais trinta anos e nós temos empresa em Maxaranguape, Maracajaú, que é um distrito, há mais de vinte anos. Portanto, eu sou o político e a minha família cuida das empresas.

Mas, o senhor vai apoiar ou não uma candidatura de um representante de oligarquias?

Essa é uma decisão do partido. Como eu já lhe disse, a minha opinião é importante dentro do partido e me sinto à vontade para falar das coisas que eu não concordo. No momento oportuno eu vou expor a minha opinião. Agora, eu não posso deixar de dizer que acho o Brenno um cara muito competente, preparadíssimo, mas também acho que ninguém é perfeito, principalmente na política. O Brenno perdeu a reeleição porque ele fez uma campanha sem gastar dez centavos, ele queria ser eleito com o mérito do trabalho. Eu consegui isso em Maxaranguape. Em 2020, como já disse, não fiz visita porta a porta e consegui ser reeleito. Mérito do nosso trabalho na primeira gestão.

o senhor disse que Brenno não foi reeleito porque não gastou dez centavos, e quando ele foi eleito ele ganhou gastando?

Acredito que não.

Quer dizer que quando ele ganha não gasta, quando ele perde é porque

Não tenha dúvida que eu vou ser um dos maiores representantes municipalistas do estado, que será a nossa principal bandeira de luta na Assembleia Legislativa.

se o eleitor da pequena olho d’Água do Borges rejeitou a gestão de Brenno Queiroga, não lhe permitindo a reeleição, o senhor acha que ele é um bom nome para governar o estado do rio Grande do norte?

Eu acho que isso não é uma regra. Tem a questão da avaliação, mas também existem outras circunstâncias. A política é muito dinâmica, muito veloz. De fato, o Brenno foi rejeitado nas urnas na cidade dele. Se ele foi rejeitado, a população não gostou da administração, é fato e ninguém pode ir contra esse argumento. Mas, na prática, ele é um cara competente. Possa ser que no momento das eleições em Olho d’Água do Borges ele tenha tomado decisões equivocadas e isso deve ter pesado. Mas, repito, eu considero Brenno um cara preparadíssimo.

uma das bandeiras que senhor defende é a do municipalismo, a exemplo de outros ex-prefeitos que fizeram campanha com a pauta, mas quando foram eleitos mudaram o discurso. o que pode garantir que o senhor será diferente?

Primeiro, eu sou um homem de palavra, de compromisso, quem me conhece sabe disso. Segundo, não falo nem prometo aquilo que eu não posso cumprir. Costumo brincar dizendo que eu só prometo o pássaro na gaiola, não prometo o pássaro voando. Trabalhamos muito como municipalista, como prefeito municipalista agora. Nós fomos várias vezes a Brasília e tivemos vários resultados positivos junto à Confederação Nacional dos Municípios, apoiando a nossa Femurn (Federação dos Municípios do RN), inclusive eu cheguei a ser o segundo vice-presidente, depois vice-presidente, sempre trabalhando a pauta do municipalismo. Nós pensamos na coletividade para o crescimento, portanto, não tenha dúvida que eu vou ser um dos maiores representantes municipalistas do estado e um dos maiores incentivadores do turismo no Rio Grande do Norte, que será bandeira de luta na Assembleia Legislativa, se eleito, claro.

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