Jornal De Fato

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2 OPINIÃO

sábado, 4 de junho de 2022

ESPAÇO JORNALISTA MARTINS DE VASCONCELOS

Organização: clauder arcanjo

UM DIA AS ÁGUAS APAGARÃO AS LABAREDAS DA DESTRUIÇÃO!?... Ângela Rodrigues Gurgel

Escritora e Vice-presidente do ICOP angelargurgel@gmail.com

Junho, um dos meses mais festivo do ano, principalmente para o nordeste, desembarcou, em algumas cidades, em meio a um grande lamaçal. As sagradas águas das chuvas, tão esperadas e comemoradas pelo nordestino, deixaram um rastro de destruição e dor e foram responsabilizadas pelas catástrofes ambientais, mortes e desaparecimentos de pessoas, além de muitas perdas materiais. O homem, verdadeiro responsável por tudo que está acontecendo, transferiu para a natureza a responsabilidade de seus atos. A chuva apenas cumpriu seu papel de molhar a terra, encher açudes e fazer transbordar os rios que deveriam caminhar, tranquilamente, para o mar, seguindo o seu curso natural, mas o homem altera a geografia, cria barreiras, joga entulhos, faz aterros, constrói estradas onde deveria ser passagem para água e, depois, culpa a Natureza pelas tragédias que ele cria. A falta de respeito ao meio ambiente, somado a inexistência de uma gestão de políticas públicas voltadas para a proteção da população e do meio ambiente, além da exploração desordenada dos recursos naturais, vem causando, ao longo dos anos, uma verdadeira destruição de nossa casa comum. Não são apenas as populações ribeirinhas e de outras áreas de risco que sofrem com esse desequilíbrio provocado pela ação irresponsável dos exploradores de riquezas. Toda população é atingida,

'' Felizmente, em meio a esse vale de destruição, encontramos algumas ações que alimentam nossa esperança. Apesar de serem minoria, elas existem.

uns mais, outros menos, por esses impactos provocados pela ação humana. Não devemos esquecer que qualquer atividade que exercemos no meio ambiente provoca um impacto ambiental, positivo ou negativo. Infelizmente os impactos negativos se sobrepõem aos positivos. Fazendo uma busca rápida, sem ajuda do Google, encontramos rapidamente vários responsáveis por tais impactos, dentre eles a poluição e degradação do ambiente relacionados ao aumento crescente das áreas urbanas, circulação de veículos automotivos, uso irresponsável dos recursos naturais, consumo exagerado de bens materiais, a produção constante e crescente de lixo etc. etc... Isso nos mostra que não são apenas as grandes empresas que afetam o meio, nós, com pequenas atitudes, também provocamos grandes im-

di­re­ção ge­ral: Cé­sar San­tos diretor de redação: César Santos Ge­ren­te AD­MI­NIS­TRA­TI­VA: Ân­ge­la Ka­ri­na DEP. DE ASSINATURAS: Alvanir Carlos

pactos ambientais diariamente. Nossas ações, isoladas(?), somadas às das grandes empresas, estão diminuindo os mananciais, provocando inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuvas ácidas, agravamento do efeito estufa, destruição de habitats, além da extinção de algumas espécies animais e vegetais. Tudo isso incide diretamente sobre nossa qualidade de vida, provocando o aumento do número de doenças na população e em outros seres vivos. Felizmente, em meio a esse vale de destruição, encontramos algumas ações que alimentam nossa esperança. Apesar de serem minoria, elas existem. Há pessoas construindo áreas de proteção ambiental, recuperando áreas degradadas, limpando lagos e rios, plantando mu-

das, dentre outras ações que tentam recuperar o grande estrago que nossa passagem pela terra tem provocado. Ainda é pouco, mas já é alguma coisa. Quem sabe, um dia, dançaremos na chuva celebrando a chegada das abençoadas águas que molham o chão, onde brota o pão que alimenta a vida, e enchem nossos corações de contentamento!?... Nesse dia as águas benditas apagarão as chamas da ganância desenfreada e fará crepitar as labaredas da responsabilidade social?!... Então, banhada e purificada, a terra será o espaço onde a humanidade voltará a banharse na chuva, nos rios, lagos e mares, sem medo de ser atacada pela fúria da natureza em busca de seus espaços invadidos pelo homem. As enchentes e tragédias não conseguiram “levar” a minha capacidade de sonhar.

Um produto da Santos Editora de Jornais Ltda.. Fundado em 28 de agosto de 2000, por César Santos e Carlos Santos.

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