JORNAL DE ARARAQUARA A
M E L H O R
F O T O G R A F I A
D A
Cuidado com meio marqueteiro Ed. Nº 1.074 - Araraquara, 30 de novembro e 1º de dezembro de 2013
Candidato compra realidade furada e vende proposta furada (editorial). Página 2
Urgência
Crônicas
Diagnóstico
Prefeito Barbieri e deputado Massafera buscam liberar Rede de Urgência e Emergência além da Rede Cegonha.
Chediek, em nome da Câmara, abraça escritor Dario Gonçalves da Silva pelo lançamento da terceira edição.
Deputado Edinho no Centro de Imagens da Santa Casa que custa mais de R$ 7 milhões, cobrirá 23 cidades.
Google na rede estadual de ensino Educação faz parceria inédita para levar sala de aula on-line para 52 mil alunos da Região Central. Pela primeira vez no mundo amplia programa de tecnologia.
A
Enem
S E M A N A
Secretaria da Educação do Estado, nesta semana, assina parceria com o Google que levará a todos alunos e professores da rede estadual ferramentas inovadoras na área da educação. Na região Central, são 52,1 mil estudantes beneficiados.
A ação, inédita no mundo, integra a política de tecnologia educacional desenvolvida pela pasta, levando a todos os estudantes e docentes aplicativos e ferramentas inovadoras desenvolvidas para facilitar a prática escolar e a interação entre es-
colas e órgãos administrativos. Um canal de transmissão (hangout) para as mais de 5 mil escolas possibilitará a interação em tempo real entre estudantes e professores, além da criação de grupos por disciplina ou área de interesse.
A plataforma, que será totalmente customizada, oferece aos educadores novas formas de interação com os estudantes, por meio das quais eles poderão disponibilizar novos conteúdos e levar o aprendizado para além da escola. Nota 10.
José Serra, que todos os brasileiros de São Paulo conhecem-no sobejamente, ficou meio sem jeito (veja as últimas fotos) quando foi anunciado seu curriculum. Melhor seria dizer que ele vi-
veu na vizinha Santa Lúcia quando de perseguição político-militar, excelente secretário de planejamento do governo Franco Montoro, deputado federal diferenciado e governador com um sem número de pre-
dicados e realizações na linha de Covas. Enfim, mesmo com reapresentação de sua formação científica, o seleto auditório vibrou com sua maneira de pensar e sentir a realidade brasileira. Foi um encontro
com muitos políticos por m2 no salão nobre do Centro de Convenções “Nelson Barbieri”, numa manhã de sol escaldante, a marca de amigos como Roberto Massafera adjetivando o visitante. Página 3
Serra, notável cultura ambulante J
R$ 2,00
O
Evaldo C. Miranda (*)
s resultados divulgados pelo Inep, nesta semana, sobre o Enem devem ser vistos com bastante atenção e cuidado em sua interpretação. A partir dessa publicação, as escolas são classificadas em ranking que passou a ser considerado critério primordial de avaliação de pais na hora de escolher a melhor instituição de ensino para seus filhos. Mas as escolas com médias mais altas são de fato as melhores? Para responder, primeiro é necessário reflexão sobre o que é qualidade de ensino. Se adotarmos um único critério para a análise (melhores médias em provas como o Enem, por exemplo), corremos o risco de não considerarmos escolas cujas propostas de ensino são mais diversificadas, priorizando valores, trabalhando com turmas heterogêneas e cujas ações contribuem para a formação de indivíduos autônomos e capazes de agir positivamente em grupo. Essas escolas podem não ser “campeãs do Enem”. É importante verificar que escola estamos analisando. Sabemos que, quase sem exceção, as melhores colocadas no ranking são escolas excludentes, ou seja, selecionam seus alunos. Isso ocorre na admissão (exame de seleção) ou, ainda, durante o processo, eliminando os “menos dotados” nas séries que antecedem ao 3º ano do Ensino Médio, quando alunos participam do Enem e vestibulares. Deve-se levar em conta também que, em todas as escolas, há diferenças entres os grupos de alunos de um ano para outro, inclusive quanto ao grau de engajamento em relação às provas como Enem e vestibulares, o que faz a média da unidade escolar sofrer variações. É pouco conveniente também comparar escolas que inscreveram poucos alunos na prova Enem (algumas 12 alunos), mesmo com ótimos resultados, com outras que tiveram um número maior de estudantes (50 ou mais) e que eventualmente tiveram desempenho menor. Há possibilidade de ocorrerem “aberrações”, como o caso de alguma rede de ensino inscrevendo os melhores alunos numa única unidade, o que obviamente implicaria numa “média notável” para essa unidade, generalizando-se o resultado na rede. Como comparar escolas excludentes com outras que valorizam a diversidade? O que é mais significativo: registrar uma boa média no Enem, a partir de ações elitizantes, ou criar condições para que todos os alunos efetivamente evoluam no processo? Assim, é mais consistente verificar o que foi feito com o alunado de uma determinada escola, desde sua admissão até o final de seu processo de formação. Essa avaliação, caso fosse feita, estaria sujeita a uma complexa teia de critérios, tais como verificação de como o aluno ingressou no sistema, combinada com a análise do meio social e universo familiar a que pertence, currículos, culturas escolares, saberes mais gerais e conhecimentos específicos que foram adquiridos. É inegável a importância de se produzir indicadores de qualidade do ensino oferecido pelas nossas escolas, mas a redução de critérios pode fazer com que propostas de ensino mais ricas e diversificadas deixem de ser reconhecidas como de qualidade. Enfim, na hora de escolher a escola de seu filho, além do resultado do Enem, os pais devem verificar o projeto pedagógico, analisar a equipe docente, conhecer o espaço físico, saber da existência de recursos para o enriquecimento do processo ensinoaprendizagem, observar a conduta dos alunos e, acima de tudo, refletir se a proposta da escola atende às suas expectativa de formação em relação a seus filhos. (*) É consultor em educação e diretor da Educon Consultoria (educon@equipeeducon.com.br)
Enem-2012
COLÉGIO ANGLO ARARAQUARA estranha o fato de não constar na relação divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) com os conceitos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012. Cumprimos todos os protocolos exigidos e, por esta razão, estamos entrando com recurso junto ao MEC, solicitando a correção da listagem. Infelizmente, mais de 14 mil escolas de ensino médio não tiveram os seus conceitos divulgados, inclusive instituições renomadas que já configuraram na lista das melhores do país. Aguardamos o posicionamento do MEC e a correção da listagem.