JornalCana 341 (Outubro/Novembro 2022)

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O u t u b r o/ N o v e m b r o 2 0 2 2 S é r i e 2 N ú m e r o 3 4 1 www axiagro com br Solução tem foco na agricultura regenerativa, sequestro de carbono e práticas de ESG com economia de até 70%

índice

MERCADO

AGRÍCOLA

Manejo

biológica alcança ganhos significativos de correção de perfil de solo em profundidade

lança cinco

INDUSTRIAL

na produção de

car ta ao leitor

Transformação digital veio para ficar

O processo de transfor mação dig ital das usinas de cana foi acelerado pelo cenár io econômico

social

ator estratég

últimos

e vem se consolidando cada vez, pois se tor nou um

busca por mais eficiência e produtividade

Nesse contexto, a edição de outubro/novembro traz uma sér ie de matér ias que destacam as iniciativas e os investimentos feitos pelas usinas nas inovações tecnológ icas, que per mitem otimizar a tomada de decisões em tempo real e possibilitam maximizar a produção, além de minimizar os custos, sem perder a métr ica da sustentabilidade Essas ações foram destacadas durante o 6º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industr ial Inteligente, realizado pela Procana, durante a 28ª edição da FENASUCRO & AGROCANA

Usinas debatem opções de enxugamento na gestão das usinas

Cases de usinas comprovam eficácia do uso de inteligência artificial nos processos industriais

Bevap Bioenergia alcança economia de 18% no consumo da cal na produção de açúcar cristal

Gerente de Novos Negócios do Grupo Pedra explica como fazer gestão industrial inteligente

Usina Rio Dourado obtém menor variação de vapor usando inteligência artificial

Otimização em Tempo Real garante maior eficiência de evaporação na unidade Cruz Alta

Usina Lins investe em inteligência artificial na indústria e recebe excelência operacional

Usina Santa Lúcia obtém importante redução no consumo de vapor e água de

Gestor industrial da Usina Pitangueiras faz alerta contra “economia burra”

Inteligência artificial aperfeiçoa produção de açúcar e etanol orgânico da Usina Goiasa

Como saber se uma usina bioenergética é Usina 40 de verdade

Ganhos obtidos por usinas através de sistema de RTO são destacados em painel sobre mercado de energia elétrica

FENASUCRO & AGROCANA

FENASUCRO & AGROCANA alcança volume de negócios em torno de R$ 5 2 bilhões

Conferência DATAGRO & CEISE Br exalta potencial

AGROCANA

estande da Procana

MASTERCANA

MasterCana Centro

“Então,

FENASUCRO

premia protagonistas

cana de açúcar

NOSSA MISSÃO

bioenergético

O leitor encontra também uma entrevista exclusiva com Rubens Maciel Filho, professor de Engenhar ia Química da Unicamp e coordenador do LOPCA Maciel Filho mostra que já existe uma tecnolog ia pronta para mover car ro elétr ico a par tir do etanol e dá mais detalhes sobre o micror reator, um protótipo desenvolvido na Unicamp que tem o tamanho de um smar tphone e está prestes a revolucionar o univer so da geração de hidrogênio a par tir de fontes renováveis

Com destaque ainda para o uso do etanol, a edição traz matér ia mostrando que Shell, Raízen, Hytron, USP e SENAI fecharam parcer ia para conver são de etanol em hidrogênio renovável Inédito no Brasil, o acordo prevê a constr ução de duas plantas dedicadas à produção de hidrogênio a par tir do etanol

Desta vez, a matér ia de capa destaca os benefícios do manejo biológ ico OnFar m para a cultura de cana A SoluBio, empresa referência no manejo biológ ico OnFar m, foi cr iada em 2016 com o objetivo de levar a seus clientes alter nativas mais sustentáveis e econômicas na atividade r ural Assim surg iu a SoluBio Exper ience 3 0: uma solução completa para a produção de bioinsumos na f azenda (OnFar m), que oferece tecnolog ia integ rada com padrão industr ial, todos os equipamentos, insumos, controle de qualidade, treinamento e assistência técnica

Ainda f alando sobre o setor ag rícola, a edição destaca que há cinco novas var iedades de cana com alta produtividade disponíveis no mercado As novas cultivares, lançadas pelo IAC, destacam se pelo alto teor de sacarose, aumento de longevidade dos canaviais, possibilidade de longo período de colheita e adaptação a diver sas reg iões canavieiras do Brasil e distintos tipos de solos

O leitor encontra também matér ia sobre a 28ª FENASUCRO & AGROCANA, que superou a expectativa de geração de negócios e alcançou R$ 5,2 bilhões, confir mando o cenár io otimista e o mercado promissor, incentivados pelas demandas de sustentabilidade e iniciados durante a feira, que foi realizada de 16 a 19 de agosto, em Ser tãozinho SP

A edição traz também um especial sobre a 33ª edição do Prêmio MasterCana Centro Sul e a 15ª edição do MasterCana Social, realizadas na noite do dia 15 de agosto, no auditór io da Dimastec, em Ribeirão Preto SP

É muito conteúdo interessante Boa leitura!

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“ Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis" ISSN1807-0264
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Já temos tecnologia pronta para mover carro elétrico a partir do etanol 8 e 9 Eletrificação cresce no mercado automotivo com vantagem para os híbridos flex a etanol 10 Shell, Raízen Hytron, USP e SENAI formam parceria para conversão de etanol em hidrogênio renovável 12 Diesel é um dos grandes vilões na elevação dos custos no CTT 14 e 15 Czarnikow estima excedente de produção global de açúcar na safra 2022/23 16 Planta de biogás de vinhaça da Tereos entra em operação 18 e 19
Biológico OnFarm: a solução sustentável que garante aumento da produtividade 20 e 21 Novas tecnologias de irrigação reduzem o consumo de água
cana 22 Tecnologia
23 IAC
variedades de cana com alta produtividade 24
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make up 31
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respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado ” Jó 42:1 2

ETANOL VERSUS HÍBRIDOS

Já temos tecnologia pronta para mover carro elétrico a partir do etanol

Confira entrevista com Rubens Maciel F ilho, um dos ‘pais’ do microrreator desenvolvido na Unicamp

Ele tem o tamanho de um smartp hone e está prestes a revolucionar o univer so da geração de hidrogênio a partir de fontes renováveis

Trata se de reator químico com pacto (micror reator) Em resumo, ele produz hidrogênio embarcado a par tir de etanol dentro do veículo por meio de célula combustível e gera eletr icidade para funcionar o motor

Tem mais: este processo já está em escala para uso e foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratór io de Oti

mização, Projeto e Controle Avança do (LOPCA) da Faculdade de Enge nhar ia Química da Univer sidade de Campinas (FEQ Unicamp)

Vale lembrar que o protótipo, cora ção do sistema, tem apenas cinco centí metros de compr imento Devido a essas características, a eficiência e o controle das reações são melhoradas, quando comparadas aos reatores convencionais

Destaques da tecnologia

M i c r ro r r e a t o r : r e f o r m a d o r c o m

d i m e n s õ e s r e d u z i d a s , a t r av é s d o q u a l s e a l i m e n t a c o m o e t a n o l d e u m l a d o e s e o b t é m o h i d ro g ê n i o d o o u t ro

Qua a l id ad ess: as reações químicas ocor rem em espaço confinado e tra zem os benefícios de intensificação de processos, maximizando as transferên cias de calor e massa e, por tanto, pro piciando altas conver sões em tempo muito reduzido

Co m mo o é p prro o duziido: as placas que apresentam uma malha de microcanais

são feitas por impressão 3D em dispo sitivos específicos para metais Com o uso da manuf atura aditiva em proces sos de f abr icação, per mite s e o em prego de softwares de otimização to pológ icas e design

Qua nt os m icror re at ores são p re cisos par a mover um veículo: depen de das especificações Para escalar até a potência que seja suficiente ao veícu lo, multiplica se o número de módu los reacionais

Po r q u e o e t a n o l : é b i o c o m bu s t í ve l p ro d u z i d o e m l a r g a e s c a l a n o B r a s i l e, a s s i m , j á s a b e m o s c o m o a r m a z e n a r e m a nu s e a r e s s a s u b s t â n c i a A l é m d i s s o, h á i n f r a e s t r u t u r a n a c i o n a l d e p ro d u ç ã o q u e g e r a e m p re g o s e re n d a

Redução de emissão de poluentes: é outra vantagem Embora a refor ma do etanol para obtenção do hidrogê nio possa gerar uma quantidade de carbono no processo, essa emissão po de ser zerada quando considerada to da a cadeia ag roindustr ial

“Já podemos entrar em escala comercial”

Para saber mais sobre a tecnolog ia, Jor nalCana entrevista um dos ‘pais’ do micror reator, Rubens Maciel Filho, professor de Engenhar ia Química da Unicamp e coordenador do LOPCA

Jor na a l lCana Um m a vez que j á há prootót t ippoos do microreeat t o or e f acilidade de pro o d du u çã o dos s re at o r res v ia 3D, é po s ss í ível e st im a r e m q qu u an t o te m po a te cnoolog g i ia a pode r ia ent raar no o mercado bra a s sile iro?

Rubens Maciel F i ilhho o A tecno log ia já es tá pronta para entrar no mercado brasileiro Temos pleno do mínio da tecnolog ia de impressão 3D em metais, polímeros e cerâmica e te mos trabalhado neste assunto desde o ano 2000, quando ainda não se f alava desta tecnolog ia

Por tanto, já podemos entrar em escala de produção industr ial

A tecnolog ia tammbém pode gaanhar r o m erca do i nt e r n acci on al l o nd e há produção de e tanol?

A tecnolog ia de manuf atura tem interesse mundial e sua aplicação para produzir Hidrogênio a par tir do eta nol com cer teza vai desper tar interes se em todo os pa íses que produzem

se aproveitar da infraestr utura já exis tente no Brasil e nos países que co mercializam etanol para se obter uma for ma muito eficiente de propulsão

dos veículos, inclusive pesados e de máquinas ag rícolas

E ss a t ecn ol og ia p od e a cel e ra r o desenvvolviment o de motores s elét r icos híbr i idos (a células a etannol) de cam i nhões e ônibus, tam bém muitto ut ili zados pelo se tor sucroe nergético??=

E s t a t e c n o l o g i a p e r m i t e a e l e t r i f i c a ç ã o d o s ve í c u l o s p ro d u z i n d o o h i d rog ê n i o n o p r ó p r i o ve í c u l o q u e é a b a s t e c i d o c o m e t a n o l , e e s t e h i d rog ê n i o a l i m e n t a a c é l u l a d e c o m bu s t í ve l

É uma for ma eficiente de eletr ifi cação de toda a frota (car ros leves, ca minhões, ônibus e máquinas ag ríco las) e, reforço, aproveitando a infraes tr utura de distr ibuição dos postos de combustíveis já existentes

Em conteúdo da Agência de Ino vação da Unicamp (Inova), é citado que o etanol a ser adicionado no mi cror reator não é o anidro e nem o hi dratado, até por usar mais água

E q u e o t a n qu e t e r á , n a ve rd d a d e, , n a co m p a r a çã o c om m o t a n q u e co o m e t a n ol co nve n c i o

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M E R C A D O Outubro/Novembro 20228
etanol e mesmo naqueles que não produzem, mas podem comprá lo Será possível contr ibuir muito
com
a redução das emissões de CO2
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t o d a a ca de ia Co o m e n t e m a i s a re s pe i t to, p o or r f avo r

S i m , i s s o g e r a e c o n o m i a e m v á r ios sentidos Uma parcela significa tiva dos custos, na par te i ndustr ial de p ro d u ç ã o d e e t a n o l , e s t á re l a c i o n a d a c o m o s g a s t o s d e e n e r g i a e i nve s t i mentos nos processos de separação e pur ificação do etanol

Com este processo de produção Hidrogênio de for ma embarcada (on board), o etanol pode conter 50% de água, não sendo necessár io, por tanto, obter o etanol hidratado para a pro

pulsão dos veículos

Isso também tem um impacto na contagem das emissões de CO2 por quilômetro rodado, pois vamos poder andar com o veículo mais quilômetros com um litro de etanol

E a ajudará inclusive na produção do bioocoombustível

Sim Assim, os dados de número de litros de etanol por hectare e por qui lômetros rodados são f avorecidos Ou seja: com um he ctare de cana vamos poder rodar muito mais quilômetros

com a tecnolog ia proposta e isso tem impacto direto nas emissões

A o d e s c a r t a r e m i s s õ e s d u r a n t e o p ro c e s s o d e g e r a ç ã o d o H i d rog ê n i o, e d e f a z e r o m o t o r ro d a r c o m e m i s s õ e s m í n i m a s , a t e c n o l og i a a j u d a a c o n s o l i d a r o e t a n o l c o m o re d u t o r d e e m i s s õ e s

O q ue é p r reci i s so o p a ra a q ue e o m i crroorreator c chhegue d de e v vez ao m erccado?

C o m o j á c o m e n t a d o, a q u a n t i d a d e d e q u i l ô m e t ro s ro d a d o s p o r h e c t a re d e c a n a s e r á s i g n i f i c a n t e

É i m p o r t a n t e r e s s a l t a r q u e e s t a t e c n o l o g i a f o i d e s e nvo l v i d a d e n t ro d a U n i c a m p p o r n o s s o g r u p o d e p e s q u i s a ( R u b e n s M a c i e l F i l h o, A n d r é L u i s Ja r d i n i M u n h o z e A u l u s R o b e r t o R o m ã o B i n e l i ) e , p o r t a n t o, é u m a t e c n o l o g i a n a c i o n a l q u e s e a d e q u a p e r f e i t a m e n t e a o s a n s e i o s a t u a i s

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Agora que muitos países e empre sas enxergam no hidrogênio verde uma opção impor tante, nós nos sen timos satisfeitos em poder oferecer uma tecnolog ia nacional que atenda aos anseios do mercado, do meio am biente e é muito adequada para as ne cessidades e realidade brasileira

M E R C A D O 9Outubro 2022 www.youtube.com/canalProcanaBrasil
m e n t e m a i o r l eva n d o a u m a re d u ç ã o n a s e m i s s õ e s O m i c ro r re a t o r e s t á p ro n t o p a r a s e r c o m e rc i a l i z a d o e s o m e n t e é n e c e s s á r i o c o n s t r u i r o n ú m e ro d e e l e m e n t o s d e a c o rd o c o m a p o t ê n c i a d e s e j a d a . Te m o s t o d o o d o m í n i o d a t e c n o l og i a c o m p a t e n t e c o n c e d i d a n o a s s u n t o F iq ue à vonnt a de pa r a co me e nt t a r m ais a resspeitto da t eccnoloog g i ia
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Eletrificação cresce no mercado automotivo com vantagem para os híbridos flex a etanol

Veículos leves superam a marca de 100 mil carros emplacados. Ônibus e caminhões também avançam no segmento

Eletromobilidade Cresce a venda de car ros elétr icos no Brasil Dados da Associação Brasileira de Veículos Elé tr icos (ABVE) apontam que em julho deste ano, o emplacamento de elétr i cos superou a marca de cem mil veí culos Números colhidos até o dia 27 de julho, indicam a venda de 100 292 elétr icos, sendo 3 136 somente no mês de julho

Segundo o presidente da ABVE, Adalber to Maluf , o mercado de ele tr ificados leves segue em crescimento em 2022, em nítido contraste com a evolução do mercado doméstico total de veículos leves no mesmo período, mantendo uma tendência que se con solidou nos últimos três ano

E n q u a n t o o s e l é t r i c o s e h í b r i d o s avançam, o mesmo não acontece com a s ve n d a s d o m e rc a d o d o m é s t i c o d e a u t o m ó ve i s e c o m e rc i a i s l eve s e m g e r a l , c u j o vo l u m e c a i u 1 3 % n a c o m p a r a ç ã o e n t re ja n e iro e j u l h o de 2022 e 2021

No acumulado de janeiro a julho deste ano foram 23.563 veículos elé tr icos, contra 17 524 de 2021, uma var iação de mais de 34,5% sobre o mesmo período do ano passado En quanto o mercado de ve ículos do méstico, de janeiro a julho deste ano vendeu 1 020 511 con tra 1 168 997 do mesmo período do ano passado, uma retração de 13%

Além dos veículos leves, a venda de caminhões e ônibus elétr icos tam bém começam a ganhar cor po, ainda que de for ma tímida , nas estat ísticas No pr imeiro semestre deste ano, já se somam 422 caminhões emplacados no país Empresas como Marcopolo e Volvo já apresentaram para comercia lização, uma nova frota de ônibus ele tr ificados, que devem ganhar as r uas a par tir de 2023

A Vo l vo d i s p o n i b i l i z a r á a o p a í s , em 2023, o c hassi p ar a modelos ur b a n o s c h a m a d o B Z L q u e, a p e s a r d e ser uma platafor ma global, teve me tade do seu processo de desenvolvi

m e n t o re a l i z a d o p o r f u n c i o n á r i o s b r a s i l e i ro s d a f á b r i c a q u e a e m p re s a mantém em Cur itiba PR

Os pr imeiros lotes do chassi, que está no momento em f ase de homo logação para o mercado local, serão de unidades impor tadas da Suécia De acordo com Fabiano Todeschini, pre sidente da Volvo Buses Amér ica Lati na, a produção local do BZL seguirá o mesmo projeto do modelo global, com o piso baixo e pacotes de bate r ias instalados no teto do veículo

O chassi é eq uipado com dois motores de 200kW instalados na par te traseira Foi projetado para car roce r ias de 9 a 13,2 metros de compr i mento, com capacidade para trans por tar até 90 passageiros No exter ior, a montadora emprega o veículo em negócios que envolvem a ofer ta da energ ia das bater ias

Adalber to Maluf , destaca que se trata de “mais uma g rande montado

ra mundial apostando nos ônibus elé tr icos “Se o Brasil conseguisse cr iar uma política industr ial, pelo menos dar isonomia para a f abr icação local, po deríamos ser um g rande centro de produção e expor tação dos ônibus elétr icos”, disse

O p re s i d e n t e d a A B V E t a m b é m defende a implementação de políti cas públicas em f avor da eletromobi l i d a d e “ E m 2 0 2 1 , 6 , 6 m i l h õ e s d e veículos elétr icos foram comerciali zados no mundo, o que representa 9% d a s ve n d a s g l o b a i s d e ve í c u l o s , e mu i t o e m b reve d eve c h e g a r a 2 0 % H o j e, 1 0 m i l h õ e s d e a u t o m ó ve i s e c o m e rc i a i s l eve s e l é t r i c o s c i rc u l a m e m t o d o o mu n d o, a l é m d e 6 0 0 m i l ô n i bu s e l é t r i c o s O B r a s i l o c u p a a quar ta posição entre os f abr icantes de veículos pesados no mundo Por isso, p re c i s a m o s u r g e n t e m e n t e d e u m a pol ítica nacional d e eletromobilida de”, defendeu

“Quase metade dos veículos elétr icos são híbr idos flex, contr ibuindo para g e r a ç ã o d e e m p re g o s A t e c n o l og i a d o h í b r i d o f l e x t e m mu i t a s i n e r g i a com etanol, que sem dúvida se apre s e n t a c o m o o b i o c o m bu s t í ve l m a i s e f i c i e n t e d e t o d o s P re c i s a m o s a m p l i a r a f a b r i c a ç ã o d e ve í c u l o s h í b r i dos/biocombustíveis para geração de e m p re g o e re n d a E p a r a g a r a n t i r a s o b rev iv ê n c i a d o e t a n o l ” , e x p l a n o u M a l u f , q u e t a m b é m d e f e n d e a c r i a ção de um pacote de incentivos para o d e s e nvo l v i m e n t o d e p e s q u i s a s s o bre eletromobilidade

Para o executivo Raf ael Chang, presidente da Toyota do Brasil, no país, o carbono neutro é o etanol A mon tadora japonesa apresentou na fábr ica em Sorocaba SP, quatro tecnolog ias de propulsão em sua linha veicular, híbr ido flex, plug in, totalmente elé tr ico e célula de combustível

“Não precisa deixar de lado a tec nolog ia nem mesmo acabar com os motores a combustão”, afir ma Chang, destacando que o etanol é uma ótima opção para contr ibuir com a descar bonização no mundo

“Há uma f aixa de latitude onde é possível produzir etanol em larga es cala que abrange, pr incipalmente, Brasil, Áfr ica e Índia Nessas reg iões é possível que não seja inteligente dei xar de lado o motor a combustão com propulsão híbr ida Flex”, disse

M E R C A D O Outubro/Novembro 202210
Maluf também ressaltou a g rande par ticipação de etanol para impulsio n a r o p ro c e s s o d e e l e t r i f i c a ç ã o Adalberto Maluf Rafael Chang

Acordo inédito no país prevê a construção de duas plantas dedicadas à produção de hidrogênio a par tir do etanol

A Shell Bra sil, Raízen, Hytron, Univer sidade de São Paulo (USP) e o SENAI CETIQT assinaram um acor do de cooperação para desenvolvi mento de plantas de produção de hi drogênio renovável (H2) a par tir do etanol. A parcer ia tem como foco a validação da tecnolog ia através d a constr ução de duas plantas dimensio nadas para produzir 5 kg/h de hidro gênio e, poster ior mente, a implemen tação de uma planta 10 vezes maior, de 44,5 kg/h O a cordo inclui também uma estação de abastecimento veicu lar (HRS Hydrogen Refuelling Sta tion) no campus da USP, na cidade de São Paulo

Um dos ônibus utilizados pelos estudantes e visitantes da Cidade Univer sitár ia deixará de utilizar diesel e os tradicionais motores a combustão inter na para começar a utilizar hidro gênio produzido a par tir do etanol e motores equipados com células a combustível (Fuell Cell) Com início da operação prevista para 2023, a ini ciativa surge como uma solução de baixo carbono para transpor te pesado, incluindo caminhões e ônibus, com o pr imeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo

O hidrogênio a par tir de etanol será produzido de for ma inovadora com o biocombustível for necido pela Raízen e a tecnolog ia desenvolvida e f abr icada pela Hytron, que atualmen te per tence ao g r upo alemão Neuman & Esser Group (NEA Group), com supor te do Instituto SENAI de Ino vação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, com financiamen to da Shell Brasil

“Estamos empolgados em ver que um projeto que se iniciou como um sonho de estudantes dentro da uni ver sidade agora se tor na uma solução de alto impacto para a transição ener gética do país e do mundo”, aponta o CEO da Hytron, Marcelo Veneroso

A t u a l m e n t e, o h i d rog ê n i o t e m u s o p re d o m i n a n t e n a i n d ú s t r i a q u í mica e é produzido em unidades in dustr iais próximas a refinar ias a p ar tir do gás natural No futuro, existe a e x p e t a t iva q u e o H 2 p ro d u z i d o a p a r t i r d e e n e r g i a e l é t r i c a re n ov á ve l , c o m o s o l a r e e ó l i c a , t e r á u m p a p e l impor tante para a descarbonização de vár ios se to res i ndust r iais e de trans p o r t e p e s a d o Po r é m , o t r a n s p o r t e deste produto é complexo, pois exi g e a c o m p re s s ã o o u l i q u e f a ç ã o p a r a a r m a z e n a m e n t o e m c i l i n d ro s o u e m car retas, encarecendo a logística Neste cenár io, a produção do hi drogênio via conver são do etanol re presenta um avanço na disponibilida de de combustíveis renováveis por meio de uma nova rota tecnológ ica para expansão de soluções sustentáveis no país e no mundo “Esta iniciativa é pioneira na produção de hidrogênio renovável, em g rande escala, a par tir

do etanol sintetiza Julio Romano Meneghini, diretor executivo e cien tífico do Research Centre for Gree nhouse Gas Innovation (RCGI) da USP

“A produção local, descentraliza da e de baixo investimento de hidro gênio renovável por meio da refor ma do etanol, é uma alter nativa interes sante para setores como o de trans por te pesado, que tem uma per spec tiva de crescimento expressiva na uti lização dessa solução, cuja disponibi lidade e escalabilidade são essenciais Além de transpor te pesado, neste mo mento, estamos buscando por parcei ros que possuem interesse em aplicar esta tecnolog ia para a descarbonização de outros setores”, aponta Mateus Lo pes, diretor de Transição Energética e Investimentos da Raízen A emp resa será, ao lado da Shell, a responsável pela liderança do desenvolvimento do mercado de H2 a par tir de etanol

Por meio deste acordo para a pro dução de hidrogênio verde, as empre sas iniciam uma nova etapa na produ ção de renováveis, contr ibuindo com a descarbonização da economia e am pliando seus por tfólios de produtos “A tecnolog ia pode ser f acilmente insta lada em postos de combustíveis con vencionais, o que não exig ir ia mu danças na infraestr utura de distr ibui ção, garantindo que o hidrogênio es tará pronto para abastecer os veículos de for ma rápida e segura ” , explica Alexandre Breda, gerente de Tecnolo g ia em Baixo Carbono da Shell Bra sil e vice diretor executivo do RCGI

“O uso do hidrogênio não está restr ito ao setor de transpor te e bene

ficiará outros segmentos no país, no que diz respeito à substituição de fon tes de energ ia fóssil ” , afir ma O pro jeto será financiado pela Shell Brasil, por meio da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP, com inves timento de aproximadamente R 50 milhões Com a produção de hidro gênio a par tir de etanol, as empresas e instituições parceiras iniciam uma no va etapa na produção de combustíveis renováveis, contr ibuindo com a des carbonização não só no setor de transpor tes, como também na side r urg ia, mineração e ag ronegócio

“A trajetór ia do etanol no Brasil começa na década de 1950, mas tem um g rande incentivo entre os anos 1980 e 2000, quando diminuímos nossa dependência da gasolina”, aponta Marcos Bucker idge, pesquisa dor do RCGI, considerado uma au tor idade inter nacional em bioenerg ia “Entre 2000 e 2020 começamos a produzir o etanol de segunda geração e entramos em uma segunda f ase Agora, devemos iniciar uma nova f ase dessa histór ia de sucesso

“A USP se transfor mará em um g rande laboratór io de pesquisa na área de energ ias renováveis e no desenvol vimento sustentável Nesse projeto, estudaremos a viabilidade energética da extração do hidrogênio a par tir do etanol e seu uso em ônibus circulares e as soluções encontradas poderão ser transfer idas para nossas cidades Tem sido fundamental para a USP a parce r ia com empresas que valor izem a pesquisa científica como modo de transfor mação social”, aponta Carlos Gilber to Carlotti Junior, reitor da USP

M E R C A D O Outubro/Novembro 202212

Diesel é um dos grandes vilões na elevação dos custos no CTT

Tema foi discutido no seminário Expedição Custos Cana, promovido pelo Pecege

Indicadores de motomecanização do setor sucroen ergético da safra 2022/23 e o próximo paradigma na operação de colheita para redução de custos, foram os temas abordados em mais uma edição do Expedição Cus tos Cana, promovido pelo Pe cege Consultor ia e Projet os no dia 15 de setembro

O evento que traz análises inédi tas dos levantamentos de custos reali zados junto com as usinas, casos de gestão de custos e perspectivas da pro dução e comercialização de açúcar, etanol e bioenerg ia, contou com a par ticipação de João Rosa (Botão), Ruan D’Aragone e Reg is Ikeda

Em sua apresentação Ruan D’Aragone, mostrou indicadores de motomecanização com resultados da safra 2021/22 e do pr imeiro tr imestre da safra 2022/23 A amostragem da safra 2021/22 abrangeu 25 g r upos, que cor respondem a 47 unidades ag roindustr iais, avaliando cerca de 1 200 colhedoras

Já a amostragem do pr imeiro tr i mestre da safra 2022/23 ating iu 29 g r upos que cor respondem a 55 uni dades ag roindustr iais Além das colhe doras (cerca de 1 000), também entra ram na avaliação tratores (aproxima damente 1 200) e cerca de 1 000 ca valos mecânicos

D’Aragone destacou a impor tân cia da relação entre custos e produti vidade “Quanto maior a produtivida de, os custos acabam sendo diluídos” Ele obser vou que em 2021 os indica dores apontaram para uma queda na produtividade e consequentemente uma elevação nos custos

dos preços inter nacionais, e se come ça a acom panhar o mercad o exter no E n o p e r í o d o p ó s p a n d e m i a h o u ve uma explosão do preço do diesel, que d e s d e e n t ã o s e m a n t é m c o n s t a n t e ” , comentou

De acordo com ele, a par tir de abr il de 2021 até março de 2022 no fechamento da safra 2021/22, há um aumento de 55,7% do preço do die sel nas refinar ias então isso ao longo da safra teve um impacto relevante

“Quando você olha o pr imeiro tr imestre da safra 2022/23, entre abr il até aproximadamente final de junho, identificamos um aumento de 24% do preço do diesel Isso daí impacta dire tamente nos custos, não só da colhei ta, não só do cor te, mas dos custos do CTT como um todo, já que todos os

equipamentos ali dependem de com bustível e consomem bastante para es tar realizando as operações”, explicou

D’Aragone apresentou aind a in dicadores relativos às var iações dos custos no cor te mecanizado, onde por exemplo se reg istrou uma var iação de 10% no pr imeiro tr imestre da safra 2022/23, que ficou na média de R$ 12,40 por tonelada de cana, em rela ção à safra 2020/21, que fechou em R$ 11,31

“Essa alta é um reflexo do alto cus to do diesel, que representa 75% no to tal da operação e também na elevação de 36% no preço das peças usadas na ma nutenção de equipamentos”, explicou

O consultor ressaltou que os cus tos por tonelada apresentados para essa safra foram impactados pela baixa pro

dutividade no canavial “Sob essa con dição, todos os componentes de custo fixo médio são pressionados, em espe cial aqueles relacionados ao consumo de diesel, mão de obra e manutenção”

Já no que diz respeito ao tempo entre f alhas, considerando toda a fro ta de colhedoras, as usinas pesquisadas apresentaram um número médio de 15,12 horas entre cada ocor rência Na média, o reparo desse maquinár io du rou em tor no de 1,91 hora

O engenheiro ag rônomo, Rég is Ikeda, que em sua apresentação f alou sobre o “Próximo paradigma na ope ração de colheita para redução de custos”, disse que para reduzir os cus tos é preciso colher mais e para isso é necessár io explorar melhor o poten cial das máquinas Ele coloca em xe que o que atr ibui como um conceito er rôneo de parâmetro

“Toda vez que você buscar o me nor consumo de litros por hora, está indo na contramão do aumento da produtividade de redução de custos Quem conhece colhedora de cana, tem meio que guardado na cabeça aqueles 30/35 litros/h, e aí você olha essa máquina

aqui ela ‘tá’ com uma média de 23 8 litros por hora Você acha isso excelente ‘né’, mas quando olha a realidade, o número é hor rível

t a

a r t i

E l e t a m b é m f a l o u d o p e s o d o s c o m bu s t í ve i s n o s c u s t o s d o C T T “ E n t ã o p e s s o a l n ã o d á p a r a f a l a r d e c u s t o d e C T T, p r i n c i p a l m e n t e d e m o t o m e c a n i z a ç ã o, s e m f a l a r d o combustível Da safra de 2013/14 até meados da safra 2 016/17 o preço do d i

A máquina trabalhou 35% do tempo, ela tem coi sa de 25% do tempo d e motor ligado sem colher cana, por is so que ela te m o consumo de com bustível baixo”, explica Ikeda

M E R C A D O Outubro/Novembro 202214
e s e l s e m a n t eve c o n s
n t e A p
r d e a g o s t o d e 2 0 1 6 e n t r a a p a r i d a d e

Ele também defen de um incre mento da velocidade média efetiva “Não é promover a Fór mula 1 no

campo A verdade é que a gente está tão distante do potencial produtivo das máquinas, que a gente pode ter o di

reito de buscar algum ‘centavinho’ Na hora que você joga na usina, no tama nho, na quantidade de horas que f az, na quantidade de cana qu e tem, na quantidade de maquinár io, nor mal mente isso tudo vira milhões”, argu menta o engenheiro.

Entre os pontos que considera impor tantes para a redução dos custos no cor te, Ikeda destacou: Transbordos adequados; Soluções logísticas (Tec nolog ias); Melhor ias de sistematização, projeto de sulcação, melhor ia do ter reno; Conceito de colheitabilidade e qualidade mínima; Gestão de pessoas; Utilização dos recur sos disponíveis (piloto, copiadores, r pm cor reto); Treinamentos; Métr icas muito claras e alcançáveis a todos eng randecimen to e perfor mance da equipe

A amostra do Pecege trouxe ou tros indicadores, como o da disponi bilidade ag roindustr ial, sendo que a média obser vada no terceiro levanta mento da safra 2021/22 apontou um valor de 85,76% para o indicador, su ger indo as operações ag roindustr iais ficaram indisponíveis em aproximada mente 15% do período que com preende os meses de abr il a dezembro de 2021 Dias de colheita de safra (dia)

Com relação a este indicador, as unidades apresentaram uma média de 206 dias efetivos de colheita na safra As condições climáticas desf avoráveis

durante a safr a, além de dificultar as operações no canavial, também en cur taram o período de colheita, com muitas usinas iniciando as operações tardiamente e encer rando precoce mente “Tal condição se mostrou de ter minante na quantidade de dias de colheita no campo durante o ciclo 2021/22”, explica o Pecege

Quanto ao indicador raio médio (km), que diz respeito a distância do canavial em relação à planta industr ial, este var iou entre 16,4 km e 36 km, com a média se situando em 25,35

Para a sa fra 2022/23, o Pecege prevê que devem per manecer as pres sões nos custos com combustíveis por conta da elevação expressiva obser va da no preço do petróleo, sobretudo durante o pr imeiro tr imestre da safra

A consultor ia ressalta ainda que, embora o momento atual apresente quedas expressivas no preço domésti co dos combustíveis ciclo otto, o die sel tem demonstrado resistência em acompanhar essa diminuição

“Esse vetor, por tanto, deve seguir pressionando os custos com consumo diesel e onerando as r ubr icas das ope rações mecanizadas Por outro lado, é esperado uma recuperação, ainda que modesta, da produção no canavial, o que deve contr ibuir na diluição de al guns custos relacionado à produção canavieira”, conclui

M E R C A D O 15Outubro/Novembro 2022
Ruan D’Aragone, João Rosa e Regis Ikeda

Czarnikow estima excedente de produção global de açúcar na safra 2022/23

Aumento do mix de açúcar da região Centro Sul do Brasil tem elevado o superávit

A Czar nikow, trading br itânica de alimentos e ser viços, infor mou no início de setembro que prevê um su perávit de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2022/23, com a previ são de produção de 180,2 milhões de toneladas do alimento em 2022/23, o mesmo volume que em 2021/22 e o segundo maior já reg istrado

A estimativa para a produção do Centro Sul do Brasil é de aumento em 500 mil toneladas, passando para 32,5 milhões devido aos preços mais baixos do etanol, f azendo com que as usinas pr ior izem o mix açucareiro e compensando assim, uma queda na produção de açúcar na safra 2022/23 da Tailândia

De acordo com a trading, em 2022/23, serão consumidos mais de 3

milhões de toneladas de açúcar ano a ano do que em 2021/22 “Isso se de ve em par te ao f ato de mais economias retor narem ao consumo pré covid e ao aumento da população O consu mo na China também se re cuperará em mais de 500 mil toneladas após a demanda diminuída pelos bloqueios da covid em 2021/22”, explica o ana lista Jay Kindred Segundo ele, o cres cimento do consumo significa cerca de metade do tamanho do superávit obser vado em 2021/22, apesar da

produção semelhante

A Czar nikow afir mou ainda acre ditar que a Tailândia produzirá cerca de 10,8 milhões de toneladas de açúcar na próxima temporada 2022/23, prevista para começar no quar to tr imestre Is so representa um crescimento anual de 800 mil toneladas a par tir de 2021/22 e um segundo ano de recuperação após o ano safra de 2020/21 for temente afetado pela seca

A traiding infor mou também que a colheita de beter raba dos EUA des

te ano será menor do que o esperado. O México expor tará, por tanto, mais açúcar para os EUA do que em anos anter iores “A chuva em setembro e outubro deter minará o sucesso da sa fra mexicana de a çúcar Acreditamos que o México produzirá aproximada mente 6 milhões de toneladas de açú car na temporada 2022/23 Isso é 200 mil toneladas a menos do que na temporada passada devido às atuais condições secas no México que afe tam os rendimentos”, afir mou o ana lista Adr ian Tor rebiar te Para o balanço mexicano isso sig nifica 4,5 milhões de toneladas de açúcar para consumo inter no; 1,5 mi lhão de toneladas de açúcar para ex por tação para os Estados Unidos e 150 000 toneladas métr icas de açúcar para expor tação para o mercado mundial A outra mudança notável para o México é o aumento da cota prevista para os EUA “Acreditamos que as expor tações mexicanas de açú car para os EUA podem chegar a 1,5 milhão de toneladas, em comparação com 878 mil toneladas na temporada anter ior”, disse Tor rebiar te

M E R C A D O Outubro/Novembro 202216

Planta de biogás de vinhaça da Tereos entra em operação

A empresa investiu 15 milhões na unidade e pretende até 2030, abastecer com biometano 100% da sua frota de caminhões agrícolas

Além da planta piloto da Cr uz Al ta, que recebeu até agora investimen tos de R$ 15 milhões, a companhia produz biogás na unidade da Tereos Amido & Adoçantes Brasil, empresa de processamento de milho e man dioca, localizada em Palmital SP

Em Olímpia, a planta tem uma la goa que recebe 25 mil litros de vinhaça por hora A capacidade instalada é de 1 GW por ano, com potencial de expan são de até 4 GW Para a produção futu ra de biometano, o potencial da planta é de até 1,5 milhão de m³ por ano

A Te re o s d e u i n í c i o à o p e r a ç ã o comercial de sua planta de biogás, em s u a u n i d a d e C r u z A l t a , n a c i d a d e d e O l í m p i a S P A t é 2 0 3 0 , o g r u p o p re t e n d e a b a s t e c e r c o m b i o m e t a n o 100% da sua frota de cerca de 180 ca minhões ag rícolas

Renato Zanetti, super intendente de Sustentabilidade, diz que o investimen to na nova tecnologia faz parte dos pla nos da companhia de aproveitar 100% do potencial da cana de açúcar Por ano, as sete usinas sucroalcooleiras da Tereos recebem cerca de 15,6 milhões de toneladas de cana, que se tor nam 1,4 milhão de toneladas de açúcar e 531 milhões de litros de etanol

“A produção de biogás é uma medida impor tante para expandir o uso de energ ia limpa e potencializar a presença da Tereos neste mercado. Além de reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade, também esta mos focados em ampliar os nossos ne gócios e oferecer qualidade por um preço competitivo ao consumidor fi nal”, diz Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos

Das sete unidades do g r upo, a usi na de Cr uz Alta é a que possui maior capacidade para a produção de vinha ça Fator que aliado à sua localização, que poderá receber no futuro o sub produto de outras usinas, foi deter mi nante para ser escolhida para abr igar o projeto piloto do biogás

Seu terreno tem capacidade para re ceber mais 13 lagoas Segundo Gutier rez, apenas seis bastam para gerar o bio metano necessár io para substituir o con sumo de 50 mil m³ por ano de diesel dos caminhões da empresa O restante será destinado à venda A usina já tem três veículos em testes, operando com 70% de diesel e 30% de biometano

O gerente de energ ia da Tereos, Samuel Custódio de Oliveira, destaca que a produção de biometano para substituir o diesel, reduz a dependên cia do país do mercado exter no “40% do diesel consumido no Brasil, vem do mercado exter no, e sua substituição pelo biometano, além de contr ibuir para transição energética, substituindo uma fonte suja por uma renovável, também diminuí nossa dependência dos impactos inflacionár ios provoca

dos pelo mercado exter no ” , explica

Zanetti acrescenta que o refino do biogás na empresa está ligado não ape nas à vontade de entender o mercado, mas acompanha também uma tendên cia de desenvolvimento de caminhões movidos 100% a biometano "Hoje, é uma tecnolog ia muito cara, mas com cer teza vai melhorar com mais adesões ao combustível renovável”, disse E tecnolog ia é um diferencial do Gr upo Tereos, que é referência na uti lização de tecnolog ias dig itais em suas operações e está sempre aber ta para inovações que proporcionem ganhos de eficiência e de p rodutividade Atualmente, sete unidades do g r upo já

utilizam inteligência ar tificial em suas plantas industr iais através do S PAA, único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo

“Começamos com algumas unida des lá atrás, e a Tereos tem o perfil de ser um grande gerador de energia, e come çamos pr imeiramente para melhorar a perfor mance das nossas ter melétr icas Hoje, passados uns 4 ou 5 anos, temos o S PAA em todas as nossas plantas e não só na geração de energ ia Temos o exemplo da unidade de Cruz Alta, que faz o balanço de processos em fábr ica de açúcar, destilar ia, enfim a gente hoje tem um indicador na empresa, que é a uti

M E R C A D O Outubro/Novembro 202218

lização do laço fechado Uma vez que a planta de biogás está operando, e a gen te colocar geração de energ ia, também podemos fechar um laço, para atender com melhor perfor mance de vazão e estabilizar os processos que nós temos lá”, explicou Jonas Gutier rez, gerente cor porativo da usina

Paralelamente à planta de biogás, a Tereos conta com a cogeração de energ ia elétr ica, gerada a par tir da biomassa de cana de açúcar de suas sete unidades Ao todo, a companhia possui 444 MW de potência instalada, com potencial de expor tação de cer ca de 1 450 GWh para o sistema elé tr ico A vinhaça e a tor ta de filtro, também são usadas como fer tilizantes Todas as unidades da companhia estão cer tificadas no prog rama RenovaBio e em outros prog ramas

A energ ia elétr ica gerada pelo biogás começou a ser distr ibuída no mês passado para 85 clientes comer ciais de baixa ten são, a par tir de um contrato com a Lemon, uma s tar tup de energ ia limpa, que é parceira da Ambev “Essa parcer ia inaugura nossa entrada no mercado de geração dis tr ibuída Para que esses clientes pos sam compensar a geração de energ ia, em suas instalações, adquir indo ener g ia limpa e renovável, ao mesmo tem po em que gera emprego e renda, ga rantindo ainda uma economia esti

mada em 30% em suas contas de con sumo ” , disse o gerente de energ ia da Tereos, Samuel Custódio de Oliveira

Reforçando a impor tância da economia circular, o super intendente de Sustentabilidade, Zanetti, afir ma que 100% da cana é aproveitada no negócio de produção de energ ia Os investimentos em sustentabilidade in cluem o aumento do uso de fer tili zantes orgânicos nos canaviais, e o uso racional da água “Temos um trabalho voltado para a eficiência hídr ica em todas nossas plantas, e trabalhamos também na recuperação de nascentes em nossas áreas de atuação 50% do nosso endividamento, o cor respon dente a R$ 2 bilhões, está ligado a metas sustentáveis”, infor mou

A Tereos é a terceira maior produ tora de açúcar no país e a sétima em etanol Neste ano, com as novas cer tificações recebidas, a companhia de ve expor tar cerca de 25% do etanol produzido no Br asil para Europa e Califór nia No mundo, a companhia é a quar ta maior produtora de açúcar, com 44 unidades espalhadas pela Eu ropa, Ásia, e Áfr ica, além do Brasil O f aturamento global em 2021 ating iu 5,1 bilhões de euros “Iniciamos co mo produtores pr ior itar iamente de açúcar e estamos c aminhando para a pr ior izar a produção de bioenerg ia”, afir mou Zanetti

M E R C A D O 19Outubro/Novembro 2022

Manejo Biológico OnFarm: a solução sustentável que garante aumento da produtividade

O manejo biológ ico no cultivo da cana de açúcar acontece há décadas e, devido à sua eficiência, só tem au mentado ao longo dos anos Na déca da de 70, o manejo de pragas era rea lizado, em sua maior ia, com macro biológ icos No entanto, atualmente os microbiológ icos têm ganhado espaço na cultura, abr indo o caminho para a produção OnFar m, que é mais eco nômica, eficiente e sustentável

A SoluBio, empresa referência no manejo biológ ico OnFar m, é a prova desta aber tura Ela anunciou, recente mente, a contratação do engenheiro ag rônomo Marcelo Cambraia para o novo cargo de Head Comercial de Cana Com mais de 20 anos de expe r iência na área, ele entra para o time com a expectativa de aumentar, em um ano, os 200 mil hectares de cana aten didos pela empresa para 2 milhões

“Nas últimas duas décadas traba lhando com as pr incipais ag roindús tr ias do setor sucroenergético e for

necedores de cana pude entender so b re s u a s p r i n c i p a i s d o re s e a n s e i o s para futuro Agora que sou do time da S o l u B i o, e c o n h e c e n d o o m a n e j o OnFar m, posso atendê los com mais e f i c i ê n c i a , c o n t r i bu i n d o c o m s e u s d e s a f i o s n a bu s c a d o a u m e n t o d e p ro d u t iv i d a d e ( t o n / h a ) , d e f o r m a e c o n ô m i c a A S o l u B i o e n t re g a u m a e x p e r i ê n c i a c o m g a r a n t i a d e q u e o

que se está produzindo pode contro l a r d e f o r m a e f i c i e n t e a s p r a g a s e d o e n ç a s , d a n d o a s s i m u m s u p o r t e ag ronômico e financeiro aos produ t o re s , n a bu s c a d e u m a a g r i c u l t u r a re g e n e r a t iva A l é m d i s s o, a s o l u ç ã o c o n t a c o m u m a a b o rd a g e m E S G, voltada para política de carbono, en tre outras coisas”, inicia Cambraia

A empresa foi cr iada em 2016

com o objetivo de levar a seus clien tes alter nativas mais sustentáveis e econômicas na atividade r ural Assim surg iu a SoluBio Exper ience 3 0: uma solução completa para a produção de bioinsumos na f azenda (OnFar m), que oferece tecnolog ia integ rada com pa drão industr ial, todos os equipamen tos, insumos, controle de qualidade, treinamento e assistência técnica

Flexibilidade para enfrentar os principais desafios da cana

A S o l u B i o t r a b a l h a e m s i s t e m a d e c o m o d a t o, p o r t a n t o, t o d a a e s t r u t u r a n e c e s s á r i a é c e d i d a p o r e l a , a s s i m c o m o a i n s t a l a ç ã o

O p r im e i ro p a s s o é e n t e n d e r a s n e c e s s i d a d e s d o c l i e n t e A s s i m q u e i s s o é f e i t o, a S o l u B i o d e s e nvo l ve o p ro j e t o d o l a b o r a t ó r i o i d e a l , d e s d e a s i n s t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e h i d r á u l i c a s a t é a a u t o m a ç ã o, d e a c o rd o c o m a n e c e s s i d a d e d e p ro d u ç ã o d e c a d a c l i e n t e O s l a b o r a t ó r i o s p o d e m s e r e m e s t r u t u r a s m e t á l i c a s c o b e r t a s c o m i s o p a i n e i s o u c o n t a i n e r s

D e n t ro d o s l a b o r a t ó r i o s f i c a m a s b i o f á b r i c a s a u t o m a t i z a d a s , q u e s ã o e q u i p a m e n t o s p a r a a mu l t i p l i

c o n t ro l e d e t e m p e r a t u r a , i n j e ç ã o d e a r, f i l t ro s m i c ro b i o l ó g i c o s , e n t re o u t ro s , p a r a g a r a n t i r u m a p ro d u ç ã o c o n c e n t r a d a e c o m a l t o g r a u d e p u r e z a U m a d e n o s s a s e q u i p e s t a m b é m d e f i n e a q u a n t i d a d e c o r r e t a d e b i o f á b r i c a s n e c e s s á r i a p a r a a t e n d e r a d e m a n d a d e c a d a p ro d u t o r ” , c o m p l e m e n t a C a m b r a i a C o m a e s t r u t u r a j á m o n t a d a n a f a z e n d a , a e m p re s a e n t re g a m e i o s d e c u l t u r a c u s t o m i z a d o s p a r a c a d a g r u p o d e m i c ro r g a n i s m o s q u e p a s s a p o r u m p ro c e s s o d e e s t e r i l i z a ç ã o O u t ro i n s u m o c h ave o f e re c i d o p e l a e m p re s a é o i n ó c u l o p u ro p ro d u z i d o n a f á b r i c a d a S o l u b i o, c o m a n á l i s e g e n ô m i c a , re g i s t r a d o e r a s t re á ve l

O m a n e j o b i o l ó g i c o O n F a r m a d e q u a d o p e r m i t i r i a a mu l t i p l i c a ç ã o d e b i o i n s u m o s p a r a e n f r e n t a r o s

p r i n c i p a i s d e s a f i o s d a c a n a d e f o r m a o t i m i z a d a e f l e x í ve l E n t re e l e s e s t ã o :

A G R Í C O L A Outubro/Novembro 202220
Solução tem foco na agricultura regenerativa, sequestro de carbono e práticas de ESG com economia de até 70%
c a ç ã o d o s b i o i n s u m o s “ E l a s s ã o 1 0 0 % i n ox , c o m
A estrutura da SoluBio Experience 3.0

Altas doses e agricultura regenerativa

De acordo com o Countr y Ma nager LATAM da SoluBio, Diogo Car valho, a solução possibilita que o produtor use a quantidade necessár ia de bioinsumos para enfrentar seus pr incipais desafios no cultivo de cana com custo que pode chegar a até 70% menos do que ele está acostumado

O diretor complementa ainda que a

usina, p o

m e s m a

da SoluBio

e rentes intuitos durante todo o perío do necessár io

“Em uma usina você tem cana de vár ias idades tanto sendo plantada quanto sendo colhida Com a biofá br ica é possível ir multiplicando e aplicando os bioinsumos segundo a necessidade do produtor”, diz

ESG e Impacto EPositivo ficiência agronômica e Sucesso do Cliente

Para garantir que o produtor con siga os melhores resultados possíveis com sua produção, a SoluBio Expe r ience 3 0 conta com um time de Su cesso do Cliente, que realiza o con trole de qualidade e o acompanha mento da eficiência ag ronômica Uma equipe de ag rônomos, altamente qua lificada, auxilia na operação, f azendo check lists, executando auditor ias e atualizando uma platafor ma da em presa com todas as infor mações De acordo com o CEO da Solu

Bio, Alber Guedes, esse é o maior di ferencial da SoluBio

“Essa equipe ajuda a discutir pla nos de manejo, avalia e compara re sultados, monitora a perfor mance das culturas, apresenta o por tfólio, elabo ra relatór ios de safras, realiza coletas de plantas e solos, entre outros É esse monitoramento e supor te que garan tem a eficiência ag ronômica do nosso cliente e ainda o deixa menos preo cupado em produzir seu própr io bio insumo”, afir ma

Com o manejo biológ ico On Far m a ag r icultura, além de regenera tiva, também é sustentável A SoluBio f az par te do Pac to Global da ONU, comprometida com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, e apre senta uma solução integ rada que, jun to com o produtor r ural, gera impac tos positivos para o planeta

S e g u n d o a c o o rd e n a d o ra d e E S G d a e m p re s a , R a f a e l a Ve n d r u s c o l o, e n t re o s b e n e f í c i o s q u e s e d e s t a c a m e s t ã o : a u m e n t o d a f i x a ç ã o d e c a r b o n o e n i t rog ê n i o n o s o l o ; re d u ç ã o d e e m i s s ã o d e g a s e s d e e f e i t o e s t u f a (GEE); maior rentabilidade no uso da

t e r r a ; re g e n e r a ç ã o d o s o l o e s u a b i o d ive r s i d a d e ; re d u ç ã o d e re s í d u o s químicos e tóxicos no solo e n a água; m a i o r re s i l i ê n c i a h í d r i c a ; e d i m i nu i ç ã o d a d e p e n d ê n c i a d e i n s u m o s c a ro s e i m p o r t a d o s “ D e s e nvo l ve m o s u m a p a rc e r i a c o m o p ro d u t o r r u r a l , q u e t o r n a a a g r i c u l t u r a m a i s re s i l i e n t e à s a l t e r a ç õ e s d o c l i m a e p ro t a g o n i s t a n a agenda ESG Assim, a SoluBio Expe r i e n c e 3 0 p o d e a l ava n c a r a s u s t e n t a b i l

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d o r i s c o s e i m

A G R Í C O L A 21Outubro/Novembro 2022
“ Po r s e r u m a c u l t u r a s e m i p e r e n e e l a e x i g e q u e o p r o d u t o r u s e u m a d o s a g e m d e p r i n c í p i o a t i v o m a i o r p o r h e c t a r e d o q u e a s o j a A v a n t a g e m d o O n F a r m é q u e e l e d á a o a g r i c u l t o r a l i b e r d a d e d e f a z e r o m a n e j o e d o s e s c o m o o b j e t i vo d e b u s c a r u m a a g r i c u l t u r a r e g e n e r a t i v a E l e c o n s e g u e t r a b a l h a r c o m d o s a g e n s a l t a s e a i n d a s e r m a i s r e n t á v e l e m e f i c i ê n c i a ” , i n i c i a .
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p o d e r á s e r u s a d a c o m d i f
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p a c t o s n a c a d e i a p ro d u t iva d a c a n a , c o m re s p o n s a b i l i d a d e e s e g u r a n ç a ” , f i n a l i z a a e s p e c i a l i s t a
Marcelo Cambraia, Head Comercial de Cana Alber Guedes, CEO Diogo Carvalho, Country Manager LATAM Rafaela Vendruscolo, Coordenadora de ESG

Novas tecnologias de irrigação reduzem o consumo de água na produção de cana

De acordo com dados recentes publicados pela da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimenta ção e a Ag r icu ltura), a ag r icultura consome cerca de 70% de toda água captada E estima se, ainda, que 60% da água de ir r igação é desperdiçada Entretanto, temos que nos atentar a essas infor mações e entender todos os processos para não tirar mos conclu sões precipitadas

S e a n a l i s a r m o s d e f o r m a t é c n i c a obser vamos que a água, ao ser dispo n i b i l i z a d a p e l a i r r i g a ç ã o, é u t i l i z a d a p e l a s p l a n t a s n a q u a n t i d a d e q u e e l a n e c e s s i t a p a r a c o m p l e t a r o s e u d e s e nvo l v i m e n t o e c o m i s s o p ro d u z i r colmos, g rãos, folhas, ou seja, produ z i r o n o s s o a l i m e n t o, o re s t a n t e d a água que não é utilizada retor na a at m o s f e r a d e f o r m a d e va p o r d e á g u a através da transpiração Além disso, há o u t ro s p ro c e s s o s e m q u e a á g u a re tor na ao seu ciclo, co mo a evapora ç ã o e a re c a r g a d o s l e n ç ó i s f re á t i c o s

através da percolação

C o m a evo l u ç ã o d a i r r i g a ç ã o, h o j e e m d i a , h á n ova s t e c n o l og i a s q u e re d u z e m o c o n s u m o d e á g u a , p o i s a pres e n t a m m e l h o r e f i c i ê nc i a d e a p l i c a ç ã o D e n t ro a s q u a i s a i r r i g a ç ã o p o r g o t e j a m e n t o é a t e c n o l og i a q u e m a i s c re s c e

Estudos mostram que o sistema de inundação apresenta uma eficiência de 60%, a asper são aproximadamente 85% enquanto o gotejamento a pre senta uma eficiência de 98%

E e s s a e f i c i ê n c i a s ã o c o m p rova d a s e m c a m p o, o n d e d a d o s n o s m o s t r a m q u e c o m o u s o d o g o t e j a m e n t o a u t i l i z a ç ã o d a á g u a p o d e re d u z i r e m a t é 2 7 % c o n f o r m e m o s t r a d o n a

t a b e l a a b a i x o

REGGIÃO REEDUÇÇÃO NO CONSUMMO DE ÁGUA

M a s e s s e s r e s u l t a d o s n ã o s ã o a p e n a s d e v i d o a e f i c i ê n c i a n a a p l i c a ç ã o, m a s t a m b é m r e f l e t e a o u t r a s p e r d a s f í s i c a s d a á g u a , c o m u n s e m i r r i g a ç õ e s p o r a s p e r s ã o c o m o : e f e i t o g u a r d a c h u va ( r e t e n ç ã o d a á g u a p e l o d o s s e l d a s p l a n t a s ) , e va p o r a ç ã o n a a t m o s f e r a e ve l o c i d a d e d o s ve n t o s S a l i e n t a n d o q u e e s s a s p e r d a s

A l é m d i s s o, p a r a e v i t a r c o n s u m o d e á g u a d e s n e c e s s á r i o s t e m o s q u e t e r e m m e n t e q u e c a n a d e a ç ú c a r i r r i g a d a é t o t a l m e n t e d i f e r e n t e d e c a n a d e a ç ú c a r + á g u a N e s s e c a s o, o q u e t e m q u e f i c a r c l a ro é q u e d e ve m o s u t i l i z a r a á g u a c o m o i n s u m o o u s e j a u t i l i z a r u m m a n e j o d e a p l i c a ç ã o d e á g u a b a s e a d o e m c o n c e i t o s t é c n i c o s , a g ro n ô m i c o s e c i e n t í f i c o s E p a r a i s s o, e x i s t e m v á r i o s s e n s o r e s d e a v a l i a ç ã o d e u m i d a d e d e s o l o q u e n o s a j u d a m a t o m a r e s s a d e c i s ã o, c o m o p o r e xe m p l o a t e n s i ô m e t r i a , s o n d a s T D R e e s t a ç õ e s m e t e o r o l ó g i c a s c o m s e n s o r e s d e u m i d a d e e e va p o t r a n s p i r a ç ã o

Concluindo, mesmo sendo uma conclusão superficial ainda é possível reduzir o consumo de água da ag r i cultura através da adoção de moder nas tecnolog ias de ir r igação, como no caso do gotej amento e adotar uma postura ir r igante, ou seja, utilizar a água como insumo

A G R Í C O L A Outubro/Novembro 202222
s ã o i n e x i s t e n t e s d a i r r i g a ç ã o p o r g o t e j a m e n t o, p r i n c i p a l m e n t e n a s u b t e r r â n e a
Nordeste 27% Centro Oeste 20% Sudeste 24% Foonntee: Netafim

Tecnologia biológica alcança ganhos significativos de correção de perfil de solo em profundidade

O manejo biológico é essencial para equilibrar os pilares físico, químico e biológico

O setor sucroenergético vive um momento desafiador com as var iáveis climáticas, cr ise dos fertilizantes e infla ção ating indo os pr incipais insumos para cadeia produtiva da cana de açúcar Os solos cultivados com a cul tura também apresentam uma baixa re siliência devido ao pisoteio dos maqui nár ios presentes em todo processo pro dutivo até a colheita A baixa diversida de de vida no solo devido à monocul tura do sistema que per mite o canavial ficar instalado na mesma área por ciclos sucessivos Esses são alguns dos desafios enfrentados por usinas e produtores do centro sul do Brasil que causaram bai xa oferta de cana e castigaram as lavou ras nas duas últimas safras

Renato Delarco, engenheiro ag rô nomo e sócio propr ietár io da RR Ag rícola, conta que os 2500 hectares cultivados com cana estão divididos em 55 fundos ag rícolas no Noroeste do Estado de São Paulo O engenheiro detalhou que os últimos anos não fo ram fáceis e que a biotecnolog ia Mi crogeo se encaixou perfeitamente nas operações do dia a dia e completando o pilar biológ ico na cor reção do per fil do solo “Nós passamos por dois anos muito r uins de pluviometr ia, uma climatolog ia complicada. O final de 2020 já não foi bom, 2021 péssimo, muito r uim em ter mos de quantidade de chuvas, e 2022 começou bem, mas ainda está muito abaixo da média his tór ica da reg ião Para supr ir isso a mi crobiolog ia era o pilar que f altava no manejo para equilibrar o sistema e di minuir as perdas ag ronômicas de pro dutividade, explica Delarco

Para o Coordenador de Desenvol vimento de Mercado da Microgeo, Marco Antonio Far ias, o setor ainda le vará mais duas safras para alcançar os pa tamares de moagem na casa das 580 a 600 milhões de toneladas ano safra, con for me dados divulgados pela UNICA E cor rendo sér ios r iscos da safra atual, 2022/2023, voltar a patamares de moa gem da safra 2011/2012, pois o proces so de recuperação passa por refor ma de canaviais deg radados por falhas no es tande, plantas daninhas e pragas

“Por isso a impor tância do inves timento em tecnolog ias que possam

ag regar na retomada das altas produ tividades por hectare, os sonhados três díg itos que hoje já é uma realidade em algumas usinas e produtores que con seguem trabalhar os três pilares bási cos do solo: físico, químico e biológ i co O adubo biológ ico produzido com Microgeo vem contr ibuindo nesse cenár io desafiador que o setor se encontra hoje Na sa fra passada 2021/2022 as áreas monitoradas com colheita real no centro sul, apresenta ram um ganho médio de 8,5 tonela das de cana por hectare (TCH) e 1,26 de toneladas de açúcar por hectare (TAH) em relação as áreas não trata das com o adubo biológ ico, e trazen do uma margem de c ontr ibuição ag roindustr ial de R$ 1 433,88 por hectare”, conta Far ias

Muitas usinas e ag r icultores estão adotando a estratég ia de trabalhar o perfil do solo levando em considera ção os três pilares básicos para a alta perfor mance do canavial: os pilares fí sico, químico e biológ ico do solo Como se tratam de áreas de mono cultura o pilar biológ ico era, até en tão, um g rande desafio, pois ao plan tar cana sobre cana, sem rotação, a di ver sidade e vida no solo fica limitada refletindo diretamente na redução de produtividade É nesse momento que o Microgeo se tor na ainda mais es sencial para esses produtores e usinas per manecerem competitivos na pro dução e na rentabilidade

"Nosso objetivo é produtividade e longevidade nos canaviais Estamos trabalhando com produtividade acima dos três díg itos Já f azíamos a par te fí sica e química e o que nos f altava era a par te biológ ica A gente busca trazer de volta a saúde desse solo que está perdendo qualidade ao longo dos anos", explica Delarco

O ag r icultor, além das análi ses químicas e físicas padrões, investiu em

análises enzimáticas e de DNA, que são análises biológ icas mais complexas e que identificam quais indivíduos es tão atuando no solo “Fizemos análises por perfil, chegando a 60 cm e vár ios comparativos entre as amostras São organismos invisíveis a olho nu, mas que são fundamentais Nas pr imeiras análises identificamos um melhor ín dice de fosforo e na beta glicosidade mostrou aumento no teor de matér ia orgânica e carbono, o que melhora o perfil de solo”, explicou Delarco

Entre os inúmeros benefícios iden tificados com o uso do Microgeo estão a bioestruturação física do solo, que con tr ibui para a descompactação do solo, e a eficiência nutr icional, que gera maior perfilhamento da cana de açúcar e melhor enraizamento, pois os microrga nismos presentes no Adubo Biológ ico produzem hor mônios, como o ácido indolacético (AIA), que atuam no maior enraizamento das culturas cultivadas

No manejo, Delarco optou por fazer todos os tratamentos localizados na linha de plantio, com objetivo de correção do perfil do solo de 0 60 cm de profundi dade, criando assim condições para o ca navial se desenvolver nessa região e le vando seu sistema radicular a uma maior profundidade Assim sofrendo menos com os estresses hídr icos, ocorrendo uma maior exploração de água, fertilizantes e dos organominerais e conta que os resul tados são impressionantes

"Medimos a qualidade da cultura por um tr ipé químico, físico e bioló g ico O terceiro tr ipé, o biológ ico, é o mais impor tante Ele amar ra o quími co e o físico Nós medimos compacta ção de solo e fomos tirar o número do pr imeiro ano É impressionante o que você vê dentro da linha de plantio com Microgeo, na testemunha já vemos a metade da compactação e onde não aplicamos, na entrelinha, aí o número assusta, é de duas a três vezes maior Só

aí, por aplicar apenas na linha de plan tio, você tem uma economia de fer ti lizante, herbicida e inseticida", conta O produtor destaca que é a otimização do uso de insumos, a redução de custo e a maior produtividade que proporciona o equilíbr io sustentável que eles bus cavam para a produção

Mesmo com as características es pecíficas de cada Estado, o Adubo Bio lóg ico produzido com Microgeo® mantém sua eficiência por ser exclusi vo e adaptado a cada reg ião A combi nação de benefícios gerado por seu uso se tor na essencial para alcançar maiores patamares de produtividade mesmo considerando as var iações climáticas

“Os indicadores, no final do dia são conver tidos em produtividade e renta bilidade aos produtores e usinas Mes mo diante de um cenár io f avorável com preços atrativos e per spectiva de alta do setor sucroenergético, as incer tezas provenientes do mercado exter no se mantêm, como o abastecimento dos fer tilizantes e oscilação desenfrea da das moedas Então, os produtores e usinas precisam estar sempre na busca de maior eficiência produtividade com sustentabilidade”, disse Far ias

O Adubo Biológ ico produzido a par tir do Microgeo® é o único que restabelece o microbioma do solo Mi crobioma é o conjunto de diferentes microrganismos e com diferentes fun ções, que promovem diversos ser viços ambientais Ao restabelecer a diversida de biológ ica, todo o sistema se tor nará mais sadio, sustentável e produtivo pa ra a produção ag rícola O manejo é di recionado para todas as culturas, pasta gens e até reflorestamento São mais de 500 g r upos diferentes de microrganis mos exclusivos e adaptados a cada re g ião, já que o Adubo Biológ ico é pro duzido na própr ia f azenda o que pro move benefícios fundamentais para o solo em questão

A G R Í C O L A 23Outubro/Novembro 2022

IAC lança cinco variedades de cana com alta produtividade

Novas cultivares podem se adaptar em diversas regiões

O Instituto Ag ronômico (IAC) lançou nesta terça feira (20), cinc o novas e moder nas var iedades de cana de açúcar Os novos mater iais são su per iores de 12 a 27% em relação à va r iedade padrão obser vada nos estudos, considerando produtividade e longe vidade Destacam se pelo alto teor de sacarose, aumento de longevidade dos canaviais, possibilidade de longo pe ríodo de colheita e adaptação a diver sas reg iões canavieiras do Brasil e dis tintos tipos de solos

As novas var iedades foram a pre sentadas no Jardim Var ietal do IAC por Marcos Guimarães de Andrade Lan dell, líder do Prog rama Cana IAC e diretor geral do IAC e Mauro Ale xandre Xavier, pesquisador melhor is ta que também atua na coordenação do projeto de desenvolvimento de novas var iedades e atualmente é dire tor do Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento de Cana

A IACCTC07 7207 é uma va r iedade de alta produtividade, ating in do valores 27% super iores à produti vidade ag rícola da var iedade padrão: a RB867515 “Essa produtividade tão super ior decor re da sua elevada popu lação de colmos, que supera o padrão em 52% na média dos quatro pr imei ros cor tes Essa super ior idade ag rícola é transfer ida também para a produti vidade ag roindustr ial”, explica Landell

Segundo o diretor geral do IAC, a IACCTC07 7207 também amplia a longevidade de seus canaviais, estimada em quatro cortes Esse ganho resulta da alta capacidade de brotação deste ma ter ial, que se adapta a diferentes reg iões canavieiras do Brasil A IACCTC07 7207 também tem apresentado ótimos resultados no Nordeste: Per nambuco, Alagoas, Bahia e Paraíba

“É uma var iedade bastante ereta e com excelente adaptação ao plantio mecânico, o que a c aracter iza como moder na e f acilitadora das práticas de mecanização, incluindo o plantio e a colheita”, comenta

A IACSP02 1064 também tem adaptação muito boa a diver sas reg iões, além de ser muito competitiva, com alta produtividade Por ser precoce,

amadurece logo no início da safra, qualidade que interessa a canaviculto res e usinas

Segundo o pesquisador, a IACSP02 1064 acumula elevada saca rose e pode ser colhida por um longo período da safra de abr il a setembro

Seu rápido desenvolvimento inicial auxilia no sombreamento das entreli nhas, reduzindo a matocompetição

Com esse perfil, essa var iedade tem mostrado excelente adaptação em manejo orgânico Outro destaque é a excelente estabilidade, viabilizando sua utilização em diver sas reg iões cana vieiras do Brasil e em diferentes solos, o que deverá proporcionar sua insta lação em vár ios estados

A IACSP02 1064 apresenta boa

perfor mance ag roindustr ial em prati camente todo o Estado de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul “Em reg iões com chuvas mais ir regulares, como Goiás, Minas Gerais e Tocantins, mantém se competitiva quando a alocamos em solos de maior potencial produtivo”, afir ma Landell

De acordo com o pesquisador, a IACCTC05 5579 é uma var iedade com perfil bastante moder no: ereta, com fechamento vigoroso das entre linhas e muito adaptada ao plantio e colheita mecânicos “Ela viabiliza ca naviais de g rande longevidade g raças à elevada população de colmos, atin g indo número 38% a mais que a va r iedade padrão, a RB867515 Isso re sulta em canaviais próximos de 100

mil colmos por hectare, com g rande longevidade”, complementa

A IACCTC05 5579 destaca se pr incipalmente nas reg iões mais quen tes, como Nor te e Oeste Paulistas e Goiás Mesmo em áreas que sofrem in cêndios cr iminosos, tem excelente ca pacidade de brotação após a colheita e no momento da nova brotação

A IACCTC06 5732 é outra va r iedade que tem elevada população de colmos, super ior à var iedade padrão RB867515 em 31,4% “Isso ocor re porque ela apresenta excelente so queira, com alta população de colmos em cor tes avançados”, atesta

A e q u i p e d o P rog r a m a C a n a I AC re c o m e n d a s e u p l a n t i o e m c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s m e l h o re s S u a c o l h e i t a p o d e r o c o r re r p r a t i c a m e n t e d u r a n t e t o d a a s a f r a , o t i m i z a n d o o i n í c i o c o m o u s o d e p ro d u t o s m a t u r a d o re s A l é m d e s s a l o n g ev i d a d e, e s s e m a t e r i a l é m u i t o a d a p t a d o a o p l a n t i o m e c â n i c o

Por apresentar hábito de crescimento ereto, também favorece a colheita mecâ nica Com bons resultados, principalmente no Estado de São Paulo, a IACCTC08 9052 também apresenta boa contribuição em regiões de maior altitude Deve ser instalada em ambientes super iores ou de médio potencial Também tem ótima per for mance com irr igação suplementar, mesmo que deficitária

“Tem um rápido crescimento inicial, o que possibilita alta taxa de multiplica ção em viveiros A população de colmos supera em 19,1% ao da var iedade padrão RB867515”, completa Landell

A G R Í C O L A Outubro/Novembro 202224

Usinas debatem opções de enxugamento na gestão das empresas

Medidas tem como objetivo dar mais agilidade na gestão de negócios

Tr a n s p a r ê n c i a , h o r i z o n t a l i d a d e, inovação tecnológ ica e um bom flu xo de infor mações, são alguns dos in g re d i e n t e s a p re s e n t a d o s d u r a n t e a Q u a r t a E s t r a t é g i c a , p ro m ov i d a p e l o Jo r n a l C a n a , q u e t eve c o m o t e m a a “ A l t a G e s t ã o E n x u t a A g i l i d a d e e A s s e r t iv i d a d e n a To m a d a d e D e c i s ã o em Usinas”

Realizado na quar ta feira da In dependência, dia 7, o webinar contou com par ticipação de Br uno Coutinho, sócio diretor da Energética Santa Helena, Claudemir Leonardo, diretor ag roindustr ial da Usina Pitangueiras e Tomas Payne, diretor da DVPA Des tilar ia Vale do Paracatu, que ao longo de duas horas apresentaram ações promovidas em suas empresas, que vem trabalhando em conceitos que buscam aliar ag ilidade, eficiência e rentabilidade na gestão das usinas

Sob a condução do jor nalista e diretor da ProCana, Josias Me ssias, o webinar foi patrocinado pela AxiAg ro e S PAA Soteica

Empresa f amiliar e com 30 anos de atuação no mercado, a Energética Santa Helena vem buscando nos últi mos anos, a profissionalização na ges tão dos negócios O time de gestão da empresa conta com 3 dire tores nas áreas operacional, comercial e finan ceira e quatro gerentes (ag rícola, in dustr ial, automotiva e uma gerência de supr imentos)

“Estamos estudando a montagem de um conselho consultivo, com pro fissionais de fora, com uma visão ex ter na da empresa, buscando uma oti mização do que nós temos em efi ciência, produtividade e rentabilidade, para poster ior mente pensar mos na expansão do negócio”, infor mou o sócio diretor Br uno Coutinho

“Trabalhamos com uma visão de longo prazo, temos um plano diretor ag rícola focado nos próximos 10 anos , o que nos dá mais segurança para o negócio As decisões do negócio são tomadas no dia a dia, até pelo cons tante acompanhamento de todas as áreas Nesses 30 anos, já fomos maio res, hoje temos apenas uma unidade, e

com isso nós aprendemos em vár ios processos Usina é tudo igual, mas são mundos diferentes, cada uma tem sua par ticular idade”, afir mou Coutinho

A usina conta com uma estr utura o r g a n i z a c i o n a l b e m h o r i z o n t a l , c o m poucos níveis hierárquicos, f acilitan do a comunicação “Delegamos o po der decisão dentro de cada nível hie rárquico, onde todos sabem quais são as metas a serem cumpr idas”, expli cou Coutinho

Ele destacou ainda que a gestão da empresa conta com cinco pontos chaves: controle do fluxo do caixa, produzir cana com índices de produ tividade satisf atór io, otimização dos ativos industr iais e ag rícolas, manu tenção linear da frota automotiva e uso racional dos insumos ag rícolas e in dustr ial e por fim, a gestão enxuta dos estoques Esses itens são a base da nos sa gestão enxuta Nosso quadro de pessoal vem se mantendo estável Esse ano estamos implementando uma agenda ESG na empresa, a fim de tor nar a empresa cada vez mais sustentá vel”, infor mou Coutinho

Na Usina Pitangueiras alta gestão

é composta pela presidência e duas diretor ias (ag roindustr ial e adminis trativa) Segundo o diretor Claudemir Leonardo o objetivo da gestão é que todos os colaboradores, do f axineiro ao presidente, saibam onde se quer chegar “Contamos com três níveis (tático, operacional e estratég ico), ca bendo à diretor ia definir a vi são da empresa com foco no longo prazo e visão de opor tunidade e novos negó cios”, explicou Leonardo destacou que gestão enxuta e cor te de custos nem sempre são sinônimos “É preciso tomar cui dado e se evitar f azer economia bur ra Não é porque estou com or ça mento aper tado que vou cor tar o ca fezinho da tur ma, ou f azer cor tes na manutenção”, exemplificou Segundo ele, a boa gestão deve passar por qua tro pilares básicos: pessoas, processos, sistemas e inovação

“Trabalhamos com o RH para de finição de papéis, onde cada um tem que saber a sua função Fazemos fre quentemente o café com a diretor ia, onde são apresentados os resultados da empresa e se busca sugestões Os pro

cessos incluem planejamento de con trole de produção, onde se desenha tu do que vai produzir na safra Com re lação aos sistemas, usamos cada vez mais, softwares que proporcionam infor ma ções em tempo real como o S PAA, com o qual cr iamos o CRA (Compro metimento com Responsabilidade que gera Autonomia)”, elucidou

Com mais de quatro décadas de exper iência no setor,Tomas Payne, di retor da DVPA, avalia que houve uma g rande evolução no segmento su croenergético “Antes a gente reg is trava muita coisa no papel, e quase na da virava infor mação útil para tomada de decisão E essas infor mações têm um custo O g rande desafio é trabalhar essa infor mação É impor tante hor i zontalizar as conver sas, para que todos se sintam livres para colaborar com sugestões”, disse Segundo Payne, “ na DVPA somos três diretores, dois acionist as e temos uma comunicação muito boa, simples e produtiva Temos uma administração enxuta, que acaba gerando ag ilidade Se a gente decidir pela manhã, à tarde já estamos implantando”, afir mou “Precisamos democratizar a infor ma ção, de for ma que as ações sejam pre ventivas e não cor retivas”, disse Payne Ele avalia que mudar a cultura do se tor é um processo longo, mas vislum bra g randes per spectivas, pr incipal mente com o hidrogênio verde Payne infor mou que a DVPA está f azendo uma análise econômica da la voura, para achar o valor econômico de cada lavoura, e saber o momento cer to para refor mar, não apenas com base numa expectativa ag ronômica, mas também com base numa expec tativa econômica financeira

O diretor da ProCana, Josias Mes sias, enf atizou que a alta gestão enxu ta é uma questão de pessoas “Tudo f alado hoje, tem a ver com infor ma ção em tempo real”, sintetizou

I N D U S T R I A L Outubro/Novembro 202226
BPayne runo Coutinho

Cases de usinas comprovam eficácia do uso de inteligência artificial nos processos industriais

SINATUB proporcionou benchmarking sobre de Otimização em Tempo Real global com atuação local nas usinas

Mais que uma realidade, uma ne cessidade É desta for ma que o pro cesso de t ransfor mação dig ital vem sendo encarado pelos gestores das usi nas do setor bioenergético

A busca de inovações tecnológ i cas, que per mitam otimizar a tomada de decisões em tempo real, tem sido uma preocupação cada vez mais cons tante do setor, que vive sob a constan te pressão de maximizar a produção e minimizar os custos, sem perder a métr ica da sustentabilidade

Dentre essas i novações, a fer ra menta S PAA, desenvolvida pela So teica do Brasil, vem conquistando ca da vez mais espaço, à medida em que desponta como único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em to do o mundo

O assunto foi tema do 6º SINA TUB Custos, Perdas e Gestão Indus

tr ial Inteligente, realizado no dia 17 de agosto, no Auditór io Zanini, em Ser tãozinho SP, durante a 28ª edição da FENASUCRO & AGROCANA

Para o CEO da ProCana e da Pró Usinas, Josias Messias, o evento é de extrema impor tância, pois possibi litou a troca de exper iências entre as usinas nas mais diver sas utilizações do software “Precisamos cr iar opor tuni dades para discutir a transfor mação dig ital nas indústr ias O S PAA é uma fer ramenta que altera o dia a dia das

empresas E a melhor for ma de mos trar isso, é que as própr ias usinas apre sentem seus cases nas suas mais diver sas aplicações Através das trocas de in for mações cada um pode ver onde é que pode aplicar em sua própr ia usi na ” , salientou Messias

“A nossa atividade é de alta com plexidade e g rande volatilidade Não tem como você ser eficiente hoje na produção de cana, etanol, açúcar e bioeletr icidade, sem fer ramentas da indústr ia 4 0 E para resumir a única

tecnolog ia, que de f ato é indústr ia 4 0 no setor, é o S PAA, não existe outra É uma fer ramenta de utilização glo bal, com atuação local em tempo real”, diagnosticou Messias

A seguir apresentamos um resumo do conteúdo abordado pelos gestores de oito usinas que estão maximizando a produção de açúcar, etanol e ener g ia elétr ica Além, o especialista de aplicação da Soteica, Douglas Mar ia ni, descreve quais são as características de uma Usina 4 0 de verdade

Bevap Bioenergia alcança economia de 18% no consumo da cal na produção de açúcar cristal

Eraldo Fer nandes, super visor de automação industr ial e Leonardo Lo pes Andrade, a nalista de processos, ambos profissionais da Bevap Bio energ ia são testemunhas de que a Otimização em Tempo Real (RTO) são fundamentais para maximizar a produção e minimizar os custos, sem perder a métr ica da sustentabilidade

Ambos apresentaram detalhes so bre como os ganhos que a Bevap vem obtendo através da Otimização em Tempo Real (RTO) proporcionada pelo S PAA durante a safra vigente

Andrade iniciou a apresentação com uma linha do tempo apresentan do as inovações da usina desde sua fundação, passando por ações para au mentar e qualificar o processo de moagem, cer tificações e até a instala ção da planta de etanol anidro e ou

centro de operação, temos o COI e o COA e temos o sistema automatizado integ rado para operação que é o S PAA”, infor mou o analista de proces sos

Na sequência, Eraldo Fer nandes descreveu como o uso de inteligência ar tificial através do S PAA per mitiu que a usina obtivesse ganhos signifi cativos com mais estabilidade

“No controle de pH alcançamos redução no consumo da Cal, com maior estabilidade no processo, geran do uma economia de aproximada mente 18% do consumo da cal em 15 dias de produção do açúcar cr istal Na extração, a fer ramenta per mitiu um ganho de 0,12% Na geração de ener g ia ele proporcionou maior estabili dade na pressão do vapor ” , descreve o super visor de automação industr ial

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tras
ações que garantem hoje que a usina seja moder na e sustentável “Atualmente, a Bevap é uma usi na 100% automatizada A gente tem esse cunho da inovação Já nascemos assim, totalmente ir r igada, temos um

Gerente de Novos Negócios do Grupo Pedra explica como fazer gestão industrial inteligente

Uma usina deve operar com má xima eficiência e gerar lucro para seus acionistas Essa é a meta para muitos gestores e o caminho para se chegar nesse objetivo é a gestão industr ial in teligente Essa é a opinião do profissio nal Danilo Gutier rez, gerente de novos negócios da Pedra Ag roindustr ial

E l e a b r i u s u a a p re s e n t a ç ã o c o m números atuais do g r upo qu e possui três usinas em operação e es tá finali z a n d o a m o n t a g e m d e u m a n ova unidade no Mato Grosso do Su l pa r a 2 0 2 4 A n ova u n i d a d e d eve m o e r 8 0 0 m i l t o n e l a d a s n a p r i m e i r a s a f r a podendo chegar até 5 milhões de to neladas “Na safra 22/23, até o mo mento, o g r upo Pedra Ag roindustr ial j á e s m a g o u 1 1 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s de cana, produzindo 8 milhões de sa c a s d e a ç ú c a r, c e rc a d e 6 0 5 m i l h õ e s de litros de etanol anidro e mais de 60 m i l l i t ro s d e h i d r a t a d o A l é m d e t e r c og e r a d o 6 8 7 4 0 0 M W d e e n e r g i a e l é t r i c a ” , q u a n t i f i c o u o g e re n t e d e novos negócios

Dando sequência, ele entrou no âmbito da necessidade de uma gestão industr ial inteligente “Para estar entre as melhores a gente precisa evoluir o tempo todo A gente evolui todo dia E a par tir dessa busca de evolução é que nós fomos buscar fer ramentas pa ra isso”, contou

Como resposta a essa busca por evolução a Pedra Ag roindustr ial che

gou em 2018 ao S PAA, desenvolvi do pela Soteica do Brasil, que vem conquistando cada vez mais espaço nas unidades produtoras, à medida em que desponta como único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em to do o mundo

Para Gutier rez, diante da pressão de operar com máxima eficiência e gerar lucro para os acionistas foi pre ciso investir em tecnolog ia Mas a companhia não parou por aí, também foi necessár io um alto investimento em pessoas “A gente tem que f azer a lição de casa que é reduzir os custos e perdas E para ser mais eficiente nos

dois sentidos, precisamos f azer a ges tão da indústr ia inteligente Mas tudo depende de pessoas O nosso maior desafio na implantação e na melhor ia do S PAA, por exemplo, é investir em treinamento e desenvolvimento pes soal”, disse Gutier rez

Ava n ç a n d o e m s u a e x p o s i ç ã o, Gutier rez destacou a impor tância de se investir em pessoas e processos co m o n e c e s s i d a d e b á s i c a p a r a s e f a z e r uma gestão industr ial inteligente, in t i t u l a n d o e s s a a ç ã o c o m o I nve s t i mento 2Ps “Por que pessoas? Porque tudo passa por pessoas, tudo depende d e p e s s o a s E s s e, i n c l u s ive, f o i n o s s o m a i o r d e s a f i o n a i m p l a n t a ç ã o e n a

m e l h o r i a d o S PA A : p e s s o a s . E a gente vê essa necessidade em todas as e s c a l a s h i e r á rq u i c a s d a o p e r a ç ã o i n dustr ial”, explicou

A Pedra Ag roindustr ial, de acordo com Gutier rez, acredita muito na ca pacidade das pessoas, tanto que inves te pesado em treinamentos nor mati vos, treinamentos técni cos e de de senvolvimento pessoal Já no caso dos processos, que exigem evolução cons tante, o g r upo reconhece a necessida de de dar foco em engenhar ia de pro cessos, equipamentos, fluxos e tecno log ia de infor mação

Investindo em tecnolog ia e em pessoas a Pedra Ag roindustr ial após implementar Laços Fechados do S PAA em suas três unidades atuando nas áreas de Vapor e Energ ia e Proces sos (Extração, Fluxo de Caldo, Con trole de Vapor, Fer mentação e Desti lação) obteve ganhos significativos

Ao avaliar os ganhos obtidos, Gu tier rez elenca alguns deles: o ganho na extração das moendas e controle na umidade do bagaço; estabilidade nos fluxos de caldo; estabilidade nos flu xos de processo; aumento e estabili dade no Br ix do caldo; redução da deg radação e inver são de sacarose; au mento da expor tação de energ ia e re dução do consumo de vapor especí fico de processo; equilíbr io e perfor mance do vapor no processo e redu ção de consumo de insumos

Usina Rio Dourado obtém menor variação de vapor usando inteligência artificial

Localizada em Cachoeira Doura da (GO) a Usina Rio Dourado, do g r upo SJC Bioenerg ia é produtora de etanol hidratado, anidro e energ ia elé tr ica cogerada (expor tação de energ ia: 30 MW), de acordo com Fábio de Araújo Paes Filho, engenheiro de pro cessos sênior da usina

Durante sua apresentação, Paes Fi lho trouxe detalhes sobre como o uso de inteligência ar tificial vem maximi zando a geração de energ ia na usina A Rio Dourado f az uso da Otimização em Tempo Real (RTO) através do S PAA, que vem conquistando cada vez mais espaço nas unidades produtoras, à medida em que desponta como único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo

A utilização do S PAA em Laço

fechado na área de Vapor e Energ ia teve como objetivos gerais a melhor ia da gestão do Balanço Tér mico; esta bilidade do controle do gerador e al

cançar a maximização da expor tação e padronizar entrega de Vapor Vegetal para o processo, especialmente com o uso de um difusor

Para supr ir a exportação de energ ia e o vapor de processos com estabilida de o S PAA per mitiu uma redução no consumo de vapor e, portanto, uma re dução na produção de vapor Paes Fi lho mostrou em sua projeção um com parativo e explicou os resultados: “No período de 19/5 a 17/6 de 2019 sem o S PAA a produção de vapor foi de 246,78 ton/h, enquanto no período de 19/6 a 19/7, com o software habilita do, a produção foi de 232,47 ton/h, uma var iação de 14 32 ton/h”

De acordo com o engenheiro de processos sênior, o objetivo da usina é evoluir para que a planta seja toda in teg rada utilizando os laços fechados em outras áreas “O controle de vazão de centr ifugação já está praticamente finalizado e logo teremos a integ ração de todos os laços fechados”, disse

I N D U S T R I A L 29Outubro/Novembro 2022

Otimização em Tempo Real garante maior eficiência de Evaporação na unidade Cruz Alta

O Gr upo Tereos é referência na utilização de tecnolog ias dig itais em suas operações e está sempre aber ta para inovações que proporcionem ga nhos de eficiência e de produtividade Atualmente, sete unidades do g r upo já utilizam inteligência ar tificial em suas plantas industr iais através do S PAA, único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo

Nele é possível ver ificar a r iqueza de detalhes na definição de set points que aumentam a eficiência operacio nal da usina A implementação acon teceu já que o g r upo chegou em um nível de qualidade e eficiência opera cional na área industr ial em que o au mento dessa eficiência passa por pe quenos detalhes que somente uma fer ramenta de inteligência ar tificial é capaz de supr ir

Nesse quesito, um dos cases inte ressantes é o da Unidade Cr uz Alta, em Olímpia, SP, onde há dois anos foi iniciado o processo de Usina 4 0 atra vés de Laços Fechados Os resultados obtidos na unidade merecem destaque e foram apresentados pelo Especialis ta de Processos Cor porativo da Tereos, Br uno Henr ique Francisco Francisco expôs que na unidade Cr uz Alta as tecnolog ias de Usina 4 0 são aplicadas nas áreas de cr istalização, evaporação e extração gerando set points precisos “Na extração temos o NIR lendo o bagaço que sai lá da ca

lha do último ter no depois do difusor que ser ve de parâmetro input para o controle do S PAA Além de inúme ras var iáveis que o S PAA enxerga ”

Ele também destacou a sinerg ia que é proporcionada pela Otimização em Tempo Real do S PAA “A Evapora ção está totalmente ligada com o Laço do Caldo, porque você precisa manter uma constância de vazão para evapora ção Então para ter um laço de evapo ração eficiente é preciso ter um laço de Caldo eficiente Nós trabalhamos com difusor e temos um controle dos níveis dos captadores atrelado ao nível do tan que de caldo misto, um absor vendo a var iação do outro”, explica

Outro resultado destacado por Francisco em relação a unidade Cr uz

Alta foi a melhora na perfor mance da evaporação, que segundo ele aconte ceu em pr imeiro lugar g raças a uma adaptação no processo “A melhor perfor mance passa por uma campanha de limpeza dos evaporadores, mas po de se fechar um evaporador à noite e ele perder rendimento devido a um desvio operacional de nível Além dis so, tem as incr ustações que vão se for mando ao longo do tempo e existe a que se for ma de uma vez se o desvio operacional for br usco, levando até cinco dias até chegar a vez de ele ser limpo de novo ” , descreveu Francisco

Para resolver esse problema, o pro fissional conta que foram feitas adapta ções para fechar o circuito de conden sado de vapor de escape através de um

medidor de condensado que possibili tou fechar o balanço de consumo de V E; entender a perfor mance de cada caixa; garantir o retor no de condensado e re finar o balanço hídr ico da planta

Foi então que o S PAA entrou em ação através da Otimização em Tempo Real garantido nos detalhes a melhor ia da perfor mance “Conside rando o uso de três dos seis evapora dores que temos, confor me a taxa o S PAA f az uma modelagem Por exemplo, se a taxa de evaporação cai em uma caixa, ele tira caldo de uma caixa e transfere para o evaporador que está com taxas melhores Isso, porque o S PAA trabalha o potencial máxi mo de transmissão de calor do efeito compensando em outro efeito que está mais limpo porque ele enxerga as taxas”, explicou Br uno

Outra vantagem destacada por Francisco foi a sinerg ia do processo como um todo, que per mite entender o cenár io para atendimento ao plano através do gêmeo dig ital “A gente ro da o balanço da planta para entender o que que eu tenho que moer, quan to tem que moer, quanto tem que ser levado de caldo, de mosto, e vapor pa ra atender o plano de produção O S PAA vai lá e cuida para que tudo isso, saia com maior potencial possível que a planta é capaz de oferecer É uma fer ramenta que ajuda a buscar o deta lhe para se alcanç ar a eficiência”, complementou

Usina Lins investe em inteligência artificial na indústria e recebe excelência operacional

D e s d e a s a f r a d e 2 0 0 7 / 0 8 a U s i n a L i n s , l o c a l i z a d a n o i n t e r i o r p a u l i s t a , e s t á e m c o n s t a n t e evo l u ç ã o d e s e u p ro c e s s o i n d u s t r i a l s a i n d o d e u m vo l u m e d e 1 , 3 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s c h e g a n d o n a s a fr a a t u a l a 5 , 5 mi l h õ e s d e t o n e l a d a s M e s m o t e n d o a l c a n ç a d o u m í n d i c e d e s a t i s f a ç ã o e m t e r m o s d e p ro d u ç ã o a g e s t ã o d a u s i n a q u e r i r a l é m

N e s s e s e n t i d o, a u s i n a t e m i nve s t i d o e m t e c n o l og i a p a r a m a x i m i z a r s u a e f i c i ê n c i a e p ro d u t iv i d a d e E m sua palestra, o coordenador de extra ção da Usina Lins, Júlio Pavanelli, f a l o u s o b re o d e s a f i o d e o p e r a r u m a p l a n t a d i a n t e d a c o n s t a n t e e x i g ê n c i a p o r e x c e l ê n c i a o p e r a c i o n a l e b e n e f í c i o s q u e a O t i m i z a ç ã o e m Te m p o Real através do S PAA tem propor

c i o n a d o à s u a e q u i p e

“Somos uma empresa em cons tante movimento em busca de exce lência, porque hoje a busca da exce lência não é um d iferencial, é uma obr igator iedade para que nós consi gamos sobreviver Somos um merca do que vive de commodities então nós estamos navegando entre altos e bai xos Temos que ter um nível de exce lência no maior possível e a nossa vi são é aumentar o nos so por tfólio de produtos”, descreveu o coordenador de extração

Ele também comentou sobre co mo o uso do S PAA, único software de Otimização em Tempo Real (RTO) para usinas de açúcar e etanol em todo o mundo, vem acrescentan do mais eficiência à planta industr ial e

à sua equipe em um momento do mercado bioenergético em que se de ve apostar na diver sificação e na efi ciência

“O S PAA é uma fer ramenta que inova na excelência operacional Um prog rama aber to que per mite a par ti cipação de todos os colaboradores, f a zendo com que as pessoas se sintam um CPF dentro do nosso CNPJ, na busca da excelência operacional”, destacou Pavanelli

Atualmente, a Usi na Lins p ossui Laços Fechados do S PAA nas áreas de Extração, Vapor, Tratamento de Caldo o do Caldo Pr imár io está em implementação e pH do Caldo Do sado, com resultados consistentes tan to na produção, quanto na produtivi dade da equipe

I N D U S T R I A L Outubro/Novembro 202230

Usina Santa Lúcia obtém importante redução no consumo de vapor e água de make up

Em seus 75 anos de existência a Usina Santa Lúcia, de Araras (SP) alia tradição e eficiência na produção de açúcar, etanol e energ ia elétr ica Nos últimos anos em busca de maximizar seus resultados a companhia também investe em tecnolog ia, sendo que des de 2021 utiliza o S PAA, cuja inteli gência ar tificial está melhorando a efi ciência industr ial

Até o momento a usina esmagou 1,5 milhões de toneladas de cana de açúcar, de onde produziu 100 mil to neladas de açúcar cr istal branco, 50 milhões de litros de etanol, 40 mil to neladas de melaço e expor tado 41 500 MW Além disso, houve crescimento na eficiência operacional com desta que para a redução no consumo de vapor de processo e água de make up O engenheiro de produção, Raf ael Ometto contou mais detalhes em sua apresentação “Um dado relevante que a gente pode perceber é água de ma ke up Diminuímos de 12,12% para 8 94% g raças a utilização de Otimiza ção em Tempo Real (RTO) no pro cesso ” , infor mou

De acordo com Ometto, a res ponsividade da fer ramenta garante também estabilidade no processo “Quando se deixa na mão do opera dor o controle de carga ele acaba dei

xando aquela carga sem muita aten ção Tem hora que vai sobrar, aliviar, tem hora que vai f altar, e o vapor vai rebaixar Nessas duas situações, o seu balanço tér mico está comprometido

O que a gente percebe com S PAA é que nesses dois momentos ele traba lha de uma maneira responsiva, olhando o balanço todo de energ ia da indústr ia e atuando antes de ocor rer o er ro ” , explicou

S e g u n d o e l e, o u t ro i m p o r t a n t e re s u l t a d o t a n g í ve l f o i a re d u ç ã o n o c o n s u m o d e va p o r “ C o n s e g u i m o s ter uma redução no consumo do va por de processo que foi de 5% Não t ive m o s n e n h u m a mu d a n ç a s i g n i f i c a t iva n a p l a n t a e a g e n t e c o n s e g u i u 5 % d e re d u ç ã o n o c o n s u m o d o va p o r d e p ro c e s s o e d a á g u a d e m a ke u p n a c a s a d o s 2 6 % E t o d o mu n d o s a b e c o m o é c a ro o m e t ro c ú b i c o d a á g u a d e s m i n e r a l i z a d a , e n t ã o s ó a í t a m b é m t e m u m a g r a n d e e c o n o m i a ” , re s s a l t o u O m e t t o

A usina quer mais resultados con sistentes e por isso segue investindo em tecnolog ia Para a safra atual, o enge nheiro de processos explicou que a companhia está trabalhando na imple mentação do S PAA Process, visando o controle de embebição da moenda e o controle do tratamento de caldo

Gestor industrial da Usina Pitangueiras faz alerta contra “economia burra”

Redução de custo ou economia bur ra? Essa foi a questão abordada por Maicon Caetano, gestor de PCMI da Usina Pitangueiras ao explicar que ti po de investimentos a direção da uni dade f ará para manter a usina compe titiva nas próximas safras

N e s s e c o n t e x t o, e l e c o m e n t o u s o b re a n e c e s s i d a d e d e a s s e r t iv i d a d e nas ações “Para nos manter competi t ivo s i nve s t i re m o s e m t e c n o l og i a e ampliação da planta Por exemplo, es se ano iremos aumentar em 37% nos sa área de plantio em busca de dimi nu i r n o s s o s c u s t o s f i x o s M a s n ã o a d i a n t a re d u z i r c u s t o s f a z e n d o u m a economia bur ra ” , aler tou

Nas últimas safras a Usina Pitan gueiras cresceu na disponibilidade in dustr ial de sua planta com um proces so estável e eficiente Esses resultados, de acordo com Caetano, foram alcan çados g raças a utilização de tecnolo g ias de inteligência ar tificial que re duzem custos e aumentam ganhos que podem ser realmente medidos

Uma dessas tecnolog ias é uma so lução para o mapeamento de impure zas vegetais “O Cromai Sentinel per

mite através da inteligência ar tificial mapear os índices de impurezas nas amostras de cana de açúcar coleta das no PCTS O resultado é menor perda na extração, menor quantidade de amido, maior capacidade de moa gem e menor custo de transpor te”, elencou

Mas o pr incipal destaque tecno lóg ico foi a Otimização em Tempo Real (RTO) promovida pelo S PAA que vem gerando ganhos de 3% a 7% em todas as áreas produtivas da usina Além disso, ele apontou para o ganho operacional da utilização do software S PAA através do CRA 4 0 (Com prometimento com Responsabilidade que gera Autonomia) que organiza os laços aber tos em for ma de workflow

Caetano, ressalta também a possi bilidade de ajustes e cor reções através da fer ramenta “Aos finais de tur no, nossa equipe da área se reúne para avaliar a condução do tur no e f azer análise dos desvios ocor r idos, reg is trando as infor mações no CRA 4 0, o que per mite uma padronização das operações e aplicação de ajustes e ações de cor reção

I N D U S T R I A L 31Outubro/Novembro 2022

Inteligência artificial aperfeiçoa produção de açúcar e etanol orgânico da Usina Goiasa

O uso de inteligência ar tificial vem gerando bons resultados na in dústr ia melhorando índices de expor tação de energ ia e eficiências de fer mentação, br ix do xarope, extração e global, que nessa safra atual ating iu marca histór ica de mais de 91%, de acordo com Alvimar Moreira Tavares, gerente de operações industr iais da Usina Goiasa

Em sua palestra, Tavares destacou também como a transfor mação dig i tal vem colaborando pr incipalmente com a produção dos subprodutos or gânicos da usina “Na fer mentação, que a gente sabe que é uma das par tes mais sensíveis da produção, produzir etanol trabalhando com muita leve dura e ainda não poder tratar a leve dura porque seu álco ol é orgânico é bem complicado Além disso, imag ine f azer etanol sem poder utilizar ácido, antibióticos? É um desafio g igante

Mas g raças ao uso do S PAA conse guimos aperfeiçoar nossas manobras da produção de açúcar e etanol orgâ

nico e obter melhores resultados”, contou Tavares

O profissional também ilustrou de for ma interessante como pequenas porcentagens na área industr ial podem resultar milhões para a usina Por isso, fer ramentas como o S PAA que per mitem alcançar díg itos a mais podem render milhões para as usinas “Acaba mos de ver um relato Bevap, no caso f alando de ganho de relação decimal O nosso 0,5% em qualquer unidade, vai ser multiplicado por milhões São dois, três milhões de toneladas Então qual quer percentual que seja, para cima ou para baixo, vai f azer muita diferença na sua gestão”, disse Tavares

Ainda em sua palestra, o gerente de operações industr iais da Goiasa, destacou outros dois pontos que ele considera fundamentais: a segurança operacional e a constância “Nada se padroniza se não tiver uma constância e a maximização dos resultados e conseguimos isso com o S PAA”, ga rantiu Tavares

Como saber se uma usina bioenergética é Usina 4.0 de verdade

Em busca de desmistificar o ter mo Usina 4 0 e pontuar o que algor itmos inteligentes realmente devem f azer em processos industr iais, Douglas Mar ia ni, engenheiro químico sênior, espe cialista de aplicação da Soteica iniciou sua abordagem infor mando que as perguntas iniciais básicas para avaliar o uso de inteligência ar tificial em pro cessos industr iais

As questões são: como é que ope ro minha planta? Quem define meu set point? Com base em que? “Basea dos nessas e em outras questões é que nós da Soteica, por exemplo, podemos f azer acontecer, sem desprezar nenhu ma infor mação, buscando adequar o projeto dentro da realidade da usina”, indicou o especialista de aplicação

“Ser Usina 4 0 de verdade é você saber qual que é a sua matér ia pr ima que está processando, como é que eu vou tratar ela, qual é o meu dado la borator ial, trabalhando com a infor mação e trazendo infor mação ali para o dia a d ia, integ rando e sabendo a eficiência do equipamento É tomar uma decisão global, olhando o local”, explicou Mar iani

O engenheiro químico sênior, es pecialista de a plicação da Soteica,

tados por ele anter ior mente Trata se, segundo ele, de uma tecnolog ia única no mundo, que integ ra oito das dez pr incipais tecnolog ias da Indústr ia 4 0

“O S PAA é uma fer ramenta de m o d e l a g e m f e n o m e n o l ó g i c a d o s e q u i p a m e n t o s I n d u s t r i a i s , q u e u s a ter modinâmica aplicada aliada a téc n i c a s d e re c o n c i l i a ç ã o d e d a d o s l e vando a medidores vir tuais mais pre cisas, garantindo a precisão do balan ço de massa e de energ ia O resultado desse modelo matemátic o represen tativo passa por um Algor itmo Gené tico Híbr ido de otimização e sua en t re g a n o s s e t p o i n t s d e c o n t ro l e s e u t i l i z a m d e l og i c a f u z z y a p l i c a d a Cong regando todos os pilares da in dústr ia 4 0 em uma única fer ramen ta”, explicou Mar iani Outro f ator que merece destaque é que é uma tecnolog ia brasileira, que foi desenvolvida nas usinas brasileiras

Características que f azem d a fer ra menta o futuro da indústr ia hoje Há ainda vár ios detalhes abordados por Mar iani, que inclusive f alou sobre as dificuldades que os representantes das usinas presentes no evento tiveram durante o processo de implementação e as soluções encontradas

I N D U S T R I A L Outubro/Novembro 202232
também apresentou como funciona o procedimento de Otimização d o S PAA, que é uma inteligência que controla plantas inteiras de processos contínuos que integ ra e entrega as respostas de todos os requisitos levan

Ganhos obtidos por usinas através de sistema de RTO são destacados em painel sobre mercado de energia elétrica

Cenários sobre o mercado foram avaliados e debatidos durante o 23º webinar COGEN/ÚNICA realizado na capital paulista

A Associação da Indústr ia de Co geração de Energ ia (Cogen) e a União da Indústr ia de Cana de Açúcar (UNICA) promoveram no dia 31 de agosto, seu 23º webinar conjunto des ta vez debatendo o tema Cenár ios no Mercado de Energ ia Elétr ica O evento foi híbr ido, realizado no audi tór io da ÚNICA, mas também foi acompanhado por uma plateia vir tual que contou com cerca de 130 pessoas Na ocasião, o presidente da Pro Cana Brasil/Pró Usinas, Josias Mes

sias, iniciou os trabalhos de apresen tação tratando do tema “Otimi zação em Tempo Real (RTO) na Cogeração

Cases da tecnolog ia bem sucedida em mais de 80 plantas”

M e s s i a s , m o s t ro u a o s p a r t i c i p a n t e s c a s e s d e g r u p o s e u s i n a s , c o m o A t vo s , C o l o m b o, C a r l o s Ly r a , S J C B i o e n e r g i a , B i o e n e r g é t i c a A ro e i r a , C eva s a , R a í z e n e C o o p c a n a q u e

ve m o b t e n d o g a n h o s c o n s i s t e n t e s a t r av é s d o s i s t e m a d e O t i m i z a ç ã o e m Te m p o R e a l ( RTO ) , S PA A a t u a n d o e m L a ç o Fe c h a d o n a á re a d e Va p o r e E n e r g i a O C E O d a P ro C a n a B r a s i l e d a P r ó U s i n a s t ro u xe n ú m e ro s c o n tunden tes qu e comprovam o s ganhos o b t i d o s p e l a s u s i n a s e e x p l i c o u a r a z ã o d o s re s u l t a d o s “ O S PA A é o

Na sequência, Br uno Noronha, gerente Executivo de Planejamento Energético da Auren Energ ia fez uma análise abrangente sobre os atuais ce nár ios no mercado de energ ia elétr i ca e algumas trouxe algumas per spec tivas futuras O debate foi conduzido pelo presidente executivo da Cogen, Newton Duar te; e pelo gerente de Bioeletr icidade da UNICA, Zilmar Souza, com moderação do diretor de Tecnolog ia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho

I N D U S T R I A L Outubro/Novembro 202234
ú
n i c o RTO G l o b a l n o mu n d
o c u j a t e c n o l og i a i n t e r a g e e a t u a e m t o d a s a s c a m a d a s E l e E s c reve o s e t p o i n t para o PID, atua diretamente em dis positivos (MV) e recomenda as atua ç õ e s a o s o p e r a d o re s Po r t a n t o, n a p r á t i c a , o S PA A a t u a n a f u n ç ã o d e RTO, d e t e r m i n a n d o o s e t p o i n t e c o m o C o n t ro l e Ava n ç a d o, a t u a n d o n a m a l h a p a r a a l c a n ç a r o s e t p o i n t Po r é m , e l e c o e x i s t e c o m o eve n t u a l C o n t ro l e Ava n ç a d o e x i s t e n t e ” , e s c l a re c e u M e s s i a s

& AGROCANA alcança volume de negócios em torno de R$ 5,2 bilhões

dade ampla de clientes no Brasil e em países da Amér ica do Sul e Amér ica Central”, afir ma

A 28ª FENASUCRO & AGRO

CANA superou a expectativa de ge ração de negócios e alcançou R$ 5,2 bilhões, confir mando o cenár io oti mista e mercado promissor, incentiva do pelas demandas de sustentabilida de, iniciados durante a feira que foi realizada de 16 a 19 de agosto, em Ser tãozinho SP

Com um público especializado e qualificado, em 2022, a feira também teve um incremento de 15% no nú mero projetado de visitantes e aumen to de 22% em relação à edição de 2019

Somando a isso, as rodadas de ne gócios inter nacionais realizadas pe lo Apla (Ar ranjo Produt ivo Local do Álcool) e a ApexBrasil (Agência Bra sileira de Promoção de Expor tações e Investimentos), por meio do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution atraíram compradores de mais de 10 países, contaram com mais de 460 reuniões e uma previsão de negócios em tor no de US$ 70 milhões.

“ S ã o n ú m e ro s e x p re s s ivo s e q u e reforçam o cenár io promissor de que o setor de bioenerg ia vive uma esca lada de investimentos com a geração

d e n ovo s p ro d u t o s , v i s t o a d e m a n d a mundial cada vez mais for te por sus t e n t a b i l i d a d e ” , a f i r m a o d i re t o r d a feira, Paulo Montabone “Nesta edi ç ã o m o s t r a m o s c o m o o B r a s i l é a vanguarda da tecnolog ia bioenergé t i c a a o e x p o r o p re s e n t e d o s e t o r, c o m o b i og á s , e a p o n t a r s e u f u t u ro por meio do diesel verde, por exem plo”, completa

Para o presidente do Centro Na cional das Indústr ias do Setor Sucroe nergético e Biocombustíveis (CEISE Br), Luís Carlos Júnior Jorge, a feira foi sucesso um absoluto

“Os cerca de 300 expositores, a quem ag radecemos a credibilidade e confiança, contr ibuíram de for ma sig nificativa para que a feira fosse incr i velmente bem produzida Nossas parcer ias com a STAB, Coper sucar, UNICA, UDOP, DATAGRO, LIDE Ribeirão Preto, entre outras, produzi ram uma prog ramação de conteúdo que estimulou o que chamamos de

feira de reencontro, com g rande pre sença de técnicos das unidades produ toras, refletindo e impactando na vi sitação aos estandes e, consequente mente, opor tunizando novos negó cios, de melhor ias de tecnolog ias, f a br icação de máquinas e equipamen tos, bem como contratação de ser vi ços especializados”, sinaliza

Segundo Júnior, a renovação an tecipada de contratos e a procura de outras empresas por espaços compro vam a satisf ação dos expositores, dan do um indicativo de que em 2023 a feira será ainda maior

Bons negócios

Alexandre dos Reis, diretor geral da SEW EURODRIVE BRASIL E AMÉRICA LATINA, afir ma que a par ticipação na feira foi especialmen te bem sucedida “Fechamos diver sos negócios e recebemos manifestações de interesse concreto para fechar ne gócio no cur to prazo, de uma var ie

Para Marcos Daniel de Lima, enge nheiro de Automação, diretor de P&D e Inovação Tecnológ ica da DUO Auto mation, participar da feira foi excelen te “Além da novidade do Diesel Verde, uma nova tecnolog ia de combustível renovável, trouxemos nossa área de ro bótica para a feira e recebemos muitas visitas impor tantes em nosso estande Nos próximos dois meses já temos uma agenda de visitas, or iundas da feira, que com certeza vão gerar negócios na or dem de valores bem expressivos”, diz Ber nardo Câmara Neto, diretor financeiro e administrativo da Citro tec, destaca o público qualificado que a feira recebe “Tínhamos uma expec tativa g rande de como ser ia o retor no à feira presencial depois de quase três anos e foi muito positivo Recebemos boas visitas em nosso estande, em que iniciamos conver sas que devem se concretizar nos meses seguintes, com bons resultados”, afir ma “O mercado está consolidado e aquecido para o f a br icante de equipamentos da área de bioenerg ia Por isso, a presença na fei ra se f az necessár ia”, garante

“ A l é m d e u m c l i m a mu i t o p o s i t ivo, t ive m o s mu i t o s n e g ó c i o s g e r a dos, a maior ia para expans ão da pro d u ç ã o d e a ç ú c a r e e t a n o l A s s i m , e s p e r a m o s q u e a b o a s i t u a ç ã o p e rd u re e p o s s a m o s c o n t inu a r g e r a n d o m a i s e m a i s n e g ó c i o s p a r a o m a i o r e m a i s i m p o r t a n t e s e g m e n t o n a c i o n a l ” , c o m p l e m e n t a .

F E N A S U C R O Outubro/Novembro 202236
Feira apresentou tecnologias do Brasil para o mundo ao expor o presente do setor com o biogás e apontar o futuro por meio do diesel verde
Em 2023, a FENASUCRO & AGROCANA acontecerá entre os dias 15 e 18 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Ser tãozinho SP FENASUCRO

Conferência DATAGRO & CEISE Br exalta potencial da cana-de-açúcar

A 9ª Conferência DATAGRO & CEISE Br, que marcou a aber tura da feira, apresentou u m panorama geral do setor, com números, expectativas e desafios O presidente da consultor ia, Plínio Nastar i, apresentou números que mostram a g randiosidade da in dústr ia da bioenerg ia, que foi se adap tando ao longo das décadas, com es tímulos à eficiência energética

De acordo com Nastar i, que apre sentou uma timeline da evolução da sustentabilidade da cana, setor que en volve diver sas atividades econômicas, disse que a ag r icultura energética po de aumentar significativamente a ofer ta de bioenerg ia sem afetar a ofer ta de alimentos

“É muito relevante o que a gente já conseguiu f azer, substituindo 47% da gasolina por etanol E outros países es tão per seguindo esse mesmo objetivo Nós já economizamos 1/4 das nossas reser vas de petróleo desde 2000 até 2021 com a substituição de gasolina por etanol Uma economia de divisas entre 1975 e 2021 equivalente a 281,5 bilhões de dólares sem considerar o custo da dívida exter na ” , infor mou

Segundo ele, o etanol e o biome tano podem ser entendidos como hi drogênio envelopado na for ma de combustíveis, práticos, fáceis, seguros, eficientes e econômicos de capturar, ar mazenar e distr ibuir

“As usinas foram pensadas inicial mente para serem g randes moedoras de cana por meio da combustão O maior aproveitamento da cana, no en tanto, fez com que sua produção sal tasse de 7,1 milhõ es de toneladas de açúcar em 1975 para 94,4 milhões de toneladas, retrocedendo recentemen te, por causa da cr ise hídr ica, para 81,5 milhões Ou seja, a indústr ia se mo der nizou, pensando em uma energ ia cada vez mais limpa e sustent ável”, destacou

Atualmente, o estado de São Pau lo reúne a maior quantidade de uni dades produtoras de etanol e é o maior consumidor da ag roindústr ia cana vieira Cenár io que eleva a competi tividade nas bombas e move a econo mia do setor Além disso, Nastar i dis se que o poten cial pode ser ainda maior, devido à integ ração de diferen tes culturas, e a recuperação de solos deg radados, tudo para tor nar o estado ainda mais competitivo “No ano pas sado o Brasil expor tou seis navios de bagaço E esse é um mercado em franco crescimento”, disse Nastar i f alou também da vir tuo

sidade do RenovaBio e da rota de di ver sificação da cana que passa pelo açúcar, etanol bioeletr icidade, etanol 2G, bioplástico, biogás e biometano, pellets de bagaço, integ ração etanol de milho, levedura de fer mentação, cap tura de CO2, bioquímica

“O RenovaBio é vir tuoso, porque estimula o índice de eficiência ener gética ambiental Nós avaliamos o au mento da nota de eficiência do Re novaBio, das empresas que fizeram a cer tificação no início do prog rama, até agora no segundo semestre de 2022 E houve uma média de crescimento de 3,3%, que se traduz em redução de custos e redução de preços ao consu midor”, explicou

Evandro Gussi, presidente da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA), disse na ocasião que “ as três montadoras que representam 50% dos veículos produ zidos no Brasil, disseram que g raças ao RenovaBio, sabem a cur va de inten sidade de carbono que a gente vai ter nas próximas décadas, e conseguimos planejar os nossos investimentos”

Em sua palestra, ele ressaltou a impor tância de o setor trabalhar com hor izonte estratég ico de longo prazo “Esta indústr ia não vai acabar, porque esse setor ao lado de toda a economia circular, de toda tecnolog ia, de toda sustentabilidade, é resiliente como a cana Temos que ter em nosso hor i zonte um posicionamento claro Pre cisamos estabelecer uma prateleira de opor tunidades para o futuro Porque o elemento mais fundamental do mer cado, que é a demanda, nós já temos e não precisamos mexer uma palha nes se sentido, porque isso o mundo está

f alando todos os dias O que precisa mos é propósito, visão estratég ica e muito trabalho Vamos olhar para a frente e garantir o match desse pro cesso ” , afir mou

O presidente do Fór um Sucroe nergético e da Siamig, Már io Campos, destacou a capacidade de reação das lideranças do setor para defender os interesses deste etanol, em mei o às mudanças tr ibutár ias provocadas pela PEC dos combustíveis, pr incipalmen te em relação às alíquotas de ICMS

“Foram quase 20 anos de trabalho para aplicar essa diferenciação de im posto entre o álcool e a gasolina e de repente, a par tir de junho deste ano, em menos de 20 dias tudo mudou Por isso, foi muito impor tante essa capa cidade de mobilização das lideranças do setor”, disse

Na ocasião, “ a par idade pela mé dia ponderada antes da mudança era de 67,8% com 4 estados dentro da pa r idade pró consumo de etanol que re presentavam 78,67% do consumo de etanol hidratado no Brasil Ou seja, o etanol é um produto muito consumi do aqui na nossa reg ião, porque nós produzíamos e também por que cr ia mos esse diferencial tr ibutár io ao lon go do tempo”, afir mou Campos

L e m b r a n d o q u e e s s e d i f e re n c i a l de tr ibutos também existia no campo federal com o PIS/Confins “O eta nol tinha uma carga tr ibutár ia de 24 centavos e a gasolina de 169 centavos Aí vieram as mudanças com a lei que e s t a b e l e c e u p a r a o I C M S u m a a l í quota geral, alguns estados era 17% e outros 18% e o PIS/Confins foi ze rado até 31/12

Porém g raças a ar ticulação das li

deranças, o setor conseguiu suger ir uma emenda, que culminou na Emenda Constitucional 123 “Ela trouxe um negócio muito interessan te para nós Pr imeiro, colocou o eta nol, os biocombustíveis no capítulo do meio ambiente da nossa Constituição E nos garantiu, até que uma lei com plementar sobre o tema seja aprovada, 20 anos com a relação de tr ibutos equivalentes a maio deste ano, antes de todas essas mudanças tr ibutár ias E as sim os Estados passaram a reduzir a alíquota em relação ao etanol”, expli cou Campos ao traçar o atual retrato tr ibutár io do setor

Na ocasião, Luis Rober to Pogetti, Chair man da Coper sucar, que tomou posse como presidente de Honra da feira, elencou dois des afios mundiais, como a necessidade por alimentos e por transfor mações que freiem as mu danças climáticas “Temos que ali mentar muita gente e ainda combater o aquecimento global E o estado de São Paulo tem uma opor tunidade de ouro: o etanol, que é a energ ia limpa Não é a única solução, mas a mais rá pida”, ponderou

O s e c re t á r i o d e A g r i c u l t u r a e A b a s t e c i m e n t o d o E s t a d o, F r a n c i s c o Mattur ro, representando o gover na dor Rodr igo Garcia, destacou a rele v â n c i a d a p ro d u ç ã o d e c a n a d e açúcar para o Estado de São Paulo e para o Brasil, como matr iz energética e agente econômico

M a t t u r ro f a l o u a i n d a s o b re o s prog ramas desenvolvidos pela Secre t a r i a e m e n c i o n o u a re g u l a r i z a ç ã o ambiental com o intuito de infor mar o s a g r i c u l t o re s s o b re o CA R C a dastro Ambiental Rural, Também e o Prog rama Rotas Rurais O secretár io complementou ao citar a impor tân c i a d o i nve s t i m e n t o d e R $ 1 0 2 m i l h õ e s n a p e s q u i s a , d e s t i n a d o s p a r a o d e s e nvo l v i m e n t o d a a g ro p e c u á r i a paulista, onde cada real direcionado à p e s q u i s a re t o r n a m p a r a a s o c i e d a d e R$ 16,23 E afir mou ainda que ape nas em 2021 a ag ropecuár ia apresen tou crescimento de 28,64%, g raças ao aumento da eficiência

Par ticiparam da cer imônia de aber tura também o prefeito de Ser tãozinho, Dr Wilsinho; o presidente Latam da RX, Cláudio Della Nina; o presidente do CEISE Br, Luiz Carlos Júnior Jorge; o presidente do CIESP, Raf ael Cer vone; o presidente de hon ra da feira, Ricardo Salles e o p resi dente emér ito da FENASUCRO, Antônio Eduardo Toniello

F E N A S U C R O 37Outubro/Novembro 2022

O estande da Procana na

&

movimentado

F E N A S U C R O Outubro/Novembro 202238
FENASUCRO
AGROCANA ficou
Agradecemos a presença dos parceiros e amigos que nos visitaram e levaram ainda de brinde uma caricatura feita pelo Tatu Lazari
Outubro/Novembro 2022 F E N A S U C R O 39

MasterCana Centro-Sul premia protagonistas do setor bioenergético

Premiação do MasterCana Social reuniu 131 cases de sucesso

A 33ª edição do Prêmio Master

Cana Centro Sul, realizada na noite do dia 15 de agosto, no auditór io da Dimastec em Ribeirão Preto SP, além de reunir as pr incipais lideranças e referências do setor bioenergético, marcou também a aber tura da FE NASUCRO & AGROCANA 2022

O Prêmio é uma homenagem às usi nas e per sonalidades do setor que se destacaram nos investimentos em tec nolog ia e inovação e que apresentam alta perfor mance nas diver sas áreas de produção e administração

Também foi realizada a 15ª edição do MasterCana Social, promovida pe lo GERHAI Gr upo de Estudos em Recur sos Humanos na Ag roindústr ia, com apoio da ProCana Brasil A ini ciativa estimula e reconhece as práti cas de gestão de pessoas e responsabi lidade socioambiental que contr ibuem para a promoção do bem estar social e do desenvolvimento sustentável

Na aber tura do evento, o CEO da ProCana Brasil, jor nalista Josias Messias, destacou a impor tância do setor assu mir o protagonismo, nesse período não apenas de transição energética ambien tal, como também de transição dig ital.

“As pessoas com mais de 55 anos, já compõem a maior base do uso hora/dia do Facebook Estamos vivendo um processo de transição digital Precisamos estar abertos para reconhecer o prota gonismo do nosso segmento Não, basta conhecer, não basta f azer é preciso dar visibilidade àquilo que se f az ” , afir mou

Messias também enalteceu o gran de número de cases inscr itos para o MasterCana Social “Foi difícil selecio nar os vencedores Isso mostra a pujan ça do nosso setor O que reforça ainda mais a necessidade de promover e di vulgar esses trabalhos, que passam a ser vir de referência, para esta e também para futuras gerações”, destacou Messias

Na mesma linha, o diretor execu tivo do GERHAI, José Darciso Rui, também enf atizou o recorde de ins cr itos nessa 15ª edição do MasterCa na Social “Nosso recorde anter ior era de 98 cases e hoje tivemos 131 Ao longo destes 15 anos já somamos

1 245 cases Por isso, a impor tância de mostrar a cara Não basta ter a cr iati va e a ‘acabativa’, mas temos que mos trar”, disse Rui, que também destacou a impor tância de valor izar a gestão de pessoas “Não adianta ter máquinas de pr imeira linha, se não tiver mos ho mens capacitados para operá las Por isso, desenvolvemos esse trabalho de treinar e preparar as pessoas ” , afir mou

O pr imeiro a receber o troféu Mas terCana Centro Sul foi Gastão de Souza Mesquita, da Cia Melhoramen tos Nor te do Paraná, contemplado na categor ia de empresár io do ano O em presár io se destacou nessa safra pr inci palmente pela aquisição da Vale do Pa raná, que possibilitou a Melhoramentos agregar mais 2 milhões de capacidade de moagem de cana, além de conheci mento técnico importante já que a Vale do Paraná possui 85% de seus canaviais ir r igados, o que contr ibui para mitiga ção de r iscos climáticos e resulta em consistente aumento de produtividade

Além disso, em sua gestão a com panhia também se destaca financeira mente, já que na safra passada, o g r u po obteve receita líquida de R$ 1,1 bi e EBITDA de R$ 700 MM Espera se que as operações, quando integ ra d a s , p o s s a m g e r a r re c e i t a l í q u i d a d e R$ 1,5 bi e EBITDA em tor no de R$ 900 MM

“Esse prêmio é fr uto de 50 anos de trabalho Alguns destes anos, com meu avô, depois meu pai e agora com meus filhos E pretendemos continuar trabalhando”, disse o empresár io ao receber a premiação

Ander son Travag ini, CEO do Gr upo Colombo recebeu o troféu de Executivo do ano Desde 2019 atuan do como COO, em janeiro de 2022 ele

assumiu o cargo de CEO da compa nhia Sob sua tutela a Colombo Ag roindústr ia alcançou diversos obje tivos, dentre eles o rating máximo (brAAA) da agência de rating S&P Global Rating (Standard and Poor’s) em 2021 e acessos ao mercado finan ceiro e de capitais, cujas emissões acon teceram em março/21 e julho de 21 respectivamente (CRA com Rotula gem Verde e Debêntures Incentivadas com Rotulagem Verde, ambas cer tifi cadas pela Sitawi Finanças do Bem)

“São 26 anos de dedicação no se tor e no Gr upo Colombo, onde fiz car reira Recentemente assumi a pre sidência do Gr upo Colombo Passei por diver sos cargos dentro do g r upo, e fui o responsável pela condução de todo o processo de Gover nança cor porativa do g r upo (que se iniciou em 2014) Destaco que hoje somos benchmarking de mercado e o mo delo tor nou se case de sucesso

Na categor ia For necedor de Ca n a d o A n o, o p r ê m i o f o i p a r a a R R A g r í c o l a , re p re s e n t a d a p e l o s ó c i o R e n a t o D e l a rc o “ E u e m e u i r m ã o Ricardo, estamos sempre em busca de i n ova ç ã o p ar a o se t o r, t ra z e nd o t e c nolog ias ao alcance do produtor pa r a q u e t o d o s p o s s a m s e b e n e f i c i a r ” , disse Delarco

“Em 2020 começamos um traba lho de como juntar esse tr ipé e trazer a sustentabilidade Hoje nós estamos integ rando os três campos, o químico, o físico e o biológ ico, em nossas áreas e estamos conseguindo entregar resul tados significativos, com um trabalho de estr uturação do solo, que recebeu o apelido de “berço esplendido””, ex plicou ele, que junto ao ir mão, se tor naram referência em tratamento sus

tentável na cana de açúcar

A premiação foi encer rada com a entrega do troféu Empresa do ano, na categor ia Responsabilidade Sócio Ambiental, vencida pelo Grupo Cleal co Gustavo Rodr igues, CEO do g ru po destacou a atuação de toda a equipe da empresa “São na verdade, os g randes protagonistas dessa histór ia Mesmo nos momentos difíceis que vimos a empresa passar, em momento algum deixamos de investir e valor izar o nosso bem maior que são as pessoas ” , disse

Para Gustavo Rodr igues, CEO do Gr upo Clealco, “ vencer o MasterCa na 2022 em categor ias tão expressivas só demonstra o quanto estamos no caminho cer to de nosso modelo de gestão, que alia perfor mance a um propósito maior de respeito e valor i zação pessoal”, disse, completando

“Há vár ios anos, que a gente vem tra zendo vár ios projetos impor tantes no aspecto socioambiental e isso nos honra muito, de poder ver que o tra balho está mater ializado em prêmios E não é só isso Os resultados que a empresa vem alcançando nos últimos anos, é um fr uto completo dessa mu dança, que é na verdade você f azer o que tem que ser feito para as pessoas e dar o protagonismo a elas Tivemos o resultado recorde histó r ico da com panhia de 350 milhões de lucro líqui do no exercício anter ior A nossa ex pectativa é continuar nessa trajetór ia, de for ma simples e focando naquilo que é o nosso bem maior que são as pessoas ” , disse Rodr igues

O evento foi patrocinado pelas empresas AxiAg ro, Dt Faceum da Di mastec, Netafim e S PAA Soteica

Contando com a apresentação do jor nalista do Jor nalCana Alessandro Reis

M A S T E R C A N A Outubro/Novembro 202240

O S D E S T A Q U E S D O A N O

— M A S T E R C A N A B R A S I L

M A S T E R C A N A 41Outubro/Novembro 2022
A ALS Consultoria e Projetos receberam o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Prêmio inovação (Adriano Soriano, diretor e consultor de processo na produção de etanol e cereais, cana de açúcar e projetos) A Bevap recebeu três troféus nas categorias de Meio Ambiente, Diversidade do MasterCana Social e na categoria Tecnologia da Informação do MasterCana Centro Sul A BP Bunge Bioenergia recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Logística agrícola (Alexandre Matins, head of logístics inbound) A Cocal Energia Responsável recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Estratégia empresarial (Geraldo Borin, diretor industrial corporativo) A Colombo Agroindústria recebeu também outras duas premiações No MasterCana Social 2022, nas categorias Meio Ambiente e Saúde Ocupacional A Cooperativa Agroindustrial Vale do Ivaí (Cooperval) conquistou o prêmio MasterCana
Social
2022, na categoria Valorização da
Diversidade Ana Paula Morelli
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) recebeu o prêmio MasterCana Social na categoria Gestão de Contratadas (Luiz Antonio de Oliveira, coordenador de Saúde e Segurança) A Diana Bioenergia recebeu saiu vencedora dois prêmios
no Master Cana Social: na
categoria
“Educação” e como Profissionais de RH TOP 3 (Wesley
Monteiro, gerente
de RH)
A Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tiete (Ascana) recebeu o prêmio MasterCana Social 2022, na categoria Destaque Entidade
EMPRESÁRIO DO ANO G Gaasst t ã ão o d de e S Soouuzza a M Meessqquuiittaa, presidente da Cia Melhoramentos Norte do Paraná
FORNECEDOR
DE
CANA
DO
ANO
D Deellaarrcco o A Aggr r í íccoolla a Renato Delarco
EXECUTIVO
DO ANO A Annddeerrssoon n T Trraavvaaggiinnii, CEO da
Colombo Agroindústria

O S D E S T A Q U E S D O A N O

— M A S T E R C A N A B R A S I L

M A S T E R C A N A Outubro/Novembro 202242
O Grupo Clealco recebeu quatro premiações: o troféu MasterCana Social 2022, na categoria de Empresa do Ano em Responsabilidade Socioambiental Na categoria Comunicação e na categoria “Qualidade de Vida” Já o vice presidente de Pessoas e Jurídico da companhia, Carlos Eduardo Furlaneti, foi o destaque na premiação Top 3 Profissionais de RH O Grupo Viralcool recebeu três prêmios MasterCana Centro Sul, na categoria Administração & finanças (Ricardo Toniello, diretor administrativo) e no MasterCana Social, nas categorias “Educação e Cultura” e “Qualidade de Vida” (Claudia Toniello) A Usina Goiasa recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Automação industrial (Christiano Puccinelli, gestor de Automação) O Grupo Moreno recebeu o Troféu MasterCana Social 2022, na categoria Educação e Cultura A Hapvida Assistência Médica foi “Destaque Empresa Fornecedora”, no MasterCana Social (Ana Paula Amorim) A Usina Coruripe recebeu o prêmio MasterCanaSocial na categoria Comunidade Bertholdino Apolônio Teixeira Junior A Usina Ferrari recebeu o prêmio MasterCana Social, na categoria Desenvolvimento Humano A Netafim recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul, na categoria “Fornecedor mais indicado” Irrigação Elôn Isvícero, diretor comercial
A Usina Lins recebeu o
prêmio MasterCana Social,
na
categoria
Desenvolvimento Humano A Usina Vale do Paraná recebeu o prêmio MasterCana Social na categoria Comunicação e Relacionamento
A Usina Santa Lucia recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Consumo consciente de água (Rafael Ometto Amaral, engenheiro de produção) O Grupo Pedra recebeu o prêmio MasterCana Social 2022, na categoria Desenvolvimento Humano A Usina São Domingos recebeu dois prêmios: MasterCana Social 2022, na categoria Saúde Ocupacional e prêmio MasterCana Centro
Sul 2022 na
categoria Estratégia
Digital
Sérgio de Mira Machado
gerente de RH

O S D E S T A Q U E S D O A N O

— M A S T E R C A N A B R A S I L

M A S T E R C A N A 43Outubro/Novembro 2022
A Usina São José da Estiva recebeu o MasterCana Social 2022 na categoria “Comunidade” Já o gerente de Divisão de Recursos Humanos da Usina Estiva, Bruno Damascena, foi o destaque na premiação Top 3 Profissionais de RH A Raízen recebeu três troféus: o MasterCana Centro Sul 2022 na categoria Estratégia de Negócio e na categoria Irrigação (Unidade Junqueira) e MasterCana Social 2022, na categoria Meio Ambiente (Leandro Chinelato, da Unidade Junqueira; Amanda de Vasconcelos, gerente de Comunicação e Jullie Lucon de Lima, analista de Performance Social | ESG) A Uisa foi premiada nas categorias Qualidade de Vida e Comunidade do MasterCana Social (Marcelo Maniero Speltz) A Usina São Luiz conquistou o prêmio MasterCana Social, na categoria Comunicação e Relacionamento A Tereos recebeu o troféu MasterCana Social na categoria “Valorização da Diversidade” A Usina São Manoel recebeu o prêmio MasterCana Centro Sul na categoria Estratégia ESG (Diego Victoriano, responsável pelas áreas de ESG, Qualidade e RH)
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