Jornal Cruzeiro Janeiro 2012

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Saúde

SANTA ROSA • Janeiro de 2012

Os adolescentes e as drogas Almerinda Maciel Peroty Diretora do Colégio Franciscano Santa Rosa de Lima – Santa Rosa Percebemos que os adolescentes de hoje estão mais sujeitos ao contato com as drogas, geralmente porque as primeiras experiências com drogas são favorecidas através do ambiente, companhias erradas, formação da personalidade, explosões de emoção e temperamento, transformação do corpo, problemas considerados difíceis de resolver. Acrescenta-se a frequente ausência dos pais, que cria condições favoráveis para que os filhos adolescentes se sintam livres para aventuras deste tipo, sem pensar muito nas consequências que podem advir de tal atitude. A sociedade moderna está em ritmo acelerado, chegando a uma série de cobranças e de apelos de consumo, tais como: vestir roupas e calçados da moda para não ser considerado “careta” entre os amigos. O adolescente que está em formação e muitas vezes se deixa levar pela opinião da turma, ainda é inexperiente, assim se torna um alvo fácil e mais propenso a confusões. Os jovens precisam de ajuda para que conheçam os riscos que os esperam com a possibilidade de experimentarem a droga e de entrarem num grupo de dependentes. Os adolescentes necessitam de alguém que os ame, independente de suas atitudes, indeci-

sões, estranhezas e impressões. As causas que levam o adolescente a usar drogas são muitas. Entre elas estão a solidão, as decepções, os desentendimentos com os pais e outros desconfortos ocasionados pela sociedade injusta e excludente. No entanto, as drogas podem se apresentar como a solução de todos os problemas que afligem o adolescente. É uma triste ilusão. O usuário de drogas

cria um mundo só seu, isola-se das pessoas e quando as procura é para conseguir a droga. A transformação é radical, porque se torna uma pessoa hostil, egocêntrica e egoísta. A maioria das vezes sente orgulho pelo comportamento ilegal, quase sempre extravagante e esquisito. Para conseguir a droga mente, rouba, suborna e agride quem está por perto, pois o fracasso e o medo invadem sua vida e seu espírito. Sempre a procura de uma saída fácil e não a encontrando algumas vezes pensam e até tentam o suicídio. Acreditou-se que na década de 60, os jovens passaram a consumir mais drogas com o advento da “cultura da droga”. Mesmo havendo diferenças significativas entre as gerações no que se refere ao uso

de drogas, a sociedade da qual os adolescentes são uma parte, vem desenvolvendo como cultura há muitos anos. O fato do grande aumento do uso de drogas entre os adolescentes, durante a última década no Brasil, Estados Unidos e em outros países, não é um fenômeno único e isolado. Não é um privilégio somente desta última década. Numa sociedade intercalada por crises financeiras, estresse, onde o “ter” é mais valorizado que o “ser” e, a imagem é tudo, com facilidade encontramos diferentes estruturas familiares, onde muitas vezes pais tentam compensar sua ausência com liberdade permissiva. Não importa a quantidade de tempo que os pais dispõem aos seus filhos, mas sim a qualidade da relação, observando que o jovem atualmente adquire sua liberdade ou libertinagem?, precocemente, ficando na maioria das vezes sozinho durante o dia e agindo por contra própria. Muitas vezes, sem limites e parâmetros, atraindo a atenção dos pais de diversas maneiras, por se sentir solitário, sem reconhecimento e abandonado. Os adolescentes precisam de alguém que os dê limites, oriente-os para onde ir. Os pais devem estar atentos as mudanças de comportamento comuns nesta idade, tudo que for radical quanto à personalidade deve ser investigado, observado e estando alerta a alguns sinais são primordiais. É necessário que os pais assumam a responsabilidade na edu-

cação de seus filhos, e não apenas delegá-la à escola, à igreja ou às instituições sociais. É interessante conferir o ambiente e as amizades num clima de confiança, valorizando o jovem, conversando sobre assuntos diversos e atuais, pedindo sua opinião, dar responsabilidades, estipular horários, ressaltar qualidades e atitudes importantes a serem consideradas. Mesmo assim, alguns adolescentes procuram as drogas como meio de fuga para seus problemas afetivos, outros pela simples curiosidade ou necessidade de se filiar ao grupo. Em todos os casos é necessário reforçar que o maior prejudicado é

o próprio adolescente. Quando o adolescente está à procura de sua identidade, se não tem uma família presente torna-se uma presa de fácil manipulação, tanto a nível grupal como pela mídia, a qual estimula o uso do álcool e do tabaco, apresentando-os como sinônimos de status e sucesso. Devemos nos lembrar de que o incentivo às drogas pode ocorrer dentro da própria família, seja pelo uso compulsivo de medicamentos pelos pais, que lhe ensinam indiretamente que existem substâncias químicas que atenuam a dor e o sofrimento, seja pela cultura alcoólatra ou tabagista pregada dentro do lar.

Você sabe o que é fadiga física? Victoria Nardes Trofóloga

Fadiga física é um estado de debilidade que se produz após realizar atividades normais que não deveriam produzir esgotamento. Constituem um dos motivos mais frequentes de cansaço, falta de energia ou astenia. Pode também ser causada por alterações hormonais, cardíacas ou respiratórias ou infecções agudas como a gripe, ou as cronicas como a tuberculose, ou ainda devido a uma alimentação deficitária. Quando se consomem muitos produtos refinados, conservas e alimentos processados (a famosa comida inútil ou proteínas mortas) esgotam-se as reservas de nutrientes que somente são encontrados nas hortaliças e nas frutas frescas, como por exemplo a vitamina C. Ao contrario do que a maioria do mundo pensa, uma alimentação em que predominam os vegetais preparados de forma simples, tem a capacidade de

produzir no organismo humano muito mais energia, vigor e resistência física que não encontramos numa alimentação mais sofisticada. Para prevenir as causa da fadiga nada melhor que instaurar no seu cardápio diário uma alimentação saudável incluindo aos poucos, alimentos crus, frutas, legumes e verduras, germe de trigo, mel, geleia real, frutas secas, como ameixa e damasco e muita água fria. A fadiga física não se representa como enfermidade, mas se nós descuidarmos de nosso corpo e da nossa alimentação poderá se tornar a entrada para muitas outras, pois o descuido é inimigo número 1 da nossa saúde e bem estar. Não deixe de fazer exercícios adequados e pequenas caminhadas. Comece hoje mesmo e sinta a diferença. Até a próxima edição e Feliz Ano Novo! Com muito mais saúde e qualidade de vida. Pense Nisto!


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