O Palhaço que não sabia fazer rir

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Handerson Ribeiro da SIlva

Que nรฃo sabia fazer rir A histรณria de um palhaรงo novato e de suas palhaรงadas que nunca davam certo!

Grand Circo da Alegria



Dedicatória Quero agradecer do fundo do meu coração a minha família, aos meus amigos e a Deus por ter me dado o dom de ser escritor e poeta. É extremamente gratificante escrever histórias. Transformar ideias em fantasia. Eu me considero um artesão da emoção. É meu quarto livro e o escrevi com a mesma dedicação do primeiro. Escrevo sobre pessoas e sobre sentimentos. Meus personagens poderiam ser um vizinho, um amigo ou algum conhecido. Isso traz identificação com os leitores. Quero agradecer a todos que me ajudaram a tornar realidade a publicação de mais um livro. Deixo aqui o meu muito obrigado.

Handerson Ribeiro da SIlva


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E ra uma vez um palhaço novato chamado Pimpolho. Não fazia muito tempo que ele havia começado a trabalhar no Grand Circo da Alegria. Ele adorava fazer palhaçadas! Ele era muito esforçado, porém ele fazia várias palhaçadas e elas nunca davam certo. A plateia não dava nem um sorriso, muito menos uma risada das gracinhas que ele fazia. O palhaço Pimpolho andava muito triste. Pensava em desistir de sua carreira circense. Pedrinho, um menino de doze anos que vendia pipocas no circo, era muito seu amigo e vendo a tristeza do palhaço, resolveu conversar com Pimpolho:

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_ V ocê não pode desistir de ser palhaço. - disse o garoto. -Isso aqui é a sua vida! _ Eu sou o palhaço mais sem graça do mundo todo!- exclamou Pimpolho. _ Tenha mais confiança! - insistiu Pedrinho. _ Que espécie de palhaço eu sou se a plateia não ri de minhas palhaçadas?lamentou o palhaço. _ Sabe? A maior tristeza de um palhaço é não despertar alegria. Um palhaço que não traz risos, na verdade, não é um palhaço. O menino sentiu muita pena do palhaço. _ Você não deve abandonar o circo! - sentenciou Pedrinho. _ Acredite mais em você mesmo!

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_ V ocê é muito gentil e é um grande amigo. - agradeceu Pimpolho. Era verdade. Pedrinho gostava muito de Pimpolho. _ Eu acredito em você. E isso me basta. - afirmou o menino se afastando com seu carrinho de pipocas. Após a conversa com o menino, Dom Frederico, o dono do circo, chamou Pimpolho em seu escritório. Ele queria ter uma conversa séria com o palhaço. _ É meu amigo, eu estava querendo mesmo falar com você... - Iniciou o dono do circo. Se os seus números não arrancam risos da platéia, infelizmente não poderei te manter no circo por muito tempo.


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- E u estou pensando em desistir de ser palhaço!- disse Pimpolho abaixando a cabeça. _ Calma! Talvez seja o caso de você pensar em fazer novos números... Quem sabe você não muda seu repertório de palhaçadas? Pimpolho consentiu com a cabeça. Assim mais tarde no espetáculo daquela noite, o palhaço tinha de soltar o leão da jaula, tentar enfiar um osso na boca do felino e fingir estar com medo. Pimpolho entrou no picadeiro e olhou para a jaula. Imediatamente o leão soltou um rugido furioso. O palhaço sentiu muito medo, mas mesmo assim ele queria arrancar gargalhadas e aplausos da plateia. Quando ele abriu a jaula, na mesma hora o leão veio em sua direção. O felino só não pulou em cima de Pimpolho, pois com medo, o palhaço saiu correndo do picadeiro.


O domador vendo que o número do palhaço havia dado errado, entrou rapidamente em cena e prendeu o leão. Naquela noite, Pimpolho ficou muito triste. Pobre palhaço! No outro dia, Pimpolho, muito desolado, estava se preparando para deixar o circo. Muito triste ele se despedia com o olhar do picadeiro que tanto amava. Dom Frederico quis animar Pimpolho. Ele gostava muito do palhaço.

_ Por favor, fique! – disse Dom Frederico. _ O que houve ontem no número com o leão foi um incidente lamentável, mas esqueça! Hoje terá uma grande apresentação do nosso circo. Contamos com você! Pimpolho tinha muita gratidão a Dom Frederico. Foi se preparar para o espetáculo. Naquela noite o circo estava lotado. Chegou a hora! O palhaço Pimpolho teria de fazer o maior espetáculo de sua vida! Ele entrou no palco e jogou uma bola para o alto. O número era para ele jogar várias vezes a bola para cima e depois de uma cambalhota, pegá-la e fazer gracejos.


A plateia estava muda, não se mexia, mas acompanhava atenta a cada passo do palhaço. De repente, Pimpolho se atrapalhou! Jogou a bola tão alto que pensou que ela fosse parar na lona do circo.


O palhaço debandou por todo picadeiro na tentativa de pegar a bola antes dela cair no chão. Foi quando a bola caiu na sua cabeça! Que engraçado! A plateia toda caiu na gargalhada. Todos que estavam no circo o aplaudiram. Todos riram muito, inclusive Pimpolho. Pedrinho, na arquibancada, vibrava de alegria! Ele sempre acreditou no potencial de seu amigo. Foi a consagração do querido palhaço Pimpolho!

Grand Circo da Alegria Confiante, daquele dia em diante, nunca mais Pimpolho pensou em desistir do mundo do circo. Não houve uma só vez que Pimpolho não fizesse a plateia rir. Afinal ele se tornou o grande palhaço do Grand Circo da alegria!

Fim



Grand Circo da Alegria Handerson Ribeiro da Silva Biografia Handerson Ribeiro nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1983. Mudou- se para a capital gaúcha, Porto Alegre, em 1998 onde reside com familiares até hoje. Formou-se em Letras- habilitação: Português pelo Centro Universitário Metodista IPA. É professor de Língua Portuguesa e de Literatura. Sempre muito incen vado pelos familiares e pelos seus professores do ensino fundamental, escreve desde os 12 anos quando par cipou de alguns fes vais escolares de poesias. Possui um blog na internet chamado H de Handerson, que já possui muitos acessos desde sua criação em outubro de 2011. Sempre com bastantes acessos diários, no blog há crônicas, contos e poemas. Algumas obras do blog foram escritas pelo autor na adolescência. Suas crônicas falam de atualidades, sobre suas impressões do mundo, das pessoas e do universo da educação. Os poemas e contos tratam dos mais variados assuntos como amor, amizade, das relações humanas, do co diano sempre com muita singeleza e profundidade que é uma das suas marcas registradas.

www.murucieditor.com.br

ISBN 978-65-991160-0-1

9 786599 116001

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