201709 Jornal da Golpilheira 243 - Setembro de 2017

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Fotos: Rui Ferraz

Quem ganha? Autárquicas 2017

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Pusemos os cabeças-de-lista das candidaturas à Assembleia de Freguesia da Golpilheira e à Câmara Municipal da Batalha a escrever prefácios de livros, a fazer queixas no “livro de reclamações”, a redigir manuais de cidadania, a pintar murais, a gravar lápides e a enviar emails uns aos outros. Entre isto tudo, puderam falar das suas campanhas políticas. Aos cabeças-de-lista à Assembleia Municipal da Batalha pedimos que nos escrevessem sobre a função e o seu compromisso. Damos notícia dos comícios cá na freguesia e apresentamos um resumo do debate organizado pelo Jornal da Golpilheira. Confira tudo nas páginas 4 a 9 desta edição!

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O Banco da (nossa) terra.

Email: geral@jornaldagolpilheira.pt | Preço: € 1,00 | Director: Luís Miguel Ferraz | Mensal | Ano XXI | Edição 243 | Setembro de 2017

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P. 24 • 80 anos de vida 50 anos de padre

Em festa com João da Felícia

P. 12 • Última festa de Verão da Comunidade Cristã da Golpilheira LMF

LMF

São Bento festejou Senhora da Esperança

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. abertura .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2017

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Apelo ao voto Vote. Seja lá em quem for, vote. Nem que seja em branco ou nulo, vote. No próximo domingo 1 de Outubro, cada um de nós será chamado a escolher aqueles que acredita serem os melhores para desempenhar funções de governo nos órgãos locais de soberania. Serão três os boletins de voto: Câmara Municipal, o órgão executivo da autarquia; Assembleia Municipal, o órgão onde se tomam as decisões mais importantes e se discute e avalia a acção do executivo; e Assembleia de Freguesia, de onde se formará também, depois, o executivo da Junta. A este propósito, indicamos o esclarecimento da Comissão Nacional de Eleições: “A eleição da Assembleia de Freguesia não deve confundir-se com a eleição da Junta de Freguesia. A primeira realiza-se por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos recenseados na área da freguesia, no mesmo dia das eleições para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal. O presidente da Junta de Freguesia é o 1.º candidato da lista mais votada para a Assembleia de Freguesia. Os restantes membros da Junta são eleitos na primeira reunião da Assembleia de Freguesia, de entre os seus membros, mediante proposta do presidente da Junta.” É importante que não deixemos de exercer esta colaboração democrática. Trata-se de um direito, adquirido a muito custo por cidadãos que lutaram pela liberdade de participarmos na gestão do que é de todos, pelo que é fundamental darmos valor a essa conquista e usufruirmos desse valor. E trata-se de um dever, pois todos somos responsáveis pelo que corre bem ou corre mal na vida pública e esta é uma das formas mais importantes de cumprir essa responsabilidade. A Golpilheira tem tido, nos últimos anos, a mais alta taxa de participação do Concelho e umas das mais altas do Distrito, sempre acima das médias concelhias, distritais e nacionais. É um orgulho para nós, enquanto cidadãos, demonstrarmos essa consciência e responsabilidade cívica, esperando que nestas eleições voltemos a dar esse exemplo. Recordamos que, se nenhuma lista nos satisfaz, podemos votar em branco ou anular o voto. Essa é uma forma de protesto válida e democrática, ao contrário da abstenção, que é apenas sinal de desleixo ou irresponsabilidade. divulgação

.caderno mensal. Por José Travaços Santos Hospital da Misericórdia

Destinado agora a Centro da Juventude, o velho hospital da Misericórdia da Batalha, desactivado há quase cem anos e que nas últimas décadas do século XX foi habitação de recurso para batalhenses espoliado das suas casas por altura do Plano de Urbanização, ou para pessoas com dificuldades económicas, está a passar por obras de profunda remodelação e de adaptação às novas funções. Depois de ter pertencido secularmente à nossa Santa Casa da Misericórdia, é hoje propriedade do Município. Os elementos que possuo levam-me a crer que foi construido no século XVIII, possivelmente pouco depois da edificação da Capela e da sede da Misericórdia, pelo segundo ou terceiro decénios daquele século. Sucedeu ao primitivo hospital, criado em 1427 por el-Rei D. João I, e que “O Couseiro”, obra notável escrita no século XVII em que se dá fé de tudo o que respeita à nossa diocese, refere da seguinte forma no seu 65.º capítulo: “Havia dentro da vila ( da Batalha) um hospital que ainda há, além da igreja paroquial, e junto dele a ermida que é da invocação de Nossa Senhora da Vitória (Santa Maria-aVelha), é antigo e ainda conserva o compromisso, que foi feito no ano de 1427, sendo rei deste reino D. João I (…).” Esta informação de “ O Couseiro”, que é fidedigna, faz-me acreditar que esse primitivo hospital estava situado a leste do Mosteiro, junto à referida ermida de que agora, infelizmente, só restam as pedras que estão no Museu da Comunidade Concelhia,

entre elas uma laje do túmulo de mestre Boitaca, e uma memória no espaço que ocupou. Nos finais do século XIX e princípios do XX, houve uma tentativa de erguer, no morro em frente do Mosteiro, um terceiro hospital que substituísse o edifício agora em obras. Ainda se levantaram pavilhões que, pouco depois, nos finais dos anos 30, princípios dos anos 40, foram demolidos, aproveitando-se os seus materiais para construções municipais na Praça Nova/ Praça 14 de Agosto de 1385. É curioso referir que aquele segundo hospital, que em breve será Casa da Juventude, teve preponderante no acolhimento e no tratamento de militares feridos por altura da terceira e destrutiva invasão napoleónica (1810/1811), tendo em conta que o Hospital de Leiria, que o benemérito Bispo D. Manuel de Aguiar tinha mandado construir pouco tempo antes, fora arrasado pelos invasores, constatando uma informação de 3 de Maio de 1821 da nossa Misericórdia, assinalada pelo Vigário

Padre José Vieira Neto, que era escrivão da respectiva Mesa, que “nunca se mandou certidão à respectiva tesouraria (do Governo ou do Exército) para o embolso da sua despesa, tendo suprido tudo pelos rendimentos da Casa”, acrescentando que “foi este o primeiro hospital que se pôs em exercício nesta Província, fora das linhas de defesa quando evacuou o exército francês inimigo, sendo então da maior utilidade aos doentes dispersos do nosso Exército, como foi notório, pois nem em Leiria havia arranjos alguns...”. Seria interessante que na fachada do novo edifício se afixasse informação sobre estes méritos do nosso Hospital.

Perigo iminente de destruição global

Depois dos horrores da 2.ª Guerra Mundial e das guerras que se lhe seguiram, mais amadurecidas e cientes deviam estar as novas gerações dos males que qualquer

guerra desencadeia, pensávamos, pelo menos os da minha geração, em cuja meninice decorreu aquele tremendo conflito, recheado de loucuras e de desumanidades, que não seria possível repetir-se um desvario com aquele dimensão. Infelizmente, enganámonos, voltando àquilo que nos parece uma cópia dos anos 30, antecedentes da catástrofe. Na Coreia do Norte, o conflito está na forja e, tão mau quanto isso, proliferam os atentados contra a segurança e a própria sobrevivência do nosso planeta, em cujo seio, e com consequências que serão calamitosas, se deflagram bombas experimentais duma potência que ultrapassa tudo aquilo já conhecido. A cada avanço das artes e dos meios da guerra, sempre desumana, sempre fratricida, recuamos milénios no caminho da civilização até à destruição total de qualquer forma de vida consciente e inteligente.

Aulas de música e dança no CRG Está a iniciar-se mais um ano lectivo na Escola de Música e Dança do CRG, altura propícia para fazer a sua inscrição nas várias propostas do clube. Quanto à formação musical, está a constituirse a turma, bem como a selecção de instrumentos

como guitarra, piano, órgão ou bateria, podendo abrir-se outras possibilidades, conforme a procura. Quanto à dança, regressa o hip-hop com os professores David Brás, João Ferreira e Liliana Ramos, com cinco níveis etários. Também as ses-

sões de ginástica estão de volta, com step, aeróbica, localizada, entre outras, às terças e sextas-feiras, das 20h30 às 21h30. Este ano, irá testar-se a integração de uma turma de dança contemporânea, leccionada pela professora Neuza Neves, da Escola

B. Ballet, prevista para as tardes de sábado. As inscrições, pedidos de informações, horários e preços poderão ser consultados pelo email crgolpilheira@sapo.pt, pelo telefone 244768568 ou em facebook.com/ c.r.golpilheira.crg.


Jornal da Golpilheira

. eclesial .

Setembro de 2017

Dia da Diocese a 8 de Outubro

“Procissões de caracóis”

Festa em honra da Senhora do Fetal

Convocatória para a Assembleia Diocesana Vamos iniciar um novo ano pastoral sob o lema “LeiriaFátima em festa: centenário da restauração da Diocese (19182018)”. Ao longo dele, faremos memória jubilosa e agradecida do percurso feito e das maravilhas de Deus, procuraremos fortalecer o sentido de pertença e a comunhão eclesial e receber a graça de um novo impulso e ardor para a missão de testemunhar e anunciar a todos o Evangelho da alegria e da paz. Venho, por este meio, convocar os fiéis da Diocese para a ASSEMBLEIA, que terá lugar na tarde do domingo, 8 de Outubro, na igreja catedral de Leiria. Com ela, em comunhão visível, celebramos juntos o Dia da Igreja Diocesana, fazemos a abertura solene do novo ano, apresentando o tema geral e o programa comum,

e, unidos aos nossos padroeiros, daremos graças ao Senhor pela porção do povo de Deus que somos e pelo carisma e muitos outros dons que nos concedeu. Convido especialmente: os padres, o Conselho Pastoral Diocesano, os membros dos Serviços e organismos diocesanos, as direcções dos Movimentos, Associações e Instituições, os superiores ou representantes das comunidades religiosas masculinas e femininas, as direcções dos Institutos Seculares e Novas Comunidades, os membros dos conselhos pastorais paroquiais, catequistas, ministros da comunhão e outros fiéis colaboradores na vida e missão desta Igreja local. O programa será o seguinte: 15h00 | Acolhimento, oração, intervenção do Doutor Marco Daniel Duarte sobre “Leiria-

Bispo diocesano presidiu à bênção

Novo salão paroquial em São Mamede Na tarde do passado dia 10 de Setembro, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, presidiu à celebração da bênção do edifício do novo salão paroquial de São Mamede, no âmbito das festas de Nossa Senhora dos Remédios. Para além dos numerosos fiéis provenientes das várias comunidades da paróquia, estiveram presentes os párocos “in solidum”, padres João Carlos Rodrigues e Jovanete Vieira, o padre Armindo Rodrigues, colaborador da paróquia, o presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista, acompanhado do vereador Carlos Agostinho, o presidente da Junta de Freguesia de São Mamede, Marco Vieira, acompanhado do seu vice-presidente, Luís Santos, bem como os projectistas da construção, a arquitecta Ana Alves, e o engenheiro Nuno Almeida. No momento da bênção, D. António Marto felicitou a população pela construção desta obra e sublinhou a importância do esforço de todos para tornar aquele espaço num “centro de unidade e fraternidade” ao serviço do aprofundamento da vida espiritual. “Sem uma vida espiritual de qualidade não há verdadeira qualidade de vida”, referiu o Bispo diocesano. No final da bênção, o pároco, padre João Carlos Rodrigues, manifestou a sua alegria pela presença do Bispo naquele momento de singular importância para a comunidade paroquial de São Mamede e agradeceu a todos os que contribuíram com a sua generosidade para a construção daquele centro de oração e de formação, de convívio e de confraternização para o bem comum de toda a paróquia. Segundo nota enviada pela paróquia, “a cerimónia de bênção foi uma ocasião para bendizer o Senhor pelos membros da comunidade paroquial que se empenharam com entusiasmo e generosidade na construção de um espaço amplo, cómodo e polivalente, destinado a intensificar mais profundamente a sua vida espiritual e a dar testemunho da fé e da caridade fraterna”.

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Fátima: sempre antiga e sempre nova – percurso evocativo da história da Diocese”, e momentos musicais; 15h45 | Apresentação da Carta Pastoral; 16h45 | Celebração litúrgica evocativa da Igreja local. Haverá também espaço e actividades de ocupação de crianças, de modo que os pais possam participar tranquilos no programa. O programa não inclui a celebração da Missa, pois se entendeu que todos têm a possibilidade de nela participar nas suas comunidades. Recomendo, aliás, o melhor empenho na preparação, celebração e vivência da Eucaristia nesse dia, aproveitando as sugestões do Departamento Diocesano de Liturgia, que serão enviadas oportunamente. Um evento como este teste-

Está a realizar-se, nos dias 23 e 30 de Setembro e 1 de Outubro a tradicional e anual festa em honra de Nossa Senhora do Fetal. O programa começou no sábado 23 de Setembro, com a procissão do Santuário de Nossa Senhora do Fetal para a igreja matriz. Cumpriu-se a tradição que atrai muitas centenas de pessoas a estes festejos, com o percurso iluminado por luminárias feitas a partir de cascas de caracol com azeite e torcidas artesanais. No mesmo cenário, mas em sentido inverso, será a procissão neste sábado, 30 de Setembro, pelas 22h00. O domingo, 1 de Outubro, é o dia próprio da festa, mas durante a semana haverá celebrações marianas, estando a imagem de Nossa Senhora na igreja paroquial. Realiza-se, também, um arraial no último fim de semana das festas.

munha a nossa união no amor de Cristo, exprime e reforça a comum pertença à mesma e grande família espiritual diocesana, promove a comunhão eclesial e imprime nos nossos corações maior sentido de co-responsabilidade na missão comum da Igreja. Reservai, pois, na vossa agenda a disponibilidade para participar, não marcando qualquer outra actividade, informai e motivai os vossos colaboradores para vos acompanharem. Peço a todos grande confiança em Deus e o melhor empenho na acção pastoral neste novo ano. Nossa Senhora de Fátima, mãe de ternura e de misericórdia, e Santo Agostinho, a todos protejam e guiem.

† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

Igreja de Nossa Senhora de Fátima

CAMPANHA de donativos Vamos todos ajudar para garantir os fundos necessários sem recorrer à banca... Ainda precisamos de cerca de 90 mil euros. Temos telhas que sairam do velho telhado por donativos de 1.000 euros. Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Estas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram... Cada telha será emoldurada e levará uma dedicatória desta campanha.

Como é óbvio, aceitamos donativos ou empréstimos de qualquer valor. Será passado o recibo, que poderá deduzir nos impostos. A sua ajuda será bem-vinda!

A melhor recompensa será a bênção de Deus, que conhece a intenção e o coração de cada um!

Donativos e empréstimos recebidos (objectivo: 200 mil euros)

Donativos

NOME

Campanha Telhas

Saldo 2015

24.000,00 € 20.000,00 €

Saldo 2016 Saldo Janeiro de 2017 Saldo Fevereiro de 2017 Saldo Março de 2017 Saldo Abril de 2017 Saldo Maio de 2017 Saldo Junho 2017 Saldo Julho 2017 Saldo Agosto 2017 Pe. Manuel Antunes Anónimos

1.000,00 € 1.000,00 €

Totais

46.000,00 €

OUTROS

Empréstimo

885,00 € 70.193,97 € 260,00 € zero zero 20,00 € 20,00 € 20,00 € zero 10.100,00 € 25,00 € 605,00 €

2.000,00 € 62.000,00 €

82.128,97 €

64.000,00 €

Total Donativos 128.498,97 €

Contactos:

Colabore para a construção desta obra da Comunidade Cristã da Golpilheira!

Precisamos da sua ajuda!

igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)


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Jornal da Golpilheira

. autárquicas 2017 .

Setembro de 2017

Entrevista aos cabeças-de-lista à Assembleia de Freguesia As 8 perguntas apresentadas abaixo foram enviadas por email aos candidatos à Assembleia de Freguesia da Golpilheira, com indicação do limite de 3.500 caracteres para as respostas. Aos que não atingiram esse limite, deixámos o espaço em branco, de modo a dar a todos a mesma área de referência. A ordem de publicação dos partidos é aquela em que aparecerão nos boletins de voto à Assembleia de Freguesia.

PS - Todos Pela Golpilheira

2. Imagine que a freguesia tem um “livro de reclamações” e decide ir apresentar a sua “queixa”. O que escreveria? 3. Decide redigir um manual de cidadania para oferecer aos golpilheirenses. Qual seria o primeiro artigo dessa lista? 4. Se tivesse de pintar um mural na freguesia, a representar a sua visão para a Golpilheira, que imagens e lemas decidiria inscrever? 5. Qual a frase de que mais gosta nos folhetos da propaganda eleitoral que está a distribuir? 6. Se tivesse de gravar numa lápide de pedra uma única promessa eleitoral, para ficar sempre visível na fachada da Junta, o que mandaria colocar? 7. Decide enviar um email ao presidente da Câmara da Batalha, dando-lhe conta de um projecto que quer realizar, mas que só conseguirá com a ajuda do Município... 8. Por fim, escreva o que significa o vosso lema para a campanha deste ano.

também dos jovens que dependem os bons hábitos e práticas de cidadania, e deverão ser promovidos e divulgados pelas instituições, começando pelas mais perto de nós. (Sei o que digo, pois sabem onde trabalho.)

nome Golpilheira, indicaria o seu significado em latim, uma raposa, que representa em última análise o empenho, a agilidade e a convicção dos Golpilheirenses. Além disso, também algumas alusões actuais, as forças vivas da freguesia, sejam a própria Junta de Freguesia, o Centro Recreativo, os vários grupos que integram a Comunidade Cristã local. No entanto, havendo na nossa freguesia pessoas talentosas e criativas, creio que obteríamos um resultado final extraordinário lançando-lhes este mesmo desafio.

Perguntas:

1. Convidam-no(a) para escrever o prefácio de um livro de promoção da freguesia da Golpilheira. Como seria o seu primeiro parágrafo?

CDS - Golpilheira No Coração

José Filipe 1 – Tratando-se de uma aldeia onde são tão presentes as suas gentes como as inscrições de uma vida ancestral, a Golpilheira transportanos de imediato para uma ideia de memorial vivo, onde se dá o encontro entre um tempo ancião face aos desígnios próprios da natureza envolvente, discreta e múltipla. Seja através do seu carácter, de intensa consonância histórica, seja pelo simples deleite da paisagem, esta freguesia tem a capacidade de arrebatar e trazer a si o senso da união de um povo. 2 – Atendendo à dimensão da população golpilheirense e à relação de proximidade que é possível criar junto desta, não creio que faria sentido um “livro de reclamações”, mas sim escutar directamente a pessoa. Esta será sempre a nossa abordagem primordial com vista à resolução dos problemas da nossa freguesia. 3 – 1.º artigo - Ao munícipe da Golpilheira corresponde, a todos os níveis, o dever e o direito de informação plena sobre a freguesia. 4 – Como referi anteriormente, a freguesia da Golpilheira é um memorial vivo do qual destaco os vestígios do povoado de Collippo, a Igreja do Bom Jesus dos Aflitos fundada no século XV, a Igreja de São Bento, que terá começado por ser o primeiro templo cristão da região, entre outros recantos patrimoniais que enriquecem a aldeia. Seria pertinente referir a ligação deste povo aos caminhos da Fé e da peregrinação, a arte de bem receber, assim como referir o Vale do Lena e todo o fulgor da paisagem rural e agrária do território, o cultivo do milho, do trigo, o vime. Em representação da origem do

5 – “É com o objectivo de participar nas decisões que irão moldar o futuro da Golpilheira que aqui se apresenta uma equipa de trabalho responsável, dinâmica, empreendedora e diligente.” 6 – Não é nosso intuito prometer aos Golpilheirenses o que quer que seja. Temos obviamente objectivos concretos a abordar, mas no sentido de contribuir para o desenvolvimento equilibrado e sustentável da nossa freguesia e sobretudo para o bem-estar dos seus habitantes. O valor das pessoas está nas acções que praticam e não em promessas. 7 – Quando existe uma relação de proximidade, cordialidade e respeito entre o Município e qualquer uma das suas Freguesias, isso traduz-se, em ambos, em maior capacidade de adaptação e concretização de projectos que estejam de acordo com os interesses da comunidade local. Ora, esse é o exemplo do exercício pleno da democracia. Portanto, assumo que qualquer projecto, devidamente fundamentado, será útil e terá o seu espaço próprio de discussão saudável e construtiva no Município. 8 – Este é um lema dirigido a todos aqueles que demonstram preocupação pelos destinos da freguesia, a todos aqueles que de forma altruísta e gentil partilham connosco as suas preocupações, o seu saber, as suas histórias, e todos aqueles que alicerçam o bem comunitário. Representa a união, em perfeita harmonia, pensamento e competência, num só objectivo, chamando à cidadania responsável, activa e entusiasta, todos os golpilheirenses. – Todos pela Golpilheira.

4 – Colocava um desenho ilustrativo do meio rural, ao lado de um outro com alusão à arte do vime e, por baixo, colocava o seguinte texto: “A arte do vime e a força do saber trabalhar a terra”.

Paulo Bagagem 1 – Ilustre terra de férteis planícies que verdejam ao longo do rio, outrora toda ela cultivada pelas mãos sábias dos seus habitantes, onde alguma indústria se desenvolve envergonhadamente e outras mais cai no esquecimento de quem por lá vive e passa. 2 – Venho por este meio reclamar a falta de infra-estruturas de primeira necessidade, entre elas a falta de passeios e de sinalética que interfere activamente com a segurança e conforto da população, pois não é aceitável que peões e veículos, dos quais muitos pesados, partilhem as nossas ruas e estradas. 3 – Direitos e deveres dos cidadãos que estão sobre a alçada das instituições locais. A cidadania é o conjunto de direitos e deveres que cada pessoa possui enquanto cidadão de uma determinada comunidade. Ao consciencializar a população sobre os seus direitos e deveres, estimulando-os a participar activamente na comunidade, pretende-se que os mesmos sejam capazes de replicar este modelo de funcionamento noutros espaços (escola, trabalho, etc.), tornandose cidadãos responsáveis e activos na sociedade. Esta questão é particularmente importante. Os direitos humanos são um conjunto de direitos detidos por todas as pessoas de forma igual, universal e permanente. Estão inerentes à própria condição de ser humano, contudo, nem sempre são conhecidos, aplicados ou reivindicados. Acredito que trabalhando os direitos humanos com a população, os jovens ficarão a conhecer mais sobre esses mesmos direitos, mas também verão estimulada a sua vontade de participar na construção de um mundo melhor, pois é

5 – Golpilheira no Coração, pois é uma frase forte que toca a todos. 6 – Gravaria esta quadra: “Nesta terra somos felizes À nossa maneira Este não é um lugar qualquer Nós vivemos e somos Golpilheira” 7 – Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal da Batalha, venho por este meio solicitar o apoio da Câmara para um projecto que visa desenvolver a freguesia da Golpilheira e, por consequência, dar mais valor ao Município ao qual preside. Como o investimento é de considerada importância, e não havendo fundos da nossa parte para a realização do projecto, pedimos encarecidamente o envolvimento da Câmara no mesmo... 8 – “Golpilheira no coração” significa algo que nos é vital, tal qual o órgão referido. Nós precisamos dos dois para viver todos os dias. Também da Golpilheira, porque, como golpilheirenses, foi aqui que nascemos, crescemos e vivemos. Local que nos dá e dará tantas alegrias e que nos faz bater o coração ainda mais forte.


Jornal da Golpilheira

. entrevista . autárquicas 2017 .

Setembro de 2017

da Golpilheira PSD - A Golpilheira Tem Futuro de pessoas responsáveis que conhecem e exercem os seus direitos e deveres, em diálogo e no respeito pelos outros, tendo como referência os direitos humanos.

Cristina Agostinho 1 – Referir que a Golpilheira tem uma enorme capacidade de encantar é para mim tarefa fácil, pois há muito tempo que fiz dela a minha freguesia. Pelas palavras do autor, sinto uma aproximação à Rainha Santa Isabel, quando outrora descreveu a sua paixão por estas encostas solarengas do Vale do Lena. Esta obra é uma perfeita simbiose literária e espiritual da afectividade recuperada pelo Rio Lena, que, enaltecendo a sua riqueza natural, reforça a capacidade desta comunidade em se renovar e reinventar. 2 – Na minha família, gostamos de nos reunir e conviver num piquenique. É pena termos de nos deslocar para longe… os mais novos até gostam, mas os mais velhos queixam-se da despesa e do cansaço. O pior é ter de ouvir piadas de outros, por a minha freguesia não ter um parque de merendas! Verdade é que temos mesmo essa lacuna. Verdade é que até temos espaços bem agradáveis, ali junto ao rio… Bem sei que a instalação de tal espaço implica investimento e que a freguesia não tem recursos, mas seria uma obra benéfica para o bem-estar da população, promovendo o convívio e a prática de desportos ao ar livre. 3 – “O Homem é um animal social”, dizia Aristóteles. As pessoas tendem a agrupar-se e dessa convivência resulta a necessidade de normas de entendimento e leis que identifiquem direitos e deveres. A cidadania representa exactamente esse conjunto de direitos e deveres dos indivíduos enquanto cidadãos de um qualquer Estado democrata. Por isso, num manual de cidadania para a Golpilheira, o primeiro artigo seria “Despertar para a Cidadania”, visando contribuir para a formação

4 – A nossa freguesia é conhecida pela sua dinâmica e pela capacidade de se mobilizar em torno de um objectivo. É assim com o Centro Recreativo, com a Comunidade Cristã e com a Comunidade Escolar. Já somos conhecidos como “a freguesia que não dorme”! O meu mural teria como lema “VIVER GOLPILHEIRA” e como elemento principal as pessoas, nos seus diferentes grupos etários e sociais. Em fundo, a representação do património cultural e religioso e símbolos da capacidade de trabalho, desporto e diversão. Numa forma gráfica que identificasse o movimento como linha condutora e fonte de inspiração para esta dinâmica, estaria o Rio Lena. 5 – “Sou feliz no que faço, porque o faço de coração.” 6 - O meu compromisso é dar à Golpilheira o meu tempo e a minha dedicação, para a elevar a uma freguesia atractiva, onde gostamos de morar e criar os nossos filhos! Proponho a recuperação da afectividade pela Golpilheira e quero colocar a Golpilheira no plano cultural e económico do Concelho! 7 – Exmo. Sr. Presidente, é fundamental elaborar um Plano para a Revitalização Urbana da Golpilheira, em ordem ao crescimento da freguesia e melhoria das condições de fixação da população e da qualidade de vida. Sabemos que a Golpilheira não tem capacidade para este investimento, pelo que peço uma reunião para iniciarmos o estudo do custo e aferirmos o compromisso da vossa colaboração. 8 – Queremos fazer da Golpilheira uma freguesia mais solidária, com melhor oferta ao nível da Saúde e da Educação, que promova a Cultura e o Desporto, que seja atractiva do ponto de vista económico e turístico. E isso é continuidade, é desenvolvimento, é pensar no futuro! Dizer “a Golpilheira tem futuro” é a garantia de que, com uma equipa pró-activa e competente, estaremos sempre atentos. Não encerramos o nosso plano de acção no imediato. Estaremos despertos para novos desafios!

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Todos os partidos vieram fazer festa

Comícios passaram por cá Todos os partidos que apresentaram listas à Assembleia de Freguesia da Golpilheira vieram até cá fazer festa e comício eleitoral, todos eles com uma considerável participação de pessoas, algumas delas vindas de fora da freguesia. Entre outros pontos comuns, registamos o apelo ao voto e o evitar da abstenção. Publicamos algumas fotos destas festas na secção de “fotografias” do sítio www.jornaldagolpilheira.pt. Quanto ao que aconteceu, passamos a resumir:

PSD/PPD

O primeiro foi o PSD, no dia 15 de Setembro, no largo da Extensão de Saúde. Teresa Morais, vice-presidente nacional do partido e deputada no Parlamento, foi a primeira a usar da palavra para enaltecer o trabalho do actual presidente e candidato a renovar mandato na Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos. A deputada elogiou ainda a decisão de colocar duas mulheres como cabeças-de-lista às freguesias da Batalha e da Golpilheira, sinal da igualdade por que tem lutado nos últimos anos. Carlos Agostinho Monteiro, natural da Golpilheira e segundo nas listas do PSD à Câmara, sublinhou a importância do trabalho em prol das pessoas e acusou a crítica fácil a quem se dedica ao serviço dos outros. Num discurso emotivo, manifestou a sua intenção de continuar com a mesma dedicação e consciência de dever cumprido. A candidata à freguesia da Golpilheira, Cristina Agostinho, apresenta-se como novidade na corrida autárquica, estreando também o lugar das mulheres no primeiro posto das listas pelo PSD. Revelou algumas das suas intenções para o futuro e confessou estar “disponível para ouvir” e “contar com todos” para o sucesso da freguesia. Júlio Órfão, primeiro candidato à Assembleia Municipal, elogiou a Golpilheira como “referência na cultura e desporto” e prometeu toda a colaboração para potenciar esse dinamismo em todo o Concelho. Por fim, o candidato a presidente de Câmara, Paulo Santos, começou por agradecer “o excelente trabalho de Carlos Santos à frente da freguesia nos últimos 12 anos e que, em épocas difíceis, soube captar apoio para obras importantes como a sede da Junta e o pavilhão desportivo”. Sublinhou que “não se ganham eleições a dizer mal dos outros” e comprometeu-se a “fazer o melhor pelas pessoas, sem promessas impossíveis de concretizar”. Deixou, no entanto, algumas promessas para a freguesia, como aumentar os serviços na Saúde, fazer uma eco-via junto ao rio, melhorar saneamento e rede viária, continuar parcerias com a colectividade e com a Igreja local. O último elogio foi para o rancho folclórico da terra, convidado a animar uma noite onde não faltaram bebidas e petiscos.

CDS-PP

Bebidas e petiscos regressaram no dia seguinte, 16 de Setembro, na praça que fica do outro lado da colectividade, onde o CDS apresentou as suas equipas para esta corrida autárquica e fez também a festa na nossa freguesia. Paulo Bagagem, cabeça-delista à Assembleia de Freguesia, é também estreante na corrida a este lugar e confessou-se “motivado e com disponibilidade para fazer o melhor” pela Golpilheira, “terra onde nasci, cresci e que tanto amo”. Prometeu honestidade e trabalho para desenvolver alguns projectos que a sua equipa tem em mente e, sobretudo, “reivindicar o espaço que a freguesia merece no Concelho”. O microfone passou de mão em mão pelos restantes elementos da lista, que se apresentaram e confessaram o mesmo “amor a esta terra”, a expressão-chave das várias intervenções, na linha do lema “Golpilheira no Coração”. Seguiu-se a inter venção de Francisco Coutinho, candidato a liderar a Assembleia Municipal da Batalha, que regressa às lides autárquicas alguns anos depois de ter sido presidente do executivo. Lembrou o papel activo que teve para a criação da freguesia da Golpilheira, em 1984, e confessou ter regressado “com pessoas idóneas, para que o Concelho se eleve cada vez mais e tenha políticos que estejam com o povo”. A última intervenção foi de Horácio Francisco, candidato a presidente da Câmara da Batalha, também regressado após ter passado pela vereação da autarquia há quatro anos. “Voltei com convicção e por considerar que o Concelho não está no bom caminho”, começou por referir. Indicou alguns dados sobre a época em que esteve no executivo e que “agora não vemos”, como “a rapidez dos processos”. Falou também sobre a “alteração feita à equipa de revisão do PDM” e a sua posterior “aprovação apressada”, instrumento que pretende fazer reverter “por mecanismos legais existentes”, a fim de “permitir mais construção nas freguesias”. Prometeu “trabalho sério, próximo dos cidadãos” e também “mudar o espaço e o tipo de atendimento que é prestado na nova Loja do Cidadão, que não agrada a funcionários nem aos utentes”.

PS

O último a visitar a freguesia foi o PS, com a festa dentro da colectividade, no dia 23 de Setembro, também com bebidas e petiscos. O golpilheirense Telmo Ferreira, presidente da concelhia, abriu a sessão com a indicação de que as candidaturas do PS têm como “principal objectivo servir as pessoas” e sublinhou que “este trabalho visa também as gerações vindouras”. António Sales, presidente da distrital, referiu que “este é terreno difícil”, pelo “se torna ainda mais importante a conquista da Junta, primeira linha do poder de proximidade”. Indicou problemas locais, como o encerramento do posto médico, e apontou o “bom momento do governo nacional” como “exemplo do que o PS é capaz de fazer e que pode ser extensível ao poder local”. A deputada nacional Margarida Marques sublinhou as alterações legislativas em curso para reforçar o poder das autarquias e defendeu a “necessidade de mudar o poder na Batalha, para que funcione a democracia”. Também Porfírio Silva, deputado e dirigente nacional do PS, remeteu ao “momento bom” do partido no governo, que justificou com o facto de “estar a cumprir o que prometeu”. Falando de várias áreas da governação, defendeu que “o país só está melhor quando a vida das pessoas está melhor”. O candidato a presidente da Câmara da Batalha, Carlos Repolho, começou por elogiar a “pequena mas unida” freguesia da Golpilheira e pediu também a “mudança de poder na Batalha”, considerando que “actualmente não temos um líder, mas um chefe”. Criticou o atraso na aprovação de processos e emissão de certidões, a “má gestão da Loja Cidadão”, das zonas industriais e da descentralização de competências, bem gastos supérfluos em “festas e jantares”. Prometeu “uma Câmara de porta aberta e disponível”. Concluiu José Filipe, ex-presidente de freguesia que volta a candidatarse. Frisando que deixou a Junta “sem dívidas” e foi o iniciador de projectos como a sede da autarquia e o pavilhão desportivo, disse regressar para “lutar pela reactivação do Posto Médico” e porque “nos últimos anos não se fez o que podia ter sido feito”. Indicou obras que pretende fazer e receber ainda o apoio de Odete João, deputada do PS também presente.


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Entrevista aos cabeças-de-lista à Câmara Municipal da As 9 perguntas apresentadas abaixo foram enviadas por email aos candidatos, seguindo as mesmas regras descirtas na página 4. A ordem de publicação é também aquela em que aparecerão nos boletins de voto à Câmara Municipal.

CDU - Trabalho, Honestidade, Competência

Perguntas:

1. Convidam-no para escrever o prefácio de um livro de promoção do concelho da Batalha. Como seria o seu primeiro parágrafo? 2. Imagine que o concelho tem um “livro de reclamações” e decide ir apresentar a sua “queixa”. O que escreveria? 3. Decide redigir um manual de cidadania para oferecer aos batalhenses. Qual seria o primeiro artigo dessa lista? 4. Se tivesse de pintar um mural na vila, a representar a sua visão para a Batalha, que imagens e lemas decidiria inscrever? 5. Qual a frase de que mais gosta nos folhetos da propaganda eleitoral que está a distribuir? 6. Se tivesse de gravar numa lápide de pedra uma única promessa eleitoral, para ficar sempre visível na fachada da Câmara, o que mandaria colocar? 7. Faz uma viagem pela Golpilheira e convidamno a deixar um testemunho no “livro de visitas”. Como resume o que viu? 8. No regresso, decide enviar um email ao presidente da Junta de Freguesia, para lhe dizer o que mais gostou e o que acha que faz falta e em que o quer ajudar a resolver... 9. Por fim, escreva o que significa o lema que escolheu para a campanha deste ano.

José Valentim 1 – As gentes do concelho da Batalha gravaram importantes momentos da nossa história comum. A ocupação humana encontra vestígios desde a pré-história, passando pela presença romana. As lutas pela independência e a ocupação das forças de Napoleão marcaram a capacidade de resistência de um povo que sabe que o futuro será feito pelas suas mãos. 2 – Um futuro de progresso exige: Apoio à fixação de novas actividades económicas e industriais, promover emprego de qualidade, garantir a água como bem público, salvaguardar os aquíferos e a qualidade da água, garantir a qualidade ambiental. Conclusão da rede de esgotos e promover a ligação das todas as habitações à rede. Apoiar as estruturas dos agricultores e a defesa da floresta e desenvolvimento do mundo rural, desenvolvimento das actividades económicas com relevância para o turismo e turismo rural. Rede de equipamentos colectivos valorizando o ensino e qualificação, a assistência, cultura e desporto, inseridas na comunidade e garantir a sua gestão e participação organizadas. Criação de um pólo de apoio às colectividades na vila da Batalha, à formação e à qualificação, à terceira idade e à juventude, valorizar o património popular, cultural, paisagístico e arquitectónico, estimular a convivência comunitária, reforço da coesão social e da ligação do cidadão ao meio, valorizar os espaços urbanos, garantir a qualidade arquitectónica dos projectos de construção, o equilíbrio das funções urbanas, a mobilidade e acesso de pessoas com deficiência. Melhorar a qualidade e frequência dos transportes públicos, adequados às necessidades das popu-

lações, respeitando o direito de acesso aos portadores de mobilidade reduzida. Requalificar a rede viária, construir novas vias de acordo com as necessidades das populações. Criação de ciclovias nos percursos de maior utilização. Melhorar a segurança no IC2, pugnar pela utilização da A19 sem custos. Novas ligações ao IC9 na freguesia de São Mamede e ligação deste à A1. Debelar a poluição sonora e ambiental provocada pelo trânsito do IC2 na vila. Abertura do Serviço de Atendimento Permanente no Centro de Saúde da Batalha, melhoria das condições nos serviços em todo o concelho e garantir o funcionamento do serviço de saúde na Golpilheira devidamente dotado de corpo clínico. 3 – Todo o cidadão tem direito a apresentar as suas pretensões e atendido em prazo razoável. 4 – A capacidade de criação e transformação características das gentes, a paisagem, a monumentalidade, a perseverança. 5 – CDU, a Força Necessária no Concelho e no País. 6 – Sempre, sempre ao serviço da população. 7 – O grande desafio para o futuro: Igualdade no direito e acesso à saúde, ao ensino, à cultura, à fruição e tempos livres, ao apoio à infância e à terceira idade, à mobilidade e à elevação da qualidade de vida da população. 8 – Considerando tudo o que acima referi, pode V. Exª. contar sempre com a minha colaboração interessada. 9 – O compromisso com os interesses da população do concelho.

CDS - Batalha no Coração que tenho de criticar por alguma inércia. Faz falta reactivar o Posto Médico – com todas as valências que já teve – e criar um Posto de Correios e uma Pay Shop na Sede da Junta. Medidas que estarão entre as prioridades do actual candidato pela lista “Batalha no Coração”, que as concretizará tão logo tome posse como novo Presidente dessa autarquia.

Horácio Francisco 1 – O imponente Mosteiro da Batalha, numa demonstração de serenidade e força, prova-nos, todos os dias, que podemos vencer qualquer luta por mais poderosos que sejam os inimigos. 2 – Urge proibir o trânsito de pesados nas imediações do Mosteiro, sob pena de o degradarmos de modo irreversível. É premente acabar com a demagogia e hipocrisia política actual. 3 – Que o orgulho de seres “batalhense” não te envaideça, antes te torne humanista, responsável e solidário. Que tenhas orgulho na História, interesse na Arte, amor pela Educação e Cultura e respeito pelo Ambiente. 4 – IMAGEM: O Mosteiro da Batalha. FRASE: “Orgulho dos nossos antepassados, crer com esperança nos vindouros”. 5 – “Somos uma equipa com provas dadas e capacidades demonstradas a nível profissional e empresarial, sem vícios políticos, jovem, coesa, forte, com “garra” e, para além de tudo, determinada e dinâmica. 6 – Honrar o Passado. Trabalhar no Presente. Preparar o Amanhã, com honestidade e determinação. 7 – O associativismo e bairrismo da Freguesia deveriam ser exemplos a seguir em todo o concelho. Tenham orgulho na História, interesse na Arte, amor pela Cultura e respeito pelo Ambiente. 8 – Infelizmente, por muito que queira fazê-lo, é difícil elogiar uma medida tomada pelos responsáveis da actual Junta de Freguesia,

9 – Proximidade aos Munícipes, com coerência, dignidade, seriedade, honestidade, rigor, respeito e responsabilidade. Única forma de nos terem no coração.


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Batalha PSD - A Batalha tem futuro

Paulo Santos 1. Venha descobrir a Batalha, uma terra de contrastes que lhe oferece o melhor do património, da cultura e da natureza. Onde pode descobrir as raízes da nossa nacionalidade, o melhor da nossa gastronomia e um património cultural inigualável. Contagie-se pelo espírito afável das gentes da Batalha que lhe apresentarão o que de melhor oferece o Concelho. 2. Que é tempo do nosso rio Lena estar despoluído e livre de descargas ilegais de alguns – poucos – prevaricadores que insistem em prejudicar um recurso da maior importância para a sustentabilidade ambiental e o futuro saudável da Batalha. Que a Golpilheira deverá incentivar os proprietários à reabilitação dos imóveis degradados e promover a fixação dos jovens. 3. Exigir dos seus representantes políticos o dever da competência e da honestidade. Rejeitar a demagogia de quem promete tudo a todos, mesmo sabendo que jamais poderá cumprir. Reclamar que o exercício de funções públicas seja orientado por valores éticos e de responsabilidade. Apelar à participação cívica de todos no acompanhamento dos projectos da comunidade. 4. Viver com Qualidade e Ser Feliz no Concelho da Batalha. Uma imagem de uma terra que combina séculos de história com a ambição de conseguir um desenvolvimento harmonioso e dotado de equipamentos modernos e acessíveis a todos. 5 Desde 2013 que trabalhamos para dar lugar a um programa e a uma estratégia que construímos em conjunto para a nossa terra. Nesse período, ficámos a saber que

a Batalha é um dos 10 concelhos com maior dinamismo económico, num estudo publicado pela Marktest. Em 2016, a Batalha foi o 15.º município que apresentou menor endividamento e subiu 8 posições no ‘ranking’ dos municípios portugueses com maior eficiência financeira. Este é apenas o início de um projecto de esperança que, num segundo mandato, se merecermos a confiança dos eleitores, queremos continuar e reforçar, para que os batalhenses tenham cada vez mais orgulho no seu concelho. 6. Ao serviço das pessoas. Porque são as pessoas o centro da actividade pública e só com a sua confiança é possível construir políticas sólidas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios. 7. Golpilheira, uma terra com ambição, de gente dinâmica e que ao longo da sua história sempre soube congregar vontades para afirmar a sua cultura, tradições e desenvolver projectos comuns. Golpilheira, espaço de solidariedade humana que mobiliza vontades para ajudar aqueles que mais precisam. Golpilheira, lugar de beleza que conjuga o esplendor do rio Lena com a harmonia das suas terras férteis. 08. Felicito a freguesia pelos notáveis empreendimentos realizados pela população, nas igrejas e centro recreativo, felicito a freguesia pelo excelente pavilhão desportivo que recebeu, felicito a freguesia pela reabertura do Centro de Saúde, felicito a freguesia pela dinâmica dos seus empresários e pela generosidade das suas gentes. Desejo ajudar na reabilitação das inúmeras habitações degradadas, desejo contribuir para a valorização dos centros cívicos dos lugares da freguesia, ambiciono realizar uma eco-pista ambiental entre a freguesia e a vila da Batalha. 9. Pela simples razão de que o projecto autárquico proposto pelo PSD, e que tenho a honra de liderar no Concelho da Batalha, assenta numa visão de prosperidade, esperança e futuro. “Batalha tem Futuro” não é apenas um lema, é uma ambição e um programa sólido de propostas que desejamos realizar em prol do desenvolvimento da nossa terra.

PS - Batalha melhor 5 – “Como candidato, entendo que devo ouvir todos e quero, como Presidente, estabelecer proximidade com todos”. 6 – Não creio que mandasse lapidar qualquer promessa eleitoral. O nosso pressuposto é o de efectivamente realizar acções e não promessas.

Carlos Repolho 1 – O concelho da Batalha é dotado de um singular património natural, histórico, cultural, desportivo e gastronómico, cujo percurso histórico se situa entre o legado romano, passando pela consolidação do reinado português e consequente afirmação de um povo até a actualidade. Este é, acima de tudo, um território que convida à descoberta da identidade cultural de um povo e é simultaneamente um apelo da natureza à sua própria riqueza e diversidade, que transborda na alma das suas gentes. 2 – Creio que, prioritariamente, assinalaria a necessidade de requalificar o acesso e o estacionamento do Centro de Saúde da Batalha, assim como será urgente prever um sistema de saneamento básico mais eficiente e abrangente, e todos os outros pontos já sinalizados no folheto de campanha. 3 – Todo o Munícipe batalhense tem o direito e o dever da informação plena sobre a gestão deste concelho, assim como é corresponsável pela dimensão da sua participação e contribuição crítica para o debate salutar e produtivo. 4 – A imagem poderia albergar feições do Mosteiro, mais propriamente dos vitrais, da Ponte da Boutaca, da Cruz de São Jorge, também do calcário do Maciço Estremenho, dos moinhos, do resplandecente rio Lena, dos fetos, do milho, do trigo, passando também pela representação da afabilidade tão característica dos batalhenses… Com efeito, o concelho da Batalha é também prodigioso em artistas e artesãos locais, pelo que este poderia ser um bom projecto a desenvolver em cada freguesia.

7 – A Golpilheira é uma freguesia particularmente antiga, cujas origens e vestígios remontam à época romana. Não obstante esse imaginário para o qual somos imediatamente reportados, existe todo um conjunto patrimonial de outras épocas, extremamente rico, como é, por exemplo, a Igreja do Bom Jesus dos Aflitos. Cumpreme destacar que é uma freguesia cuja união do seu povo transmite, a quem a visita, um carácter de grandeza e agilidade que se manifesta sobretudo no envolvimento e concretização dos objectivos colectivos comuns, que quase nos obriga a permanecer neste lugar de histórias de vida carregadas de sentimento. Diria que esta é uma freguesia onde se vive e aprende a comunhão, seja humanamente seja através do seu território. 8 – Creio que há, neste momento, um conjunto de serviços que podem e devem ser tanto criados como melhorados, para usufruto e bem-estar da população. Assim como outras melhorias que deveriam ser previstas num plano de concertação com as demais Juntas de Freguesia que limitam com a Golpilheira e com o próprio Município. A meu ver, há também um projecto antigo de requalificação sobre a paisagem natural do Vale do Lena, que faz cada vez mais sentido procurar adaptar e concretizar. Seria uma forma de valorizar uma população que permanentemente valoriza o seu concelho. Além disso, a própria dinamização cultural da freguesia deveria estar já agregada à estratégia de optimização e promoção turística do concelho, à semelhança do que acontece com o Reguengo do Fetal. 9 – Com este lema de campanha, pretendemos propor aos batalhenses melhor qualidade de vida, melhores serviços públicos prestados à população, melhor gestão dos recursos municipais, melhores decisões, melhor futuro… fundamentalmente, uma “Batalha Melhor”.

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Cadidatura da CDU à Assembleia Municipal e à Câmara da Batalha Na passada edição, publicámos as listas de candidatos à Assembleia Municipal da Batalha, à Câmara Municipal da Batalha e à Assembleia de Freguesia da Golpilheira, correspondentes aos partidos CDS, PS e PSD. Apesar de múltiplas tentativas, por vários meios, não conseguimos obter resposta nem confirmação da candidatura da coligação PCP-PEV (CDU), que só posteriormente nos chegou. Pedimos aos visados e aos leitores as nossas desculpas e publicamos os nomes enviados dos candidatos a estes dois órgãos:

CDU Trabalho, Honestidade, Competência Câmara Municipal

José Joaquim Filipe Valentim Armando Ceiça Arlete Lopes Albino Mendes Sérgio Correia Celeste Martins Jorge Pedrosa

Assembleia Municipal

João Manuel Alves Crachat José Valentim Arlete Lopes Albino Mendes Sérgio Correia Celeste Martins Jorge Pedrosa Adelino Fernandes Armando Ceiça


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Apresentação dos candidatos à Assembleia Municipal da Batalha Pedimos a cada um dos cabeças-de-lista que nos enviassem por email um texto sobre a função e compromisso que assumem na sua candidatura à Assembleia Municipal da Batalha, dando como limite 1.700 caracteres. Tendo cada um a mesma área, fica em branco o espaço não usado ou é reduzido o tipo de letra para os textos que ultrapassam o limite indicado. A ordem de publicação é aquela em que aparecerão nos boletins de voto à Assembleia Municipal.

PSD - A Batalha tem futuro

CDU - Trabalho, Honestidade, Competência

CDS - Batalha no Coração

PS - Batalha melhor

Júlio Órfão

João Manuel Crachat

Francisco Coutinho

Fernando Oliveira

A Assembleia Municipal constituída pelos representantes dos vários partidos eleitos é, porventura, o órgão autárquico mais abrangente, revestindo a sua acção extraordinária importância para o bom desempenho da actividade municipal, dada a inalienável competência no âmbito do seu acompanhamento e fiscalização. Pelo facto de se tratar de um órgão não executivo, associado, porventura, a alguma desilusão em relação à prática política e aos políticos que a corporizam, nem sempre foi reconhecida a sua importância. Daí o desinteresse dos cidadãos, traduzido na fraca participação dos cidadãos nas reuniões. É necessário procurar inverter esta situação, apostando na aproximação dos batalhenses, visando a sua efectiva colaboração na vida do nosso município. Cumpre em primeiro lugar, desde logo, reforçar a confiança dos cidadãos nos seus eleitos, o que se consegue se, na actividade da Assembleia, emergirem e se reforçarem valores como a transparência, a competência, a tolerância e a disponibilidade para defender os interesses das populações “sem olhar a quem”. Serão estas, estou certo, as premissas necessárias para uma maior credibilização da Assembleia e da sua acção. Será este o caminho que nos levará a uma Assembleia mais próxima dos cidadãos, qual casa da democracia local, onde através da prática de uma cidadania activa, possa haver lugar ao livre debate e confronto de ideias. Acredito que, após o acto eleitoral, não obstante as esperadas, mas normais, divergências estratégicas, os objectivos para o Concelho serão partilhados por todos os deputados municipais, nomeadamente o seu desenvolvimento harmonioso, no qual as pessoas e a sua qualidade de vida assumam lugar privilegiado.

Trabalhar, respeitando escrupulosamente os princípios da honestidade, do trabalho e da competência, sempre em prol das populações. É este o nosso compromisso, e não com interesses económicos ou de grupo. Trabalharemos para garantir a qualidade de vida, o emprego de qualidade, por via do apoio e fixação de actividades económicas e industriais e em áreas como o turismo, turismo rural, de paisagem, aventura, etc. Defenderemos os bens públicos, a começar pela Água. Lutaremos para que o concelho tenha uma rede de esgotos que ligue todas as habitações. Defenderemos o mundo rural, os agricultores, a floresta, a paisagem e recursos naturais, exigiremos do poder Central e da Câmara Municipal os investimentos necessários. Exigiremos mais apoios ao associativismo e às camadas mais vulneráveis da nossa população. Defendemos a criação de um pólo de apoio às colectividades na vila da Batalha, defenderemos o apoio à formação e à qualificação, à terceira idade e à juventude. Defenderemos o alargamento, a qualidade e frequência dos transportes públicos e a requalificação a rede viária. Exigiremos soluções para melhorar a segurança no IC2, lutaremos pela utilização da A19 sem custos, defenderemos novas ligações ao IC9, na Freguesia de São Mamede e a sua ligação à A1. Defendemos a criação de ciclovias nos percursos de maior utilização de bicicletas e medidas para controlar a poluição sonora e ambiental do IC2 na vila. Defenderemos o direito à saúde, com a abertura do SAP no Centro de Saúde da Batalha, com melhorias nos serviços de saúde em São Mamede, Reguengo do Fetal e na Golpilheira, vamos agir para garantir que os serviços de saúde operem com um corpo clínico apropriado.

Os Batalhenses conhecem-me e eu conheço-os na generalidade, não só pela minha actividade política – pois fui obreiro, entre outras coisa, da criação da freguesia da Golpilheira –, como também pela minha actividade profissional, empresarial e académica. Para além da minha prestação social e cívica, conheço o concelho da Batalha, a sua região e sei bem qual o anseio e as aspirações da população. Assim sendo, o compromisso que assumirei na Assembleia Municipal passa, sobretudo e sempre, por ouvir as pessoas, visando o futuro e não perdendo mais tempo com o passado. A Assembleia Municipal tem de ser autónoma do executivo, não pode ser uma caixa de ressonância daquele, como tem acontecido nos últimos mandatos. O papel fiscalizador da Assembleia Municipal não se pode remeter à agenda de um qualquer executivo, ou da actividade daquele e das empresas municipais. Estarei com os Batalhenses que comigo serão eleitos, mas sempre com o executivo, seja ele qual for, apoiando os reais e verdadeiros interesses para a região da Batalha. Finalmente, cumprirei com as normas jurídicas que se estabelecerem e proporei reuniões descentralizadas para as freguesias, designadamente com conferências, definição de estratégias, tudo visando um desenvolvimento equilibrado e ordenado. Proporei, de entre outros, a criação de grupos de trabalho específicos. O primeiro terá por missão aprofundar a valia do Mosteiro da Batalha como Panteão Nacional. Tal objectivo visa trazer para aquele Panteão Nacional os restos mortais de Mouzinho de Albuquerque e do Capitão Salgueiro Maia. Cada um pelas suas razões históricas e específicas que os envolveram e que o cidadão comum saberá inferir. Deverão merecer este acolhimento da Batalha da Região e porque não dizer do País. Trata-se, por conseguinte, de um imperativo histórico Nacional.

Qualquer deputado à Assembleia Municipal, porque eleito pelo voto popular, deve pautar a sua conduta de forma a prestigiar o órgão que integra e a respeitar aqueles que o elegeram, pugnando pela materialização dos interesses colectivos. Deve igualmente respeitar todos os membros eleitos, independentemente da sua “família política”, e das naturais divergências daí resultantes, procurando os consensos possíveis em prol do desenvolvimento da nossa terra. Procuraremos incentivar e valorizar a participação dos cidadãos nas reuniões da Assembleia Municipal, num exercício de cidadania activa, de forma a que possam expor as suas ideias para o concelho e a ver discutidos os seus problemas não defraudando as legítimas expectativas de cada um. Assumimos o compromisso de trabalhar, incansavelmente, para que a Assembleia Municipal não seja apenas uma mera extensão do braço executivo camarário. A Assembleia Municipal tem de ser um espaço de debate plural, onde todos possam apresentar ideias e projectos para a sua terra, discutindo-os sem quaisquer constrangimentos, pois só assim os interesses de todos os munícipes serão respeitados.


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Debate “Autárquicas 2017” entre os candidatos à Golpilheira Há oito anos, o Jornal da Golpilheira promoveu o debate “Golpilheira 25 anos”, no contexto das bodas de prata da criação da freguesia e das eleições autárquicas de 2009. Foi, na época, um bom exercício de reflexão sobre o estado da freguesia e as perspectivas para o seu futuro. Foi com essa base de experiência e com o mesmo objectivo que voltou a decidir juntar à mesa do debate as três listas candidatas à Assembleia de Freguesia da Golpilheira, apoiadas pelos partidos CDS-PP, PS e PSD. O ambiente do debate foi em geral cordato, tanto por parte dos intervenientes, que algumas vezes salientaram estar “entre amigos” que lutam pelo mesmo objectivo de querer desenvolver a sua terra, como pela assistência, uma sala composta por cerca de 120 pessoas, algumas delas vindas de outras freguesias. Se tivéssemos de encontrar uma tónica comum, seria a indicação de poucos fundos próprios da Junta e grande dependência de financiamento externo. Por sorteio, a ordem da primeira ronda foi PSD - CDS - PS, seguindo as restantes de forma rotativa. Usamos esta ordem para o resumo do que foi dito. PSD O PSD defendeu que muito tem sido feito, mas também há a fazer, com planeamento imediato de acção em áreas como saneamento, iluminação pública LED, recolha de lixo, limpeza e ampliação de espaços empresariais. A Junta tem fracos recursos e depende muito de acordos com o Município, trabalho que “está já a ser preparado”, por exemplo, para rever o ordenamento do território e ajustes possíveis ao PDM, promover a requalificação urbana, criar um centro cívico

Rui Ferraz

Posto médico e rio Lena no topo das prioridades

Bom nível de participação

e uma zona verde de lazer, bem como condições que favoreçam a fixação de adultos e jovens. A Golpilheira é “uma comunidade dinâmica” e há que apoiar mais o Centro Recreativo (CRG) e as iniciativas da Igreja, mas a Junta pode “ambicionar o papel de promotor cultural”, com novas propostas, captação de fundos e parcerias e a criação de uma plataforma digital para coordenação do trabalho dos vários agentes. Não acreditam na recuperação do posto médico, por depender do poder central, mas na sua crescente utilização, em parceria com o Município e a Misericórdia da Batalha. Querem recorrer mais à “excelente” rede social da Câmara e estudar a possibilidade de uma IPSS com o CRG, para apoio a crianças e idosos. Elogiam a participação cívica na freguesia, também pelos mais jovens, mas defendem a educação para a cidadania nas escolas. Se a Junta dependesse apenas do seu orçamento, não faria muito mais do que a manutenção dos serviços básicos. Mas a prioridade será a aposta ambiental no rio Lena, com criação de via pedonal e zona de lazer. É isso que querem fazer já.

Último argumento para o voto, a excelente ligação com o Município, a noção clara do que querem fazer e a convicção de que reúnem uma excelente equipa. CDS-PP O CDS começou por afirmar que pouco foi feito nos últimos anos e não há um planeamento a longo prazo, a fazer “com pés e cabeça”. Há muito a fazer nas infra-estruturas locais e para o desenvolvimento económico, devendo a Junta fazer a ligação entre o Município e as empresas. A principal crítica foi para a revisão do PDM, que limitou a capacidade de construção e crescimento da freguesia. Quanto às actividades culturais, há que apoiar mais a colectividade, pelo seu papel dinamizador e de ocupação de crianças e jovens. Também as iniciativas da Comunidade Cristã deverão ser apoiadas e promovido o aproveitamento do património e da recente valorização da igreja, incluindo-a num roteiro de turismo religioso. O principal problema social são “muitos idosos que vivem sozinhos”, para os quais há que criar “condições de vida com

dignidade”, como um espaço na Junta onde possam conviver e estar activos. Também a reabertura do centro de saúde é uma necessidade e possibilidade, pois “será mais fácil deslocar um médico e um enfermeiro, do que toda a população para a Batalha”. A cidadania deverá ser ensinada nas escolas, mas terá de ser dada oportunidade aos mais novos e aproveitar as suas ideias, para que se sintam envolvidos e “não estejam sempre a ver as mesmas caras no poder”. Se a Junta dependesse apenas do seu orçamento, havia que reduzir despesas e apostar tudo o possível no apoio aos mais necessitados. O ambiente é uma preocupação presente, mas a prioridade será lutar pela abertura do posto médico. Último argumento para o voto, serem uma equipa jovem e dinâmica, com pessoas novas e diferentes das habituais, dispostas a aprender e a mostrar o valor de novas ideias. PS

O PS foi peremptório na afirmação de que “pouco ou nada” foi feito nos últimos anos, acusando a estagnação da rede viária e o encerramento do posto

E nas outras freguesias? Freguesia do Regendo do Fetal

Concorrem à Assembleia de Freguesia do Regendo do Fetal três listas, que indicamos com o nome dos respectivos cabeças-de-lista, pela ordem em que aparecerão nos boletins de voto: PPD/PSD (Horácio Sousa), PS (Paulo Soares) e CDS-PP (Sérgio Simões).

Freguesia de São Mamede

Concorrem à Assembleia de Freguesia de São Mamede duas listas, que indicamos com o nome dos respectivos cabeças-de-lista, pela ordem em que aparecerão nos boletins de voto: CDS-PP (Patrícia Leal) e PPD/PSD (Marco Vieira).

Freguesia da Batalha

médico. A Junta deverá assumir a sua influência para o desenvolvimento económico e retomar os trabalhos de reconversão de áreas degradadas, recuperação de vias, melhoria da higiene e limpeza, cuidado dos espaços verdes e da qualidade da água. Fundamental será encontrar soluções concertadas com o Município e até com as freguesias vizinhas. Favorecer a cooperação entre as forças vivas da freguesia será o segredo para a promoção da cultura e do património imaterial contido na capacidade de união e trabalho em conjunto, característica que é “a grande força desta terra”. Também a qualidade de vida dos idosos é uma preocupação, devendo ser usados os “espaços que já temos” para lhes proporcionar oportunidades de estarem activos e se sentirem úteis, por exemplo, na aprendizagem da informática ou na elaboração de decorações para as três festas que aqui acontecem anualmente. Para maior envolvimento dos mais novos na política, há que cultivar a cidadania, até com o uso das novas tecnologias, através da promoção da transparência da actividade da Junta, dando a conhecer o que se faz e como se faz. Se a Junta dependesse apenas do seu orçamento, teriam de prescindir das senhas mensais para não ter de “fechar as portas”. Quanto à prioridade, não há dúvida de que é a reabertura do posto médico, que garantiram como certa no caso de vitória da sua lista. Último argumento para o voto, terem um projecto credível, baseado em valores morais, éticos e sociais, e uma equipa responsável e motivada para fazer o melhor pela Golpilheira. LMF

Concorrem à Assembleia de Freguesia da Batalha cinco listas, que indicamos com o nome dos respectivos cabeçasde-lista, pela ordem em que aparecerão nos boletins de voto: PCP-PEV (José Valetim), CDS-PP (Elisabete Varino), PPD/PSD (Rosa Abraúl), SIM (António Santos Cardoso) e PS (Armando Pinheiro). Nota para o aparecimento, pela primeira vez no concelho, de uma lista independente de partidos políticos, o movimento “Sim – Somos Batalha”.


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. educação .

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Jornal da Golpilheira Setembro de 2017

Regresso às aulas na Golpilheira

Escola do Paço abriu mais uma turma (mas ainda só 3)

1.º ano

2.º ano

3.º ano

4.º ano

Apesar de ainda cheirar um bocadinho a sol e a calor, a verdade é que os dias conotados com as férias já lá vão. Sobretudo no que diz respeito à escola, que já fez regressar milhares de crianças, jovens... e pais à azáfama das rotinas de compras de material, transportes, alimentação, actividades de tempos livres, etc. Na Golpilheira, esta é a habitual ocasião da primeira visita

do ano do Jornal à escola, com o retrato das turmas, para mais tarde recordar. Na Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico, a célebre “Escola do Paço”, e no Jardim-de-Infância, tudo correu com normalidade, apesar de uma lágrima ou outra dos estreantes mais pequeninos, e com algumas novidades. Costumamos fazer algumas contas, aferindo da evolução da

situação das escolas da freguesia, pelo que vamos mantendo essa análise actualizada. Recordamos que os últimos anos têm sido marcados por uma descida de alunos, com ligeiras variações, apesar da ligeira inversão na tendência no ano passado, com mais 5 crianças do que em 2015, a atingir o maior número desde 2009. Mas foi “sol de pouca dura”, pois este ano mantém-

se o número, com menos 3 no 1.º ciclo e mais 3 no jardim-deinfância. O total fica-se pelas 91 crianças, bem mais do que as 77 de 2010, mas ainda longe das 108 de 2005. Recordamos que o mínimo histórico da Escola do 1.º Ciclo da Golpilheira foi em 2012, com 45 alunos, ano em que teve, pela primeira vez, apenas duas salas a funcionar. Tem-se mantido assim

até este ano, em que surge a novidade de abertura de mais uma turma, apesar de serem ainda apenas 49 alunos. Assim, mantém-se a junção dos 1.º e 2.º anos, na sala a cargo da professora Celeste Garcia, que vem pela primeira vez para a Golpilheira. Repetentes na nossa escola são os professores Manuel Ribeiro, com o 3.º ano, e Miguel Monteiro, com o 4.º ano.

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entrevista . .. educação

Setembro de 2017

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Números - 2017 / 18 Ano 1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano Total 1.º ciclo Pré-escolar Total geral

Masc. 6 7 7 3 22 21 43

Fem. 6 4 9 7 26 21 47

Total 12 11 16 10 49 42 91

Distribuição/salas - 2017 / 18 Escola do 1.º ciclo Professor Ano Masc. Fem. Total Sala Celeste Garcia

1.º

6

6

12

23 2.º 7 4 11 Manuel 3.º 7 9 15 16 Miguel 4.º 3 7 10 10 Jardim-de-Infância Educadora Masc. Fem. Sala Isabel Pinheiro 9 10 19 Dora Felizardo 11 12 23

Sala A

Números/ano Ano 1999 2001 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Total alunos 1.º CEB. Jardim 67 61 62 63 60 66 59 46 54 45 47 49 50 52 49

25 20 46 35 40 34 34 31 30 39 38 41 36 39 42

92 81 108 98 100 100 93 77 84 84 85 90 86 91 91

O Jardim-de-Infância teve maior número de crianças (46) no ano em que abriram duas salas, em 2005, e o menor em 2011 (30). Tem vindo a recuperar, recebendo 42 crianças este ano. Mantêm-se as educadoras Isabel Pinheiro e Dora Felizardo, respectivamente, nas salas A e B. Texto e fotos: Luís Miguel Ferraz

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Setembro de 2017

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Última festa de Verão da Comunidade Cristã da Golpilheira

São Bento festejou Nossa Senhora da Esperança A igreja de São Bento acolheu a última das festas de Verão da Comunidade Cristã da Golpilheira, nos dias 2 a 4 de Setembro, em honra de Nossa Senhora da Esperança. A Comissão de Festas, constituída pelos cinquentões, nascidos em 1967, preparou e organizou um bom programa, contando com a colaboração da Comissão da Igreja de São Bento e muitas dezenas de voluntários que deram corpo aos vários serviços do arraial. O resultado foi uma bonita festa, com a afluência de várias centenas de pessoas durante os três dias, enchendo bar, restaurante, quermesse, café da avó e o engalanado recinto de arraial. Destacamos alguns pormenores da decoração que marcaram pela novidade, o mais evidente dos quais foi a “cobertura” do adro da igreja feita com chapéus de chuva, que valeram sobretudo como chapéus de sol. De facto, apesar da ameaça de alguns chuviscos no último dia, o tempo manteve-se sempre quente e as noites muito agradáveis. Outro pormenor foi a presença de um testo gigante que integrou o desfile de Carnaval deste ano e que foi

reaproveitado para receber as dedicatórias e autógrafos dos presentes. Quanto ao programa religioso, começou logo no sábado com uma celebração mariana e teve o seu momento alto na Missa da festa, no adro, presidida pelo padre João da Felícia. Este missionário da Consolata é natural da Golpilheira e está de visita à sua terra para um tempo de férias, depois de quatro anos sem vir a Portugal. Na sua homilia, falou da importância de confiarmos sempre em Deus, que nos dá tudo o que precisamos e conduz a nossa vida como Pai carinhoso, mesmo quando pensamos que podemos “fugir” d’Ele ou que somos nós que controlamos o nosso destino. Deu como exemplo São Bento, que deixou tudo por amor ao Evangelho e se fez eremita, acabando por se tornar no “pai” de uma grande família de monges, da Ordem dos Beneditinos, que tem conventos com milhares de frades por todo o mundo. Depois, deu o exemplo da sua própria vida de 50 anos de entrega ao sacerdócio e à missão, sendo feliz em ir por onde Deus o leva a anunciar a Boa Nova aos mais pobres. Após a Missa, seguiu-

Momento final da procissão

se a procissão pelas ruas do lugar, com grande participação de povo, acompanhando os andores e as ofertas, ao som da filarmónica “Os Clássicos de Pataias”. Na segunda-feira, houve também Missa, pelas intenções dos que colaboram nos festejos e em memória dos festeiros já falecidos que fariam cinquenta anos em 2017. Também a animação musical esteve sempre bem assegurada, com a Banda Kroll no sábado, a Banda Acesso no domingo e o duo ibanda.pt na segunda-feira. Nesta última noite fezse o sorteio de rifas e a en-

trega da bandeira, que foi asseguradas por dois grupos de jovens: os nascidos em 1968 e os nascidos em 1998. Os que se despediram agradeceram a cola-

boração e a presença de todos, os que assumiram a responsabilidade para o próximo ano afirmaram contar com a mesma colaboração. E anunciaram

Banda Kroll trouxe enchente

Noites muito animada

Despedida da comissão de “cinquentões”

desde logo a data da festa para os dias 25 a 27 de Agosto de 2018. E um vistoso fogo-de-artifício encerrou os festejos. Texto e fotos: LMF


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. cultura .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2017

Grupo de teatro “O Alguidar” apresenta

DR

“Eu sou a mais frita de todas as batatas”

Obra sobre o sistema hidráulico conventual

Como circula água no Mosteiro Publicado originalmente em 1996, o estudo “Sistema hidráulico do Convento Dominicano de Santa Maria da Vitória”, da autoria de Virgolino Jorge, da Universidade de Évora, foi reeditado pelo Município da Batalha e apresentado no passado dia 17 de Setembro. Este estudo sintetiza a gestão primitiva da água do Mosteiro da Batalha, resultado de prospecções efectuadas no terreno há mais de 25 anos, tendo as conclusões desta investigação sido submetidas no Simpósio Internacional “Hidráulica Monástica Medieval e Moderna”, ocorrida em 1993. O trabalho agora editado dá a conhecer um projecto de engenharia hidráulica que remonta aos meados do século XV, comprova a experiência e a perícia técnica dos grandes mestres e constitui um testemunho singular na história da hidráulica monástica e conventual portuguesa. Esta é uma obra fundamental para quem pretende perceber como é formado o sistema de abastecimento de água do antigo convento dominicano, bem como o traçado da rede primitiva, cuja nascente se localiza na Jardoeira e que, devido à gravidade, era conduzida por um sistema de túneis até ao Mosteiro. Atendendo à importância histórica e patrimonial dessa nascente, que se encontra a uma profundidade de 5,50 metros, foi no mesmo dia descerrada uma placa identificativa desse importante local.

Obra valoriza património diocesano

Batalha elogiada em “Retábulos na Diocese de Leiria-Fátima” Foi apresentado no passado dia 17 de Setembro, no auditório do Mosteiro da Batalha, o livro “Retábulos na Diocese de Leiria-Fátima”, da autoria de Francisco Lameira, José João Loureiro e Virgolino Ferreira. A apresentação foi feita pelo professor Vítor Serrão, que destacou o valor patrimonial dos retábulos não apenas como elementos do culto católico, mas também no seu significado cultural e identitário. Conhecê-lo contribui para a consciência da identidade de pertença a esta região. Deixou, por isso, a recomendação da preservação deste património e da sua valorização turística como motivo para a sua apreciação. Os autores intervieram também para manifestarem a sua satisfação pela participação nesta obra e para agradecerem às pessoas e entidades que apoiaram e subsidiaram a sua publicação, entre as quais o Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima.

O Alguidar, grupo de Teatro Amador, sediado e apoiado pela Associação Cultural e Desportiva da Lapa-Furada (ACDLF) surgiu em Outubro de 2015, tendo como motor um apelo nas redes sociais que juntou, inicialmente, seis pessoas com a mesma paixão: o teatro. Ao longo destes dois anos, o grupo cresceu, ganhou forma e alicerçou as suas motivações na terra, primando pela originalidade e amizade entre todos. Da sua história já fazem parte quatro peças de teatro originais do colectivo e, no próximo dia 30 de Setembro, estreia a sua mais recente criação: “Eu sou a mais frita de todas as batatas”. Trata-se de uma comédia pensada para o público adulto, que pretende espelhar algumas in-

quietações do quotidiano. “Eu sou a mais frita de todas as batatas” retrata a história de Gabriela, uma mulher vulgar, como tantas outras que lutam diariamente contra o flagelo do desemprego. A luz na sua vida surge quando consegue um emprego num “call center”. Aparentemente, tudo parecia ser perfeito. Entusiasmada com o primeiro dia de trabalho, sente-se preparada para qualquer problema, terramoto ou tempestade. Gabriela conhece e entra numa nova realidade da sua vida. Estará ela preparada para enfrentar a “sua” verdade? Vale a pena ir até à Associação Cultural e Desportiva da Lapa Furada, em São Mamede, no dia 30 de Setembro, às 21h30, para descobrir...

Parceria entre Museu, Mosteiro e grupo O Nariz

Alunos aprendem com teatro O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e a companhia de teatro “O Nariz” deram as mãos para fomentar algumas acções educativas neste novo ano lectivo. O projecto visa disponibilizar aos alunos, mediante marcação no

sítio do Mosteiro, três diferentes visitas encenadas ao monumento, intituladas “Visita do Marquês”, “Eram só pedras quando tudo começou” e “Dona Filipa”. Dirigidas a alunos do 1.º e 2.º ciclos, estas visitas são executadas por actores profissionais da referida companhia, pro-

curando, de uma forma descontraída e através de uma linguagem adequada ao público escolar, transmitir informações de âmbito histórico e patrimonial ligadas aos programas curriculares. Procurando reforçar os conhecimentos adquiridos através destas visitas

encenadas ao mosteiro, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha desenvolverá também algumas actividades lúdicas destinadas aos alunos e aos docentes, em áreas pedagógicas relacionadas com a História, a Paleontologia e as Ciências da Terra.

Subida de 40% em Agosto

Turismo na Batalha em crescimento O número de atendimentos no Posto de Informação Turística (PIT) da Batalha aumentou mais de 40% durante o mês de Agosto, face a igual período de 2016. Os dados foram adiantados pelos serviços municipais de turismo e vêm na sequência de um registo de crescimento re-

gular, que leva o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, a afirmar que “a Batalha está na moda, no estrangeiro e também cada vez mais no nosso país”. Os números apresentados revelam um aumento de 72,5% dos portugueses que em Agosto procuraram o PTB (571 em 2016

e 985 em 2017). Quanto aos estrangeiros, o aumento foi de 36,5% (4.140 em 2016 e 5.650 em 2017). Destacam-se os turistas franceses e espanhóis, que aumentaram, respectivamente, 41,3% e 11,5%, representando estas nacionalidades dois terços da procura turística no PIT da

Batalha, com um valor global de 3.756 atendimentos. Em nota do Município, o presidente considera que para tal terão contribuído eventos como o espectáculo de “video-mapping”, festivais como o Lisbon Music Fest e a programação internacional das festas de Agosto.


Jornal da Golpilheira

. cultura .

Setembro de 2017

Mais de 350 figurantes participaram

Inscrições para o rancho folclórico

Mercado do Século XIX voltou à vila

A direcção do Rancho Folclórico Rosas do Lena informa os interessados em fazer parte do agrupamento de que estão abertas inscrições para todos os seus quadros (dançadores, tocadores, cantadores), para o que poderão contactar o telemóvel 965164735 (José António Bagagem, presidente da direcção) ou dirigirem-se à sede do agrupamento, na Rebolaria, às sextas-feiras pelas 22h00, ou, ainda, ao Museu Etnográfico, também na Rebolaria, aos domingos entre as 15h00 e as 17h00.

Contemplação gótica

Rancho da Golpilheira presente

o oleiro, o tira-dentes, a bordadeira, o latoeiro, o louco, as leitoras da sina, entre outros, através da participação de actores do Grupo “TE-ATO – Grupo de Teatro de Leiria”.

Numa tarde quente deste início de Outono, muitas centenas de pessoas puderam usufruir desta animação etnográfica e adquirir produtos típicos da região habitualmente

Congresso internacional na Batalha

Formação para a inclusão De 2 a 4 de Outubro, discute-se em Lisboa e na Batalha o tema “Formação para a Inclusão: A Acessibilidade Universal é exequível?”, no bienal Congresso Internacional Educação e Acessibilidade em Museus e Património. Trata-se da 4.ª edição deste evento, que já visitou Múrcia (2012), Huesca (2014) e Alicante e Villa Joyosa (2016). O congresso tem pretendido consolidar a discussão da educação e da acessibilidade em museus e património, desdobrandose em abordagens transversais e integradoras que pretendem proporcionar um campo de reflexão multi e interdisciplinar, bem como procurar identificar boas práticas dentro desta mesma problemática. Tal como nas anteriores edições, este ano contará também com diversos

Rosas do Lena aceita elementos

Exposição de pintura e escultura na Batalha

Nelson Gomes

A Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, voltou a acolher, no domingo 24 de Setembro, a já emblemática reconstituição do Mercado do Século XIX. Trata-se de uma iniciativa que pretende manter vivas as tradições da cultura popular e dos produtos comercializados nos mercados da época, contando com a participação de cerca de 350 figurantes, oriundos de oito agrupamentos folclóricos, entre os quais o rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”, do Centro Recreativo da Golpilheira. O evento recria também o ambiente popular característico dos mercados existentes no século XIX, com animação diversificada e através de figuras-tipo, tais como

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congressistas internacionais e nacionais, representando diversas áreas de trabalho, como museus, instituições académicas, equipamentos culturais, entre outras. Na Batalha, estão previstas visitas de trabalho ao Eco-Parque Sensorial da Pia do Urso, ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e à igreja e claustros, telhados e coberturas do Mosteiro da Batalha. Os temas em discussão, a ter lugar no Auditório Municipal da Batalha, assentarão em torno da investigação académica e das práticas profissionais, contando com conferências como Célia Sousa, investigadora e docente do Instituto Politécnico de Leiria (“A Ciência fora de portas”), Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha (“Batalha: Conce-

lho acessível”), Santiago González e Ester de Frutos, ambos do Museu Nacional do Prado, Espanha (“Formando mediadores: capacidades diversas que construyen un Museo del Prado para todos”), Maria José Aguilar Carrasco, M. Vallés Planells, Micael Gielen e Francisco Galiana Galán, da UPV, (“La información en las webs oficiales de los Parques Nacionales de la Península Ibérica. Cómo y sobre qué informar, para garantizar los estándares de Accesibilidad Universal”), Virgínia Gomes, do Museu Nacional de Machado de Castro, e Célia Sousa, do Instituto Politécnico de Leiria (“Novos paradigmas de comunicação em museus: dois contributos para a promoção da acessibilidade intelectual e social de pessoas com necessidades especiais”).

comercializados nos mercados rurais, tais como a sardinha assada, a broa e o pão, frutas e hortaliças, vinho de pipo, pevides, tremoços e a doçaria tradicional.

“Horizonte e Memória”

Teresa Salgueiro no Mosteiro Foi no cenário único e envolvente dos claustros do Mosteiro da Batalha que Teresa Salgueiro apresentou, no passado dia 22 de Setembro, o concerto “Horizonte e Memória”, o seu mais recente trabalho. Reconhecida como uma das vozes que há três décadas canta Portugal e encanta o mundo, Teresa Salgueiro elevou as muitas centenas de pessoas presentes com a sua voz inconfundível e a poesia com que entrelaçou o presente, o passado e o futuro da música portuguesa, juntando intérpretes e utores como Amália Rodrigues, José Afonso ou Carlos Paredes.

Foi inaugurada no passado dia 22 de Setembro, na galeria Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, uma exposição de pintura e escultura que convida à “contemplação” gótica. Da autoria de Tiago Pereira e Gárgula Gótica, esta mostra ficará patente até 8 de Outubro. Poderá ser visitada de segunda a sextafeira, das 15h00 às 19h00, e aos sábados e domingos das 11h00 às 19h00.

Exposição de pintura em Leiria

Irene Gomes mostra 30 anos A artista batalhense Irene Gomes inaugurou a 26 de Setembro, no Moinho de Papel, em Leiria, a exposição “Sobre o branco outras águas”. A mostra assinala os 30 anos de pintura da autora e ficará patente neste espaço até ao dia 28 de Fevereiro de 2018.

No mosteiro e na igreja matriz da Batalha

“O.P.(us) - Ópera no Património” O programa “O.P.(us) - Ópera no Património”, que tem a duração de três anos, está a promover uma série de concertos em monumentos de referência da região Centro, incluindo o Mosteiro e a Igreja Matriz da Batalha, bem como o Castelo, a Capela de São Pedro e a Sé de Leiria. O projecto, com um investimento de 971.502 euros, co-financiado pelo Centro 2020, assenta num conjunto de eventos de cariz operático associados ao património, à cultura e aos bens culturais da Batalha e Leiria, entre outros concelhos do centro, num total de 91 espectáculos até 2019. A ópera está em destaque na Batalha, com a “Visitação à Carmen”, de G. Bizet, de 5 a 8 de Outubro, com um programa em que se destaca a “Visitação à Ópera de Mozart”, dia 7 de Outubro, às 21h30, nas Capelas Imperfeitas do monumento. Ainda na vila, realiza-se o “Requiem Alemão”, de Joannes Brahms, na Igreja Matriz, no dia 8 de Outubro, pelas 21h30. A programação, que assume o carácter de “festival” de quatro dias em cada concelho, “assenta na realização de 18 obras referenciais da história da música, a partir de uma estrutura profissional que integra orquestra, coro, solistas, encontrando-se alinhado com uma estratégia regional que tem como objectivo contribuir para a preservação dos valores naturais e culturais”. O programa inclui 55 concertos pedagógicos por ano, destinados ao público escolar.


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Jornal da Golpilheira

. política .

Setembro de 2017

Presidente do PSD almoçou no CRG O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, passou pela Batalha, no passado dia 22 de Setembro, no périplo que tem feito pelo País em apoio às campanhas locais. A primeira paragem foi no Mosteiro da Batalha, onde ouviu do presidente da Câmara, Paulo Santos, a explicação da barreiras arquitectónicas que irão ser construídas no IC2 para protecção ao monumento. Depois, participou num almoço com autarcas e empresários do Concelho, para o qual foi escolhido o salão do Centro Recreativo da Golpilheira. Na sua intervenção elogiou o trabalho da autarquia e mostrou a sua confiança em que o PSD venha a ganhar mais câmaras nas próximas eleições, tendo como objectivo “servir as pessoas” e como horizonte “voltar a governar, em melhores condições” do que as que teve enquanto primeiroministro.

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Festa com Passos Coelho na Golpilheira

Acusando o governo de “só ver a curto prazo”, remeteu para os números divulgados pelo INE, indicando como “grande novidade” o maior crescimento registado em 2015, de 1,8%, último ano

da governação PSD/CDS. Quanto ao crescimento actual, “é uma boa notícia”, mas “foi menor do que o registado noutros países da União Europeia”, pelo que “está a perder gás” e “podíamos ter

crescido a um ritmo superior”. Na mesma linha, o líder da oposição, criticou o “anormalmente baixo” investimento público do governo no ano passado e que “no primeiro semestre des-

te ano cresceu apenas 1,2%”, não acreditando ser possível “chegar à meta dos 21,5% previstos no Orçamento do Estado”. Passos Coelho desafiou, ainda, o Governo a quebrar o silêncio sobre como pretende contribuir para a discussão sobre o reforço de segurança na Europa e apontou erros como o “imposto Mortágua”, que “retrai os investidores”, defendendo “um governo reformista” que aproveite a boleia de crescimento de outros países. O presidente da Câmara da Batalha criticou também o imposto sobre o adicional do IMI como sendo um “confisco fiscal” que penaliza empresas de áreas como o imobiliário e o arrendamento local, “uma área prioritária para acompanhar o crescimento do turismo no concelho da Batalha”.

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entrevista . . .sociedade

Setembro de 2017

Projecto adjudicado para barreiras no IC2

Suma renova mobiliário urbano

Protecção do Mosteiro avança e realizou um acordo de gestão com a empresa Infraestruturas de Portugal, que permitirá intervir na zona envolvente do IC21, sob gestão da concessionária da rede rodoviária nacional. Para o Presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, “este projecto é resultado de uma forte parceria entre várias entidades, muita determinação da Câmara e realiza uma opção que sempre tivemos de valorização do património”, sendo a sua concretização “um enorme desafio que muito poucos acreditavam”. Agradecendo o apoio recebido de governantes e parlamentares, entre os quais o Presidente

ambientais e urbanas na área envolvente do monumento”, prevista no âmbito do Plano de Acção para a Regeneração Urbana (PARU) da vila da Batalha e financiada pelo Programa Operacional para a Região Centro – CENTRO 2020. Trata-se de uma acção preventiva e necessária à protecção do monumento, ainda recentemente evidenciada em estudo coordenado pelo professor Manuel Senos Matias e editado através da publicação “Anatomia de um Mosteiro – Estudo Geofísico do Mosteiro da Batalha”. A Câmara da Batalha conta com o apoio técnico da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC)

A Câmara Municipal da Batalha adjudicou a empreitada “Operação Urbanística de Salvaguarda aos Impactos de Ruído e Poluição sobre o Mosteiro Santa Maria da Vitória, Zona Poente”, a realizar no prazo de 90 dias a contar da celebração do contrato, pelo valor global de 510.388,83 euros, em resultado do concurso público. Segundo nota da autarquia, “esta intervenção consiste na requalificação urbanística e paisagística na frente do Mosteiro, através da criação de uma barreira acústica que minimize os impactos ambientais relacionados com a poluição sonora e promova a melhoria das condições

da República, o autarca sublinha que “o Mosteiro da Batalha tem sido uma alavanca extraordinária para a economia local” e esta obra vem colocar a Batalha “ao nível de muitas cidades europeias que investem na defesa e valorização ambiental do seu património”. Note-se que o Mosteiro da Batalha voltou a ser o terceiro monumento nacional mais visitado no primeiro semestre do ano de 2017, contabilizando um total de 205.300 visitantes, segundo a Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), e assume uma posição estratégica para o crescimento do turismo regional e nacional.

Investimento de 1,2 milhões de euros

Novos contentores e papeleiras A empresa SUMA, concessionária dos serviços de limpeza, recolha e transporte dos resíduos sólidos urbanos no concelho da Batalha vai proceder à substituição dos contentores de lixo e papeleiras no centro histórico da vila da Batalha. Com um investimento estimado em cerca de 25 mil euros, pretende-se renovar estes equipamentos de mobiliário urbano, dado o elevado desgaste dos existentes. A mesma empresa anunciou ainda que irá renovar a sua frota de camiões, com unidades de última geração, potenciando a qualidade ambiental pela menor emissão de ruído e de gases poluentes. Um desses veículos será de caixa reduzida, de modo a poder circular em vias mais estreitas ou de elevada inclinação. O presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos, comenta que esta aposta da empresa concessionária dos serviços de limpeza no Concelho, “resultará na melhoria das condições de recolha do lixo na zona envolvente do Mosteiro e traduz-se numa qualificação do espaço urbano numa zona sensível onde passam todos os dias milhares de turistas”.

No Reguengo do Fetal

Investimento em protecção civil O Município da Batalha investiu cerca de 30 mil euros no reforço de medidas preventivas contra os incêndios florestais e também a queda de árvores. Em concreto, foi aberto um furo para disponibilização de água às populações e aos bombeiros e cortadas duas árvores de grande porte que ameaçavam a segurança pública. Segundo nota da autarquia, o novo furo serve para “reforço de pontos de água públicos, ainda no período crítico relativo aos incêndios florestais, uma opção estratégica e preventiva num espaço urbano localizado junto a uma das maiores manchas florestais do concelho da Batalha, entre a Maunça e a Senhora do Monte”. E recorda que “o maior incêndio de que há memória no Concelho ocorreu em 2003 no lugar da Torre, com início em área florestal, tendo consumido 2730 hectares de floresta e provocado a destruição de diversas habitações”. Quanto ao corte de árvores, na Rua de Nossa Senhora do Fetal, foi justificado “pelo perigo eminente para a circulação rodoviária e transeuntes, uma vez que tronco e os ramos destas árvores invadem o espaço aéreo da via”. Nesta via transitam diariamente veículos automóveis e peões, no acesso a várias habitações, ao cemitério, à igreja da Senhora do Fetal e à Capelinha da Memória, um ponto de interesse turístico. É, aliás, por esta estrada que passa a conhecida “procissão dos caracóis”, participada por muitas centenas de pessoas por altura das festas de Nossa Senhora do Fetal (ver notícia nesta edição). A propósito desta intervenção, o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, refere que “esta é uma missão prioritária”, pelo que “a Câmara da Batalha investe anualmente mais de 200 mil euros na protecção civil, com maior expressão no apoio aos Bombeiros, no projecto de parceria com o GIPS/GNR (Prevenir Já), e acções de silvicultura preventiva”.

estabelecimentos escolares encerrados desde 2004. “Trata-se de um moderno estabelecimento escolar e de elevada qualidade, dotado de novos equipamentos pedagógicos e áreas sociais generosas, realizado em tempo recorde e dentro do orçamento fixado para o projecto”, refere Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha. O autarca frisa que a execução foi “possível graças a um rigor financeiro muito grande da autarquia, à

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Reguengo tem novo Centro Escolar Abriu no início deste ano lectivo o novo Centro Escolar de Reguengo do Fetal, proporcionando aos alunos daquela freguesia melhores condições de conforto e funcionalidade no espaço escolar. Com capacidade para receber até 100 crianças, tem quatro salas, biblioteca e diversos espaços multi-funcionais interiores e exteriores, onde se destaca um recreio com diversões e recinto desportivo ao ar livre. Segundo nota da autarquia, o novo estabelecimento escolar representa um investimento municipal de 1,2 milhões de euros, comparticipados em 851 mil euros pelo Centro 2020 (Programa Operacional da Região Centro). Aqui passam a concentrarse as escolas do 1.º ciclo da Torre e do Reguengo do Fetal, acolhendo ainda os alunos dos lugares de Torrinhas, Alcaidaria, Garruchas e Rio Seco, com

equipa técnica municipal, e ao empenho da direcção do Agrupamento de Escolas e dos professores”. Este centro escolar estava previsto no Plano Municipal de Educação, aprovado há vários anos, e vem contribuir para que o

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concelho da Batalha fique com “um parque escolar requalificado, dotado de bons equipamentos de apoio ao ensino e centrados no objectivo dos alunos disporem das melhores condições de aprendizagem”, acentuou o autarca.


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Jornal da Golpilheira

. temas .

Setembro de 2017

. impressões . Por Luísa M. Monteiro

TANTO LIVRO, TANTO PESO Tanto livro. Tanto peso. Mesmo que em pouco mais de cinco minutos a pé cheguemos à escola, as mazelas da ainda curta rotina dos dias com o peso às costas começam já a fazer sentir-se. Já tínhamos comprado a mochila para o novo ano, prática, robusta, com apoio lombar e bolsa externa para a garrafa de água, mas tais comodidades não se revelaram enfim suficientes; havia de melhorar a situação, pois as costas da criança não iriam aguentar tamanho peso. Devíamos arranjar uma mochila com rodas. Ouvi porém falar – e vi – que os miúdos do segundo ciclo já começam a sentir-se de tal forma crescidos que não querem mochilas com rodas. Eles e os outros, e copiam-se todos. (Falamos de crianças de dez anos.). Os pais não sei, há-os de todo o género, mas creio que muitos vão na cantiga; pior ainda se dizem Ah que horror, mochilas com rodas para o meu filho não. Mas como pelos vistos todos aqueles livros vão ser precisos - e quem sou eu para contrariar as decisões de ordem superior — teria de ser pois eu a encontrar a solução. E de facto sendo já Setembro e não vendo mochilas com rodas à venda, a não ser as com bonecos dos filmes de animação (que o meu filho não quer, nunca quis) e procurando por todo o lado uma que fosse discreta e que suprisse todas as necessidades, aconselharam-me, na Baixa, a um sistema de rodas à parte. E lá foi ontem, ligeiro para a escola, o meu filho a puxar o trólei. Ainda que o conjunto se virasse de vez em quando no lancil dos passeios, e tivesse de ser agarrado se surgissem degraus, o balanço parece ter sido no entanto positivo: «Não é muito prático, mãe, mas é muito mais fácil levar assim os livros; não não tem nada a ver.» E foi. E vai sempre que for preciso. E se levar menos peso, retira as rodas e leva a mochila aos ombros. – Vamos lá ver daqui para a frente.

. Curiosidades do passado . #5 Por Joaquim Santos, jornalista e investigador

A propósito do momento eleitoral, algumas notas políticas de outros tempos... Comício republicano na Batalha

A República era uma realidade de meses, havia em Portugal muitos cidadãos adeptos do novo regime, mas também existiam muitos focos de resistência, alguns dos quais nas freguesias/paróquias, com o clero a ser manifestamente perseguido pelas suas tomadas de posição públicas. Os republicanos ou os propagandistas, como eram assim conhecidos, passaram a ter comícios de esclarecimento e de difusão da República nas localidades, entre as quais, a vila da Batalha. “Na Batalha – Ao estalejar de girandolas de morteiros, deram entrada na Batalha ás 10 e meia da manhã os propagandistas republicanos, já mencionados, acompanhados do srs. general Honorato Estrela, administrador do Concelho, de Ansião sr. Figueiredo, alferes Carneiro, e alferes Jaime Pereira dos Reis, sendo esperados pelas comissões políticas, camara e administrador do concelho. Como estivesse para se realizar uma missa na egreja do monumento, anunciou-se da janela da camara, donde os oradores falavam, que o comicio só se realizaria no fim da missa. Terminada esta o sr. Simões d’Abreu, fez a apresentação dos dois candidatos a deputados, e seguidamente falou Tito Larcher, que deixou o auditório vivamente impressionado, Pereira dos Reis, que falou sobre o recrutamento. Silva Barreto disse algumas palavras sobre o seu programa e o tenente Godinho, expoz o seu programa, enalteceu a obra da Republica e explicou algumas das suas leis. Terminado o comicio no meio do maior entusiasmo, foi servido um opiparo almoço magnificamente servido no clausto de D. João Iº pelas comissões. Amanhã é o das Colmeias.” Autor desconhecido (1911, 13 de Maio, n.º 281), na Batalha, Leiria Illustrada, p. 2.

Câmara Municipal do “infeliz concelho da Batalha”

Na vila da Batalha, a polémica estava instalada. A Câmara Municipal ia mudar a sua administração para outro local, menos apropriado. Um dos motivos que o jornal “O Radical” aponta na sua edição de 5 de Agosto de 1915, era uma implicância com alguns funcionários. “Dizem-nos que a bemaventurada camara municipal d’este infeliz concelho da Batalha vae mudar a Administração para um casarão em condições nada apropriadas, pertencente ás obras publicas e situado em uma rua fóra do centro da villa. Nada justifica tal mudança, tanto mais tendo a Camara suficientes e largas repartições para os seus empregados e uma sala das sessões como poucas temos visto na provincia. Diz-se que é uma pirraça aos aos empregados da administração. E não duvidamos. Mas o administrador do concelho consentirá, sem protesto, em tal mudança? Quer-nos parecer que o faccioso escrivão Santos está abusando demasiadamente da benevolência com que o temos… esquecido.” Autor desconhecido (1911, 5 de Agosto, n.º 223), Batalha, O Radical, p. 2.

Tito Larcher, o novo administrador do concelho da Batalha

No jornalismo, na investigação histórica, na política e na actividade notarial, na criação da primeira biblioteca de Leiria e na defesa da região de Leiria, foi Tito Larcher um exímio cidadão. Admirador do concelho da Batalha, com o mosteiro no seu coração, aceitou ser administrador daquele concelho, em finais de 1913. O jornal “Leiria ilustrada” publica notícia na primeira página, na edição de 4 de Outubro, quase a comemorar o terceiro ano da República. “Administrador da Batalha – Foi nomiado administrador do concelho da Batalha, logar de que já tomou posse, o nosso amigo e dedicado colaborador Tito de Sousa Larcher, que reúne especiais predicados para o bom desempenho d’aquele logar. Felicitâmos o nomiado e aqueles de quem vai ser autoridade.” Autor desconhecido (1913, 4 de Outubro, n.º 406), Leiria Illustrada, p. 1.

Extinção do concelho da Batalha?

O concelho da Batalha esteve ameaçado no tempo conturbado da Grande Guerra, em 1916, onde a República também sofria imenso com a forte contestação da aplicação das suas directrizes fundadoras, onde nem os políticos e nem políticas eram implementados com rigor e solidez. Tempos muito difíceis, também para o concelho da Batalha, que se via a braços com a incerteza dos tempos, de vários tempos. Era criada a freguesia de São Mamede, que se dizia ir pertencer a Vila Nova de Ourém e o Reguengo do Fetal preparava documentação para integrar o concelho de Leiria. O concelho da Batalha estava a viver tempos de muita dúvida e afirmação político-administrativa. “Concelho da Batalha – A sua extinção – Os democráticos da Batalha, pela sua profunda estupidez, vão a muito bom caminho para conseguir a extincção d’este concelho. Agora, para ferir e prejudicar a freguezia do Reguengo do Fetal, tratam de crear uma nova freguezia em S. Mamede – e esta, depois de constituida, já está assente que passará para o concelho de Vila Nova de Ourem. Por sua vez, a freguezia do Reguengo, como justo desforço contra a affronta que lhe pretendem fazer, irá requerer para passar ao concelho de Leiria, no uso de um direito que o Código Administrativo lhe confere. E feito isto, está claro, era uma vez o concelho da Batalha, por obra e graça do partido democrático! Estes affonsinos, na verdade, são de uma esperteza estupensa. A Batalha que lhes agradeça…” Autor desconhecido (1916, 11 de Fevereiro, n.º 248), Concelho da Batalha, A sua extinção, O Radical, p. 3.

. combatentes . Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” Os combatentes são um fragmento da sociedade a quem devemos todos prestar especial atenção, tendo em conta não exclusivamente o facto de terem prestado relevantes serviços à Nação, como também à condição de deficiência, nem sempre visível, de muitos deles, aos traumas que consigo carregam e que quase sempre atingem as próprias famílias, pelo que, por isso, precisam de apoios de vária natureza, não tão-somente institucional mas também governamental. Tivemos oportunidade de abordar anteriormente o “modus operandi” psicossocial, por parte dos diversos Núcleos da Liga dos Combatentes, bem como dos Centros de Apoio Médico Psicológico e Social, mas, para tão nobres servidores da pátria, o maior apoio que poderão ter identificar-se-á com a mobilidade e acessibilidade. Por tudo o que estes heróis fizeram e, como sabido, adquirindo patologias traumáticas e deficiências dos mais diversos tipos, impõe-se que se trabalhe no sentido de proporcionar o maior bem-estar e qualidade de vida a estes nossos compatriotas. Se os nossos combatentes não tiverem a possibilidade de se deslocar para procurar apoio; se o local que lhes poderá prestar esse apoio estiver fora do seu alcance; se for distante; se for inacessível; se os que ainda puderem conduzir não tiverem onde estacionar, a maior parte não se deslocará para procurar amparo e ficará por ajudar, com todas as consequências que daí advirão, na resolução das suas inquietações e necessidades, nas repercussões no ambiente familiar, bem como o impacto que involuntariamente venha a ter na sociedade que os rodeia. É com agrado que olhamos para o apoio com que grande parte dos municípios brindam os seus combatentes, com a cedência de espaços acessíveis e condignos, onde os Núcleos podem, assim, reciprocamente, cooperar com os órgãos de soberania e da Administração Pública, com vista à realização dos seus

objectivos, nomeadamente no que respeita à adopção de medidas de assistência a situações de carência económica dos associados, desenvolvendo também os seus objectivos de promoção da protecção e auxílio mútuo. Todo este trabalho efectuado pelos Núcleos da Liga dos Combatentes permite aliviar os serviços sociais e os meios financeiros, para tais apoios, por parte das autarquias, pelo que assim se entende o facto de praticamente todos os Núcleos operarem em espaços cedidos pelas suas edilidades. É do conhecimento geral o esforço que os nossos associados, que ainda se conseguem deslocar, fazem para aceder ao actual espaço, exíguo, situado num alto, longínquo do centro, sem estacionamento, e que se fosse acessível e com as devidas condições, para além de prestar mais e melhor apoio a mais associados que lá se deslocariam, permitiria também tornar-se num local de convívio, frequentado diariamente por quem quer conviver com os seus pares e partilhar memórias que, de outro modo, cairão no esquecimento. O Núcleo da Batalha entende as restrições orçamentais, provocadas pela grave crise económica que afectou o País nos últimos anos, mas, a ver pela obra realizada e pela aposta do Município da Batalha, nos últimos anos, na melhoria das condições de mobilidade urbana, está profundamente confiante e optimista que, após as eleições autárquicas que se avizinham, venha a ser o próximo núcleo a ter a felicidade de lhe ver entregue um espaço onde possa cumprir os objectivos que lhe estão confiados, nomeadamente, e como referido anteriormente, no alívio ao Município, no que concerne ao apoio psicossocial dos seus combatentes. E a cereja no topo do bolo seria, certamente, a possibilidade da execução do monumento ao combatente, tão contiguo quanto possível ao novo espaço. Acreditamos que é possível.


Jornal da Golpilheira

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. temas .

Setembro de 2017

.saúde.

. carta aberta .

Ana Maria Henriques Médica Interna

Consultas entre os 40 e 50 anos – Rastreios Segundo os conhecimentos médicos actuais, existem três programas de rastreio organizados para pessoas sem doença e sem sintomas. Nesta faixa etária, todos os rastreios são oferecidos e relembrados. Estes programas são oferecidos gratuitamente a todos os utentes inscritos nos centros de saúde (informação válida para a região correspondente à ARS do centro) e constituem uma das funções do médico de família. A prevenção secundária consiste em detectar doenças antes de estas apresentarem sintomas, de forma a poder mudar o curso desta doença. Existem critérios específicos para decidir quais as doenças elegíveis e quais os exames complementares de diagnóstico que funcionam para o rastreio. Enquadrado na vigilância da saúde da mulher, existem os programas de rastreio do cancro da mama e do cancro do colo do útero. Estes são realizados em parceria com o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra e com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, na análise das citologias do colo do útero e das mamografias, respectivamente. Na vigilância do cancro do colo do útero, a citologia esfoliativa consiste na obtenção de células do colo do útero, através de uma pequena “escova” durante o exame ginecológico. Estas células não analisadas, e com um resultado negativo é excluída a possibilidade de ter alguma doença neoplásica (cancro). Este exame pode detectar outras alterações que obrigam à repetição ou a tratamentos, sendo para isso convocada a utente pelo médico de família, que tem acesso aos resultados. Com três resultados consecutivos negativos, propõe-se às mulheres a repetição do exame a cada três anos. Propõe-se que todas as mulheres entre os 25 e os 64 anos participem

neste programa de rastreio, sempre depois de totalmente esclarecidas sobre este. O programa de rastreio do cancro da mama é oferecido às mulheres entre os 45 e os 69 anos, quando são convidadas por carta a realizar a mamografia na Unidade Móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que se desloca a Leiria de 2 em 2 anos. O resultado deste exame é enviado directamente para o médico de família e a utente não é contactada, se o resultado excluir a hipótese de doença. Quando o resultado é classificado como duvidoso, com necessidade de esclarecimento, ou positivo, a utente é convocada para uma consulta no IPO de Coimbra. O rastreio do cancro do cólon e recto (intestino) é proposto a todos os utentes entre os 50 e os 74 anos e é realizado através da entrega de um ‘kit’ de pesquisa de sangue oculto nas fezes, em consulta. Para realizar este exame, devem ser colhidas seis amostras de fezes, acondicionadas adequadamente e enviadas pelo correio. A amostra é analisada no Laboratório de Saúde Pública de Coimbra e, se o resultado for negativo, deverá repetir dentro de dois anos. Se o resultado for positivo, ou em determinadas situações, é mandatória a realização de colonoscopia, um exame onde é visualizado o intestino por dentro, acedido através de uma câmara colocada no fim de um pequeno tubo maleável. Para estas três doenças existem dados, apesar de não serem consensuais, que é benéfico realizar o rastreio. No entanto, nenhum exame é 100% fidedigno, logo, os resultados podem não estar correctos. Outra questão importante é que estes exames detectam pequenas alterações, algumas que dariam origem a cancros graves, mas também aquelas que poderiam não causar nenhum problema o resto

da vida. Devido à impossibilidade de distinguir, são todos tratados da mesma maneira. Para todas as outras doenças e principalmente para todos os outros tipos de cancro, não existem programas de rastreio organizados, por não haver evidência de ser benéfico para o utente. Aqui estão incluídos os cancros da próstata, as leucemias, os cancros do pulmão, entre muitos outros. Para todas estas graves doenças, a descrição de sintomas, história de doenças na família e a exposição a determinadas circunstâncias ao médico de família orienta-o para a prescrição de exames direccionados e adequados. Concluindo, não é necessário fazer os tão falados “check up’s” com uma lista interminável de exames, sendo até prejudiciais. Existem evidências do benefício destes três programas referidos, sendo por isso oferecidos a todos os utentes. Tudo o resto deve ser conversado com o médico de família, para este adequar as atitudes. Mas a melhor maneira de evitar ter doenças é manter um estilo de vida saudável, manter-se activo, ter uma boa relação com os familiares e amigos e, principalmente, estar atento a qualquer mudança no corpo ou sensação estranha.

Caros senhores do ministério da Educação e das editoras dos livros escolares, Todos os anos, por esta altura, volta a “guerra” dos livros escolares. Paletes de livros. Livros de leitura, de fichas, de exercícios, de avaliação, de complemento e de sei lá mais o quê que os senhores se lembram de colocar na lista. Quilos de livros nas mochilas que os nossos garotos acarretam às costas. Todos os anos, por esta altura, regressam perguntas e porquês de alunos, professores e pais. Inventam-se sistemas de trocas, de reutilização, de redução de peso, de mochilas com rodinhas, de campanhas e descontos. Eu, de uma família “normal” de 3 filhos (todos na escola), confesso a minha incapacidade para lidar com o sistema. Resigno-me à opção “normal” de comprar tudo o que mandam e pagar tudo o que pedem. Mas, este ano, lembrei-me de vos deixar três perguntas, das milhares que poderíamos fazer, para as quais vos peço uma resposta simples, daquelas do tipo “como se eu fosse muito burro”: 1. Se a vossa opção e insistência é para a reutilização de livros, e até dizem que os oferecem aos pais e que depois os esperam de volta “intactos”, porque trazem todos os livros páginas e páginas para escrever, desenhar, pintar, completar e até cortar? Se há livros de fichas e exercícios para todas as disciplinas, por que razão os manuais também trazem fixas e exercícios? Ou, pelo inverso, se os manuais já trazem fichas e

exercícios, para que são os livros de fichas e exercícios em edição separada? 2. Se a vossa opção e insistência é para a reutilização de livros, porque não têm os livros capas de plástico, ou de cartão, ou de qualquer outro material que os garotos (sobretudo no 1.º ciclo) não esfarelem na primeira semana? Imagino que apreciem o envolvimento dos pais nas tarefas escolares, mas não haverá algo mais útil para fazermos do que revestir os livros todos de capas de plástico autocolante assim que chegam a casa? Isso não poderia vir já feito? 3. Só mais uma pergunta: tendo em conta os novos centros escolares e até as velhas escolas cheios quadros interactivos e computadores e tecnologia avulsa, tendo em conta a facilidade com que a miudagem trabalha com essa tecnologia, e tendo em conta que esses materiais (manuais, cadernos de actividades, testes, vídeos, animações, simuladores) já estão disponíveis em versão digital, o que estamos à espera para informar pais e professores e para começar a usá-los? Há experiências-piloto que possam servir de referência? É que, além de tirar quilos das mochilas e poupar toneladas de árvores, seria uma boa forma de os preparar para um futuro (ou já presente) em que tudo é consumido através de “tablets” e telemóveis. Não? E por hoje é tudo, com os meus cumprimentos.

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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura .

Setembro de 2017

Paulus Editora . Espiritualidade .

Evangelho para universitários

Twittando com Deus

Raffaele Maiolini

Michel Remery

Este pequeno livro é como um manual pronto a utilizar nas diversas situações com que se vê confrontado um universitário. Situações que devem ser interpretadas e iluminadas pela Palavra de Deus. Escrito por um sacerdote que é responsável pela Pastoral Universitária da sua diocese, esta obra pretende ajudar os jovens a fazerem Lectio Divina.

As tuas perguntas sobre Deus e sobre a fé têm agora uma resposta! Será que cabe num tweet? Isso é precisamente o que o padre Michel Remery faz. Ele twitta duzentas respostas a questões importantes colocadas pelos jovens e dá também explicações alargadas com base na fé para que possas conhecer mais sobre ti e sobre Deus! Questões sobre Deus, a Bíblia, Jesus, a Igreja, a fé, a oração, a moral e estilo de vida. Um livro é para todos: pessoas (jovens) que têm curiosidade sobre o que a Igreja tem para lhes dizer actualmente; novos católicos e catecúmenos; qualquer um que queira complementar ou renovar o seu conhecimento da fé; todos os que querem falar com os outros sobre a fé.

Aprendi com os últimos - A minha vida, as minhas esperanças Luis Antonio Gokim Tagle Conhecer Luis Antonio Tagle gera contínuas surpresas. Os seus encontros e pronunciamentos testemunham uma proximidade radicalmente evangélica aos marginalizados, aos mais desprezados, aos excluídos. É por isso que o exemplo do Cardeal da Ásia foi e continua a ser ensinamento de vida. Nesta obra, Tagle conta-nos a sua infância em Manila e o empenho como padre nas periferias. Ao longo destas páginas, o cardeal Tagle oferece uma lúcida visão do mundo e do cristianismo, desenhando ainda um estilo da presença cristã no nosso tempo em que a Igreja não pode ficar nostalgicamente agarrada aos velhos tempos.

A disciplina - Um jogo de crianças Brigitte Racine Para viver em harmonia com o seu filho é importante estabelecer uma sólida relação de vinculação e de confiança. Assim que a criança se sentir amada, valorizada e segura, irá constatar que acreditamos nela e que partilhamos momentos de alegria. Deste modo, ela irá colaborar e viver uma relação em que está atenta às necessidades do outro. Para cumprir este objectivo não serão necessárias grandes técnicas, basta algo tão simples como um jogo de crianças. Este é o essencial desta obra sobre a disciplina que pais e educadores terão todo o interesse em ler.

O Museu do Pensamento Texto: Joana Bértholo Ilust.: Pedro Semeano e Susana Diniz Editorial Caminho O Museu do Pensamento, de Joana Bértholo e ilustrações de Pedro Semeano e Susana Diniz chega esta semana às livrarias. Este Museu é especialíssimo porque se dedica a compilar e proteger um bem essencial... Já alguma vez pensaram onde vão parar os pensamentos depois de passarem pela vossa cabeça? O que é que lhes acontece? Nunca pensaram nisso? Nunca mesmo? Nunca tiveram assim um pensamento tão grande, tão pesado, que vos fizesse doer a cabeça? Nunca tiveram assim um pensamento tão bonito ou divertido que vos deixasse feliz sem ter de acontecer mais nada? Afinal, o que é pensar? De modo didáctico e divertido, este livro vai ajudar a... pensar nisso.

Ao regressar da escola - O papel dos pais na aprendizagem escolar Marie-Claude Béliveau Este livro propõe aos pais uma forma de conceber o seu papel de guia de forma mais interventiva. Fornece aos pais meios concretos para ajudarem o filho a envolverse na vida escolar e a encorajar a sua autonomia e as suas responsabilidades, nomeadamente nas aulas e nos trabalhos de casa. Apresenta várias estratégias que favorecem o prazer da aquisição de conhecimentos mas também incide sobre as novas tecnologias que estão implantadas na vida das crianças.

As inquietantes perguntas do Evangelho Ermes Ronchi Este livro, que compila as meditações do Pe. Ermes Ronchi propostas ao Papa Francisco e à Cúria Romana durante os Exercícios Espirituais, convida-nos a procurar o Deus das grandes questões: não para que O interroguemos, mas para deixarmo-nos interrogar por Ele. E em vez de procurar uma resposta imediata, paremos para viver bem cada pergunta, as inquietantes perguntas do Evangelho.

O Domingo da Palavra Uma festa com a Bíblia Centro Bíblico PAULUS Um contributo precioso para preparar e viver o Domingo da Palavra, para guiar e saborear a leitura orante da Bíblia, para ler a Bíblia num ano. Trata-se de um subsídio litúrgico-pastoral e surge como resposta ao pedido que o Papa Francisco fez na Carta Apostólica Misericordia et misera: «Seria conveniente que cada comunidade pudesse, num domingo do ano litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo» (nº 7).

Conte a Sua História Joanne Fedler Pergaminho Tem uma história única para contar – mas não sabe por onde começar? Sempre quis contar as suas histórias mas não sabe qual o primeiro passo? Acha que tem o «bichinho» da escrita mas falta-lhe estrutura e técnica? Não se deixe desanimar! Afinal, ninguém conhece tão bem a sua história como você. A sua história de vida é única e irrepetível. Pode inspirar alguém, mudar-lhe a vida, transformar a forma como vê o mundo. Não perca essa oportunidade. Este livro disponibiliza técnicas de escrita e ensina a estruturar a história a ser contada, permitindo que seja, não apenas um processo criativo, mas também um método de desenvolvimento pessoal e auto-descoberta. Após vários romances e livros de memórias, a autora lança este guia de auto-ajuda, na esperança de encorajar muitos leitores a transformarem-se em escritores.

E Se eu fosse deus? Fernando Correia Guerra e Paz Editores A casa de Henrique é a Natureza. Henrique é um sem-abrigo de corpo, mas a sua alma guarda a única realidade que aceita e lhe chega através de uma entidade superior. «E se eu fosse Deus?», pergunta. O autor percorre as ruas de Lisboa com Henrique, que lhe mostra as histórias de outros sem-abrigo e um submundo perturbante. A prostituição, a droga, a dor, a loucura, a violência, mesmo o suicídio fazem parte deste submundo, que a maioria de nós tende a ignorar. E se Deus estivesse, como um sopro, em cada um destes rostos de sofrimento? E se a beleza se esconder onde menos esperamos? Este é um romance baseado em testemunhos e factos reais. Por vezes, o duro dia-a-dia supera qualquer ficção.

O Livro Piadas Para Rir Sem Parar AA. VV. Guerra e Paz Editores Depois do lançamento da colecção “Os Livros Estão Loucos” e do “Caderno de Memórias de Difícil Acesso”, com o jovem Santiago Castelo, a Guerra e Paz reforça a aposta no mercado num registo onde ainda não tinha dado cartas: o humor infanto-juvenil. Este livro tem piadas, curiosidades e adivinhas, todas para rir sem parar. Quem to diz é este avozinho, que tem muitas mais para contar. Para crianças a partir dos 7 anos. Com desenhos, ilustrações e muita cor. Para as crianças lerem e os pais lerem. Para toda a família. Um livro que também ensina e educa.

Orgulho e Preconceito Jane Austen Guerra e Paz Editores Quem nunca quis um Mr. Darcy na sua vida? Ser rebelde e independente como Elizabeth? Encarar o mundo com a pureza de Jane? Ou dar duas boas bofetadas a alguém que se comporte como Wickham? Orgulho e Preconceito veio, seduziu e ficou. Esta é a história da família Bennet: cinco filhas por casar e uma mãe que só pensa em encontrar-lhes maridos. Elizabeth Bennet e Mr. Darcy dão corpo a um dos maiores romances de sempre. Se ela chega a jurar que jamais gostará dele, até por ele ter antes ferido o seu orgulho, os imensos mal-entendidos e algumas peripécias poderão dar um outro rumo ao enlace. Estará Mr. Darcy disposto a quebrar o seu preconceito de classe? Não seremos, nós, verdadeiros inocentes ao julgar apenas pelas primeiras impressões? «Se o verdadeiro teste para um grande romance é voltar a lê-lo e redescobrir as alegrias de uma nova leitura, então Orgulho e Preconceito rivaliza com qualquer romance jamais escrito», jurou Harold Bloom, a maior autoridade da grande literatura.

O Apelo Selvagem Jack London Bertrand Editora «O Apelo Selvagem» é uma referência da literatura juvenil, inserindo-se esta nova edição numa coleção de clássicos imperdíveis. Com um protagonista improvável, um possante e destemido cão, revela-se uma grande história de aventuras, intercalada por episódios de crueldade, que nos dá a conhecer uma época dura na história da América do Norte. Buck é um cão que se vê arrancado do conforto da quinta onde nasceu e lançado numa vida dura e perigosa. Nos rigores do Alasca, Buck tem de aprender a viver com quase nada e a adaptar-se à exigência e à crueldade dos seus sucessivos donos, até que conhece John Thornton, um ser humano que reconhece a sua inteligência e nobreza e de quem Buck se torna um amigo leal e devoto, salvando-lhe a vida por diversas vezes. Mas depois de ter sofrido tanto às mãos dos homens, o apelo da floresta parece-lhe cada vez mais irresistível….


Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

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Setembro de 2017

.história. Miguel Portela Investigador

O Capitão Rodrigo Franco: um notável homem do Portugal Setecentista Breves notas de contextualização

Temos vindo a publicar os dados genealógicos de alguns mestres envolvidos nas mais diversas atividades em Portugal nos séculos XVII e XVIII, nomeadamente de pintores, carpinteiros, vidraceiros, canteiros, mestres de obras e, muito em particular dos mestres da Arte do Azulejo. Nesse sentido, e apesar de recentemente ter sido editado por nós alguns dados genealógicos do Capitão Rodrigo Franco, o qual foi um dos mais importantes canteiros e arquitetos do Portugal Setecentista, iremos seguidamente revelar mais alguns dados sobre a sua vida e obra. Sousa Viterbo, no final do século XIX, escreveu a respeito do Capitão Rodrigo Franco, que este “Foi architecto da Mitra e das igrejas do patriarchado e serviu por muito tempo de ajudante de Custodio Vieira no cargo de architecto das tres ordens militares. Em 1744 foi nomeado no seu impedimento por tempo de seis mezes. Em 1745 teve nova prorrogação por igual tempo” SOUSA VITERBO, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Constructores Portuguezes ou a Serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1899, Vol. 1 [A-G], pp. 372-373). A presença do Capitão Rodrigo Franco em medindo e a avaliando algumas obras reais e outras realizadas pelas despesas dos tribunais, surge referenciada numa carta do Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Pedro da Mota e Silva, ao Vereador Presidente do Senado da Câmara de Lisboa, redigida em 13 de agosto de 1745. Transcrevemos um pequeno excerto dessa carta que nos esclarece que “Sua Magestade é servido que os medidores e avaliadores, os sargentos-móres José Sanches da Silva e Carlos Mardel, o capitão Rodrigo Franco, os ajudantes Eugénio dos Santos Carvalho, Elias Sebastião Pope e Manuel da Costa Negreiros, todos seis juntos e unanime e indifferentemente meçam e avaliem, pelo interim e emquanto o mesmo senhor não mandar o contrario, não só as suas reaes obras em geral, mas todas as que fôrem feitas pelas despezas dos tribunaes d’esta côrte, fazendo as averiguações convenientes para a inteireza das medições e avaliações, e passarem as certidões; correndo por obrigação de quem se achar com provimento de architecto ou medidor de algum tribunal, ter prontos e jurados os apontamentos pertencentes á obra, ou obras de que estiver encarregado” (OLIVEIRA, Eduardo Freire de, Elementos para a Historia do Municipio de Lisboa, 1.ª Parte, Publicação mandada fazer a expensas da Camara Municipal de Lisboa, para commemorar o centenario do MARQUEZ DE POMBAL em 8 de maio de 1882, Tomo XIV, Lisboa, Typographia Universal, 1904, pp. 429-430).

Elementos genealógicos do Capitão Rodrigo Franco

Os dados genealógicos do Capitão Rodrigo Franco que aqui apresentamos foram recentemente divulgados por nós, pelo que traçaremos seguidamente uma pequena resenha da sua genealogia de modo a podermos alcançar melhor a sua vida familiar (Vejam-se os documentos transcritos em PORTELA, Miguel, O Capitão Rodrigo Franco: contributo genealógico inédito, O Figueiroense, Edição compartilhada com O Ribeira de Pera, Diretor: Fernando C. Bernardo, II Série, N.º 38, 16 de setembro de 2017, p. 9). Rodrigo Franco foi batizado em Lisboa, em 16 de novembro de 1709, sendo filho de António João [Gaspar] e de Inácia Catarina (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismo da Paróquia de S. José [1706-1722], Livro B4, Caixa n.º 2, assento n.º 1, fl. 36v). Seu pai, António João Gaspar, filho de João Gaspar e de Isabel Simões, natural de S. Pedro de Almargem do Bispo, havia contraído matrimónio em 12 de fevereiro de 1709 com Inácia Catarina, filha de Francisco Franco e de Mariana Gomes, natural de Odivelas, e assistente no Convento de Santa Mónica (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de S. José [16941716], Livro C3, Caixa n.º 14, assento n.º 1, fl. 120). Identificámos Rodrigo Franco como oficial de canteiro quando desposou em 18 de junho de 1732, Luísa Maria da Encarnação filha de Domingos Lopes Ramos e de Águeda Maria (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de S. José [1716-1733], Livro C4, Caixa n.º 14, assento n.º 1, fl. 271). Luísa Maria da Encarnação havia sido batizada em 23 de dezembro de 1706, na freguesia do Socorro, em Lisboa (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismo da Paróquia do Socorro [1702-1712], Livro B6, Caixa n.º

2, assento n.º 6, fl. 49). Luísa Maria da Encarnação, primeira esposa de Rodrigo Franco, então referido como Capitão e Cavaleiro professo da Ordem de Cristo, morreu em 18 de outubro de 1754, sem ter deixado descendência (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [1745-1779], Livro O2, Caixa n.º 31, assento n.º 1, fl. 82v). Em 7 de abril de 1755, o Capitão Rodrigo Franco casou com D. Laureana Jacinta Franca filha de José António Pedroso e de Andresa Joaquina, tendo assistido a este ato, como testemunhas, o Padre Tesoureiro Clemente Gomes, o Escrivão da Curia Patriarcal de Lisboa Marcelo Tomás de Ataíde Lobo, e o Escrivão do Julgado de Santo Antão do Tojal José António Pedroso (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia de Santo Antão do Tojal [1660-1813], Livro C1, Caixa n.º 11, assento n.º 2, fls. 193v-194). Deste casamento houve os seguintes filhos: D. Ana que nasceu em 31 de dezembro de 1756 e foi batizada em 26 de janeiro de 1757 (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Batismos da Paróquia das Mercês [1747-1762], Livro B3, Caixa n.º 3, assento n.º 2, fl. 26); D. Maria que nasceu em 8 de abril de 1758 e foi batizada em 7 de maio desse ano (Ibidem, assento n.º 1, fl. 60v); e Miguel que nasceu em 29 de setembro de 1759 e foi batizado em 22 de outubro desse referido ano (Ibidem, assento n.º 2, fl. 104). D. Laureana Jacinta Franca veio a falecer em 11 de outubro de 1760, tendo sido sepultada na Igreja de Nossa Senhora das Mercês (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [17451779], Livro O2, Caixa n.º 31, assento n.º 3, fl. 140). Pouco tempo depois, em 11 de abril de 1761, o Capitão Rodrigo Franco contraiu matrimónio com D. Josefa Maria Teresa, solteira, filha de António de Almeida e de Teresa Maria (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Casamentos da Paróquia das Mercês [16971761], Livro C2, Caixa n.º 20, assento n.º 1, fl. 233).

O Capitão Rodrigo Franco e a Igreja do Senhor Jesus da Pedra em Óbidos

De entre várias obras conhecidas cuja traça se deve ao Capitão Rodrigo Franco, destaca-se a Igreja do Senhora Jesus da Pedra em Óbidos. Em 10 de março de 1863, P. de C. e Sequeira escreveu no Palácio do Conde de Tavarede, um artigo intitulado “Egreja do Senhor Jesus da Pedra”, onde afirmou que esse templo “no seu estilo, talvez único em Portugal, e uma das melhores obras do seculo passado, que, se fosse acabado, figuraria de certo entre os bons monumentos da Europa. As torres, que (segundo o risco que existe na egreja) subiriam a um ponto extraordinario, nem se começaram a assentar, achando-se ainda hoje em torno do edificio muita cantaria já preparada para ellas. Ao capitão Rodrigo Franco, architecto da mitra da patriarcal, é devido o risco d’esta obra, que fórma em circulo o corpo exterior do edifício, com tres quadrados adjuntos, e os dois lateraes; tendo um no fundo para sacristia, e os dois lateraes onde deviam pesar as torres” (Archivo Pittoresco, Semanario Illustrado, Editores Proprietarios, Castro Irmão & C.ª, 6.º Ano, Tomo VI, Typographia de Castro Irmão, Lisboa, 1863, pp. 60-61.

O testamento do Capitão Rodrigo Franco

O Capitão Rodrigo Franco veio a falecer em 31 de dezembro de 1763. Antes de morrer lavrou o seu testamento deixando como testamenteiros a sua esposa e o Doutor João José Xavier de Almeida (I.A.N./T.T. [A.D.L.], Livro de Óbitos da Paróquia das Mercês [1745-1779], Livro O2, Caixa n.º 31, assento n.º 3, fl. 168). O seu testamento, lavrado em 27 de dezembro de 1763, é um documento rico em novidades sobre a sua família, onde constam as mais diversas disposições que, mandou fossem executadas pelos seus testamenteiros (doc.1). Através deste testamento o Capitão Rodrigo Franco traça uma breve síntese familiar onde refere as suas três esposas bem como os filhos que teve, e aos quais já nos referimos anteriormente. Do seu matrimónio com D. Josefa Maria Teresa, afirma que o mesmo “foi celebrado por escritura otorgada na nota do tabaliam Jozé Pedro Rodriguez da Silva em 6 de março de 1761 annos”. Como herdeiros, nomeou os seus três filhos, afirmando que a sua educação “e amparo muito recomendo a minha molher D. Jozêfa Maria Thereza

asima comtemplada a qual já na dita excritura dotal nomiey tutora e admenestradora”. Declarou também o Capitão Rodrigo Franco que tinha, à data da feitura do testamento, os seus “pays vivos em idade decrepita a quem tenho sustentado por se acharem em muita pobreza cuja caridade he minha ultima vontade se lhe conthence emquanto vivos forem e sera obrigada a dita minha molher a tellos em sua companhia a que muito e muito lhe recomendo tratãodoôs [sic] com aquele amor que sempre em mim ezprimentaram e maiz se puder ser”. De idêntico modo, deixou em testamento determinadas quantias a vários familiares, nomeadamente a sua irmã Teotónia casada com Rodrigo Francisco, e a Maria da Conceição filha destes; a sua irmã Joaquina; a seu irmão Clemente Gaspar, assim como a Duarte Isidoro, Ana, José, Catarina e a Rita sua afilhada, todos filhos do citado Clemente Gaspar. Deixou também uma quantia a seu afilhado Francisco filho do Doutor João José de Almeida Xavier. Sabemos também, que na sua casa assistia Maria Teresa, prima de sua esposa, acrescentando que ela morasse a sua casa “emquanto viva em atenção a sua vioves e dezemparo”.

Em síntese

Os novos elementos que aqui apresentámos vêm revelar novos dados relativos à genealogia do Capitão Rodrigo Franco e conhecer a sua família. Todavia, existe ainda um longo caminho a percorrer no campo da investigação histórica de modo a podermos compreender, estudar e divulgar a vida e obra do Capitão Rodrigo Franco no Portugal setecentista.

APÊNDICE DOCUMENTAL Documento 1 1763, dezembro, 31, Lisboa – Testamento do Capitão Rodrigo Franco, incluindo a respetiva aprovação e abertura do mesmo testamento. I.A.N./T.T., Registo Geral de Testamentos, Livro 284, fls. 93-94v. 31 de dezembro de 1763. Testamento do Cappitam Rodrigo Franco. Testamenteiros sua molher D. Jozéfa Maria Thereza, e ao Doutor Joam Jozé de Almeida Xavier moradores na rua da Roza das Partilhas no Bairro Alto //. Em nome da Santissima Trindade Padre Filho Experito Santo em quem eu Rodrigo Franco firmemente creyo, e expero salvar minha alma, e rogo a Virgem Maria Nossa Senhora seja minha interçessora, e advogada para com seu amado Filho, e a todos os Santos e Santas da minha devoção a quem emcomendo minha alma digo emcomendo muito minha alma, e que me valhão naquela ultima hora // Declaro que faleçendo eu da vida prezente meu corpo sera amortalhado no habito de S. Francisco e por sima o meu habito de Christo de quem sou professo emquanto porem ao meu funeral e emterro sera feito ao livre arbitrio de meus testamenteiros abaixo nomiados a quem muito recomendo o fação com menos ponpa posivel // Ordeno que por minha alma se digam duzentas miças de corpo prezente e a sua exmola sera de 200 reis cada huma e pello tempo adiente se dirão maiz mil missas pela minha alma, e pellas almas dos defuntos de minha obrigação de exmola de 120 reis // Ordeno mais que meus testamenteiros abaixo nomiados emtregarão ao Reverendo Padre Fr. Marcolino da Cruz Religiozo Arrabico de S. Pedro de Alcantera // [fl. 93v] De Alcantera meu Confessor a quantia de 240$000 reis por huma vez tão somente para que este os distribua comforme ao que particullarmente lhe tenho ordenado, e com recibo delle Jurado se levara em conta // Declaro que fui primeira ves cazado com D. Luiza Maria da Encarnaçam de quem não tive filhos e por sua morte fiquey seu universal herdeiro, e como tal desobrigado de dar partilhas a nenhum de seus herdeiros a bem testato // Declaro que depoiz pasando a segundas nupcias, com D. Laurianna Jacinta de cujo matrimonio me ficarão trez filhos que exzistem a saber D. Anna – D. Maria – e Miguel // Declaro maiz que casey 3ª ves com D. Jozêfa Maria Thereza de quem não tenho filho cujo matrimonio foi celebrado por escritura otorgada na nota do tabaliam Jozé Pedro Rodriguez da Silva em 6 de março de 1761 annos e

Igreja do Senhor da Pedra, em Óbidos, delineada pelo Capitão Rodrigo Franco in Archivo Pittoresco, Semanario Illustrado, Editores Proprietarios, Castro Irmão & C.ª, 6.º Ano, Tomo VI, Typographia de Castro Irmão, Lisboa, 1863, p. 61. quero que em tudo se observe excepto no cazo que abayxo expressarey na dita excritura não apontada // Nomeyo por meus testamenteiros digo por meus universais herdeiros aos sobreditos meus testamenteiro digo aos sobreditos meus filhos Anna – Maria – e Miguel havedores do segundo matrimonio como asima fica dito cuja educaçam, e amparo muito recomendo a minha molher D. Jozêfa Maria Thereza asima comtemplada a qual já na dita excritura dotal nomiey tutora e admenestradora da mesma forma que declarey na dita escritura dotal a que me reporto e de novo rectifico // Declaro que a dita minha molher D. Jozêfa Maria Thereza não podera sahir do Cazal emquanto viva for nem dezemparar meus filhos e no cazo que o faça sem justificado motivo não podera levar do Cazal maiz do que tão somente a quarta parte mencionada na dita escritura dotal nem ahinda por modo de alimentos pois a minha tenção he a sobsitencia da minha caza, e o emparo dos meus filhos aos quaiz muito recomendo lhe obedeçam como may de sorte que faltando qualquer delles a esta natural recomendada obediência e dando oucazionando motivo justo a dita minha molher de que se posa seguir repulsa, e dezonião antão hé minha vontade que alem da quarta parte com que deve sahir na forma da ezcritura sera o dezobeduente alimentalla o desobediente emquanto viva pella parte que lhe for respetiva do remanecente de minha 3.ª // Declaro mais que tenho meus pays vivos em idade decrepita a quem tenho sustentado por se acharem em muita pobreza cuja caridade he minha ultima vontade se lhe conthence emquanto vivos forem e sera obrigada a dita minha molher a tellos em sua companhia a que muito e muito lhe recomendo tratãodoôs [sic] com aquele amor que sempre em mim ezprimentaram e maiz se puder ser // Nomeyo por meus testamenteiros a minha molher D. Jozêfa Maria Thereza, e ao Doutor João Jozê de Almeyda Xavier meu compadre aos quais peço e rogo queyrão aceitar o trabalho desta testamentaria que cumprirão como nelle se comthem // Deixo a minha irmam Theotonia cazada com Rodrigo Francisco çem mil reis por huma vez somente // deixo ma // [fl. 94] Deixo mais a minha sobrinha Maria da Conceição filha da dita minha irmam Theotonia a quantia de çem mil reis para seu dote por huma vez somente // Deixo maiz a minha irmãa Joaquina sesenta mil reis por huma ves somente e se lhe darão mais trinta mil reis que serão repartidos pellos filhos desta igual // Deixo maiz a meu irmão Clemente Gaspar alem do que lhe devo o que constara de seus papeis e clarezas para cada huão [sic] dos filhos a saber – Duarte Izidoro – Anna – Jozé – e Catherina 20$000 reis por huma ves somente, e a minha afilhada por nome Rita filha do mesmo meu irmam trinta mil reis por huma ves somente // Deixo a meu afilhado Francisco filho do meu compadre e testamenteiro o Doutor João Jozé de Almeida Xavier a quantia de 48$000 reis por huma ves somente // Declaro que este dito Doutor meu testamenteiro tem assistido por alguns annos em hum coarto bayxo das minhas cazas cujos algueres lhe perdo=o atendendo ao grande trabalho e vigelancia que tem tido com as dependecias da minha caza sem que dellas tenha tido recompenssa sem que a nenhum tempo haja acçam de se lhe pedir conta dos ditos alugueres por que esta hé a minha ultima vontade // Declaro que a Joaquim Freire se daram 19200 reis por huma vez somente isto alem da quantia que o dito me he devedor em reconpenssa do grande trabalho que tem tido na minha infermidade // Declaro que maiz que em minha caza asiste Maria Thereza prima de minha molher a qual mando seja nella conservada emquanto viva em atenção a sua vioves e dezemparo // Deixo maiz a quantia de 48$000 reis para se deztrebuir por pesoas pobres e de honesto proçedimento as quais meus testamenteiros destrebuirão comforme lhes

pareçer // E por este modo hei por acabado este meu testamento e ultima vontade que quero se cumpra e observe como nelle se comthem, e por não poder escrever em rezam da minha molestia roguey ao Doutor Domingos Jorge Delgado que este por mim fizesse e comigo, e como testemunhas assignasse o que eu sobredito fiz, e asigney com o dito testador. Lixboa 27 de dezembro de 1763 // Rodrigo Franco // A rrogo do testador e como testemunha Domingos Jorge Delgado //. Aprovaçam Saibão quantos este instromento de aprovação virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de 1763 aos vinte e sete dias do mes de dezembro nesta cidade de Lixboa na rua da Roza das Partilhas e cazas de morada do Cappitam Rodrigo Franco estando elle ahi prezente doente de cama, e em seu perfeito juizo segundo o pareçer de mim tabaliam e logo das suas mãos as de my tabaliam parante as testemunhas ao diente nomiadas me foi dado este testamento, e as proguntas que na forma da Ley parante as mesmas testemunhas lhe fis me respondeu que hera seu testemanto e que a seu rogo lhe havia escrito o Doutor Domingos Jorge Delgado e depois de excrito lho lera todo e pello achar a sua vontade na forma que o tinha mandado excrever o asignara elle testador pela sua propria mão e que assim o aprovava e reteficava por seu bom e verdadeiro testamento cedola [sic] codecilo e qual em direyto mais firme seja e por este revogava todos os maiz que antes deste // [fl. 94v] Deste ouve se feito pois sé este queria que valese como nele se comthem por ser esta sua ultima vontade, e forão a tudo testemunhas prezentes chamadas e rogadas por parte delle testador o dito Doutor Domingos Jorega Delgado morador na rua da Atalaya e Euzebio Machado, Carpinteiro, e Jozé da Pas, Tendeiro moradores na dita rua das Roza, e Manoel Madureira, Cirurgião, e Jozé Rodriguez, offecial de Barbeiro moradores na travessa de Agua de Flor, e Manoel dos Santos, criado delle testadore, e Matheus Reynaldo com caza de Povo na Ruzaf digo na rua Formoza que aqui asignarão com elle testador a quem conheço e eu Jozé Rufino de Andrade Tabaliam Publico de notas por ElRey nosso Senhor a escrevy, e asigney em publico e razo etecentra Lugar de signal publico // Em testemunho de verdade Joze Rufino de Andrade, Rodrigo Franco // Euzebio Machado, Jozé da Pas // Domingos Jorge Delgado // Manoel Madureira // Manoel dos Santos, Jozé Rodriguez, de Matheus Reynaldo testemunha huma cruz //. Abertura Certifico eu o Padre Joaquim Ribeiro de Barros Cura da Parrochial Igreja de Nossa Senhora das Merçez desta cidade de Lixboa que eu abri o prezente testamento com que faleceo o Cappitam Rodrigo Franco meu freguez e lendoo o achei escrito pello Doutor Domingos Jorge Delgado e aprovado pello Tabalião Jozé Rufino de Andrade tudo em tres meias folhas de papel em que entra esta certidão e o achei sem emterlinha nem burrão ou cauza que duvida possa fazer de que pasei a prezente. Lixboa aos 31 de dezembro do anno de 1763 = O Cura Joaquim Ribeiro de Carvalho // E não dezia mais o dito testamento sua aprovação e abertura que aqui registei do proprio a que me reporto, e o conçertei comcertei [sic] com o escrivão abaixo asignado e me foi aprezado pello Doutor João Jozé de Almeida Xavier que de como o tornou a reçeber asignou aqui Lixboa 27 de janeiro de 1764 e eu Antonio Jozéph Alvres escrivão do Registo Geral dos Testamentos desta Corte e seu termo no empedimento do proprietario Simão Fernandes Branco na forma do Decreto de Sua Magestade que Deus guarde o escrevi e asignei. (a) João Jozé de Almeida Xavier Conçertado por mim escrivão (a) Antonio Jozéph Alvrez


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Jornal da Golpilheira

. desporto . divulgação . poesia .

Setembro de 2017

Teresa Jordão volta à equipa feminina sénior

Desporto do CRG já arrancou Já iniciou, no passado sábado 23 de Setembro, a nova época desportiva do Centro Recreativo da Golpilheira, com a entrada da equipa feminina sénior no campeonato nacional. A estreia não foi a melhor, com uma derrota por 2-3 com a equipa da Universidade de Évora, mas... ainda agora começou. As expectativas para este ano são altas, sendo de destacar o regresso da conceituada treinadora Teresa Jordão aos comandos desta equipa, depois uma época em que se dedicou mais às turmas de formação do CRG. Recordamos que, em 2016-2017, conquistou o campeonato distrital com a equipa feminina júnior, que levou depois até à “final four” da Taça Nacional. Outra boa notícia é o reforço do plantel com cinco novas jogadoras, para cuja apresentação recorremos a informações publicadas pelo sítio futsalportugal.com: Carolina Ribeiro tem na sua carreira passagens por CE Fátima, CD Fátima e ACRD Louriçal; Ema Toscano passou pelo futebol e pelo futsal do GR Amigos da Paz, e depois no futsal da UD Leiria, do NS Leiria e da ARCD Louriçal; Sarina Santos já representou o CE Fátima e o CD Fátima e tem agora a primeira experiência fora daquela cidade; Joana Matias tem passagens por AD Portomosense, CCRQ Sobrado Palmeiros, CCR Segodim e ARC Alcaidaria; Rita Ferraz fez toda a sua formação no CRG, passou no ano passado pelo CB Leiria, mas regressa agora à “sua” Golpilheira, de onde é natural. A toda a equipa desejamos boa sorte, bem como às restantes equipas da colectividade, sobre as quais falaremos mais em pormenor na próxima edição. divulgação/apoio

.poesia. Eu sou assim

Os políticos na tia Alice

Percorro um caminho, De justiça e sinceridade Apenas desejo carinho E muito boa amizade.

Na dita assembleia Na Lisboa, capital Ganham eles, o seu pé-de-meia Uns dos outros, dizem mal

Por caminhos que vagueio, Falo da verdade Estou certo que não leio Mas não é por maldade.

Em cada sessão plenária Argumentam suas convicções Qual delas há mais ordinária Mas nenhumas soluções

Escrevo o que sinto, Não vivo de vaidade Sou feliz não minto Revivo momentos de saudade.

Os partidos se confundem No que toca a favores Padrinhos, amigos difundem Pedidos aos Doutores

A vida tem um começo, E aliada a um fim Quem diz que não mereço Eu ser assim.

Tudo para a fotografia Aprumados na televisão Até Gil Vicente se ria Ao ver, semelhante representação

A vida é uma estrada, Para a esperança conquistar É a força de um nada Fazer desanimar.

Ao Domingo, vão ao Santuário Para expiar seus pecados Para iludir o otário Com esses actos consumados

A vida corre, E de certo vai ter um fim Todo o sonho morre Eu sou assim José António Carreira Santos 25/08/2017

À vinda e antes de vir Param na tia Alice Bem regados e a sorrir Voltam para a sua vigarice... Augusto Sesimbra

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Pedaços de amizade

Obituário

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

Exma. Sra. Prof. Cândida Foi com todo o mérito a conhecer! Jamais irei esquecer A sua honestidade Ajudou-nos os obstáculos vencer. A Prof. Cândida logo de manhã Via-se com um sorriso no seu olhar! As aulas eram a sua preocupação, Nesta profissão, tentava confiar. Numa palavra tão profunda O meu coração salta de alegria e emoção! Deslizando no meu pensamento A saudade e a gratidão. A vida é a ciência da amizade E o caminhar dá sempre a razão! A ciência e o prazer de uma aventura É um sorriso inesquecível da nobre profissão. Cremilde Monteiro - 15/9/2017

Sonhos em saltos altos Andas a pé Autocarro ainda não Anseias por um carro Por Príncipe, Duque ou Rei Mas só eu sei Que ficava em si Um camponês Outra vez Ande sem sobressaltos Nunca em saltos altos Fique na sua ilusão Ao cair na real Dos seus anos joviais Verá algo mais O mundo é brutal Há algo surreal Nem tudo vem nos manuais. Vaz Pessoa


Jornal da Golpilheira

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. a fechar .

Setembro de 2017

Número europeu de emergência Número de emergência para fogos florestais Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Hospital de Santo André Farmácia Padrão – Golpilheira Farmácia Padrão (Batalha) Farmácia Ferraz (Batalha) Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Segurança Social (Geral) Conservatória R. C. P. C. Batalha Finanças da Batalha Misericórdia da Batalha Correios (CTT) - Batalha Biblioteca Municipal Batalha Cinema/Auditório Municipal Museu Comunidade Concelhia Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Rodoviária – Agência Batalha Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas)

112 117 244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 817 000 244 767 856 244 765 449 244 765 124 244 766 744 244 767 178 244 769 290 808 266 266 244 764 120 244 765 167 244 766 366 244 769 101 244 769 871 244 769 870 244 769 878 244 765 497 244 764 080 244 765 505 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506

Então, vais votar no domindo, ou não?...

Abstinto

.fotos do mês. Trabalho ou recreio?...

Ficha Técnica

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira Tel. 965022333 / 910 280 820 . Fax 244 766 710 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 1200 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: www.jgolpilheira.wordpress.com/about

Para me abster e não ter voto na matéria já me basta lá em casa...

Claro que vou!

DR

A vida agrícola já não é o que era há duas ou três décadas. Nesta altura das vindimas, era um corrupio de tractores, vindimadoras, homens de poceiro às costas e a criançada a tentar escapar-se ao trabalho de que não era dispensada, logo aí pelos 12 ou 13 anos de idade. Hoje, a azáfama quase se esfumou, mas há ainda alguns resistentes que vão mantendo as suas vinhas. Curiosamente, as vindimas estão a transformarse em diversão, ocasião de encontro e convívio entre famílias e amigos, sobretudo nas pequenas parcelas que se preservaram para as adegas particulares. Aqui deixamos o exemplo do grupo que se juntou (e faltam alguns) para a vindima do senhor Mário Costa. A foto foi-nos enviada pela filha Isabel, contando que “eram cerca de 28 pessoas” e a coisa fez-se num único sábado. | LMF

Recordar é viver…

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Como sabemos, o Jornal da Golpilheira foi fundado em Setembro de 1996. Esta foi a primeira visita que fizemos à escola do 1.º ciclo, em Março do ano seguinte. Seria interessante estes alunos, hoje como mais 20 anos, contarem-nos que formação fizeram depois e o que fazem hoje na vida... fica o desafio! | LMF


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. actualidade .

Jornal da Golpilheira Setembro de 2017

Bodas de Ouro sacerdotais e 80 anos de vida

FFacilmente apanhadas nas redes das seitas e “falsos profetas”, muitas pessoas são “apanhadas pelo cabresto” e têm muita dificuldade em perceber quem as pode ajudar. É essa a missão que assume na paróquia, esgotando os parcos fundos em garantir um mínimo de subsistência, ao mesmo tempo de lhes anuncia o amor de Jesus Cristo. No almoço de convívio que se seguiu, com cerca de 180 familiares, amigos e conterrâneos, voltou a

Foto da ordenação dos 3 portugueses da Consolata (no mesmo dia): Dionísio (Caldas da Rainha), João e Elísio (que também esteve connosco)

Breve biografia João Monteiro da Felícia nasceu a 6 de Abril de 1937, na Golpilheira, filho de Maria Joaquina e José Monteiro da Felícia. Entrou no Seminário da Consolata, em Fátima, no dia 15 de Outubro de 1952, onde fez os seus estudos, e foi ordenado padre a 17 de Dezembro de 1966. A 20 de Novembro do ano seguinte, parte para a sua primeira missão, em Moçambique. Ao longo da vida, além da pastoral, dedicou-se ao estudo, sendo formado em Filosofia e Teologia e com cursos de especialização em Psicologia, Pedagogia, Espiritualidade e Hebraico Bíblico. Os últimos anos têm sido passados no Brasil, sobretudo em Jaguarari, Nordeste, e nos bairros da grande cidade de São Paulo. Sobre essa actividade e a sua vida em geral, muitos pormenores foram revelados na entrevista publicada na passada edição do Jornal da Golpilheira.

Carlos Santos

Cerca de 200 pessoas participaram na Missa (o pároco da Batalha, padre José Gonçalves, também presente)

Aniversariantes vêem a foto da ordenação projectada

contar algumas histórias da sua vida missionária, onde se sente muito feliz por servir os mais pobres. Mas não evitou a emoção ao anunciar a despedida, já no início de Outubro, desta vez para os subúrbios de São Paulo, para um bairro onde “ninguém entra sem primeiro ganhar a confiança dos residentes, dominados por redes de traficantes”. Os primeiros contactos serão acompanhados por seguranças, mas confia que aos poucos conseguirá mostrar o seu trabalho de evangelização, até porque não tem “intenções de ser mártir”. Parte com saudades, mas não pensa em desistir ou em parar “até que Deus permita”. A Comunidade Cristã ofereceulhe três livros autografados por todos os presentes, um sobre a sua freguesia, Golpilheira, e outros sobre a Catedral de Leiria e a identidade desta região leiriense onde nasceu. Servirão para recuperar memórias e levar a certeza de que esta comunidade o acompanha na oração e na vocação missionária que é comum a todos os cristãos. Também a Junta de Freguesia lhe entregou um voto de louvor emoldurado, aprovado por unanimidade pelos autarcas locais, em reconhecimento pela dedicação da sua vida e em sinal do orgulho que esta terra tem em tê-lo como “filho”.

No final, foi anunciado que o valor do ofertório da Missa, cerca de 780 euros, bem como o lucro deste almoço, cerca de 1200 euros, seriam destinados à missão do padre João, como ajuda para o seu trabalho junto dos mais desfavorecidos. Luís Miguel Ferraz

Rui Ferraz

DR

Há quatro anos que o padre João da Felícia não visitava a sua terra natal e sempre que o faz é motivo de festa para a Comunidade Cristã da Golpilheira. Mas, desta vez, a festa foi especial, já que este missionário da Consolata está a comemorar os 50 anos de ordenação sacerdotal e o seu 80.º aniversário. Assim, no passado dia 24, veio presidir à Missa dominical e foi acolhido por uma igreja cheia e feliz por receber este seu sacerdote. Com ele veio o padre Elísio Assunção, também da Consolata de Fátima, que foi ordenado na mesma Missa, em Dezembro de 1966, em Itália. Na sua homilia, o padre João falou dos vários “brasis” no Brasil em que trabalha há algumas décadas, onde se cruzam os “muito ricos” com uma “classe média remediada”, uma larga maioria de “pobres” e um franja considerável de “miseráveis” que nada têm, nem sequer a comida do diaa-dia. Tem estado em Jaguari, uma paróquia com 75 comunidades e 50 kms de extensão, onde o asfalto é uma miragem. No final de um dia pastoral, “são normais as dores nas costas”, mas sobretudo na alma, ao contactar com “um povo que vive em extrema pobreza, sem habitação condigna, sem materiais e até sem água potável”.

LMFerraz

Golpilheira em festa com o padre João

Dedicatória nos livros oferecidos Ao padre João da Felícia, nos 50 anos da sua ordenação sacerdotal e 80 anos de vida, os votos de que Deus continue a abençoar a sua missão de evangelização e de serviço aos mais pobres dos pobres. É uma honra para os golpilheirenses, seus conterrâneos, celebrar com ele uma vida de doação a Deus e ao próximo. A oferta do livro “Golpilheira Medieval – Documentos Históricos” significa a ligação ao berço que sabemos que ele nunca esqueceu e que tanto ama. A oferta do livro “A Região de Leiria – Identidade e Desenvolvimento” significa o transporte de uma memória colectiva que é também sua e que tem levado pelo mundo ao longo dos seus 50 anos em missão. A oferta do livro “Catedral de Leiria”, no ano pastoral de 20172018 em que celebramos o centenário da restauração da Diocese, significa a pertença a esta Igreja particular de Leiria-Fátima, donde partiu e que nunca deixou de estar unida a ele na oração e na vocação missionária. Gratos pelo seu testemunho de vida e de fidelidade ao chamamento de Deus, os nossos parabéns e a afirmação da nossa profunda amizade. No dia 24 de Setembro de 2017, em que celebrámos a festa das suas Bodas de Ouro Sacerdotais, A Comunidade Cristã da Golpilheira

Padres João e Elísio no momento dos “parabéns”


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