
2 minute read
Agora é que são elas
from Jornal de Fato
Feminina
Ao longo da Copa do Mundo Feminina, que acontece entre 20 de julho e 20 de agosto, 32 seleções entram em campo com um objetivo final muito claro: conquistar a tão sonhada taça de campeã. A Globo e o SporTV, mais uma vez, estarão na cola do time brasileiro para mostrar a jornada até a tão almejada final. Essa cobertura esportiva, no entanto, carrega outras mensagens por trás das câmeras além dos posicionamentos táticos, arbitragens e escalações. A transmissão do futebol feminino também acompanha um movimento efervescente de pautas feministas no mundo do esporte e na sociedade em geral. “Para a Globo, futebol feminino é uma aposta, um investimento. Nenhuma empresa investe tanto em direitos de transmissão e visibilidade como a Globo. É um negócio? Claro, mas também é um posicionamento. Queremos comunicar alguma coisa com a sociedade. O mercado passou a se interessar mais. Estamos em movimento de naturalizar o futebol feminino. Fazer com que seja parte do dia a dia das pessoas”, explica Renato Ribeiro, diretor de Esportes da Globo.
Advertisement
Assim como aconteceu nas últimas edições dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo masculina, a base das transmissões ocorrerá no Brasil. Serão mais de 200 pessoas do Esporte e da Tecnologia dedicadas ao evento. A Globo, que transmite o torneio pela segunda vez, agora em 2023 exibe pelo menos sete jogos da competição e estará ao vivo sempre que a seleção brasileira estiver em campo. A dupla Renata Silveira e Luís Roberto se reveza no comando das transmissões, sempre ao lado dos comentaristas Ana Thaís Matos e Caio Ribeiro. “Nunca imaginei estar nesse lugar. Sou a primeira isso, primeira aquilo... Não vejo a hora de ser normal uma mulher narrando. O futuro é promissor. Vai ser uma honra dividir as transmissões com o Luís Roberto. Ele é uma referência. Me inspira muito”, valoriza Renata.
No SporTV, os jogos da seleção brasileira serão narrados por Luiz Carlos Jr., com os comentários de Aline Calandrini. Também farão parte dos times de transmissão dos canais os narradores Natália Lara, Daniel Pereira e a recém-contratada Isabelly Morais; os comentaristas Pedrinho, Richarlyson, Paulo Nunes, Lédio Carmona e Carlos Eduardo
Lino. Formiga e Érika Cristiano, duas craques que já viveram a adrenalina de disputar uma Copa do Mundo, vão reforçar o elenco do canal a cabo. “Comecei narrando futebol feminino em 2018 para a internet. Se tinham 30 pessoas acompanhando, era muito (risos). É muito bonito ver esse movimento crescendo e ganhar força. Mirei minha carreira no futebol feminino e isso mudou a minha vida. E acho que pode mudar a de outras mulheres também”, vibra a narradora Natália Lara.
Apesar de contar com uma extensa equipe no Brasil, outros profissionais irão para a Austrália e Nova Zelândia. A cobertura e as reportagens especiais ficarão a cargo de Marcelo Courrege, Denise Thomaz Bastos e Gabriela Moreira. “A tecnologia nos ajuda a ficar em casa, mas teremos uma produção de notícias in loco. Esse formato híbrido nos permite alocar melhor nossos recursos financeiros e humanos. Essa Copa do Mundo é muito simbólica. Em 2019, tínhamos apenas a Ana Thaís Matos e os rapazes nas transmissões. Mas entendemos que precisávamos trazer mais mulheres para falar de futebol. Tivemos um aumento de 61% no nosso casting. Montamos equipes mistas”, pontua Joana Thimóteo, diretora de eventos esportivos da Globo. Ainda sobre a equipe que estará do outro lado do planeta, a apresentadora Bárbara Coelho, a comentarista Renata Mendonça e Thalisson Araújo participam diariamente dos programas e telejornais, trazendo as notícias atualizadas sobre tudo que estiver acontecendo na Oceania. “Essa Copa é um desafio diferente e grande. Tem um significado especial. Representa nossas conquistas. Lutamos muito para falar de futebol dentro de um espaço exclusivamente masculino”, celebra Renata Mendonça.