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Reportagem detalha rotina dos cinco principais líderes das facções nos presídios federais
from Jornal de Fato
>> Material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil deu conta de seis refeições ao dia, até duas horas de banho de sol e cela individual de 7 m ²
Uma reportagem da imprensa nacional detalhou a rotina dos cinco principais líderes das facções nos presídios federais do país. O material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil deu conta de seis refeições ao dia, até duas horas de banho de sol e cela individual de 7 m ²
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A publicação mostrou que juntos, os cinco principais líderes de facções, cumprem pena de 900 anos de prisão.
A matéria tratou da situação atrás das grades vivenciada por “Fernandinho Beira-Mar”, “Marcinho VP”, “Nem da Rocinha”, “Cabeça Branca” e “Marcola”. Os três primeiros estão na penitenciária federal de Catanduvas, a primeira unidade do Brasil, no Paraná. Já Marcola e Cabeça Branca estão no presídio de Brasília, no Distrito Federal, o mais recente. A reportagem diz ter apurado que os detentos ficam nas celas individuais com cama, escrivaninha, banco e prateleiras em alvenaria, além de banheiro com sanitário, pia e chuveiro.
“No período de triagem, que compreende os 20 primeiros dias na unidade prisional quando chegar, o recém-chegado fica em uma cela de isolamento que tem aproximadamente 9 m ² . Nela, há espaço para banho de sol individualizado”, detalhou a matéria, pontuando que infor- mações do Sistema Penitenciário Federal dão conta que uma equipe multidisciplinar com médicos, psiquiatras, psicólogos, dentista, enfermeiros, assistente social e demais setores realizam o atendi - mento inicial desse interno para avaliar as condições de saúde.
“É nessa fase de adaptação que o interno conhece seus deveres e direitos dentro de uma prisão federal. Somente advogados constituídos podem visitar o detento nesse período de inclusão”, acrescentou a reportagem, complementando que o enxoval para o preso é composto por duas camisetas manga curta e longa, calça, agasalho, tênis, sapato, lençol, toalha, travesseiro e meias, além de um kit de higiene composto por sabonete, desodorante, escova, creme dental, papel higiênico e produtos de limpeza do ambiente.
Membros de facções e narcotraficantes passaram pelo Presídio Federal de Mossoró
O material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil revelou ainda que as seis refeições diárias dos líderes de facções criminosas são compostas por café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. A reportagem destaca que Fernandinho BeiraMar foi o primeiro interno do Sistema Penitenciário Federal.
Outros pontos enfatizados pela matéria é que o líder de facção mais recente a entrar em presídio federal foi Cabeça Branca, e que Marcola é o com mais tempo de pena para cumprir: 338 anos. O material ressalta também que Nem da Rocinha e Marcinho VP, inimigos quando eram chefes do tráfico no Rio de Janeiro, estão no mesmo presídio federal: no Paraná, mas que não se veem. A reportagem explica ainda que não é qualquer preso considerado perigoso que é levado de um presídio estadual para presídio federal. Os requisitos da lei que dispõe sobre transferência, de
2008, elenca que os detentos devem desempenhar função de liderança em facções, por exemplo.
Na semana passada, a Polícia Penal Federal levou 13 líderes de facções do Rio de Janeiro para Campo Grande e Catanduvas, a pedido do governo do estado. Foram seis da Amigos dos Amigos (ADA), liderada por Nem da Rocinha e sete do Comando Vermelho, do Marcinho VP, e Terceiro Comando. Outro detento foi transferido de Campo Grande para Brasília.
O Presídio Federal de Mossoró também já recebeu membros de facções de repercussão nacional e narcotraficantes. Em 2018, o suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco, o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como “Orlando Curicica”, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró.
Em março deste ano, José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, mais conhecido como “Alicate” e apontado como um dos chefes de organização criminosa com atuação no Rio Grande do Norte, foi transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, para o Presídio Federal de Mossoró, por ser considerado um dos mandantes dos ataques criminosos registrados no estado em março deste ano.
Em 2019, um grupo de presos do sistema penal do Ceará foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró. Em 2020, condenado por tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico transnacional, Adriano Moreira Silva, apontado co- mo líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso do Sul, também teve passagem pela Penitenciária Federal de Mossoró.
Em 2019, o empresário e pecuarista Jamil Name foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró (RN). Ele foi apontado como chefe de milícia armada que seria responsável por vários crimes de pistolagem em Campo Grande. Entre 2017 e 2021, o narcotraficante mexicano José Gonzales Valência, de 46 anos, também esteve recolhido no Presídio Federal de Mossoró.
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