JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

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Jubileu de prata na comunicação da região


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~A primeira edição~ Em outubro de 1986, anúncio de primeira página nos Classificados do JORNAL DA REGIÃO divulgava a venda de um microcomputador, modelo TK 85, seminovo. Isto, há 25 anos. Era muito para a época. Começava a revolução e a introdução do computador no mundo. A manchete principal era: “Cantagalo em festa”. Podia ser uma festa pelo lançamento de um jornal em Cantagalo. Era o 171º jornal editado no município. Mas o título se referia às festividades pelo aniversário de emancipação político-administrativa de Cantagalo, que ainda era comemorado em data posteriormente considerada como incorreta pelos historiadores, sendo alterada para 9 de março. Vários anos depois, o próprio jornal colaborou, como reconheceu o pesquisador Clélio Erthal, com a mudança das comemorações da emancipação de Cantagalo. O editorial da primeira edição do JR, publicado ao lado, dava a noção exata do momento vivido no país. “Depois da implantação do Plano Cruzado, tudo neste Brasil, ficou muito animador, todos investiram naquilo que sempre sonharam...”. A proposta de criação do jornal, desde seu início, era que ele fosse um veículo regional. A prova disso foi o próprio nome. No início, algumas pessoas chegaram a sugerir que o jornal deveria se chamar Jornal de Cantagalo. Nessas discussões estão Jalme Pereira e Rosângela Santos, que participaram daquele importante momento de decisão, juntamente com o já falecido radialista Geraldo Nóbrega. Foram batalhadores dos ideais deste veículo de comunicação. Achávamos que o novo jornal teria que ser regional, pois estaria representando uma região carente de recursos, mas forte em suas origens, tradições e potencial econômico. Na sala 208 da Rua Getúlio Vargas, 21, no prédio onde funciona o banco Bradesco, no Centro de Cantagalo, foram registrados os primeiros passos do jornal. Naquele local, começou a elaboração das primeiras matérias datilografadas em uma máquina de escrever, que foram enviadas para composição em linotipo e impressão numa gráfica de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto, a tão conceituada Oficina da União A Gaivota Dados e Editora Ltda. Um fato interessante aconteceu nesta primeira edição envolvendo a gráfica e o jornal. A data prevista pelo editor era para circulação em 2 de outubro de 1986, a data em que Cantagalo comemorava seu aniversário. Mas, segundo o então proprietário da gráfica, Oswaldo Elias (já falecido), não foi possível entregar o jornal naquela data, somente no dia seguinte. Com isso, mudou a data de capa do jornal para 3 de outubro, argumentando que, se a data anterior fosse mantida, o jornal circularia com a data já vencida. Esse fato só foi verificado pelo editor na hora de apanhar o jornal impresso em São Gonçalo. Não era mais possível reclamar, pois ele já havia sido impresso. Duas colunas se destacam naquela primeira edição do JORNAL DA REGIÃO. A primeira, criada por um dos primeiros colaboradores: Geraldo Nóbrega. Ele escreveu a coluna ‘Sociais e Etc...’, onde registrava os fatos sociais, principalmente aniversários, nascimentos e casamentos. Já a jornalista Rosângela Santos criava a coluna ‘O Povo Fala’, que, durante algumas edições, colocava opiniões da população sobre determinados assuntos. Naquela primeira coluna, o assunto foi a ‘Constituinte’, já que o país se preparava para criar a nova Constituição Brasileira, baseada no novo momento democrático iniciado pelo País. Na Rádio Musical AM de Cantagalo, pioneira na região, o JORNAL DA REGIÃO anunciava a programação. O Programa Célio Figueiredo teve destaque, inclusive citando a estreia, na Rádio Musical, no dia 15 de setembro de 1986, de 5h às 9h. Já em 1986, o jornal anunciava o que hoje parece ser fato: a construção de uma usina hidrelétrica no Rio Paraíba do Sul. Dava como certa a possibilidade de alagar toda a região de São Sebastião do Paraíba, quarto distrito de Cantagalo. Naquela época - meados da década de 1980 -, era comum a realização de festivais de música. Cantagalo anunciava a realização do VI Festival Cantagalense da Canção, na Quadra Municipal José dos Santos Vieira, promovido pelo grupo SEC (Silney, Edson e Célio), com apoio da Prefeitura.

Início de tudo

Quando se pensa em criar um jornal, logo se depara com vários problemas: assuntos, profissionais, despesas, recursos, etc. Quando pensamos em criar um jornal para nossa REGIÃO tínhamos um princípio: fazer um veículo com a finalidade de divulgar os fatos da nossa REGIÃO. Hoje, quando nos é possível lançar nossa primeira edição, gostaríamos de deixar bem claro que o nosso jornal estará sujeito a erros e falhas, pois somos humanos, portanto sujeitos a tal coisa. Depois da implantação do plano cruzado, tudo neste Brasil, ficou mais animador, todos investiram naquilo que sempre sonharam. Este jornal será editado quinzenalmente, através de uma equipe de trabalho que procurará fazer um veículo de comunicação à altura de seus leitores. Os recursos sempre são muito difíceis para jornais do interior, mas todos procuram sobreviver, com a preciosa cooperação das pessoas que mais se interessam pelo progresso da REGIÃO. Ao escolhermos o nome de JORNAL DA REGIÃO, queremos abranger toda esta REGIÃO que está em franco desenvolvimento. A direção deste jornal coloca a disposição para sugestões e críticas que venham a melhorar o nosso meio de comunicação. Que Deus nos dê forças para levar adiante o nosso ideal, que é trazer um pouco de informação e distração para a população de nossa REGIÃO. O EDITOR

Editorial publicado na primeira edição, em 3 de outubro de 1986

Expediente Este Suplemento Especial é parte integrante do Jornal da Região - Edição nº 1.152 período de 29 de setembro a 05 de outubro de 2011. O Jornal da Região é editado pela Editora Jornal da Região Ltda. CNPJ: 01.907.586/0001-35. Redação: Cantagalo - Rua Prefeito Licínio José Gonçalves, 237 - Triângulo CEP: 28.500-000 - Tel/Fax: (22) 2555-5453 - E-mail: editorajornaldaregiao@gmail.com Editor: Célio Figueiredo - Jornalista Responsável: Rosângela Santos Distribuição: Luís Carlos - Diagramação: Thiago Valente - Revisão: Gilmar Marques

Circulação: Cantagalo - Cordeiro - Duas Barras - Trajano de Moraes - São Sebastião do Alto - Bom Jardim - Macuco - Carmo - Nova Friburgo Impresso na Tribuna de Petrópolis - Filiado à ADJORI-RJ. Representante: JC Representações e Publicidades Ltda. Av. Rio Branco, 173 - grupos 602 e 603 - Centro - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.040.007 - Telefone: (21) 2262-7469 Os conceitos emitidos nos artigos e colunas não refletem, necessariamente, a opinião do jornal.


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Jornal contribui para a mudança de aniversário da cidade Até meados de 2003, o município de Cantagalo vinha comemorando seu aniversário de emancipação político-administrativa erradamente. As festividades eram realizadas em 2 de outubro, quando, na verdade, o aniversário de emancipação do município ocorre em 9 de março. O JORNAL DA REGIÃO foi parceiro decisivo no processo de acerto da data, quando reconheceu o erro e passou a apostar nas pesquisas apontadas pelos pesquisado-

res Clélio Erthal, Henrique Bon e Gerson Tavares do Carmo. Foi através do JR que os pesquisadores conseguiram mobilizar a sociedade, levantar a discussão, apresentar documentos, elaborar debates e, enfim, convencer as autoridades municipais. Foi quando o prefeito da época, Geraldo Guimarães, assinou decreto alterando a data e reconhecendo o 9 de março, que passou a ser chamado de ‘Dia da Consciência Histórica de Cantagalo’. Durante encontro na Associa-

ção Comercial de Cantagalo (Aciacan), os pesquisadores ressaltaram a importância do JR no processo de mudança das comemorações. Segundo eles, o erro teria sido cometido quando Cantagalo completou, em 1957, os 100 anos de elevação à categoria de cidade, que, naquela época, era concedida separadamente da emancipação. “Como era uma data cheia, acharam por bem criar a comemoração, mas se esqueceram que a elevação à categoria de cidade, de 1857, não tem

nada a ver com a emancipação essa sim, é que importa -, que ocorreu em 9 de março de 1814”, contou o pesquisador Henrique Bon. Mas a primeira comemoração realizada na data correta, de fato, só aconteceu em 2005, primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Guga de Paula, quando o município completou 191 anos de separação do hoje extinto município de Santo Antônio de Sá, cuja sede, atualmente, não passa de ruínas próximo a Porto das Caixas, em Itaboraí.

Em 2014, Cantagalo faz 200 anos E por falar em aniversário do município, daqui a menos de três anos - 9 de março de 2014 - o município de Cantagalo terá um grande motivo para comemorar o seu aniversário de emancipação, afinal serão 200 anos de história independente, até porque o município do qual se emancipou - Santo Antônio de Sá - nem existe mais. A festa comemorativa ficará por conta do prefeito que for escolhido pela população nas eleições municipais do ano que vem. Será

um importante momento para se consolidar a data, já que, nos últimos anos, devido à proximidade com o Carnaval ou outras questões administrativas, a festa tem voltado a ser comemorada em outubro, o que tem contribuído para a criação de uma nova confusão na cabeça da maioria da população. Outra questão que poderia ser observada é a programação cultural durante a festa, que só aconteceu em 2005, embora tenha havido, na época, anúncio da criação do ‘Dia

da Consciência Histórica de Cantagalo’, cuja proposta era promover, todos os anos, durante as comemorações, algum tipo de atração cultural na cidade. Por outro lado, a Prefeitura informa que executará as obras de construção, no prédio do antigo Colégio Cenecista Cantagalo, adquirido pelo município, do Centro Cultural Professora Amélia Thomaz, e que, após a inauguração, o município terá um local adequado para a realização desse tipo de

programação. Historicamente, na época da emancipação, Cantagalo saía do chamado Ciclo do Ouro, e, mais tarde, viveu o glorioso período do Ciclo do Café, com grandes fazendas produtoras. Era a época dos barões, quando o município esteve entre os maiores produtores da planta no país. O terceiro e atual ciclo é o do Calcário, que contribuiu para que o município se tornasse, com as três fábricas de cimento, o terceiro maior polo cimenteiro do país.

Órgão oficial do município durante anos Os primeiros atos oficiais de Cantagalo publicados no JORNAL DA REGIÃO foram em 1987, pela Câmara Municipal, que, na época, era presidida pelo já falecido vereador Renê Noronha. Durante esses 25 anos de existência, nas páginas do JR foram publicados diversos atos praticados pelos prefeitos que administraram o município de Cantagalo. Em 1990, o então prefeito Geraldo Guimarães publicou, pela primeira vez, os atos oficiais da Prefeitura de Cantagalo no JORNAL DA REGIÃO, que foram publicados até o final de seu primeiro mandato, em dezembro de 1992. Nos primeiros meses do terceiro mandato do prefeito Nilo Guzzo (já falecido), entre 1985 e 1988, os atos oficiais de sua administração também foram publicados no JR. Depois de uma interrupção, novamente os atos oficiais voltaram a ser publicados nas páginas do JR. Quando Wilder de Paula assumiu a Prefeitura de Cantagalo pela segunda vez, em 1997, os atos do Executivo foram novamente publicados no JR, até o final do mandato, em 2000. Em 2001, Geraldo Guimarães novamente assumiu a Prefeitura de Cantagalo, e o JORNAL DA REGIÃO venceu o processo licitatório e continuou publicando os atos do governo até o final de seu mandato, em 2004. Em 2005, Guga de Paula, eleito na disputa municipal de 2004, assume, pela primeira vez, a Prefeitura de Cantagalo. Os atos oficiais dos primeiros meses de sua administração também foram publicados no JORNAL DA REGIÃO. Já na Câmara Municipal, além de Renê Noronha, os presidentes José Maria Huguenin (já falecido), João Nicolau Guzzo (já falecido), Desidério Naegele Rodrigues, Jorge Quíndeler, Jorge Farah, Heitor Purger e Ciro Fernandes publicaram os atos oficiais do Legislativo Municipal nas páginas do JR. Atualmente, o Legislativo, sob a presidência do vereador Ocimar Ladeira, o Pulunga, mantém a publicação com o JR.


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25 Motivos não faltam, mas reservamos parte deles para marcar este momento tão especial...

bons motivos para comemorar Com a sua participação, podemos fazer muito mais!

01. Centro Administrativo Cel. Custódio Marques Ferreira – Boa Sorte; 02. Ginásio Poliesportivo Jório Moreira Noronha – São Sebastião do Paraíba; 03. Ginásio Poliesportivo João Borges Machado – Euclidelândia; 04. Capela Mortuária de Santa Rita da Floresta; 05. Centro de Atendimento de Assistência Social – São José; 06. Unidade Básica de Saúde da Família Manoel Francisco de Paula Bon (Tatico) – São José/Santo Antônio; 07. 208 casas populares em várias localidades do município; 08. Construção das unidades do Saúde da Família Santo Antônio São José e parte alta do São José, além de reforma e ampliação das unidades de Boa Sorte, São Sebastião do Paraíba, Santa Rita da Floresta (em andamento) e Euclidelândia (elaboração de planilha de custo); 09. Conjunto de sanitários públicos – São Sebastião do Paraíba; 10. Revitalização completa da Avenida Rodolfo Tardin; 11. Conjunto de sanitários públicos – Santa Rita da Floresta (obra em andamento); 12. Centro de Atendimento de Assistência Social – Novo Horizonte; 13. Centro Cultural Professora Amélia Thomaz (em licitação); 14. Abrigo Municipal Criança Feliz (em licitação); 15. Centro de Convivência do Idoso (preparo de processo licitatório); 16. Centro Administrativo de Santa Rita da Floresta (obra em andamento); 17. Ginásio poliesportivo do bairro Cantelmo (em licitação); 18. Escola Municipal Cel. Manoel Marcelino de Paula – São Sebastião do Paraíba (em andamento); 19. Creche-escola do bairro São José (preparo de processo de licitatório); 20. Pavimentação de todo o bairro Nova Era, Chácara da Banheira e São Pedro, além de Campo Alegre e várias ruas no São José e nos distritos; 21. Pavimentação de todas as ruas do bairro Quinta dos Lontras; 22. Renovação de toda a frota municipal, incluindo ônibus para transporte dos servidores, beneficiando todas as secretarias; 23. Montagem da Patrulha Mecanizada de auxílio ao produtor rural; 24. Sede própria para a Biblioteca Acácio Ferreira Dias (Centro) e reforma com ampliação da Biblioteca Jornalista José Naegele (Euclidelândia);

Prefeitura de Cantagalo

Confiança, Honestidade e Trabalho

25. Obra social pela implantação do Plano de Cargos do Magistério, valorização dos salários dos servidores, com reajustes anuais, concessão de 14º salário para os servidores e do tíquete-refeição (este em processo licitatório).

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Sete mandatos, quatro prefeitos Enquanto o JR não só contava, mas contribuía para a história da região, também viu passar, na administração municipal de Cantagalo, onde fica a sede do jornal, vários estilos diferentes de governar. De 1986 até 2011, são sete mandatos, mas apenas quatro prefeitos: Nilo Guzzo (1985/1988 e 1993/1996), Geraldo Guimarães (1989/1992 e 2001/2004), Wilder de Paula (1997/2000) e Guga de Paula (2005/2008 e 2009 até hoje - o mandato termina em dezembro de 2012). O empreguismo, comum até meados da década de 1980, foi barrado pela chegada da nova Constituição Federal, promulgada em 1988, e que determinou a realização de concursos públicos

Gilmar Marques/Arquivo

Nilo Guzzo (três mandatos), Guga de Paula (dois) e Wilder de Paula (dois)

para a contratação de pessoal para o serviço público. De lá para cá, muita coisa teve que ser mudada, mas servidores contratados até cinco anos antes da nova Cons-

tituição viveram longo período de incertezas, com receio de demissão, até que foram enquadrados em um grupo especial à parte, como ocorreu em todo o país.

Escândalos na compra de pneus e de macarrão para merenda escolar levaram à criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que quase tirou Nilo Guzzo do poder. Na gestão de Geraldo Guimarães, problemas de suspeitas de improbidade e de promoção pessoal com recursos públicos também renderam vários processos, muitos tramitando até hoje. Wilder de Paula, forçado pelo Ministério Público do Trabalho, teve que demitir oito servidores contratados em gestões anteriores de forma irregular. Perdeu a disputa pela reeleição, em 2000, por oito votos. Já Guga de Paula venceu Geraldo Guimarães, em 2004, por 26 votos, e conseguiu a reeleição em 2008.

Em 20 anos, apenas 158 habitantes a mais, segundo o IBGE Evolução populacional •1991 •1996 •2000 •2010

19.672 20.023 19.835 19.830

Nos últimos 20 anos, o JORNAL DA REGIÃO tem acompanhado os levantamentos populacionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que têm mostrado uma região com pequenas alterações, mas que, a cada ano, registra um número menor de habitantes.

Em Cantagalo, após a elevação no número de moradores registrada entre 1991 e 1996, quando passou de 19.672 para 20.023, o município voltou a registrar queda em 2000 (19.835) e no Censo realizado em 2010, quando o número de moradores ficou em apenas 19.830, o que representa

158 moradores a menos nos últimos 20 anos. Mesmo com contestações apontadas pelo poder público, o IBGE confirma os resultados, que também contribuem para queda de repasses federais, uma das grandes preocupações quando o assunto é redução no número de moradores.

Maior rebanho da região Uma das grandes alavancas propulsoras da economia de Cantagalo vem do campo. A criação de gado bovino, principalmente para o sustento das famílias que ainda residem na zona rural, sobretudo através da produção leiteira, dá ao município dois importantes títulos no setor: o de maior produção leiteira das regiões Serrana e Centro-Norte Fluminense, com concentração em São Sebastião do Paraíba (quarto distrito) e em Boa Sorte (quinto distrito), e o de maior produtor bovino da região, com cerca de 55 mil cabeças. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, tanto o número de cabeças de bovinos quanto a produção leiteira crescem ano após ano, principalmente após a conscientização dos produtores sobre a importância de vacinar o gado. Atualmente, Cantagalo possui gado não só numeroso, mas saudável, o que resulta em menos mortes, maior índice de cobertura e de produção, sem falar na qualidade da carne, do leite e seus derivados.

Os maiores grupos cimenteiros do mundo Divulgação

Após os ciclos do ouro e do café, Cantagalo, a partir da década de 1970, se industrializou e encontrou no calcário uma nova fonte de exploração econômica, o que também melhorou, sobremaneira, a arrecadação da Prefeitura, que, atualmente, tem orçamento anual de cerca de R$ 60 milhões. A descoberta de calcário e a análise que comprovou ser a jazida de alta qualidade, uma das melhores do mundo, trouxe ao município três grandes grupos cimenteiros, os maiores do mundo, e que estão instalados e produzindo até hoje: Votorantim, que administra, no município, a Fábrica de Cimento Rio Negro; Lafarge, controladora da Fábrica de Cimento Mauá; e Holcim, que mantém a Fábrica de

Divulgação

Cimento Alvorada. Todas as unidades fabris estão instaladas em Euclidelândia, terceiro distrito de Cantagalo. Desde que nasceu, em 1986, o JORNAL DA REGIÃO tem se preocupado em acompanhar e noticiar não só a importância, mas os resultados e as consequências dessas empresas no município. O que se tem percebido é a seriedade com que todo processo é realizado, com destaque para os investimentos, principalmente nas últimas duas décadas, em formas de redução de impactos ambientais e compensação pela exploração do calcário. Nos últimos anos, o JR também tem acompanhado o crescimento de programas voltados à aproximação dessas indústrias não só com as prefeituras da região, mas,

Divulgação

principalmente, com a população que vive no entorno do polo, envolvendo Cantagalo, Cordeiro e Macuco. A mais recente dessas investidas é a Feira de Desenvolvimento Sustentável, em parceria com as três prefeituras - Cantagalo, Cordeiro e Macuco - e que, este ano, realizou sua terceira edição. Também há ações como o programa ‘Nem Luxo, Nem Lixo’, desenvolvido no bairro São José, em Cantagalo, pela Holcim; o curso de ‘Técnico em Química Industrial’, também em Cantagalo, em parceria com a Lafarge, que formou, este ano, a primeira turma de 21 alunos; e o mais recente, o curso de ‘Mecânica Industrial’, da Votorantim Cimentos, que está na sua primeira turma.


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‘Melhor de todos os que já foram JR foi bissemanal por editados no município de Cantagalo’ quase quatro anos “(..) a cidade há muito tempo vinha clamando por um órgão que divulgasse, em nível popular, não só os acontecimentos nacionais e estaduais, como também os locais, que lhe tocam mais de perto. E esse clamor afinal foi atendido com a fundação do JORNAL DA REGIÃO, em outubro de 1986, sob a responsabilidade de Célio Figueiredo e apoio da jornalista Rosângela Santos. É um periódico moderno e bem estruturado até na apresentação gráfica, podendo ser considerado (...) como o melhor de todos os que já foram editados no município de Cantagalo”. Este trecho é do livro ‘Cantagalo - do Surto da Pecuária à Industrialização do Calcário’, do desembargador cantagalense Clélio Erthal, de 2003, em Niterói. O livro, que, em outubro de 2005, foi relançado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação,

Gilmar Marques

Em 2005, Clélio Erthal relançou o livro em noite de autógrafos em Cantagalo

em Cantagalo, é o segundo da série ‘Cantagalo’. Clélio Erthal é admirador do JR, que sempre se preocupa em melhorar a qualidade, investir em

qualificação e dar ao leitor o que há de melhor em cobertura jornalística. “Ainda queremos mais, pois nós nunca nos acomodamos”, destaca o editor Célio Figueiredo.

Uma redação movimentada, num entra e sai de pessoas, de funcionários, de e-mails, correspondências, entrevistas... ufa! Era assim o dia a dia na redação do JORNAL DA REGIÃO no período que representou a maior ousadia, na época, para um jornal do interior: passar de semanal a bissemanal. Na quarta-feira, 3 de outubro de 2001, há exatos 10 anos, circulava a edição nº 568, a primeira da nova fase do jornal, que, a partir de então, passava a circular duas vezes por semana - às quartasfeiras e aos sábados. Na página 3, matéria, que chamava a atenção para os 15 anos do JR, também explicava a nova fase e registrava o recebimento de duas moções: uma de parabenização, entregue pelo então presidente da Câmara Municipal de Cantagalo, Jorge Farah, hoje vice-prefeito, e outra de Congratulações, de autoria da deputada estadual Aparecida Ga-

Equilibrada e sustentável:

ma. A manchete principal chamava a atenção para um novo litígio de limites entre municípios, desta vez entre Carmo e Duas Barras, tendo como pivô a localidade de Quilombo. Na época, estavam diretamente envolvidos sete funcionários, além do editor Célio Figueiredo, da jornalista responsável Rosângela Santos, também diretora do Departamento Comercial, de prestadores de serviços e diversos colaboradores nas mais variadas áreas. A fase bissemanal durou até a edição nº 889, de 23 de março de 2005. Nesse período de quase quatro anos, foram cerca de 321 edições, o que deu ao JR muito mais credibilidade e velocidade na informação. Hoje, os tempos são outros e os projetos caminham para outras áreas, mais adequadas ao atual momento regional e do próprio jornal, que nunca deixou de ser ousado.

é assim que a Lafarge projeta a vida.

Para ser reconhecida em todo o mundo, uma empresa precisa ser eficiente em muitos aspectos. Por isso a Lafarge nunca para de investir em pesquisa, segurança, tecnologia e, principalmente, na sustentabilidade. Acreditamos que só assim conseguiremos atingir nossos maiores objetivos: atender às expectativas de nossos clientes, garantindo o futuro do nosso negócio e do nosso planeta. www.lafarge.com.br


8 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Município comemorou, este ano, 120 anos de emancipação político-administrativa

Duas Barras, uma cidade folclórica Divulgação

Prefeito faz prestação de contas no JR

Charmosa e protetora de seus bens histórico-culturais. Assim é Duas Barras, uma cidade típica do interior brasileiro

Maior encontro de folias do estado Reinaldo Rocha

Durante o encontro, dezenas de folias se apresentam no Centro da cidade

Em Duas Barras, o Encontro de Folias de Reis, que acontece há 35 anos, mantém viva a tradição dos antigos reiseiros, iniciada no governo de Victorino Araújo de Barros, por iniciativa de Orlando Pagnuzzi. Na época, o atual prefeito, Antônio Carlos, ainda jovem,

juntamente com um grupo de amigos, já participava dos encontros, comandando sua própria folia. A festa, considerada uma das mais populares do município, que conta com a participação de grande parte dos moradores mais humildes da cidade e da zona rural,

além do seu aspecto folclórico, tem um profundo sentido religioso, pois as folias de reis são organizadas para pagamento de promessas por uma graça alcançada ou para cumprir uma devoção passada de pais para filhos. Baseados na tradição religiosa misturada ao folclore popular, as folias de reis lembram a festa dos Santos Reis ou Reisado, num esforço popular de recuperar a história dos reis magos Baltazar, Melquior e Gaspar, que, segundo narrativa bíblica, foram até Belém, seguindo uma estrela vinda do Oriente, para adorar o filho de Deus, Jesus, o Messias prometido para salvar a humanidade. Assim como os reis magos foram até Belém levando presentes para o rei dos reis e lá encontraram o menino-Deus numa humilde manjedoura, cercado de seus pais Maria e José, animais e pastores, simbolizando que ele veio ao mundo para libertar os mais humildes, as folias tentam relembrar um pouco desta história.

Já se tornou tradição a Prefeitura de Duas Barras fazer uma prestação de contas do Governo Municipal no mês de maio, quando a cidade comemora o aniversário de emancipação políticoadministrativa. E o JORNAL DA REGIÃO tem participado ativamente desse processo ao dar vida aos suplementos de prestação de

contas do município. Sempre amparado pela Assessoria de Comunicação local, o JR já publicou várias prestações de contas que podem ser conferidas por todos os moradores de Duas Barras em páginas com uma diagramação moderna, uma redação de fácil leitura e qualidade gráfica acima da média na região.

Família Araújo no poder O comando da política em Duas Barras praticamente sempre esteve nas mãos dos “Araújo”. O patriarca da família, Victorino Araújo de Barros, foi prefeito diversas vezes. No período de circulação do JR, foi prefeito de 1985 a 1988. De 1989 a 1992, foi prefeito Jorge Henrique de Araújo Fernandes; de 1993 a 1996, Luiz Gonzaga Pagnuzzi Araújo; de 1997 a 2000, novamen-

te Jorge Henrique Fernandes, que se reelegeu para o período seguinte - 2001/2004. Em 2004, assume a Prefeitura outro da família de Victorino Araújo de Barros. Trata-se de Antônio Carlos Araújo, que governou o município de 2005 a 2008 e acabou sendo reeleito para o período seguinte, que teve início em 2009 e só termina em dezembro de 2012.


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Viver e ser feliz é o que importa! Parabéns ao JORNAL DA REGIÃO pelos 25 anos de existência! CORDEIRO (22) 2551-2797

CANTAGALO (22) 2555-4049/5738

TRAJANO DE MORAES (22) 2564-1269

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10 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Mais 1.055 habitantes em duas décadas Evolução populacional •1991 9.875 •1996 9.745 •2000 10.334 •2010 10.930 Pequena, pacata e muito aconchegante. Duas Barras não perdeu o seu glamour em 120 anos de emancipação. Ao contrário, deu preferência à manutenção de sua vocação e sua história. Prova disso é que nos últimos 20 anos obteve apenas 1.055 habitantes a mais. Saltou de 9.875 moradores em 1991 para 10.930, em 2010, conforme apontou o último Censo do IBGE. A preocupação de Duas Barras não está voltada ao aumento populacional, que nem é cogitado. O “off Rio’, como diz o poeta Martinho da Vila, é um lugar de sossego, de descanso, de recarga de energias e de convivência harmoniosa entre o moderno, que também chega e fica, e o belo, arquitetônico e histórico, que tem como destaque o imponente Centro Histórico, no Centro da cidade, e as famosas fazendas da época do Ciclo do Café, quando toda a região era uma das maiores produtoras da bebida do país.

Duas Barras na atualidade Um praça bucólica, cercada de construções em estilo colonial, ruas de paralelo e uma igreja do século XIX. Até o prédio da Prefeitura, nos arredores da Praça Governador Portela, é um sobrado típico da época dos barões do café. E ainda se planta muito café no município, que é reconhecido pela efervescência cultural. A valorização da história local está garantida na preservação da memória material com os tombamentos do conjunto arquitetônico e urbanístico do núcleo histórico da cidade e de seu patrimônio natural, que há mais de cem anos vem sendo preservado pela população local, enquanto símbolo de sua identidade. O Núcleo Histórico da Cidade de Duas Barras abrange os conjuntos arquitetônicos (cerca de 80 casarões centenários), urbanísticos e paisagísticos, incluindo os lotes, as edificações, os equipamentos urbanos, as caixas

Reinaldo Rocha

Coreto central da Praça Governador Portela, no Centro, em meio a um mundo de história e cultura ainda de pé

de rua, as calçadas, a arborização e as pontes que os integram. Também são tombados os maciços rochosos denominados Pedra do Mota e Pedra do Patri-

mônio, que compõem a paisagem natural do núcleo histórico original e também as calhas do Rio Negro, do Rio Resende e do Córrego do Baú, considerados como

Martinho da Vila, um símbolo para os bibarrenses Reinaldo Rocha

Arouca, a joia de Duas Barras Marcos Arouca da Silva, mais conhecido como Arouca, nasceu em Duas Barras no dia 11 de agosto de 1986. Iniciou a sua carreira jogando nas categorias de base do Fluminense, quando tinha 14 anos. Foi campeão do Campeonato Carioca de Futebol de 2005. Em 2007, foi campeão da Copa do Brasil. Em 2010, foi campeão paulista pelo Santos. Ele foi eleito pela Federação Paulista de Futebol o melhor volante do Paulistão. Em agosto, conquistou seu segundo título pelo Santos, a Copa do Brasil. Foi bicampeão paulista 201011, conquistando o título de campeão pela equipe da Copa Libertadores da América de 2011.

elementos marcantes da natureza do sítio onde se implantou o núcleo urbano e cujos percursos moldaram o traçado da cidade de Duas Barras.

Em tamanho natural, estátua, que leva a assinatura do caricaturista Ique, foi colocada no Mirante Vale Encantado

Em 7 de maio deste ano, quando o município comemorava o aniversário de 120 anos de emancipação, o filho mais ilustre de Duas Barras, o cantor, compositor e escritor Martinho da

Vila, ganhou uma estátua em tamanho natural. Assinada pelo famoso caricaturista Ique, a estátua foi implantada no Mirante do Vale Encantado, localizado a pouco mais

de dois quilômetros do Centro da cidade. A homenagem foi prestada numa parceria entre a Prefeitura de Duas Barras e o Governo do Estado, através da Secretaria de Esporte.

O prefeito da cidade, Antônio Carlos Araújo (PMDB), disse que a ideia surgiu quando participou de um show de Martinho da Vila no Canecão, no Rio de Janeiro, ocasião em que ouviu, pela primeira vez, a música “Meu off Rio”, na qual Martinho da Vila exalta a sua querida Duas Barras. A música, na opinião do prefeito, é um tributo ao município. A cerimônia de inauguração, como não poderia deixar de ser, contou com participação do cantor. Martinho da Vila voltou no tempo e lembrou de outra homenagem prestada a ele no município. Foi em 1969, pelo então prefeito Victorino Araújo de Barros, pai do atual prefeito Antônio Carlos. “O que fica é a gratidão. Na verdade, esta é uma homenagem não a Martinho, mas ao samba e ao artista brasileiro. Agora, que virei estátua, fico feliz por saber que ela não servirá apenas à minha vaidade, mas para atrair turistas à minha querida Duas Barras”, discursou Martinho da Vila, numa cerimônia que contou com participação de centenas de convidados.


11 Crédito: Rafael Wallace

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Parabéns ao JORNAL DA REGIÃO pela consolidação do caminho trilhado ao longo desses 25 anos, sendo considerado, cada vez mais, entre seus leitores, como um dos mais importantes instrumentos de informação e parceiro para aprimoramento do desenvolvimento dos municípios por onde circula. Sucesso e crescimento ao JORNAL DA REGIÃO em seu Jubileu de Prata! Um abraço à Família JR, seus leitores e colaboradores. ANDRÉ CORRÊA


12 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Cidade Exposição também teve seus percalços políticos Divulgação

Cordeiro, com grande concentração urbana, também viveu momentos de desorganização política no período

Em 1998, Cordeiro vivia uma grande turbulência política. Em meio a denúncias de infrações político-administrativas, entre elas superfaturamento de obras e pagamento a empreiteiras por serviços de pavimentação não concluídos, o prefeito Leonardo Vieitas foi afastado do cargo através de denúncias apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público (MP) e a Câmara Municipal, que até

criou uma comissão processante para investigar o prefeito. Na época, Leonardo Vieitas chegou a ficar fora do cargo por 11 dias consecutivos, quando assumiu o vice-prefeito Sílvio Daflon, que anunciou projetos de recuperação econômica e social da cidade. Mas não deu tempo, pois Vieitas voltou ao cargo e, logo após, Cordeiro viveu uma verdadeira “dança das cadeiras”, pois num dia Leonardo Vieitas dormia

prefeito e no outro acordava afastado. Foi um período turbulento para Cordeiro, até que Vieitas foi afastado de vez e o mandato foi concluído pelo vice, Sílvio Daflon, que ganhou notoriedade pelo trabalho de recuperação econômica e investimento em obras e infraestrutura urbana. Por conta do trabalho realizado, Sílvio Daflon conseguiu a reeleição em 2000 e voltou a ser eleito em 2008.

Jornal só recebe da Prefeitura oito anos depois, após ação julgada pela justiça Quando ocorreu o afastamento do então prefeito de Cordeiro, Leonardo Vieitas, em 1998, em processo iniciado na Câmara de Vereadores e decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o fato, suas causas e consequências foram acompanhados de perto pelo JORNAL DA REGIÃO. Mas um prejuízo também ocorreu com a empresa jornalística, já que os atos oficiais da Prefeitura de Cordeiro vinham sendo publicados no jornal. Após o afastamento, vários processos desapareceram da Prefeitura, e o novo prefeito que assumiu o cargo não pôde concretizar os pagamen-

Joaquim Tavares e Sílvio Daflon se revezam na Prefeitura de Cordeiro Divulgação

Suplementos especiais das exposições Além de já ter sido órgão oficial de Cordeiro, durante as administrações de Leonardo Vieitas, Joaquim Tavares, além do Fundo Municipal de Saúde, o JORNAL DA REGIÃO sempre teve uma aceitação muito grande na cidade exposição. Prova disso é a venda semanal nas duas bancas. Outra tradição do JORNAL DA REGIÃO é a edição de suplementos especiais das cidades quando completam aniversários. Em

Cordeiro, além dos suplementos especiais no aniversário da cidade no final do ano, o JORNAL DA REGIÃO edita suplementos especiais no maior evento da região, a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cordeiro. O suplemento especial deste ano, da Expo Cordeiro 2011, apresentou fatos históricos inéditos da realização do primeiro evento, em 1921, comemorando os 90 anos da Expo Cordeiro.

tos anteriores que não tivessem documentos na Prefeitura. A única saída encontrada pela direção do JR foi impetrar uma ação na justiça para receber o que de direito pelas publicações, já que vinha prestando os serviços normalmente. A ação foi impetrada em 1998, mas somente em 2006, ou seja, oito anos depois, é que a justiça condenou a Prefeitura de Cordeiro a pagar o jornal. Após a decisão judicial, e graças a um acordo entre a Editora Jornal da Região e o prefeito da época, Joaquim Tavares, foi quitado o valor da dívida em 24 parcelas mensais e iguais.

Joaquim Tavares (E) e Sílvio Daflon

Nas últimas duas décadas, o município de Cordeiro tem tido a presença constante dos políticos Joaquim Tavares e Sílvio Daflon no cargo máximo. Cada um deles já administrou a cidade por dois mandatos. O médico Joaquim Tavares teve seu primeiro mandato de 1985 a 1988. Em seguida, conseguiu

fazer seu sucessor, quando, nas eleições de 1988, elegeu Leonardo Vieitas, que governou de 1989 a 1992. Logo depois, o grupo de Joaquim Tavares elegeu seu irmão, Toninho Tavares, em 1992, que governou a cidade de 1993 a 1996. Joaquim Tavares também conseguiu se eleger deputado estadual no período. Na reeleição para a Alerj, ficou com a suplência do partido. Foi presidente do Laboratório Vital Brazil. Nas eleições de 1996, Leonardo Vieitas, já fora do grupo, volta ao Executivo de Cordeiro. Assume em 1997 mas não termina o mandato. Escândalos o levam à cassação. É quando assume o então vice-prefeito Sílvio Daflon, que começa a aparecer no cenário. Daflon consegue se manter no poder na eleição seguinte e conquista o mandato de 2001 a 2004, quando Joaquim Tavares volta ao poder, governando de 2005 a 2008. Sílvio Daflon volta a assumir em 2009 após vencer o pleito de 2008.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

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JORNAL DA REGIÃO contribui para a realização do 6º Congresso de Jornais do Interior em Cantagalo e Cordeiro Divulgação

Abertura do Congresso de Jornais, no Cine Madrid, em Cordeiro, contando com participação de jornalistas, empresários, políticos e autoridades. O JORNAL DA REGIÃO foi um dos articuladores do evento

No período de 12 a 14 de novembro de 1994, foi realizado, em Cantagalo e Cordeiro, o VI Congresso de Jornais do Interior Fluminense. O evento teve abertura no Cine Madrid, em Cordeiro, e as palestras e discussões do encontro foram realizadas na Fazenda Gamela Eco Resort, em Cantagalo. O evento contou com a presença do então presidente da Associação Brasileira do Jornais do Interior (Abra-

jori), o empresário gaúcho Elson Ilha Macedo, que veio do Rio Grande do Sul para prestigiar o evento. O JORNAL DA REGIÃO teve um papel importante nesse evento, pois foi um dos jornais anfitriões que viabilizou o congresso na região, junto à direção da Associação dos Diretores de Jornais do Interior (Adjori-RJ), presidida, na época, pelo jornalista Marlos França. Além de vários diretores de jornais de diversas ci-

dades do interior do estado do Rio de Janeiro que discutiram o fortalecimento da imprensa, os prefeitos de Cordeiro, na época, Toninho Tavares, e de Cantagalo, Nilo Guzzo. Foi a primeira vez que duas cidades promoveram o evento, no caso Cantagalo e Cordeiro. “A parceria do JORNAL DA REGIÃO com o jornal O Centro Norte viabilizou a realização deste evento na região”, afirma Célio Figueiredo, editor do JR.

O JR é um veículo de comunicação muito importante. Durante estes 25 anos de existência, pude acompanhar como médico, político e leitor, sempre trazendo muita clareza e tratando os assuntos com muita verdade. Trabalhei como médico dos municípios de Cordeiro e Cantagalo por 40 anos. Iniciando minhas atividades em Cantagalo, em 1970, como médico do serviço volante, atendendo aos distritos de Santa Rita da Floresta, São Sebastião do Paraíba, Boa Sorte e a Vila de Campo Alegre. Neste mesmo ano, comecei a trabalhar na Casa de Caridade de Cantagalo e no Hospital Antônio Castro. Em Cordeiro, também atendia os pacientes do sistema previdencial de saúde. Em 1975, transferi meu vínculo de saúde para Cordeiro e continuei membro do corpo clínico da Casa de Caridade de Cantagalo (hoje Hospital de Cantagalo). Em Cordeiro, trabalhei no Hospital Antônio Castro, médico do Ministério da Saúde, de 1973 até minha aposentadoria, e médico da Secretaria de Estado de Saúde. Como político, fui prefeito de Cordeiro de 1983 a 1988 e de 2005 a 2008. Fui deputado estadual de 1991 a 1994 e, depois, voltei, num segundo mandato, em 1997. Fui também presidente do Instituto Vital Brazil de 1995 a 1996. Pude observar que todas as notícias que o JORNAL DA REGIÃO vinculava sobre a minha vida pública sempre foram verdadeiras, tratadas da melhor maneira. Por isso, posso afirmar, com certeza, que o JORNAL DA REGIÃO é um órgão que trabalha com seriedade naquilo que escreve.

Joaquim Tavares


14 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Menos 351 moradores Evolução populacional •1991 20.781 •1996 21.473 •2000 18.601 •2010 20.430 Embora conte com uma das maiores concentrações urbanas da região, Cordeiro não conseguiu aumentar tanto a população nos últimos 20 anos, conforme apontam os levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade tinha 20.781 moradores em 1991, subiu para 21.473 habitantes em 1996, sofreu queda para 18.601 no Censo de 2000 e, ano passado, voltou a mostrar ascensão, pulando para 20.430. Em compensação, ganhou, em apenas dez anos, 1.829 novos moradores, conforme a comparação entre as contagens de 2000 e de 2010.

Moda íntima em ascensão Contando atualmente com 87 empresas formalizadas, de acordo com levantamento feito em 2010 pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Cordeiro tem, nas confecções de moda íntima, a segunda maior geradora de postos de trabalho e renda do município, perdendo apenas para o Poder Público. A estimativa é de que cerca de seis mil pessoas vivam diretamente das confecções. O nascimento, na década de 1990, e o crescimento do setor na cidade sempre foram destaque nas páginas do JR. As empresas, hoje, vendem para todo o país e fazem parte do Polo de Moda Íntima que envolve os municípios da região, incluindo Nova Friburgo, tornando-se responsável por 25% de toda a produção de lingeries do país. Para fortalecer a produção do município, vários cursos têm garantido, através de parcerias entre a Prefeitura, as empresas e instituições como o Sebrae, Senai e Senac, a formação de mão de obra qualificada e especializada, um dos grandes problemas do setor na região até bem pouco tempo.

A Cidade Exposição

Parece contradição, mas o maior evento rural da região acontece numa das cidades com maior concentração urbana. A exposição, que é realizada uma vez por ano, é uma das grandes vitrines do município de Cordeiro. Em julho deste ano, a festa comemorou seus 90 anos de criação. Foi realizada pela primeira vez em maio de 1921, quando Cordeiro ainda era segundo distrito de Cantagalo. Ou seja, a famosa festa acabou sendo herdada pelo novo município, que se emancipou de Cantagalo em dezembro de 1943, em plena II Guerra Mundial, quando também havia sido realizada a segunda versão da festa, após um intervalo de 22 anos. No ano seguinte - 1944 -, auge da guerra, a festa não foi realizada, sendo retomada no ano seguinte após o anúncio, em maio do final do conflito. De lá para cá, a exposição passou a garantir seu lugar de destaque como a mais famosa do estado do Rio e uma das mais importantes do país, atraindo expositores de vários estados.

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Considerado um dos melhores parques de eventos do estado, o Raul Veiga está no Centro da cidade e possui uma área verde

Sanber se torna a maior empregadora da região Se por um lado o setor de moda íntima é o segundo maior empregador, por outro, de forma individual, a Sanber Indústria mecânica, empresa do setor metal-mecânico de Cordeiro, é a que, sozinha, tornou-se a maior empregadora do Centro-Norte Fluminense, com os atuais 274 funcionários. Isto é mais do que qualquer uma - individualmente falando - das grandes indústrias de cimento de Cantagalo. Aliás, a empresa nasceu, há 20 anos, tendo em sua carteira de clientes exatamente as empresas do Polo Cimenteiro de Cantagalo. Inclusive, antes de dar início às atividades, o diretor da empresa, Edno Zaniboni, trabalhava como técnico mecânico na área de produção de uma das fábricas de cimento de Cantagalo. Atualmente, a Sanber também trabalha para os setores de siderurgia, de mineração, petrolífero, entre outros. Para se ter uma ideia, em 1996, a Sanber deu início às ex-

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Empresa, do setor metal-mecânico, foi fundada há 20 anos, já se notabilizou no mercado nacional e parte para o exterior

portações para fábricas de cimento do Mercosul. Atualmente, após já estar prestando serviços no Paraguai, também negocia contratos com a França. Um fato curioso e muito importante para a região foi revelado pelo programador de Planejamento da Lafarge, Marco Antônio de Oliveira, em 15 de junho, quando ministrava palestra para 50 estu-

dantes em Cantagalo, no Ciep 277 - João Nicolau Filho, dentro do projeto ‘Despertar’, parceria entre a Lafarge e as prefeituras de Cantagalo, Cordeiro e Macuco. Segundo Oliveira, uma determinada peça - ele não revelou qual -, que é muito utilizada pelas fábricas de cimento em todo o planeta, atualmente só é fabricada por duas empresas no mundo: uma

delas é da Dinamarca e a outra é a Sanber, de Cordeiro. Com a informação, ele quis mostrar a importância e o crescimento da empresa, sem falar nos investimentos em tecnologia de ponta. Desde 2004, a Sanber possui uma filial em Rio das Ostras, bem próximo às empresas do setor petrolífero, e mantém um escritório de contatos em São Paulo.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

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Aulas foram ministradas em Cantagalo pelo jornalista Carlos Alberto de Moraes

Curso livre capacita assessores de comunicação Pensando em melhorar a qualidade das informações prestadas aos veículos de comunicação de maneira geral, o JORNAL DA REGIÃO também foi pioneiro ao promover não só diversos encontros entre assessores de comunicação dos vários municípios, em parceria com a Associação dos Profissionais de Imprensa do Centro-Norte Fluminense (API), fundada em dezembro de 1992, por iniciativa do jornalista Célio Figueiredo, editor do JR, mas em contribuir com a realização de um curso livre de redação jornalística e assessoria de imprensa. Isto aconteceu no início da década de 1990, quando o jornal intermediou encontro entre assessores de imprensa e profissionais de comunicação da região com o jornalista Carlos Alberto de Moraes, que trazia uma grande experiência por já ter passado por grandes jornais cariocas, além de uma carreira extensa na área de assessoria de imprensa. Moraes, na época, era assessor de comunicação do então deputado esta-

Arquivo

Curso foi ministrado, em sala do Cnec, pelo jornalista Carlos Moraes aos profissionais da imprensa da região

dual José Richard, que tinha fortes ligações com Cantagalo através do antigo diretório municipal do Partido Liberal. No encontro, ficou acertada a realização de um pequeno curso, incluindo certificação livre, para qualificar os profissionais, a maio-

ria amadores e que só conhecia jornalismo da prática do dia a dia, nas áreas de redação jornalística, com as técnicas profissionais adequadas, além de capacitação em assessoria de comunicação, em especial de políticos, já que a assessoria empresarial ou outras

áreas da iniciativa privada era – e ainda é – bastante pequena. O curso foi ministrado numa sala cedida pelo, hoje extinto, Colégio Cenecista Cantagalo, no Centro da cidade. Os custos foram bancados pelos próprios interessados e pelo JORNAL DA RE-

GIÃO. Participaram cerca de 15 profissionais que já militavam há vários anos nos meios de comunicação da região. Muitos deles, até hoje, trabalham com comunicação e atuam em assessorias de comunicação, jornais e emissoras de rádio.


16 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Divulgação

Suposta aparição de santa leva romeiros à cidade O ano era 1992. Natural de Goiás e dizendo-se filiado ao Movimento Carismático, Eurípedes Antônio Batista Pinto chegou em São Sebastião do Alto e disse que tinha uma missão e que Nossa Senhora (mãe de Jesus e tida como santa pela Igreja Católica) apareceria num monte da cidade, uma vez por mês, e por sete anos, trazendo mensagens importantes para a sociedade terrena, em es-

pecial do Brasil. A notícia se espalhou e a cidade passou a receber romeiros de diversas partes do país todos os meses, nos dias 21 e 22, de maio de 1992 até maio de 1999. A Igreja Católica nunca reconheceu o suposto fenômeno e até aconselhava os fiéis a não darem ouvidos ao vidente, conforme declarações dadas à época pelos bispos da Diocese de Nova Friburgo,

responsável pelas paróquias da região, D. Clemente Isnard, e seu sucessor, D. Alano Maria Penna. Eurípedes criou, na vizinha Trajano de Moraes, uma comunidade que batizou de ‘Mãe Rainha’ e que atrai centenas de pessoas para o chamado “refúgio cristão”. Após o falecimento de Eurípedes, a comunidade passou a ser administrada por um grupo de seguidores do vidente. Divulgação

Cidadania altense Antônio Segalote (E) com o jornalista Célio Figueiredo, que recebia o título de cidadania altense. Durante os 25 anos, somente este município ofereceu o título

A maior homenagem que um profissional pode receber é quando é reconhecido num município pelo trabalho prestado. Foi o que aconteceu com o jornalista Célio Figueiredo. Por sugestão do então prefeito do município de São Sebastião do Alto, Antônio Segalote, ele recebeu o título de cidadão altense. O Legislativo era presidido, na época, pelo vereador e atual prefeito Geraldo Pietrani. “Nesses 25 anos de jornalismo, o único município que me concedeu tal homenagem foi São Sebastião do Alto”, diz Figueiredo.

Atos oficiais Durante o primeiro governo do prefeito Antônio Segalote, de 1989 a 1992, os atos oficiais da Prefeitura de São Sebastião do Alto foram publicados no JORNAL DA REGIÃO. Também os atos oficiais do Poder Legislativo, quando presidiram a Câmara Municipal de São Sebastião do Alto os vereadores Geraldo Pietrani, Altevo Queiroz, Joacyr Cardoso e Carlos Octávio Tavinho foram publicados nas edições do JR.

Cidade de São Sebastião do Alto tem 120 anos de emancipação político-administrativa. Muncípio tem quatro distritos

Suplementos especiais do JR sobre o município Divulgação

Governo Municipal prestou contas das realizações no município em 1992

No aniversário do centenário de São Sebastião Alto, comemora em abril de 1991, o JORNAL DA REGIÃO editou um Caderno Especial, contando as realizações do governo de Antônio Segalote e um pouco da história do município. A publicação saiu na edição nº 107, do período de 2 a 8 de abril de 1991. No ano seguinte, novo suplemento especial foi editado fazendo novamente um balanço das realizações do Governo Municipal de Antônio Segalote. Essas publicações sempre eram feitas no período de aniversário do município, que ocorre em 17 de abril.

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Um dos primeiros suplementos do JR contava o centenário de São Sebastião do Alto


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Nas comemorações de mais um aniversário do JORNAL DA REGIÃO, que, pelo seu rigor e isenção informativa, tem marcado positivamente o dia a dia dos cidadãos da nossa região, a Cooperativa de Macuco lhes deseja os mais sinceros parabéns e que todo o trabalho desenvolvido se prolongue por muitos anos.

A Cooperativa de Macuco tem orgulho de fazer parte da história do JORNAL DA REGIÃO.

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18 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Um dos maiores hospitais da região Coragem, determinação, ousadia. São palavras que definem bem os investimentos feitos pela Prefeitura de São Sebastião do Alto na construção do Hospital Municipal São Sebastião, inaugurado em 1999, durante a gestão do então prefeito Antônio Segalote. O hospital, que chama a atenção pela imponência, levando-se em conta o tamanho da cidade, pequena para a tamanha ousadia, ficou marcado pela modernidade, arquitetura e investimento em tecnologia, tornando-se um dos maiores e mais bem equipados da região. Na época, a Prefeitura anunciou que a proposta era tornar o novo hospital da região em referência em várias especialidades médicas. Para isso, contaria, entre outros projetos, com a formalização de um consórcio intermunicipal de saúde, criado mais tarde pela união dos municípios do Centro-Norte. A administração do hospital foi entregue a uma fundação homônima. Em agosto deste ano, durante a inauguração de uma escola municipal em Valão do Barro, segundo distrito de São Sebastião do Alto, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), destacou a importân-

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Evolução populacional •1991 8.108 •1996 8.346 •2000 8.402 •2010 8.895

Hospital São Sebastião foi recebido como uma grande ousadia na época, mas se tornou um dos mais bem equipados da região

cia da aplicação de recursos públicos com seriedade. “É gratificante saber que o dinheiro é bem aplicado. Cito, como exemplo, a construção do hospital de São Sebastião do Alto. Aquele dinheiro repassado na época foi para 28 municípios. Só teve um município que concluiu o hospital: São Sebastião do Alto”, afirmou o parlamentar,

elogiando o trabalho desenvolvido por Antônio Segalote (PP), hoje vice-prefeito do município, que estava acompanhado do atual prefeito Geraldo Pietrani (PP). Hoje com 12 anos, mesma idade do Hospital São Sebastião, Luciana Carvalho, filha do casal Regina Célia e Wilson Alves da Silva, tem uma história de estrei-

ta relação com o hospital: ela foi o primeiro bebê a nascer na recéminaugurada unidade de saúde. Luciana nasceu em 18 de abril de 1999, um domingo, um dia após a inauguração do hospital, que fez parte da programação da festa que comemorou os 108 anos de emancipação político-administrativa de São Sebastião do Alto.

O médico Antônio Segalote está no comando político do município há mais de 20 anos Depois da liderança do médico Hermes Ferro no município, que administrou a cidade por muitos anos, São Sebastião do Alto começou, em 1989, com o primeiro governo do também médico Antônio Segalote, uma outra fase política. Aí começa a era Segalote no município. Ele está no poder há mais de 20 anos, ora como prefeito, ora como vice-prefeito ou como secretário municipal. Seu primeiro mandato, de 1989 até 1992, marcou a história de São Sebastião do Alto em toda a região. Se destacou, nesse primeiro mandato, quando construiu dez prédios escolares equipados com os melhores móveis para atender à rede muni-

Crescimento de 787 habitantes

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Antônio Segalote e Geraldo Pietrani administram o município há mais de 20 anos

cipal de ensino, que crescia. Já no segundo mandato, de 1997 a 2000, começou a viabilizar um grande sonho da popu-

lação altense, que foi a construção do Hospital São Sebastião. A obra foi concluída em 1999, quando entrou em funcionamen-

to uma das melhores unidades hospitalares da região. Antônio Segalote foi reeleito para mais um mandato no período de 2001 a 2004. Em 2005, Segalote lançou o nome do então presidente da Câmara, Geraldo Pietrani, que, depois de ter sido prefeito de 1993 a 1996, chegou a outros dois mandatos: de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012. Antônio Segalote foi viceprefeito de Geraldo Pietrani em seu segundo mandato (de 2005 a 2008) e, no mandato atual (2009 a 2012). Pode-se afirmar que Antônio Segalote é o campeão de eleições no município, já que conseguiu tamanha proeza em duas décadas de política.

São Sebastião do Alto, embora pequena e pacata, também registrou, nos últimos 20 anos, uma pequena elevação populacional. O município, que tinha 8.108 habitantes em 1991, passou para 8.895 moradores em 2010, último censo promovido pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou, no período, acréscimo de 787 moradores. Com forte participação rural na economia, o município de São Sebastião do Alto tem também um número considerável de moradores em pequenas propriedades rurais, a maioria vivendo da cultura de subsistência, incluindo a criação de gado e a produção leiteira.

Investimento em escolas Com uma área territorial de 373,26 km² e uma população de 8.998 habitantes, o município de São Sebastião do Alto recebeu um investimento muito grande na área habitacional nos anos 90. Foi quando o primeiro governo do médico Antônio Segalote construiu dez prédios escolares em várias regiões do município. Com recursos federais e a parceria da Prefeitura, os prédios escolares foram construídos com a melhor qualidade e equipados com material escolar para atender a demanda dos alunos. Mais recentemente, o Governo Municipal, agora com o prefeito Geraldo Pietrani, voltou a construir um novo prédio escolar para atender a demanda do segundo distrito, Valão do Barro. A escola foi erguida utilizando recursos do Governo do Estado, através do programa ‘Somando Forças’, também em parceria com a Prefeitura de São Sebastião do Alto.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Laboratório Bravet, o maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO nesses 25 anos O empresário Virgílio de Almeida Santos, proprietário dos Laboratórios Bravet, é uma figura proeminente da cidade de Cantagalo. Sua atuação no meio político é frequente e, em sua fazenda, localizada em Cantagalo, já foram realizados diversos encontros políticos com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais. Sua empresa, o Laboratório Bravet, é o maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO. Os anúncios do Bravet já vêm sendo publicados há mais de 500 edições.

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20 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Queda na população: 351 moradores a menos Evolução populacional •1991 10.640 •1996 10.548 •2000 10.038 •2010 10.289 Trajano de Moraes registrou, nos últimos 20 anos, conforme apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que muitas cidades da região temem: queda de população. O esvaziamento poderá afetar diretamente a economia local, sem falar nas interferências nos repasses federais para a Prefeitura, incluindo os do Sistema Único de Saúde (SUS), que são baseados no número populacional de cada município. No período, o município perdeu 351 moradores, se comparados os números do censo do IBGE em 1991 (10.640 habitantes) e de 2010, quando registrou 10.289. Mas, se por um lado, o número de habitantes caiu na comparação geral dos últimos 20 anos, por outro também há uma notícia boa. Do censo realizado em 2000 para a contagem populacional do ano passado, o município registrou uma reação, pulando de 10.038 habitantes para os atuais 10.289. Ou seja, na última década, Trajano de Moraes conseguiu mais 251 moradores. O município, que possui uma área territorial de 589,811 quilômetros quadrados, também é um dos que possui maior número de pessoas morando na zona rural, embora a diferença seja pequena. São 4.780 moradores da área urbana contra os 5.509 da zona rural, de acordo com a amostragem colhida em 2010. A diferença, em favor da zona rural, é de 729 pessoas. O forte da economia trajanense é a agricultura, com destaque para as plantações de banana, caqui, laranja, maracujá, além de pequenas colaborações em cultivos, como o café. As atividades rurais justificam o número maior de pessoas fora da área urbana, o que garante ao município a manutenção da sua população, apesar das quedas registradas nas últimas duas décadas.

Cidade também já foi conhecida como São Francisco de Paulo

Trajano de Moraes já foi Ventania Divulgação

Trajano de Moraes já foi chamada de Ventania e de São Francisco de Paulo. O início da povoação de Trajano foi por volta de 1801 em torno de uma casa de oração dedicada ao padroeiro da localidade: São Francisco de Paulo. Ela pertencia ao curato de Santa Maria Madalena. Curato é um povoado pastoreado por uma cura ou vigário. O povoado obteve o título de Freguesia no ano de 1846, graças à intervenção de José Antônio de Moraes, o Visconde de Imbé. Com a ajuda dos irmãos fazendeiros José Antônio e Elias de Moraes, a freguesia conseguiu terras para a consolidação da área urbana e a construção da Igreja Matriz de São Francisco de Paulo. Em 1891, São Francisco de Paulo era elevado à categoria de cidade, logo após à inauguração da estação de trem. O primeiro nome dela foi Ventania. E o progresso foi assim chegando: ao som do apito do trem, São Francisco de Paulo (ou Ventania) foi ganhando prédios, praças e jornais de circulação semanal. Mas, o seu principal benfeitor faleceu em 1911. A cidade foi crescendo e vendo o fruto de seus esforços, até que, em 1938, recebeu, definitivamente, o nome de Trajano de Moraes.

Um dos maiores produtores de caqui do estado do Rio Com rendimento médio de 30 mil kg por hectare e cerca de R$ 673 mil/ano de valor de produção, Trajano de Moraes, conforme dados da Produção Agrícola Municipal 2009, do IBGE, é

o terceiro maior produtor de caqui do estado do Rio de Janeiro, com 2.040 toneladas/ano, ficando atrás somente de Sumidouro, o segundo colocado, com produção de 5.180 toneladas/ano, e de São Jo-

Empresário à frente do Executivo Municipal Carlinhos Gomes, filiado ao PSDB e atual prefeito de Trajano de Moraes, venceu as eleições de 2008 com 3.425 (47,74%) votos. Ele foi candidato tendo como companheiro de chapa o ex-prefeito do município Omair Diniz. Na ocasião, Carlinhos Gomes, como é conhecido, enfrentou nas urnas João Luiz Gomes Viana (PDT), então prefeito em exercício, assumindo em lugar

de Sérgio Gomes, que havia sido afastado judicialmente. João Luiz conseguiu 2.423 votos (33,77%). O terceiro candidato na disputa foi Eduardo Galil (PMDB). O ex-prefeito de Trajano de Moraes alcançou 1.327 votos (18,49%) nas urnas. Carlinhos Gomes é médico veterinário e um empresário dono de diversos postos de gasolina na região.

sé do Vale do Rio Preto, o maior produtor do estado, com 9.555 toneladas/ano. O caqui é apenas uma das muitas culturas da zona rural de Trajano de Moraes, mas a partici-

pação desse produto na produção geral fluminense é bastante significativa, levando geração de emprego e renda para centenas de famílias do município, a maioria com agricultura de subsistência. Divulgação

O atual prefeito de Trajano, Carlinhos Gomes, e o vice-prefeito Omair Diniz


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

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parabeniza o

JORNAL DA REGIÃO pelos 25

anos

E anuncia realizações de sonhos: a reforma total do Hospital Francisco Limongi, recuperação da represa e reformas de escolas Fotos: Geraldo Carvalho

O hospital de Trajano está recebendo melhorias na parte interna, em 24 cômodos, e externa

Em Trajano de Moraes, as obras de limpeza da represa estão sendo executadas por 10 caminhões do estado (Inea), que, amparados pela Prefeitura, realizam a retirada de lama e entulho do lago, já vazio. A obra, iniciada em março, chamou a atenção de autoridades estaduais, que hoje, em parceria com o Executivo, tocam a importante obra. Desde a sua construção, é a primeira vez que a represa recebe melhorias. Uma estação de tratamento de esgoto vai ser instalada no local para beneficiar as famílias que moram ao redor da represa, evitando, assim, a contaminação da água do lago, uma das belas atrações turísticas da cidade de Trajano de Moraes.

Trajano de Moraes é destaque na educação Hoje, o que vem chamando a atenção na região é que a atual administração de Trajano de Moraes dá total atenção ao setor de educação. Desde o início de 2009, a Secretaria de Educação, por determinação do Executivo, já reformou e ampliou sete escolas e construiu uma na zona rural. Outro episódio que destaca Trajano de Moraes é que uma escola situada em Tapera, quarto distrito, elevou o município ao topo da educação estadual. É que, entre\ 1.457 escolas avaliadas, a Escola Estadual José de Moraes Souza ficou em primeiro lugar em todo o estado do Rio de Janeiro. Vale completar que a Escola Monclar Gomes Filho, de Sodrelândia, obteve também muito bom rendimento de seus alunos, ficando na sexta posição no ranking. Assim, todo o município de Trajano de Moraes comemora sua boa fase em todos os setores.

O Hospital Francisco Limongi, de Trajano de Moraes, está recebendo total reforma. Na parte interna, os 24 cômodos, entre salas de cirurgia, repouso, de espera, quartos dos profissionais, enfermarias, parte administrativa, sala de raios X, cozinha, alojamento, lavanderia, farmácia, almoxarifado, já receberam obras de total infraestrutura, além da chegada de novos móveis, como camas, mesas de escritórios, entre equipamentos em geral. Na parte externa do prédio, está sendo realizada reformada, incluindo pintura. A implantação de uma grande horta no terreno do hospital, com total apoio e supervisão da Emater-Rio e da Secretaria Municipal de Agricultura, já dá frutos. São ervas medicinais, legumes e verduras, numa área de 500 metros quadrados, que podem ser consumidos pelos pacientes e funcionários do importante hospital.

São dez caminhões do Inea realizando a retirada de lama e entulho do lago da represa


22 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Alunos de uma escola da zona rural ganham competições estaduais em xadrez

Trajano no Livro dos Recordes A proposta do professor Nilton Riguetti era promover uma atividade extracurricular que fosse capaz de estimular e auxiliar o aprendizado dos alunos da Escola Estadual Maria Mendonça, na vila de mesmo nome, zona rural de Trajano de Moraes. Surgiu, então, a ideia de implantar jogos de xadrez, fazendo com que a criançada se divertisse brincando e desenvolvendo o intelecto, já que se trata de um jogo que exige estratégias e muita habilidade. O que Riguetti não esperava é que o projeto fosse dar tão certo e que as crianças fossem se apaixonar pelo jogo a ponto de se tornarem estrelas e chamarem a atenção em nível nacional. Assim, foi criado o Clube de Xadrez de Trajano de Moraes (CXTM), que, agora, já coseguiu entrar pa-

Divulgação

O evento de setembro deste ano na zona rural levou a cidade ao Livro dos Recordes

ra o RankBrasil, o Livro dos Recordes Brasileiros, como o ‘Maior Campeonato Brasileiro de Xadrez

Reveses políticos Arquivo-Divulgação

Após conturbações políticas, Prefeitura volta à normalidade no município

Em 2006, após mais de 30 investigações iniciadas e duas ações de improbidade administrativa, o então prefeito de Trajano de Moraes, Sérgio Gomes, a pedido do Ministério Público (MP), é afastado do cargo. O JORNAL DA REGIÃO vinha acompanhando, desde 2005, início do mandato, as várias acusações que vinham pesando sobre a administração de Sérgio Gomes.

O prefeito entrou com recurso e conseguiu retornar ao cargo. Ele explicou que as irregularidades apontadas foram apenas um erro, já corrigido pela Secretaria de Fazenda e que o valor pago à Rodobens seria descontado nos seus subsídios. Ele também disse que, logo que o erro foi detectado, foi realizado um estorno bancário e que não houve prejuízo ao erário público.

em Comunidade Agrícola’. Tudo isso veio após as crianças participarem e conquistarem

Órgão oficial do município O JORNAL DA REGIÃO sempre teve uma cobertura importante no município de Trajano de Moraes. Nos governos de João de Moraes Souza (1985 a 1988 e de 1993 a 1996) foi o órgão oficial do município, publicando os atos oficiais do Poder Executivo. Também no governo de Eduardo Galil, no período de 1989 a 1992, publicou os atos oficiais do Executivo. O Instituto de Previdência Social de Trajano de Moraes, quando da presidência de Tânia Klayn, publicou, durante um bom período, os atos oficiais da instituição. Sempre foi o jornal que acompanhou os fatos políticos da cidade, principalmente da ocasião em que houve o afastamento do então prefeito Sérgio Gomes, filho do já falecido deputado estadual Moncleber Gomes. Durante sua campanha política, Sérgio Gomes utilizou as páginas do jornal para divulgar sua plataforma se assumisse o Executivo. Tempos depois, chegou a processar JR por não estar satisfeito com artigos de autoria de um morador da cidade e que criticava sua fórmula de administrar Trajano de Moraes.

sucessivas vitórias nas Olimpíadas Escolares do Estado do Rio de Janeiro, o que chamou a atenção da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (Fexerj). Outro que também se encantou e reconheceu o talento dos alunos de Maria Mendonça foi o vicepresidente da Confederação Brasileira de Xadrez, Darcy Lima, tricampeão brasileiro, que, inclusive, já fez uma visita a Trajano de Moraes, quando esteve com as crianças e deu apoio ao projeto desenvolvido pelo professor Nilton Riguetti. Mês passado, por exemplo, foram disputados campeonatos de jogos de xadrez na comunidade de Maria Mendonça. O evento contou com participação de mais de 200 pessoas, que já se envolveram com o projeto.

Trajano: força no campo Uma das grandes forças de Trajano de Moraes vem da sua população simples e trabalhadora. Aliás, a população da zona rural (5.509) é um pouco maior que a da área urbana (4.780) - IBGE 2010. Com uma extensão territorial de 589,811 quilômetros quadrados, Trajano de Moraes produz, além da pecuária de corte e de leite, banana, caqui, café, laranja e maracujá. Também há grande participação nas áreas de cereais, leguminosas e oleaginosas. O comércio da cidade também depende, e muito, do quão bem vai o campo. Qualquer reflexo na zona rural é rapidamente sentido nas ruas da cidade, que logo registram a queda nas vendas. A força da zona rural, com maior população no campo, é um diferencial de Trajano de Moraes em relação a outros municípios da região e de porte semelhante.

Os prefeitos de Trajano de Moraes Arquivo-Divulgação

João de Moraes Souza governou Trajano de Moraes por quatro mandatos

Em Trajano de Moraes, no período de 1985 a 1988, foi prefeito Lincoln Machado, o Mazinho. Já João de Moraes Souza administrou o município por quatro mandatos. De 1993 a 1996, João de Moraes Souza ocupou, pela última vez, o cargo de prefeito no município. O ex-deputado federal Eduardo Galil foi prefeito de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000. Para o mandato de 2001 a 2004, Sérgio Gomes, enfrentando problemas, desiste e, quem se elege é Omair Diniz, que então era candidato a vice. Sérgio Gomes se elege em 2004, assume em 2005, mas enfrenta pro-

blemas, é afastado e assume o vice, João Luiz Gomes. Em 2009, assume a Prefeitura o empresário Carlinhos Gomes, depois de vencer o pleito eleitoral de 2008. O interessante nas últimas administrações municipais é que três da mesma família ocuparam o cargo de prefeito em Trajano de Moraes. Os primos Sérgio Gomes, João Luiz Gomes e Carlinhos Gomes estarão registrados na história de Trajano de Moraes como chefes do Executivo. Outro fato também importante: eles são parentes do deputado estadual Moncleber Gomes, já falecido, que teve importância política na região.


JORNAL DA REGIテグ, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Nテウs, que trabalhamos com qualidade, sabemos que o JORNAL DA REGIテグ tem o melhor acabamento que o leitor precisa.

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24 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Os prefeitos

Governo Municipal ofereceu incentivos fiscais para empresas irem para a cidade

Indústrias se instalam em Bom Jardim Divulgação

Nos últimos anos, Bom Jardim tem conseguido viabilizar a vinda de empresas para se instalarem no município. Já ultrapassam mais de dez empresas que estão funcionando na cidade. Empresas como Plastserrana (galões de água), CBS Elos (plástico), Plast Seven (plástico), Incofral (fralda geriátrica), Mello (embalagens em alumínio), Barra Plast (acessórios de plástico para banheiro), Larissol (laticínios), Inbel (bebidas - água, refrigerante, guaraná natural), Kora (garrafas pet), Fulmetal (fechaduras) e Stam já funcionam no município. Essas empresas foram viabilizadas graças às articulações feita pela atual administração.

Um dos maiores crescimentos populacionais da região A evolução populacional de Bom Jardim é a maior da região. Em 1991, o município possuía 20.630 habitantes, mas atingiu, no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o total de 25.333 pessoas. Ou seja, um acréscimo de quase cinco mil habitantes. A cidade de Bom Jardim, por estar próxima a Nova Friburgo, também abriga muita gente que trabalha na cidade vizinha. Outra força da economia do município é a zona rural, onde ainda habita muita gente. Nos últimos anos, a vinda de outras empresas para o município, como as indústrias do setor metal-mecânico, contribuiu para o aumento população, principalmente na área urbana.

Evolução populacional •1991 20.630 •1996 21.619 •2000 22.651 •2010 25.333

Contando com incentivos, empresas têm visto grandes oportunidades em Bom Jardim, gerando centenas de empregos

Dois médicos são prefeitos Dois médicos já administraram a cidade nestes últimos anos. Em 1996, o médico neurologista Celso Jardim venceu as eleições municipais de Bom Jardim, assumindo a Prefeitura no mandato de 1997 a 2000. O interessante é que Celso Jardim havia disputado o pleito municipal anteiror no município vizinho de Duas Barras, perdendo

a eleição por apenas 78 votos. Já o médico Paulo Barros foi prefeito de Bom Jardim no período de 1993 a 1996. Em 2005, voltou a ocupar o cargo de viceprefeito com Affonso Monnerat. Eles foram reeleitos em 2008. Mas, com afastamento de Affonso Monerat, Paulo Barros voltou novamente a ser prefeito do município.

Nestes últimos 25 anos, o município de Bom Jardim foi administrado por cinco prefeitos, embora o período represente sete mandatos. De 1985 a 1988, o município foi administrado por Benedicto Coube de Carvalho. De 1989 a 1992, foi a vez de Álvaro Guimarães. O médico Paulo Barros foi prefeito de Bom Jardim no período de 1993 a 1996, quando do centenário do município. Outro médico, Celso Jardim, administrou a cidade por dois períodos: 1997 a 2000 e foi reeleito para o período seguinte - 2001 a 2004. O empresário Affonso Monnerat também foi detentor de dois mandatos. O primeiro foi de 2005 a 2008, quando foi reeleito para o período de 2009 a 2012. No entanto, este ano se afastou do mandato para assumir a Subsecretaria Estadual Extraordinária de Reconstrução da Região Serrana, no póstragédia de janeiro. Com isso, o vice-prefeito Paulo Barros assumiu a Prefeitura e deverá administrar a cidade até dezembro de 2012.

Prefeito se afasta e assume cargo no Governo do Estado Ana Amélia

Ponte na RJ-116, destruída pelas chuvas, prejudica a cidade O ano do jubileu de prata do JORNAL DA REGIÃO começou com a maior tragédia climática da história do País. Logo em janeiro, a Região Serrana sofreu com os desastres naturais provocados pelas chuvas, que mataram mais de 900 pessoas (sem contabilizar os desaparecidos). Em Bom Jardim, onde apenas uma pessoa morreu, os desastres atingiram mais bens naturais e a estrutura do município, como pontes, que isolaram a zo-

na rural, além de casas e comércio destruídos, levando 2.263 pessoas a ficarem desabrigadas/ desalojadas. Um grande impacto em Bom Jardim foi a queda da ponte sobre o Rio Grande, na RJ-116, que isolou a cidade e prejudicou, por tabela, os demais municípios do Centro-Norte Fluminense. Começava a queda de braços entre o Governo do Estado e a concessionária Rota 116 sobre as responsabilidades pelas obras de reconstrução.

Paulo Barros (E) assumiu o cargo com a saída de Affonso Monnerat (D)

Depois de ter uma reeleição tranquila no município e estar faltando pouco mais de um ano para terminar seu mandato à frente da Prefeitura de Bom Jardim, o empresário Affonso Monnerat se afastou do cargo para assumir a Subsecretaria Estadual de Reconstrução da Região Serrana. O convite partiu do go-

vernador Sérgio Cabral, depois da tragédia das chuvas que atingiram a Região Serrana. Affonso Monnerat assumiu o cargo de subsecretário junto ao vice-governador Luiz Fernando Pezão, que também é secretário estadual de Obras. Monnerat tem a missão de agilizar as obras de reconstrução dos municípios da região.


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Tragédia de janeiro mostra um povo unido em busca de novos tempos

Bom Jardim: uma cidade em recuperação Divulgação

Cidade se recupera contando com a força e a participação da própria sociedade

Não se pode falar em registrar os fatos do município de Bom Jardim sem destacar o empenho da sua sociedade na reconstrução do município, que teve várias partes afetadas pela tragédia que atingiu a Região Serrana em janeiro deste ano. A cidade registrou apenas uma morte, mas os prejuízos materiais foram intensos. Durante o período, a cidade ficou ilhada, o que também prejudicou os demais municípios do Centro-Norte, afetando em cheio a economia regional. Mesmo sem água, sem energia e sem telefone, a cidade ainda conseguiu se mobilizar e, num curto espaço de tempo, já mostrava sua força para dar a volta por cima. Muitos problemas ainda existem, mas a população tem se empenhado para, independentemente das ações do poder público, fazer a sua parte. Se muita coisa ainda precisa ser feita, não é por falta de empenho da sociedade. A Prefeitura informou que tem buscado recursos externos para garantir não só a reconstrução das áreas afetadas - e são muitas -, mas para a execução de outras obras que venham garantir a segurança

de seus moradores, evitando que novas tragédias afetem a cidade na mesma proporção. A intenção é investir em ações preventivas. Obras de infraestrutura, proteção de encostas e remoção das famílias que moram em áreas de risco já começaram. Na área de reconstrução, destaque para os investimento que estão sendo feitos na construção de uma nova ponte sobre o Rio Grande, na RJ-116, plena área urbana da cidade, que foi totalmente destruída pelas chuvas e que isolou os demais municípios da região da cidade vizinha de Nova Friburgo. A previsão das autoridades estaduais é de que o trabalho seja concluído até novembro. Enquanto isso, o trânsito continua improvisado numa ponte metálica montada pelo Exército Brasileiro.

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Juíza e prefeito: novamente no poder Divulgação

Em 1992, Paulo Barros recebia diploma de prefeito das mãos da juíza Evelize Scher

Nunca um juiz havia permanecido tanto tempo à frente de uma comarca como a juíza do município de Bom Jardim, Evelize Scher. Esse mérito, certamente, é consequência do seu trabalho. Nas eleições municipais de 1992, a titular da comarca e responsável pela eleição de Bom Jar-

dim foi a juíza Evelize Scher, que, inclusive, diplomou o então prefeito eleito Paulo Barros. Passados quase 20 anos, a juíza continua à frente da comarca de Bom Jardim, e o prefeito novamente é o médico Paulo Barros. Sem dúvida, um fato raro e inédito na região.


26 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Chuvas deixam a região abalada e mais de 400 mortos no município

Tragédia atinge Friburgo Na madrugada de 12 de janeiro, a Região Serrana foi abalada por enchentes e deslizamentos de terra que mataram mais de 900 pessoas na região, sendo 426 somente em Nova Friburgo. Durante uma semana, a região ficou um caos, praticamente isolada, com centenas de pontes destruídas e estradas de acesso interditadas pela RJ-116 e outras estradas.

Nova Friburgo acabou por ser a cidade mais afetada, com poucas áreas livres da tragédia. Imediatamente, os governos municipal, estadual e federal se mobilizaram para liberarem recursos e homens para atender as cidades atingidas. Foram liberados R$ 10 milhões que, mais tarde, levariam a ações na justiça contra o suposto mal uso dos recursos.

Hoje, quase nove meses depois da tragédia, os moradores de Nova Friburgo voltam a viver na ansiedade com o aumento das chuvas e a proximidade do verão. Uma das maiores preocupações é com relação à fragilidade da cidade por causa dos estragos das chuvas anteriores e uma percepção de falta de ações para evitar novos desastres.

Deputado estadual e um suplente de senador Divulgação

Um representante na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nascido em Nova Friburgo. Esta é a responsabilidade do deputado estadual Ro-

gério Cabral (esquerda na foto). Ele é produtor rural no município, conhece a realidade da sua comunidade e conseguiu seu primeiro mandato em 2004. Na ree-

A maior população da região: 182 mil pessoas a mais. 15 mil novos doresSomente nos últimos dez anos - 2000 a 2010 -, o município regismoradores trou 8.664. E não foi só. No períEvolução populacional •1991 167.081 •1996 168.270 •2000 173.418 •2010 182.082 A maior cidade da região, com uma extensa concentração populacional (densidade demográfica de 195,07 habitantes por quilômetro quadrado), não para de crescer. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município, nos últimos 20 anos, pulou de 167.081 para 182.082 habitantes, ou seja, 15 mil mora-

odo, não houve queda. A população só cresceu ano após ano. Na zona rural, Friburgo também tem uma considerável população, conforme aponta o Censo 2010: 22.710. Aliás, o município também tem importante participação na produção de olerícolas do estado, o que justifica a considerável força rural na contagem populacional. Além disso, os distritos de Friburgo também são bem trabalhados no sentido da exploração turística, atraindo inúmeros visitantes. Outro detalhe é que o censo do IBGE não leva em consideração a população flutuante, resultado do turismo, principalmente.

leição, ficou como primeiro suplente, mas, mesmo assim, não deixou a Alerj. É que o atual secretário estadual de Agricultura, também deputado Christino Áureo, continua secretário e, por isso, Rogério Cabral continua deputado estadual, presidindo a Comissão de Agricultura na Alerj. Já o empresário Olney Botelho (direita na foto) não quis disputar a reeleição na Alerj em 2008, mas foi convidado pelo senador Lindberg Faria para disputar a suplência. Com a eleição de Lindberg para o Senador Federal, Olney Botelho é o primeiro suplente e trabalha no gabinete do senador em Brasília.

Os prefeitos de Nova Friburgo O engenheiro Heródoto Bento de Mello foi prefeito de Nova Friburgo quatro vezes. De 1985 a 1988, Friburgo teve como prefeito Heródoto Bento de Mello, em seu segundo mandato à frente do Executivo. De 1989 a 1992, Paulo Azevedo foi o prefeito do município pela primeira vez. Em 1992, Heródoto de Mello venceu o pleito eleitoral e se elegeu prefeito para o mandato de 1993 a 1996. De 1997 a 2000, novamente Paulo Azevedo assume a Prefeitura de Nova Friburgo para mais um mandato. O fato trágico na vida política de Paulo Azevedo foi o seu falecimento durante a tragédia das chuvas em janeiro

deste ano, em seu sítio na zona rural de Nova Friburgo. Em 2000, uma mulher é eleita a primeira prefeita de Nova Friburgo. A médica Saudade Braga é administrou de 2001 a 2004; foi reeleita para o mandato de 2005 a 2008. Em 2008, o Heródoto Bento de Mello, com 80 anos de idade, vence a eleição para prefeito (mandato de 2009 a 2012) e assume a Prefeitura. Mas um acidente com ele, durante viagem à Suíça, o obriga a se afastar do cargo, assumindo seu vice, Dermeval Barboza Moreira Neto, que está no cargo e deverá dirigir a cidade até dezembro de 2012. Divulgação

Prefeitos: Heródoto Bento de Mello e Dermeval Barboza Moreira Neto

Um jovem deputado federal Divulgação

Mãe e filho: a médica Saudade Braga (já foi prefeita) e seu filho Glauber Braga

Tal mãe, tal filho. Este é o caso do jovem Glauber Braga, atual deputado federal, representante de Nova Friburgo e região no Congresso Nacional. Glauber é friburguense, nasceu em 1982 e se formou em Direito. É filho de um casal de médicos - Roberto e Saudade Braga. A mãe foi verea-

dora em 1992 e depois prefeita de Nova Friburgo por dois mandatos consecutivos (2000-2004). Em 2005, foi eleito presidente do PSB de Nova Friburgo. Em 2006, Glauber se candidatou a deputado federal e já em sua primeira eleição obteve a maior votação da história da região:

51.259 mil votos. Com isso, conquistou a vaga de suplente. Enquanto não assumia o cargo, Glauber não parou. Foi secretário municipal de Projetos Especiais em Nova Friburgo, pasta considerada estratégica no desenvolvimento social, econômico e cultural da cidade. Em 2009, com a saída do deputado titular, assumiu o cargo em Brasília até abril de 2010. Em um processo inédito em todo o país, Glauber Braga optou por aplicar os recursos de suas emendas parlamentares de forma participativa, ou seja, a própria população é que decidia onde seriam aplicadas as verbas. Em 2010, Glauber se candidatou novamente a deputado federal. No dia 3 de outubro, foi eleito, batendo o seu próprio recorde histórico de votos: 57.549.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Com população estimada em quase 200 mil, município passa a ter o jornal toda semana

Em 2009, JORNAL DA REGIÃO passa a circular em Friburgo A direção do JORNAL DA REGIÃO sempre pautou por uma seriedade quando divulga que tem circulação em determinado município. Para que a circulação não conste somente do expediente do jornal, a distribuição dos exemplares do JR em nove municípios é um compromisso da empresa. A partir de 2009, o JORNAL DA REGIÃO ganhou mais um município para circular. Nova Friburgo, durante um ano, teve uma sucursal, montada com escritório no Centro da cidade, inclusive com jornalistas para cobertura dos eventos. Mas, importante mesmo tem sido a distribuição dos exemplares do jornal no município. Toda semana, um veículo da empresa entrega os exemplares em bancas da cidade. Além disso, também é efetuada uma distribuição dirigida em órgãos públicos de Nova Friburgo.

Divulgação

O município de Nova Friburgo completou, este ano, 193 anos. Foi a nona cidade a receber o JORNAL DA REGIÃO

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Câmara de Friburgo parabeniza JORNAL DA REGIÃO A Câmara Municipal de Nova Friburgo, através do vereador Renata Abi-Râmia (PMDB), apresentou moção de congratulação ao JORNAL DA REGIÃO em 2010 pelo transcurso do aniversário do semanário. No documento que foi encaminhado ao JR, assinado pelo atual presidente do Legislativo friburguense, Sérgio Xavier, o vereador Renato Abi-Râmia enalteceu o trabalho do jornal e parabenizou toda a equipe pelo aniversário de existência. Na ‘Coluna do Vereador’ do JORNAL DA REGIÃO, onde os vereadores têm espaço para divulgar suas atividades parlamentares, os vereadores friburguenses Cláudio Damião, Edson Flávio, Isaque Demani, Marcelo Verly, Marcos Medeiros e Renato AbiRâmia já divulgaram seus trabalhos na Câmara Municipal.

É um orgulho muito grande ter, em Cantagalo, um veículo de comunicação como o JORNAL DA REGIÃO. É o melhor jornal, pois faz uma imprensa como deve ser, utilizando bem o espaço democrático e respeitando o leitor. Parabéns ao JR pelos seus 25 anos!

Guga de Paula

Prefeito de Cantagalo


28 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Primeira página anuncia a realização de plebiscito em Macuco

A participação do JR na emancipação de Macuco

Somente dois prefeitos Divulgação

Divulgação

Rogério Bianchini já foi prefeito duas vezes. Félix Lengruber é o vice-prefeito atual

Quando o movimento emancipacionista de Macuco começou, nos anos 90, o trabalho político de suas lideranças foi acompanhado nas páginas do JORNAL DA REGIÃO. Ex-prefeito de Cordeiro e principal líder do movimento emancipacionista, José Carlos Boaretto divulgou, nas páginas do JR, a importância de sua emancipação e os passos do movimen-

to que levaria o antigo distrito à sua independência econômicofinanceira-política. Conta o jornalista Célio Figueiredo que, logo no início do surgimento do jornal, José Carlos Boaretto o procurou para divulgar a importância da emancipação. “Durante um período, José Carlos Boaretto percorreu o comércio de Macuco pedindo apoio para

anunciar nas páginas do JORNAL DA REGIÃO, para que pudéssemos dar apoio ao movimento”, informa o Figueiredo. A primeira vez que o plebiscito (consulta popular) foi marcado, em 1º de abril de 1990, o JR publicou, em primeira página, a seguinte manchete: “Primeiro de abril, dia da verdade para a população de Macuco”.

O município de Macuco, o mais novo da região, emancipado em 1995, teve como primeiro prefeito (de 1997 a 2000) o bacharel em Direito Maurício Bittencourt, que foi reeleito em 2000 para mais um mandato (de 2001 a 2004). Nas eleições de 2004, foi eleito prefeito de Macuco (de 2005 a 2008), o então vereador de Cor-

deiro Rogério Bianchini, que também foi vice-prefeito de Macuco nos governos anteriores. Em 2008, Rogério Bianchini foi reeleito para mais um mandato. Esse mandato, que começou em 2009, termina em dezembro do ano que vem. O médico Félix Lengruber é vice-prefeito nas administrações de Rogério Bianchini.

Assassinato de ex-prefeito choca Macuco e toda a região Divulgação

Emancipação aprovada pela Alerj foi assinada no dia 28 de dezembro de 1995 Foram cinco anos de espera, mas o dia da verdade finalmente chegou para Macuco. No dia 28 de dezembro de 1995, às 16 horas em ponto, o então governador Marcello Alencar assina a lei de emancipação do então distrito de Cordeiro. O processo havia se iniciado dois meses e meio antes, com votações por meio de urnas eletrônicas, sendo uma das primeiras votações eletrônicas em território nacional. Juntamente com Macuco, estava em pauta na Alerj a emancipação de Tanguá (de Itaboraí), São José de Ubá (de Cambuci), Porto Real (de Resende) e Búzios (de Cabo Frio). Uma das preocupações do governador era como tais municípios conseguiriam ren-

da suficiente para sustentarem a máquina administrativa. “A emancipação de um distrito é de uma responsabilidade muito grande. Podemos comparar a de uma criança recém-nascida que deve receber a alimentação necessária para sua sobrevivência. A partir desse momento, vocês passam a ser responsáveis pelas suas próprias cidades”, declarou Marcello Alencar naquele dia 28. Já em 1996, os macuquenses iriam às urnas mais uma vez, agora para a escolha do primeiro prefeito da cidade. Maurício Bittencourt foi eleito e, mais tarde, reeleito, sendo sucedido por Rogério Bianchini, hoje reeleito. Portanto, em 2012, Macuco irá escolher, após 17 anos de história,

seu terceiro administrador. No entanto, a lei de criação de Macuco, de n° 2.497, está envolta em polêmica até os dias atuais por conta do território disputado com Cantagalo, onde estão instaladas as três fábricas de cimento. Juntas, as cimenteiras geram mais R$ 100 milhões em impostos e boa parte retorna ao município de origem. A disputa se agravou com a aprovação da Lei Aparecida Gama, que altera a lei de criação de Macuco e, além de deixar as fábricas em território cantagalense, leva parte da área urbana macuquense. Hoje, um pedido de inconstitucionalidade da Lei Aparecida Gama aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

Esta edição do jornal bateu recorde de venda e procura nas bancas da região

Alguns fatos muito violentos ocorridos na região têm sido destaque nas páginas do JORNAL DA REGIÃO. Uma das maiores repercussões foi o assassinato do ex-prefeito de Macuco, Maurício Bittencourt. A primeira página da edição nº 956, de 23 a 26 de setembro de 2006, publicou uma foto de autoria do repórter fotográfico Thiago Valen-

te, que, aliás, trabalha na empresa até hoje. Na foto, o corpo do exprefeito ainda dentro de seu veículo. Ele foi morto quando chegava para uma festa de casamento na cidade. Esta edição foi muito procurada e praticamente esgotou nas bancas e pontos de distribuição. Até hoje, cinco anos depois, o crime não foi esclarecido.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

Macuco está crescendo e se transformando As diversas obras realizadas pela atual administração mudam a cara da cidade Os trabalhos de paisagismo têm longa tradição no país, tendo suas origens no final do século XVII com o projeto para o Passeio Público do Rio de Janeiro, concebido por Mestre Valentim, durante a gestão do vicerei Dom Luís de Vasconcelos, em 1773. Atualmente, Macuco se transforma e a praça central da cidade é a maior propaganda dessa transformação. No coração da cidade, a praça está

adaptada a todas as atuais necessidades de lazer do cidadão. Essa valorização dos espaços públicos de Macuco tem, com isso, reflexo no orgulho de cada macuquense com um município mais organizado, estruturado e forte. O município está um verdadeiro canteiro de obras, com abertura de novas ruas, obras de saneamento, reforma e construção de escolas. Uma real

transformação que tem por único objetivo a melhoria da qualidade de vida do cidadão que vive e faz o município de Macuco cada dia mais desenvolvido. E é com base nesse único objetivo, no bem-estar do cidadão de Macuco, que todas essas obras têm sido realizadas e todos os esforços têm sido despendidos. Prefeitura de Macuco Governando com o Coração!

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Menor município do estado O menor município do estado do Rio de Janeiro em termos de população (5,2 mil habitantes) e arrecadação, Macuco também é um dos menores em área no estado, com seus 77,6 km². Além do tamanho, o município ainda é um dos mais novos, tendo se emancipado de Cordeiro em 1995, depois de cinco anos de disputas pela separação. O município viria então a ser instalado em 1997, após as eleições de 1996. Atualmente, o município de Macuco briga na justiça por uma área com Cantagalo e com São Sebastião do Alto. A área é rica em jazidas de calcário e as três cimenteiras de Cantagalo estão instaladas no território em litígio. Atualmente, a disputa se encontra em debate no Supremo Tribunal Federal (STF).

De 0 a cinco mil em 20 anos Evolução populacional •1991 0 •1996 0 •2000 4.886 •2010 5.269 A população de Macuco deu um salto interessante nos últimos 20 anos: saiu de 0 para 5.269 (IBGE 2010). Mas a história é perfeitamente explicada. Antes, ainda distrito, Macuco não contabilizava seus moradores separadamente para registros do IBGE, já que fazia parte do território de Cordeiro. Os números existiam, mas só apareciam na contabilização geral, sem destaques em separado. Com a emancipação, em dezembro de 1995, a população do novo município passou a ser contabilizada de forma específica, mas só aparece, desta forma, a partir do Censo de 2000, quando foram registrados 4.886 habitantes. Em 1996, quando o município realizava a sua primeira eleição municipal, o Censo realizado no mesmo ano ainda não contabilizou os moradores como território independente. Atualmente, são 5.269 moradores.

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Macuco é o que mais promove eventos esportivos O Departamento de Esportes da Prefeitura de Macuco tem uma característica interessante: faz questão de apoiar e promover diversos torneios e campeonatos. Só para se ter uma ideia, foram promovidos, no ano de 2010, 78 eventos esportivos. Além de futebol, prática que tem diversas categorias, a Prefeitura de Macuco incentiva e patrocina outras atividades esportivas. O Departamento de Esportes de Macuco tem à frente Diogo Latini, que é professor de educação física. Ele vem, há um bom tempo, realizando diversos eventos na cidade.

Município é o menor do estado em habitantes e arrecadação. Litígio com Cantagalo ainda está no STF, em Brasília

Cooperativa: uma potência em Macuco Fundada por produtores de leite, administrada por profissionais técnicos comprometidos com a qualidade dos seus produtos e serviços, a Leite Macuco elabora o puro e nutritivo alimento da natureza, levando-o nas melhores condições, sempre fresquinhos, até a sua mesa. No ano de 1944, a Cooperativa de Laticínios de Macuco inicia o seu processo de crescimento, principalmente com o incremento na produção de manteiga. Com isso, conquista novos mercados e consumidores com a qualidade de seus produtos, permitindo a divulgação da marca ‘Macuco’ ao longo dos anos. Em 1965, assume a presidência Alfredo Lopes Martins Neto, permanecendo até o ano de 1986, período em que a Cooperativa de Macuco experimentou grande aumento na sua recepção de leite, chegando a receber 70 mil litros de leite diariamente e dando início ao processo de empacotamento de leite pasteurizado, conquistando os mercados do produto na região. A Cooperativa Agropecuária Regional de Macuco deu início ao processo de industrialização e de diversificação de produtos. Foram lançados produtos como o requeijão

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Empresa é a maior empregadora e geradora de recursos do município de Macuco

cremoso, a bebida láctea fermentada, o queijo minas frescal e o doce de leite. Construiu a estação de tratamento dos esgotos industriais e criou programa de qualificação de funcionários e associados. No ano de 1999, a Cooperativa de Macuco, através do Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agropecuárias (Recoop), adquiriu equipamentos da firma Tetra Pak para o envase de leite UHT (longa vida) e lançou o produto com sucesso no mercado regional. Em 2001, a Cooperativa de

Macuco alterou o seu Estatuto Social e reduziu o número de membros do Conselho de Administração de 11 para cinco associados, atribuindo maiores responsabilidades. Criou-se o Conselho Consultivo, órgão nãoremunerado de assessoramento e consultoria, constituído por até 20 associados, convidados para cada mandato pelo Conselho de Administração. Outra ação importante foi a instituição das Gerências Profissionais, distribuídas em áreas operacionais, sendo ocupadas por administradores

contratados. A Cooperativa de Macuco firmou convênio com a Unimed Nova Friburgo, permitindo o acesso dos associados e seus funcionários ao plano de saúde, congregando mais de mil usuários. Em 2002, a Cooperativa de Macuco implantou o processo de coleta de leite resfriado com transporte a granel e instituiu o pagamento do leite por qualidade, além de criar o seu informativo mensal, importante canal de divulgação da cooperativa para com seus associados. Já em 2003, a Cooperativa de Macuco dobrou a sua capacidade instalada, passando a receber, além dos seus 700 associadosprodutores, o leite de cinco cooperativas e de três associações de produtores da região, alcançando a marca de 120 mil litros de leite beneficiados diariamente. Em 2004, a Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco investe no seu parque industrial. Segundo a diretoria da entidade, o objetivo é diversificar, ainda mais, a sua produção, com a fábrica de queijos e de bebida láctea, de modo a permitir um beneficiamento diário em torno de 200 mil litros de leite.


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Mais 2.925 moradores ‘Se o JORNAL DA REGIÃO circular Evolução populacional em Carmo, darei apoio’ •1991 14.509 •1996 14.679 •2000 15.289 •2010 17.434

Nas últimas duas décadas, o município de Carmo contabilizou, conforme dados mostrados pelo Censo do IBGE, 2.925 moradores

a mais, comparados os períodos entre 1991 e 2010, data da última contagem populacional. O município também não registrou queda populacional no período. Mesmo que o crescimento tenha sido pequeno em alguns anos, ele existiu, e foi registrado. Na última década - 2000 a 2010 -, Carmo contabilizou novos 2.145 habitantes, pulando de 15.289 (2000) para 17.434 (2010).

Ex-prefeito credita vitória às denúncias publicadas no JR Em visita à redação do JORNAL DA REGIÃO, junto a assessores, logo depois de vencer a disputa eleitoral, o então prefeito eleito José Carlos Soares afirmou, textualmente, que creditava sua vitória ao JR. “Se não fossem as matérias com denúncias contra o atual prefeito publicadas no JR, não conseguiríamos vencer a eleição em Carmo”, garantiu o con-

tador José Carlos Soares. Na verdade, as matérias que José Carlos Soares se referiu eram denúncias do Ministério Público contra o então prefeito de Carmo, Odir Ribeiro, que tentava a reeleição em 2004. O governo municipal da época era denunciado por irregularidades na contratação de empresas para a prestação de serviço público na cidade.

Afirmação do então prefeito Sérgio Soares, em março de 1998 Durante visita da direção do JORNAL DA REGIÃO ao município de Carmo, que era administrado por Sérgio Soares, o então prefeito fez um desafio ao jornalista Célio Figueiredo: se o jornal circulasse no município e tivesse bastante leitores, ele faria um contrato com a empresa jornalística para divulgação da cidade. Passados seis meses, o próprio prefeito Sérgio Soares ligou para a redação do jornal solicitando a presença, em seu gabinete, para que pudesse divulgar algumas matérias de seu interesse. Durante um bom período, o JORNAL DA REGIÃO manteve correspondente na cidade de Carmo, que enviava matérias toda semana para serem divulgadas. Inclusive, o escritor Afrânio Gis-

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Os primos Sérgio Soares e José Carlos Soares já foram prefeitos do município

monti, já falecido, realizou este trabalho durante um bom tempo para o JR. Um bom número de leitores

da cidade de Carmo pagava as assinaturas anuais e recebia o JORNAL DA REGIÃO em suas residências.


32 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Cidade surgiu com o nome de Arraial da Samambaia

Carmo: Cidade Bela Até o século XIX, as atuais terras compreendidas nos limites do município de Carmo eram caracterizadas pela presença marcante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria existente no município de Cantagalo. Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do Norte fluminense, subindo o Rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café. Foi então promovida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, surgindo, assim, o Arraial de Samambaia, que, depois, veio a se chamar Arraial de Cantagalo. Iniciava-se a história da igreja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27,28 e 29 de maio de 1832, quando os primeiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, preparando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senhora do Carmo, no morro da Samambaia. Nascia, ali, o núcleo central do que seria, mais tarde, a Cidade de Carmo Com o desenvolvimento de toda a região, o pequeno arraial tornou-se a Freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ganhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo. Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vila, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de julho de 1863, mas só foram concluídos em 1876. A emancipação política da vila só ocorreu em 1881 e, finalmente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889. Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar o potencial hidráulico do Rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos. A sua população atual é calculada em 17.434 habitantes pelo IBGE, dos quais 72,3% vivem na área urbana, sendo que, de acordo com informações da Prefeitura, o município tinha 15.689 pessoas, em 2004, apresentando uma taxa de crescimento de cerca de 0,58% ao ano.

Os prefeitos do município Luís Carlos

Luís Carlos

Prefeito de Carmo, Carlos Emanuel Memel (E), ao lado do ex-prefeito Sérgio Soares

A praça de Carmo foi recentemente pavimentada, ficando ainda mais bonita

O município de Carmo teve como prefeito, no período de 1985 a 1988, Esperidião Calil. A partir dos anos 90, os primos José Carlos Soares e Sérgio Soares começaram a ter uma participação na política carmense, ora ocupando o cargo de prefeito, ora como vice-prefeito, e até na oposição. De 1989 a 1992, assumiu a Prefeitura o contador e professor José Carlos Soares. Em 1992, Sérgio Soares venceu o pleito municipal para assumir o mandato de 1993 a 1996. Mas a oposição carmense na eleição de 1996 venceu o pleito

municipal. Odir Gonçalves Ribeiro é eleito prefeito do município de Carmo para administrar a cidade de 1997 a 2000, ano em que foi reeleito para o período de 2001 a 2004. Nas eleições municipais de 2004, o ex-prefeito José Carlos Soares, tendo como companheiro de chapa o também ex-prefeito Sérgio Soares, é eleito para administrar a Cidade Bela de 2005 a 2008, quando o médico Carlos Emanuel Ferreira Braz, o Memel, é eleito prefeito e assume o mandato em 2009. O mandato termina em 2012.

Egberto Gismonti: um músico de Carmo que é sucesso no mundo inteiro Ele é um dos maiores nomes em termos de música do País, principalmente por conseguir unir o erudito com o popular em seu trabalho. Trata-se de Egberto Gismonti. Natural do município de Carmo, com influência de músicos em sua família, Egberto Gismonti iniciou seus estudos de piano aos seis anos de idade. Sua carreira artística teve início na década de 1960, quando participou de festivais, destacandose neles. Ao longo de sua carreira, lançou vários discos como produtor, compositor, músico e participou de discos de outros artistas, como Maysa, Wanderléa, Johnny Alf, Naná Vasconcelos, Edu Lobo, Elba Ramalho, Paula Toller (vocalista do Kid Abelha), entre outros.

É também autor de várias trilhas sonoras de peças teatrais e filmes, como o recente Chico Xavier, outro sucesso do cinema nacional. Egberto faz parte de um grupo de músicos que o Brasil possui e que não deve nada aos músicos estrangeiros. E não é um Blog simples de música que diz isso, mas toda sua carreira, seu currículo, seu trabalho, a admiração que ele possui como referência para muitos colegas. Egberto Gismonti, nos anos 80, recomprou todo o seu repertório de composições e tornouse um dos únicos compositores do país donos de seu próprio acervo. Ele relançou parte de sua discografia pelo seu próprio selo: Carmo.

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QUATRO NOVOS CAMPOS DE FUTEBOL À DISPOSIÇÃO DA COMUNIDADE CENTRO DE MASTOLOGIA FAZ DE CARMO REFERÊNCIA EM SAÚDE Secretaria de Saúde comemora a criação do Centro de Mastologia do Carmo. Com a implantação do projeto, pela primeira vez a população tem acesso a tratamentos de ponta.

Os exames realizados estão salvando vidas, como a de Dona Margarida (Foto), uma das beneficiadas pela implantação do Centro de Mastologia.

A Secretaria de Esporte entregou à comunidade de Val Paraíso quatro novos campos de grama

sintética. A ação visa utilizar esporte e lazer como ferramenta de inclusão social.

ODONTOMÓVEL POPULARIZA ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO Como forma de democratizar o acesso à Saúde, a Prefeitura Municipal criou o Odontomóvel, um verdadeiro consultório itinerante que leva atendimento odontológico de qualidade aos moradores da Zona Rural.

NOVOS EQUIPAMENTOS POSSIBILITAM EXAMES OFTALMOLÓGICOS A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, investiu na compra de novos equipamentos, e possibilitaram ao município realizar exames inéditos em sua história.

OBRAS TRANSFORMAM A REALIDADE DO MUNICÍPIO A Prefeitura Municipal não mede esforços para melhorar as condições de vida da população. Prova disso são as inúmeras obras em benefício da comunidade carmense. Mais de R$290 mil foram investidos em um amplo projeto de revitalização, pavimentação e reforma da Praça Getúlio Vargas. A melhoria das ins-

talações da Prefeitura do Carmo foi cuidadosamente planejada e a obra de reforma segue a todo vapor. A construção da creche-escola no bairro Boa Ideia, com maternidade, berçário, salas de aula e capacidade para receber 120 crianças, é outra obra que vai revolucionar o município.

CIDADE LIMPA E CONSCIENTE Implantação da Coleta Seletiva Solidária, em fevereiro de 2010, reduziu consideravelmente o lixo co-

letado para a destinação final, resultando em ruas mais limpas.

CARMO BATE RECORDE DE RUAS ASFALTADAS Obras de drenagem, infraestrutura e pavimentação de ruas nos bairros Bela Vista, Botafogo, Ulisses Lengruber (Morro do Estado), Rua Manoel Serrazina (Estrada do Mata-

douro) e o recapeamento asfáltico na Rua Edgar Gismonti. Ao todo, foram investidos mais de R$1 milhão nessas obras, que vão transformar o dia a dia da população desses bairros.

PROJETO “CINEMA ITINERANTE” DEMOCRATIZA ACESSO À CULTURA

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA GERAÇÃO DE EMPREGOS

Popularizar o acesso à cultura. Com esse compromisso em mente, a Secretaria de Cultura criou o programa “Cinema na Praça”, que leva às diferentes praças do município, uma completa estrutura para a exibição de filmes.

De olho em mão de obra qualificada, a Prefeitura mantém cursos técnicos profissionalizantes em diversas áreas.

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A maior coleção do jornal Moção de Aplauso Morador de Cordeiro, Juarez Farinha tem todos os exemplares do JR Lafayette Salgado

da Alerj

Moções de Aplauso e Reconhecimento nos nomes do seu fundador, o jornalista Célio Figueiredo, e de sua jornalista reponsável, Rosângela Santos, foram entregues pessoalmente pelo deputado André Corrêa (PPS) durante encontro em Cantagalo. “Os desafios, bem sei, são muitos, mas, de forma vitoriosa, essa equipe tem conseguido destaque como meio de comunicação. E hoje é reconhecido em todo o estado”, elogiou o parlamentar André

Corrêa. “A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tem a satisfação e a honra de consignar a presente Moção de Aplausos e Reconhecimento ao senhor Célio Figueiredo, fundador do JORNAL DA REGIÃO, com relevante rol de serviços prestados aos municípios de Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, Trajano de Moraes, São Sebastião do Alto, Bom Jardim, Macuco, Carmo e Nova Friburgo” justifica o deputado André Corrêa. Divulgação

Juarez Farinha, leitor assíduo, mostra os exemplares do jornal a Célio Figueiredo

Colecionar é, acima de tudo, cultura. Mas, particularmente, colecionar jornais é muito mais, pois é através do veículo de comunicação que podemos ficar mais bem informados. Juarez Farinha, morador de Cordeiro, trabalha em um posto de gasolina. O interessante e curioso é que ele tem o hábito de colecionar jornais, principalmente os jornais do interior. Em sua casa, no bairro Constantino, em Cordeiro, ele possui todos os exemplares do JORNAL DA REGIÃO, desde a edição nº 1 até a última edição deste ano, que compra religiosamente nas bancas, bem como recebe como o assinante que é

há muitos anos. Além de exemplares do JORNAL DA REGIÃO, Juarez guarda também outros jornais que circulam na região, inclusive alguns que nem existem mais. – Comprei, desde o primeiro exemplar, o JORNAL DA REGIÃO, e, a partir daí, fiquei gostando muito do jornal, que acompanho desde sua fundação, em 1986 – afirma Juarez Farinha, que também faz clipping (seleção e recorte de notícias de jornais e revistas) de algumas matérias já publicadas no jornal. Na banca do Paulinho, em Cordeiro, onde Juarez Farinha sempre compra exemplares de jornais, segundo os proprietários,

ele pede para reservar os jornais e reclama quando não encontra mais nenhum exemplar para comprar. Juarez garante que adquire, no mínimo, três exemplares do JORNAL DA REGIÃO para guardar em sua coleção. Quando alguém precisa de algum assunto, principalmente de atos oficiais das prefeituras e câmaras municipais da região, procura Juarez Farinha, que, na maior boa vontade, atende a todos. Inclusive, o JR já procurou no arquivo de Juarez Farinha algumas edições antigas que, prontamente, foram atendidas pelo colecionador número um do jornalismo impresso da região.

Câmara de Cantagalo foi a primeira a publicar atos oficiais com o JORNAL DA REGIÃO Com o advento da Lei Orgânica Municipal, uma espécie de constituição do município, o JORNAL DA REGIÃO passou a ser o veículo responsável pela publicação dos atos das administrações públicas municipais. Tudo começou com a Câmara Municipal de Cantagalo, que tinha na presidência o então vereador Renê Noronha. Logo depois,

cumprindo a determinação legal, veio a Prefeitura, durante a gestão do então prefeito Geraldo Guimarães. Por longos anos, o JR foi órgão oficial não só de Cantagalo, mas de vários municípios da região. Foram momentos importantes e que contribuíram para a transparência das gestões públicas. Com a chegada do século

XXI e o avanço da tecnologia, esse tipo de publicação começa a ganhar outras alternativas. Na vanguarda, e prevendo isso, o JORNAL DA REGIÃO prefere mudar seu foco, aproveitando o que de mais importante conquistou ao longo de sua história: a credibilidade pelo trabalho e a confiança de leitores e dos setores mais importantes da sociedade.

Os jornalistas Thiago Valente (E) e Rosângela Santos recebem homenagem da Alerj das maõs do deputado André Corrêa e do prefeito Guga de Paula (D)

Lúcio Bon e Noé Vila Nova, grandes incentivadores do jornal Talvez, não fosse a atitude tomada pelos então vereadores cantagalenses Noé Vila Nova e Lúcio Gomes Bon, o JORNAL DA REGIÃO não estaria comemorando seus 25 anos de existência este ano. Em meados de 1989, o fundador do JR, Célio Figueiredo, passando por dificuldades para manter o informativo, estava propenso a paralisar suas atividades e optar pelo trabalho que já fazia na Rádio Musical de Cantagalo, como apresentador. Foi quando esses dois vereadores o visitaram, em sua residência, para saber o que poderiam fazer para que o

jornal continuasse a circular. A par da questão financeira, pois faltava apoio de empresas, autoridades e políticos, os dois vereadores assumiram o compromisso de, a partir da edição seguinte, ter uma ‘Coluna do Vereador’ no jornal, inclusive pagando por isto, no sentido de prestar contas de suas atividades no Legislativo cantagalense. Além deste apoio financeiro, os vereadores acompanhavam e apoiavam até no transporte do jornal entre as cidades de Cantagalo e São Gonçalo ou Conceição de Macabu, onde, inicialmente, era impresso o jornal.


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Da impressão em preto e branco para a policromia em duas páginas

Evolução gráfica do JORNAL DA REGIÃO No início, o JORNAL DA REGIÃO era editado quinzenalmente, ainda com impressão linotipo (de 1986 a 1990). A redação era realizada em Cantagalo e, a impressão, numa gráfica em São Gonçalo, e, mais tarde, em Conceição de Macabu. Em 1991, o JR passou a ser impresso em offset e a circular semanalmente. A partir de 2000, o jornal passou a ser impresso em policromia (capa colorida) e, a partir de 2001, começou a circular duas vezes por semana (periodicidade bissemanal), um fato inédito na região. Em 1991, circulou a primeira edição do JORNAL DA REGIÃO em sistema offset. A edição nº 107 circulou no período de 2 a 8 de abril de 1991. Toda a redação do semanário era feita em Canta-

galo, na Rua Licínio José Gonçalves, 237, no bairro Triângulo, numa pequena sala do prédio onde hoje funciona o jornal. Outro fato também interessante nessa edição foi o primeiro Caderno Especial do JORNAL DA REGIÃO. Era o centenário do município de São Sebastião do Alto, quando circulou um Caderno Especial fazendo um balanço da administração do então prefeito Antônio Segalote. Em 1991, com apenas cinco anos de existência, o JORNAL DA REGIÃO já era órgão oficial do município de Cantagalo, publicando os atos oficiais dos poderes Executivo e Legislativo. Nessa época, circulava nos municípios de Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, Bom Jardim, Santa

Maria Madalena, Itaocara, Trajano de Moraes, São Sebastião do Alto e Carmo. Ainda utilizando a tecnologia disponível na época, o jornal era produzido (redação) em Cantagalo, com utilização de máquinas datilográficas. A impressão era realizada numa gráfica em Conceição de Macabu, no Norte do estado, em processo de linotipo. Esse sistema de impressão utilizava uma máquina que derretia o chumbo para compor as letras que seriam impressas no papel. Para publicação de fotos, era necessária a confecção de um clichê. Um detalhe interessante: todas as letras das manchetes eram compostas uma por uma, o que dificultava o trabalho, principalmente a revisão da edição. Lafayalte Salgado

JR em tópicos Nos 25 anos de existência, sua primeira edição circulou no dia 3 de outubro de 1986. São 1.151 edições durante este período. Se dividirmos o número de edições pelo número de anos que circulou, dá uma média de 46 edições por ano. Nos primeiros cinco anos - de 1986 a 1991 -, o JORNAL DA REGIÃO circulava quinzenalmente. A partir de setembro de 1991, passou a circular semanalmente. Foi bissemanal de outubro de 2001 a março de 2005. Nesse período, foram produzidas cerca de 321 edições. O JR circulava todas as quartas-feiras e aos sábados. Considerando uma média de 10 páginas por edição, foram 11,5 mil páginas editadas em 25 anos de existência. E, com uma tiragem de cinco mil exemplares, são 5,75 milhões de exemplares impressos, com 57,5 milhões de página impressas. A primeira coluna ‘Atos & Fatos’, da jornalista Rosângela Santos, circulou no período de 15 a 21 de setembro de 1990. A partir de 1990, o JORNAL DA REGIÃO passou a ser órgão oficial do município de Cantagalo, graças a uma lei municipal que dava prioridade aos jornais locais. O prefeito na época era Geraldo Guimarães. O JORNAL DA REGIÃO é o 33º veículo de comunicação criado no município de Cantagalo. Outros veículos já foram criados e acabaram extintos. No início, o jornal era impresso em linotipia, em gráficas de São Gonçalo e Conceição de Macabu. A primeira edição em sistema offset foi a de número 107, do período de 2 a 8 de abril de 1991. O maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO nesses 25 anos foi o Laboratório Bravet. O anúncio da Bravet saiu em mais de 500 edições. Como já se tornou tradição nas páginas do JORNAL DA REGIÃO, em ano de eleição são publicados todos os resultados da região, com relação nominais de todos os candidatos e seus votos nos municípios da região.

Nas bancas dos nove municípios da região, os exemplares do JORNAL DA REGIÃO são disputados toda semana

Na era da tecnologia, o JR não poderia ficar de fora e, a partir de agora, também estará no ar na internet, através do seu site: www. jornaldaregiao.com


36 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Participação na Lei Orgânica Municipal

São nomes que não poderiam estar de fora dessa comemoração

Um jornal envolvido com a Homenagem aos que contribuíram com o JR história da imprensa na região Andava pelas ruas de CantaArquivo

Mais do que contar, registrar e participar, o JORNAL DA REGIÃO influencia a história da imprensa regional. Foram muitas as vezes em que o JR articulou situações que levaram à melhoria de oportunidades e de qualidade dos profissionais. Por ocasião da elaboração da Lei Orgânica Municipal (LOM), teve participação fundamental nas discussões, principalmente nas ligadas ao capítulo da Comunicação Social. Na época, a Câmara Municipal, responsável pela elaboração da LOM, chamou a população e representantes da sociedade civil para discussões e apresentações de opiniões que pudessem ser incluídas na Lei Orgânica Municipal. Uma delas, apresentada pelo

JR, dizia respeito à criação dos cargos de assessor de comunicação social na Prefeitura e na Câmara Municipal. Em princípio, os cargos deveriam ser preenchidos por jornalistas que comprovassem formação superior. No entanto, a proposta apresentada estendeu a possibilidade a profissionais que tenham militado ou que militem em algum veículo de comunicação da região por, no mínimo, cinco anos. A proposta foi aceita e passou a integrar a LOM, o que beneficiou dezenas de profissionais da região. Mais tarde, os cargos foram criados com nomes diferentes: no Executivo, Assessor de Imprensa e Comunicação; no Legislativo, Relações Públicas e Comunicação.

Governador lê JORNAL DA REGIÃO em Carmo Geraldo Carvalho

O então governador do Estado, Marcello Alencar, quando visitava a cidade de Carmo, lia a manchete do JORNAL DA REGIÃO “Carmo tem o melhor prefeito” sobre a eleição da Associação dos Profissionais de Imprensa

Olinto Ferreira vendia assinaturas

No início do JORNAL DA REGIÃO, o radialista Geraldo Nóbrega, já aposentado da empresa de energia Cerj, contribuiu muito. Geraldo trabalhou na parte de administração da empresa, mas também elaborava matérias e foi responsável por algumas colunas do jornal. Uma de destaque foi a coluna ‘Craque do Passado’, onde ela pesquisava e conseguia material do meio esportivo, apresentando os craques do passado que brilharam nos campos de futebol de toda a região. Arquivo

Seu Machado: parceiro redação/gráfica

Durante alguns anos, a premiação da Associação dos Profissionais de Imprensa (API), que elegia os ‘Melhores do Ano’, era um dos eventos mais esperados por vários setores. Bonitas festas os profissionais de imprensa da região realizaram durante a entrega da premiação. Uma das festas mais bonitas foi quando da premiação da API na cidade de Carmo, quando o então prefeito do município, Sérgio Soares, foi eleito, por unanimidade, como o melhor da região.

Ainda com referência a este fato, o JORNAL DA REGIÃO registrou um fato interessante: quando da visita do então governador do Estado, Marcello Alencar à cidade, ele tomou um exemplar do JR onde estava a manchete que dizia que Carmo tinha o melhor prefeito, baseado na premiação da API. Durante seu pronunciamento, Marcello Alencar comentou o fato que tinha lido no JR e afirmou, em público, que concordava que Carmo tinha o melhor prefeito do interior.

Antônio Machado, o Seu Machado, como era conhecido, esperava, pela manhã, na redação do JR para levar para Nova Friburgo o disquete onde estava todo o JORNAL DA REGIÃO diagramado para ser despachado, via ônibus, para a gráfica, na Tribuna de Petrópolis. Isso foi feito por vários anos. A maior preocupação de Seu Machado era saber se a encomenda tinha chegado ao destino correto. Graças a este trabalho, muitas edições foram impressas e entregues às bancas e leitores.

Arquivo

galo com diversos talões de recibo de diversas instituições do município. Durante um bom tempo, era Olinto Ferreira que cobrava as assinaturas do JORNAL DA REGIÃO. Isto aconteceu logo no início do jornal, nas décadas de 1980 e 1990. - As pessoas assinavam o jornal não só porque queriam ler o informativo, mas, também, em consideração ao carinho que todos tinham com seu Olinto - conta Célio Figueiredo, editor do JR. Arquivo

Geraldo Nóbrega: passagem pelo JR

O escritor Afrânio Gismonti era funcionário do Banco do Brasil e morou nos Estados Unidos durante 15 anos. Ele é autor do livro ‘As Reminiscências do Carmo’, que conta as histórias e curiosidades a respeito da Cidade Bela. Também foi assessor de Comunicação da Câmara de Carmo. Afrânio Gismonti foi correspondente do JORNAL DA REGIÃO em Carmo durante um período, inclusive com colunas no semanário nos anos 90. Arquivo

Afrânio Gismonti: jornalista e escritor

Fotógrafo Lafayatte da Franca Salgado

Aposentado como servidor da Justiça, onde trabalhou mais de 30 anos como escrivão, Lafayatte da Franca Salgado gostava mesmo era de fotografia. Como colaborador do JORNAL DA REGIÃO, principalmente tirando fotografias, fazia questão de estar presente em eventos para fazer os registros jornalísticos. Era um batalhador e grande defensor dos interesses do JR. Nos anos 70, também atuou em outros jornais da região, sempre como fotógrafo. Arquivo

Roberto Fróes era advogado

O advogado Roberto Fróes mudou-se para Cantagalo nos anos 90, quando militou na advocacia, presidindo a Ordem dos Advogados do Brasil na cidade. Também foi coordenador da Defesa Civil do município de Cantagalo durante o governo de Wilder de Paula. Mas um dos seus trabalhos de grande destaque foram os artigos que publicava no JORNAL DA REGIÃO. Sempre polêmico, Fróes escrevia sobre assuntos atuais e que, quase sempre, não agradava aos políticos.


JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 |

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Cantagalo, Cordeiro, Trajano de Moraes, Duas Barras, Carmo e Bom Jardim foram representandos no evento

Em 1996, encontro, em Cantagalo, reúne seis prefeitos da região Arquivo

Novembro de 1996. O JORNAL DA REGIÃO tinha apenas 10 anos de existência, mas realizou um evento no Cantagalo Turismo Hotel, onde reuniu seis prefeitos que acabavam de ser eleitos em seus respectivos municípios. Na época, o JORNAL DA REGIÃO circulava em oito municípios da região. Nesse encontro, em Cantagalo, participaram os então prefeitos eleitos Celso Jardim (Bom Jardim), Jorge Henrique

Fernandes (Duas Barras), Wilder de Paula (Cantagalo), Leonardo Vieitas (Cordeiro), Eduardo Galil (Trajano de Moraes) e Odir Ribeiro (Carmo). Apenas os prefeitos de Macuco, Maurício Bittencourt, e de São Sebastião do Alto, Antônio Segalote, não compareceram ao evento. Segundo o editor, jornalista Célio Figueiredo, o jornal não passava por uma fase muito boa, pois alguns prefeitos que estavam

deixando o mandato tinham pagamentos atrasados e outros não chegaram a quitar as publicações dos atos oficiais realizadas no jornal. - O encontro foi a oportunidade que tivermos de apresentar aos novos prefeitos eleitos a proposta que sempre teve o JORNAL DA REGIÃO, que é fazer um jornalismo sério e divulgar nossa região - explicou Figueiredo. Convidado pela direção da

jornal, o então consultor da Associação Brasileira de Jornais do Interior (Abrajori), José Carlos Alves Ribeiro, realizou uma palestra para os prefeitos e outras autoridades sobre a importância da imprensa do interior. O interessante é que durante a palestra um verdadeiro debate foi travado entre José Carlos Alves Ribeiro e o então prefeito eleito de Trajano de Moraes, Eduardo Galil. O jornalista Célio Figueiredo teve, inclusive, que intervir, pois o assunto já estava se direcionando para outros caminhos da esfera federal, e que não era o objetivo principal do encontro. O advogado, engenheiro e jornalista José Carlos Alves Ribeiro, em conversa durante o período que ficou em Cantagalo - ele havia chegado de Brasília no dia anterior -, fez questão de conhecer a região. Conversando com Célio Figueiredo, perguntou se ele era “empresário ou jornalista”. Segundo Célio Figueiredo,

José Carlos Ribeiro, já falecido, deixou um ensinamento que, até hoje, passados mais de 14 anos, o jornalista não se esquece: “jornalista é idealista, e normalmente não ganha dinheiro. Mas o empresário monta um negócio para ganhar dinheiro, gerar empregos e renda”. Durante esse encontro, outro fato marcante foi quando o fotógrafo e jornalista Reinaldo Rocha, mais um representante do município de Duas Barras presente ao evento, falou, em nome dos bibarrenses, enaltecendo o papel do JORNAL DA REGIÃO, e que a Câmara Municipal de Duas Barras declararia o jornal como de utilidade pública do município. O anúncio veio se confirmar e, em 1997, em razão de lei aprovada na Câmara Municipal, o JORNAL DA REGIÃO passou a publicar os atos oficiais dos poderes Executivo e Legislativo. O prefeito de Duas Barras era o empresário Jorge Henrique de Araújo Fernandes.


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Alunos conhecem antiga redação do JR Por três anos, o ‘Melhor Veículo Premiação foi concedida por voto dos profissionais de comunicação

de Comunicação da Região’

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Prêmios foram conquistados nos anos de 1993, 1996 e 1997. Profissionais de rádio, jornais e televisão que atuavam na região eram quem escolhiam os melhores da região

O JORNAL DA REGIÃO conquistou, por três vezes, o prêmio de Melhor Veículo de Comunicação da Região. Esse prêmio foi criado pela Associação dos Profissionais de Imprensa da Região Centro-Norte Fluminense (API), que, durante muitos anos, teve ativa atuação na região, premiando

diversos setores da sociedade. Na premiação de 1994, além do prêmio de Melhor Veículo de Comunicação, diversos profissionais que, na época, trabalhavam no JORNAL DA REGIÃO também foram premiados. O médico aposentado Erly Bon Cosendey ganhou o prêmio de

melhor articulista com os artigos publicados no JR. A jornalista e titular da coluna ‘Atos & Fatos’, Rosângela Santos, ganhou o prêmio de melhor colunista. O então jornalista Elvis Lima Costa ganhou o prêmio de melhor repórter escolhido pela API.

Os pequeninos do Colégio Euclides da Cunha visitaram a redação do JORNAL DA REGIÃO quando ainda funcionava nas antigas instalações no bairro Triângulo

Na coluna ‘Atos & Fatos’, da jornalista Rosângela Santos, mais de 740 pessoas já foram Gente de Expressão Na edição nº 79, que cobria a semana de 15 a 21 de setembro do ano de 1990, era publicada, pela primeira vez, a coluna ‘Atos & Fatos’, assinada pela jornalista Rosângela Santos, somando, portanto, mais de 1.070 edições da coluna. No entanto, o destaque do espaço social mais concorrido da região, o quadro ‘Gente de Expressão’, viria a surgir apenas na edição nº 411, de 26 de setembro a 2 de outubro de 1998. Por um período, de 1997 a 1998, o jornalista Elvis Costa, hoje gerente do banco Itaú de Cordeiro, assinava a coluna. Ao fim desse período, a jornalista Rosângela Santos retornava ao cargo de colunista da ‘Atos & Fatos’ da

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A jornalista Rosângela Santos entrevistando um dos maiores empresários brasileiros, Antônio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim

região com a primeira-dama de São Sebastião do Alto, a então secretária municipal de Promoção Social e esposa do então prefeito Antônio Segalote, Édila Gabri Pontes, como a primeira homenageada do quadro ‘Gente de Expressão’. De lá para cá, foram mais de 740 pessoas homenageadas com o título maior do JORNAL DA REGIÃO. Outras colunas do jornal, como o Informe JR, Coluna do Vereador, Empregos & Concursos, Coluna do Vereador, bem como os articulistas Erly Bon Cosendey, Joel Naegele e Plínio Araújo têm tido, durante esses anos, registros importantes da história regional.

O Colégio Euclides da Cunha, de Cantagalo, que também foi fundado em 1986, sempre teve uma parceria com o jornal. Foram marcadas várias visitas dos alunos à redação do JR, desde que ainda funcionava nas antigas instalações, também no bairro Triângulo. A intenção era mostrar o funcionamento de um jornal, como forma de cultura geral dos alunos. Em 2001, os estudantes também visitaram a redação do jornal para anunciar um projeto que, este ano, está completando uma década: o Projeto Cambucás, de educação ambiental e responsabilidade social. O objetivo é formar jovens com pensamento crítico, ético e capacidade de propagar conhecimento e ações referentes à Reserva dos Cambucás, criada por lei municipal e situada na Bacia dos Cambucás, no alto da Serra da Batalha, no município de Cantagalo.


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Estas pessoas fizeram Deputados estaduais reconhecem o JR o JORNAL DA REGIÃO Durante esses 25 anos do JORNAL DA REGIÃO, muita gente já trabalharam em sua elaboração. A seguir, uma relação de todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram/contribuem para existência deste semanário durante este período: Marcos Alves (entregador de jornais e secretário); Dilma Paula (secretária); Geraldo Nóbrega (repórter/redator/secretário) - in memorian; Délson Queiroz (repórter/ colunista); Jorge Henrique (entregador de jornais); Alex Bastos (entregador de jornais/diagramador); Arthur Consídera (caricaturista/chargista); Reinaldo Rocha (fotógrafo/repórter/colunista); Gilmar Marques (repórter/redator/revisor); Geraldo Carvalho (fotógrafo/repórter/entregador de jornais); Luís Carlos Machado (motorista/distribuidor de jornais); Antônio Machado (carregador de encomenda - in memorian; Marlon Alves (entregador de jor-

nais/serviços gerais); Maria do Couto (secretária/faturamento); Olinto Ferreira (cobrador de assinatura) - in memorian; Célio Figueiredo (editor/redator/faturamento); Lafayette Salgado (fotógrafo) - in memorian; Eduardo Ribeiro - entregador de jornais (São Sebastião do Alto); Igor Bonanentregador de jornais (Cordeiro); Isanete Figueiredo (comercial e administrativo); Evanir Pinto - fotógrafo; Tadeu Santinho (repórter/ correspondente); Ana Cláudia correspondente (Carmo); Rosângela Santos (comercial/colunista/repórter); Silvina Pinto - correspondente - São Sebastião do Alto; Ronaldo Salgado (repórter); Elvis Lima Costa Mutti (repórter/ colunista); Mariana Barros - repórter e correspondente (Nova Friburgo); Lucas Figueiredo (revisão/financeiro); Ricardo Rosinha (entregador de jornais); David Figueiredo (revisão); e Thiago Valente (diagramador/repórter);.

Em maio de 2005, a então deputada estadual Georgete Vidor apresentou, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Moção de Louvor, Congratulações e Aplausos ao jornalista Célio Figueiredo, editor do JORNAL DA REGIÃO. Na moção, a deputada fez questão de traçar toda a história do JR. Diz a parlamentar: “o jornalista Célio Figueiredo, desde jovem, dedicou-se à comunicação e sua trajetória, sempre de forma incansável, foi construída com muito sacrifício, sem medir esforços para superar os seus limites, marcas e ideais. Em meados de 1986, quando ele ainda trabalhava na indústria cimenteira Votorantim, na fábrica localizada em Euclidelândia, distrito de Cantagalo, sonhava em abandonar este bom emprego que tinha (técnico de segurança do trabalho), para montar um jornal e trabalhar numa rádio da cidade. No início, a prioridade foi o

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A deputada Georgete Vidor fez questão de trazer, pessoalmente, moção da Alerj

programa de rádio, na Rádio Musical AM, onde trabalhou por um bom tempo. Mas, depois, teve que fazer uma opção entre o jornal e a rádio, e preferiu o jornal, dedicando-se totalmente. Durante este tempo de existência, vários obstáculos foram vencidos e muitas vitórias conquistadas. O JORNAL DA REGIÃO recebeu vários prêmios como o melhor veículo de comunicação da região, indicado pela

Associação dos Profissionais de Imprensa, e também várias moções de câmaras municipais, pelo trabalho jornalístico. Um grande trabalho de utilidade pública, que leva conhecimento à maioria da população da região. Desta forma, cumprenos, com esta moção, parabenizar, enaltecer e prestar o reconhecimento público e oficial do esforço desse profissional que abdicou de tudo por um ideal.”


40 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Levantamento mostra que Cantagalo sempre foi ávido por produzir notícia, contar a sua história

Jornal da Região é o 33º jornal editado em Cantagalo Exatamente há 173 anos, no dia 12 de março de 1838, circulava o primeiro jornal editado em Cantagalo. A informação pode ser encontrada no livro de Acácio Ferreira Dias - ‘Terra de Cantagalo’ -, no primeiro volume. O primeiro jornal foi editado por Cristóvão Vieira de Freitas. Cristóvão Vieira de Freitas era professor público de meninos (denominação da época) e imprimia o primeiro jornal de Cantagalo em uma tipografia adquirida de Manuel José de Azevedo, que fundou a tipografia, ainda em 1838. A tipografia e sede do jornal ‘Correio Cantagalense’ localizava-se na Praça Júlio Santos (atrás da Igreja Matriz). Vieira pleiteou ser considerado órgão oficial da municipalidade na época, já que os atos oficiais eram publicados por jornais de Niterói. No entanto, o ‘Correio Cantagalense’ teve vida efêmera. A partir desse marco que foi o jornal ‘Correio Cantagalense’, vários outros veículos impressos foram editados na cidade nesses 170 anos. Somente no ano de 1940, três jornais foram fundados em Cantagalo. Mas a onda de jornais seria retomada apenas no final do império. Entre o anos de 1865 e 1896, surgiram, pelo menos, oito jornais impressos em Cantagalo. A imprensa escrita em Cantagalo teve a participação importante do jornalista Antônio Ferreira de Carvalho, que durante muitos anos dirigiu os jornais ‘Cantagallo Novo’ e ‘Novo Cantagalo’ – dos quais foi também o fundador –, juntamente com seu filho, o jornalista e sociólogo Sebastião Antônio Bastos Carvalho. A primeira fase do jornal ‘Cantagallo Novo’ ocorreu do dia 8 de novembro de 1936 até o dia 16 de agosto de 1953; a segunda fase surgiu em 16 de agosto de 1953 e durou até 8 de dezembro de 1994, com o nome de ‘Novo Cantagalo’, dirigidos pelo pai, Antônio Ferreira de Carvalho, e seu filho, Sebastião Ferreira Carvalho. Já em 8 de dezembro de 1994, Sebastião Antônio Bastos Carvalho reinicia a terceira fase do jornal ‘Cantagallo Novo’, editando, através da internet, não existindo mais a versão impressa. No ano de 1965, com a interrupção

da circulação do ‘Novo Cantagalo’, a cidade fica sem jornal por um longo período. Mas alguns veículos editados em outras cidades do estado deram cobertura aos fatos do município e à publicação dos atos oficiais da administração pública local. Nesta situação podemos citar o jornal ‘Notícias Fluminenses’, de Ozias Stutz, que, de 1965 a 1979, foi editado em Niterói, mas circulava em várias cidades do interior, principalmente Cantagalo. O jornal ‘Região do Calcário’, editado pelo jornalista e ex-prefeito de Cantagalo Antônio Carlos Gonçalves, o Tontal, com a colaboração de Lafayatte Salgado, também era editado em Niterói, mas possuía redação em Cantagalo. O jornalista Dalwan Lima editou o jornal ‘O Cantagalense’ durante os anos 70, mas era sediado em São Gonçalo, na Gráfica Garoto, e dava cobertura à cidade. Já o ‘Jornal de Nossa Cidade’ era também editado em Niterói, mas dirigido em Cantagalo pelo médico e ex-vereador João Nicolau Guzzo. Esse jornal foi órgão oficial da Prefeitura de Cantagalo nos anos de 1985 e 1986. O jornal ‘O Centro-Norte’, editado na cidade de Cordeiro, durante um tempo, além de circular em Cantagalo, também publicou os atos oficiais da Prefeitura. A partir de 2004, passou a circular na região, o jornal ‘O Bandeirante’, com sede no município de Carmo, que publica, hoje, os atos oficiais da Prefeitura de Cantagalo. Outros veículos de comunicação de pequeno porte também foram editados na cidade, inclusive alguns com nomes estranhos, principalmente aqueles nos períodos mais antigos. São eles: ‘O Democrático’, ‘Vila Láctea’, ‘O Mês’ (revista), ‘O Papagaio’, ‘O Gato’, ‘O Rato’, ‘O Beijo’, ‘A Mão Negra’, ‘O Bandolim’, ‘O Diabo’, ‘A Marreta’, e ‘A Borboleta’. De qualquer forma, a história mostra Cantagalo como uma cidade ávida por informação, por produzir notícia, por contar sua história. E essa veia jornalística persiste até o dias de hoje, espalhando-se por toda a região e abrindo, cada vez mais, o seu leque, destacandose o exemplo do JORNAL DA REGIÃO, hoje com seus 25 anos.


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