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Jogo de sobrevivência
from Jornal de Fato
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Formato de grande sucesso do início dos anos 2000, “No Limite” retornou à grade da Globo em 2021. O reality show de sobrevivência, porém, ainda não alcançou a repercussão positiva e os números de audiência dos áureos tempos. Ainda nutrindo esperanças de emplacar a produção entre o grande público novamente, a emissora estreia uma nova temporada, a partir do próximo dia 18, com uma série de novidades. A principal delas será a mudança de cenário. As praias e dunas abrem espaço para a selvagem e radical Floresta Amazônica. “Viemos para a maior floresta tropical do mundo. A gente quis se desafiar. A Amazônia tem sido o centro das atenções do mundo nos últimos anos. É um programa de uma infraestrutura complexa e difícil. Como iremos nos integrar dentro de um lugar inóspito? Temos muitas variáveis dentro jogo e vamos surpreender a cada episódio. Isso abastece o jogo psicológico e estaremos sempre tirando os participantes da zona de conforto”, explica o diretor geral, Rodrigo Gianetto.
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Outra importante novidade só será conferida no último episódio da temporada. Ao contrário dos últimos anos, a grande final não contará com votação popular. A decisão do campeão será definida em um desafio. Agora, os participantes que chegarem até a final só dependerão de si mesmos para levar o prêmio para casa. “Existem vários tipos de finais possíveis no formato do programa. Observamos a repercussão do público sobre a decisão com votação popular e buscamos essa autorreferência da nossa primeira temporada, em 2001. Dessa vez, cada um depende apenas de sua performance individual – não somente física, mas também mental e social”, afirma Gabriel Jacome, que ocupa a função de Diretor de Conteúdo da Globo.
O comando da produção ficará, pelo segundo ano consecutivo, com Fernando Fernandes. O atleta paraolímpico confessa que teve um pequeno receio inicial ao saber das novas locações do programa. Ele, porém, decidiu aceitar o desa- fio diante de uma mata fechada. “Dei uma travada pensando em como iria me locomover por lá. Ao mesmo tempo que a floresta encanta, ela amedronta. Estamos no auge das cheias, no meio dos igarapés alagados, com 15 metros a mais do que o normal. Acho que o nosso propósito é o grande diferencial: levar para o público não só entretenimento, mas também dar voz e mostrar a beleza e a importância da Amazônia para nós como sociedade e como seres humanos”, valoriza o apresentador.
No coração da floresta, Fernando estará ao lado de 15 participantes divididos em duas equipes, que carregam no nome frutos típicos da região, Jenipapo e Urucum. A nova temporada, inclusive, irá misturar anônimos e celebridades brigando pelo prêmio de R$ 500 mil. Claudio Heinrich, Mo- nica Carvalho, Paulo Vilhena e Carol Nakamura são alguns dos famosos confirmados na produção de sobrevivência. “A fama não vale nada nesse jogo. Todo mundo vai ter de lutar igual para sobreviver ao jogo, escapar dos votos e dar o sangue para vencer”, aponta Jacome. Ao longo da disputa, os competidores encaram desafios em busca de comida, itens básicos de sobrevivência e, o mais importante, imunidade para escapar do portal de eliminação. “Tivemos um choque inicial de alguns participantes. Algumas pessoas pensavam que, ao cortar a câmera, a alimentação não seria reduzida ou que as coisas iriam melhorar. As três primeiras noites são como uma arrebentação. Depois vai se acostumando”, revela Allan Lico, vice-presidente de criação da Endemol, detentora dos direitos do programa.