Edição 255

Santa Cruz registrou 277 acidentes de trabalho em 2022

Em São Pedro, estudante cria programa para eleição de Grêmio Estudantil Programa nasceu no ano anterior, mas implementado apenas em 2023 Pág. 02

POLÍTICA PÁSCOA GASTRONOMIA CULTURA

Tradição e variedade andam juntas em Chocolataria

Empreendedora inova o mercado com Ovo da Páscoa Oriental

Presença de guardas armados nas escolas divide opiniões na Câmara Municipal

De Supla a Pitty: Rock Rio Pardo se prepara para 21ª edição

ESPECIAL ALERTA SAÚDE CIDADE

Casos de escorpionismo causam preocupação em Santa Cruz

Bullying: papel dos pais é fundamental para superar a prática nas crianças

Alunos da ETEC se unem em prol da arrecadação de alimentos

Mães compartilham experiências e aprendizados da maternidade com filhos autistas

Novo presidente da Codesan tem histórico conturbado na Prefeitura Pág. 09

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Dia Nacional do Livro Infantil deve celebrar escritores santa-cruzenses

EDUCAÇÃO

No final de março, na Escola Homero Calvoso, em São Pedro do Turvo, as eleições para o Grêmio Estudantil aconteceram de uma forma um pouco diferente e mais moderna do que o costume - os estudantes trocaram votos em cédulas de papel pelas urnas eletrônicas. Eliane Isabel de Souza, diretora da escola, conta que o feito foi possível através do aluno Miguel Prevedeli, que desenvolveu um programa de controle de votos e eleição.

Anualmente, alunos e docentes da ETEC Orlando Quagliato, em Santa Cruz do Rio Pardo, unem a diversão e empatia através da arrecadação de alimentos para seu trote solidário. Neste ano, foram mais de três toneladas de alimentos arrecadados, resultando em 140 cestas básicas que atenderam sete entidades.

Francielen Ferreira, professora responsável pelo projeto há 10 anos, explica que o evento é uma forma de aproximar as turmas. “Nossa escola já possui a dificuldade de ter uma

O estudante que também cursa o 3° módulo do curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas na ETEC Orlando Quagliato, em Santa Cruz do Rio Pardo, inicialmente desenvolveu o programa no começo do ano anterior, em uma atividade na qual trabalhavam com a linguagem C#, onde o intuito era fazer uma urna eleitoral a partir da programação. Quando a atividade foi finalizada, com a ajuda do Professor David, Miguel

maior integração em virtude da falta de estrutura física e por dividirmos o espaço com outra escola, reduzindo nossas possibilidades, estes eventos nos permitem uma maior proximidade entre as salas com brincadeiras e também realizam uma ação social tão importante para nossa cidade”, informa.

Essa opinião não se restringe apenas para os professores - Alberto Gabriel de Andrade, 17, é estudante do terceiro ano do ensino médio e conta que a responsabilidade social de ajudar o próximo deve ser um de-

percebeu que o programa poderia ser utilizado na eleição do Grêmio da Escola Homero e a apresentou à coordenação da escola que decidiu implementá-la nas eleições do grêmio - porém, como a eleição de 2022 contou com apenas uma chapa inscrita, a novidade estreou apenas em 2023, onde três chapas concorreram e mais de 600 alunos votaram usando notebooks como urnas eletrônicas.

Miguel relata que foi uma

ver de todos, e que ações como essa podem servir de exemplo para outras pessoas. “Nesses momentos percebemos que a ‘união faz a força’, a escola e os alunos se unem para que o evento seja realizado da melhor maneira possível. Esse ano nós tivemos dificuldade no quesito arrecadação, já que alguns mercados não permitiram que arrecadássemos na porta do estabelecimento como nos anos passados. Acabamos recorrendo a outras maneiras, como sair pedindo de porta em porta, e por fim, conseguimos

FELIZ PÁSCOA!

experiência incrível participar da eleição e ver de perto o embate das chapas. “Gostei muito de poder ajudar e facilitar as eleições porque nos anos anteriores era realizada por meio de voto impresso na qual demorava um tempo para sair os resultados por conta da contagem das cédulas. Fiquei muito grato por auxiliar nas eleições, com certeza será uma experiência que certamente guardarei com carinho e orgulho”, conta.

Quando questionado se

arrecadar em torno de 3,2 toneladas de alimento. Sabemos que isso foi possível graças à união, esforço e dedicação de cada um envolvido”, complementa.

Por conta de exemplos vistos em níveis nacionais, a palavra “trote” pode causar medo e ansiedade. Heitor Lopes da Silva, 14, é um dos calouros que ingressaram na escola este ano, e conta que o objetivo de fazer com que os novatos se sentissem acolhidos funcionou. “Minha experiência no evento foi bastante divertida. Todo mun-

de Grêmio Estudantil

gostaria de fazer um curso superior nesta área, o estudante afirma que sim. “Com certeza, sempre tive interesse na área da tecnologia e penso muito em fazer um curso superior na área, pretendo sempre me esforçar para aprimorar meus conhecimentos e habilidades, pois a tecnologia é uma área que está sempre passando por mudanças, isso me ajudaria muito em meu futuro na qual planejo trabalhar com isso”, finaliza.

Ideia surgiu em uma atividade de curso técnico.

Foto: Arquivo Pessoal

de alimentos

do estava alegre e conseguiram deixar o que mais me dava medo que era o trote, como um dos melhores momentos da escola até agora. Me senti bem acolhido. O terceiro ano fez um ótimo trabalho. Ninguém ficou assustado e todos estavam confortáveis com as brincadeiras”.

Agora, para ele, a meta para os próximos anos é fazer bonito tanto quanto seus veteranos. “Tenho uma grande expectativa de que os próximos trotes possamos superar cada vez mais as expectativas e fazer

mais ainda pela ação social da escola”, finaliza.

sefert.com.br ACESSE

Em São Pedro, estudante cria programa para eleição

Alunos da ETEC se unem em prol da arrecadação

Juntos, eles arrecadaram mais de três toneladas. Foto: Arquivo Pessoal

PÁSCOA

Tradição e variedade andam juntas em Chocolataria

Quando se fala de chocolate em Santa Cruz, é impossível não se lembrar da Chocolataria Frei Chico, que há anos trabalha produzindo as delícias derivadas do cacau. Para dar conta da produção, que atinge seu ápice na época da Páscoa, Eny Diná Garcia, diretora da Chocolataria, conta que as preparações começam meses antes, no começo de Janeiro.

Ovos de chocolate, bombons recheados, entre outros quitutes são algumas das op-

Funcionários e voluntários trabalham desde janeiro para a Páscoa

ções de produtos oferecidos no estabelecimento, que conta com seis funcionários e cerca de 50 voluntários que trabalham para dar conta das demandas. Para atender a todos os gostos, os sabores dos ovos vão desde os mais clássicos até os mais ousados e sofisticados, como marshmallow, coco e damasco. Os tamanhos também não decepcionam, variando desde o pequeno, com menos de 100 gramas, até o de cinco quilos,

que é feito apenas sob encomenda e custa um investimento de mais de 600 reais. Para quem não quer sair da dieta, os ovos diet são uma opção que pode ser encontrada em três pesos diferentes.

História

Na Páscoa de 1996, os voluntários do Centro Social São José se mobilizaram para fazer ovos de chocolate para as crianças da creche. O resultado foi tão positivo que eles decidiram vender os ovos para arre-

cadar fundos e manter o trabalho social que realizavam com centenas de crianças e adolescentes de diversas idades.

O projeto de venda de ovos de chocolate foi crescendo ao longo dos anos e originou a Chocolataria Frei Chico, que hoje vende doces durante o ano inteiro. Com a renda obtida pelas vendas, a instituição consegue manter seu trabalho social e ajudar muitas crianças e adolescentes que precisam de apoio e orientação.

Empreendedora inova o mercado com Ovo da Páscoa Oriental

Quando se fala em ovo de Páscoa, a primeira coisa que vem à cabeça são os cremosos ovos de chocolate, com variados recheios doces, certo? - Na cabeça de Viviane Kiyomi Tanaka Tullii, foi diferente. Dona do restaurante de comida oriental Yo Mi Mi, em Santa Cruz do Rio Pardo, ela resolveu inovar nessa páscoa e criou um ovo de páscoa oriental, feito com uma base de arroz, recheado com salmão, cream

cheese e cebolinha, coberto por hot-rolls de cream cheese e couve.

Segundo Viviane, o produto pra lá de peculiar foi criado para quem quer sair do tradicional. "Assisto a muitos vídeos de gastronomia, sempre gostei de inovar e tentar novos produtos. No começo já trabalhei com ovos de páscoa, isso a 23 anos atrás, então tenho noção em embalagens e como poder fazer a base do arroz, aco -

modar os recheios. A cabeça ficou trabalhando 24 horas por dia para chegar no produto final”, explica. Esse foi o primeiro ano da novidade do cardápio, já que houve uma pausa nos negócios durante a pandemia. “Como voltamos no ano passado, estamos inovando o nosso cardápio com bastantes novidades, tanto nos pratos orientais como nos lanches”, relata. Apesar de a recepção inicial ser lenta, o que a

empreendedora diz ser um reflexo da situação geral do comércio, o lançamento do ovo de Páscoa salgado tem um grande potencial. No município santa-cruzense, quase não há opções salgadas no mercado para a data comemorativa e a ideia de juntar o oriental com o coelhinho da Páscoa pode conquistar muitos paladares. Em entrevista, Viviane diz que pretende manter a opção para outras da -

tas comemorativas como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, mas que pretende fazer em formatos diferentes. Já pensando na Páscoa de 2024, ela explica que já começou a se preparar e ter planos de futuros lançamentos. “Para o ano que vem já tenho em mente outra novidade, mas essa vai ficar pra próxima já que preciso estudar para poder executar o produto final”, finaliza.

Ovos variam de 100g até cinco quilos. | Foto: Jornal Atual

Apesar de lenta, aceitação do público já começa a crescer. Foto: Arquivo Pessoal

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

POLÍTICA

Presença de guardas armados nas escolas e creches divide opiniões na Câmara Municipal

Na última sessão da câmara, o projeto de Lei nº 31, de autoria do vereador Juninho Souza (Republicanos), vou aprovado com dez votos contra um do Professor Duzão (PSB), qual instituía que escolas e creches públicas deveriam contar com ao menos um agente de segurança profissional durante o horário de funcionamento, podendo agir de forma ostensiva em situações de perigo. Uma emenda apresentada pelo vereador Adilson Simão (PL), porém, onde a execução do projeto ficaria à critério técnico do prefeito, também foi aprovada.

Dividindo opiniões no plenário da Câmara e nas redes sociais, Duzão e Juninho explicam em entrevistas suas justificativas e opiniões sobre o projeto.

Professor Duzão

Para ele é imprescindível ter segurança nas escolas,

mas discute como essa segurança deve ser aplicada. Como opções, ele destaca a necessidade de medidas como portões controlados, muros altos, cercas e circuito interno de câmeras, além de uma ronda escolar ostensiva No entanto, Duzão não concorda com a presença de seguranças armados na escola, sugerindo que um segurança patrimonial não ostensivo pode criar uma sensação de segurança sem gerar temor crendo que a escola deve ser um ambiente de liberdade e criatividade, mas com segurança adequada para garantir a proteção dos alunos.

Ele também explica que um dos motivos qual votou contra o projeto, é por conta de questões orçamentárias, e questiona de onde virá o dinheiro para instalar tais medidas de segurança proposta nas escolas, pontuando que o

governo federal e estadual deve fornecer recursos financeiros para isso. Ele alerta que não é possível simplesmente retirar dinheiro de outras áreas para colocar na educação sem consequências legais, afirmando que o impacto financeiro que isso teria no município em nenhum momento foi apresentado por Juninho Souza, que propôs o projeto de lei.

“Que fique muito bem pontuado: eu não sou contra a segurança nas escolas, eu sou a favor da segurança da escola, mas ela tem que ser muito bem dialogada e muito bem construída, para que não se cometa erros crassos dentro de instituições que a gente deveria priorizar como um ambiente de liberdade, ambiente de construção de ideias. Eu acho que é esse o papel da escola, e o papel da segurança deveria dar um

certo aporte a questão da educação, mas não com armas”, finaliza.

Juninho Souza

O vereador acredita que todas as escolas deveriam ter detectores de metal e guardas armados para combater a violência nas escolas, citando o caso recente da professora do município de Ipaussu que foi esfaqueada, argumentando que essas medidas são necessárias para proteger as crianças e profissionais da educação. Ele questiona como um guarda poderia se defender contra um invasor que estiver armado com um objeto letal, se o profissional estivesse apenas com um cacetete ou arma de choque.

Juninho acredita que a ideia de que a presença de policiais armados e monitoramento dentro das escolas seria hostil para os alunos é “balela”, afir-

mando que as pessoas estão mais agressivas e que é melhor prevenir do que remediar depois.

Por conta da emenda aprovada, de autoria do vereador Adilson Simão, o projeto depende agora da decisão técnica do prefeito de acordo com o orçamento do município. Sobre isso, o vereador acredita que Adilson já teria vindo preparado.

“Na verdade, ele não tem essa forma intelectual de abordar essa emenda,

Essa emenda acredito que veio lá do executivo para ele somente apresentar, uma emenda que engessou o projeto, e ficou ao critério do prefeito, a qual eu tenho a garantir que não vai ser executada”, afirma. “Eu acredito nisso, as escolas estão todas vulneráveis, as crianças tão vulneráveis, e a gente não pode deixar acontecer aqui em Santa Cruz, o que tá acontecendo em toda parte do Brasil e também do mundo”.

Vereadores marcam embates desde que se elegeram. | Foto: Pedro Figueira

Juninho Souza e Professor Duzão explicam seus posicionamentos em entrevista

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

CIDADE

De Supla a Pitty: Rock Rio Pardo se prepara para 21ª edição

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

Com Pitty, Supla, Marcão Britto & Thiago Castanho e Humberto Gessinger, o Rock Rio Pardo já anunciou oficialmente os shows de encerramento da edição que ocorrerá nos dias 7,8 e 9 de julho. Neste ano, a organização decidiu surpreender o público com quatro atrações grandes, ao invés das tradicionais três.

Segundo Luciano Pimentel, um dos criadores e organizadores do evento, mesmo a Comissão de Bandas e a Prefeitura Municipal buscando melhorias e inovações no festival, a maior dificuldade é a logística da locação de estrutura, que é cara e demanda muito tempo para montagem. “As bandas de en-

Buscando crescer, em 2023 serão quatro atrações de encerramento

cerramento precisam de um tempo grande para montagem dos equipamentos e estrutura que eles trazem, e com isso tomam muito tempo do dia do festival, e nesse dia cada minuto tem muita importância, desde a abertura do festival até o tempo de apresentação das bandas regionais, para que ninguém saia prejudicado”, explica. “A ideia de ter duas bandas no sábado foi pelo tempo maior de poder trabalhar essa logística, por exemplo, no caso do Supla ser um artista com uma produção mais simples e mais fácil de lidar, sem grandes exigências estruturais, acaba servindo para nós de laboratório para outros nomes futuros”. Caso

o modelo funcione, havendo tempo suficiente sem prejudicar ninguém, há a possibilidade de mais artistas famosos se apresentarem no evento.

A volta da cantora Pitty, que se apresentou na penúltima edição do festival em 2019, para os palcos santa-cruzenses, também foi uma escolha que agradou o público neste ano. A organização do evento considera diversos nomes para sua grade, mas nem sempre é possível contratá-los devido a restrições de orçamento ou falta de disponibilidade de datas.

“Visto que a Pitty foi indiscutivelmente um dos melhores shows que já tivemos no festival, e a repercussão que ela tem na nossa região, foi um ponto certeiro repetir ela como atração”, complementa Luciano. Entre todos os anúncios desta edição, o da apresentação da cantora foi o que mais fez sucesso nas redes sociais.

Em 2022, o festival voltou a acontecer após uma pausa de dois anos por conta da Covid-19, o que segundo o organizador, fez com que a divul-

gação alcançasse mais pessoas.

“O público em 2022 necessitava muito sair de casa depois de dois anos sem o festival e de todo mundo tentando se proteger da pandemia, isso inclusive fez com que a divulgação do festival fosse para lugares ainda mais longes e praticamente aumentasse ainda mais o público que passou pelo nosso festival”, relata. Para este ano, a expectativa é que o público total passe das 40 mil pessoas, devido ao aumento das atrações e de mudanças na parte estrutural do evento.

Faltando três meses para o evento, ele explica que alguns detalhes como parcerias e patrocinadores ainda estão sendo fechados, mas que acredita ter boas novidades em breve para divulgar ao público. O festival continua com seu formato de portões abertos, e para a entrada é necessário apenas levar um quilo de alimento não perecível, e sua line-up completa continuará sendo divulgada nas redes sociais do Rock Rio Pardo durante as próximas semanas.

Santa Cruz registrou 277 acidentes de trabalho em 2022

Segundo dados divulgados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, baseados nas Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) no INSS, o Atual levantou que Santa Cruz do Rio Pardo registrou 277 notificações de CAT’s (Comunicação de Acidente de Trabalho) em 2022, ocupando a 113ª posição no estado de São Paulo e a 355ª no Brasil como cidade com mais registros de acidentes. A (CAT) é um documento que comprova o acidente de trabalho (ou de trajeto) sofrido pelo trabalhador, ou doença ocupacional, e a sua emissão é obrigação do empregador emiti-lo quando

Município é a 113ª cidade com mais acidentes no estado de São Paulo

necessário. Sua emissão é de extrema importância para o colaborado, já que é uma forma da vítima do acidente garantir seus direitos. Na cidade de Ourinhos, com 115 mil habitantes, a proporção é de um acidente para cada quase 360 pessoas. Já em Santa Cruz, que tem a população estimada em 48 mil, a proporção é de 1 acidente para cada 173 pessoas. Em 2022, os setores econômicos com mais notificações foram o de cultivo de laranja com 69 casos, fabricação de alimentos para animais, 32, fabricação de produtos de panificação, 31, transporte rodoviário de carga, 14, beneficiamento de

arroz e fabricação de produtos do arroz, 13, e administração pública em geral, 12.

Já as lesões mais frequentes foram fratura, 43, corte, laceração, ferida contusa e punctura, 41, contusão e esmagamento, 33, luxação, escoriação e lesão imediata com 28 casos cada. Dedos foram as partes do corpo mais frequentemente atingidas, e a maioria dos agentes causadores dos acidentes foram impactos contra a pessoa/objetos e quedas de altura.

Dentre as ocupações que mais se acidentaram, alimentador de linha de produção e trabalhador no cultivo de árvores frutíferas

lideram o ranking na cidade, com respectivamente 42 e 39 casos em 2022. Na maioria dos casos, o perfil dos acidentados eram homens de 18 a 24 anos.

Após apresentar uma queda nos últimos anos, o número voltou a crescer. Quando comparado com 2021, o número de acidentes aumentou em 10,3%. Confira abaixo o gráfico com o número de CAT’s nos últimos anos:

Em 2022, público total chegou a 40 mil pessoas. | Foto: Jornal Atual

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

Casos de escorpionismo causam preocupação em Santa Cruz

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

Até o último dia 4 de março, Santa Cruz do Rio Pardo havia registrado 42 casos de escorpionismo registrados no município segundo informações divulgadas pela Prefeitura, o que significa quase um caso a cada dois dias durante o ano de 2023. No ano de 2022 ocorreram 174 casos de escorpionismo na cidade, sendo 38 casos regis-

39 aparições foram registradas no primeiro trimestre

trados apenas no primeiro trimestre.

O problema com os animais repercutiu regionalmente quando uma professora foi picada na escola municipal de educação infantil ‘EMEI Arco Íris', durante seu expediente. Em nota, eles relataram que a funcionária foi assistida e encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia, onde

permaneceu em observação e recebeu alta na tarde do mesmo dia, e que o local havia passado por manutenção de limpeza com roçada de terreno e dedetização semanas antes do acontecimento, conforme cronograma periódico realizado pela Secretaria para o controle de pragas. Segundo informado pela Prefeitura para o Atual, não existe veneno eficaz contra escorpião, e o próprio Ministério da Saúde não recomenda o uso destes produtos, já que biologicamente esses animais são muito resistentes, e percebem facilmente o perigo por meio de seus sentidos aguçados. O uso faz com que os animais se desalojem, ou seja, fazem com que eles saiam de seus esconderijos, aumentando o risco de acidentes. Em casos onde um indivíduo for picado pelo

escorpião, a recomendação é ir imediatamente para a Santa Casa de Misericórdia, hospital de referência para esse tipo de atendimento. Para prevenir seu aparecimento, é possível tomar algumas medidas de precaução como não acumular lixo, restos de materiais de construção e entulhos, que acabam atraindo baratas e insetos que são os principais alimentos para os escorpiões; utilizar tampas nos ralos de banheiro e pias de cozinha e panos nos vãos das portas; fazer a manutenção da caixa de esgoto e da caixa de gordura - escorpião fica escondido durante o dia e sai para caçar à noite; examinar com frequência armários e guarda-roupas; e agitar roupas, toalhas, panos, bolsas e calçados antes de usar.

Bullying: papel dos pais é fundamental para superar a prática nas crianças

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, indica que cerca de 13,2% dos adolescentes no Brasil já foram vítimas de bullying, provocação ou intimidação por colegas de classe. Mas como os pais podem ajudar os filhos a lidarem com essas situações?

Segundo Mariana Guedes Cubas, pós-graduanda em Neuropsicologia e Psicologia Comportamental e Cognitiva, na maioria dos casos a criança que sofre bullying não relata para os pais e nem professores em sala de aula, por ter medo

Segundo pesquisa, 1 em cada 10 estudantes já foram vítimas

ou vergonha das consequências que surgiram. “Os pais devem ficar atentos nas mudanças comportamentais das crianças, como mudanças de humor, sentimentos de raiva e medo sem ter justificativas, isolamento social, apresenta choro sem motivo, desinteresse na escola - onde pede para não ir à aula, apresenta baixo rendimento escolar, alterações alimentares, dificuldades no sono - pode ser que tenha pesadelos, evita relações sociais perde frequentemente o material escolar e apresenta sinais de ansiedade”, explica. Quando isso acontece, é importante que a criança receba acompanhamento psicológi-

co para que possa se recuperar, desenvolver habilidades emocionais, aumentar sua autoestima e se tornar mais independente.

Quando a criança comunica voluntariamente a situação em que está passando, Mariana relata que os responsáveis devem oferecer acolhimento e prestar atenção ao que ela tem a dizer, fornecendo apoio emocional e reconhecendo sua coragem em abordar o assunto, além de assegurar que irão enfrentar essa fase juntos. “Nesse momento é importante que os pais controlem suas próprias emoções, para que a criança se sinta confortável e acolhida, estabelecendo empatia e confiança. Em seguida, tenham uma parceria com a escola, que criará ações e estratégias efetivas para promover um ambiente escolar seguro”, complementa.

Por mais que a maioria dos pais prefere não acreditar, pode ser o seu filho que esteja praticando algum tipo de assédio moral, intimidação, humilhação, discriminação ou outro tipo de comportamento do gê -

nero em ambiente escolar. Nesses casos, a psicóloga indica que os pais devem procurar entender o que está motivando esse comportamento, seja por pressão dos colegas, por querer se destacar, por em algum momento ter sofrido intimidação, por não conseguir lidar com a raiva, ou até mesmo pode ser um reflexo do ambiente onde vive. Ela ressalta que nesse momento, é importante haver uma parceria entre a escola e a família, para promover diálogos construtivos que permitam desenvolver empatia e respeito.

“A família deve enfatizar que esse comportamento é inaceitável, tendo muitos diálogos e aconselhamento, explicando as consequências que esse comportamento resulta. Nesses casos, pode ser que seja necessário, passar por acompanhamento psicológico, para que haja a investigação do desencadeador desse comportamento, e posteriormente trabalhar essas questões, com a escola e família”, finaliza.

Acumulo de lixo e entulho facilita a aparição do animal.

Foto: Jornal Atual

Acompanhamento psicológico se torna essencial na maioria dos casos.

Foto: Arquivo Pessoal

MELHOR PARA OS

PETS E PARA O BRASIL!

essa notícia! A Special Dog Company foi reconhecida pela Humanizadas com o ESG Rating “A” e conquistou o Prêmio Melhores para o Brasil 2023!

O estudo realiza um diagnóstico com centenas de empresas e identifica a qualidade das relações das organizações com seus colaboradores, clientes, parceiros, sociedade e meio ambiente. O resultado da Special Dog Company demonstra alto nível de maturidade organizacional em ESG (meio ambiente, social e governança), satisfação dos clientes, bem-estar, confiança, diversidade, transparência e ética.

Esse resultado faz parte dos nossos valores e compromissos com o desenvolvimento sustentável. Para saber mais, acesse: www.specialdog.com.br/maissustentavel Alimentando pets por um mundo melhor.

Abril Azul: Mães compartilham experiências e aprendizados da maternidade com filhos autistas

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

No mês de Abril, a campanha “Abril Azul” procura trazer conscientização sobre o TEA (transtorno do espectro autista), buscando espalhar informações para a população sobre o tema e reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno. Muitas pessoas tem a falar sobre o tema, como é

Adaptação escolar, acolhimento e preconceitos são algumas das situações vivenciadas

o caso de Heloisa, Ana Paula, Adriana e Sheila, mães de crianças autistas que já viveram diversas experiências com as crianças. Heloisa Ferreira da Silva, 38, é mãe de Laura, 10. Ela conta que o diagnóstico da filha veio quando ela tinha em torno de 2 anos. “Nessa idade ela somente falava três palavras. Sempre

apresentou atraso, para sustentar a cabeça, o tronco, demorou muito para andar, porém como nasceu prematura de 32 semanas, sempre associava a isso. Na época ela já apresentava vários sinais do TEA, porém eu não tinha conhecimento sobre o assunto, somente uma visão limitada”, conta. A menina apresentava sinais como empilhar objetos, comportamentos repetitivos e dificuldades no sono, até que o último fez com que a mãe levasse Laura a um psiquiatra pediatra, que indicou que ela era autista e recomendou que procurasse um psicólogo e fonoaudiólogo.

lá, por conta de algumas dificuldades, que lá são muito bem atendidas, além da forma que ela é incluída. Foi muito mais fácil depois do diagnóstico e das terapias, ela começou a ir para a escola sozinha, não precisei fazer acompanhamento e ir junto com ela, o monitor no ônibus auxiliava o tempo todo”, conta. Ao todo, ela acaba resumindo como muito tranquila toda a parte de adaptação escolar.

Sobre o acolhimento da sociedade de uma forma geral com seu filho João Miguel de seis anos, Adriana Gonçalves de

Souza, 36, explica que foi uma boa experiência. “Se ele acontece de ter uma crise ou algum comportamento inadequado, e falamos que ele tem autismo, a maioria das pessoas são muito acolhedoras, mas como em todas as situações tem aqueles que são mais difíceis. Tem sim que por mais que saibam, julgam, as vezes durante uma crise olha e comenta que é falta de os pais darem educação”, relata.

Sheila Moraes, 39, é mamãe do Isaac, 6, que acompanhamento com profissionais da saúde desde 2019 com equipe

multidisciplinar. “Começamos em Ourinhos e depois passamos aqui pro Centro Integrado do Autista, onde ele passa com terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo, e psicopedagoga”, conta, “o Centro do Autista foi uma vitória imensa pra nós, com uma equipe multidisciplinar com profissionais capacitados para atender nossas crianças”. Em sua opinião, porém, ainda falta infraestrutura nas escolas e capacitação dos profissionais, como professores e monitores, para um melhor acolhimento nesses espaços.

“O Autismo me fez renascer, me fez acordar, me fez superar tantos obstáculos, me redescobri como mulher e principalmente como mãe. Muitas mães me procuram, tirando dúvidas, procurando ajuda, ou até uma palavra de força e amor E hoje eu entendo o porquê Deus me deu o Isaac de presente, porque através dele, eu alcançaria muitas mamães e crianças que precisam de apoio e de amor, e amor aqui tem de sobra.” - Sheila

Foto: Arquivo Pessoal

Para Ana Paula Vieira de Melo, 29, a adaptação escolar da sua filha Valentina, 6, teve muito apoio da professora na escola. “Toda semana conversávamos muito, ela dava dicas e nós colocávamos em prática. A adaptação foi super boa, ela estuda na APAE, não conseguimos ver ainda a capacidade dela de estar em uma escola fora de

“Uma dica que eu dou para as pais, é não fugir do diagnóstico, percebeu algo diferente, a escola relatou algo, procure ajuda de profissionais qualificados. Essa história de que cada criança tem seu tempo, só atrasa o diagnóstico e o começo das intervenções terapêuticas que serão o grande divisor da evolução do seu filho.” - Helo

Foto: Arquivo Pessoal

ACE Santa Cruz é destaque no 20º congresso da Facesp

Marcos Pellegatti

Nos dias 27, 28 e 29 aconteceu na cidade de Atibaia (SP), o 20° Congresso da Facesp que reuniu associações comerciais de todo o estado. A ACE Santa Cruz participou com seu presidente Renan Alves, a gerente Mara Araújo, a gerente de operações Rosângela Custódio e o assessor jurídico Lucas Manzo.

A Associação Comercial de Santa Cruz do Rio Pardo foi apre-

sentada como um case de sucesso pelo Instituto Talentos, devido ao número expressivo de aprendizes e estagiários

contratados através da instituição. O destaque também ocorreu pela instituição ser nalista do Prêmio ACMais De-

senvolvimento no plano de fortalecimento e na matriz de delização. O congresso também ofereceu uma série de palestras e debates sobre temas relevantes para o setor empresarial. Entre os assuntos discutidos estavam soluções tecnológicas para o comércio, as tendências do marketing digital, além de temas como crédito e inadimplência.

O congresso também serviu para fortalecer as parcerias com a certicadora digital Certising

Novidade: ACE e Sicredi rmam parceria para ações promocionais ao longo de 2023

Marcos Pellegatti

Na manhã da sexta-feira, 31, a Associação Comercial e Empresarial de Santa Cruz do Rio Pardo rmou uma nova parceria com o Sicredi. A parceria tem como objetivo promover uma série de ações promocionais ao longo de 2023, com foco em incentivar o consumo local e fortalecer a economia da cidade.

Além das ações promocionais já tradicionais realizadas pela ACE, como Dia das Mães e Dia dos Pais, a grande novidade deste ano será

o retorno do Dia das Crianças ao calendário, e também o sorteio de prêmios reais para toda família o ano inteiro, e no último sorteio do no uma moto zero quilômetro, patrocinada pelo Sicredi.

A parceria foi o cializada em uma cerimônia realizada na agência do Sicredi em Santa Cruz do Rio Pardo, com a participação de colaboradores das duas instituições e parte da diretoria da ACE. A iniciativa representa uma importante oportunidade para a ACE e o Sicredi unirem esforços em

benefício do comércio local e da comunidade.

Para a ACE, essa parceria representa um avanço signi cativo em seu trabalho de fomentar o comércio local e ajudar a promover o desenvolvimento econômico da cidade. Com essa

iniciativa, a ACE e o Sicredi reforçam seu compromisso com a promoção do desenvolvimento local, e a expectativa é que a parceria gere bons resultados para a economia de Santa Cruz do Rio Pardo ao longo de todo o ano de 2023.

e também com a Boa Vista Serviços, que em breve trará a palestra “Como analisar o score de seu cliente”. Participaram do congresso nomes renomados dos setores de marketing, serviços e comércio, bem como a presença do vice-governador do estado de São Paulo, Felício Ramuth, o que demonstra a importância e a abrangência do evento. O congresso também serviu como uma oportunidade para as associações comerciais de todo o estado

de São Paulo trocarem ideias e experiências, estreitando ainda mais as relações entre essas organizações e fortalecendo o setor empresarial em todo o estado.

ACE promove palestra sobre inadimpência no comércio

Na quarta-feira, 19 de abril, a ACE promove uma palestra sobre “Como lidar com a inadimplência no comércio” com o advogado Victor Hugo Maia Coelho.

A palestra será gratuita a todas as empresas associadas e seus funcionários e terá um custo de R$30 aos não sócios.

Victor conta que na palestra terá orientações aos empresários e que a participação pode ajudar a empresa a ter um índice menor de inadimplência, “O empresário será orientado quanto as medidas pos-

síveis para o recebimento de crédito/recuperação de perdido. Caso o empresário se organize e siga tais orientações, ele terá um índice menor de inadimplência em sua empresa”, conta. Segundo Victor será abordado na palestra os cuidados que devem ser tomados pelo empresário na hora de realizar uma venda a prazo e quais os mecanismos estão dispníveis para o recebimento de dívidas. A con rmação de presença pode ser feito através do telefone 14 3332-5900.

ACE Santa Cruz foi finalista do prêmio ACMais e destaque no Instituto Talentos

Parceria foi firmada na agência da cooperativa Foto: Isadora Iaroseski

Vice-governador Felício Ramuth esteve presente no evento em Atibaia (SP).

CIDADE

Novo presidente da Codesan tem histórico conturbado na Prefeitura

Giovana

Após a exoneração do ex-presidente da Codesan, Maurício Saleme, do cargo, o prefeito Diego Singolani (PSD) anunciou o ex-secretário de finanças do município e atual interventor da Santa Casa, João Carlos Zarantonelli, como novo presidente da autarquia. O prefixo “ex” veio por conta de uma ofensa que ele havia proferido contra uma munícipe que foi até a prefeitura na época resolver um pagamento que havia realizado de forma duplicada.

Na ocasião, que ocorreu durante a última semana de dezembro do ano passado, a mulher pediu o estorno do valor pago a mais, mas houve uma discussão onde supostamente ele humilhou a mulher que foi encaminhada até a Polícia Civil, onde registrou um Boletim de Ocorrência contra ele. Após isso, ele foi afastado do cargo e exonerado.

Dois meses depois, no começo de março, o caso foi esquecido rapidamente já que Diego o anunciou como o novo interventor da Santa Casa Municipal, e no final do mesmo mês, como novo

presidente da Codesan.

Na mesma entrevista à rádio, o prefeito o descreve como um “profissional de extrema competência”, que foi o “responsável pela organização financeira da prefeitura após trauma da Sueli Feitosa”.

Sobre o acontecimento do final do ano, ele resume o caso que levou ao afastamento de dois secretários da Prefeitura como uma "intercorrência", e justificando que além de confiar nele, o fato do mesmo ser auditor concursado o levou a escolhê-lo, mas que a decisão foi discutida com outras pessoas do governo e da Câmara: “Dessa forma a gente demonstra também a Câmara Municipal o compromisso nosso com a transparência, o nome do João foi discutido com lideranças de governo, com alguns vereadores e também com os secretários de pasta foi muito bem recebido”.

Por fim, jogando a última pá de terra na cova do caso, ele finaliza que ‘João é uma pessoa muito comprometido que nos últimos meses vem demonstrado equilíbrio para lidar com pessoas e lidar com pessoas e lidar

com situações que me faz crer nesse momento, também principalmente por ser auditor fiscal, ser o principal nome e o mais correto para o cargo de presidente da Codesan’.

Durante o governo de Otacílio, Zarantonelli também causou problemas internos como ofensas à funcionárias do setor em que chefiava e foi o próprio Parras quem teve que pedir para João se controlar. Além de diversas discussões internas nos últimos anos com, principalmente mulheres servidoras, em uma reunião na Câmara o novo presidente quase partiu para agressão com o vereador Juninho Souza no ano passado.

Denúncias

Após denúncias de irregularidades, o então presidente da Codesan Maurício Saleme pediu exoneração do cargo que ocupava na autarquia. Na manhã do dia 31 de março, sexta-feira, ele se reuniu com o prefeito Diego Singolani (PSD), que aceitou sua saída.

Após Maurício admitir que viu o caminhão de uma empresa privada saindo do pátio da Codesan com um carregamento autorizado pelo na época diretor de Operações, Franco Ferraz de Oliveira, que esqueceu de perguntar o motivo da retirada das pedras do pátio da Codesan, e que o monitoramento por câmeras da empresa contratada pela Codesan não estava funcionando corretamente, mas mesmo assim a empresa recebia pelos serviços, a pressão para

a instalação de uma possível CPI sobre o caso aumentou com presidente da Câmara do Vereadores ameaçou pedir a exoneração ou abertura da CPIapós a saída de Maurício, ele afirmou em entrevista que não haveria mais motivo abertura do processo.

Nas palavras do prefeito a uma entrevista na rádio, a CPI seria por motivos políticos e descreveu repercussão do caso como “uma barulheira toda sem tamanho”, já que segundo ele, o problema já havia sido resolvido. “Aceitei a exoneração do Maurício desde que ele votasse ainda nesse primeiro mandato comigo, em outra posição, vamos estudar isso em alguns meses”, afirma sobre a volta do ex-presidente para cargos públicos.

O caso veio à tona na primeira quinzena de março, após denúncia do vereador Juninho Souza (REPUBLICANOS) da utilização de material e máquinas da Codesan para uso em obra particular sem recolhimento de taxas, levando a exoneração do diretor de pátio, Hugo Soares, e o diretor de operações, Franco Ferraz,

O caso gerou protestos dos funcionários da Codesan, que reivindicavam a demissão do presidente da empresa, Maurício Saleme. A situação é semelhante à demissão do ex-secretário de Agricultura, Milton de Lima (PL), em junho de 2021, que também autorizou o uso das máquinas da autarquia em uma

obra particular.

À esquerda, Mauricio Saleme, e a direita, João Zarantonelli. | Foto: Jornal Atual

João Zarantonelli é quem assume o cargo, mesmo com diversas polêmicas nos últimos anos

Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

CULTURA

Dia Nacional do Livro Infantil deve celebrar escritores santa-cruzenses

Giovana Dal Posso jornalismo@jornalatual.info

No dia 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, que ressalta a importância da leitura para crianças, afinal, é na infância que os pequenos desenvolvem seu conhecimento sobre o mundo que está ao seu redor. Ao introduzir o contato com os livros, a imaginação, criatividade, linguagem, e outras habilidades acabam se construindo – ao ler, a criança consegue conhecer lugares que nunca esteve e aprender sobre culturas e hábitos diferentes, além de aumentar as chances de se tornar um ávido leitor quando adulto.

A data foi escolhida como uma homenagem ao autor Monteiro Lobato, que nasceu neste mesmo dia, em 1882, e apesar de sua personalidade problemática, é considerado como o primeiro escritor brasileiro a escrever especificamente para as crianças e teve suas obras adaptadas para as telas, com personagens conhecidos como a boneca Emília, o sabugo Visconde de Sabugosa, o porco Rabicó, entre outros.

Para a felicidade da cultura santa-cruzense, o município conta com diversos autores voltados para o público infantil. Em comemoração a data, o Atual conversou com as escritoras Luiza Venturini e Dulce Pelegatti sobre suas vidas e obras.

Atual - Como surgiu ideia de se tornar uma autora e escrever livros infantis?

Luiza - O que me motivou foi minha filha, eu inventei a história para contar para ela quando era pequena – e hoje a história tem 20 anos de criação. No ano de 2020, durante a pandemia resolvi colocar em um livro, o que me fez reviver muitas emoções.

Dulce - Eu sempre gos-

Em entrevista, as autoras Dulce e Luiza compartilham suas inspirações

tei de ouvir as histórias que meu avô paterno contava. Ele era cheio de causos e histórias inventadas, devo ter herdado dele esse gosto de inventar histórias - mas na verdade meus dois livros infantis são histórias verdadeiras que aconteceu comigo. Apenas coloquei personagens e contei de um jeito fácil para as crianças entenderem, a história de “A Pequena Borboleta”, por exemplo, ficou muitos anos guardada na gaveta. Um dia mostrei para minha amiga Noriko, que já era escritora, e ela me incentivou a tornar a história pública, então fui atrás e consegui transformá-la em um livro, No segundo livro, “Teresa”, já foi mais fácil escrever pois aquele "medinho" tinha transformado em prazer.

Atual - Para você, qual a importância de introduzir a leitura na vida das crianças logo cedo?

Luiza - A literatura faz com que as crianças ativem sua imaginação, fazendo-as se transportar para outras épocas e lugares, podendo viajar.

Dulce - Como professora, conto e leio todos os dias na sala de aula, e também tenho um projeto de todo dia um aluno levar um livro para casa e ler junto com a família. Isso é importante para que a criança aprenda com imaginação, ouvindo, e até lendo as figuras. Tudo contribui para a aprendizagem e desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas, digo para os pais que devemos ler para a criança desde que nascem.

Atual - Quando criança, você tinha hábitos de leitura ou algum livro que gostasse muito?

Luiza - Eu comecei a ler pelo exemplo de ver minha mãe lendo, o livro que mais gostei de ler que me

lembro foi “A montanha encantada”.

Dulce - Minha infância foi muito pobre, não tinha livro, raras vezes peguei um na mão. Minha irmã mais velha ganhou um livro de sua professora e eu morria de vontade pegar aquele livro, mas ela não deixava. Um dia peguei escondido e me deliciei com ele. Talvez isso contribuiu para a paixão com livros.

Atual – Pode contar um pouco sobre suas obras?

Luiza – Meu livro “A minhoquinha” conta as aventuras de uma minhoquinha enquanto passeava por um jardim florido. Quando criei essa história, contava para minha filha e sempre tinha um final diferente, cada vez que a minhoquinha saia para passear aconteciam novas aventuras e eu ia mudando o final. Ao publicar o livro foi como uma homenagem para minha mãe e para minha filha. Foram momentos emocionantes, desde o

dia que eu decidi colocar a história no papel. Todas as vezes que conto sobre o livro me emociono.

A coisa mais gratificante que eu nem imagina foi poder ver as crianças lendo, contando para mim que conhecem a história e a administração delas por mim ao me conhecer como autora escritora.

Dulce - Meu primeiro livro "A Pequena Borboleta " fala de uma borboletinha que nasceu com uma pequena deficiência em suas asas, e isso a deixava muito triste até que um dia ela teve incentivo de sua mãe para superá-lo.

O segundo livro "Teresa", lançado o ano passado, fala de uma menina muito tímida que sofria com os bullying na escola, e conta como ela venceu tudo isso. São temas que trabalhamos em todos os lugares. recomendo para as crianças. É uma leitura fácil e com belas ilustrações feito pelo também santa-cruzense Diogo Ladeira.

Luiza Venturini, junto com sua filha e sua mãe. | Foto: Arquivo Pessoal