Jornal de Fato

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4 entrevista

DOMINGO, 4 de julho de 2021

continuação

O Governo não tem absolutamente nada o que temer’ E como a senhora avalia o momento atual da pandemia aqui no estado? A pandemia, graças a Deus, vem dando sinais de arrefecimento no Rio Grande do Norte, o que revela o acerto das medidas que nós adotamos no contexto da pandemia, a condução do Governo do RN. Nós temos um Governo, que a despeito de ter pego o Rio Grande do Norte em escombros, inclusive o SUS totalmente sucateado, um SUS onde a gestão anterior sequer o mínimo constitucional tinha cumprido, um SUS com leitos de UTI judicializados, mas com muita luta, competência, dedicação, formamos uma força-tarefa dentro do Governo e conseguimos instalar a maior rede de leitos de UTI da história do SUS no Rio Grande do Norte. Nós dobramos a quantidade de leitos de UTI. Nós temos uma rede assistencial de mais de 850 leitos, vale ressaltar que nesse ano de 2021 quem está sustentando o custeio desses leitos, sozinho, é o Governo do Estado. A gente celebra a melhora da pandemia, evidente que isso tem a ver com a cobertura vacinal, em primeiro lugar. O foco nosso agora tem que ser cada vez mais acelerar o processo de vacinação. Quero fazer um apelo para que a população não se descuide, porque a pandemia está arrefecendo, mas ela não foi embora. O vírus continua por aí. Esses leitos, abertos durante a pandemia, serão mantidos num cenário pós-Covid? Sim. Nós estamos trabalhando, claro, para isso ficar como um legado para a população. Veja Assú. Lá tinha um Hospital Regional há mais de 20 anos e a pergunta é: por que não instalaram UTI, para garantir o direito à saúde da população de Assú daquela região? Na medida em que nós não tínhamos a UTI de Assú, o que acontecia? Superlotava Mossoró. A UTI de Assú foi instalada no contexto de pandemia e vai ficar como legado, assim como os 20 leitos aqui do Hospital Regional Tarcísio Maia. Agora o que eu queria colocar aqui, que

acho importante, é que não tem sido fácil, porque vocês sabem o custo de um leito de UTI, e diferentemente do ano passado, esse ano o Governo Federal não mandou uma pataca sequer, nem para os estados, nem para os municípios. Nós estamos, portanto, sustentando, essa rede assistencial sozinhos. Um desafio para o Governo... A única contribuição que temos do Governo Federal é a habilitação de leitos de UTI, em que o Governo Federal entra com cerca de R$ 1,6 mil, mas um leito de UTI, em média, custa mais de R$ 3 mil. Mas graças a Deus, de um lado a rede assistencial, leitos, somado às medidas que adotamos, hoje quando a gente olha e ver a taxa de ocupação de leitos abaixo de 70%, a taxa de transmissibilidade abaixo de 1, isso aqui não é milagre não, isso é gestão, é dedicação, é seriedade, espírito público. Nosso Governo não é negacionista, tem feito o seu papel, um Governo que respeita a ciência, um Governo que não fez concessões ao populismo, que não fez concessões à demagogia, inclusive em determinados momentos tomou medidas duras, as chamadas medidas restritivas, medidas, inclusive, de caráter impopular, mas naquele momento o meu senso de responsabilidade, enquanto autoridade maior do estado, tinha que se fazer valer, porque em primeiro lugar vai estar cuidar da saúde e preservar a vida, e fizemos isso com muito diálogo. É importante destacar a participação das prefeituras, o diálogo permanente com a sociedade, com todos os poderes, em especial os Ministérios Públicos do meu estado. Governadora, qual a avaliação que a senhora faz desse processo de instalação da CPI da Covid na Assembleia Legislativa? A CPI é um assunto que diz respeito à questão da Assembleia Legislativa. O líder do Governo, junto com a nossa bancada que dá sustentação ao Governo

na Assembleia, está exatamente tratando disso. É aquilo que a gente sempre tem dito: o Governo não tem absolutamente nada o que temer. O Governo está pronto para prestar os esclarecimentos necessários e esse é um assunto que está a cargo da nossa liderança, do Governo, na Assembleia. As folhas salariais atrasadas, deixadas pela gestão Robinson Faria, o Governo espera quitar até quando? Olha. Vamos quitar todas. Você já pensou o que é a gente pegar um estado quebrado, em escombros, com quatro folhas em atraso? Mas graças a Deus hoje eu posso dizer aqui o seguinte: que nós tiramos o estado do Rio Grande do Norte da UTI. Hoje não paira mais nenhuma ameaça de atraso de salário. Nunca atrasei salário na nossa gestão, nem vamos atrasar, e some-se a isso pagando a dívida herdada da gestão anterior. Vamos concluir o 13º de 2018 agora em novembro e no início do ano a gente começa a pagar a última folha. Governadora, sobre as eleições de 2022, a senhora colocará o seu no-

me para avaliação e julgamento do povo potiguar, como candidata à reeleição? Eu não estou falando sobre eleições agora. Eu não tenho tempo de tratar 2022 agora, agora é só tra-

balho, trabalho, trabalho. E as críticas dos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Marcelo Queiroga (Saúde), sobre o andamento da campanha de vacinação contra a

Covid no estado, como a senhora responde? A gente responde com atitudes concretas, com trabalho. São mais de 1,5 milhão de doses aplicadas na população, graças a Deus.


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