Jornal de Araraquara - ED. 941 - 07 e 08 de Abril de 2011

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JORNAL DE ARARAQUARA A

M E L H O R

F O T O G R A F I A

D A

S E M A N A

Quermesse de Santo Antônio terá barraquinhas?

Ed. Nº 941 - ARARARAQUARA, 07 E 08 DE MAIO 2011

Paroquianos da Igreja de Santo Antônio questionam

cenas feias ao derredor do templo da Vila Xavier, com

www.jornaldeararaquara.com.br

barraquinhas e muito plástico voando. Enquanto isso, “con-

siderando proximidade de nova festa, por que não usar o am-

Mãe plo, bonito e acolhedor salão próximo do São Benedito?”

R$ 2,00

Obviamente o Padre Biffe tem uma explicação.

Um carinhoso abraço é um Poema de Amor

Engenharia Civil Prof. Dr. Luiz Felipe Cabral Mauro realiza sonhos de Araraquara: temos uma senhora universidade que dignifica as tradições da região.

Uniara é caixa de ressonância da cidade

mercado sente a escassez de trabalhadores especializados na construção civil e pede providências

O

da Uniara. O Reitor Luiz Felipe de imediato determina vestibular de meio de ano (julho-2011), a fim de atender à

demanda. J.A. entrevista o educador visionário, um pilar da educação universitária de Araraquara. Página 3

Citrosuco e Citrovita consideram que a decisão da Comissão Europeia de aprovar, sem restrições, a fusão de seus negócios de suco de laranja, representa uma importante etapa do processo de criação da nova companhia. Não obstan-

te, a conclusão do processo de fusão das duas empresas requer ainda aprovação do CADE, órgão brasileiro de defesa da concorrência. A união de Citrosuco e Citrovita foi anunciada em maio de 2010 e apresentada às au-

toridades de defesa da concorrência no Brasil e no Exterior. As empresas continuam a contribuir com informações que sejam solicitadas pelas autoridades brasileiras para análise e conclusão da operação. (Comunicado oficial)

Autoridades visitam Exposição de Ferreomodelismo II Encontro no Museu Ferroviário que funciona em parceria com a Uniara. “Serviu para matar saudade. A Ferrovia ainda será retomada, é uma questão de inteligência”, afirma visitante que tem as paralelas de aço no coração.

Em defesa do progresso

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arcelo Barbieri e deputados Dimas Ramalho (federal) e Roberto Massafera (estadual) reuniram-se, nesta semana, com o governador Geraldo Alckmin. Na pauta, saúde e

Prefeito Marcelo Barbieri e deputados Dimas e Massafera levam projetos da região de Araraquara ao governador Geraldo Alckmin. Especialmente nas áreas de saúde e transportes (vicinais). conservação das vicinais. Deputados Dimas Ramalho e Roberto Massafera reafirmaram ao governador a união das forças políticas na defesa da região de Araraquara. “Nosso trabalho em conjunto com o

prefeito Barbieri e atenção sempre especial de V.Exa. é garantia para o desenvolvimento da região central que acaba de receber mais de 300 mil para distribuir aos prestadores de serviços SUS”.

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João Baptista Galhardo

primeira comemoração conhecida do Dia das Mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a mãe dos Deuses, Mais recentemente, no início do século XVII, a Inglaterra passou a dedicar o quarto domingo da quaresma às mães dos operários ingleses. Nesse dia, os trabalhadores, principalmente as operárias tinham folga para ficar em casa com elas, quando costumeiramente se fazia um bolo, tornando o dia ainda mais festivo. Não há, pelo menos não deveria haver data marcada para se reverenciar a mãe. Para os que se amam todo dia é dia das mães, dos namorados, dos pais... Não há época certa para se dizer aos que amamos o quanto os queremos bem. Assim como para lhes dar um beijo, um abraço, um aperto de mão, um sorriso. Todo instante deve ser aproveitado para demonstração de carinho como se fosse o último momento de convivência. O amor deve estar permanentemente na alma de cada um. Com amor se conquista o mundo. A mulher, já disse, mãe pela própria natureza, deve ser exaltada e louvada todos os dias do ano por conservar o seu coração como órgão de fé, de afeição, de tranquilidade e de paz. Com instinto materno, desde criança ela cuida da sua boneca, embalando-a no colo, cantando-lhe canções de ninar ... “boi da cara preta..” “sapo cururu da beira do rio...” Depois, como mãe coadjuvante, cuida com atenção e desvelo dos irmãos menores. É com carinho maternal trata do namorado e do marido e quando nascem os filhos, tornam-se protetoras incansáveis. Quantas mulheres sacrificam a própria vida amorosa ou particular, para serem mães das próprias mães, ou do pai, de um avô ou de uma avó. Mães de sobrinhos desvali-

Mesmos com múltiplas ocupações, a mulher nasce e morre como Mãe dos. E quantas avós se tornam mães dos netos. E as mães adotivas que substituem as de sangue? E quantas pessoas, em razão do trabalho (babá, assistente social, professora...) também amparam, educam e assistem, dando afeto àqueles que não são carnes de suas carnes. E quando Deus quer entregar, em adoção, crianças deficientes físicas e ou mentais, Ele escolhe mulheres de coração privilegiado, carregado de compaixão, paciência, ternura, generosidade, abnegação e renúncia, para essa missão sublime. As mães (salvo as péssimas exceções) como os pelicanos, dilaceram, se necessário, o próprio corpo para alimentar um filho. Com sabedoria, já foi dito que se a criança é o futuro, no coração das mães repousa a sementeira de todos os bens do porvir. A mulher inspira. É o ideal e o santuário. É a sublimação em forma humana. Mãe não pede nem quer presentes. Ela se alegra e se contenta com o amor e a atenção que lhe são oferecidos. A mãe até quando eventualmente ofendida por um filho arranja-lhe desculpas para o seu comportamento. A mãe tem um pouco de Deus pela sua constante ternura sem nada pedir em troca. E um outro tanto de anjo pela sua perseverança, vigilância e dedicação. Ela passa despercebida porque não faz alarde de seu heroísmo. Com a magia e os poderes que Deus lhe deu, faz desaparecer as dificuldades, amenizando todas as dores. E depois de morta, se daria tudo para receber um seu abraço e ouvir pelo menos uma palavra dos seus lábios. Relembro Vitor Hugo: se o homem é a mais elevada das criaturas, a mulher é o mais

sublime dos ideais. Deus fez para o homem um trono e para a mulher um altar. O trono exalta, mas o altar santifica. A mulher é o coração que produz o amor que ressuscita. Anjo indefinível. A mulher é capaz de todos os martírios que purifica. É um evangelho que aperfeiçoa. Um sacrário perante a qual ajoelhamos. A mulher é um rouxinol. Com seu canto, conquista a alma. Enfim, se o homem está onde termina a terra, a mulher está onde começa o céu. Mesmo com múltiplas ocupações, a mulher nasce e morre como mãe. Quantas mães, por qualquer razão abandonadas em asilos ou “casas de repouso”, procuram justificar e defender a ausência dos filhos que nunca visitam, dizendo para as companheiras de infortúnio, do amor deles para com elas, por eles nunca confessado. Talvez até sentido, mas nunca expressado. Muitas dessas mães, velhinhas (ou não) esquecidas pela família fingem demência e simulam uma insanidade inexistente, para justificar o embalo de uma trouxa de pano que acalentam no colo, como se estivessem ninando um filho, voltando a entoar, num sussurro, “o boi da cara preta”, o “sapo cururu da beira do rio”, “a Terezinha de Jesus que de uma queda foi ao chão”... E contar historinhas improvisadas, sempre com o mesmo final: “e assim foram felizes para sempre”. Como bem diz o poeta “Todo o bem que a mãe goza é o bem do filho, espelho em que se mira”. Ser mãe é ter um mundo sem ser percebida. Por que tanta preocupação na escolha de um presente material no dia de sua comemoração? Para marcar presença? Dê-lhe um abraço, um beijo e quatro palavras: ”mãe eu te amo”. Não gasta a língua nem esvazia o bolso.

jbgalhardo@uol.com.br


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