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INDUSTRIAL
Julho 2017
Manutenção adequada de bombas gera economia. Mas como fazer isso? Executivo de unidade produtora dá dicas para realizar uma ação preditiva nos equipamentos da indústria R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP
A manutenção preditiva e preventiva de bombas apresenta um custo médio de apenas 10% dos gastos proporcionados por uma corretiva urgente, avalia Geraldo Guimarães, gerente de manutenção industrial da Usina Goianésia, de Goianésia (GO). Se for considerada a interrupção não programada de uma caldeira ou de uma fábrica de açúcar, a manutenção preditiva e preventiva de uma bomba não representa nem 1% de uma hora de usina parada – ressalta. Segundo ele, o conserto emergencial de uma bomba, incluindo montagem e desmontagem, tem a duração de três a quatro horas. “Se quebrar uma bomba na fábrica de açúcar e não tiver reserva para substituí-la, vai parar a usina inteira”, diz. A usina que mói 24 mil toneladas de cana por dia vai deixar de moer de três a quatro mil toneladas nesse período de parada – exemplifica. “Isto é representativo”, enfatiza. Mas, afinal o que é uma manutenção
Indústria sucroenergética: o investimento em manutenção corretiva de bombas evitar custos de desmontagem durante a entressafra
eficiente de bombas? A realização de uma boa preditiva começa pela análise do próprio processo, afirma Geraldo Guimarães. “O que deve ser feito, nesse caso, é o controle de nível por meio de inversor de frequência. E, com isto, o resultado é extraordinário. Uma bomba que quebra muito, que tem bastante defeito com selo mecânico, gaxeta e rolamento, quando utiliza
inversor de frequência, tanto para controle de nível como para controle de pressão, tem uma sobrevida muito alta”, explica. De acordo com ele, a maioria dos defeitos está relacionada ao processo. “Quando a bomba tem uma vazão bastante elevada e manda um volume muito alto (de fluído ou massa), seca o tanque ao qual está ligada, pegando ar, o que gera um processo
chamado de cavitação”, observa. Esse processo desencadeia uma série de fatores que danificam os rolamentos e até mesmo o eixo, podendo inclusive trincá-lo – detalha. Por isso, a análise de processo e a utilização de inversores de frequência tornam-se fundamentais para criar condições para um funcionamento adequado das bombas.