2 OPINIÃO
SÁBADO, 25 DE SETEMBRO DE 2021
ESPAÇO JORNALISTA MARTINS DE VASCONCELOS
MAMÃE, MINHAS RAÍZES, MEU CHÃO! ÂNGELA RODRIGUES GURGEL
Escritora e Vice-presidente do ICOP angelargurgel@gmail.com
Independente da cultura, etnia, religião ou ideologia as mães representam a força que nos sustenta. Aquelas que mostram sua grandeza em meio as nossas fraquezas, que acolhem, repreendem, ensinam, punem, educam e amam de uma maneira que só elas sabem amar. As que nos alimenta e nos nutre com seus exemplos. Aquelas a quem pertencemos desde sempre e para sempre. Que estão contidas em nós, assim como somos parte intrínseca delas. Elas são nosso primeiro abrigo e continuam sendo nosso lar, mesmo quando nos afastamos delas. São cuidadoras natas e tornam a nossa caminhada mais leve e segura. Das mais antigas às mais recentes, todas as representações de mãe lembram alguém que nutre e que é abundante em tudo que faz. São reverenciadas como mulheres que possuem uma força suprema. Seus “poderes maternos”são dotados de mistérios que as transformam em uma figura quase sagrada. São nossas guardiãs. Anciã, madura ou jovem elas lembram nossa ori-
Organização: CLAUDER ARCANJO
Minha Mãe
gem e tudo aquilo do qual fazemos parte. Falar de mãe é lembrar que fazemos parte de algo maior. Que somos parte de um grupo, unidos por laços de sangue e de afeto. E foram elas, as mães, que nos geraram e, diariamente, lutam/lutaram para nos ver saudáveis e felizes. Foram elas que nos deram a vida e uma família. E hoje, 25/09, quero agradecer a Deus e todas as forças do universo que conspiraram para que eu fosse filha de uma mulher que reúne todas as qualidades atribuídas às mães. Uma mulher de origem humilde, forte, sensível, inteligente, honrada, trabalhadora, acolhedora, íntegra. Uma mulher que nunca se deixou abater pelas adversidades. As maiores e melhores lições sobre tolerância, coragem e respeito eu aprendi com ela. Alegre e de bem com a vida, sempre gostou de receber os parentes e amigos e, principalmente, de comemorar o seu aniversário. Antes de seus infartos (sim, ela já infartou tantas vezes que até perdi a conta), seus aniversários eram comemorados durante todo um final de semana. Um “evento” que foi batizado por seu neto Jeffeson de “FestRita”. A casa ficava cheia. A grande variedade de comidas, a alegria que reinava no ambiente e a música atraíam não apenas os familiares e amigos, mas os amigos dos amigos e conhecidos destes. E ela, com sorriso no rosto e um prato na mão, recebia a todos sem distinção. Depois vieram os infartos, as complicações e limitações de todo cardiopata, e seus aniversários nunca mais foram comemorados como ela gosta. No máximo conseguimos reunir parte da família; e, agora, durante a pandemia, nem isso. Sabemos o quanto ela sente falta desses momentos e gostaríamos
Mulher forte e de origem humilde, seu saber foi a vida que ensinou, sua inteligência a vida aguçou. De natureza, nunca fracassou. Foram dela as maiores lições que tivemos. Com ela aprendemos a perdoar, conviver com os diferentes, e aceitar o que não podemos mudar. Sempre alegre, festiva, animada, não se deixava abater pelas dificuldades, sua casa era o ponto de chegada, para os amigos e familiares. Nunca deixou que percebêssemos a dor que trazia no peito – fruto de um amor dividido, que não a tornou amarga ou incapaz de amar. Sempre foi um exemplo a ser copiado, seguido. Superou tudo com resiliência nos ensinando a amar e respeitar. Foi exemplo de perseverança e paciência; um farol sempre a nos guiar. Foi fiel e ao “seu destino” não traiu, nem de sua dignidade desistiu. Foi honesta com todos e com ela mesma. Foi fortaleza onde poderia ter sido fraqueza. Com a senhora, mamãe, não precisaram palavras só exemplo, amor e dedicação. O que somos hoje é reflexo de sua ação de seu jeito honesto de ser. Se olhando para nós não sentir orgulho o erro não foi seu, nós é que não soubemos seguir seus ensinamentos com fidelidade. Obrigada, mamãe. Parabéns e felicidades!
muito de poder proporcionar tal alegria, mas infelizmente “os tempos” não permitem. Não tenho procuração assinada, mas, em nome de seus noves filhos – as seis “marias” e os três meninos, seus dezenove netos, doze bisnetos e duas trinetas –, gostaria de agradecer pela influ-
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ência positiva e pelo amor que moldou as nossas vidas! A senhora é nossa raiz. Nosso chão. Nosso abrigo. Não deve ter sido coincidência a senhora ter nascido no mês da árvore e da primavera, vocês têm muito em comum. Abrigam, alimentam, “dão sombra”, embelezam, crescem em meio à
adversidade e perfumam nossas vidas. Mãe, seus galhos e frutos estão espalhados por muitos lugares levando um pouco do muito que a senhora representa para todos nós. Obrigada, “TaRita”. A senhora sempre será nossa referência! Parabéns, mamãe!
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