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JOsé NicOdemOs

aristida603@hotmail.com

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Pois envelhecer é isto: fazer um caminho de volta no tempo, através das recordações. Acho que já disse isso, paciência. Recordar as coisas boas da vida é bom, e faz muito bem à alma. Na minha idade é muito difícil, se não impossível, escapar a essa condição humana, que é uma tendência natural. Talvez por motivo do sentimento do fim, também inescapável.

Tenho de repetir aqui, por força do tema, aquilo (já citado em outras ocasiões) do mestre paraibano Ascendino Leite – As lembranças são o tesouro do velho. Você, meu jovem leitor, deve compreender-se, sem precisar que lhe cheguem também os anos da velhice. Compreender-me, e também desculpar-me dessa impertinência. E eu desde já lhe fico agradecido.

Então, é isto: estou agora a fazer o caminho de volta aos tempos idos e vividos, como se costuma dizer, estabelecendo, ao mesmo passo, é claro, uma comparação com os dias de agora. Se naqueles tempos não dispúnhamos dos bens da tecnologia moderna, de uma medicina servida pela moderna engenharia médica, em compensação vivia-se bem melhor.

Digo vida bem melhor, no sentido da paz do espírito: a vida corria sem a tortura (não encontro outro termo melhor) das ambições de consumo – a satisfação das necessidades mais imediatas (a casa para morar, a alimentação, o pano para cobrir o corpo, o remédio para as doenças) era tudo quanto bastava. E as pessoas se comunicavam, numa sincera cordialidade.

Diz lá o ditado antigo – o espinho que tem de picar, de pequeno traz a ponta. É verdade. Aplica-se ao governo sob Lula. Até agora, nenhum ato ou ação em favor da melhora de vida do povo pequeno. Tudo ainda no plano da promessa.

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A este ponto, os tempos de hoje, apesar de suas grandes vantagens materiais, em relação aos tempos que se foram, são grandemente negativos. A impressão que se tem é a de uma neurose coletiva: é todo mundo correndo atrás de suas ambições, num egoísmo, como dizer, feroz. E esse egoísmo a isolar as pessoas, feitas prisioneiras de si mesmas.

Isto, até mesmo nas pequenas cidades interioranas, onde, até há poucas décadas, ou anos, a vida era tranquila, todos se respeitavam mutuamente, e as ambições pessoais nunca iam além das necessidades da subsistência. De noite, depois do jantar, botavam-se as cadeiras nas calçadas, e a comunicação se fazia num clima de fraternidade. Ia-se dormir em paz.

Lembra-me a calçada lá de casa de noite. Minha mãe sentada na sua velha cadeira de balançar, assento de palhinha muito gasto por motivo do uso, junto à porta da frente, e em redor dela a vizinhança mais próxima. De quando em vez, amizades de outras ruas, ali de perto, ou de mais longe. As noites eram ventiladas, e o silêncio era como se fosse a outra face do azul.

Bom, estou dizendo com tudo isso que sou um sujeito fielmente localizado no passado, o que vale, limitado a minhas relembranças. Pois sinto falta da vida como ela era: mais tranquila, moderada de ambições, cordialmente comunicativa, até mesmo tola e ingênua. Nesta última condição, dir-se-ia a vida uma perpétua infância, no maravilhoso do imaginário.

E me refiro, especificamente, ao problema do endividamento das famílias, nos bancos e financeiras. Até agora, nada pelo menos começado. E note-se que se trata de um problema de simples solução administrativa. Já é tempo, pois, de providências.

Substituiu-se o presidente do Banco do Brasil, ainda há pouco, e não se tem notícia do encaminhamento dessas providências, de modo a desafogar as famílias endividadas. Como disse no tópico a cima, trata-se de um problema de solução administrativa.

As normas gramaticais, no campo da sintaxe, salvo as fundamentais, nunca têm caráter absoluto. Dependem, em maior, da necessidade que tem o escritor de exprimir-se. A subjetividade. O gramático João Ribeiro, também elegante prosador, muitas vezes, em seus escritos, violou as normais consubstanciadas em sua gramática, naturalmente por motivo da expressão da sua subjetividade. A língua é também sentimento e, daí, na hora de escrever, cada um escolhe a forma de expressão que lhe pareça mais ajustada ao sentimento. Já observara isso o grande gramático e filólogo Antenor Nascentes. Bom, mas essa liberdade de expressão, com finalidade estilística, não quer, mesmo, significar o desleixo linguístico de determinados escritores modernistas, que confundem literatura com deformação dessa arte. Ora, a forma é o fundamento estético da arte literária, e não se pode confundir com as extravagâncias da mediocridade. Tão ao gosto de escritores analfabetos, como devia dizer mestre Cony.

a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

Os bancos alegam que não tinham conhecimento da total exposição da empresa por causa do que vem sendo investigado como possível fraude no balanço. O trio de empresários nega conhecimento.

De acordo com a lista protocolada na Justiça, os principais credores privados são Bradesco com R$ 4,5 bilhões, Santander R$ 3,6 bilhões, BTG com R$ 3,4 bilhões, Votorantim com R$ 3,3 bilhões, Itaú Unibanco com R$ 2,7 bilhões e Safra com R$ 2,5 bilhões.

A exposição dos bancos públicos é menor. Banco do Brasil tem R$ 1,3 bilhão, Caixa, R$ 501 milhões e BNDES, R$ 276 milhões.

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Nesta quarta-feira, 25, a Americanas enviou a lista com os 7.720 credores oficiais, conforme solicitado pela Justiça do Rio de Janeiro. O número é bem abaixo dos 16 mil que a própria companhia estimava após fazer o pedido de recuperação judicial. Ao todo, a dívida da empresa é de R$ 41,2 bilhões.

Do montante total que a Americanas deve, R$ 64.8 milhões são referentes à classe trabalhista, enquanto R$ 41 milhões à classe quirografários e R$ 109.4 milhões à classe de microempresas e empresas de pequeno porte.

A Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial na última quinta-feira, 19, oito dias depois de anunciar ao mercado as “inconsistências contábeis” que levaram ao rombo bilionário.

A Justiça do Rio acatou o pedido da Americanas, mas solicitou que a companhia enviasse uma lista com todos os seus credores e as respectivas dívidas para com eles, bem como a dívida total da empresa.

O pedido de recuperação judicial foi feito após a companhia não chegar a um acordo com os bancos credores. 30% da empresa é composto por um grupo de três acionistas: Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

vendas do tesouro Direto atingem R$ 42,417 bilhões em 2022

a n DR eia v e RD élio repórter da agência Brasil

As vendas de títulos públicos do Tesouro Direto a pessoas físicas, pela internet, somaram R$ 42,417 bilhões em 2022, enquanto dos resgates totalizaram R$ 25,989 bilhões. Com isso, as emissões líquidas foram de R$ 16,428 bilhões no ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25), com os resultados do último mês de 2022, pelo Tesouro Nacional.

Em dezembro do ano passado, as vendas superaram os resgates em R$ 1,085 bilhão. No mês, as vendas de títulos atingiram R$ 3,463 bilhões, e os resgates, R$ 2,377 bilhões, todos relativos a recompras de títulos. Não houve resgates por vencimento, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.

Os títulos mais procurados pelos investidores em dezembro foram aqueles corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic, que corresponderam a 61,5% do total. Os títulos vinculados à inflação tiveram participação de 27,4% nas vendas, e os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, de 11,1%.

De março de 2021 até agosto de 2022, o Banco Central (BC) elevou a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano de lá para cá. Os juros altos continu- am atraindo o interesse por papéis vinculados aos juros básicos.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 105,10 bilhões no fim de dezembro, com aumento de 2,1% em relação ao mês anterior (R$ 102,98 bilhões) e de 32,7% em relação a dezembro do ano passado (R$ 79,20 bilhões).

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Quanto ao número de investidores, 434.314 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número de investidores atingiu 22.483.236, alta de 37,9% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.129.196, aumento de 17,4% em 12 meses. No mês de dezembro, o acréscimo foi de 19.626 novos investidores ativos.

A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que correspondeu a 82,7% do total de 582.388 operações de vendas ocorridas em dezembro de 2022. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,7%. O valor médio por operação foi de R$ 5.946,68.

Os investidores estão preferindo papéis de curto e médio prazos. As vendas de títulos com prazo de 1 a 5 anos representaram 80,5% e aquelas com prazo de 5 a 10 anos, 5,1% do total. Os papéis de mais de 10 anos de prazo chegaram a 14,4% das vendas em dezembro.

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