Jornal da PUC 286

Vice-Reitoria para Assuntos Comunitários

Ano XXVI

Nº 286

30 de outubro de 2014

Festa em ritmo descontraído e de homenagem

Gabriela Doria

Tradicional confraternização reconhece trabalho de professores e funcionários No clima dos anos 80, professores e funcionários técnico-admistrativos da Universidade se reuniram no Ginásio para celebrar. Durante o encontro, 106 colaboradores que

trabalham há mais de 20 anos na PUC foram homenageados.

Entre eles, o Vice-Reitor Comunitário, professor Augusto Sampaio, que em 2014 completou 45 anos de PUC-Rio. O

Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., destacou a importância da confraternização, que reforça o “sentimento de pertencimento profissional” à instituição. PÁGINA 3 weiler filho

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Por dentro das obras do metrô Repórteres visitaram túnel construído na Gávea para Linha 4

Padre Josafá agradece o empenho e a fidelidade de Augusto Sampaio

Professor Scavarda: dedicação premiada O Vice-Reitor Administrativo, professor Luiz Carlos Scavarda do Carmo, ganhou o prêmio IFEES Duncan Fraser Global Award. O vencedor anual recebe a homenagem pela flexibilidade

na área de educação em engenharia. O conhecimento técnico, social, econômico e a visão de empreendedor foram levados em consideração neste ano.

Dia especial uniu esporte e educação

Ex-estagiários do Comunicar em destaque

O Festival PUC das Escolas da Gávea e da Rocinha reuniu alunos de escolas públicas e particulares, de 10 a 15 anos, para atividades esportivas. O encontro foi organizado pelo Departamento de Ciências Sociais e pela Coordenação de Educação Física. PÁGINA 12

Ex-alunos da Universidade ganham destaque no mercado de trabalho ao produzir reportagens especiais. Caio Barretto e Felipe Fittipaldi escreveram sobre a ferrovia Madeira-Mamoré.

Julio Molica e Rodrigo Carvalho retrataram a Torre de David .

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PÁGINAs 10 e 11

REITOR Nesta edição, o Reitor da PUC-Rio, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., aborda o resultado do Guia do Estudante de 2014, em que a excelência da Universidade é reconhecida pelo terceiro ano consecutivo. Dos 34 cursos de graduação avaliados, 13 receberam cinco estrelas. PÁGINA 2

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OPINIÃO

30 de outubro de 2014

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA PUC-RIO

REITOR

O desafio mais urgente do próximo governo

Confirmando a nossa excelência acadêmica Pelo terceiro ano consecutivo, a PUC-Rio confirma a sua excelência acadêmica no Guia do Estudante de 2014, em três áreas do conhecimento, recebendo o primeiro lugar, entre as Universidades privadas, em Ciências Sociais e Humanas, Engenharia e Produção e Ciências Exatas e Informática. Dos 34 cursos de graduação avaliados, tivemos 13 cursos com 5 estrelas, 19 com 4 estrelas e apenas 2 cursos com 3 estrelas.

Certamente, este é um motivo de orgulho para todos nós, pois, afinal, estamos falando de um horizonte amplo de avaliação, envolvendo, no Brasil, 1.632 instituições e 12.319 cursos de graduação. Por ser uma Universidade de porte médio, comparada com outras públicas e privadas que vêm se expandindo quantitati-

vamente nos últimos anos, procuramos manter quatro características que fazem parte do nosso ethos institucional. A primeira está relacionada com a manutenção da excelência, mesmo com a renovação dos quadros docentes, um número relativamente pequeno de professores de tempo contínuo, e a concorrência externa de outras instituições de ensino superior. Segundo, pelo crescimento das pesquisas científicas, que hoje correspondem quase à metade de nosso orçamento. Terceiro, pela política de inclusão socioeducacional, que mantém um número elevado de bolsas integrais e parciais, permitindo o acesso de pessoas pertencentes às classes sociais com menor poder aquisitivo. Quarto, pela cultura interna de perten-

cimento, envolvendo toda a comunidade universitária.

Outro motivo de satisfação e agradecimento a todos, consiste no bom resultado que tivemos no QS Latin American University 2014, onde dentre as 50 melhores Universidades, públicas e privadas, sendo 17 destas brasileiras, a PUC-Rio ocupa o 13º lugar, mantendo o 1º lugar dentre as Universidades privadas e comunitárias no Brasil, e 2º lugar no Estado do Rio de Janeiro.

Agradecemos a Deus e a todos que têm nos ajudado neste esforço coletivo, em manter aquilo que sempre fez parte de nossa história institucional, na certeza que continuaremos a lutar para a melhoria do ensino superior brasileiro.

A crise na educação básica é dos problemas mais graves que o próximo governo irá enfrentar. Vamos direto ao ponto: milhões de crianças e jovens brasileiros não estão desenvolvendo, ao longo da vida escolar, as competências mínimas essenciais de leitura, interpretação de texto e raciocínio matemático.

Os estudantes avançam aos trancos e barrancos, mas o analfabetismo funcional e a defasagem idade-série perduram, assim como o despreparo para a vida profissional e cidadã. Exames internacionais como o Pisa, que comparam nossos estudantes com outros da mesma faixa etária, nos colocam na lanterna. É flagrante nossa baixa competitividade no cenário global do futuro.

ReItoR dA PUC-RIo

PReSIdeNte dA AAA-PUC-RIo

www.aaapucrio.com.br

A PUC-Rio nas Diretas Já! fotÓGrafo eDuarDo JarDiM/aCerVo eDuarDo JarDiM

estudantes, professores e funcionários da PUC-Rio na manifestação das diretas Já, em 10/04/1984

perspectiva trazida pela votação da Emenda Constitucional do deputado federal Dante de Oliveira, que propunha as eleições diretas, acirrou o clamor das manifestações que tomaram ruas e praças das cidades brasileiras em 1984.

O movimento se espalhou por várias cidades e instituições brasileiras e a PUC-Rio participou ativamente deste momento político. No

|||| ANdReA RAMAl

|||| Pe. JoSAFÁ CARloS de SIQUeIRA, S.J.

CRÔNICAS DE MEMÓRIA Para não esquecer

Em 2014 comemoram-se os 30 anos do maior movimento popular da história do Brasil: a campanha das Diretas Já. O Regime Militar que governava o país há 20 anos estava enfraquecido. Críticas de corrupção, denúncias de torturas e violência, a crise econômica e a alta da inflação criaram um panorama agravado pela impossibilidade do voto direto para presidente. A

O crescimento e a sustentabilidade do país nas próximas décadas não dependem só das políticas sociais e econômicas; dependem de uma reforma inadiável no sistema educacional. A situação não admite ações pontuais nem improvisos.

Nesse cenário, há muitas medidas necessárias, e entre elas, duas são mais urgentes: a valorização do magistério e a profissionalização da gestão.

Convidamos a todos a ler o texto completo sobre isso no site da AaA PUC-Rio: http://aaapucrio.com. br/o-desafio-do-proximo-governo-vai-alem-do-ensino-em-tempo-integral-por-andrea-ramal.

dia da grande manifestação a Associação de Funcionários (AFPUC) e a Associação de Pós-Graduandos (APG) mobilizaram funcionários e alunos.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) saiu do campus com faixas em passeata pela rua Marquês de São Vicente.

Professores afiliados à Associação de Docentes (ADPUC), órgão criado para dialogar e negociar com a direção da

Universidade, incorporaram suas pautas às demandas da sociedade. Com faixas e dizeres como “Liberdade de Expressão PUC” e “Diretas Já PUC”, eles se juntaram às mais de um milhão de pessoas que clamavam na Candelária por mudanças, eleições limpas e diretas, pela volta do regime democrático e o fim da ditadura.

Os anseios do movimento estudantil, dos docentes e funcionários ultrapassaram os muros da PUC-Rio e se juntaram às inúmeras vozes que lutavam por uma sociedade mais igualitária, livre e democrática.

Suas reivindicações foram parcialmente atendidas. Apesar da emenda não ter sido aprovada, em 1985 o poder civil foi restaurado com a eleição, ainda que indireta, de um novo presidente. O tempo dos governos militares se encerrava. |||| edUARdo GoNÇAlVeS e FAbIo CANo NÚCleo de MeMÓRIA dA PUC-RIo

leia o Jornal da PUC na internet www.puc-rio.br/ jornaldapuc

JORNAL DA PUC

Publicação quinzenal editada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro COMUNICAR - Coordenador-Geral: Prof.

Miguel Pereira. Coordenadora-Adjunta: Profª. Julia Cruz. Coordenadora-Administrativa: rita luquini. JORNAL DA PUC - Jornalista Responsável e Editora: Profª.

Julia Cruz (Mte 19.374). Subeditora e Chefe de Reportagem: Profª adriana ferreira.

Projeto Gráfico e Diagramação: Profª.

Mariana eiras. Fotografia: Prof. weiler finamore filho. Ilustração: Prof. Diogo Maduell.

Conselho Editorial: Professores adriana ferreira, angeluccia habert, augusto sampaio, Carmem Petit, Cesar romero Jacob, Cristina bravo, fernando ferreira, fernando sá, Julia Cruz, lilian saback, Mariana eiras, rita luquini. Anúncios produzidos pela Agência.

Com. Redação e Administração: rua Marquês de s. Vicente, 225, s/401-K, 22451900, Gávea, rJ. Telefone: 3527-1140.

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CAMPUS

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Anos 80: Professores e funcionários técnico-administrativos comemoram o tempo de serviço prestado à instituição

Festa no clima das discotecas

Professor Augusto Sampaio é homenageado por 45 anos de dedicação fotos Gabriela Doria

– É um prazer muito muito grande fazer parte da PUC. Às vezes fico pensando em como vai ser difícil deixar a Universidade um dia. A minha vida é aqui, eu vivo aqui com o maior prazer. Detesto férias – brincou.

Neusa Ferreira de Almeida, que trabalha na Divisão de Bibliotecas e Documentação, é funcionária há 40 anos e também foi homenageada.

Ela contou que participa to-

“

Às vezes fico pensando em como vai ser difícil deixar a Universidade um dia Ginásio foi cenário de hits da década de 1980 para celebração anual de reconhecimento do carinho, amor e afinco dos colaboradores da PUC

Jorge Paulo de Araujo comemorou 20 anos de trabalho na Universidade Michele Freitas

O clima das discotecas dos anos 1980 foi o tema escolhido para ambientar a festa de confraternização dos professores e funcionários técnico-administrativos da PUC-Rio, organizada pela Vice-Reitoria Comunitária. Durante a festa no ginásio, foram homenageados 106 funcionários que completaram 20, 25, 30, 35, 40

e, seis deles, 45 anos de serviço na instituição. Na abertura, o Reitor da Universidade, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J, agradeceu a presença dos funcionários e familiares e demonstrou satisfação em poder reunir todos em um momento de alegria e descontração.

– A PUC tem o diferencial de reconhecer, a cada ano, a dedicação, o amor e o carinho dos colaboradores. É muito bo-

Vice-Reitor Comunitário agradeceu por toda confiança depositada nele

nito perceber esse sentimento de pertencimento profissional em cada um.

Entre os homenageados, houve um em especial: o Vice-Reitor Comunitário, professor Augusto Sampaio, que completou 45 anos na PUC. Além da longa trajetória na Universidade, ele foi o idealizador da confraternização anual dos funcionários. Durante a homenagem, o Reitor fez questão de ressal-

tar que Sampaio “veste a camisa” da instituição e faz parte da história acadêmica da PUC. – Todo tempo e dedicação que ele tem empenhado por esta Universidade faz de Augusto Sampaio uma memória viva da instituição.

Visivelmente emocionado, professor Augusto agradeceu por toda compreensão e confiança que tem recebido ao longo da sua carreira na Universidade.

Augusto Sampaio

dos os anos da festa e acha excelente a iniciativa de reconhecer o trabalho e esforço dos funcionários.

– É uma homenagem singela, mas para quem sabe receber com o coração aberto é muito motivador. A PUC foi uma mãe para mim. Aqui, eu consegui alcançar todos os meus objetivos e fiz várias amizades.

Há 20 anos na Universidade, o fotógrafo e cinegrafista do Projeto Comunicar Jorge Paulo Araujo estava entre os funcionários homenageados pela primeira vez.

– Tive a sensação de valorização por esse período. Poder fazer parte desse time, que é a PUC, e há 20 anos conviver com toda essa comunidade é muito bom. Daqui a cinco anos, quando eu fizer 25, espero estar aqui de novo e, se for possível, continuar na PUC por muito mais tempo.

Cada uma dessas memórias pessoais compõe a história da PUC e juntas motivaram a presença de um cartaz no palco em que estava escrito: Se chorei ou se sorri, o importante é que na PUC emoções eu vivi.

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CAMPUS

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Expansão: Projeto receberá apoio do escritório Modelo de arquitetura Gabriela Doria

PELO CAMPUS

Desafios dos leigos na Igreja

Semana teológica debate papel do leigo na Igreja e na sociedade

Reitor padre Josafá, ao lado do ex-aluno Paulo Cunha, ressalta a importância dos gestos de solidariedade

Novo edifício será erguido no campus As obras do empreendimento, que terá três andares, começarão em janeiro de 2015 na Vila dos Diretórios RAyANdeRSoN GUeRRA

O Departamento de Artes & Design vai ganhar novo edifício no campus da Universidade e, no dia 6 de outubro, houve uma solenidade de descerramento da placa do início das obras. O novo prédio será construído na Vila dos Diretórios com doações do ex-aluno e benemérito da PUC-Rio Paulo Cunha. O imóvel, de três andares, vai comportar a administração do Departamento e três salas de aula. As obras terão início em janeiro de 2015.

Atualmente estão matriculados no curso cerca de 1.200 alunos, nas quatro habilitações: Comunicação Visual, Projeto de Produto, Mídia Digital e Moda. Segundo o Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., o crescimento do Departamento demandava modernização das estruturas.

– O Departamento de Artes&Design cresce a cada dia. São mais de mil alunos.

Portanto, ele necessita de um

“

Artes&Design cresce a cada dia.

Necessita de um ambiente moderno Padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J.

ambiente mais moderno. Apresentamos o projeto do novo edifício na reunião do Conselho de Desenvolvimento e, no mesmo encontro, o benemérito Paulo, como bom samaritano, em gesto simples e solidário, se comprometeu com o projeto e liberou os recursos para a edificação – contou.

O engenheiro e ex-aluno da Universidade Paulo Cunha, que integra o Conselho de Desenvolvimento, lembrou que,

no momento em que surgiu a proposta de construção do prédio, logo se prontificou a ajudar, por causa da importância e seriedade do projeto.

De acordo Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sérgio Bruni, o início das obras está previsto para janeiro do ano que vem, a fim de evitar transtornos para estudantes, funcionários e professores. Enquanto isso, a Universidade espera a liberação de licenças por parte da prefeitura e do Instituto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

– A ideia é começar as obras durante as férias para que possa ser feito um reexame do local sem transtornos para o dia a dia da Universidade. Já temos o projeto básico, feito pelo Departamento de Artes & Design, com o apoio do Escritório Modelo de Arquitetura da PUC, que agora será refinado, e em parceria com uma empresa de engenharia que será contratada, vamos fazer o projeto executivo – explicou.

O papel do cristão leigo na atualidade, os desafios e as contribuições do laicato para a missão da Igreja Católica foram alguns dos temas discutidos na XV Semana Teológica, que ocorreu entre os dias 7 e 9 de outubro na Universidade. Professores e estudantes debateram sobre discursos recentes do Papa Francisco, que tem insistido em uma Igreja mais aberta e missionária, e o papel do leigo nesse cenário.

Para o professor Carlos Signorelli, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, os leigos, nome que se dá às pessoas que são envolvidas

nas pastorais e serviços da Instituição Católica, porém não são religiosos ou sacerdotes, são importantes nesse movimento de saída da Igreja ao encontro da sociedade, já que esses conseguem estar em locais onde, muitas vezes, a Igreja não poderá estar oficialmente.

– Ou o leigo está lá ou a Igreja não estará. Nós devemos construir o novo. É importante este conceito de sujeito autônomo no laicato. A vocação do leigo é estar no mundo. O Espírito Santo quer toda a Igreja em missão. tÂMARA CARVAlho

Veja matéria completa no site do Jornal da PUC: www.puc-rio.br/jornaldapuc

ENSINO E PESQUISA

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Academia: Vice-Reitor Administrativo conquistou o IFEES Duncan Fraser Award, que será entregue no fim do ano

Competência garante prêmio internacional

Professor ressalta que o novo profissional deve ser capaz de se reinventar Gabriela Doria

Gabriel Pinheiro

A aliança entre conhecimento técnico, social e econômico, com a visão de empreendedor, proporcionou ao Vice-Reitor Administrativo, professor Luiz Carlos Scavarda do Carmo, o prêmio IFEES Duncan Fraser Global Award. Criada em 2010, a homenagem é concedida anualmente e distingue o vencedor pela flexibilidade na área de educação em engenharia. Este ano, a cerimônia de premiação será em Dubai, entre os dias 3 e 6 de dezembro.

A IFEES é uma sociedade internacional de engenheiros que tem como característica a

flexibilidade e a preocupação com o ensino e o impacto da carreira no mundo. Scavarda explica que o vencedor não é escolhido exclusivamente pela qualidade técnica, mas por uma visão ampla da engenharia dentro da sociedade como um todo.

O professor afirma que a área tem crescido em importância com o passar dos anos.

Ele acrescenta que, nos dias atuais, os engenheiros são os profissionais responsáveis por produzir a infraestrutura e os serviços do país.

– Particularmente, na área de educação em engenharia, você não só trabalha o proces-

so educacional do indivíduo, mas também o desenvolvimento socioeconômico dos países onde você tem engenheiros bem qualificados.

A importância do reconhecimento para a Universidade, afirma Scavarda, é a visibilidade internacional. Ele ressalta a importância da capacidade de reinvenção para que bons profissionais sejam formados.

– Hoje em dia, quanto mais flexível for o engenheiro, quanto mais uma universidade faz um engenheiro flexível, mais em alta ele estará. Ou seja, quanto mais ele tiver aprendido a aprender, mais chances ele vai ter no mercado de trabalho.

Iniciativa: Empresa Júnior movimenta os pilotis com feira e palestras

Professor Scavarda recomenda aos futuros engenheiros flexibilidade Weiler Filho

Convite para mudar o mundo Finalidade da ação foi desmistificar a figura do empreendedor Alessandra Monnerat

Move. O nome da feira organizada entre os dias 7 e 9 de outubro pela Empresa Júnior foi mais que uma palavra de ordem que intima a não ficar parado. O imperativo foi um convite a participar do jogo do empreendedorismo. O principal conceito que motivou as palestras e atividades da feira foi desmistificar a figura do empreendedor, que é também um jogador e pensa em cada nova estratégia como uma nova rodada em uma partida. A ideia era chamar quem passava pelos pilotis a jogar também.

Quem entrava na Caixa EJ, uma instalação em dois ambientes montada em frente aos elevadores da Ala Kennedy, via uma parede negra repleta de frases motivacionais escritas em neon. Ao final, cada pessoa ganhava um balão com uma mensagem e a oportunidade

de se inscrever no processo seletivo da Empresa Júnior. Do lado de fora, um painel interativo em forma de caça-palavras chamava os visitantes a buscar e escrever palavras. Tudo pensado para responder à pergunta “o que te move?”.

A tela em branco foi um convite para visitantes expressarem um pouco de arte. O lugar foi ponto de encontro de grafiteiros como Luiz Fernando Guedes, aluno do 2º período de Engenharia de Produção.

Ele afirmou se identificar com o conceito de empreendedorismo, e pretende aplicá-lo para unir o curso com outra paixão.

– O que me move é tentar deixar a cidade um pouquinho melhor, mais bonita, mais colorida. Quero trabalhar com Engenharia ligada à arte. Como, eu não sei ainda – disse.

O calouro de Ciências Sociais Lucas Machado também quer encontrar uma maneira

de unir a graduação à atividade de empreender. Para tanto, assistiu a várias palestras que foram apresentadas nos pilotis, como a de Felipe Neto, dono do canal do YouTube Não Faz Sentido, e de Michel Jager, CEO da Koni Store. Para o aluno, a feira foi um aprendizado.

– O que me move é a vontade de crescer e de mudar o mundo com a minha graduação, principalmente. Quero buscar, com esse olhar que meu curso propõe, uma inovação – afirmou.

Mesmo quem não se interessa por empreender encontrou espaço na Move. Luiza Amadeu, do 2º período de Psicologia, aproveitou para indicar a banda do namorado ao concurso da Rádio Farm. Os vencedores ganhariam uma playlist no site da loja e quem sugeria o nome de um grupo receberia um prêmio.

– Sempre apoio a banda.

Não foi só pelo brinde.

Palestras do encontro foram todas nos pilotis do Edifício da Amizade

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CAMPUS

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Estudo: Acadêmicos debatem o contexto da vulnerabilização infantil

Crianças e jovens da América Latina

Irene Rizzini na X Conferência Internacional da Infância e Juventude

professora Irene Rizzini, do Departamento de Serviço Social, as ameaças vão além da pobreza. Para ela, a falta de acesso aos direitos, como escola de qualidade e saúde, e a falta de segurança compõem o contexto de vulnerabilização das crianças.

– Muitas vezes, as crianças não têm espaços de lazer seguros. Isso é muito comum em vários grupos em que atuamos.

São locais inseguros em que as

crianças, às vezes, estão brincando e podem ser alvos de balas perdidas. Como a Rocinha, por exemplo, que tem um dos índices mais altos de tuberculose e hanseníase.

Na ocasião também houve o lançamento da exposição de fotografias Crianças no Rio de Janeiro: Contrastes, parte do acordo de cooperação científica estabelecido entre a Universidade de Østfold, na Noruega, a PUC-Rio e o Ciespi.

Debates: Professores e psicólogos dividem experiências com os alunos

Semana de Psicologia explora novas possibilidades na área Temas abordados no encontro foram sugeridos pelos alunos Dependência química, perfil criminal e autismo foram alguns dos temas da XIV Semana de Psicologia. Organizada pelo Centro Acadêmico de Psicologia (Capsi), com o apoio do Departamento de Psicologia, o encontro contou com mais de 20 palestras que ocorreram entre os dias 20 e 24 de outubro e reuniram psicó-

bruna duque estrada

Alunos lotam palco do debate entre representantes de candidatos

Ana Costa e julia pimentel

Julia Pimentel

O exercício da democracia

Gabriela Doria

3,7 milhões de pequenos cidadãos fora das escolas são vítimas do descaso A situação de crianças e adolescentes que vivem nas ruas foi um dos temas da X Conferência Internacional da Infância e Juventude: Processos de vulnerabilização e estratégias de resistência, que ocorreu no dia 23 de outubro no auditório do RDC. O encontro marcou a celebração dos 30 anos de ação do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (Ciespi). O debate abordou a realidade desses jovens em cidades como Rio de Janeiro e Medellín, na Colômbia.

No Brasil, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola. Segundo a presidente do Ciespi,

PELO CAMPUS

logos e professores da PUC e de outras universidades.

Além de aulas expositivas, os alunos puderam participar de vivências e workshops.

Integrante do Capsi, Ana Wander Bastos conta que a semana apresentou diferentes áreas da profissão. Para ela, o contato com outras experiências possibilita ao estudante uma maior noção do cotidiano profissional.

– Nossa ideia é alastrar o conhecimento. Inserimos diferentes palestras com a expectativa de que os alunos saibam e busquem outras possibilidades.

Os temas foram escolhidos a partir de sugestões dadas pelos estudantes. Para Maria Carolina Nascimento, aluna do 4º período e integrante do Capsi, a Semana de Psicologia representa uma forma de expandir os conhecimentos.

Em uma mesma semana, a PUC foi cenário de manifestações de apoio aos candidatos que concorriam à Presidência da República. No dia 21 de outubro, o movimento Onda da Razão, organizado por alunos que apoiavam Aécio Neves (PSDB), e o Coração Valente, de eleitores de Dilma Rousseff (PT), invadiram os pilotis. Os estudantes foram convocados pelo Facebook, com o pedido para que comparecessem com camisas das cores azul e vermelha, representando o PSDB e PT, respectivamente.

Pedro Duarte Jr, estudante de Direito e líder do movimento em prol do candidato do PSDB, disse que o objetivo dessas ações foi mostrar que dentro da Universidade existem alunos organizados e engajados politicamente.

Dois dias depois, um ato político reuniu mais de mil

pessoas nos pilotis. Alunos e militantes uniformizados carregavam bandeiras e proferiam palavras de ordem em defesa de seus candidatos e respectivos partidos. O cenário era digno de uma final de campeonato de futebol.

Com blusa vermelha, a estudante de Direito Julia Rezende participou da manifestação. Para ela, a polarização da Universidade estimula debates importantes sobre questões sociais, e elogiou o respeito ao outro.

Organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), o debate reuniu o presidente do PSDB-RJ, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), a vice-presidente nacional do PT, Clarissa Alves da Cunha, e o professor da UFRJ Emir Sader.

Aline Ripoli e Diego Roman

Voluntários nas olimpíadas A Escola de Negócios da PUC-Rio recebeu, no dia 8 de outubro, atletas e integrantes do Comitê Olímpico Brasileiro, que divulgaram o Programa de Voluntários Rio 2016.

No encontro, a gerente do programa, Flávia Fontes, ressaltou a importância do trabalho dos voluntários. De acordo com ela, além de participar do maior evento esportivo do mundo, os voluntários terão uma ótima oportunidade para

descobrir novos interesses e habilidades e ainda conhecer culturas diferentes.

Para se inscrever no programa, o candidato precisa ter, pelo menos, 18 anos completos até o dia 28 de fevereiro de 2016 e ter disponibilidade para participar do processo seletivo e passar pelos treinamentos, que poderão ser realizados, em alguns casos, em três dias.

Ana Costa

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CAMPUS

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Valores: Feira promovida pela Pastoral gera reflexão sobre a defesa dos Diretos Humanos e o Combate à Intolerância

XIX Fevuc dialoga sobre as diferenças

Participação de alunos nas atividades é destaque da edição Bruna Duque Estrada

Michele Freitas

É possível um diálogo nas diferenças? foi o lema da XIX Feira de Valores da Universidade Católica (Fevuc) organizada pela Pastoral Universitária Anchieta de 21 a 23 de outubro. Atividades culturais e religiosas promoveram uma reflexão sobre a defesa dos direitos humanos e o combate à intolerância. Palestras, debates, exposições, intervenções artísticas, oficinas e apresentações de rock e hip hop ocuparam vários pontos do campus da Universidade. Um estande foi montado nos pilotis com painéis para expor os projetos desenvolvidos pela Pastoral. No local também era possível participar do sebo da troca de livros.

O coordenador da Pastoral Universitária, padre José Abel

Souza, S.J., ressaltou que o diferencial desta edição da Fevuc foi a participação dos alunos, que não só passaram pela feira, mas também se envolveram nas atividades e debates, protagonizaram as manifestações artísticas e ajudaram na organização como voluntários.

O estudante de Ciência da Computação Giovanni Campos participou da palestra do dia 22, sobre o sistema prisional, que reuniu representantes de instituições que trabalham na reinserção social de detentos.

– Descobri coisas que eu não sabia sobre o assunto. Eles trouxeram um egresso do sistema prisional que falou sobre a intolerância. Ele lembrou o tempo que passou na prisão e ressaltou a importância da religião na vida das pessoas. Ele se

No estande da Pastoral foi possível participar do Sebo da Troca de Livros

converteu a uma religião cristã protestante, o que o ajudou a enfrentar as dificuldades.

Dezesseis alunos se inscreveram como voluntários para colaborar na organização da Fevuc, entre elas, a estudante de Pedagogia Joyce Viana, que orientou os visitantes no estande do Sebo da Troca de Livros.

– Muitas pessoas ainda não conheciam o serviço e aprovaram a ideia. Houve muitas trocas e de todos os tipos. Ao contrário do que ocorre normalmente, durante a Fevuc não havia restrição de tamanho ou assunto, quem trouxesse um livro poderia trocar por qualquer outro.

Integrante da banda de rock Helena, o estudante de História Gabriel Martins se apresentou com o grupo no encerramento da feira. Para ele, a música consegue ir além do gênero musical e transmitir mensagens e valores.

– Conseguimos juntar o que a gente gosta de tocar com o tema da Fevuc. Fizemos uma viagem por diversos momentos do rock e artistas que falam sobre isso, como Raul Seixas.

Falamos sobre os direitos humanos da nossa forma, assim como teve o pessoal que usou a linguagem do hip hop com o mesmo objetivo.

Geografia: Gestão territorial é tema do I CONGEO, sediado na PUC

Encontro: Sociedade do século XXI em debate

Necessidades de mudança no campo da geopolítica

Pensar o corpo sob diferentes aspectos

Pesquisadores discutem a urgência de investir na área militar

Sexualidade, religião e preconceito foram alguns dos temas abordados no encontro

Arthur Macedo

O Brasil precisa fortalecer o poderio militar para ter um papel de potência mundial. É a opinião de especialistas, debatida no I Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO). O encontro, que ocorreu dos dias 7 a 10 de outubro, no auditório Padre José de Anchieta, reuniu pesquisadores e acadêmicos do meio para pensar a formação político-territorial do mundo atual.

O diretor-geral do Centro de Estudos em Geopolítica e Relações Internacionais (Cenegri), Charles Pennaforte, analisou o Brasil no cenário geopolítico atual e o papel do país

neste século. Segundo ele, é necessário que o Brasil se situe no panorama internacional.

– A projeção de um país se passa por uma estrutura de defesa muito bem organizada e coesa. Acreditar somente no pacifismo é idealismo. O Brasil tem que voltar a pensar em uma dimensão de potência.

Temos que abandonar o nosso pensamento de “casa-grande e senzala”, no qual só a casa-grande, o norte, tem a capacidade de fazer as coisas. E nós, a senzala, não temos capacidade.

Então, temos que reverter isso.

O Livre-Docente em Geopolítica da USP André Roberto Martin acrescentou a importância do país fortalecer o poderio militar. Martin

apresentou dois rankings, um com os países de maior PIB e outro das nações com maior poder militar.

– Na lista de PIB, o Brasil está perto de ultrapassar Inglaterra e França. Mas, em termos de poder militar não estamos nem entre os 15 principais. No momento que o Brasil atravessa, é urgente reforçar a variável militar. Se o Brasil não reforçar sua variável de poder militar, terá dificuldades de cumprir seu papel geo-histórico de potência equilibradora.

O congresso também prestou homenagem à geógrafa brasileira Bertha Becker, que deixou grande obra sobre o espaço brasileiro e as políticas territoriais como legado.

Letícia Gasparini

Corporificar o pensamento e pensar o corpo foi o tema da Semana de Ciências Sociais, organizada pelo Coletivo de Alunos de Ciências Sociais, entre os dias 20 e 23 de outubro. As palestras abordaram as diversas interpretações do corpo e o pensar por meio delas, e enfatizou temas como sexualidade, religião, preconceito, racismo, socialização e educação.

A diretora do Departamento de Ciências Sociais, Maria Sarah Telles, e a coordenadora de Pós-Graduação, professora Sonia Maria Giacomini, abriram o encontro. Maria Sarah comentou que os temas abor-

dados na semana são assuntos debatidos constantemente pelas pessoas do curso.

– Esses assuntos são comuns no Departamento. E quando a iniciativa de fazer uma discussão, um debate, vem dos alunos, é um momento importante.

O estudante de graduação em Ciências Sociais e um dos coordenadores da semana Lucas de Deus contou que o Departamento de Ciências Sociais foi um importante apoio estrutural na construção da semana.

– A ideia dos encontros foi trabalhar com tópicos que são centrais nas Ciências Sociais e tentar normatizá-los diante da sociedade.

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CULTURA

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Inovação: série de tV vai contar história de 78 ideias que deram certo

Ações cotidianas e os novos negócios

Editora PUC

NA ESTANTE

J

Programa do Canal Futura foi lançado na PUC com debate mediado por Marcelo Tas CARloS VeRíSSIMo

De acordo com o programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), responsável pelo maior estudo sobre empreendedorismo no mundo, metade dos novos empreendedores brasileiros tem até 34 anos. São jovens que tomaram a iniciativa de transformar situações do cotidiano em novas oportunidades de negócio.

Para estimular iniciativas empreendedoras entre os jovens brasileiros, o Canal Futura e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançaram o #ProjetoEmpreender.

Uma ação que conta com uma série de televisão que vai apresentar a história de 78 jovens.

A gerente-adjunta da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae, Olívia Castro, explica que o objetivo é ajudar o jovem a entender sobre empreendedorismo.

– O #ProjetoEmpreender é muito mais do que preparar alguém para ser um empreendedor. É trabalhar em conjunto com o jovem para que ele busque as oportunidades certas e, com isso, se torne protagonista de suas histórias – conclui Olívia.

Com 20 anos, o estudante de engenharia mecânica Giovanni Tramontin criou o Hoxton Gamer, um canal de vídeos na internet que comenta e dá dicas sobre jogos online. O que começou como hobby, se tornou uma fonte de renda para o jovem.

– Começou como uma brincadeira, mas eu senti que havia a possibilidade de ganhar dinheiro. No início eu só pensava em não pagar para jogar. Hoje em dia, é o que paga a minha internet – conta Tramontin.

Luana Cavalcante, 20 anos, é outra jovem empreendedora.

A estudante de moda da Universidade Veiga de Almeida sempre teve dificuldades em

se vestir por causa de problemas de locomoção, e decidiu criar sua própria marca de roupas adaptadas.

– Juntei a dificuldade de me vestir à minha paixão pela moda. Já existiam roupas adaptáveis, mas nenhuma com estilo. Comecei a desenvolver peças e estampas, e a expandir a ideia para ajudar mais pessoas O encontro para o lançamento da série ocorreu no campus da PUC-Rio no dia 16 de outubro e foi mediado pelo comunicador Marcelo Tas, que ressaltou a importância da educação empreendedora.

– O Brasil ainda está em sua infância quando se trata de empreendedorismo. É preciso difundir esse assunto, tentar esclarecê-lo e aperfeiçoá-lo.

Mas me deixa feliz estar presente em uma noite como essa, em que aprendemos com casos práticos de jovens que estão com a mão na massa.

A invenção do cinema brasileiro

ornalista, crítico e historiador, Paulo Antonio Paranaguá aborda no livro A invenção do cinema brasileiro uma nova leitura sobre o cinema, narrando a mudança dos rumos dessa arte, assim como os da literatura e da crítica no país. O autor faz ainda uma apresentação inovadora da história do cinema e da interação com o Modernismo brasileiro, ao relacionar aspectos nunca antes explorados com o tema.

A

A palavra modernista

palavra modernista procura contar a história do Modernismo, e dar ênfase às ideias defendidas em manifestos e obras, com o objetivo de escutar a palavra modernista. Doutor e mestre em filosofia pela PUC-Rio e professor do Departamento de Filosofia da Universidade, Pedro Duarte apresenta o Modernismo não só como um movimento estético, mas também de pensamento.

O

o brasil em uníssono

Brasil em uníssono destaca a concepção de música proposta por Mário de Andrade e realizada por Villa-Lobos. Além disso, trata da relação da música popular brasileira com a estética musical modernista.

Santuza Cambraia Naves (1952-2012), autora da obra, foi professora de antropologia do Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio e pesquisadora de música popular.

A

Modernidade toda prosa

utoras da obra Modernidade toda prosa, Eneida Maria de Souza e Marília Rothier são professoras de literatura brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais e na PUC-Rio, respectivamente. Elas analisam as manifestações do Modernismo até a atualidade. A obra aborda ainda a prosa no sentido mais amplo, com base na literatura de ficção e de não ficção, o cinema, o teatro e outras narrativas.

www.editora.vrc.puc-rio.br

ESPECIAL

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Obras: Escavações do metrô são realizadas em dois locais na Universidade, no estacionamento e no terreno depois do RDC

Passeio por debaixo do campus Previsão para entrega da Linha 4, que vai ligar a Zona Sul à Barra, é 2016 fotos Gabriela Doria

abrangência daquela detonação. Todas os resultados aferidos estão dentro dos padrões, e não oferecem risco.

As obras começaram em 2010 e têm como objetivo ligar a Zona Sul e a Barra por seis estações: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico. Os dois túneis escavados entre a Barra e São Conrado foram concluídos

“

Construções que estão dentro dos padrões não correm risco nenhum A perfuração da nova linha do metrô ocupa parte do estacionamento da Universidade, próximo ao ginásio

com o engenheiro e diretor de contratos do Consórcio Construtor da obra, Lúcio Silvestre, as explosões não oferecem riscos à Universidade e nem aos prédios do entorno.

– É feito um grande monitoramento, com equipamentos que são colocados na área de

Lúcio Silvestre

em janeiro deste ano. Ao todo, eles têm cinco quilômetros de extensão e são os maiores túneis metroviários construídos em rocha do mundo.

Já foram instalados 3,9 quilômetros de trilhos e construídos 9,3 quilômetros de túnel. As máquinas trabalham 24 horas

por dia, seis vezes na semana. Só no canteiro de obras da Gávea, estão envolvidos 5.300 funcionários, entre eles engenheiros civis, engenheiros de minas, geólogos, arquitetos, assessores de comunicação, chefes de cozinha, e outros. Uma curiosidade é que cada túnel tem um altar de Santa Bárbara, considerada a padroeira dos tuneleiros.

Silvestre explica que, para evitar transtornos dentro do campus, duas obras diferentes são realizadas. Uma no estacionamento, em que duas plataformas paralelas são construídas para receber os trens que vêm da Zona Sul e da Oeste. A outra é a escavação da parte principal do túnel, nos fundos da PUC. A logística, explica o engenheiro, foi pensada para evitar o trânsito de caminhões, equipamentos e funcionários da obra com estudantes, professores e funcionários da Universidade.

O engenheiro ressalta duas vantagens da estação que ficará cerca de 50 metros abaixo do solo. Após o término das obras, cerca de 2 mil veículos em horário de pico serão retirados das ruas. Além disso, a estação vai ter 350 metros a mais para que seja possível expandir futuramente o sistema metroviário da cidade para a Tijuca e o Centro.

► O mundo subterrâneo observado por um jovem repórter

Estação terá 350 metros a mais para que sejam feitas futuras expansões Gabriel Pinheiro

Três toques de sirene seguidos de uma explosão, as janelas e o chão tremem. Alertas e vibrações que se tornaram parte do cotidiano da comunidade PUC com a obra da Estação da Gávea, da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, no campus da Universidade, prevista para ser entregue em junho de 2016. A construção terá dois acessos na altura da

Universidade: um na Avenida Padre Leonel Franca e outro na Rua Marquês de São Vicente.

Por causa da formação geológica do bairro, as perfurações necessitam ser feitas em rocha, e as escavações são realizadas de acordo com o Novo Método de Tunelamento Austríaco (NATM), em que detonações são controladas por níveis de vibração, som, impacto e quantidade de explosivos. De acordo

A experiência já começou engraçada e curiosa quando tive que calçar botas, capacete, máscaras, colete e óculos de proteção. Especialmente para mim, que uso óculos de grau, colocar outro par no rosto fez a coisa ficar ainda mais cômica. Foi estranho entrar na obra por onde antes ficava a cancela de entrada e saída do estacionamento.

Caminhões, tratores, pedras, fios e cimento estavam por toda parte. Enquanto eu me adaptava ao ambiente diferente, percebi os olhares curiosos dos trabalhadores que reparavam no grupo de estudantes que faziam a visitação. Entrei em um dos dois enormes buracos cilíndricos

que estão sendo escavados para chegar até as plataformas nas quais os trens vão trafegar. A profundidade total é de cerca de 50 metros, mas só pude descer até os 18 metros. É estranho e meio claustrofóbico ficar dentro de um buraco, ouvir o barulho das máquinas, sentir aquela poeira no ar e, ao olhar para cima, ver o céu, ainda mais distante do que já é. Depois, para minha surpresa, porque eu não sabia que estavam sendo feitas duas obras diferentes, entrei no “real” buraco do metrô, nos fundos da Universidade. Desci por uma ladeira por cerca de 400 metros, que pareceram quilômetros. Lá embaixo, pude ver os

dois grandes túneis: o sentido Zona Oeste e o Zona Sul. Caminhões cheios do material escavado subiam a ladeira para levar para fora do buraco aquilo que já não pertence mais àquele lugar. Aquela imensidão de terra parecia outro mundo, do tipo Vida de Inseto. Um mundo em que milhares de pessoas trabalham embaixo de nós e não temos noção disso porque não vemos. E depois dessa experiência, fiquei pensando como é difícil imaginar como tudo vai ficar quando estiver pronto. É, mas deve ser porque faço humanas. Para as engenharias da vida, isso deve ser mole.

Gabriel Pinheiro

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ESPECIAL

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Jornalismo: Ex-estagiários do Projeto Comunicar lançam filme sobre ocupantes da Torre de David, em Caracas, Venezuela

Ocupação simboliza a história de um país Alessandra Monnerat

Vista de vários lugares de Caracas, na Venezuela, uma torre de 45 andares no centro financeiro da cidade chama a atenção. Metade da construção tem a fachada espelhada, como a de tantos prédios comerciais.

A outra metade, porém, tem os tijolos à mostra, que revelam um pouco melhor o que o edifício abriga: a maior ocupação vertical do mundo, chamada Torre de David. Depois de cinco dias ali, os repórteres Julio Molica e Rodrigo Carvalho, ex-estagiários do Projeto Comunicar, produziram um documentário que mostra o cotidiano dos moradores do prédio durante a desocupação, que começou neste ano. O filme estreou no Festival do Rio e será exibido na GloboNews no dia 1º de novembro.

Julio e Rodrigo tiveram a ideia de fazer o documentário durante a cobertura de manifestações em Caracas, em junho deste ano. No período em que passaram por lá, os dois repórteres vivenciaram um importante aspecto da vida no prédio: a construção inacabada não permitia a instalação de elevadores. Por isso, a equipe teve que carregar todos equipamentos de filmagem pelos 28 andares usados pelos moradores. Os dois repórteres trabalharam com uma equipe reduzida, com três integrantes de uma produtora venezuelana. Rodrigo afirma que o documentário se aproxima do formato de reportagens especiais em que os repórteres trabalham em várias funções.

– Foi uma grande reportagem feita a muitas mãos. Não tinha uma divisão clara, “você faz as entrevistas, você faz as imagens”. Essa era a intenção.

Inicialmente, a construção abrigaria o Centro Financeiro Confinanzas, além de um edifício-garagem e um hotel com piscina. Durante a crise de fuga de capitais na Venezuela nos

Documentário mostra dia a dia de moradores de invasão Richard Rodriguez

Rodrigo Carvalho e Julio Molica, repórteres da GloboNews, passaram cinco dias na Torre de David, ocupação no centro de Caracas, na Venezuela

“

Quisemos contar a história de um país que conhecemos pouco Rodrigo Carvalho

anos 1990, a obra foi paralisada, e o imóvel, expropriado. A ocupação começou em 2007, com cerca de 800 famílias. Em sete anos, o número de moradores aumentou para 4 mil. Apesar da insegurança, em conseqüência da falta de estrutura, os ocupantes adaptaram o prédio

comercial às suas condições de vida, e fizeram instalações de água e luz improvisadas. Além disso, cada andar era coordenado por um delegado e um subdelegado, que dividiam as tarefas de limpeza e administração, sem receber nada. No complexo habitacional, funcionavam ainda microempresas e até mesmo uma igreja.

Este aspecto comunitário da Torre refletia a inclinação política dos moradores: os repórteres estimam que a maioria seja chavista. Uma situação favorável para a gestão do presidente Nicolas Maduro, que decidiu desocupar o prédio. A visão positiva do governo facilitou a entrada na Torre do ministro para a Transformação Revolucionária de Caracas, Ernesto Villegas. Ele negociou pessoalmente com os moradores a desocupação de forma pa-

cífica. A remoção para a cidade de Villa del Tuy, a 70 km de Caracas, porém, decepcionou os ocupantes. Segundo Julio, uma parte dos moradores acreditava que a melhor solução seria manter as pessoas ali, e o prédio ser transformado em um símbolo real do socialismo.

– Seria uma quebra de paradigma. O caminho mais óbvio é o da remoção, levar para um prédio mais seguro. Mas imagina, manter 4 mil pessoas ali, num prédio no centro da cidade, com piscina para crianças.

No final, é um governo socialista que tem uma justificativa honesta, de dar mais segurança às pessoas, mas que na prática está removendo moradores pobres de uma região rica.

Para Rodrigo, a ocupação é, na verdade, um símbolo da própria Venezuela, um país com uma história conturbada, que

enfrenta problemas de crise de abastecimento, corte de petróleo e do mercado negro de câmbio. Por isso, os repórteres decidiram usar um ponto de vista de dentro da Torre, com a maioria das entrevistas produzidas no local, com os moradores de lá.

– Poderia ser uma ocupação em qualquer lugar do mundo.

Mas há um grande déficit habitacional na Venezuela. Com as histórias das pessoas, quisemos contar a história de um país que conhecemos pouco.

Os dois repórteres querem repetir a parceria em um projeto futuro, sobre a economia da Venezuela. Segundo eles, questões que o documentário levanta, sobre a crise habitacional e a gentrificação, devem continuar a ser discutidas, mas, afirmam, também é preciso aumentar o conhecimento dos brasileiros sobre nossos vizinhos.

ESPECIAL

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Reportagem: Uma parte da Amazônia é retratada em matéria assinada por dois ex-estagiários do Projeto Comunicar

Ferrovia do Diabo, fim da linha Realidade da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré desativada há 42 anos fotos Felipe Fittipaldi

Rayanderson Guerra

O repórter Caio Barretto Briso e o fotógrafo Felipe Fittipaldi, ex-estagiários do Projeto Comunicar, percorreram os 366 quilômetros da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, entre a capital de Rondônia, Porto Velho, e a cidade Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. O objetivo foi descrever, em reportagem à revista National Geographic, a realidade da Amazônia e da chamada Ferrovia do Diabo, desativada há 42 anos.

A parceria entre Caio e Felipe ultrapassou os pilotis da Universidade e, em oito anos, os dois já produziram matérias para as revistas Veja Rio, O2 e, recentemente, National Geographic. Segundo Fittipaldi, a ideia de escrever sobre a Ferrovia Madeira-Mamoré surgiu em dezembro de 2013, durante a viagem que ele fez à Rondônia. Fittipaldi morou na região dos dois aos cinco anos de idade, quando o pai trabalhou na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau.

– Quando era criança, brincava nas locomotivas da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

A ferrovia sempre foi a atração da cidade. Quando retornei ao estado, no réveillon de 2013, aluguei um carro e percorri todo o trajeto, pela BR-364 e BR-425, rodovias que os militares mandaram construir antes de interditar a Madeira-Mamoré, com o intuito de fotografar. Percebi que era uma ótima pauta, afinal estavam sendo construídas duas hidrelétricas no Rio Madeira, e os reservatórios iriam alagar trechos da ferrovia.

Projetada para escoar a produção de borracha da região amazônica, a Madeira-Mamoré demorou aproximadamente 50 anos para ser concluída, em 1912 e, depois de 60 anos de atividade, foi desativada pelo governo militar em 1972. Após 102 anos da inauguração da Madeira-Mamoré, os moradores do trecho de oito quilômetros, que liga as cidades de Porto Velho e Santo Antônio, vivem a expectativa da restauração, para fins turísticos, deste

pedaço da ferrovia. A trajetória da estrada de ferro, de acordo com Caio, é mal conhecida e, de modo geral, foi abandonada.

– A história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, na minha opinião, é uma tragédia.

Ela mostrou a capacidade do homem de construir uma ferrovia no coração do inferno. Na construção, morreram 10 mil operários, de vários países, e o objetivo da ferrovia era exportar a borracha brasileira. Quando foi concluída, o ciclo da borracha já havia entrado em declínio. A ferrovia já estava fadada ao abandono – concluiu.

Entre a sugestão da pauta à revista, a aprovação e a publicação foram um ano e dez meses.

Os dois fizeram duas viagens à Rondônia, com duração de uma semana, cada uma, para a conclusão da reportagem. Caio conta que a primeira viagem à região, em outubro de 2013, foi impactante, mas as impressões foram superadas.

– Você pensa, dois repórteres do Rio de Janeiro indo para Rondônia, eu nunca tinha ido para a Amazônia. Nós tivemos que mergulhar fundo para que a história fizesse sentido. Nossa pesquisa se baseou principalmente em livros, líamos tudo

que encontrávamos sobre o assunto, muita coisa que não tinha necessariamente ligação com a ferrovia, mas que tinha ligação com a história de Rondônia. Livros sobre a geografia do estado e tudo aquilo que ajudasse a entender o contexto da história da ferrovia – diz.

As vidas das pessoas que moravam no entorno da ferrovia, nas vilas formadas pelos trabalhadores das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, serviram como base para a elaboração da reportagem.

Para Caio, contar a história de pessoas é essencial.

– É uma matéria que precisa falar de gente. O primeiro personagem que encontramos foi o ex-ferroviário Lord Jesus Brown. O pai de Lord veio da Ilha de Barbados para construir a ferrovia e morreu em decorrência da explosão da caldeira de uma locomotiva. Quando a ferrovia foi desativada, muita gente foi trabalhar com o garimpo, e Lord se tornou faxineiro e zelador no museu da Ferrovia, onde funcionava a primeira estação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, na capital Porto Velho – relata.

Já Fittipaldi lembra da história de duas pessoas com quem ele e Caio estabeleceram uma relação afetuosa.

– Chegamos à cidade Vila Murtinho, que após a construção da rodovia se tornou cidade fantasma, com apenas uma moradora, a Dona Francisca.

Em Abunã, encontramos o Zacarias Batista, ex ferroviário, de 77 anos, conservador de linha e apaixonado pela história da Madeira-Mamoré.

Parque MadeiraMamoré preserva objetos da estrada de ferro desativada Ex-ferroviário Lord Jesus Brown cuida de museu na capital Porto Velho Dona Francisca é a única moradora da cidade abandonada após fim da via

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PANORAMA

30 de outubro de 2014

Lazer: Parceria entre instituições públicas e particulares promove atividade esportiva que integra alunos e professores

Momento de confraternização Festival PUC de Escolas da Gávea e Rocinha reúne cerca de 700 pessoas

fotos jp araújo

Letícia Gasparini

Atletismo, futsal e futebol de campo foram as modalidades que fizeram parte do Festival PUC das Escolas da Gávea e da Rocinha, realizado no dia 4 de outubro, na Escola Americana da Gávea. Alunos de escolas públicas e particulares, de 10 a 15 anos, participaram das atividades promovidas durante todo o dia.

O encontro, organizado pelo Departamento de Ciências Sociais e pela Coordenação de Educação Física da PUC-Rio, tem o objetivo de estimular a integração entre os estudantes, e ainda contruir um ambiente social, cultural e esportivo. O Festival PUC das Escolas da Gávea e da Rocinha ocorre desde 2012. Neste ano, cerca de 700 pessoas, entre alunos e professores de cinco escolas públicas e cinco privadas, participaram do Festival.

Além das modalidades esportivas, houve um concurso de desenho que definiu a logomarca e os mascotes desta edição. A logo vencedora foi da aluna Luiza Thomé de Deus Andrade, da Escola Nova. Renan Andrade e Raíssa Coimbra, do Instituto Nossa Senhora de Lourdes (Inosel), foram os vitoriosos na categoria mascote.

Futebol foi uma das atividades que atraiu atenção do público Os jovens puderam participar também de competições de fustsal

Festival teve espaço para os apaixonados por atletismo