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>> Mapa da Inadimplência mostra que os devedores no Rio Grande do Norte somam mais de 640 mil, com maior volume de dívidas em Natal e Mossoró.
Brasil teve senados estaduais por 40 anos; saiba por que acabaram
A primeira Constituição republicana, de 1891, não impôs aos estados nenhum modelo específico de Poder Legislativo.
Rio Grande do Norte recupera apenas 1,72% da produção de resíduos sólidos Governo Federal transferiu R$ 18,7 bilhões para o RN só em 2024
Menos de 1% é recuperado em Natal e Mossoró, as cidades mais populosas do Estado e as que mais produzem resíduos.
São mais de R$ 32 bilhões em investimentos do Novo PAC previstos até 2030 no Rio Grande do Norte, segundo o governo.
EDMÍLSON CAMINHA
Escritor, membro da Academia de Letras do Brasil edmilson.caminha@gmail.com
Pela terceira ou quarta vez assisto, na íntegra, à série Os Intocáveis, apresentada de 1959 a 1963 pela televisão norte-americana, em quatro temporadas com 118 episódios. No Brasil, estreou em 1962 na TV Record, depois exibida pela Excelsior, Tupi e Bandeirantes; em Fortaleza, adolescentes como eu acompanhávamos pela TV Ceará. Naquele tempo, já me chamava a atenção a excelência técnica das imagens, com fotografia em preto e branco e efeitos especiais impressionantes, à época em que não havia os recursos que hoje dispensam o elemento humano para compor uma cena. “Trono vazio”, o primeiro episódio, abre-se com clientes de uma barbearia metralhados à queima-roupa, os tiros a dilacerar corpos e a destruir espelhos, sem a tecnologia que agora possibilita fazer tudo à mesa de um computador.
Na apresentação dos créditos de abertura, ouvem-se a bela músicatema de Nelson Riddle e a voz do narrador Walter Winchell, substituído, na versão brasileira, pelo bom Murilo Néri. O nome da produtora, Desilu, vem dos donos, o casal Desi Arnaz e Lucile Ball, do famoso programa I love Lucy. Equivocadamente, informa-se que a série se baseia no “romance” The Untouchables, realmente a autobiografia de Eliot Ness, com a colaboração do ghost writer Oscar Fraley. Conta a história do grupo de agentes federais instituído para combater o crime organizado nos Estados Unidos, sob a depressão econômica e a Lei Seca que marcaram os anos 1920 e 1930. Eram “Os Intocáveis”, policiais imunes a influências políticas e à tentação dos subornos. Como inimigo público número 1, o gângster Al Capone, sempre a fumar charuto, com a cicatriz no rosto que lhe valera o apelido de “Scarface”. Publicado em 1957, os milhares de exemplares vendidos fizeram que, apenas dois anos depois, chegasse o livro às telas da tevê, com milhões de espectadores em vários países.
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Sem o charme do ator Robert Stack, que o interpretou diante das câmeras, Ness foi corajoso o bastante para enfrentar bandidos que ganhavam fortunas com negócios clandestinos de jogos, bebidas e prostituição. Viu desmoronar o conceito de homem íntegro em 1942, por evadir-se do local de um acidente de trânsito que teria provocado. Sem êxito nos empreendimentos comerciais e na carreira política que tentou, morreu em 1957, pobre e esquecido, aos 54 anos. Por trás de Os Intocáveis , não podem passar despercebidos momentos dramáticos da história americana, em que a Lei Seca, de 1920 a 1933, e a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, desencadearam ondas de desemprego e de violência que afetaram a vida de milhões de pessoas. Problemas que não se devem esquecer – sobretudo agora, quando se veem os Estados Unidos sob as dúvidas e as incertezas geradas pelo delírio de Trump. A desastrosa Prohibition , lei promulgada pelo presidente Wilson com base na 18ª emenda da Constituição, parece uma dessas histrionicamente assinadas pelo republicano no picadeiro do Salão Oval. Em nome da “moralidade e dos bons costumes” – a que apelam, sempre, governos populistas, demagógicos e com vocação autoritária –, proibia nacionalmente a produção, o transporte, a venda, a importação e a exportação de bebidas com mais de 0,5° de teor alcoólico, como cerveja, uísque, rum e conhaque.
A intenção, risível pela inépcia e pela ingenuidade, era conter a pobreza e a violência. O efeito, claro, foi exatamente o oposto: milhões de trabalhadores perderam o emprego, aumentou a prática de crimes e, o pior, alastraram-se a corrupção, os negócios ilegais, a desmoralização das autoridades e dos agentes da lei. Só na cidade de Nova York os speakeasies, bares clandestinos, passaram dos cem mil; com a prescrição de uísque para “fins terapêuticos”, prevista na lei,
médicos inescrupulosos faturaram mais de 40 milhões de dólares. Capitão da marinha mercante, William McCoy contrabandeou, da Escócia para os Estados Unidos, mais de um milhão de caixas do uísque Cutty Sark (que viria a ser o preferido do nosso escritor Fernando Sabino...). Até neologismo se criou: como não havia dúvida quanto à honestidade do contrabandista, popularizou-se, entre os americanos, a expressão the real McCoy, com o sentido de “verdadeiro e bom”... Passados 13 anos, a Lei Seca reduzira o consumo de bebidas alcoólicas em modestos 20%, o que levou o presidente Roosevelt a revogá-la, em 1933. Já se expandiam então, subterraneamente, o poder e a força de Alphonse Capone, com pouco mais de 30 anos de idade, filho de imigrantes italianos que, a exemplo de muitos outros, cruzaram o Atlântico para “fazer a América”. A maioria homens e mulheres respeitáveis, dignos, trabalhadores, a quem devem os Estados Unidos o trabalho com que fizeram mais rico e maior o país que os acolhera; parte deles, porém, com a lembrança da Cosa Nostra, da cega obediência aos “padrinhos”, do crime como instrumento de intimidação, controle e vingança, que Mario Puzo e Francis Ford Coppola mostrariam, décadas mais tarde, n’O Poderoso Chefão Não por coincidência, mafiosos d’Os Intocáveis têm por sobrenome Nitti, d’Andrea, Volpe, Ciamino, Aiello... Pelo que lhes parecia discriminação preconceituosa, os ítalo-americanos protestaram, Frank Sinatra desentendeu-se com o produtor Desi Arnaz, que alguns ameaçaram de morte, e acabou processado judicialmente pela família Capone. Multiplicavam-se reclamações do público quanto ao que julgava excesso de violência em alguns episódios, como se a sociedade americana incomodamente se reconhecesse no que via: uma espécie de antinarcisismo, em que, diferentemente do verso de Caetano Veloso, Narciso acha feio o que é espelho... Impossível negar a truculência que, naquela época, semeou a insegurança e o medo em Chicago e em outros grandes centros dos Estados Unidos. Nos dois episódios de A máfia de Scarface, apresentados na televisão em
Organização: Clauder Arcanjo clauderarcanjo@gmail.com
1959, e que inspirariam a série lançada meses depois, Eliot Ness – do Bureau of Probihition, do Tesouro americano – reúne, inicialmente, seis agentes federais que lhe pareceram incorruptíveis, oriundos de pontos diferentes da Federação: entre eles William Youngfellow, um “cherokee puro-sangue”, que brilhara no esporte; o motorista do grupo, que lhe merecera a confiança, seria Joe Fuselli, ex-detento condenado a cinco anos por assalto a mão armada. Perderá a vida para salvar a do chefe, única cena em que se vê chorar o frio e calculista Ness. Workaholic, enfurnado na sala 208 de um edifício qualquer em Chicago, o líder, charmoso e elegante, só pensa em arrombar portões de aço e destruir cervejarias. Por não ser visto com mulheres no decorrer de muitos episódios, espectadores chegaram a discutir-lhe a sexualidade, dúvida que A máfia de Scarface como que esclarece antecipadamente: Eliot namora há mais de um ano a doce Betty Anderson, convida-a para jantar em restaurantes, beija-a na boca e com ela vai a um juiz de paz para a troca de alianças... No primeiro episódio da série, um novo motorista substituirá Fuselli: o barbeiro Enrico Rossi, sobrevivente do massacre no salão, corajoso o bastante para reconhecer Frank Nitti, “O Matador”, do entourage de Capone, como o fora da lei que empunhava a “Tommy Gun”, submetralhadora Thompson capaz de disparar 600 tiros por minuto. Ao longo de 18 meses, os intocáveis trabalharão obsessivamente para arruinar os negócios dos gângsteres que estão sempre a beber uísque, fumar charutos, impecavelmente trajados com chapéus gelot e paletós de tweed ou de risca de giz. Usam automóveis que são hoje peças de museu, como o belo Cadillac 1928 Town Sedan: devem ter encarecido bastante a produção, pois, segundo estabelecido no contrato de aluguel, somente peças originais substituiriam as que tivessem problemas
durante as filmagens. Em 1931, a justiça consegue, finalmente, sentenciar Al Capone a onze anos de cadeia em prisão federal, não por crimes de morte nem por violar a Lei Seca, mas por sonegar impostos...
Entre um e outro ataque a destilarias, o esquadrão de Ness atua em casos verídicos como o de Kate “Ma” Baker, dona de casa que, mentora de filhos assaltantes, morre com eles na Flórida, em 1935, durante fuzilaria que se tornou clássica pelo realismo da cena. Outras histórias são fictícias, como libertar Capone do trem que o levaria de Atlanta para a recém-construída prisão de Alcatraz, plano que, realmente, nunca houve. Em dois episódios, denuncia-se o suborno de agentes penitenciários e os problemas na segurança que possibilitariam ao detento escapar do vagão e fugir para a Itália. Ante os protestos do FBI, na edição em DVD as duas partes são antecedidas pela advertência de que tudo é ficção, sem o propósito de ofender os responsáveis pelo confinamento do prisioneiro famoso... No elenco de Os Intocáveis, acompanham Robert Stack os talentosos Neville Brand (Al Capone), Nehemiah Persoff (Jake Guzik) e Bruce Gordon (Frank Nitti), que pensou em abandonar a série no fim da primeira temporada, pelas ofensas em público de quem nele via o criminoso que interpretava... Entre os atores convidados, nomes de peso como Lee Marvin, Robert Duvall, James Caan, Martim Balsam, Ricardo Montalban, Peter Falk, Leslie Nielsen, Telly Savallas, Charles Bronson, Robert Redford e Cliff Robertson.
Em 1987, Os Intocáveis estão de volta à tela – agora no cinema, com direção de Brian De Palma e música de Ennio Morricone. Kevin Costner representa Eliot Ness, Robert De Niro faz Capone e Sean Connery é Jim Malone, policial de Chicago, papel que lhe dá o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Com a sífilis que a promiscuidade sexual lhe deixara como lembrança, o célebre inquilino de Alcatraz cumpre oito anos de prisão, dos onze a que fora condenado, para morrer em 1947, aos 48 anos, de parada cardíaca.
Em 1973, Paulo Coelho e Raul Seixas o introduziram no universo do rock:
Ei, Al Capone, vê se te emenda Já sabem do teu furo, nego, No imposto de renda Ei, Al Capone, vê se te orienta Assim dessa maneira, nego Chicago não aguenta.
Como se vê, nossos compositores bem que o alertaram. Por falta de aviso não foi...
ARQUIVO S / A primeira Constituição republicana, de 1891, não impôs aos estados nenhum modelo específico de Poder Legislativo
r icardo Westin
Especial Arquivo S
OBrasil teve senados estaduais nas primeiras quatro décadas da República. Isso foi possível porque a primeira Constituição republicana, de 1891, não impôs aos estados nenhum modelo específico de Poder Legislativo.
Alguns estados optaram pelo Legislativo unicameral, formado apenas por deputados estaduais, enquanto outros implantaram o bicameral, composto de deputados e senadores estaduais.
Hoje, o segundo modelo não é permitido. Pela Constituição de 1988, cada estado precisa ter uma única instituição parlamentar, a Assembleia Legislativa, com deputados estaduais.
Dos 20 estados da época da Primeira República (1889-1930), 12 tiveram senados estaduais e câmaras de deputados estaduais.
Seis desses 12 estados foram bicamerais apenas por um curto período, como o Rio de Janeiro e o Ceará, que criaram seus senados em 1891 e os fecharam no ano seguinte. Os outros seis estados foram bicamerais ao longo de toda a Primeira República, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.
O mineiro Afonso Pena, por exemplo, foi senador estadual antes de se tornar presidente da República em 1906.
No Senado paulista, um dos parlamentares mais célebres foi Júlio de Mesquita, jornalista proprietário do jornal O Estado de S. Paulo.
Em Ouro Preto, capital de Minas Gerais até a inauguração de Belo Horizonte, em 1897, o Senado estadual funcionou no atual Museu da Inconfidência, o prédio mais icônico da cidade histórica.
O Senado de São Paulo, por sua vez, localizava-se no antigo Largo de São Gonçalo, atrás da atual Catedral da Sé. O mesmo prédio também abrigava a Câmara de Deputados Estadual. No âmbito nacional, porém, o Poder Legislativo sempre foi bicameral. Seja
nos tempos imperiais, seja nos tempos republicanos, o que vigorou foi a divisão do Parlamento brasileiro entre o Senado e a Câmara dos Deputados.
Documentos dos tempos da Primeira República guardados no Arquivo do Senado Federal, em Brasília, mostram que os senados estaduais apareciam com frequência nos debates dos senadores federais.
Em 1895, o senador federal Ramiro Barcelos (RS) discursou sobre uma insólita crise política na Bahia. “Existem presentemente nesse estado duas câmaras e dois senados, ambos proclamando-se legítimos representantes do povo.”
Na Primeira República, as fraudes nas votações eram frequentes e não existia Justiça Eleitoral. Por essa razão, não era incomum que a vitória fosse atribuída a determinado grupo político, mas outro, denunciando as fraudes, se proclamasse o verdadeiro vitorioso. Foi o que ocorreu na Bahia, gerando a duplicidade no Poder Legislativo.
Barcelos disse que não cabia ao Senado Federal resolver o impasse baiano: — Onde é que a Constituição Federal nos deu a faculdade de apurar as eleições dos deputados e senadores estaduais da Bahia e conferir-lhes diplomas? Es-
sa questão deve ser resolvida pela Constituição baiana, pelas leis do estado. No caso de haver criminalidade, que há por certo em um dos grupos, que tem diplomas falsos ou falsificados, que intervenha o Poder Judiciário. Nós é que não temos competência alguma para fazermos deputados e senadores na Bahia.
Os senadores estaduais de Pernambuco, por sua vez, pediram aos senadores federais que aprovassem um projeto de lei que devolvia ao estado a comarca do Rio São Francisco. Tratavase de uma vasta área que D. Pedro I havia tomado de Pernambuco e dado à Bahia — como retaliação aos pernambucanos pelo movi -
Nos estados, o Senado e a Câmara tinham funções quase idênticas
O nome “Senado Federal” surgiu justamente na Primeira República. O termo “federal” hoje pode soar desnecessário ou redundante, já que não existe nenhum outro Senado no Brasil. Mas naqueles anos, o adjetivo era imprescindível para diferenciá-lo dos senados estaduais.
Nos estados, o Senado e a Câmara tinham funções quase idênticas. Em geral, uma casa legislativa estudava e votava os projetos de lei já aprovados na outra casa.
O que as distinguia
eram, basicamente, o número de parlamentares e a duração do mandato. Os senadores estaduais eram menos numerosos e tinham um mandato mais longo.
Em São Paulo, por exemplo, inicialmente havia um senador estadual para cada dois deputados estaduais. Depois, fixou-se em 24 o total de senadores. Mais tarde, determinou-se que haveria um para cada 140 mil habitantes no estado, com o limite máximo de 30 senadores estaduais.
No início, o mandato dos senadores paulistas
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Neblina na pista: a globalização corre risco
Aglobalização está cada vez mais ameaçada. A neblina na pista molhada e escorregadia leva alguns a admitirem um certo recuo. Outros, acham que há uma evolução para novas formas de comércio. O aumento da tendência autoritária ameaça o comércio internacional. Há, entretanto, outros estopins acesos, pondo em risco o processo global.
Quais as principais ameaças? O protecionismo que aumenta tarifas e barreiras comerciais. Ao lado disso, o nacionalismo exagerado, que leva os países a priorizarem indústrias e cadeias de suprimentos nacionais. Há os fatores não previsíveis como foi a pandemia que expôs vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos globais, causando interrupções e desconexão. As mudanças climáticas são empecilhos ao comércio global, por aumentar custos e alterar regras de segurança alimentar.
Na verdade, globalização não está necessariamente entrando em colapso, mas passa por transformações significativas e enfrenta desafios. Surgirão novas oportunidades de laços econômicos mais fortes entre diferentes “agrupamentos políticos e blocos comerciais”, incluindo o “grupo de países Brics-plus”. O grupo Brics, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expande-se para incluir Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Indonésia.
mento separatista da Confederação do Equador, de 1824.
Ainda na questão dos limites estaduais, o Senado da Bahia remeteu um documento ao Senado Federal com argumentos para que os parlamentares federais engavetassem um projeto de lei que transferia um pedaço do território baiano para Sergipe.
Em 1909, o ex-senador federal Euclides Malta (AL) — tio-avô da futura primeira-dama Rosane Collor — endereçou ao Senado Federal um comunicado avisando que havia prestado juramento no Senado de Alagoas, assumindo assim o posto de governador pelos três anos seguintes.
era de seis anos — o dobro do tempo dos deputados estaduais. Uma reforma da Constituição estadual aumentou o tempo do mandato para nove anos.
A cada eleição, realizada de três em três anos, apenas uma parte do Senado paulista era substituída, enquanto a Câmara era renovada por completo.
Em Pernambuco, o presidente do Senado Estadual tinha uma importante função extra: em 1904, uma reforma na Constituição pernambucana acabou com a figura do vice-governador e, a partir de então, sempre que o governador se ausentava, cabia ao presidente do Senado estadual substituí-lo.
A globalização facilita o fluxo de informações, ideias e bens culturais entre diferentes países, levando a um maior contato e influência mútua entre as culturas. Promove também o contato entre diferentes religiões, levando a uma maior tolerância e compreensão religiosa.
Há um aspecto preocupante na resistência à globalização. A Tailândia e a visão dos países árabes mostram que ela é uma ameaça à cultura e à religião, além de prejudicar grupos indígenas. Apesar de seus benefícios, enfrenta críticas e desafios que a levam a falhar em diversos aspectos. Esses problemas incluem o aumento da desigualdade social e econômica, a padronização cultural, a degradação ambiental e a instabilidade econômica.
O quadro geral prevê que os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento devem crescer 3,8% em 2025, contra 4,1% na previsão de janeiro. O Banco Mundial manteve sua previsão para a China inalterada em 4,5% em relação a janeiro, dizendo que Pequim ainda tinha espaço monetário e fiscal para apoiar sua economia e estimular o crescimento.
Diante dessa alternância de impactos positivos e negativos, o Fundo Monetário Internacional sinaliza em seu último World Economic Outlook: “Preparem-se para tempos incertos”. Veremos!
Hoje na História
- O 21 de junho marca o solstício de inverno no hemisfério sul e o início da estação. Também é o dia em que se comemora o Dia Internacional do Aperto de Mão. Além disso, é uma data com eventos históricos importantes, como a apresentação do LP em 1948 e a conquista da Jules Rimet pela seleção brasileira em 1970.
- 1933 — Adolf Hitler proíbe a existência de partidos neonazistas na Alemanha;
- 1964 — Luta pelos direitos cívicos nos EUA. Morte de três ativistas, na região de Meridian, deixa o “Mississipi em chamas”;
- 1970 — Seleção Brasileira de Futebol conquista a Jules Rimet pela terceira vez, no Mundial do México.;
- 1978 — Estreia do musical “Evita”, de Andrew Lloyd Webber, em Londres.
Pesquisa da onu
Uma pesquisa da ONU perguntou o seguinte: Por favor, na sua opinião honesta, você poderia dar sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo?
Foi um fracasso porque: Os sul-americanos não conhecem a palavra “por favor”.; os europeus orientais não conhecem a palavra “honesto”.; os habitantes do Oriente Médio não conhecem a palavra “opinião”; os Balcãs não conhecem a palavra “dar”; os chineses não conhecem a palavra “pensamentos”; os africanos não conhecem a palavra “comida”; os europeus ocidentais não conhecem a palavra “escassez”; os americanos não conhecem as palavras “o resto do mundo”.
Então eles simplesmente explicaram: “basta doar alimentos saudáveis para o hemisfério sul para ajudar”. Mas isso ainda não agradou a todos, porque os israelenses não conhecem a palavra “doar” e os habitantes das ilhas do Pacífico não conhecem as palavras “alimentos saudáveis”. Leia o “blog do Ney Lopes” – informação e opinião
ARQUIVO S / Nos tempos do Império, as províncias brasileiras não tinham autonomia e estavam diretamente subordinadas ao governo imperial
Por r icardo Westin
Especial Arquivo S
Aampla liberdade política dos estados, incluindo a que lhes permitia escolher o modelo de Poder Legislativo que desejassem, foi uma das maiores marcas da Primeira República.
A situação anterior era bastante diferente. Nos tempos do Império, as províncias brasileiras não tinham autonomia e estavam diretamente subordinadas ao governo imperial. Quem escolhia o presidente de cada província era o imperador.
Esse modelo vinha desde a Independência, em 1822, motivado pelo temor de que o Império não pudesse resistir, fragmentando-se em diferentes nações, caso as distintas regiões do Brasil gozassem de algum grau de liberdade.
Na Regência (18311840), o Ato Adicional de 1834 criou as assembleias provinciais. Cada província, assim, passou a ter um Legislativo unicameral. No entanto, dada a centralização do poder no Rio de Janeiro, os deputados provinciais pouco decidiam.
O mesmo ato adicional permitia que as províncias
que desejassem ter um senado provincial ao lado da assembleia provincial fizessem o pedido ao Parlamento nacional, mas esse dispositivo da lei jamais foi acionado.
A excessiva centralização foi um dos motivos que levaram à derrubada do Império, em 1889. Os republicanos pregavam o fim do Império argumentando que, se as províncias continuassem tendo seus destinos ditados pelo Rio de Janeiro, o Brasil jamais se modernizaria.
De olho na prometida autonomia, boa parte das elites regionais do Império apoiou o golpe de Estado que implantou a República.
As promessas republica-
nas se cumpriram. O federalismo originalmente adotado pelo Brasil foi mais acentuado do que o existente hoje, garantindo aos estados, durante a Primeira República, um altíssimo nível de autonomia.
Na época, por exemplo, os estados ficaram com a maior parte da arrecadação nacional de impostos e cada um deles teve seu próprio Código de Processo Penal.
Em sua primeira Constituição estadual, de 1891, São Paulo chegou a dizer-se “soberano”, adjetivo normalmente utilizado para qualificar nações, não entes subnacionais.
Foram essa descentrali-
A experiência brasileira com os senados estaduais acabou por força da Revolução de 1930, movimento armado que derrubou a Primeira República e levou Getúlio Vargas ao poder. A autonomia estadual foi drasticamente reduzida, e o poder central foi outra vez fortalecido.
De novo, recorreu-se ao argumento do atraso nacional. Na visão do grupo de Vargas, as oligarquias estaduais eram as culpadas por esse atraso, e o Brasil não conseguiria se modernizar
se não houvesse um governo federal forte conduzindo toda a nação.
Assim, em 1930, todos os Legislativos estaduais foram fechados (tanto os unicamerais quanto os bicamerais). Foram reabertos pela Constituição de 1934, a segunda da República, que determinou que o Poder Legislativo dos estados fosse composto apenas de assembleias legislativas. Desde então, a regra é a mesma.
O velho modelo da Primeira República logo seria
lembrado. Ao longo da década de 1950, houve movimentos políticos favoráveis à recriação dos senados estaduais. As articulações foram mais fortes em São Paulo e Minas Gerais. O presidente Juscelino Kubitschek chegou a manifestar simpatia pela iniciativa. Mas nem todos concordavam com essa ideia.
— Julgo um contrassenso, um absurdo a criação dos senados estaduais — criticou o senador federal Pedro Ludovico (PSD-GO) em 1958.
Uma das razões para a existência dos senados estaduais no Brasil foi a influência dos Estados Unidos. Na hora de desenhar as primeiras leis e instituições da República, os políticos brasileiros se inspiraram nos norte-americanos, criadores de um modelo republicano considerado exemplar. Lá, os Legislativos de todos os estados eram bicamerais.
A historiadora Cláudia Viscardi, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista em temas da Primeira República, aponta uma segunda razão. De acordo com ela, os senados estaduais também surgiram da necessidade de acomodar os representantes das elites regionais:
lítica pregava que o Executivo deveria ser ditatorial e que o Legislativo, por sua vez, deveria ser fraco ou até mesmo inexistente.
zação política e essa autonomia estadual que permitiram que alguns estados optassem pelo Legislativo bicameral e outros, pelo unicameral. Pela mesma razão, certos estados deram ao seu governador o nome de “presidente”.
Tamanha era a liberdade na Primeira República que o Rio Grande do Sul pôde criar um Poder Legislativo decorativo. A Assembleia dos Representantes só reunia em dois meses do ano, e uma das escassas atribuições dos parlamentares gaúchos era aprovar o orçamento estadual. Não eram eles que criavam as leis, mas o governador.
— No fim do Império emergiu uma elite jovem e de ideologia republicana que estava fora do poder. Para abrigá-la no mundo político, a República ampliou o espaço de poder em alguns estados, dividindo o Poder Legislativo em duas casas.
Viscardi afirma que os estados que contavam com as elites políticas mais fortes da Primeira República foram São Paulo e Minas Gerais — e que, justamente por isso, ambos tiveram senados estaduais.
De acordo com a historiadora, o Rio Grande do Sul foi uma exceção. Os gaúchos, apesar de terem sido tão poderosos quanto os paulistas e os mineiros, não adotaram o bicameralismo porque se guiavam pelo positivismo. Essa doutrina po-
A terceira razão para a existência dos senados estaduais estava na busca da manutenção do status quo. Segundo Gustavo Cabral, professor de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador dos senados estaduais, essas casas legislativas tinham a missão de ser um contraponto conservador ao eventual ímpeto vanguardista ou renovador das câmaras dos deputados estaduais: — Os senados estaduais da Primeira República funcionariam como o Senado dos tempos do Império, que, por ser formado por homens mais velhos, tendia a ser rigoroso na filtragem dos projetos de lei que vinham da Câmara dos Deputados, formada por homens que eram mais jovens, tinham mandatos mais curtos e tendiam a apoiar mudanças mais rápidas e drásticas no Brasil.
De acordo com Cabral, porém, o bicameralismo estadual como parte dessa estratégia conservadora acabou se mostrando desnecessário:
— Dado o grande poder das oligarquias regionais, as oposições não conseguiram ocupar espaços de poder na Primeira República, e os deputados estaduais nunca ameaçaram o status quo. Por essa razão, nos estados onde houve bicameralismo, Senado e Câmara foram instituições igualmente conservadoras.
— Além de ser ridículo, infringe a Constituição Federal — declarou o senador João Vilas Boas (UDN-MT).
O então senador federal Coimbra Bueno (UDN-GO) apresentou uma proposta de emenda constitucional que deixava claro que os estados só poderiam ter Legislativos
unicamerais.
— A marcha dos negócios públicos vem sendo emperrada em face de dificuldades de ordem financeira das assembleias legislativas. Essa situação vem sendo responsável pela morosidade na tramitação das leis. Com a criação dos senados estadu-
ais, tais óbices seriam multiplicados por dois — argumentou ele.
Com essa resistência, os planos de recriação dos “Senadinhos”, como a imprensa os apelidou na época, não prosperaram.
Fonte: Agência Senado
LUTO / Casado com a ex-prefeita Gorete e pai do ex-prefeito
Alan Silveira, Klinger será sepultado neste sábado, 21
Faleceu nesta sextafeira, aos 66 anos, o ex-vice-prefeito de Apodi, Klinger Péricles Pinto. Ele era casado com a ex-prefeita Gorete Silveira e pai do ex-prefeito Alan Silveira (MDB), recémconfirmado para o cargo de secretário do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. Também tinha os filhos advogado Kleber Pinto e o médico Kleiton Pinto.
A morte de Klinger encerra uma longa trajetória na política de Apodi e região Oeste.
Klinger lutava pela vida. Na quinta-feira, 19, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e, após ser reanimado pela equipe médica, sua recuperação chegou a ser anunciada, mobilizando a cidade em orações. Desde então, ele seguia internado em estado crítico, sob cuidados intensivos em um hospital de Natal.
Klinger lutava contra sérios problemas de saúde nos últimos meses, passando por longos períodos de internação que começaram em Mossoró e seguiram na capital potiguar.
Bioquímico de formação, Klinger Pinto teve uma carreira de destaque na administração de Apodi, onde ocupou os cargos de viceprefeito, Secretário Municipal de Saúde, chefe de gabinete e diretor do Hospital
Regional Hélio Morais Marinho. Sua gestão na saúde municipal é lembrada como um período de grandes avanços.
A competência administrativa o levou a assumir a Coordenadoria dos Hospitais do Rio Grande do Norte durante o governo de Garibaldi Alves Filho (MDB), consolidando seu nome como uma liderança regional.
O velório ocorre no Centro de Velório Memorial Nossa Senhora Aparecida, com sepultamento previsto para este sábado 21, no Ce-
mitério São João Batista após missa de corpo presente às 10h na Igreja Matriz.
O MDB-RN emitiu nota de pesar assinada por Garibaldi Filho e pelo vice-governador Walter Alves, destacando sua “lealdade à nação bacurau” e contribuição ao partido.
“Figura importante na história do MDB no município e em toda a região, Klinger representou com dignidade os ideais do partido”, diz o texto, que encerra com condolências à família e a Apodi. A legenda decretou luto oficial de três dias.
Pelo presente ficam convocados os associados e as associadas da Associação
Alphaville Mossoró, para participarem da ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, conforme estabelece o artigo 12, parágrafo único de seu Estatuto Social:
Data: 02 de julho de 2025 (quarta-feira).
Horário: 19h em primeira convocação com a presença de quórum definido em estatuto ou às 19h30min, em segunda convocação, com qualquer número de associados.
Local: Salão de Dança da Associação Alphaville Mossoró, localizado na própria Associação, à Av. João da Escóssia, 1728, bairro Nova Betânia, Mossoró/RN.
Finalidade: Pauta (ordem do dia): a) Eleição complementar de membros para o Conselho, sendo XX vagas para conselheiro titular e 02 vagas de conselheiro suplente;
b) Execução de sentença judicial com rateio entre os condôminos;
c) Complemento da taxa extra para obras (salão de festas e quadra);
d) Aquisição de veículo para coleta de lixo regular; e) Propostas de alterações no regimento interno; f) Informes. Este edital disciplina a convocação para atos de deliberação de assembleia extraordinária com o fim já destacado. A ausência dos senhores associados não os desobriga de aceitarem como tácita concordância os assuntos que forem tratados e deliberados. Os associados intressados em candidatar-se a Membro do Conselho Diretor deverão registrar sua candidatura, do dia da publicação do presente edital até as 24 horas que antecedem a assembleia respectiva, de acordo com os termos do artigo 18, §1º do Estatuto, apresentando para tanto, cópia autenticada do documento de identidade, CPF, comprovante de residência, bem como devem preencher os seguintes requisitos de acordo com o artigo 23 do Estatuto:
a) Ser pessoa física, proprietário ou titular de direito de promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel localizado neste loteamento;
b) Ser maior de 18 (dezoito) anos;
c) Estar em dias com as obrigações junto à Associação Alphaville Mossoró
Somente poderá votar os associados regularmente registrados nos livros sociais até 24h (vinte e quatro horas) da data da realização da Assembleia e que estejam em dias com suas obrigações junto à Associação no mesmo prazo.
cesar@defato.com
Profissionais de imprensa estão com dificuldades para fazer a cobertura – séria – do Mossoró Cidade Junina 2025. Os relatos são bem preocupantes, como a nota publicada pelo radialista Railson Carlos, que há anos lidera a audiência com o “Forrozão de Mossoró” na 93 FM. Ele conta que enfrentou enorme resistência para ter acesso ao local onde entrevistaria o cantor Wesley Safadão. A área reservada para a imprensa, onde passam os artistas que vão se apresentar no palco da Estação das Artes Elizeu Ventania, está ocupada pela turma dos crachás distribuídos pela Prefeitura de Mossoró aos influencers digitais amigos e amigas do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). De fato, é um desrespeito aos profissionais de imprensa. Agora, jornalistas e radialistas também precisam se dar ao respeito. Se a Prefeitura reservou a área das estrelas para a turma das redes sociais, que os verdadeiros profissionais de imprensa produzam material em outros polos do MCJ, que oferecem uma gama de conteúdos interessantes. O polo Antônio Francisco é riquíssimo em cultura. O Festival de Quadrilhas e o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró são fontes para conteúdo de elevado nível. Assim como a Cidadela, onde se apresentam artistas talentosos, mas que não estão nos holofotes de massa. Como diz o slogan: Mossoró Cidade Junina é muito mais do que se imagina. Agora, se jornalistas e radialistas querem apenas entrevistar as estrelas do forró, sertanejo, sofrência e piseiro, não reclamem da humilhação que sofrem na área midiática do prefeito Allyson. Aquele canto está reservado para a turma do pulinho e murrinho, e estamos conversados.
Acredito que ela ainda fará parte da chapa”
RAIMUNDO ALVES
Chefe da Casa Civil do Governo Fátima Bezerra, acreditando na coerência política da senadora Zenaide Maia
O PT do Rio Grande do Norte ainda acredita que a senadora Zenaide Maia (PT) se afastará do prefeito Allyson Bezerra (União) para apoiar a candidatura de Cadu Xavier (PT) ao governo do Estado. Agarra-se à questão de coerência da senadora, que é parceira do PT desde as eleições de 2018.
Zenaide Maia não decidirá por critério da coerência, até porque o PT foi adversário na eleição do seu marido Jaime Calado (PSD) em São Gonçalo. A decisão de Zenaide será pragmática, priorizando exclusivamente a sua reeleição. Até aqui, ela entende que Allyson Bezerra é melhor parceiro.
Apodi está de luto com a morte do bioquímico e líder político Klinger Pinto. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória nesta sexta-feira, 20, aos 66 anos. Klinger foi vice-prefeito e secretário de Saúde do município. Era casado com a ex-prefeita Gorete e pai do ex-prefeito Alan Silveira, novo secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado do RN.
Mossoró/RN, 20 de junho de 2025.
APOLINÁRIO JUNIOR DE ALMEIDA (CPF: 088.612.004-78)
PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETOR
IMPORTANTE! * Terão direito a votar os associados que estejam em dias com as obrigações financeiras (taxa ordinária, extraordinária, juros e multas) junto à associação ou seus representantes maiores de idade e devidamente constituídos para tal, por meio de procuração simples. ** Não será aceito representação da unidade sem a devida representação constituída. **
Av. João da Escóssia,1728, bairro Nova Betania - Mossoró/RN – CEP: 59607-330 Telefones: (84)3191-1617
E-mail: administracao@alphavillemossoro.com.br
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Nesta data, em 1932, tertuliaNo ayres dias assumia a Prefeitura de Mossoró em substituição a Dr. Paulo Fernandes de Oliveira Martins. Ficou no cargo por apenas seis meses, até dezembro daquele ano.
em 1989, luiz Colombo PiNto assumia interinamente o cargo de prefeito de Mossoró, ficando no cargo por 15 dias, durante viagem da prefeita Rosalba Ciarlini. Luiz Pinto faleceu em 12 de abril de 2011.
Neste domiNgo, 22, completa 18 anos da inauguração da concorrida “Avenida do Shopping”, extensão da João da Escóssia. Obra da primeira gestão da prefeita Fafá Rosado.
No PeNúltimo fim de semaNa do mossoró Cidade JuNiNa 2025, hoje tem show da dupla Matheus e Kauan e da cantora Taty Gurgel no palco da Estação das Artes Elizeu Ventania. Às 21h.
O presidente Lula espera acalmar o coração dos senhores e senhoras do Congresso Nacional com a liberação de R$ 500 milhões em emendas pix e mais R$ 1,1 bilhão em verbas para atender a base aliada. É o que temos na política do país.
MDB
O vice-governador Walter Alves já avisou que o MDB tem quadros para ocupar a chapa majoritária com o PT. O partido pode indicar o vice da Cadu Xavier ou o segundo candidato ao Senado ao lado da governadora Fátima Bezerra. Lembrando que a partir de abril de 2026, Walter será o governador do RN.
FESTA
A festa junina de Natal está bombando em público, com shows superlotando os espaços públicos. Ótimo para a economia da capital. Agora, com poucas características do São João raiz. Até agora, é festa como em qualquer tempo.
OBRAS E AÇÕES | São mais de R$ 32 bilhões em investimentos do Novo PAC previstos até 2030 no Rio Grande do Norte
OGoverno Federal repassou para o Rio Grande do Norte, no exercício de 2024, quase R$ 19 bilhões, um aumento de 29% em relação ao ano de 2022. Os recursos foram investidos em obras e ações que impactam o estado em diversas frentes, como saúde, educação e infraestrutura, e resultam em economia mais aquecida, que gera novas oportunidades de trabalho e renda aos potiguares.
O Jornal de Fato teve acesso aos números. Entre transferências constitucionais, legais e discricionárias para o estado, prefeituras e cidadãos nos 167 municípios, o governo transferiu R$
18,7 bilhões em 2024. Esses investimentos serão multiplicados, tendo em vista que o Novo PAC prevê R$ 32,1 bilhões no Rio Grande do Norte até 2030. No total, serão 790 empreendimentos que vão beneficiar a população. Desses, 150 já estão concluídos. Entre os empreendimentos incluídos no Novo PAC para o Rio Grande do Norte há 34 voltados à educação, uma das prioridades do governo para transformar a vida da população brasileira. Outro avanço importante na educação potiguar é a criação de três novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
(IFs) no estado. Os municípios de São Miguel, Touros e Umarizal foram escolhidos para receber os novos IFs. Juntos, eles somam quase 67 mil habitantes. Os novos IFs serão os primeiros a serem construídos nessas cidades.
Os novos campi se integram a uma rede federal que, no Rio Grande do Norte, conta com 26 unidades em atividade, distribuídas em 20 cidades. Na capital estão em atividade seis IFs, inclusive o campus Natal Central, no Tirol, criado em 1909. Os institutos federais são especializados na educação profissional e tecnológica, oferecendo também educação básica e superior.
Políticas públicas do governo Lula impactam potiguares em diversas frentes, como saúde, educação e infraestrutura
Outro avanço importante no Rio Grande do Norte diz respeito ao aumento recorde do rendimento mensal real domiciliar per capita no estado, que registrou, em 2024, crescimento de 17,5% em relação a 2022.
A alta na renda foi acompanhada pela queda no desemprego. Dados do
quarto trimestre de 2024 indicam que esse índice caiu 1,4% em relação a 2022.
Fundamental para garantir renda às famílias em situação de pobreza, o Bolsa Família alcança em junho de 2025, no estado, mais de 498 mil famílias em todos os 167 municípios, fortalecendo o acesso
SMosso R ó e M Festa: s ão João que M ove t R adições e a eco N o M ia
Por Hugo g omes
Diretor e Professor de Matemática do Colégio Simples
OSão João é uma das festas mais tradicionais do Brasil, especialmente no Nordeste, onde é celebrado com grande entusiasmo durante todo o mês de junho. Suas origens remontam às festas pagãs europeias em homenagem à fertilidade da terra e à colheita, posteriormente cristianizadas para homenagear São João Batista, celebrado em 24 de junho. No Brasil, a festa chegou com os colonizadores portugueses e ganhou forte expressão popular no Nordeste, adaptando-se aos elementos culturais da região.
O São João nordestino mistura religiosidade, cultura e tradição. As cidades se enfeitam com bandeirinhas coloridas, palhoças, fogueiras e balões. As quadrilhas, comidas típicas como canjica, pamonha e milho cozido, além do forró e do xote, são marcas registradas. Em Mossoró, o “Mossoró Cidade Junina” é um dos maiores eventos do estado, reunindo multidões com uma programação que inclui shows, festivais de quadrilhas, o famoso “Pingo da Mei Dia” e o espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró”.
Além de seu valor cultural, o São João
ACOLHIMENTO E LIDERANÇA NA MEDICINA
a convite do professor Wogel, o diretor e professor Hugo Gomes — do Colégio Simples — esteve na FaCS/U e RN para ministrar uma palestra especial aos mentores do projeto Peer Mentoring — Mentoria por Pares, uma ação institucional do curso de Medicina da U e RN. Voltado a estudantes que assumem o papel de apoio acadêmico e emocional a seus colegas de períodos iniciais, o programa tem como pilares: escuta ativa, empatia, acolhimento e construção conjunta de caminhos. durante o encontro, Hugo compartilhou reflexões sobre liderança solidária, motivação
dos beneficiários a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. Para isso, o investimento do Governo Federal no estado supera R$ 325,7 milhões, valor suficiente para garantir um benefício médio de R$ 654,27. Do total de beneficiários, 175,5 mil são crianças de zero a seis anos.
JOGO E CONVIVÊNCIA: APRENDIZADOS QUE VÃO ALÉM DA SALA
tem grande impacto econômico. Ele movimenta diversos setores: turismo, comércio, agricultura, transporte e indústria do entretenimento. Em Mossoró, estima-se que o evento movimente milhões de reais durante o mês junino, fortalecendo pequenos negócios e atraindo turistas de várias partes do país.
A festa gera empregos temporários, impulsiona o artesanato regional e fortalece a identidade cultural nordestina. Para muitos municípios, como Mossoró, o São João representa uma das principais fontes de renda anual. Assim, além de manter viva uma tradição secular, o São João se consolida como um motor essencial para a economia e o desenvolvimento regional do Nordeste.
e o poder transformador da convivência entre estudantes. ele reforçou que mentorar é um gesto de cuidado, corresponsabilidade e presença real na vida do outro. Uma experiência que fortalece não só os mentes, mas também os mentores — promovendo uma formação mais humana.
Na sala de estudos, o silêncio ganha significado e cada linha escrita é um passo em direção ao conhecimento. o Colégio Simples valoriza esse espaço como um ambiente de foco, disciplina e autonomia — onde os alunos constroem, no seu ritmo, a base sólida para seus projetos de vida. estudar é mais do que obrigação: é um ato de escolha, esforço e compromisso com o próprio futuro.
e ntre uma aula e outra, um momento de descontração se transforma em uma verdadeira aula de convivência. Reunidos para uma partida de cartas, os alunos exercitam a paciência, o respeito às regras, a escuta e o trabalho em grupo. No Simples, entendemos que o brincar também educa — e que momentos como esse ajudam a desenvolver competências socioemocionais essenciais para a vida.
ESTUDO / Menos de 1% é recuperado em Natal e Mossoró, cidades mais populosas e as que mais produzem resíduos
ORio Grande do Norte produz anualmente em torno de 1,3 milhão de toneladas de resíduos sólidos recuperáveis, segundo o Ministério das Cidades, equivalentes a 1,03 kg/habitante/dia (Painel SNIS, referência 2022). Mas a taxa média de recuperação efetiva é de apenas 1,72%, correspondente a 22 mil toneladas/ ano.
Segundo a mesma fonte, os maiores índices de reaproveitamento são registrados nos municípios de Currais Novos (36%), Jardim de Piranhas (19%), Brejinho (15%), Arês (9%), Cerro Corá e Frutuoso Gomes (7%). Por outro lado, menos de 1% é recuperado em Natal e Mossoró, exatamente as localidades mais populosas e as que mais produzem resíduos.
De acordo com depoimento do presidente do Sindirecicla-RN, Etelvino Patrício de Medeiros, o estado dispõe de 42 indústrias de reciclagem que trabalham com materiais, como alumínio, cobre e bronze, plásticos, papelão, vidros e óleo vegetal usado, além de três usinas de reutilização de entulhos de obras da construção civil. O estado também exporta resíduos de ferro e de componentes eletrônicos.
Mas a transição para uma economia circular envolve desafios. O principal deles deve ser desenvolver ações e integrar cadeias de produção e consumo em um prazo de cinco anos em todo o país de maneira a atingir as taxas propostas de aumento de reciclagem de resíduos sólidos urbanos e de redução de resíduos industriais, conforme firmado no Planec.
Depoimentos de agentes envolvidos com a agenda ESG, convergem no sentido de que um dos principais desafios é a conscientização de consumidores e empresas sobre os benefícios da economia circular, além de chamarem a atenção para a necessidade de implantação de uma infraestrutura adequada para a coleta, triagem e reciclagem de resíduos, de uma política de financiamento e a criação de um marco regulatório que incentivem as empresas a aderirem às práticas de circularidade.
A Sondagem Especial do RN: Economia Circular e a
Indústria Potiguar, realizada entre os dias 3 e 12 de fevereiro de 2025 pela CNI e FIERN, teve como objetivo principal sondar práticas adotadas, barreiras enfrentadas e oportunidades vislumbradas para o avanço da economia circular no Rio Grande do Norte, com base na percepção de empresas dos segmentos Extrativo, de Transformação e da Construção.
De acordo com os resultados, 67% das empresas industriais do Rio Grande do Norte consultadas que desenvolvem práticas de economia circular acreditam que estas contribuem para redução das emissões de gases de efeito estufa (a média nacional é de 58%). A reciclagem de produtos, adotada por 33% das empresas, é a prática mais comum.
O principal benefício esperado pelas indústrias que aderem à circularidade é o estímulo à inovação de produtos, processos e serviços. A Sondagem captou que as avaliações das empresas potiguares estão mais ou menos divididas sobre se as atuais regulamentações educacionais incentivam ou dificultam a adoção de modalidades de economia circular.
Entretanto, a ausência de qualificação técnica dos colaboradores é considerada como a principal barreira interna à implantação dessas práticas nas empresas; outras barreiras realçadas são a falta de estratégias para engajar os consumidores sobre os benefícios da economia circular, assim como a própria ausência de conhecimento dos consumidores acerca do tema. Parte significativa das indústrias também avalia que as regulamentações tributárias e econômicas atuais, além do nível elevado dos juros, dificultam a implementação de práticas de economia circular.
Quanto à indagação sobre as principais medidas econômicas que o governo deveria tomar para apoiar a transição das empresas para um modelo econômico circular, as respondentes potiguares destacaram duas, quais sejam, oferta de incentivos financeiros para a criação de infraestruturas de reciclagem e logística reversa e oferta de incentivos para projetos de inovação em circularidade.
Mossoró descobre na coleta seletiva um ativo para gerenciar resíduos e criar renda no município
> 67% das empresas industriais potiguares que desenvolvem práticas de economia circular acreditam que estas contribuem para redução das emissões de gases de efeito estufa;
> 33% garantem ou realizam a reciclagem do produto – prática mais adotada pelas indústrias do estado;
> 42% consideram que o estímulo à inovação de produtos, processos e serviços é um dos principais benefícios esperados ao adotar práticas de economia circular;
> 33% consideram a ausência de qualificação técnica dos colaboradores como uma barreira à adoção de práticas de circularidade em suas empresas;
> 25% consideram que o nível elevado dos juros do financiamento são uma barreira à adoção de práticas de circularidade em suas empresas;
> 55% consideram que as regulamentações tributárias atuais dificultam a implementação de práticas de economia circular;
> 42% consideram que as regulamentações econômicas atuais dificultam a implementação de práticas de economia circular;
> 50% defendem a oferta de incentivos financeiros para a criação de infraestruturas de reciclagem e logística reversa como a principal medida econômica que o governo deveria adotar visando à transição das empresas para um modelo de economia circular.
O Brasil é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) do mundo. Em 2023, o país foi responsável por 3,1% das emissões globais, ficando atrás da China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Indonésia. Mas uma particularidade que o diferencia do restante do grupo é o fato de a principal fonte emissora de GEE ser originada pelo desmatamento das matas nativas, enquanto nos demais são os setores de energia, indústria e transporte.
Ou seja, o uso da terra, mudança no uso da terra e florestas – LULUCF (da sigla em inglês land use, land use change and forestry) responde por 50% das
emissões de CO2 do Brasil, a agricultura responde por cerca de 25%; por sua vez, as emissões combinadas da indústria de transformação, transporte e geração de energia totalizam 20%, enquanto os 5% restantes são provenientes dos resíduos.
O Brasil tem como meta alcançar a neutralidade climática até 2050. Na COP 29, realizada em Baku, em novembro de 2024, o país anunciou a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), assumindo o compromisso de redução das emissões líquidas de GEE de 59% a 67% até 2035, tomando como base o ano de 2005.
No que diz respeito, especificamente, aos resíduos sólidos, como parte da estratégia para a redução de emissões de GEE, países desenvolvidos e em desenvolvimento estão se movendo em direção a um novo padrão de produção e consumo, que demandará o uso mais inteligente dos recursos naturais. Trata-se da transição de um modelo baseado no processo de extração, produção, consumo e descarte – para uma economia circular – que envolve a otimização das cadeias produtivas por meio da reciclagem, remanufatura, reutilização, compartilhamento, manutenção e redesenho dos produtos,
com potencial de criar valor para as empresas. O Plano Nacional de Economia Circular (Planec), aprovado em 8 de maio de 2025 é um desdobramento da Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec). O Planec visa aumentar a taxa de reciclagem de resíduos sólidos urbanos para 50% até 2030 e reduzir em 30% a geração de resíduos industriais de risco até o mesmo ano. Prevê, ainda, a reutilização de 40% da água em processos industriais até o fim da década e o incentivo à adoção de práticas de economia circular em 100% das empresas de grande porte até 2035.
Jornal de Fato SÁBADO, 21 DE JUNHO DE 2025
AMINA COSTA Da Redação
Osegundo fim de semana de apresentações no polo Estação das Artes Elizeu Ventania será marcado pela mistura de variados ritmos. Neste sábado, 21, e no domingo, 22, o polo receberá shows de grandes bandas de forró, do sertanejo e também do pagode, atraindo um público bastante diversificado.
CIDADE JUNINA / Estação das Artes terá mistura de forró, sertanejo e pagode nos shows que acontecem neste fim de semana
a Nossa”, que alcançou mais de 180 milhões de acessos na internet e ganhou espaço entre uma das mais tocadas nas rádios de todo o Brasil. Ao longo da carreira, a dupla também emplacou outros sucessos como “O Nosso Santo Bateu”, “Vou Ter Que Superar”, “Litrão”, “É Problema”, entre outros.
uma das mais respeitadas e populares cantoras de forró da atualidade. Entre seus maiores hits estão “Você Não Tem Saudade”, com “Louca”, “Vida Vazia” e “Falta Coragem”, “Nada se Compara a Ti”, “Mel”, “Rubi”, entre outros.
ganhou notoriedade nacional, com a realização de lives e projetos voltados para as plataformas digitais. O projeto Churrasquinho do Menos É Mais é, até hoje, o detentor dos maiores números do gênero no YouTube.
sentações são da dupla sertaneja Matheus e Kauan, que vão se apresentar pelo segundo ano no Mossoró Cidade Junina (MCJ). Em 2022, a dupla esteve na Estação das Artes, no dia em que é celebrado o Dia dos Namorados. Naquela apresentação, a dupla animou os casais apaixonados com um repertório recheado de músicas que falam de amor. Os irmãos iniciaram a carreira da dupla em 2010, mas foi a partir de 2015 que começaram a ter sucesso nacional, com a música “Que Sorte
nal, com a música “Que Sorte
Ainda na noite deste sábado, 21, a cantora Taty Girl, ex-Solteirões do Forró, também fará a sua apresentação no palco da Estação das Artes. Com mais de 30 anos de carreira, Taty Girl é
No domingo, 22, é a vez do pagode no palco principal do Mossoró Cidade Junina, com a apresentação do grupo Menos É Mais, um dos grupos mais consagrados da nova geração. O grupo surgiu em 2017, mas foi durante a pandemia, em 2020, que a banda
Além de regravar grandes sucessos do pagode, o grupo Menos É Mais também emplacou músicas próprias, tais como “Pagando Mal Com Mal”, “Nunca Encontrei”, “Homem de Ferro”, “Amor Falsificado”, “Coração Partido”, “P do Pecado”, entre outras.
Ainda nesse domingo, o polo Estação das Artes recebe o show da banda cearense Lagosta Bronzeada, que tem 25 anos de história e está consolidada no cenário do forró do Nordeste. O cantor Thiago Freitas, uma das revelações da nova geração de cantores de forró, também fará sua apresentação nesse domingo, no palco da Estação. O cantor, de apenas 21 anos de idade, é natural de Tangará, no RN, e começou a ganhar destaque em 2022, após lançar a música “Outra Dose”.
Último fim de semana de shows no Arraiá do Povo Poeta Zé Lima terá Bartô Galeno, Nonato Neto, entre outros
Nos fins de semana, o Parque de Exposições Armando Buá se transforma, durante o Mossoró Cidade Junina, no Arraiá do Povo Poeta Zé Lima. O polo é marcado pela sua programação com muito forró tradicional representado por artistas que brilham nos palcos desde o fim dos anos 1980, e tem atraído recorde de público nesta edição.
Com apresentações iniciando às 11h, o polo tem sido o destino para aquelas pessoas que querem uma programação diurna. Neste sábado, 21, e domingo, 22, últimos dias de apresentações no polo, o público poderá aproveitar os shows de grandes artistas tradicionais da região. As atrações de hoje são Nonato Neto, Banda En-
Programação para este fim de semana
mais de 20 anos dedicados à música, especialmente ao forró.
cantus e Edyr Vaqueiro. O cantor Nonato Neto é o autor de sucessos como “Lugar de Paz”, “Abraço Que Fala”, “Cumplicidade”, “Meio Amor”, “Minha Mãe”, “Perdido de Amor”. A Banda Encantus tem 20 anos de história e é um dos grandes nomes do forró eletrônico. Edyr Vaqueiro é natural de Bom Jesus, no Rio Grande do Norte, e tem
No domingo, encerram a temporada de apresentações no polo os cantores Amazan, Bartô Galeno e a banda Forrozão Tropykália. Em mais um ano, o cantor Bartô Galeno sobe no palco do Arraiá do Povo para cantar seus grandes sucessos. O cantor, que é natural da Paraíba, mas adotou Mossoró como sua casa, é o autor de grandes sucessos como ‘Saudade de Rosa’, ‘Máquinas Humanas’, ‘Velhos Tempos’.
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Polo Poeta Antônio Francisco
Sábado, 21 18h - XXVIII Festival de Repentistas do Nordeste no Mossoró Cidade Junina 19h20 - Victória Fernandes 20h30 - Yany
Polo Cidadela
Domingo, 22 18h - De Vez em Quando Florescer 19h - Marcelo Alexandre 20h - Zé Lezin
Palco 1 - Ao lado da Igreja São Vicente
Sábado, 21 23h30 – Klebinho 1h30 – Milenny Sousa e Pegada Vip 3h – Neylandir Lopes
Domingo, 22
23h30 – Dan Castro 1h – Toca Fita de Corcel
Palco 2 - Em frente ao Sebrae
Sábado, 21 21h30 - Caixa Pop 00h - Doutor Zé 2h - RobinzBand
Domingo, 22 21h30 - Kaio K 00h - Forró das Emoções 00h - Renata Falcão 2h - Fillipe Costa
MARILENE PAIVA
O comunicador Railson Carlos tem uma longa história com o cantor Wesley Safadão, e isso vem de muito tempo, além de manter relações próximas com diversos artistas regionais e nacionais. Tem o nosso respeito e merece ser respeitado.
> As histórias de tudo que acontece durante o Mossoró Cidade Junina são ótimas. Mas as dos fãs são fantásticas. Há quem chegue às 16h para shows que só acontecem à noite, quem chore e até quem diga que dormiu na Estação das Artes para garantir um lugar na grade — mais perto do seu ídolo.
> Esta edição do MCJ tem sido um recorde de público atrás do outro. Desde o Pingo da Mei Dia, os números vêm sendo superados e, a cada nova apresentação na Estação das Artes e no Arraiá do Povo, surgem ainda mais motivos para comemorar.
> Hoje é dia de Matheus & Kauan e Taty Girl na Estação das Artes. Amanhã, 22, sobem ao palco Thiago Freitas, Menos é Mais e Lagosta Bronzeada.
> Já no Arraiá do Povo, os shows deste sábado ficam por conta de Nonato Neto, Banda Encantus e Edyr Vaqueiro. Amanhã, Bartô Galeno, Amazan e Forrozão Tropykália prometem arrastar uma multidão.
> O filme “Homem com H”, disponível na Netflix, narra a trajetória do artista Ney Matogrosso. É emocionante, impactante e extremamente sensível.
> Esta coluna foi escrita com o auxílio de colaboradores.
Em nome do enfermeiro Renato Sarmento, Presidente da Comissão de Pele do hospital Wilson Rosado, renovamos nossa gratidão aos profissionais de saúde do HWR. No clique, com as enfermeirandas Ana Beatriz e Fernanda Weber.
A toda charmosa Suzana Saldanha apaga velinhas amanhã, dia 22. Ganha os mimos do esposo Leodécio Néo Júnior e das filhas
Apagam velhinhas hoje: Yonara Sousa, Gabi Rebouças, Jackie Pereira, Olivete Barros, Camille Correia, Thiago Bruno, Tiago Oliveira, Higo Lima, Brenda Frota, Amália Barbalho, Beatriz Carlos, Paula Tavares e Clézio Lima de Azevedo. E antecipamos votos de feliz aniversário para os aniversariantes deste domingo, 22: Andrea Patrício, Manoel Padre Neto, Íris Menezes, Kadja Maia, Riomar Mendes, Susana Saldanha Néo, Conceição Santos, Jaqueline Amaral, Lorayne, Simone Ribeiro, Geovan Segundo e Kathleen Veras. Parabéns, meus amores!!
Talentoso, humilde, com a cara do Nordeste — um verdadeiro querido e, sem dúvidas, um dos grandes nomes da nova geração — João Gomes se apresentou no Mossoró Cidade Junina na noite de quarta-feira passada. Com um repertório excelente, que transita entre o legítimo forró, o piseiro e a música romântica, ele levantou o público do início ao fim do show. Para tornar tudo ainda mais especial, levou ao palco a cantora mossoroense Bia Gurgel, encantando a plateia com um dueto belíssimo.
No próximo dia 3 de julho, das 17h30 às 20h, o Espaço Le Jardin – Garbos Recepções será palco do lançamento da Feira Bazar da Vida e da Feira Bem Mais Saúde. O evento reúne expositores e convidados em uma programação com ambientação especial, apresentações artísticas (incluindo As Batuqueiras), repentes e um verdadeiro show de experiências visuais e sensoriais. A estrutura do encontro promete surpreender, com buffet do Garbos, tecnologia da CYM (de Thiego Casado) e decoração de Élio D'angelis.
Aniversariou ontem (20) Ângela Karina, nossa diretora De Fato. Parabéns, amiga e musa de César Santos, presidente deste jornal.
A Câmara de Areia Branca entrou em recesso do 1° período legislativo de 2025; retorna em agosto aos trabalhos e sessões. Antes, o vereador presidente Renan Lima antecipou 40% do 13° salário aos servidores da casa parlamentar.
Velha infância na celebração de aniversário dos 89 anos de vida de Maria Geralda, da família evangélica do irmão Ailson Marcelino/Claudiane Oliveira e filhos, do Atacadão das Baterias. Amém.
– Kleilton Fernandes, muso de Suylene. Os vivas ao pai de Liz.
Em Mossoró, Prefeito Allyson entrega Medalha Prefeito Rodolfo Fernandes ao Pastor evangélico Martins Alves, presidente da Assembleia de Deus do RN. Justo.
Grossos vive a festa religiosa do seu padroeiro, Sagrado Coração de Jesus. A prefeita Cinthia Sonaly, a convite da Igreja, abriu o evento, hasteou a bandeira municipal.
Vivas ao gerente Show de Preço, Mateus Maia, o jovem amado de Lorena que aniversaria dia 24. Parabéns, amigo, herdeiro de Medeiros e Kátia.
MUTIRÃO / Número consta no Mapa da Inadimplência do mês de maio. No RN, são mais de 640 mil nesta situação
OMapa da Inadimplência de maio, levantamento mensal realizado pelo Serasa sobre a relação dos brasileiros com as dívidas, mostrou que mais de 640 mil potiguares tinham dívidas bancárias, sendo que deste número, mais de 50 mil destes consumidores com alguma pendência eram de mossoroenses.
O balanço mais recente do órgão apontava que 53.778 consumidores na segunda maior cidade potiguar estavam com dívidas neste segmento. No total, Mossoró registrava 113.356 inadimplentes no município.
No Rio Grande do Norte, eram 641.576 com pendências bancárias e 225.697 apenas nesse segmento. De acordo com o Mapa da Inadimplência, o estado registrava no mês passado 1.267.063 inadimplentes. As dívidas bancárias so-
O último levantamento mostra que mais de 113 mil mossoroenses estão inadimplentes
mam 1.223.142 contratos, em um total de 3.919.093 registros de inadimplência.
O Serasa destaca ainda que 35 milhões de brasileiros estão negativados apenas em bancos, totalizando 65 milhões de dívidas bancárias. Para traduzir o perfil do endividamento bancário, o órgão realizou um levantamento com 921 credores de bancos. O recorte da pesquisa confirma que o cartão de crédito é uma dificuldade nacional, mencionado por 69% dos
entrevistados. Em seguida, aparecem os empréstimos pessoais (56%) e o uso do cheque especial ou limite da conta corrente (31%).
Ainda de acordo com a pesquisa com os devedores, as principais justificativas para não honrar os compromissos bancários são a perda de renda ou o desemprego, seguidas pela necessidade de realização de gastos inesperados com questões de saúde ou acidentes e a desorganização financeira.
De acordo com o levantamento, 46% dos entrevistados revelam que já tentaram negociar diretamente com o banco, mas não conseguiram. “Nos unimos a mais de 50 grandes bancos justamente para conectar os 35 milhões de brasileiros endividados ao setor bancário, atuando como um elo na negociação”, explica Aline Maciel, especialista da Serasa em educação financeira. “Até 30 de junho, nosso site e aplicativo trazem 400 milhões de ofertas de bancos com descontos que chegam a 97%. Está mais fácil se livrar destas dívidas”, diz a diretora da Serasa.
O Mapa de Inadimplência mais recente mostra ainda que o segmento de bancos e cartões de crédito é responsável por 27,8% do total das dívidas que geraram negativação no país em maio. As contas básicas de luz, água e
A Marechal em festa com o aniversário de Lucinete Fontes dia 23. Mãe dos filhos Anankia, Aline e Edvan Jr. Parabéns adoçado, Verinha, vizinha amiga.
Casal Francisco Ventura e Neide Góis, a mãe do vereador Sandro Góis, Rone, Roger e Grayce; a matriarca aniversariou dia 18, e agradece a Deus em culto evangélico. A sua vitória chegou, tia Neide. Saúde e paz. Amém!
gás, que vêm em segundo lugar, respondem por 20,3% da inadimplência, seguido pelas financeiras, empresas que concedem crédito, mas não são bancos, com 19,3%.
MUTIRÃO
Em parceria com mais de 50 instituições financeiras, a Serasa lança um mutirão emergencial voltado exclusivamente para débitos com bancos, oferecendo descontos que chegam até 97%. A ação vai até 30 de junho, e o Rio Grande do Norte conta com mais de 6 milhões de
ofertas específicas. Para negociar a dívida bancária, o consumidor na condição de inadimplente pode acessar o site www.serasalimpanome.com.br, baixar o aplicativo Serasa (disponível na Google Play e App Store), ou ainda negociar pelo WhatsApp oficial da empresa (11) 99575-2096. Outra alternativa é buscar uma das mais de 10 mil agências dos Correios, onde também é possível realizar negociações presenciais, mediante uma pequena taxa de serviço.
NATHAN FIGUEIREDO
Especial para o De Fato
Opátio do Centro de Convivência do Campus
Mossoró ferveu de expectativas na manhã de quarta-feira, 18, quando a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) entregou a Sala CoWorking. Entre docentes, técnicos-administrativos e estudantes, a reitora Cicília Maia ressaltou que o espaço “coloca em prática tudo o que discutimos em sala de aula” e reafirma a inovação como eixo estratégico da gestão que divide com o vice-reitor, professor Chico Dantas.
Logo na entrada, duas portas dão o tom da proposta: a Sala Comunitária, aberta a conversas espontâneas, e a Sala de Reuniões, climatizada, com tela de projeção e acesso controlado. “Compartilhar este coworking com a Prae (PróReitoria de Assuntos Estudantis) garante circulação permanente de estudantes, que é o nosso objetivo maior”, disse a professora Ellany Gurgel, titular da
POTENCIAL / Ambiente colaborativo amplia as possibilidades de experimentação prática, conexões acadêmicas e formação empreendedora dentro da universidade
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg).
A vibração não ficou restrita aos discursos oficiais. “Queremos estar em todos esses lugares; é um espaço de pesquisa e empreendedorismo fundamental”, celebrou Paulo Andrade, secretário-geral do Diretório dos e das Estudantes (DCE). No meio do público, o estu-
dante de Biologia João Vitor enxergou possibilidades além do laboratório: “Projetos de extensão poderão usar o coworking para se organizar e, quem sabe, abrir nossa futura empresa júnior”. Já João Costa, aluno de Geografia, viu ali uma ponte entre teoria e prática, capaz de “gerar investimento pessoal e institucional”.
Com regras claras e apoio institucional, novo espaço quer transformar ideias em negócios
A política de uso recémpublicada define o coworking como território voltado a estudantes ligados a startups, incubadoras, atléticas, empresas juniores e projetos de pesquisa ou extensão com viés inovador. O documento proíbe transformar o local numa simples sala de estudo, remetendo quem busca silêncio acadêmico às bibliotecas, e enquadra o ambiente como laboratório vivo de criatividade, prototipagem e conexões empresariais.
Aberta de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h30, a Sala Comunitária
opera em regime de portas abertas, estimulando encontros casuais que muitas vezes geram boas ideias. Já a Sala de Reuniões exige reserva on-line ou presencial e pode ter o tempo de uso fracionado em períodos de alta demanda, estratégia que, segundo Ana Angélica, “garante rodízio saudável sem privilegiar ninguém”. O formulário simples exibe a lista de ocupações futuras, permitindo que equipes planejem melhor seus prazos. Critérios de prioridade orientam cada agendamento: primeiro, a vinculação formal do grupo a um
projeto empreendedor; depois, a natureza da atividade — reuniões para desenvolver negócios ficam na frente de encontros sem pauta inovadora — e, por fim, a ordem de solicitação. “Tudo passa pela coordenação da Prae, com regras claras para manter equilíbrio e colaboração”, explicou a pró-reitora. A gestão também estipula que danos à infraestrutura sejam comunicados na hora, sob pena de advertência, suspensão ou exclusão definitiva do direito de uso.
O espaço oferece mobiliário ergonômico, wi-fi e pontos de energia suficien-
O agradecimento aos discentes foi destaque na fala da pró-reitora Ana Angélica Nogueira. “São vocês que nos impulsionam a criar esses ambientes; queremos colocar a UERN no mapa da inovação”, afirmou. Ela lembrou que o agendamento da sala de reuniões é feito on-line, com 48 horas de antecedência, pelo link por-
tal.uern.br/prae/coworking, ferramenta que também mostra a ocupação em tempo real. Cicília arrematou defendendo “mais espaços assim, onde o aluno possa ficar o dia todo e atender clientes de forma profissional”.
Entre brindes simbólicos e uma rodada de networking, a solenidade terminou com
a sensação de que o coworking já nasce excedendo o conceito de endereço físico. “Quando olhamos para as empresas da universidade, percebemos que o empreendedorismo não pertence só às ciências exatas”, lembrou a reitora. O recado é claro: ideias de todas as áreas têm ali o primeiro degrau para virar negócio.
tes para que cada equipe traga seus próprios dispositivos. As regras de convivência reforçam limpeza, respeito ao mobiliário e resolução pacífica de conflitos, princípios que sustentam a cultura de coworkings bemsucedidos pelo mundo. “Manter o ambiente vivo e organizado é responsabilidade de todos”, enfatiza o regulamento.
O horizonte, contudo, vai além da infraestrutura. “Este coworking é multifuncional: teremos mentorias, oficinas, rodadas de conversa com empreendedores, eventos de ideação e networking”, adiantou Priscila Felipe, diretora da Agência Uern Inova. A agência e a Prae atuarão como posto avançado de orientação para quem quer
empreender, oferecendo roteiros de propriedade intelectual, modelagem de negócios, acesso a editais e link com potenciais investidores. “Queremos que o espaço seja, acima de tudo, um catalisador de oportunidades dentro da Uern”, concluiu Priscila, selando a promessa de que as portas recém-abertas não voltarão a se fechar.
‘Números que falam’ / Reportagem dá continuidade ao detalhamento das estatísticas de um levantamento nacional divulgado recentemente pelo Ministério da Justiça
Dando continuidade ao detalhamento das estatísticas de um levantamento nacional divulgado recentemente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a reportagem do Jornal DE FATO esmiúça nesta edição mais dados do Mapa de Segurança Pública 2025. Sobre pessoas presas por cumprimento de mandado no Rio Grande do Norte, entre 2024 e 2023, números de destaque chamam a atenção para mais de 6 mil re
gistros.
Segundo a publicação, que já teve parte das estatísticas detalhadas na edição do Jornal DE FATO do sábado passado, em 2024, foram 3.326 pessoas presas por cumprimento de mandado no RN, e em 2023, 2.827, resultando em um aumento no ano passado de 17,65%, em relação ao anterior. Com esse total de 6.153 prisões, o território potiguar figurou como o oitavo estado do país com menor número de casos nesse período.
Roraima teve a quantidade mais baixa: 942. O ranking foi liderado por São Paulo, com mais de 80 mil registros; seguido de Paraná (40.034) e Minas Gerais (18.231). Quanto aos crescimentos percentuais mais expressivos, despontaram da Paraíba (126,03%),
!Dados chamam a atenção para mais de 6 mil pessoas presas por cumprimento de mandado no Rio Grande do Norte, entre 2024 e 2023
RN teve nos últimos dois anos 6.153 pessoas presas por cumprimento de mandado
Amazonas (61,20%) e Amapá (58,02%). As maiores reduções foram verificadas no Mato Grosso do Sul (-24,49%), Minas Gerais (-15,42%) e Roraima (-12,04%).
No recorte municipal, São Paulo também ficou em primeiro lugar como o município com maior número de pessoas presas por mandados de prisão cumpridos, seguido por Brasília e Curi-
tiba. São Paulo (SP) liderou de forma expressiva, com 13.711 registros. Em seguida, figuram Brasília (DF), com 8.108 prisões; Curitiba (PR), com 5.817; e Rio de Janeiro (RJ), com 5.422.
RN figura como 5º estado do país com maior aumento percentual de ‘mortes a esclarecer sem indícios de crimes’
O Mapa de Segurança do Ministério da Justiça divulgado recentemente também trouxe informações sobre casos definidos como ‘mortes a esclarecer sem indícios de crimes’. O estudo constatou que o RN foi listado dentre os cinco
estados do país com maior aumento percentual desse tipo de ocorrência, entre 2023 e 2024. A relação foi liderada por Amapá, com 350%; seguido de Rio Grande do Sul, com 344%; Pernambuco,100%; Rondônia, 43,77%; e RN, com 38,48%. O estado potiguar figura com a capital Natal, sendo o quinto município brasileiro com maior quantidade de ‘mortes a esclarecer sem indícios de crimes’. O ranking é liderado por São Paulo, com 1.399; se-
RN registra mais de cinco mil atendimentos pré-hospitalares e mais de 11.600 buscas e salvamentos
O estudo detalha ainda que o RN foi o quinto estado do país em aumento percentual de atendimento pré-hospitalar em 2024.
Maranhão liderou com 147%; seguido de Ceará, com 129%; Bahia, 71%; Amazonas, 62%; e RN, com 45,54%. No ano pas-
sado, o estado potiguar notificou 3.212 atendimentos e 2.207 em 2023. Com relação a registros de buscas e salvamentos rea-
Em 2024, o Brasil registrou 275.165 pessoas presas por mandados de prisão cumpridos, o maior volume observado nos últimos cinco anos. Esse número representa um crescimento de 7,22% em relação a 2023, que contabilizou 256.646 mandados, equivalendo a uma média de 752 prisões diárias em cumprimento a mandado de prisão no país.
guido de Rio de Janeiro, 1.084; Campo Grande (MS), 491; Maceió (AL), 311; e Natal, com 205. De acordo com a pesquisa, o número de mortes a esclarecer sem indício de crime apresentou uma alta, em 2024, de 10,46% em relação a 2023.
Em todo o Brasil, foram registrados 14.928 casos no último ano, contra 13.515 em 2023. Na média, 41 mortes a esclarecer sem indício de crime por
lizados no estado pelo Corpo de Bombeiros Militar, o levantamento dá conta de mais de 11.600 casos nestes dois últimos anos.
Conforme o Mapa da Segurança 2025 do Ministério da Justiça, foram 6.021 buscas e salvamentos no RN em 2023 e 5.624 no ano passado. Além disso, a publicação aponta que o esta-
dia em 2024. A taxa nacional também apresentou crescimento, passando de 6,38 mortes por 100 mil habitantes, em 2023, para 7,02 por 100 mil habitantes, em 2024. O RN registrou 529 casos no ano passado e 382 em 2023. O estado seguiu a tendência nacional onde, no recorte por sexo, os dados de 2024 indicam que a maioria das mortes a esclarecer sem indícios de crime envolveu homens.
do potiguar foi o quarto do país em redução de combates a incêndios realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar. O ranking da diminuição entre 2023 e 2024 foi liderado pelo Distrito Federal: -57%. O RN teve quase 8% de queda. Em 2023, o estado potiguar notificou 3.732 ocorrências e 3.440 em 2024.
f estas ju N i N as / Efetivos continuam intensificando o patrulhamento nos principais polos juninos do estado, incluindo Mossoró, Natal e Assú
As forças de segurança pública do Rio Grande do Norte garantem que seguem reforçando o policiamento nas festas juninas em todo o território potiguar. As autoridades asseguram que os efetivos continuam intensificando o patrulhamento nos principais polos juninos do estado, incluindo Mossoró, Natal e Assú.
A Polícia Militar do RN informou que na última quarta-feira (18), véspera de feriado de Corpus Christi, realizou a mobilização e o envio de um contingente composto por mais de 100 policiais militares à cidade de Mossoró, com o objetivo de intensificar as ações de segurança pública durante os festejos do tradicional “Mossoró Cidade Junina”, considerado um dos maiores eventos culturais do estado. O embarque da tropa ocorreu nas dependências do Quartel do Comando-Geral da PMRN, em Natal, e contou com a devida coordenação logística, visando garantir o pronto emprego do efetivo nas áreas previamente deli-
mitadas pelo planejamento operacional da Corporação. Os militares deslocados integrarão o policiamento ostensivo e preventivo em conjunto com o efetivo local, reforçando a presença da PM nas vias de maior circulação e nos polos de festividade, assegurando a tranquilidade e a ordem pública.
A PMRN disse que a pre-
já se aproxima de 40 assassinatos em seis
A segunda maior cidade do Rio Grande do Norte já caminha para atingir a marca de 40 assassinatos nestes seis primeiros meses do ano. O mais recente caso em Mossoró registrado até o fecha -
mento desta matéria aconteceu no fim da noite da última quinta-feira (19), feriado de Corpus Christi.
O ocorrido resultou na morte de um homem durante um alegado con -
Briga generalizada
a Guarda Civil Municipal (GCM) de Mossoró interveio em uma briga generalizada na madrugada da última quinta-feira (19), após os shows na estação das artes, dentro da programação do Mossoró Cidade junina (MCj). “Contamos com um efetivo proativo e eficiente, com tecnologia a nosso favor, como reconhecimento facial e o monitoramento, tudo para minimizar crimes e delitos de grande vulto em um evento dessa proporção de público”, destacou o perfil @gcmmossoro.rn ao publicar o vídeo da ocorrência, chamando a atenção para a importância do “comportamento do cidadão”.
visão é de que o efetivo permanecesse em atuação até esta sexta-feira (20), data em que seria realizada nova redistribuição para cobertura intensiva do fim de semana. A corporação destacou que a iniciativa evidencia o comprometimento da instituição com a proteção da população potiguar e com a eficiência na prestação do
fronto com a polícia. A informação é de que Davi Davidson Andrade da Silva morreu após entrar em confronto com policiais da ROCAM (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) do 2º Batalhão, no fim da noite desta quinta.
O caso ocorreu em uma área conhecida como Pantanal, no bairro Alto da Conceição. O relato é de que os policiais realizavam patru-
Abuso infantil
!PM enviou na última quartafeira (18), véspera de feriado, mais de 100 policiais a Mossoró, para os festejos juninos na cidade
serviço público de segurança, especialmente em even-
lhamento de rotina quando tentaram abordar um suspeito. O homem teria reagido à abordagem e efetuado disparos contra os policiais, que revidaram, dando início a uma troca de tiros.
Baleado no confronto, o suspeito foi socorrido pelos próprios policiais ao Hospital Regional Tarcísio Maia, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito pouco tempo depois de dar entra-
tos de grande porte e alta concentração de pessoas.
da na unidade. Com o homem, a polícia diz ter apreendido uma pistola, uma arma de fabricação caseira, e uma quantidade de entorpecentes não detalhada; além de uma balaclava (capuz utilizado geralmente para ocultar o rosto).
O material apreendido foi apresentado na delegacia de plantão da Polícia Civil e será encaminhado para a perícia.
Homem preso na PB por exercício ilegal da medicina no Seridó potiguar
Policiais civis da 51ª Delegacia de Polícia Civil (51ª DP de Jucurutu), com apoio da Polícia Civil da Paraíba, deram cumprimento, nesta quarta-feira (18), a um mandado de busca e apreensão domiciliar em desfavor de um homem, de 39 anos, no município de Belém do Brejo do Cruz, no estado da Paraíba. O investigado é apontado por exercer ilegalmente a medicina na cidade de Jucurutu/RN, utilizando documentos falsificados para se passar por profissional da área da saúde. A investigação foi iniciada após denúncia de que ele teria atendido uma idosa de 70 anos, no Hospital Maternidade Teresinha Lula de Queiroz Santos, em 12 de julho de 2019.
Na ocasião, mesmo diante de exame de raio-x e do quadro clínico evidente, o investigado teria diagnosticado a paciente com entorse no punho e prescrito apenas analgésicos, sem encaminhá-la ao ortopedista. Dias depois, especialistas constataram uma fratura com consolidação óssea incorreta, resultando em deformidade permanente e perda total da função da mão direita da vítima. A apuração revelou ainda que o suspeito se utilizava do nome, carimbo e assinatura falsificados de um médico com registro ativo em outro estado, que jamais esteve em Jucurutu. Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos carimbos e documentos públicos com indícios de falsificação. O inquérito policial apura os crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, falsificação de documento público e lesão corporal de natureza grave com debilidade permanente de membro.
a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã da última quarta-feira (18), a “operação nefarious”, com o objetivo de combater os crimes de compartilhamento e armazenamento de material contendo cenas de abuso sexual infantil. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em natal/Rn, expedidos pela 2ª Vara Federal, resultando na apreensão de diversas mídias com arquivos digitais que passarão por análise pericial. ainda nesta data, foi deflagrada a sétima fase da operação uiraçu, quando foi cumprido um mandado de busca e apreensão, com a apreensão de computadores e aparelhos celulares, em ação também voltada ao enfrentamento do armazenamento e compartilhamento de mídias com cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes na internet.
a governadora do Rio Grande do norte, Fátima bezerra (PT) sancionou nesta semana um projeto de Lei que veda a nomeação de pessoas condenadas por crimes de racismo, homofobia e transfobia em cargos comissionados na administração pública estadual. a nova norma tem origem em um projeto da deputada estadual eudiane Macedo (PV), e abrange a administração pública direta e indireta. a nova legislação estadual veda a nomeação, para cargos em comissão de livre nomeação e exoneração, de pessoas que tenham sido condenadas pela Lei do Racismo, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor.
fabiowillard@hotmail.com
fabiowillard@hotmail.com
DOepois de cinco anos distante da divisão de elite, o Baraúnas volta e já enche seu torcedor de esperanças, ao carimbar seu passaporte para a semifinal do primeiro turno do estadual. Creio que este é um feito que nem mesmo o mais otimista torcedor leonino esperava, pois ficou além dos investimentos do clube. Sem caixa, o Leão faz malabarismo financeiro para contratar e manter os compromissos. Não tem cota de nenhuma competição regional ou nacional para poder contabilizar, e sua longa ausência esfriou de certa forma o mercado de investidores. Sorte que a marca e a massa que a conduz ainda é forte e, portanto, relevante para investidores. É fato que a luta principal de quem está retornando nas condições descritas acima, é manter-se na elite. O que mais conseguir, acaba sendo lucro. Agora, mais que uma final de turno, o Baraúnas tenta distanciar-se de qualquer ameaça de rebaixamento como também beliscar uma vaga na Série D, situação perfeitamente possível. Os próximos dias dirão muito sobre o horizonte tricolor desta e da próxima temporada.
Baraúnas aguarda a marcação do julgamento do caso envolvendo o Globo. O clube denunciou o rival de Ceará-Mirim por atuação irregular durante o estadual deste ano. De acordo com documento da época, o Globo teria atuado com situação irregular junto à Receita Federal, figurando como inapto desde o dia 20 de agosto de 2024, status que permaneceu até pouco tempo, mais precisamente após a denúncia do Baraúnas, ou seja, depois do fim do campeonato potiguar. Com a indicação do auditor para o processo, aguarda-se o conhecimento da data para o julgamento. Desde a denúncia, não houve qualquer pronunciamento da FNF a respeito do caso. Consultamos algumas pessoas conhecedoras do direito desportivo e a opinião delas, analisando os fatos, é que há de fato uma irregularidade passiva de punição no campo desportivo, o que deixa a expectativa de uma mudança na configuração final da classificação do campeonato, consequentemente, a questão do rebaixamento.
Imagem que marca
representava a
em torneio nos Osnildo, Cleilton, Marcos Cunha, Toinho (falecido).
1970. A legenda é com o leitor.
A semana na história
A semana na história
Nesta data (21), há 55 anos, o Brasil conquistava a Copa do Mundo do México, de 1970, batendo a Itália por 4 A 1. Tornava-se o primeiro tricampeão da história. Pelé, o maior de todos os tempos, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto marcaram.
Quem aniversaria na próxima quinta-feira (15) é Neto Caraúbas, bom jogador de futsal. O caraubense tem história no esporte. Parabéns!
FRANCISCO DAS CHAGAS
Abolição IV
Torcedor do Flamengo
Torcedor do Flamengo
Levei o carro para o mecânico, mas não precisou trocar a corrente ‘dentária’
ÊNIO TICIANO, técnico de áudio da 105 FM, empolgado com o carro recém-adquirido.
Esquentando
J OÃO CA R LO S, zagueiro do Potiguar.
O Rafael (goleiro) tem conta a pagar com o TG. Ele vai no Tribunal de Justiça amanhã”
Esse imbróglio entre a AFASAM, proprietária da Toca do Leão, e o Baraúnas ainda promete muito pano para a manga. O impasse, caso não contornado, deverá gerar embates, inclusive na esfera jurídica.
Contra rebaixamento
Embolou
Na contagem geral, o Baraúnas está seis pontos à frente que o Potyguar Seridoense, com quem tem um confronto direito na casa do adversário no segundo turno. Pode chegar.
Complicou
Ao vencer o Treze, fora de casa, o Santa Cruz de Natal entrou no G-4 do grupo e jogou pressão pra cima do América, seu adversário do próximo dia 28, em Goianinha. O América é terceiro, com 16, três a mais que o rival potiguar.
Mandante indigesto
Com seis pontos atrás do Santa Cruz, o Potiguar se complica na pretensão de garantir vaga na Série D de 2024. Com um time abaixo do montado ano passado, o alvirrubro frustra sua torcida e, creio, seus próprios dirigentes.
Complicou de novo
O América é um leão, jogando em casa, mas precisa melhorar um pouco atuando fora, nesta Série D. Em quatro partidas na Arena, quatro vitórias. Fora de casa, uma vitória, um empate e três derrotas.
Manutenção
Pior que ver a vaga para a Série D distanciar-se, é enxergar no retrovisor clubes aproximarem-se em luta contra rebaixamento. A diferença de dois pontos para Força e Luz e Globo, e três para o Potyguar Seridoense, tira-se em uma rodada. É grave.
Paredão
O alvirrubro natalense, hoje na terceira posição, precisa ao menos manter essa performance como mandante. Restam cinco partidas, sendo três em casa. E uma das duas fora é contra o Santa Cruz de Natal, em Goianinha.
O goleiro Edson, do Baraúnas, ainda mostra estar em excelente forma. Foi fundamental na classificação leonina, pegando finalizações e um pênalti, no segundo tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0.
Cena que se repete
O futsal apodiense segue na luta pelo campeonato brasileiro da modalidade. No meio de semana, em jogo eletrizante, os apodienses venceram o Concórdia-SC, por 5 a 4, com o apoio maciço de sua torcida no Vilson Custódio.
Rejeitado pelo Potiguar, o atacante Wester vem se configurando no talismã leonino. Foi dele o golaço que abriu caminho para a vitória do Baraúnas, frente ao Força e Luz.
Emocionados
Agora, o Apodi enfrenta o São João do Jaguaribe-CE, pelas quartas de final da Copa do Brasil, na próxima sextafeira, dia 27 de junho, em Apodi. Como perdeu o jogo de ida, terá que vencer no tempo normal para forçar prorrogação e tentar chegar às semifinais.
Alexandres Tavares e Djalma Júnior, presidente e vice, respectivamente, do Potiguar, provocaram o Baraúnas, durante entrevistas. Acabaram dando vestiário ao rival, que soube utilizar o desdém como combustível de superação no primeiro clássico e agora, contra o Força e Luz.
Combustível
Nasemanaquepassou,emreuniãonoPaláciodaResistência, a Prefeitura de Mossoró anunciou o envio à Câmara Municipal do projeto de lei autorizando a construção do novo Nogueirão, arena multiuso com capacidade para 15 mil espectadores.
A dupla Alexandre/Djalma vem sendo bastante criticada. Teoricamente com mais dinheiro, o clube montou um elenco bem inferior ao que disputou a Série D, levando o alvirrubro a uma eliminação precoce, mas por si justificada.
Reconhecimento
Além de pedir a saída de Alexandre e Djalma, a torcida tem utilizado as redes sociais para pedir a volta de Márcio Mossoró, como dirigente. O torcedor não esquece o bom trabalho de MM8, que projetou o Potiguar, ano passado, dando calendário e grana.
A performance dos clubes brasileiros no Mundial tem impressionado. Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras enchem os olhos. Talvez nem o mais otimista dos brasileiros imaginasse tamanha performance.
IMPACTOS / Com o fechamento do estádio, o prejuízo se espalha por diversos setores
OEstádio Municipal Leonardo Nogueira, o tradicional "Nogueirão", completa neste sábado, 21, 500 dias de portas fechadas. Desde que foi municipalizado, em março de 2021, o “mundão de cimento do Nova Betânia” enfrenta a pior crise dos seus 58 anos de fundação.
Antes da municipalização, o Nogueirão era gerido pela Liga Desportiva Mossoroense (LDM) e sua estrutura física já apresentava estado precário, com metade do campo interditado. Com recursos escassos, a entidade se mostrava incapaz de sustentá-lo.
Então, a gestão municipal assumiu o estádio sob grandes expectativas. O prefeito Allyson Bezerra celebrou a municipalização com festa nas redes
sociais, prometendo reestruturar o Nogueirão e oferecer à cidade um equipamento esportivo digno. A promessa animou o desportista local, que viu naquele momento a chance de um novo começo.
No entanto, o que se seguiu foi um longo período de abandono e frustração. Ao invés de melhorias, a situação do estádio piorou.
Dois episódios marcantes ilustram o descaso: em junho de 2023, por conse -
msantos@defato.com
quência do jogo do Potiguar pela Série D do Campeonato Brasileiro, um torcedor sofreu um acidente ao ter a perna presa em um buraco que se abriu em plena arquibancada.
Já em fevereiro de 2024, parte da marquise desabou após uma forte chuva, causando pânico entre os moradores da região. Por sorte, não houve uma tragédia. Vale lembrar que a estrutura não recebia manutenção há mais de duas décadas.
Botafogo x PSG: quando a estratégia supera o status
No futebol, cada time joga com suas próprias estratégias, e o duelo entre Botafogo e PSG foi um exemplo claro disso. O time francês apresentou um jogo propositivo, como tem sido sua marca e como chegou ao título da Champions League. Já o Botafogo adotou uma postura reativa, consciente do seu tamanho e das suas possibilidades.
Com a bola rolando, a proposta ofensiva do PSG não evoluiu como esperado, enquanto o modelo reativo do time carioca se destacou. O Botafogo soube neutralizar o adversário com uma marcação forte e foi eficiente em aproveitar as chances que teve para balançar as redes.
Isso não significa que o Botafogo seja melhor que o PSG, nem valida a ideia de que existe um abismo técnico entre o futebol europeu e o sul-americano, como muitas vezes sugere o velho complexo de vira-lata. O nível de competitividade em ambos os continentes é alto. A vantagem europeia se explica mais por questões econômicas — moeda forte e maior capacidade de investimento — do que por talento ou sapiência.
Foi simbólico ver o Botafogo derrubar um gigante europeu. Um recado claro ao mundo: o futebol brasileiro continua sendo grande e tem capacidade de competir de igual para igual com qualquer um.
500 dias fechado
na era da municipalização, o nogueirão atinge neste sábado, 21, a triste marca de 500 dias fechado. em seus 58 anos de história, o estádio mossoroense jamais permaneceu tanto tempo com as portas cerradas. É um marco lamentável, que representa não apenas o abandono de um patrimônio esportivo, mas também um desrespeito à sua história e à comunidade apaixonada pelo futebol local.
amador
Principal clube da o ceania na atualidade, o auckland City soma 13 títulos da Liga dos Campeões da oceania e 12 conquistas do Campeonato neozelandês. apesar do sucesso local, o time é considerado amador e vem sendo saco de pancadas na Copa do Mundo de Clubes da Fifa. seus jogadores encaram uma rotina de dupla jornada, conciliando o futebol com outras profissões. Como ajuda de custo, o clube desembolsa 150 dólares neozelandeses por semana aos atletas (cerca de R$ 2 mil).
ocupações
a lista de ocupações dos jogadores auckland City chama atenção pela diversidade. entre eles, o goleiro Conor Tracey, que é funcionário de um depósito, trabalha como estoquista e precisou tirar uma licença não remunerada para disputar o torneio. o atacante colombiano jerson Lagos trabalha como barbeiro; um outro goleiro, sebastián Ciganda, limpa piscinas para garantir a renda mensal; e o zagueiro adam Mitchell atua como corretor de imóveis. carrascal no Fla o meia colombiano j orge Carrascal deve ser anunciado em breve como novo contratado do Flamengo. o rubronegro carioca chegou a um acordo com o d ínamo, da Rússia, e pagará 12 milhões de euros fixos (cerca de R$ 72 milhões), com possibilidade de mais 2 milhões de euros em bônus (R$ 12 milhões). o atleta se junta ao elenco após o Mundial de Clubes, reforçando o time no segundo semestre da temporada.
Nogueirão completa 500 dias fechado e segue afundado em promessas do prefeito
Desde que assumiu a gestão, Allyson Bezerra fez inúmeras promessas, desde intervenções emergenciais para garantir a segurança até a construção de um novo estádio por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Apesar disso, nenhuma das promessas saiu do papel. Propostas de emendas parlamentares para reformas também foram rejeitadas.
Hoje, quase cinco anos após a municipalização, o Nogueirão está completamente abandonado, e Mossoró amarga mais de um ano sem abrigar jogos de categoria profissional. Uma realidade que entristece os torcedores e simboliza o desprezo ao esporte local.
s É r I os P r EJUÍZ os O futebol é uma cadeia produtiva que movimenta a economia e gera empregos diretos e indiretos. Com o fechamento do Nogueirão, o prejuízo se espalha por diversos setores. Os clubes locais, principais atingidos, não são os únicos a sofrer, como também o comércio formal e informal, além da imprensa específica.
Bares, restaurantes, hotéis e vendedores ambulantes que tradicionalmente lucravam nos dias de
jogos foram duramente impactados. Muitos desses trabalhadores dependem desses eventos para garantir o sustento. Sem partidas em casa, a cidade perde em movimento, arrecadação e visibilidade. Desde fevereiro de 2024, quando o Nogueirão foi interditado por decisão judicial, os clubes Potiguar e Baraúnas vêm arcando com altos custos para mandar seus jogos fora de Mossoró — uma realidade que acumula prejuízos financeiros e logísticos.
Importante destacar: a interdição do estádio se deu após o descumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a Prefeitura e o Ministério Público (MP). A gestão municipal deixou de executar uma obra básica de acessibilidade, levando à ação judicial e ao fechamento do equipamento.
Neste ano, o Baraúnas acabou rebaixado à segunda divisão do Campeonato Estadual. A diretoria do clube não hesitou em apontar a omissão da Prefeitura, especialmente do prefeito Allyson Bezerra, como um dos fatores que contribuíram para a queda. Além da inação ao estádio, não houve qualquer apoio institucional aos clubes nessa temporada.
TENDÊNCIA / Entre tons suaves e escolhas não convencionais, novas paletas
redefinem o altar e refletem o desejo das noivas de imprimirem autenticidade à própria celebração
EDUARDO BETINARDI
Especial
Ícone absoluto dos casamentos tradicionais, o vestido branco começa a dividir espaço com novas leituras visuais e simbólicas. Uma tendência ganha força entre mulheres que desejam tornar o grande dia ainda mais significativo: os vestidos de noiva coloridos, que assumem protagonismo em cerimônias contemporâneas ao traduzirem personalidade, valores e estilo de vida.
Tons de rosa blush, lavanda, champanhe, verde-menta e nude ocupam o lugar antes exclusivo do branco, carregando consigo narrativas afetivas e estéticas que ressignificam o vestir no altar. A mudança acompanha uma transformação cultural que vem pautando o setor de casamentos nos últimos anos: a busca pela autenticidade.
“A escolha da cor hoje é um ato de expressão pessoal. A estética deixa de ser padronizada para se tornar identidade visual”, explica Sandra Melo, consultora de imagem e estilo. Em vez de seguir um roteiro tradicional, noivas têm optado por se apropriar do visual como uma extensão de quem são, transformando o vestido em símbolo de liberdade, e não de imposição.
Mais que tendência, uma afirmação de identidade. O crescimento do vestido colorido é reflexo de uma noiva que não apenas deseja casar, mas se reconhecer no ato de casar. “A tradição cede espaço à liberdade criativa, ao olhar subjetivo e à necessidade de contar histórias reais, que partem do íntimo para o coletivo. Em vez de seguir padrões, essa nova geração de mulheres escolhe vestir o que comunica o que vivem, o que sentem — e quem são. A estética acompanha, mas é a essência da noiva que deve brilhar no grande dia”, destaca Sandra Melo. “E, agora, em uma paleta mais rica, simbólica e plural”, complementa a especialista.
Rosa: romantismo com leveza contemporânea
Associado ao afeto e à ternura, o rosa permanece entre os preferidos — especialmente nas variações blush e rosé. “Com seu apelo romântico e sofisticado, ele aparece como alternativa suave ao branco, ideal para cerimônias ao ar livre, diurnas ou com estética mais acolhedora”, explica Sandra.
Verde: frescor, conexão e ousadia
Pouco convencional, mas altamente simbólico, o verde — em nuances como oliva e menta — representa renovação, esperança e equilíbrio. “Conecta o universo botânico ao cerimonial e é frequentemente associado a celebrações ao ar livre, com temática orgânica e proposta não tradicional”, relata a especialista.
Nude e champanhe: sobriedade com refinamento
Versáteis e discretos, os tons de nude e champanhe vêm ganhando espaço em casamentos clássicos com toque moderno. “Suas tonalidades neutras comunicam elegância atemporal, sendo uma escolha certeira para noivas minimalistas que ainda desejam imprimir personalidade ao visual”, comenta.
Lavanda: poesia visual e espiritualidade
Com um tom etéreo e marcante, o tom lavanda tem se destacado pela sua estética delicada e pela carga simbólica ligada à serenidade, à intuição e à introspecção. “É uma escolha que se afasta do lugarcomum sem abrir mão da sofisticação, criando cenários visuais com forte apelo sensorial”, completa Sandra.
Ainda se comenta o sucesso do Pingo da Mei Dia, evento que abre oficialmente o Mossoró Cidade Junina. Este ano, sete trios com mais de 15 atrações, levaram mais de 200 mil pessoas ao Corredor Cultural da Avenida Rio Branco, com destaque para Grafith, Xand Avião, Giannini Alencar e Léo Santana. Confira mais fotos.
A Liga de Mossoró, por indicação do vereador João Marcelo, celebrou 25 anos de atividades durante Sessão Solene que aconteceu na Câmara Municipal de Mossoró, na quinta (12). Manhã para homenagear nomes que fizeram e fazem a Liga e o trabalho desta instituição que tem papel importante na saúde do RN. Daqui agradeço ao vereador Thiago Marques pela indicação para receber a Medalha do Mérito em Comunicação “Jeremias da Rocha Nogueira”.
Karenine Fernandes comemorou idade nova no domingo (8), mas comemorou com amigos queridos e familiares na terça (10), no fim da tarde, na Área de Lazer do Residencial Lucas Benjamim. Tarde/noite ótima com delicinhas e música de qualidade, além de um momento especial de agradecimento e fé. Foi lindo! As fotos são de Eduardo Kenedy.
Fátima e Isabelle Bessa (aniversariante da terça, 24), festejando Annelyse Figueiredo na sua Colação de Grau em Medicina. Parabéns!
Ednê Soares, Tanilda Gonçalves e Jarda Jacinta festejam a dra. Íris Menezes, folhinha do domingo (22). Felicidades!
As primas queridas Suelene e Letícia Spinelli Santos. Suelene com aniversário na sexta (27). Felicidades!
Aniversariante da sexta (27), a advogada Karina Ferreira de Souza Vasconcelos recebe os parabéns da coluna!
O reconhecimento que devemos buscar é o da própria consciência. Todo o aplauso externo é ilusório.” CHICO XAVIER
Hoje é dia de festa para o jornalista Higo Lima, o advogado Vicente Neto, Clézio Lima de Azevedo, Taynara Martins, o empresário Damásio Medeiros e Reinaldo Silva. Amanhã (22), é dia de vivas para Jacqueline Amaral, a dra. Íris Menezes, o juiz Manoel Padre Neto, a enfermeira Suzana Saldanha Néo, Conceição Santos, Riomar Mendes, Aníbal Marques Bezerra e Keoma Cavalcante Gomes. Para vocês paz, saúde, amor e alegrias. Parabéns!
Última semana do Mossoró cidade Junina e a coluna mostra alguns destaques que valem muito a pena. Hoje (21), Matheus & Kauan e Taty Girl (Estação), Nonato Neto, Encantus e Edy Vaqueiro (Arraiá do Povo) e Caixa Pop, Doutor Zé e Robinzband (Cidadela). Amanhã (22), Amazan, Bartô Galeno e Tropykália (Arraiá do Povo) e Koisa Nossa, Thiago Freitas, Menos é Mais e Lagosta Bronzeada (Estação). Na semana, Leonardo (25), Walkíria Santos e Jorge & Mateus (26) e Bruno e Marrone (27), tudo na Estação. Bia Gurgel e Soul de Samba estarão na Cidadela na sexta (27).
A edição 2025 das Feiras Bazar da Vida e Bem Mais Saúde serão lançadas no próximo dia 3 de julho a partir das 17h30 no Garbos Le Jardin, com buffet assinado pelo Garbos (To Go). Noite para apresentar as novidades e com decoração assinada por Élio D’Angelis. As feiras acontecem nos dias 28, 29 e 30 de agosto no Garbos Recepções. Rafaella Costa assina a Assessoria de Comunicação!
Vivas para Keoma Cavalcante Gomes, comemorando idade nova neste domingo (22)!
O Boticário patrocina, mais um ano, o Mossoró CidadeJunina, e até o dia 28 de junho a marca leva ativações gratuitas à Estação das Artes “Elizeu Ventania” com a “Casa do Boti”. Se você vai assistir aos shows da Estação, passe lá e conheça mais dos produtos de O Boticário!
conexaosaude.defato@outlook.com
CUIDADO / Proximidade entre estruturas do ouvido e do cérebro pode facilitar a disseminação de infecções graves
GABRIEL SANTOS
Especial
Você já teve, conhece alguém ou ouviu falar em meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges — as três membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — e pode ter diferentes causas, sendo as mais comuns as infecções por vírus e bactérias.
As formas virais tendem a ser menos graves, enquanto as bacterianas exigem atenção imediata devido ao seu potencial letal.
O que pouca gente sabe é que essa condição também pode surgir como uma complicação de infecções aparentemente simples, como as otites médias — infecções do ouvido médio.
De acordo com a Dra. Kátia Virginia, otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, há uma conexão direta entre infecções do ouvido e meningite. “A meningite pode ser uma complicação grave das otites médias agudas ou crônicas mal tratadas. A relação está na proximidade anatômica, pois a orelha média guarda limites bem próximos com o crânio e as meninges, podendo haver disseminação da infecção por contiguidade, através do osso, ou pela corrente sanguínea”, explica a especialista. Entre os principais riscos estão as otites médias com perfuração da membrana timpânica, especialmente quando não recebem tratamento adequado. Essas infecções podem evoluir e atingir as estruturas intracranianas, resultando em quadros graves de meningite. “O tratamento precoce e adequado dessas otites é fundamental para evitar esse desfecho que, embora raro, acontece em alguns casos e pode deixar sequelas para a audição e o sistema neurológico”, alerta a médica.
Os sintomas que podem indicar que uma infecção de ouvido está evoluindo para meningite vão além da dor local. “Febre alta per-
sistente, dor de cabeça intensa, sonolência, confusão, rigidez de nuca, vômitos em jato, convulsões e hipersensibilidade à luz são sinais de alerta. Em crianças menores, observar a fontanela abaulada, irritabilidade acentuada e choro inconsolável é essencial”, explica a otorrinolaringologista. Entre os sinais auditivos que devem acender o alerta estão dor intensa e persistente, saída de pus ou sangue pelo ouvido, inchaço atrás da orelha, paralisia facial e perda auditiva súbita.
A prevenção passa pela atenção aos sinais iniciais de infecção e pelo acompanhamento com um especialista. “Toda dor ou infecção de ouvido precisa ser avaliada, tratada e conduzida adequadamente por um otorrinolaringologista. No caso das otites médias agudas, é importante oferecer um bom suporte durante infecções respiratórias virais e buscar avaliação médica precoce. Já nas otites crônicas com perfuração do tímpano, o cuidado deve ser redobrado para evitar a entrada de água, especialmente em piscinas, mar ou rios”, orienta a médica.
As consequências da falta de tratamento vão além da meningite. Sequelas auditivas como zumbido, perda de audição e tontura são comuns, além de possíveis abscessos cerebrais e comprometimentos neurológicos. “Essas complicações podem deixar sequelas neurológicas e cognitivas importantes, comprometendo a qualidade de vida do paciente”, afirma a Dra. Kátia.
O diagnóstico da meningite com origem em infecção otológica é clínico e complementar, podendo incluir exames de imagem como tomografia e ressonância magnética, além da punção lombar para análise do líquor e exames de sangue.
O tratamento é hospitalar, com administração de antibióticos por via endovenosa, anti-inflamatórios para reduzir o inchaço nas meninges, analgésicos e, em alguns casos, cirurgia nos ouvidos para controlar a infecção de origem.
O que é meningite
É uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A meningite bacteriana é geralmente mais grave do que a viral e pode levar a complicações sérias, incluindo danos cerebrais e até a morte, se não for tratada rapidamente.
Causas:
Bactérias: As principais bactérias causadoras de meningite são Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e Haemophilus influenzae tipo b (Hib). - Vírus: Muitos vírus podem causar meningite, incluindo enterovírus, herpesvírus e arbovírus.
Fungos:
Alguns tipos de fungos, como Cryptococcus neoformans, também podem causar meningite, especialmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Parasitas:
Embora menos comuns, parasitas como Angiostrongylus cantonensis podem causar meningite.
Os sintomas da meningite podem variar, mas geralmente incluem:
- Febre alta.
- Dor de cabeça intensa.
- Rigidez na nuca (dificuldade ou dor ao inclinar a cabeça para frente).
- Náuseas e vômitos.
- Sensibilidade à luz (fotofobia).
- Confusão mental ou sonolência.
- Convulsões (em alguns casos).
Segundo a lenda, o surgimento do termo “forró” vem do período histórico em que os militares americanos estabelecidos em NATAL/RN, à época da Segunda Guerra Mundial, teriam organizado festas dançantes com intuito de conhecer as garotas da cidade. Então, para que todo mundo se sentisse convidado, fixaram uma placa na entrada com a inscrição FOR ALL (para todos) que todos os potiguares logo adaptariam ao FORRÓ. E como estamos no mês no qual exaltamos a cultura nordestina com os festejos juninos, criamos alguns looks sugestivos para vocês arrasarem nos arraiás, com a arte de George Azevedo em roupas modernas e cheias de estilo.
FICHA - TÉCNICA: Direção de Moda / Styling: George Azevedo | Fotos: Lucas França | Beleza: Majuh Oliveiros | Modelo: Laura Kelle (Tráfego Models) | Looks: George Azevedo Arte | Botas: Jorge Bischoff
Desde o ano passado, DOMINGO vem publicando ensaios do professor, pesquisador e crítico literário Márcio de Lima Dantas sobre as mais diversas formas de arte produzidas por artistas potiguares que encontraram e continuam a encontrar nelas a ocasião perfeita para manifestar talentos natos e/ou aprimorados em estudos acerca da técnica ora escolhida por cada um deles. Com isso, além de documentar e publicizar o resultado do trabalho desses artistas, Márcio o faz por meio de belos textos, pelos quais fazemos aqui um agradecimento de público pela contribuição dada à Revista e às belas artes dos recantos do Rio Grande do Norte.
Nesta edição, Márcio nos brinda com ensaio sobre o artista plástico curraisnovense Assis Costa. Sob a ótica do professor, merece destaque, dentre outras artes produzidas por Assis Costa, a série de quatorze santos. Para ele, “é interessante remarcar o que caracteriza como integrando esse naipe que a tradição resolveu chamar Sagrado.” Ainda e acordo com o pesquisador, “não há como se omitir em elogios às capacidades pictóricas de Assis Costa. Falo no que diz respeito a tudo o que concerne à gramática de plasmar uma tela com seus necessários elementos, a partir do que se escolheu como referente (tema)”, reflete.
Confira o ensaio completo nesta edição.
Boa leitura!
Ângela Karina
Balada do Impostor
Artes plásticas
Assis Costa e as muitas maneiras de dizer a realidade.
memória viva
Carimbo da placenta transforma momento do parto em arte.
artigo de opinião: Retirando as pedras do caminho
• Edição – C&S Assessoria de Comunicação
• Diagramação – Augusto Paiva
• Projeto gráfico – Augusto Paiva
• Impressão – Gráfica De Fato
• Editora e Revisão – Ângela Karina Redação, publicidade e correspondência
Av. Rio Branco, 2203 – Mossoró (RN) Fones: (0xx84) 3323-8900/99836-5320
Site: www.defato.com/domingo E-mail: pautadefato@gmail.com
DomIngo é uma publicação semanal do Jornal de Fato. Não pode ser vendida separadamente.
JOSÉ DE PAIVA REBOUÇAS
Jornalista
@paiva_reboucas
Há fios que conduzem eletricidade, há fios de nylon, de costura, de pipa, de navalha. E há os fios do tempo. Invisíveis, mas impiedosos. Eles atravessam a carne sem ferir, tecem histórias sem pedir licença, brotam na cabeça como se dissessem: “Veja, você tem vivido.”
Comecei a vê-los aos 26. Não chegaram como multidão, vinham tímidos, como as primeiras garoas antes da tempestade. Primeiro um, dois, cinco... Depois, começaram a se encontrar em grupos, organizados como se tramassem uma revolução silenciosa sobre minha cabeça. E tramaram. Hoje, aos 43, minha cabeleira já não sabe mais se é noite ou alvorada. Uns diriam sal e pimenta; outros, charme precoce. Mas o espelho é apenas honesto. E às vezes cruel.
Em minha família, somos todos tecelões desse mesmo tecido genético. Primos, tios, irmãos - um exército de fios prateados antes do tempo previsto. Um destino compartilhado, quase hereditário, como se nossa linhagem carregasse não só os nomes, mas também o calendário adiantado da velhice visível.
Mas o que mais me assusta não são os fios. É o olhar que pousa sobre eles. Porque o preconceito tem olhos afiados. E quando vê um branco onde es-
perava pretos, assume o pior: “Ele está velho.” Não importa se o corpo ainda dança, se a mente ainda corre, se o coração ainda arde. Para muitos, os fios prateados são sentença. E como qualquer sentença, trazem exclusão. Engraçado, vivemos num tempo em que tanto se grita por igualdade, por respeito, por liberdade. Mas os gritos da juventude parecem ter filtro. Querem respeito por suas escolhas, mas esquecem que o tempo não é escolha de ninguém, é herança inevitável. O que podemos escolher é como o acolhemos. Os cabelos brancos, por exemplo, não são falha, são testemunho. Não deveriam ser motivo de estranhamento, mas de escuta. No entanto, me olham como se eu tivesse cometido um erro imperdoável: o de parecer mais velho do que esperavam. Como se viver muito, ou parecer ter
vivido, fosse uma ofensa estética. Talvez meu jeito sério e impaciente não ajude. Mas o preconceito, qualquer um, é sempre fruto da mesma doença: a ausência de sensibilidade. De sensibilidade e de memória. Porque todos, sem exceção, caminham para os fios brancos ou para a ausência total deles. E se esquecem que zombar do outro é zombar do próprio destino.
Os fios do tempo não mentem. Não pedem desculpa. Não são feios nem bonitos. São poesia. São história. São um modo do corpo dizer que a vida está em andamento, que algo foi vivido. E viver, com cabelos brancos ou não, continua sendo um privilégio raro, daqueles que só o tempo concede. Quem entende isso, aprende a admirar não apenas os fios, mas também o silêncio que eles carregam.
m
O silêncio em teu seio é prata a sofrer o lavor minucioso do tempo.
Henriqueta Lisboa
Assis Costa (Currais Novos, 1º.3.1977) teve como mestre o pintor João Antônio. Esses estudos versavam sobre o desenho, a pintura a óleo, a pintura acrílica e mais outras técnicas que, posteriormente, vieram se somar a quem, por si mesmo, conseguia através do que pulsava no seu interior: a arte de qualidade. Malgrado seus estudos de arte acadêmica, o que indigitam como clássica, não conseguiu desenvolver uma exacerbada paixão pelo estilo que mais se avizinha da realidade, ao pintar a dinâmica onde habitamos e somos capazes de suportar as marcas do tempo nas rodagens da vida, sempre em sua pressa, sempre pulsando ou se dando a posar em retratos imotos, como se fossem personagens, como se fossem naturezas-mortas, paisagens exuberantes ou aglomeração de pessoas.
Enfim, o desenho acadêmico é bastante dúctil, no sentido de que detém uma flexibilidade capaz de alcançar as diversas formas de retratação, tanto no que diz respeito ao que a tradição herdou e perdurou (retratar figuras humanas de maneira realista), quanto no que concerne às formas válidas da contemporaneidade (Cubismo). O próprio artista admite seu gosto pelo Impressionismo e pelo Cubismo, ambos presentes na sua obra.
Porém, o mito que circunda o artista — seu mito fundante —,
encontra, como se fosse uma invariante, hiatos ou nacos do cotidiano, preenchidos por festas populares ou mesmo individualidades. As telas que expressam retalhos do cotidiano ou formas de viver e de se comportar se caracterizam quase sempre por desenvolver um traço sutil, íntegro, de vera. É aqui que ele se distancia da arte naïf, na qual as pinceladas não detêm uma consciência de quem estudou com afinco o desenho. Mesmo vistas a distância, ainda perdura essa preocupação de expor com acuidade toda a dinâmica do evento, da festa, da feira.
Gostaria de, aqui, fazer uma pausa para discorrer acerca de duas telas de uma beleza ímpar. Assim, também, o artista confessou seu apreço pelo Impressionismo. (Passeio no Totoró). O traço lembra fortemente as pinceladas do estilo histórico Impressionismo. A cor verde foi distribuída no primeiro plano, o da modesta residência rural, com um frescor que passa segurança à mulher de sombrinha com uma criança. Ao que parece, vem visitar essa casa logo à sua frente. O formato é um triângulo equilátero, ascendendo até o cume da pequena serra. Inclusive, a vegetação é mais escura, sugerindo a presença de árvores e arbustos com mais tempo de crescimento.
O enquadramento do recorte de uma paisagem expressa uma simplicidade cujo êxito nos chega como uma expressividade custosa de se conseguir. Tudo parece claro, não sugere um enigma ou algo de árdua interpretação. É um trabalho artístico que se apresenta de maneira nada intricada, pois se rege através de elementos familiares encontrados nas vidas simples. O que agrega para ousar uma singu-
laridade são as pinceladas evocadoras de Monet, por exemplo.
Em decorrência de o artista ter feito estudos sistemáticos das tradições clássicas da arte ocidental, tais como o desenho acadêmico e a geometria, acabou por ancorar sua obra em uma multifária presença de meios de expressão. Haja vista, como podemos identificar no conjunto das múltiplas séries em vários estilos que não apenas pertencem à História da Arte, mas, sobretudo permanecem com um forte vigor conduzindo alguns artistas visuais a realizar uma empreitada que jaz como uma solução de continuidade.
Quero dizer de uma mescla trazendo, por exemplo, uma vanguarda do século XX, com suas propostas de diferenciação do usual na pintura do Realismo (século XIX), mas não permanece nisso. Seria démodé, ultrapassado. O interessante é demonstrar valia quando se é capaz de plasmar uma obra de arte por meio de uma síntese entre o que concerne a um período e usar superposições inerentes à contemporaneidade, ou seja, compreender o passado como integrante, interagindo com as formas do nosso Espírito da Época (nossa forma de sentir, representar, comportar-se ou o viés de onde colocar o afeto).
Sendo assim, necessário se faz uma fusão capaz de gerar um terceiro — deixa de ser apenas um — bem mais condizente com o que somos no atual tempo. A arte reflete seu tempo. Nunca foi diferente. Existem os “poetas fortes” (Harold Bloom), aqueles que a posteridade terá como referência de, se não superar, pelo menos acrescenta algo ao original na feitura do seu poema, dando continuidade à evolu-
ção de formas que caracteriza a lógica das transmutações da arte em cada época.
Para retermos um exemplo bem nosso, podemos evocar a Poesia Concreta, surgida no Brasil na década de 50. Estávamos no meio do século, duas grandes guerras, o avanço tecnológico fazia saber que era irreversível; houve um avanço do analógico (visual) sobre o digital. As formas de afeto tomaram outros rumos, o amor romântico arrefeceu, contrapondo maneiras mais objetivas e calcadas na razão ao se relacionar.
Essa totalidade de mudanças veio com fúria e grande pressa no seu avanço de instaurar uma nova ordem, uma nova maneira de enxergar o que nos circunda. Em suma, eis as razões da nova poesia que surgiu. Dificilmente um poeta hoje em dia não faz uso do branco da página como suporte a mais, na construção do poema.
E mesmo há uma corrente de poesias que nem sempre faz uso da letra do alfabeto (digital), bandeando-se para a figura, a colagem (analógico), lançando-se como proposta ao leitor para que venha e participe da construção do poema, que não seja imoto, inerte, mas inclua-se no fazer e acrescente eventuais sentidos. A cidade do Natal (1960) consagrou-se como um dos mitos fundantes do Poema Processo, capitaneado por Falves Silva, J. Medeiros, Anchieta Fernandes, Moacy Cirne, Dailor Varela, Bianor Paulino, Avelino Araújo etc.
O Poema Processo é uma espécie de lugar para onde toda uma sorte vetores estéticos confluíram, fundindo linguagens que hesitam entre a Semiótica, a Pintura, o Desenho, a Colagem, a Linguística e
tudo o que vigora como possibilidade de arte na contemporaneidade.
Ainda não encerrei. Retomando o crítico americano Harold Bloom, há um livro chamado A angústia da influência, no qual discorre acerca de como alguns poetas escrevem uma obra de grande envergadura estética, chantando sua marca de tal monta que se inscreve como antes e depois dele. Assim, os poetas pósteros sentirão a “angústia da influência”, causando esse fenômeno em todos que tiverem acesso aos melhores da sua época. Para alguns, que definem a importância daquele, resta não imitar, mas buscar alguma vereda até então não caminhada.
Com relação a Fernando Pessoa, temos uma poeta portuguesa como Fiama Hasse Pais Brandão (15.7.1938 – 19.1.2007), que conseguiu ser bastante diferente daquele, escrevendo sem fazer uso do ritmo que Pessoa manuseou em tudo que escreveu. Nesse sentido, abriu uma vereda original e bastante diferente daquele que nenhum poeta conseguiu superar.
Vejamos com mais vagar uma outra série bastante excepcional na gramática plural do artista. Há um só tema: os santos da Igreja Católica. Tendo em vista as telas retratadas com São Francisco, destacase uma com somente o nome do orago. O que desponta como uma obra de grande beleza plástica é quase o absoluto monocromatismo do azul. E que se encontra no solo, no capim baixo que vai adentrando e indo esbarrar nas serranias ao longe, para depois chegar no firmamento. Tão-somente um cão marrom e uma pomba branca refogem à exuberância dessas nuances azuis.
Mas devo dizer que a prodigalidade do azul está no hábito do monge, causando um estranhamento, na medida que os fransciscanos vestem marrom. Contudo, nada impede de fruirmos essa prodigalidade do azul, proclamando para compreender que aqui temos uma obra de arte e não somente um santo, haja vista a empatia que o inusitado nos traz, como se fosse algo espirituoso que logo nos chega à primeira vista.
Da série de quatorze santos, é interessante remarcar o que caracteriza como integrando esse naipe que a tradição resolveu chamar Sagrado. Está bem à vista o predomínio da linha curva e a exiguidade dos corpos, cuja estrutura remete às esculturas encontradas nos arcos das três portas das igrejas góticas. Parece que o caráter esguio de um corpo magro conduz a um simbolismo no qual o corpo físico, a matéria, tem pouca importância face ao espírito, lugar onde deve ser trabalhada a busca de uma eventual santidade, no sentido de deter compaixão pelo próximo e ser limpo da cabeça, assim como se comportar de uma lídima maneira que nos conduza a sermos mais serenos e sensatos. Penso que a obra-prima dessa série é a tela “Cristo no Monte das Oliveiras”, não apenas pelo emaranhado de linhas sinuosas do corpo de Jesus, assim como a posição horizontal da cabeça, contemplando a lua em minguante, enquadrada em um losango.
Vamos nos deter sobre a tela e o que vem a causar seu efeito estético, para além do que narram os “Evangelhos”. Em arte, isso interessa muito pouco. Devemos nos deter no que concerne ao significante, não ao tema, ao significado.
Retornemos às linhas que dizem respeito à geometria. Somente o personagem central está configurado por linhas curvas; suas vestimentas e o corpo volteiam no sofrimento de saber por antecipação do seu destino.
Com efeito, o contorno do corpo é uma moldura composta por linhas retas, erguendo-se até um arbusto ao lado, simbolizando a oliveira. A solidão desse homem está estampada no seu semblante. Um homem de dores. Até a lua reflete um losango. O que está em evidência é o monocromatismo, com várias nuances; apenas o corpo não acompanha o sombrio momento de uma versão mítica de um personagem cuja tragédia está prestes a suceder. É curioso como ampara a si mesmo, sentado no chão com os pés juntos e a cabeça estranhamente horizontal.
Podem até achar que é capricho de quem escreve, de quem se habituou a contemplar obras de arte, mas não só isso, também trabalha com um gênero escritural chamado Ensaio (está presente a hermenêutica, buscando uma profundidade, qual a metáfora implícita nas imagens presentes, se existe um valor simbólico no que está sozinho ou justaposto), bem diferente daqueles que escolheram o Artigo, para escrever sobre um artista.
Quero falar da Opus magnum do acervo do artista visual Assis Costa. Mesmo sendo difícil, haja vista uma grande quantidade de obras feitas no capricho e em diferentes técnicas usadas, ademais com maestria operar o uso da cor, das résteas, das sombras, sejam em figuras muito miúdas e seus detalhes ou em maiores proporções, ao retratar a figura humana.
(Aconteceu por acaso, enquan-
to pintava com aquarela e bebia vinho na casa de um amigo, e por brincadeira disse que iria pintar com vinho, e assim o fiz. O tipo de vinho? Todos os tipos de tinto, mas já vi na Internet que alguns artistas usam também os brancos. O papel? Canson para aquarela. A Miolo foi um dos patrocinadores da minha exposição “A vindima em vinho tinto”, ocorrida no SPA do Vinho, um hotel que fica no meio do parreiral da Miolo. Depoimento de Assis Costa).
Há duas telas, muito interessantes, que foram pintadas com vinarela, ou seja, com vinho. Como fica o vinho sobre papel? Não muito diferente do efeito da aquarela, tendo em vista a possibilidade de observar a delicadeza, ao que parece, do vinho Bordeaux sobre o papel. Pelo fato de o artista deter o domínio o desenho clássico, as proporções dos dois trabalhadores macerando com os pés as frutas em plena maturidade são notáveis. Na verdade, causa um efeito plástico de inimitável beleza. Imagina-se a cadência dos quatro pés a alternar em um ritmo que lembra uma espécie de dança masculina. A outra tela é um enquadramento no qual uma imensa videira toma todo o plano à frente, como pessoas colhendo as uvas maduras das parreiras, e em cujos caminhos seguem paralelos, com suas uvas maduras sendo colhidas, em direção a um grande edifício, SPA do Vinho.
Diante de uma coleção de trabalhos minuciosamente elaborados, por uma pessoa eivada de responsabilidade com o seu ofício, se me perguntassem qual seria a Opus Magnum, não hesitaria em apontar da série Mulheres, a tela “Lavadeira”. Retirada das tarefas
do dia a dia, das obrigações que as pessoas modestas se sentem na obrigação de cumprir chova ou faça sol, não há o que reclamar, mas simplesmente se ocupar como quem obedece, com estoicismo, às tarefas, nesse caso, pertencente às donas de casa.
A tela reproduz uma mulher de costas, lavando roupas, um cachorro sob sua sombra, com uma bacia de zinco e dois galões da mesma matéria para conduzir água. Um sol de extrema transparência, como se estivesse a pino, resplende de uma maneira bastante transparente, tudo torna nítido, luminoso, e com uma transparência que traz seu contorno e sua cor para o verdadeiro, capaz de mostrar a realidade, deixando suas sombras e seu zinco, à guisa de espelho, brilhar com intensidade, sobressaindo o todo da paisagem em seu silêncio de uma mulher em uma tarefa cotidiana.
Não há como se omitir em elogios às capacidades pictóricas de Assis Costa. Falo no que diz respeito a tudo o que concerne à gramática de plasmar uma tela com seus necessários elementos, a partir do que se escolheu como referente (tema). Logo de início, falo dessa tela, observamos a dificuldade de efetuar o desenho debaixo de um límpido sol que não apenas resplende clareza, mas lança suas interrogações para eventuais perguntas, quer queira ou não. Um quadro com viés estético lança alguns vetores em direção às metáforas ou elementos simbólicos presentes no lastro de formas, cores e alguma inovação que porventura exista.
Pintar uma tela expressando uma personagem sob um sol causticante, à beira d’água, no qual
tudo encontra-se em um silêncio assertivo, causado por uma luz incapaz de esconder poucas sombras ou escondendo alguma nuance, acredito que é extremamente complicado, na medida em que, se fosse um desenho acadêmico, reafirmaria seus contornos, suas sombras e confiança no fato de alguém ser um bom pintor.
Talvez umas das coisas mais intratáveis na arte da pintura seja lidar com a transparência. Falo no sentido de captar a luz solar quando se derrama sobre a paisagem, ou em uma nitidez sobre uma personagem, ancorando-a em uma presença sem ambiguidade, apenas sendo um causticante sol, nada tendo como referência, tão-somente deixando a claridade existir em uma placidez luminosa. Diferente de quando ocorrem naipes de cores em uma paleta que, com suas variações, efetivam contrastes ou adentram em certas nuances sobre outras ou suas sombras.
Assim sendo, há a responsabilidade de um sol em exercer uma atitude cáustica, buscando destacar cada objeto individualmente, recolhendo-o na sua funcionalidade. É o caso da bacia de zinco junto com os dois galões. Um olhar simples se detém sem maiores questões, mira e compreende o motivo pelo qual está ali. Por sua vez, a mulher se protege com o boné; à frente a água parada, como a contemplar a roupa quarando.
Há uma coisa ainda a ressaltar: o silêncio que enquadra a mulher, a água e seus objetos conduzidos pelo trabalho. Tudo conflui para que nada desfaça o ato de lavar roupa em uma concentração de um sol testemunha dessa bela ce-
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na rural. Poucas vezes vi um artista captar com tal propriedade um sol tão abrasador, tão capaz de permitir a luz, tão límpido ao marcar com intensidade as cores e as poucas sombras, tão nítido para
que os raios do sol não recebam interferência nenhuma, nem do ar poluído, nem das sombras impressas pelos edifícios nas cidades. Essa tela lembra um canto de trabalho interpretado por Cle -
mentina de Jesus: Ensaboa mulata, ensaboa, / Ensaboa, estou ensaboando... Como já disse, Assis Costa é múltiplo em todos os sentidos, do significante ao significado (a forma e o conteúdo).
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PoR DanIELLE moRaIs Especial/UFRN
OHospital Universitário
Ana Bezerra (HuabUFRN), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e integrante da Rede Ebserh, tem passado por importantes transformações nos últimos anos, guiado pelo princípio da humanização no pré-parto, parto e puerpério. Essas mudanças envolvem o uso de dispositivos e práticas que transformam o nascimento em um ato de cuidado e amor.
Entre os recursos implementados, destaca-se o carimbo da placenta, uma forma simbólica e hu-
manizada de celebrar o nascimento, como afirma o técnico de enfermagem, Kleiton Valentim. “O parto é uma experiência única, em que a mulher é protagonista desse momento. Quando realizamos esse trabalho, mostramos que o parto não é apenas um procedimento técnico, mas um evento humano e emocional”, explica.
Ele complementa que a placenta é muito mais do que um órgão, é o elo que sustentou a vida do bebê durante toda a gestação. “Transformar essa conexão em carimbo artístico é uma forma de eternizar esse momento tão especial. Essa lembrança é oferecida como um presente cheio de significado, feito com respeito e afeto, para que cada mãe possa guardar, não apenas na memória, mas também nas mãos, um pedacinho da sua
história”, afirmou.
A estudante Ilana Rochelly, de 20 anos, mãe da pequena Hana Melina, nascida em março deste ano, é uma das mulheres que tiveram esse momento eternizado. Em um depoimento escrito como forma de agradecimento, ela destacou que “o carimbo da placenta, para muitas mães, tornou-se um gesto lindo que carrega não só beleza, mas uma jornada de amor e cuidado entre mãe e bebê”.
Para ela, essa arte possui um significado profundo, deixando para sempre marcado o momento mais importante da sua vida. “Ver aquela linda obra me emocionou, pois enxerguei toda a minha trajetória desenhada naquela árvore da vida. É a lembrança mais linda que tenho da maternidade”, relata.
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Maternidades como a do Huab têm ampliado o uso de dispositivos que promovem bem-estar e acolhimento durante o trabalho de parto. A penumbra nas salas de parto contribui para um ambiente mais tranquilo e respeitoso, favorecendo a produção de ocitocina e reduzindo o estresse da gestante. A musicoterapia também tem sido aplicada como ferramenta para relaxamento e conexão emocional.
O ambiente é enriquecido com elementos afetivos, como varais com frases motivacionais, que encorajam e acolhem
as mulheres em um dos momentos mais transformadores de suas vidas. Além disso, métodos não farmacológicos de alívio da dor, como o uso de chuveiro morno, banheira, bola suíça, banqueta de parto e espaldar, permitem posições mais confortáveis e contribuem para o avanço natural do parto, respeitando o ritmo do corpo.
“Essas práticas reforçam que a humanização do pré-parto, parto e puerpério vai além da estética: trata-se de um cuidado ético, centrado na dignidade, no respeito e na experiência da mu-
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lher como protagonista do nascimento”, destacou a chefe da Unidade de Saúde da Mulher do Huab, Fladjany Silva.
A placenta é muito mais do que um órgão, é o elo que sustentou a vida do bebê durante toda a gestação
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A enfermeira obstetra Francisca Soares pontuou que a assistência ao parto passou, ao longo dos anos, por um processo de medicalização e intervenções excessivas. Em resposta a isso, surgiu o movimento pela humanização do parto, que propôs um cuidado baseado no respeito à autonomia da mulher, na redução de intervenções desnecessárias e na adoção de práticas baseadas em evidências científicas.
“As boas práticas no Huab se baseiam nos princípios da Política Nacional de Humanização, da Lei 15.126 de 2025, que estabelece a atenção humanizada como princípio no âmbito do SUS e demais leis que regulamentam os processos de humanização. Esses dispositivos estimulam a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários a fim de transformar as práticas de saúde, promovendo ações que garantam e respeitem a dignidade e a parti -
cipação de pacientes e familiares no processo de cuidado”, afirmou Francisca.
O hospital realiza, em média, 203 partos por mês. As boas práticas na assistência a esse atendimento têm impactos positivos no bem-estar físico e emocional de mulheres, recém-nascidos e suas famílias. “Entre os resultados, podemos destacar a redução de ansiedade e medo, fortalecimento da autonomia e protagonismo da mulher, satisfação com o parto, melhora nos desfechos clínicos, fortalecimento do vínculo mãe-bebêfamília, melhora na relação profissional-paciente e outros benefícios”, finalizou.
Unidade hospitalar implementa medidas que promovem protagonismo materno e afeto no nascimento
soBre a eBserh o Huab faz parte da Rede ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da educação (MeC), a ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do sistema Único de saúde (sUs) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
A R t UR L EI t E
Expositor Espírita prea838998@gmail.com
“O Senhor é meu Pastor e não me faltará.”
Davi (Salmo 23, 01)
É nas diminutas pedras, por imperícia ou descuido, que o homem tropeça. As montanhas psíquicas em que esbarra, por indisposição ou inércia de se fazer proativo em seus deveres, propósitos e objetivos da vida, acumulando assim as diversas maneiras de impedir seu progresso, seja espiritual ou material.
Há uma metáfora que nos conta a história de um hipotético reino, em que veremos três grupos distintos em ação e inércia.
“São as atitudes que escrevem a nossa história, e não as nossas expectativas.” (Carlos Hilsdorf).
“Em um Reino distante, Sua Majestade o Rei, demonstrando interesse em proporcionar felicidade a seus súditos, resolveu fazer algo. Em uma manhã, os habitantes, ao despertar, depararam-se com uma enorme pedra na senda principal da aldeia. O que chamou a atenção de todos. Aproximou-se primeiro um grupo de pessoas e, ante o inusitado acontecimento, nada fez, e resolveu aguardar a chegada dos servidores do reino para providenciarem a retirada da pedra. Um segundo grupo se aproxima logo depois e ficou indignado com a pedra no meio do caminho. Logo tentaram apurar quem era o responsável por tamanho incômodo. Fizeram uma espécie de perícia para tomar as devidas medidas e peso do objeto e, por fim, colheram assina-
turas para requerer a retirada da pedra. Horas depois, em meio ao caos instalado, aproxima-se um camponês e percebe a impossibilidade de continuar seu trajeto sem remover o obstáculo. Observando a situação e imaginando uma possível solução, embora percebesse que entre os presentes ninguém parecia disposto a remover a pedra. Assim, sozinho, começou a empurrar a pedra, incansavelmente. Em alguns minutos de grande esforço, a indesejável pedra foi afastada para a margem do caminho. Logo que logrou êxito, para surpresa de todos, o camponês viu que sob a pedra havia uma pequena bolsa contendo muitas moedas de ouro e uma mensagem de sua majestade o Rei: “as moedas pertencem a quem conseguir remover a pedra do caminho”.
A metáfora supra é um convite à observação de como o Ser Humano lida com as situações, mais das vezes de fácil solução, mas que a falta de motivação, ou por sempre querer responsabilizar alguém por suas dificuldades, mesmo sabendo que só a ele pertence a solução. Já o homem cônscio de suas responsabilidades, e sabendo que todo efeito tem uma causa, vê as dificuldades sob um outro prisma; portanto, onde muitos veem o mal ou uma grande dificuldade, ele enxerga uma oportunidade que, ao superar sem vãs reclamações, é um meio de que a vida se vale para que ele se melhore em resistência moral. E, entende que quando surge o obstáculo, é o alto o convidando para que aconteça o desenvolvimento de suas potências ainda latentes. Percebe que o homem está sob a inevitável lei de progresso, assim sendo, todos os seres devem avançar, crescer e renovar-se. Um dos maiores entraves, ou pedra no caminho, é a cultura de focalizar por demais o problema que o atinge,
perdendo tempo, energia, saúde, dinheiro, a paz, prejudicando-se física e psicologicamente, ficando emocionalmente sem luz, e assim jamais encontrará a solução, por vezes tão simples, desaguando, quase sempre, em intermináveis batalhas infrutíferas.
Quando, na verdade, deveria perscrutar: o que devo e posso fazer para encontrar uma solução favorável a esse problema?
Quando assim procede, é a flor da serenidade que brota no jardim da razão. A preocupação é uma má conselheira, é preciso se ocupar com o problema e não mergulhar nas águas turvas da preocupação. Assim agindo, fica o homem impedido da ação. A preocupação vem carregada de uma forte tensão, e toda tensão é um bloqueador de energias salutares. O corpo do Ser humano encharcado de energias positivas tem o ânimo e a criatividade necessária e essencial para suplantar as dificuldades.
Muitas vezes as pedras que dificultam o caminhar do homem não estão sobre as sendas que necessita percorrer, mas na sua mente. As situações podem não ser, e muitas vezes não são, de difícil solução, mas as tornam pela maneira caótica de enxergá-las.
Voltando ao exemplo da metáfora. Quem, por fim, encontrou as moedas de ouro foi aquele camponês que se fez a pergunta proposta:
O que posso e devo fazer diante do obstáculo?
Mais do que perscrutar-se, ele foi movido pela ação, com o suor de seu rosto, e a força que impulsionou suas mãos e braços com o forte desejo e determinação para seu intento. Nem por um momento ele pensou que poderia fracassar.
Para nossa reflexão:
Ao superarem suas crises, seja de que ordem for, é quase unânime a afirmativa das pessoas que desconheciam as enormes capacidades de que eram possuidoras e se julgam agora bem mais felizes. A adversidade é um dos meios pelo qual o Senhor da Vida encontra para que seus filhos voltem a caminhar sob a luz da lei Divina.
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o Pé-de-Moleque é um dos doces mais tradicionais das festas juninas, conquistando gerações com seu sabor marcante e textura crocante. Feito com amendoim torrado, açúcar e Leite MoÇa®, essa receita é simples de preparar e perfeita para compartilhar em momentos especiais.
seja em celebrações típicas ou para adoçar o dia a dia, o Pé-de-Moleque combina o toque artesanal com o sabor irresistível que todo mundo adora.
IngredIentes
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de amendoim sem pele e torrado
1 lata de Leite MoÇa® (lata ou caixinha) 395g
modo de preparo
em uma panela, misture o açúcar e o amendoim e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até o açúcar caramelizar, sem deixar escurecer.
adicione o Leite MoÇa em fio e mexa com colher de cabo longo, por cerca de 15 minutos ou até a massa se desprender do fundo da panela.
Unte uma superfície lisa de mármore ou assadeira com manteiga, despeje a mistura e nivele com a ajuda de uma espátula ou rolo de massa.
deixe esfriar e corte em losangos.
Tempo de preparo: 45 min
Rende: 30 porções
Jornal de Fato • sábado, 21 de junho de 2025
>> Rafael Vitti se diverte com o Davi, de “Dona de Mim”
Destaques das séries e conteúdo “on demand”
> "Mentirosos" é uma série de suspense baseada no livro homônimo de E. Lockhart, que acaba de chegar ao Prime Video. A trama gira em torno da rica família Sinclair e suas férias anuais em sua ilha particular, onde um acidente misterioso abala a vida de Cadence, a neta mais velha, e de seu grupo de amigos, "Os Mentirosos". A série promete explorar o mistério por trás do acidente e os segredos da família. No elenco, Emily Alyn Lind, Candice Accola, Caitlin FitzGerald, David Morse, Shubham Maheshwari e Esther MacGregor.
Ascensão social (Apple TV+, ter, dia 23)
A segunda temporada de "Os Bucaneiros" chega ao Apple TV+. Os oito novos episódios dão continuidade à história de jovens americanas em busca de seus lugares na sociedade vitoriana inglesa. A nova temporada promete explorar temas como independência, amor, desejo, e os desafios enfrentados pelas personagens em um mundo em constante mudança. A trama se aprofunda na jornada das protagonistas, agora mais experientes e adaptadas à Inglaterra, mas ainda lidando com os desdobramentos de seus relacionamentos e escolhas. no elenco, Kristine Frøseth, alisha boe, josie Totah, aubry Ibrag e Imogen Waterhouse, entre outros.
Entre irmãos (Netflix, ter, dia 24) baseada no "webtoon" Plaza Wars, de oh se hyung e Kim Kyun Tae, "sem Piedade" é um thriller que mergulha no submundo do crime em Seul. A série acompanha nam Gi-jun, um ex-criminoso que, anos atrás, abandonou sua vida violenta após um dilema brutal: para evitar enfrentar seu próprio irmão, Gi-seok, que ascendia dentro de uma poderosa organização, ele cortou seu próprio calcanhar de Aquiles e desapareceu. Agora, 11 anos depois, a morte misteriosa de Gi-seok o obriga a voltar. Perto da aposentadoria, seu irmão foi brutalmente assassinado, e as circunstâncias da emboscada indicam traição dentro do próprio círculo do crime. Consumido pela sede de vingança, Gi-jun parte em uma caçada implacável para encontrar os responsáveis.
Puro requinte (Max, qua, dia 25)
"A Idade Dourada" regressa para a sua terceira temporada de oito episódios na Max. após a Guerra das Óperas, a velha guarda está enfraquecida e os Russell estão prontos para ocupar o seu lugar à frente da sociedade. Bertha está de olho em um prêmio que elevaria a família a patamares inimagináveis, enquanto George arrisca tudo em uma aposta que poderá revolucionar a indústria ferroviária — se não o arruinar primeiro. do outro lado da rua, a família brook é lançada no caos quando agnes se recusa a aceitar a nova posição de ada como dona da casa. Peggy conhece um belo médico de newport, cuja família não está nada entusiasmada com a sua carreira. À medida que nova Iorque avança em direção ao futuro, a sua ambição pode custar o que realmente prezam. no elenco, Carrie Coon, Christine baranski, Cynthia nixon, Morgan spector, Louisa jacobson, denée benton e Taissa Farmiga.
Dia de dilemas (Netflix, qui, dia 26) uma mulher tenta navegar os inúmeros e imensos obstáculos da vida até que, um dia, todos esses empecilhos escalam para uma decisão impulsiva. em "até a Última Gota", da netflix, uma mãe solteira chamada janiyah enfrenta um dia infernal marcado por uma série de infortúnios enquanto tenta cuidar de sua filha doente. Quando as coisas chegam no limite, janiyah toma uma decisão que irá mudar completamente sua vida. no elenco, Taraji P. henson, Teyana Taylor e Rockmond dunbar.
Elite esportiva (Netflix, sex, dia 27) a série "olympo" acompanha jovens atletas de um centro de treinamento de elite que não possuem escrúpulos para conseguir o que querem, seja no esporte ou na paixão. na série espanhola, o Centro de alto Rendimento dos Pireneus reúne os atletas mais promissores do país. amaia (Clara Galle) é a capitã do time de nado sincronizado e exige perfeição da equipe, mas, sobretudo, de si mesma. um dia, núria (María Romanillos), sua melhor amiga a supera no treino - só que o resultado dela foi muito aquém ao que apresentava na rotina. A partir disso, Amaia decide investigar a situação e percebe um padrão de atletas que começaram a ter melhoras de desempenho rápidas demais ou problemas de saúde repentinos.
principal / Rafael Vitti se diverte com o Davi, de “Dona de Mim”
Adescontração e tranquilidade Rafael Vitti não vem apenas do enredo cômico e divertido Davi, o bon-vivant que encarna em “Dona de Mim”. O mais atraente para o ator são inúmeras possibilidades que o personagem criado por Rosane Svartman oferece. “Ele é um personagem solar e divertido com uma função de trazer humor ao enredo. O Davi é anti-herói, mas está longe de ser o vilão. Acho interessante como os caminhos se abrem para ele ir amadurecendo, mudando e se revendo ao longo dos próximos meses”, afirma.
Na história, Davi é um rapaz indolente, hedonista e sedutor, que sempre teve tudo que desejou. É do tipo carismático, magnético e fácil de lidar, e, por isso, consegue a simpatia geral e desperta paixões sem muito esforço. Sob seu jeito solar e sorriso encantador, existe um egoísmo exacerbado, e ele não consegue enxergar as dores do outro. “É um personagem que se sente dono de si. Ele se apoia em relações superficiais. Ele oscila entre o rei do camarote e a ressaca moral do dia seguinte”, descreve.
P – As novelas das sete tendem a ter mais humor no
enredo. Você estava com saudade de encarar personagens mais cômicos no vídeo?
R – O Davi é um personagem solar e divertido. Ele tem a função de trazer humor ao folhetim. É muito gostoso viver esse tipo de papel porque, nos últimos anos, eu estava mais ao lado dos heróis. O Davi, no entanto, é anti-herói. Longe de ser vilão. Acho que é um personagem com abertura para evoluir ao longo da novela.
P – De que forma?
R – Ele não se conhece. Então, busca por fora algo que está dentro dele. É uma família complexa também, né? Sem coesão e em várias frequências. Cada um vive ao seu modo. Está sendo divertido ver o personagem crescer e amadurecer. Eu entro muito no personagem. Falo besteira o tempo todo e desconcentro toda a galera no set.
P – Essa mudança do personagem estará relacionada ao envolvimento dele com a Leona?
R – O Davi é muito carente de afeto e atenção, principalmente por parte do pai. Isso acaba fazendo com que ele tome atitudes equivocadas e até infantis às vezes. O Davi, a princípio, se envolve com a Leo porque não perde
uma oportunidade de beijar na boca, de conhecer alguém. Mas ela se mostra uma mulher muito independente, o que causa uma certa admiração nele. Davi fica cada vez mais encantado com as atitudes e o jeito da Leo. Apesar de serem de universos diferentes, eles têm pontos de conexão muito divertidos que sustentam a relação, que é meio amorosa, meio de amizade. Acho que a novela traz um texto com muita leveza, mas muito profundo ao mesmo tempo.
P – Como assim?
R – A Rosane tem um domínio incrível de tocar em assuntos importantes de uma forma que não é tão direta. Tudo é muito discutido através das relações dos personagens, mas tudo isso sem ser panfletário ou didático. A novela aborda assuntos importantes, mas com leveza.
P – A trama de “Dona de Mim” retoma sua parceria
com a Rosane Svartman, que foi responsável por sua estreia na tevê. Como está sendo reeditar essa relação?
R – Incrível! A Rosane confiou em mim para fazer o Pedro (“Malhação”). Naquela época, eu nem sabia o que estava fazendo. Mas ela me deu essa oportunidade. Cerca de 10 anos depois, é muito bom a gente se reencontrar. Ainda mais vivendo um personagem leve, divertido e carismático como foi o Pedro. É um outro Rafael que chega para esse projeto.
P – Por quê?
R – Depois de algumas novelas, a gente se sente seguro para ousar e brincar em cena. Coisas que, no começo, eu ficava pensando: será que posso? Hoje eu me permito ousar em um personagem sem medo. O Davi é muito isso. De acordo com o avanço da novela, eu vou vendo como o público vai reagindo. Se necessário, vou ajustar uma coisa ou outra. Ajustar o tom.
close / Laíze Câmara vive a prostituta Francisca, em “Guerreiros do Sol”
Na trajetória de Laíze Câmara, os caminhos da arte sempre se cruzaram com os da resistência. Em “Guerreiros do Sol”, novela do Globoplay que estreou em 11 de junho, a atriz vive a sensual Francisca, uma prostituta do sertão nordestino que desafia estereótipos com afeto, firmeza e olhar profundo. “Francisca é uma mulher da vida, no sentido mais cru e mais poético da expressão”, define. “Tem uma postura firme, uma sensualidade sem pudores e um olhar que corta e acolhe”, completa a atriz. Na trama, a personagem cria laços inesperados com figuras como o corajoso Arduíno, vivido por Irandhir Santos, e o Delegado Novaes, papel de Gustavo Machado. “Ela constrói relações afetivas inesperadas com figuras duras… relações que revelam, por trás das estruturas de poder, uma humanidade frágil e cheia de fissuras”, analisa. O papel chegou por meio de um teste. Foram três etapas conduzidas por Matheus Lelis e Márcia Andrade, mas o reencontro com Rogério Gomes, mais conhecido como Papinha, o diretor artís-
tico de “Guerreiros do Sol”, teve peso simbólico para Laíze. “Ele me dirigiu em ‘A Força do Querer’, na minha primeira personagem em novela. Esse é um ciclo que se reabre com novas camadas”, celebra. A coragem da série em mergulhar em um Brasil profundo, onde desigualdade, resistência e afetividade se entrelaçam, também tocou a atriz de imediato. “Interpretar uma mulher do sertão nordestino, com sua força, sua sensualidade e suas feridas, foi um presente artístico e humano”, entrega.
A composição da personagem envolveu uma pesquisa extensa e um profundo mergulho emocional. “Meu processo foi de dentro para fora. Estudei a história da região, a literatura do sertão. Me alimentei de imagens, canções e relatos”, conta. Um dos maiores desafios foi a prosódia. “Tive de me despir da minha cadência carioca e me abrir para outra lógica de tempo, de silêncio e de intenção”, explica.
A linguagem, aliás, foi um grande ponto de virada no processo criativo. Mais do que trabalhar a musicalidade do sotaque, Laíze apostou em uma fala carregada de
emoção. “O sotaque nordestino carrega musicalidade, sim, mas também história, dor, beleza e resistência”, observa. Ao lado de Iris Gomes e do amigo Jerry Kariry, ela buscou não apenas o ritmo, mas a vibração da fala sertaneja. “Aprender com eles foi entender que a fala não é só som – é gesto, memória e pulsação”, destaca. Para a atriz, encontrar a voz de Francisca exigiu um cuidado quase cirúrgico. “O mais difícil foi chegar num lugar de verdade, sem cair em caricatura”, diz.
Durante as gravações, feitas de forma espaçada, o de-
safio principal parece ter sido manter a personagem viva e presente a cada retorno. “Minha vontade era não descolar dela”, lembra. Além da atuação, Laíze também se destaca por trás das câmeras. Atualmente, ela finaliza a direção, o roteiro e a montagem de um documentário sobre os 30 anos da dupla Palavra Cantada. “Foi um exercício de escuta e afeto transformador. E é isso que me move, em qualquer função que eu esteja exercendo”, garante a atriz, que também é formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
ponto de vista / “Guerreiros do Sol” renova a imagem do cangaço com romance, ação e drama histórico
Ambientada nas décadas de 1920 e 1930, “Guerreiros do Sol” estreou no Globoplay como a primeira novela do selo Globoplay Novelas, novo canal que ocupa o espaço do antigo Viva, e se destaca desde os primeiros minutos. Criada e escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, com direção artística de Rogério Gomes, a trama se inspira livremente em casais de cangaceiros históricos, como Lampião e Maria Bonita, para construir uma narrativa intensa sobre paixão, lealdade, vingança e resistência no sertão nordestino.
De cara, uma guerra se desenha ao som de uma coreografia envolvente e que deixa evidente a parceria apaixonada entre Josué e Rosa, os protagonistas vividos por Thomás Aquino e Isadora Cruz. Ambos entregam atuações potentes e se firmam, cada vez mais, como grandes apostas do audiovisual brasileiro. Rosa, em especial, desponta como uma das personagens mais fascinantes da trama: corajosa, justa e cativante, ela retoma qualidades que vêm se tornando recorrentes nas heroínas de Isadora Cruz, mas com uma nova profundidade. A atriz vive uma fase claramente inspirada, após per-
sonagens marcantes como a espevitada Roxelle, de “Volta por Cima”.
Apesar do forte eixo romântico, “Guerreiros do Sol” é essencialmente uma história de vingança. A rivalidade entre os Alencar, liderados pelo injustiçado Josué, e os Bandeira, representados principalmente pelo poderoso Coronel Elói, vivido por José de Abreu, ganha contornos trágicos e violentos. O estopim desse conflito se dá quando Rosa, ainda solteira, mas já na mira do viúvo Elói, cai nas graças de Josué em
uma festa organizada na propriedade do coronel. Os eventos que acontecem naquela noite se tornam cruciais para a entrada dos irmãos Alencar no cangaço, sob o comando de Miguel Ignácio, uma participação mais que especial de Alexandre Nero.
A transformação de Arduíno, irmão de Josué e papel de Irandhir Santos, é outro dos pontos altos da narrativa. Inicialmente aliado, ele gradualmente revela ambição e inveja, atravessando a linha que o separa do irmão Josué para se tornar o grande anta-
gonista. Irandhir transita com maestria entre a camaradagem inicial e a crescente loucura do personagem, que parece se entregar aos poucos à sede de poder, mas sempre com brilho nos olhos.
Entre os temas que a novela toca com coragem está o câncer de mama. Valiana, vivida por Nathalia Dill, passa a enfrentar a doença ao lado do desdém do marido, o delegado Novaes, interpretado por Gustavo Machado. O drama pessoal da personagem resgata uma realidade histórica ainda cruel para as mulheres e propõe um olhar sensível sobre o abandono emocional em tempos de vulnerabilidade. A abordagem do tema se mostra atual e relevante, mesmo dentro de uma narrativa de época.
Segunda - Zélia se empenha em tirar uma confissão de j uliano. j uliano descobre a escuta. b ia chega à fábrica. Vera aconselha Lígia a se declarar para Raimundo. O delegado ouve fita gravada.
Terça – Teresa dá conselhos a Lígia sobre como reconquistar Raimundo. Maristela discute com b asílio e afirma que não perderá sua fábrica. Topete interage com Anita em seu programa de TV. Lígia canta para Raimundo. Maristela procura Bia.
Quarta – Clarice confronta Maristela. Beto Beatriz iniciam a montagem de seu filme. Chega o dia do casamento de Glorinha e u lisses. a sa de Iolanda se rompe. Ana Maria e Arlete nhecem o bebê de Iolanda. u lisses se emociona ao conhecer o filho. Beatriz convida Basílio para ser padrinho de seu casamento com Beto. Celes te se emociona com a carta que recebe de Bia. bebê de Celeste e e du nasce.
segunda - Filipa faz sua apresentação na rua, e Davi transmite ao vivo para a família. Danilo reage a Filipa, e Pam e jaques percebem. Leo conta que passou a notar Davi com os poemas, e Samuel se incomoda. Manuel discute com danilo. jaques vai ao hospital atrás de Vanderson. Rosa questiona s amuel sobre seus sentimentos por Leo. Tânia convida Patrícia para jantar, e jaques se surpreende. abel pede que Filipa converse com ele em sua casa. jussara e Manuel ficam juntos. abel mostra a carta de e llen para Filipa. j aques visita Vanderson, que finge não conhecer o empresário.
segunda - Raquel manda Maria de Fátima reaver os documentos de sarita. Celina e estéban discutem por causa de h eleninha. Laís conta a Raquel que recebeu uma notificação do juizado, dizendo que Marco aurélio quer a guarda de sarita. Fernanda apoia Tiago, e a ndré sente ciúmes. estéban termina com Celina depois de ser acusado por ela de ter enviado a foto de heleninha para a imprensa. Ivan se disponibiliza a participar das sessões de terapia com ela. Renato pede Solange em namoro.
Terça – Vanderson despista jaques. Filipa e abel se beijam. Davi lê mais um poema de Samuel para Leo, e os dois ficam juntos. ayla conhece Maitê, que a incentiva a engravidar mesmo sem o consentimento de Gisele. Leo conta para davi a história de sophya. davi convence Leo a morar com ele. ayla conhece Caco, um possível doador para o bebê que deseja ter. Yara se insinua para Manuel, e jussara não gosta. Yara desconfia do namoro entre davi e Leo. ayla faz uma tentativa de inseminação caseira com Caco. Vanderson tem alta do hospital e pede para ficar na casa de jaques. Leo encontra o caderno de poesias de Samuel.
Terça – Solange e Renato decidem assumir a relação. Raquel comenta com Poliana que precisará de um tempo para confiar de novo na filha. Tiago avisa ao pai que deseja participar da recuperação de h eleninha. Cecília desperta do coma. Marco aurélio exige que heleninha converse com Tiago. Aldeíde defende Consuêlo das fofocas de Mariúche, que se vê obrigada a deixar a casa do filho. Tiago é sincero com heleninha ao expor seus limites em relação ao problema da mãe. Renato e s olange revelam para os funcionários que estão juntos. Odete propõe a Ivan uma promoção.
Quarta – Leo disfarça quando s ofia a chama. jaques abriga Vanderson em sua casa, e Tânia incomoda. Davi pede um novo poema a Samuel, que se irrita com o irmão. Leo se aconselha com Filipa sobre sua ilusão com d avi. s em saber Vanderson não perdeu a memória, j aques pede que o homem finja ser o pai de sofia. Leo confron ta Samuel sobre seus poemas, e o rapaz não con segue confessar seu amor. Vanderson lembra quando ellen negou sua gravidez a ele. Leo termina com d avi. Gisele estranha o comportamento ayla. davi e samuel brigam, e abel tenta apartar dois.
Quarta – odete dá um tempo para Ivan pensar na proposta. Ivan conversa com Bartolomeu sobre a proposta de odete. estéban não consegue con vencer Celina de que está sendo acusado injusta mente. Maria de Fátima usa César para se vitimar e sensibilizar Raquel em um plano que acaba vando o modelo para a delegacia como stalker. Maria de Fátima manda a cópia do boletim de ocor rência para Afonso para preocupar o namorado. César decide terminar a parceria com Maria Fátima.
Segunda - Manu alerta Anna para não confiar em Lavínia. benjamin e binho causam confusão na diretoria, e norma exige mais flexibilidade de Gabriel com os alunos. Dalete elogia Thomas e diz que ele é um bom menino. Influenciado por Lavínia, Tonico apresenta o super Punk a todos da cidade. elisa conta a anna que viu Manu pegar sua bússola. Tonico explica a dalete que o vilão enigma é um inimigo que manipula mentes com música estrondosa. shirley e Wanda desconfiam que super Punk seja o próprio enigma.
Terça – norma pede desculpas a Pilar e Gabriel por proibir o namoro dos dois fora do colégio. Apesar disso, os professores demonstram preocupação com sua liderança. no saguão, super Punk faz um show e revela sua verdadeira identidade: ele é enigma. as crianças são hipnotizadas e ficam rebeldes. Dodô conta a Manu e Isadora que Safira mandou Lavínia sabotar a amizade delas com anna. Lavínia prepara uma surpresa para anna.
Quarta – d urante o caos na diretoria, n orma tenta manter a compostura, mas perde o controle. Gabriel e Pilar compartilham com Perpétua apreensão sobre a calma excessiva de n orma. e nigma propõe assumir a direção do colégio troca da liberdade das crianças. s hirley e Wanda procuram os meninos desaparecidos pelos corre dores. Tonico e Goma enfrentam enigma em uma batalha musical. a nna e Lavínia desfilam como melhores amigas, com visuais idênticos.
Beto e Chega bolcoemociona para CelesBia. O
Quinta – Penúltimo capítulo. n ão será divulgado. s exta – Último capítulo. n ão será divulgado. s ábado - Reprise do último capítulo.
chama. Tânia se Samuel, com que pede confronconlembra de termina comportamento de apartar os
pensar sobre coninjustavitimar acaba lestalker. ocornamorado. Maria de
Quinta – abel repreende os filhos, e ayla tenta acalmar os irmãos. Samuel questiona Ricardo sobre a auditoria fiscal da fábrica. sofia faz um desenho de seus dois pais, e Leo se preocupa. Vanderson vai com j aques até a sala de abel, cobrar a paternidade biológica de sofia. Ryan consegue sua liberdade, e Lucas pede que danilo vá com ele buscar o irmão. Vanderson revela que jamais perdeu a memória, e pressiona j aques por dinheiro. a bel confidencia para Leo seu medo de perder s ofia. Samuel questiona Patrícia, que alerta Ricardo sobre o esquema de sonegação. Gisele aconselha davi a lutar por Leo.
s exta – s amuel e Leo enfrentam Vanderson e acionam a polícia, e o rapaz acaba fugindo. Davi vê Leo com s amuel e desabafa com Gisele e ayla. s amuel conta a a bel sobre Vanderson, e Filipa aconselha o marido a pressioná-lo. abel anuncia a jaques que entrou com uma medida protetiva contra Vanderson. Leo procura d avi, que afirma que jamais amará de novo. Kami repreende Lucas por prometer levar d edé para buscar Ryan. d anilo e Pam se beijam. Adriano e Marlon recebem uma punição por transmitirem um vídeo da ação policial sem autorização. alan avisa a jussara sobre a detenção de Marlon.
sábado – Vanderson diz a Tânia que deseja conhecer sofia para entender por que ellen o deixou. Patrícia aconselha j aques a ficar de olho em s amuel. Isabela avisa a Filipa que nina está sumida. Vanderson perambula pela mata próxima à mansão, e é rendido por n ina. abel diz a Ricardo que Rebeca cuidará do caso de s ofia. n ina invade o quarto de s ofia, e Leo se assusta. Filipa abraça nina. jussara pede que alan entregue um prato de comida a Marlon. Samuel mostra a foto de Vanderson para nina, que reconhece o homem que estava próximo à mansão. Todos se preparam para a festa junina do bairro.
orma controle. sua orma. em Wanda correuma como
Quinta – César mantém sua decisão de romper com Maria de Fátima. Pascoal tenta incentivar Raquel a participar de um concurso de culinária. Maria de Fátima manda Marco aurélio demitir César da TCa . Freitas avisa a César sobre sua demissão. Raquel flagra Maria de Fátima ouvindo o áudio de ameaça de César. heleninha pede a bartolomeu que descubra quem enviou a sua foto para a imprensa. Bartolomeu conta para Ivan quem enviou a foto de h eleninha, e ambos decidem não dar a informação para a artista. Celina enfrenta Odete.
s exta – Celina diz para o dete que h eleninha não merece tê-la como mãe. Maria de Fátima e César fazem as pazes. Cecília evita atender as ligações de Marco Aurélio, mas percebe que Sarita gosta do tio. afonso e heleninha ficam chocados com a reação de desprezo de Celina por Odete. Marco Aurélio fica irritado com a recepção de Cecília, que avisa ao irmão que não quer que ele chegue em sua casa de surpresa. Raquel consegue passar na primeira fase do concurso. Bartolomeu comemora o fato de sua ideia para a campanha ter sido aprovada pela agência, mas se sente deslocado entre o grupo.
Quinta – Lavínia anuncia a Flora que anna é sua nova melhor amiga. Fafá descobre que Goma desistiu de transformar o pet shop em mais uma unidade da Lolipopus. n orma retoma sua postura severa, e os professores comemoram o retorno da ordem ao colégio. nina e jane decidem provar que a cidade perdida de Perebadá realmente existe. andré e Pedro apostam com Felipe e Rui que Perebadá não é um mito. sexta – anna evita o grude de Lavínia. durante um piquenique com Tonico, Moisés, Thomas e Cristina, dalete demonstra inquietação. Fafá exagera no leite e desmaia, por causa da intolerância à lactose. Lavínia prepara sua jogada mais ousada e promove uma cerimônia de coroação para Anna, criando o clube exclusivo das “Lavinhetes”. Isadora e Manu capturam elisa e exigem que ela conte a verdade sobre a bússola. Goma e betina correm para preparar um antídoto para salvar Fafá.
sábado – Raquel vence o concurso e ganha um milhão de reais. afonso convida Maria de Fátima para ficar uns dias em sua casa. Maria de Fátima manda Marco Aurélio cancelar a demissão de César. Leila demonstra insatisfação com a presença de Maria de Fátima na casa de Marco aurélio. Renato comunica a Bartolomeu que o cliente deseja que o jornalista assuma a campanha da sua marca. heleninha fica empolgada com a ideia de ir para Roma fazer uma exposição ao saber que Ivan a acompanharia como diretor da nova unidade da TCA na cidade. Raquel diz a Laudelino que pretende conseguir o dinheiro necessário para comprar a Paladar.
cinco perGuntas / Luis Melo exalta a abordagem de etarismo e amor na maturidade com o Bartolomeu, de “Vale Tudo”
Luis Melo é um ator de princípios. Mesmo com saudade de fazer tevê –está longe das novelas desde 2018 –, o ator dificilmente voltaria a enfrentar a ponteaérea entre sua casa, no Paraná, e os estúdios da Globo, no Rio de Janeiro. Não por um personagem qualquer. Convidado para viver o experiente Bartolomeu em “Vale Tudo”, aos 67 anos, Melo se empolgou com a possibilidade de falar sobre etarismo e o amor em tempos de maturidade. “É um assunto muito importante e que atinge todas as áreas. A verdade é que as pessoas estão vivendo mais e precisam produzir, terem seu espaço no mercado de trabalho e serem respeitadas por suas histórias”, avalia.
Paranaense de Curitiba, Melo se descobriu na atuação ainda adolescente. Nos anos 1980, morando em São Paulo e sob a batuta do diretor Antunes Filho, se tornou o nome principal dos prestigiados Grupo Macunaíma e Centro de Pesquisa Teatral. O tom mais alternativo de sua formação não o atrapalhou na hora de ir para a televisão. E mesmo a contragosto de seus parceiros teatrais, encarou um dos papéis centrais de “Cara & Coroa”, sob a direção de Wolf
Maya. “Eu tive total apoio da direção e de toda a equipe técnica para este trabalho. Não sabia nem para onde olhar”, diverte-se o ator, que se tornou um dos nomes mais requisitados de sua geração e enveredou por trabalhos de sucesso como “O Cravo e a Rosa”, “A Casa das Sete Mulheres” e “O Auto da Compadecida”. Nos últimos anos, ele vem se dedicando de forma intensa ao Campo das Artes, empreendimento cultural voltado para realizações artísticas das mais diversas expressões. “É o grande projeto da minha vida. Venho construindo esse espaço desde 2008. É um ato de amor e resistência ao que eu acredito como artista”, valoriza.
P – Você ficou 7 anos distante dos folhetins. Como encara esse retorno em “Vale Tudo”?
porque, a expectativa de vida aumentou, pessoas maduras precisam e têm total capacidade de trabalhar.
P – Como você enxerga o etarismo na tevê?
R – A verdade é que a televisão se preocupa tanto com os núcleos mais jovens das tramas que esquece de fazer personagens interessantes para os atores com mais de 60 anos. Quando tem, é um ou dois papéis e pronto. Fico feliz em ver meus amigos mais experientes brilhando no vídeo e acredito de verdade na mistura entre novos e antigos talentos para que as produções realmente sejam bem sucedidas.
R – Com muita felicidade. Estava com saudades dos estúdios e recebi esse chamado muito carinhoso do Paulo (Silvestrini, diretor) e da Manuela (Dias, autora) para fazer o Bartolomeu. Tenho acompanhado os trabalhos da Manuela na tevê e vi nesse convite uma excelente oportunidade de trabalhar um texto dela e falar sobre algo muito real e urgente, o etarismo.
P – Como o tema se desenvolve?
R – O Bartolomeu é um jornalista reconhecido, com uma carreira legal e que acaba sendo demitido em uma reformulação da empresa onde trabalhava. Não só ele é mandando embora, mas todos os colegas de geração. Esse tipo de movimento acontece em todos os lugares e é muito nocivo. Até
P – “Vale Tudo” também aborda o amor na maturidade na relação do seu personagem com a Eunice (Edvana Carvalho). Como é essa parceria?
R – Incrível. Eu conhecia e admirava a Edvana do teatro e do cinema. Nossa interação tem sido muito bonita, ambos comprometidos com a mensagem importante que esse casal carrega, onde ambos precisam se reinventar individualmente e ainda assim manter o equilíbrio a dois.
P – Você chegou a ver a primeira versão de “Vale Tudo”?
R – Sou um grande fã do Cláudio Corrêa e Castro, que interpretou o personagem originalmente. Mas na época da novela, eu estava totalmente mergulhado no teatro, nos estudos e projetos do Centro de Pesquisa Teatral, o CPT, do Antunes (Filho).
r aio-x / Diogo Tarré valoriza pesquisa histórica na composição de Romualdo em “Guerreiros do Sol”
Transportar-se de forma convincente para o sertão brasileiro das décadas de 1920 e 1930 exige bastante preparo e imersão. Para Diogo Tarré, esse foi um processo essencial para dar vida ao batalhador Romualdo de “Guerreiros do Sol”, novela do Globoplay. “Construir o Romualdo foi um mergulho intenso. Busquei entender aquele universo a partir de filmes, músicas e literatura. As aulas de prosódia com a Íris Gomes foram essenciais para trabalhar o sotaque e a preparação com a Andrea Cavalcanti ajudou a criar os vínculos familiares da trama”, afirma.
Romualdo é o filho mais velho de Heleno e Linete, vividos por Tuca Andrada e Mayana Neiva, além de irmão de Maura, interpretada por Heloísa Honein. Criado para amar e respeitar a família, ele sente a necessidade de assumir o lugar do pai quando este não está presente. “Apesar do carinho imenso pelos seus, Romualdo tem certa arrogância para lidar com a presença de estranhos, o que pode influenciar o decorrer da sua história”, antecipa Diogo, que prefere manter mistério em torno da entrada do personagem na trama. “Para descobrir e entender
quando ele entra na novela, só vendo desde o início”, desconversa.
Segundo Diogo, houve um longo intervalo entre o teste realizado para o folhetim e o início das gravações. O que, na verdade, acabou sendo positivo para o processo criativo. “Esse hiato, apesar de ter causado algumas angústias, foi fundamental. Aproveitei para aprofundar minha pesquisa sobre o sertão, o contexto histórico e o universo do cangaço. Voltei a ver filmes e ouvir músicas da época que retratam bem aquele Brasil das décadas de 1920 e 1930. Foi um período de construção do personagem, que me permitiu chegar ao set mais preparado e conectado com aquela realidade”, explica.
Além da preparação com o elenco e o trabalho de prosódia, o figurino teve papel central na composição de Romualdo. “A partir do momento que você entra no camarim e se depara com toda a indumentária, muitas questões são respondidas”, garante Diogo, que também vê a troca com o elenco como essencial para o resultado final.
Com passagem por produções como “Malhação – Casa Cheia”, “Travessia” e “Um Lugar ao Sol”, Diogo nota diferenças importantes no rit-
mo de trabalho entre a tevê aberta e o streaming. “A velocidade em que uma novela das 21h é gravada é infinitamente maior. Em ‘Travessia’ e ‘Um Lugar ao Sol’, eram sempre várias frentes de direção gravando simultaneamente com elencos diferentes, chegando a bater 30 cenas por dia com prazos apertados de entrega. Já em ‘Guerreiros do Sol’, o tempo é outro. Isso transparece na tela: a direção teve mais espaço para trabalhar detalhes e o resultado é uma linguagem muito mais próxima do cinema”, compara.
Nome: Diogo Tarré.
Nascimento: 1º de junho de 1999, no Rio de Janeiro, RJ.
Atuação inesquecível: Como Mocinho de Souza na peça “Tribobó City”.
Interpretação memorável: Denzel Washington no papel-título do filme “Malcolm X”, dirigido por Spike Lee e lançado em 1992.
Momento marcante na carreira: “Quando fui apro-
vado para ‘Malhação – Casa Cheia’, em 2013”.
O que falta na televisão: “A volta da ‘TV Globinho’ e mais espaço para quem está começando”.
O que sobra na televisão: “Talento. As produções nacionais não devem nada ao que se vê lá fora”.
Com quem gostaria de contracenar: Wagner Moura.
Se não fosse ator, seria: “Qualquer coisa ligada às artes”.
Ator: Matthew McConaughey.
Atriz: Marjorie Estiano.
Novela: “Insensato Coração”, escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares e exibida originalmente pela Globo em 2011.
Vilão marcante: Léo Brandão, papel de Gabriel Braga Nunes em “Insensato Coração”.
Personagem mais difícil de compor: Lui, um personagem PCD na peça “Suspiro Colegial”.
Lizmeyer e Milton Cunha à frente, “Falas de Orgulho” foca
humor
Ohumor é um canal de comunicação poderoso. E essa é a principal razão para que a comédia dê o tom no especial “Falas de Orgulho”, que vai ao ar no dia 27 de junho. Com apresentação de Bruna Linzmeyer e Milton Cunha, o episódio celebra o mês do orgulho LGBTQIAP+ e usará esquetes de humor, paródias e números de stand up para trazer temas urgentes e importantes para a conscientização que a data pede. “Teremos a chance de mostrar para o público um pouco mais de cada letra que compõe a sigla LGBTQIA+ e a oportunidade de mostrar, através do humor e com muita doçura, o dia a dia da comunidade em situações cotidianas”, explica Matheus Malafaia, que assina a direção artística do projeto.
O especial traz, por exemplo, situações como um Natal em família em que sobrinhos e netos são cobrados de aparecer com alguém e esse alguém é sempre de uma relação heteronormativa; além de paródias que brincam com desinforma-
ções a respeito do tema, trazendo conhecimento de uma forma leve e descontraída. Entre as participações especiais, nomes como Diego Martins, Digão Ribeiro e Lorena Comparato aparecem em quadros que resgatam a memória das figuras precursoras do movimento, que lutaram pelos direitos da comunidade, além dar visibilidade à pluralidade de vivências dentro do próprio grupo. “Estamos celebrando um grupo, mas queremos que toda a família assista e se sinta tocada por aquelas histórias”, aponta Verônica Debom, redatora final do especial.
O tom humorístico do projeto é o diferencial deste ano, que busca cativar ainda mais o público com uma abordagem leve, mas que estimule diversas conversas sobre o tema. Bruna, que assumiu sua orientação sexual em 2016 e desde então tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+, valoriza a importância do projeto da Globo. “Eu acredito muito no poder da ficção, no poder que contar histórias tem so-
bre as pessoas. Meu último trabalho na Globo foi há dois anos. Voltar para fazer um programa que fala sobre mim é muito gratificante”, vibra Bruna.
A proposta do programa não se limita a mostrar apenas os momentos difíceis e sim comemorar o orgulho
e compartilhar com o público sobre a importância da liberdade de ser quem se é. “É um programa sobre a democracia e a liberdade que o ser humano precisa ter. Fazemos isso por uma sociedade inclusiva que receba os demais”, ressalta Milton.
Eu Sou” reconta a trajetória do artista até os últimos dias
Acultura brasileira está repleta de personagens com histórias impressionantes e curiosas. Ícone da música brasileira entre as décadas de 1970 e 1980, Raul Seixas é, sem dúvida, um dos artistas que mais escreveu por linhas tortas na música brasileira. o selecionado da vez para ter A partir do próximo dia 26, o Globoplay disponibiliza a nova série original “Raul Seixas: Eu Sou”, que vai recontar de forma dramatizada a vida do eterno roqueiro. Ao longo de oito episódios, a produção, realizada em parceria com a O2, faz uma viagem no tempo para despertar ondas de nostalgia entre o grande público. “‘Raul’ é uma série poderosa, que narra a trajetória de um ícone musical, com a incrível performance de Ravel Andrade”, ressalta Alex Medeiros, Head de Dramaturgia, Documentários e Filmes dos Originais Globoplay.
A série explora as influências culturais, políticas e espirituais e acaba se tornando uma homenagem ao cantor e compositor. A ideia é refletir a complexidade e ge-
nialidade do artista, suas lutas internas com vícios e sua busca constante por autenticidade e liberdade de expressão. As relações pessoais são trazidas em profundidade, mostrando a complexidade de seu caráter e as influências mútuas em sua vida e obra. “A série mostra toda a história dele, até os últimos dias de vida. Tem muitos sucessos de Raul Seixas, os clipes e show famosos. Tenho certeza que quem assistir vai embarcar em uma viagem interestelar, assim como foi a vida de Raul Seixas”, explica o protagonista.
A série é criada por Paulo Morelli e dirigida por Paulo com Pedro Morelli. O elenco conta ainda com nomes como João Pedro Zappa, Amanda Grimaldi, Carol Abras, Julia Stockler, Chandelly Braz, Cyria Coentro e participação especial de Julio Andrade que interpretou o cantor no especial “Por Toda a Minha Vida: Raul Seixas” em 2009 na Globo. “Eu tive a honra e o privilégio de interpretar o Raulzito, de embarcar nessa viagem profunda, de mistura de gêneros. Ele era um cara trans-
gressor, um artista genial da nossa música”, valoriza Ravel.
Antes mesmo de chegar ao streaming, “Raul Seixas: Eu Sou” fez sua estreia internacional durante o Series Mania. O evento, que é um dos maiores festivais internacionais dedicado ao formato de séries, aconteceu em março em Lille, na França. “Fiquei
muito feliz de a série já estar colhendo alguns frutos antes mesmo da estreia no Brasil. Foi a primeira vez que uma série brasileira foi selecionada para este festival, então acho que deu um gostinho ainda maior de estrear neste festival, estrear com Raul e levar a história do Raul Seixas para a França e para o mundo”, elogia o ator.
> Carla Salle está de volta aos folhetins. A atriz, que vive Soraia em “Guerreiros do Sol”, encara uma série de questões dramáticas ao longo do folhetim. “Posso dizer que é uma flagelada da seca, abaixo da linha da pobreza. Pessoas que não tinham nada e eram isoladas em casas pelo governo, o que ficou conhecido como o holocausto brasileiro. Não tinham nada e eram deixadas ali para morrer. Queriam higienizar a cidade. Minha personagem vem sem nada e como todo personagem que não tem nada a perder pode esperar tudo dele”, aponta a atriz, que se movimentou para integrar o elenco da novela. “Fui atrás do Papinha, do George, do Gold, porque tinha o desejo de fazer essa série. Fiz 'Onde Nascem os Fortes' com eles e Soraia veio como um Sol, um resgate na minha vida porque minha família é pernambucana e fiquei muito grata em horar minha história e minha família”, completa.
Dentro de casa
durante o “avisa Lá Que eu Vou”, Paulo Vieira desbravará os estúdios Globo, no Rio de janeiro. o apresentador mostrará um pouco mais de como é a vida e o trabalho dos funcionários da maior fábrica de entretenimento do brasil. o programa estreia dia 2 de julho, na Globo.
No elenco
betty Gofman estará no elenco de “Êta Mundo Melhor”, próxima novela das seis. na produção, ela viverá Medeia, irmã de Quinzinho, papel de ary Fontoura. a trama estreia no próximo dia 30 de junho.
Outras pautas
o jornalista Mauro naves fará uma participação especial na série “jogo Cruzado”, original disney+. ele, inclusive, interpretará a si mesmo. a produção estreia dia 9 de julho.
Tema bíblico
Thais Melchior estará no elenco de “o senhor e a serva”, da Record. a produção de 10 episódios ainda não tem data de estreia prevista.
Do interior
Paulo Vieira fará sua estreia nas novelas. o ator viverá Mirosmar na reta final de “Garota do Momento”. o personagem é um empresário milionário de Goiânia que se apaixona por Iolanda, papel de Carla Cristina Cardoso, após ajudá-la quando sua bolsa gestacional estourar. as cenas estão previstas para irem ao ar na última semana do folhetim.
Tecnologia amiga
um dos personagens centrais de “Êta Mundo Melhor!”, o burro Policarpo contará com o auxílio da inteligência artificial em algumas cenas. a tecnologia permitirá que o animal transmita emoções e ações realistas.
Esporte e humor ed Gama tem virado presença constante nas mais variadas produções da Globo. atualmente, o humorista reforça o elenco da “Central da Copa de Clubes”, que é comandada por Tadeu schmidt e Paulo nunes. na produção, ele mistura humor e esporte. Conhecido por narrar disputas pitorescas nas redes sociais, ed é o responsável pelos quadros descontraídos, buscando levar para a tevê um pouco do que faz na internet. “Poder fazer humor com futebol na Globo é realizar mais um sonho na minha carreira. estou muito honrado de fazer parte disso agora e feliz de estar ao lado do Tadeu, que é um gênio”, afirma.