Jornal da Batalha, edição de agosto de 2012

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PORTE PAGO

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Valerá a pena emigrar para fugir à crise?

São Mamede quer apoio da GNR de Fátima

Histórias de quem deixou o concelho à procura de uma vida melhor

Presidente da junta reclama mais policiamento na freguesia

Biblioteca quer usar iPad para ganhar leitores

Dispositivo será utilizado em projeto de recolha de tradições

| DIRETOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 265 | Agosto de 2012 |

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Óscar Mundial do Folclore atribuído a batalhense W pág. 6

QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões Largo Mestre Mateus Fernandes APARTADO 24 Telf: 244 767 720 Fax: 244 767 228 2440-901 BATALHA

Wpág. 5 Comerciantes contestam obras na Estrada de Fátima Há quem fale em quebras de 50 por cento no negócio. Câmara garante que maioria está satisfeita

Wpág. 11 Município quer encaixar mais de meio milhão com venda de lotes

Fogo destrói fábrica de plásticos em Casal Mil Homens As chamas consumiram boa parte das instalações da empresa Viplás, ao início da tarde de sábado, dia 25. Uma centena de bombeiros de vários pontos do distrito esteve envolvida no combate ao incêndio

que colocou em causa o funcionamento de uma empresa exportadora que emprega duas dezenas de pessoas. Apesar do susto nas habitações vizinhas da empresa, não há danos pessoais a lamentar.

Quatro terrenos do Largo 14 de Agosto de 1385, vão ser alienados em hasta pública no mês de setembro

Wpág. 8 Presidente do Benfica recebido por multidão na visita à Batalha A inauguração da Casa do Benfica na Batalha atraiu largas centenas de adeptos do clube encarnado


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Opinião Espaço Público

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_ Editorial

Baú da Memória

Uma questão de justiça

Na morte do historiador José Hermano Saraiva Com a morte do Professor Doutor José Hermano Saraiva abre-se, nas televisões, um vazio na capacidade, senão na arte, de transmitir a Cultura, a História neste caso específico. O Professor Hermano Saraiva conseguiu-o duma forma aliciante e, embora algumas vezes controverso, a verdade é que deu a conhecer à multidão dos telespectadores

factos e figuras que sem os seus programas, em que revelava singular poder de comunicar e de cativar, seriam ignorados pela maioria dos Portugueses. Tive a honra de o acompanhar em pelo menos quatro visitas à Batalha e ao seu concelho. Na última, ainda fui com ele à Quinta da Várzea, a Santo Antão, a Aljubarrota e ao Mosteiro. Foi o último programa

que fez, já doente, da Capela do Fundador. Em 14 de Agosto de 1998, o historiador visitou a exposição do pintor Mestre José Manuel Soares, em que colaborei com textos poéticos alusivos aos quadros. Na fotografia estão o autor destas linhas seguindo-se, da esquerda para a direita, Ângela Vimonte, pintora e mulher de Mestre José Manuel

Soares, Dr. Eduardo Saraiva, pintor José Manuel Soares, Professor Doutor José Hermano Saraiva e esposa. A exposição subordinou-se ao tema “Os Descobrimentos Portugueses e o Manuelino” e realizou-se, com o patrocínio da Câmara Municipal da Batalha, na galeria municipal Mouzinho de Albuquerque.

L Cartas

Apostar na prata da casa

A ponte pálida

Ao ler o jornal da Batalha nº263, vi que estava previsto a vinda de dois famosos artistas às Festas da Batalha e que para tal a respetiva entrada será paga, nada do outro mundo. Porém, esses senhores artistas de grande gabarito não dão nada a ninguém, e eu pergunto: em tempos de crise, porque não trazer jovens artistas que têm passado pela RTP, TVI, etc…? É que com o cachet cobrado por esses senhores, trazia-se cá meia dúzia que até agradeciam. Porque não os nosso artistas da região, que tão boa figura fazem em vários serões que nos têm proporcionado na Batalha em frente ao Café Brogueira. Golpilheira, 20 de junho de 2012 Um leitor devidamente identificado

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos dos Santos Almeida (C.P. nº 2830)

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Jornal da Batalha

Não sou entendido. Não me arrogo o direito de afirmar sem qualquer dúvida que o trabalho está mal feito. A zona está bonita e o sítio é agradável para um passeio. Mas será que a antiga ponte que, durante anos foi porta de entrada da Batalha, foi pensada para ser branca como a cal? Esta é uma pálida imagem do que a ponte já foi. Manuel Ferreira Batalha Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário Região de Leiria Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

É, antes de mais, um ato de justiça. José Travaços Santos, ilustre batalhense, será galardoado, em dezembro, com o Óscar mundial de folclore, assunto sobre o qual lhe damos mais pormenores na página seguinte, à sua direita, caro leitor. Em boa verdade qualquer batalhense, mesmo o mais distraído, terá certamente ouvido falar de José Travaços Santos. Os mais atentos saberão ainda a relevância que este historiador e etnógrafo representa para a Batalha, a região e mesmo o país. Será difícil encontrar alguém com maior paixão e interesse pelas raízes de um povo. Será virtualmente impossível vislumbrar quem empregue mais dedicação à sua causa, que deveria ser a de todos nós: a defesa de uma identidade. O Óscar é, por isso e por muito mais, apenas um pormenor na vida preenchida deste homem de cultura. É, sem dúvida, um prémio prestigiante. Mas um mero pormenor para quem tem uma vida inteira de exemplos de dedicação e trabalho na pesquisa, dinamização e divulgação da identidade lusa, estremenha e batalhense. É igualmente, e com naturalidade, que o JORNAL DA BATALHA se associa ao aplauso a José Travaços Santos: ele que honra estas páginas com a sua colaboração. Por uma vez, a frase “e o Óscar vai para…” tem uma resposta óbvia: José Travaços Santos.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Atualidade Batalha

Casa do Povo do Reguengo com mais atividades

Atualidade

Batalhense recebe Óscar Mundial do Folclore m É uma das mais relevantes distinções na área da cultura popular e será atribuída a José Travaços Santos

José Travaços Santos, etnógrafo e historiador batalhense vai ser galardoado com o Óscar Mundial do Folclore. O prémio será entregue numa cerimónia que decorrerá a 1 de dezembro em Guimarães. É com a humildade que o caracteriza que José Travaços Santos comenta esta distinção, retirando a carga individual do galardão: “Não acho que mereça o prémio, há bastantes pessoas no país com valor nesta área, mas sendo atribuído a alguém da região, penso que é prestigiante para a região de Alta Estre-

madura e para a Batalha”, comenta. Lembra ainda que este Óscar permite igualmente dar o devido relevo ao Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, agrupamento que integra. “Este é um prémio que é também do agrupamento, pois o trabalho que aí se desenvolve é um trabalho de equipa”, salienta. Contudo, a realidade tem deixado claro o empenho e dedicação emprestados por José Travaços Santos à etnografia e à cultura da região estremenha. O etnógrafo batalhense tem sido um dos principais impulsionadores do Rancho Folclórico Rosas do Lena, agrupamento que tem estado na base das galas internacionais de folclore que todos os anos se realizam na Batalha. Acresce naturalmente o museu etnográfico do rancho, instalado na Rebolaria, para além da Casa da Cultura. José Travaços Santos tem várias obras publicadas, muitas delas dedicadas a aprofundar a história e os costumes da Batalha e da região. É ainda autor de vá-

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rios livros de poesia e um profundo conhecedor das tradições da nossa região. O etnógrafo batalhense é uma das três personalidades portuguesas que serão agraciadas com o Óscar Mundial do Folclore, dia 1 de dezembro em Guimarães, numa cerimónia integrada na pro-

gramação de Guimarães Capital Europeia da Cultura. O Óscar do folclore pretende salientar o empenho pela divulgação da cultura popular. E desta feita, a Batalha conta com um justo galardoado.

8 de agosto, o Rancho Folclórico Rosas do Lena, deslocou-se aos Açores, a fim de participar na Mostra Atlântica de Folclore – Festival Internacional da Relva (Ponta Delgada). A organização deste festival é do Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva, que convidou o grupo batalhense, que ali se deslocou 18 anos depois de o ter feito pela primeira vez, tendo na altura “alcançado um enorme êxito”, como refere o presidente do Rosas do Lena, José António Bagagem. Segundo o responsável, o balanço desta deslocação aos Açores “é bastante positiva, pois, para além de revermos os amigos, fomos bastante aplaudidos”, pelo que “lhes formulámos um convite para que estejam presentes na XXVIII Gala do Folclore da Batalha”, a realizar no próximo ano, coincidindo com “a comemoração dos cinquenta anos no nosso agrupamento”.

18 ANOS DEPOIS NOS AÇORES. Entretanto, de 2 a

Armindo Vieira Carlos S. Almeida

A Casa do Povo do Reguengo do Fétal está a equacionar a abertura de novas atividades. “Este ano estamos a trabalhar em diversificar a oferta no âmbito desportivo, para atrair população”, salienta Tiago Duarte, da direção da coletividade, citado pelo jornal Diário de Leiria. Aquele responsável adianta que a direção pretende avançar com aulas de Karaté, de Hip-Hop e de Yoga, que decorrerão “numa sala remodelada, e que se tornou mais intimista do que o salão polivalente”.

Hip-hop e ginástica na Golpilheira Estão já a decorrer as inscrições para as aulas de dança hip-hop que vão decorrer, a apartir de 17 de setembro, no Centro Recreativo da Golpilheira, abertas aos interessados com mais de três anos de idade. As inscrições podem ser realizadas na coletividade ou contactando o número 91943129. Entretanto, também dia 17 de setembro arrancam as aulas de ginástica (Step, localizada e aeróbica) na coletividade da Golpilheira. As inscrições podem ser efetuadas no Centro Recreativo da Golpilheira.

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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Incêndio atinge fábrica de plásticos em Casal Mil Homens m Quase uma centena de bombeiros de diversas corporações do distrito estiveram envolvidas no combate às chamas numa empresa de plásticos na aldeia de Casal Mil Homens, Golpilheira. Apesar dos prejuízos, responsáveis da empresa querem retomar a laboração

Cerca de uma centena de bombeiros combaterem as chamas que deflagraram nas instalações da empresa Viplas, em Casal Mil Homens, ao início da tarde de sábado, dia 25 de agosto. A coluna de fumo negro, visível a vários quilómetros de distância, deixava perceber a gravidade do incêndio que não

terá tomado maiores proporções atendendo à pronta ação dos bombeiros. O fogo na zona de armazenamento da empresa, junto às instalações de outras empresas e de várias habitações, chegou a gerar alguns receios entre os vizinhos da empresa, não se tendo contudo registado

incidentes ou danos significativos fora do perímetro da empresa. E apesar do aparato, que obrigou ao corte do trânsito na zona, não se registaram danos pessoais em consequência do incêndio que deflagrou cerca do meio-dia e que uma hora mais tarde estava extinto, muito embora os trabalhos

de rescaldo se tenham prolongado. Aliás, o impacto do incêndio foi sentido também nas habitações da zona que ficaram várias horas sem acesso ao fornecimento de energia elétrica. No combate às chamas estiveram envolvidos 30 veículos e 96 bombeiros de diversas corporações do dis-

trito. As chamas acabaram por provocar a destruição de uma vasta zona de armazenagem de caixas de plástico, fabricadas na Viplás, empresa com cerca de duas dezenas de funcionários. O empresário responsável pela empresa terá já dado a indicação da intenção de retomar a atividade da em-

presa assim que for possível, visando dar resposta às encomendas da empresa. Há cerca de três décadas que a empresa liderada por Vítor Alberto trabalha na área da injeção e extrusão de plásticos, operando com duas marcas Viplás Material Elétrico e Viplás Pack.

Biblioteca aposta em iPad para seduzir leitores A ideia é utilizar o “tablet” da Apple para ajudar miúdos e graúdos a cimentar os hábitos de leitura. A Biblioteca da Batalha está a preparar o projeto que aposta em usar o iPad como ferramenta tecnológica para que os idosos escrevam um livro eletrónico e para que os mais jo-

vens descubram obras sobre o concelho da Batalha. O projeto denominado “E-leituras” – Ler, Ouvir e Saber, foi aprovado pela Fundação Calouste Gulbenkian, e deverá implicar um investimento na ordem dos seis mil euros. Já em setembro, avança a recolha de tradi-

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ções e lendas, junto de idosos de três instituições particulares de solidariedade social do concelho. Na Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal e Centro Social e Paroquial de São Mamede, o iPad

será uma nova ferramenta que para além de permitir o manuseamento do livro eletrónico, abre portas a uma familiarização com as novas tecnologias. O livro eletrónico produzido pelos idosos, juntarse-á a outras obras em formato digital (e-books) que

passarão a estar disponíveis na Biblioteca da Batalha, incluindo o pólo de São Mamede. Aí, no próximo ano, os utentes poderão usar as funcionalidades do iPad para descobrirem os livros que, apesar de dispensarem o papel, deverão contemplar vá-

rios autores consagrados da literatura portuguesa. Em simultâneo deverá ser criado um acervo digital com várias obras sobre o concelho da Batalha. Objetivo: atrair os mais jovens para a leitura.

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Atualidade Batalha

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Foto: David Moreira

Museu atende turistas

Obras na Estrada de Fátima alimentam polémica m Está longe de ser consensual a intervenção efetuada pela Câmara da Batalha na Estrada de Fátima, em plena vila da Batalha. Antes do verão arrancaram as obras que alteraram o trânsito naquela artéria, reduzindo a circulação a um só sentido em quase toda a extensão daquela rua e apenas possibilitando a circulação no sentido de entrada da vila Com as obras terminadas, a Câmara da Batalha procedeu a um inquérito aos comerciantes e utilizadores da rua. Objetivo: aferir sobre a satisfação com a intervenção. Também o Jornal da Batalha saiu para a rua e ouviu vários comer-

ciantes daquela zona. E a diversidade de opinião é grande. Há quem garanta que as obras e as alterações no trânsito acarretaram pesados prejuízos. Responsável pelo posto de combustíveis à entrada da rua, Pedro Coelho fala em quebras de volume de negócios que rondam os 50 por cento. “As consequências são graves e a perda de clientes foi enorme”, lamenta, referindo que mesmo os clientes mais fiéis “não estão para ter o trabalho de dar a volta enorme a que estão obrigados para chegar aqui”, explica. Pedro Coelho acrescenta que naquela zona da vila já não se nota o afluxo de turistas e que os meses de verão com uma faturação mais generosa e que ajudavam a equilibrar as contas, este ano não se verificaram. “A continuar assim, vou ter de dispensar um funcionário no final do ano”, desabafa. Para Pedro Coelho, o ideal seria a ma-

nutenção dos dois sentidos, não sendo possível, que seja invertido o sentido atual. António Cerejo tem a seu cargo um talho na estrada de Fátima. E lamenta as alterações efetuadas. “Ficou péssimo, tenho uma quebra no negócio na ordem dos 60 por cento”, adianta. A zona ficou mais bonita, concorda, mas não é nada funcional. “Eu queria era que nos devolvessem o sentido de trânsito que nos foi roubado”, diz, lamentando que a autarquia nunca lhe tenha dado resposta à proposta de cedência de terreno para as obras, visando a manutenção dos dois sentidos. Já Armando Ceiça, responsável de uma oficina de reparação de motos e bicicletas, adianta que atendendo às largas décadas que leva no local, não sentiu impacto no negócio pois “quem quer vir cá sabe onde estou”. Já no ponto de vista de Vítor Madeira, da unidade hoteleira Casa do Ou-

teiro, “seria possível a manutenção das duas vias com passeios um pouco mais estreitos”. Não obstante, não nota impacto no seu negócio ainda que, afirme, tenha que ter cuidados reforçados a explicar o caminho para aquela unidade hoteleira, atendendo à volta que é necessário dar para chegar ao local. Ta mbém Germa no Pragosa, comerciante naquela zona e presidente da Junta da Batalha, discorda da situação atual: “Não deveriam ser suprimidos os dois sentidos no trânsito, mas já que foi essa a indicação dos técnicos, entendo que o sentido no trânsito actual está contra o normal funcionamento de toda a zona envolvente ás obras. Por isso sou a favor da sua mudança. Considero aliás, muito importante esta nova solução, para se poder minimizar alguns constrangimentos sentidos depois das obras,

a todos os comerciantes e habitantes da rua”. Contudo, de acordo com António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, a maioria dos comerciantes da zona avaliou positivamente o percurso e o circuito de trânsito. Em concreto, foram 62 por cento dos comerciantes que avaliaram de forma positiva aqueles dois indicadores, revela. Para o autarca, importa não esquecer que nenhuma intervenção pode ser feita sem provocar “constrangimentos para as populações e é natural que alguns clientes não tenham ido àquela zona”. Mas na análise do recuo da faturação não se pode, entende, descurar a atual conjuntura económica negativa. No seu entender, “tendo melhorado as condições da via na acessibilidade e com a criação de condições para alguma permanência pedonal, se houver comércio apetecido, as pessoas vão lá”.

Para além da sua habitual função, durante o mês de agosto, aos fins de semana, o atendimento aos turistas na vila da Batalha será efectuado no Museu da Comunidade Concelhia, localizado no Largo Goa, Damão e Diu. A medida foi anunciada pela Câmara da Batalha, depois de ter sido conhecido que por constragimentos financeiros, o atendimento no posto de turismo da Batalha estava comprometido aos fins de semana. O aproveitamento do museu para prestar apoio aos turistas é uma medida provisória, esclarece o presidente da Câmara da Batalha que refere estar a tentar junto do IEFP, assegurar o recrutamento de funcionários que permitam minimizar o problema no posto de turismo.

Leiria contesta portagens A Câmara de Leiria deliberou por unanimidade recomendar ao Governo o fim das portagens das autoestradas IC36 e na A19 (Variante da Batalha). A tomada de posição surge depois da publicação dos resultados de circulação naquelas vias, que segundo a Estradas de Portugal é bastante superior ao previsto. “Tendo em conta a situação de crise que se vive em Portugal, a maioria dos portugueses prefere optar por uma via não portajada (IC2), mesmo que tenha mais movimento e seja mais insegura, do que por uma via portajada (A19)”, lê-se na moção aprovada dia 7 de julho pelo executivo.

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O regresso a África

A opção norueguesa

“A experiência tem sido muito gratificante a todos os níveis, principalmente a nível pessoal. Aumenta-nos as nossas capacidades de contornar ou resolver situações para as quais não estamos habituados ou não estamos preparados. O balanço até ao momento não poderia ser mais positivo”, descreve Nuno Miguel Repolho, 37 anos, consultor da Batalha que desde 2008 está em Luanda, Angola. “Saí em 2008, para trabalhar numa empresa de Leiria aqui em Luanda. Vim porque era meu desejo voltar ao continente Africano, visto que em 1999 e 2000 trabalhei também para uma empresa Portuguesa, mas em Maputo, Moçambique. Em 2009 saí da empresa onde estava e comecei a trabalhar por conta própria como consultor de algumas empresas Angolanas e como Broker. Neste momento estou a iniciar um projeto industrial meu, cá em Luanda”, explica. A integração foi fácil, revela, e garante que o balanço é muito positivo. Ainda assim, no que se refere ao que menos gostou quanto ao país de acolhimento, aponta “o modo de viver, a pobreza e o lixo nas ruas. Contudo, neste momento nota-se o grande esforço que as entidades competentes, pois as melhorias são por demais evidentes a cada dia que passa”.

Há cerca de um mês atrás, Andreia Cordeiro, 25 anos, deixou a Batalha e rumou à Noruega. É agora mais uma engenheira civil a trabalhar na indústria petrolífera na Noruega. “Depois de três anos de dedicação a uma empresa de estruturas metálicas da zona de Porto de Mós, quando nada o fazia esperar, vi-me numa situação de desemprego”, explica. “Depois de dois longos meses sem encontrar trabalho em Portugal, e desafiada por um amigo na mesma situação, fui a uma feira de emprego”. Adianta que “uma empresa atuante na indústria petrolífera mostrou interesse no meu currículo e depois de várias entrevistas era óbvio para mim que a Noruega era um dos países com melhores condições de trabalho, onde os trabalhadores não só têm deveres mas também direitos, direitos que os empregadores fazem questão que sejam usufruídos”. Acabou por ser selecionada. E “a adaptação tem sido bem mais fácil do que imaginava e a empresa deu uma grande ajuda nas questões burocráticas e na mudança em si”. Os preços elevados são o principal senão, de resto “o país até agora só me tem mostrado coisas boas, desde a extrema organização, à diferença entre classes sociais que não existe”.

p Elsa da Fonseca (e marido) assegura que sair do país deve obrigar a reflexão profunda

Quando sair é a solução m A emigração é cada vez mais uma opção, sobretudo para os mais jovens e qualificados, como se pode constatar nos dois exemplos que publicamos nestas páginas. Contudo, os emigrantes de longa data alertam ser necessário pensar bem antes de decidir deixar o país

A emigração no concelho está a aumentar, tal como se verifica em todo o país. O recente encontro de emigrantes, no dia do município, a 14 de agosto, foi o pretexto para abordarmos esta questão. Batista de Matos, que durante décadas foi igualmente um elemento que engrossou a comunidade lusa em França, tendo inclusivamente desempenhado funções enquanto conselheiro das comunidades portuguesas, reconhece que tem sido abordado por batalhenses que equacio-

nam sair do país. Batista de Matos lamenta que pelo facto de se ter “mentido às pessoas”, com base num país que efetivamente não existia, se tenha criado a realidade que obriga à saída de muitos. “Andámos a fazer deslizar Portugal para um beco sem saída”, explica. Agora, entende, “os emigrantes que vão para fora, dotados de habilitações superiores, vão aprender com o seu próprio corpo o que é a vida e o que é o desdém por parte dos outros. A minha experiencia, essa experiência, não é em vão, porque vão aprender”, considera. Elsa da Fonseca, natural do distrito de Viseu, mas com casa na Batalha há 16 anos, já conta também com mais de meio século de emigração em França, na zona dos Pirenéus. E deixa o alerta: antes de emigrar será melhor equacionar bem esse cenário. Esta responsável da Associação France Portugal, reconhece que têm crescido os pedido de ajuda por parte de portugueses que chegam a França. “Não podemos

dar ajuda financeira porque não temos meios, a ajuda que damos passa por apoio nas questões burocráticas e nos contactos para encontrar alojamento e de facto há muitos portugueses que chegam nesta altura”. No seu entender, os novos emigrantes devem levar em conta a diferente realidade que vão encontrar: “quem tem uma vivenda, ainda que viva sem muito dinheiro, não vai encontrar os mesmos valores nem a mesma maneira de viver. Há cinco e seis pessoas que partilham apartamentos T1 ou T2. Por exemplo, aqui vaise tomar café, em França é raro e não se toma o pequeno-almoço fora de casa. Lá, um pequeno-almoço custa sete ou oito euros no mínimo”. No seu entender, a situação em Portugal será complicada para quem não tem emprego, mas quem tem um rendimento mensal de 500 ou 600 euros e um local onde cultivar alimentos, tem melhores condições para assegurar uma melhor qualidade de vida que quem ganhar 1.200 euros em França. “Ganha-

se mais mas as coisas são mais caras”. Acresce que por cá “como carne e fruta e sabe melhor”. ESPERANÇA NUM INVERSÃO DA SITUAÇÃO. António Lucas reconhece que na autarquia chegam ecos de um recrudescimento da emigração. “Nos últimos anos o fluxo era de imigração agora é novamente de emigração com os jovens a sair, mas espero que esta situação não se mantenha por muito tempo, porque os jovens são fundamentais para o futuro do país”. O autarca reconhece que o desemprego no concelho tem aumentado, sendo que em julho se registava uma taxa de 7,15% de desemprego, ainda assim, menos de metade da taxa nacional. Teme que uma vez ultrapassado o mês de férias, algumas empresas possam não abrir portas, agravando o fenómeno, mas adianta ainda que existem alguns setores da economia do concelho que têm apostado na inovação e na exportação e têm registado bons resultados.

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Atualidade Batalha

Assalto em São Mamede leva presidente a reclamar apoio de Fátima m Dependência bancada foi assaltada e o presidente da Junta de São Mamede deixa a sugestão: se a freguesia está longe da Batalha, por que não contar com o apoio da GNR de Fátima? O assalto à dependência de São Mamede da Caixa Geral de Depósitos, pelas 15 horas de dia 22 de agosto, motiva novo apelo do presidente da Junta local. Silvestre Carvalhana recorda que a sua freguesia, por estar distante da sede de concelho, está desprotegida em termos de segurança. E deixa a sugestão: por que não existir um reforço por

p Silvestre Carvalhana parte da GNR de Fátima? Tudo de passou ao início da tarde de quarta-feira, dia 22. Um homem entrou na dependência de São Mamede e terá ameaçado deitar fogo a um líquido combustível caso não lhe fosse entregue dinheiro. Conseguiu roubar três mil euros e o caso está a ser investigado pela Policia Judiciária. Para além deste mais

recente assalto, Silvestre Carvalhana lembra outros acontecimentos recentes, como é o caso dos assaltos ao colégio local e a diversos particulares. “Estamos muito longe da Batalha, mas se a organização da GNR fosse diferente, seria mais fácil para nós”, sublinha. O autarca entende que faria sentido equacionar o apoio por parte da GNR de Fátima: “estão a dois minutos de São Mamede e poderiam dar um apoio, não sei se será falta de vontade ou uma questão de organização interna”, afirma. A verdade, explica, é que se vive um clima de insegurança na freguesia: “as pessoas estão inseguras e a situação está cada vez mais complicada, aqui como noutras partes do país”.

Pia do Urso recebeu 700 utilizadores O Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso e a rede de trilhos que lhe estão associados, foi usado por cerca de 700 utilizadores, provenientes de vários pontos do país, durante o mês de julho. Os números são da Câmara da Batalha que, em comunicado, aponta para a “procura crescente” registada naquele equipamento.

“Os números referentes à utilização desta infraestrutura desportiva e turística são muito animadores”, adianta a autarquia. O centro de BTT, situado na freguesia de São Mamede, foi inaugurado em março do ano passado e é o primeiro do país homologado pela UVP/Federação Portuguesa de Ci-

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António Cerejo Rua António Cândido da Encarnação, nº 24 A 2440-036 Batalha Telefone: 244768405 Telefone (Residência): 244 765 872 Telemóvel: 967792920

clismo. Conta com um edifício dotado de balneários, instalações sanitárias, área informativa e uma zona para lavagens e pequenas reparações das bicicletas. Dispõem ainda de uma rede de trilhos cicláveis, sinalizados, que perfazem uma extensão de 265 quilómetros, divididos em quatro níveis de dificuldade.

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Incerteza quanto ao futuro da Iserbatalha O futuro da Iserbatalha, a única empresa municipal do concelho, está à mercê da interpretação de um dos itens do novo regime jurídico da atividade empresarial local. O novo regime foi aprovado em julho, mas ainda aguarda publicação em Diário da República. O texto legal estipula uma série de condições que poderão levar à extinção, no prazo de seis meses, das empresas municipais. E basta que uma das situações ocorra para que o fim da empresa se torne obrigatório. O presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, acredita que com base na nova lei, não deverá colocar-se o problema de extinção da empresa Iserbatalha, que emprega cerca de oito dezenas de funcionários. Contudo, admite que a autarquia já solicitou pareceres para clarificar um dos itens da lei. A questão prende-se com a obrigatoriedade de que mais de 50 por cento do volume de negócios da empresa seja proveniente de faturação externa. A dúvida centra-se em perceber se os contratos programa – nomeadamente aqueles que são formulados com o município – são entendidos como faturação externa. Em caso afirmativo, a Iserbatalha não corre o risco de desaparecer. Mas se o entendimento for o inverso, a empresa

p Empresa gere o museu que gere as piscinas municipais, o museu e tem a seu cargo as brigadas florestais, para além de outras funções na área dos espaços verdes e educação, deverá cessar a atividade. E se isso acontecer, para além do efeito negativo dos despedimentos, António Lucas lembra que ficará mais caro ao erário público ser a autarquia a assegurar aquelas funções: os funcionários autárquicos têm um horário de trabalho mais reduzido e uma média salarial mais elevada, explica. “A continuidade de muitas atividades poderia ser colocada em causa”, adverte.


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Batalha Desporto

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Jornal da Batalha

Desporto

Luís Filipe Vieira inaugura Casa do Benfica na Batalha m Meio milhar de pes-

Uma verdadeira maré vermelha invadiu a rua Dona Filipa de Lencastre no passado dia 17, na Batalha. “Estão mais pessoas do que quando esteve cá o Presidente da República”, ouvia-se entre os presentes. Na verdade, ninguém sabe quantas pessoas estiveram num momento e no outro, mas muitos foram os que não quiseram perder a inauguração da Casa do Benfica na Batalha e ver de perto Luís Filipe Vieira, presidente do clube. O dirigente do clube en-

LEC

soas marcou presença na inauguração da casa nº 241 e aplaudiu o presidente do clube. Espaço vai criar secções de atletismo e natação

carnado foi recebido nos Paços do Concelho por António Lucas, um sportinguista assumido, que se confessou rapidamente. “Sou simpatizante do vosso adversário da segunda circular mas acima de tudo gosto de desporto e aqui os clubes têm um papel fundamental”, disse o

autarca, que acredita que a Casa do Benfica terá um papel fundamental para cativar os mais novos para as atividades desportivas. Durante a cerimónia, António Lucas ofereceu ainda a chave do concelho a Luís Filipe Vieira, que respondeu com a entrega de um

galhardete do Benfica “ao único sportinguista presente na sala”. “Este é para colocar na sua secretária”, brincou o dirigente desportivo. A festa benfiquista prosseguiu com a inauguração oficial do espaço e contou com a presença de José Augusto, antigo jogador do clube en-

Atleta olímpica vence na Batalha A aleta olímpica Clarisse Cruz, que em Londres obtve o 11º lugar na final dos 3.000 metros obstáculos e que se destacou nas meias-finais ao conseguir o apuramento depois de uma queda, marcou presença no Grande Prémio Mestre de Aviz no passado dia 14 de agosto, na Batalha. A atleta do Sporting foi a vencedora em senhoras e Hermano Ferreira, do Grupo Desportivo da Conforlimpa, foi o primeiro classificado na prova com 6,3 quilómetros de extensão, entre São Jorge e a Batalha. Na ocasião, Clarisse Cruz foi homenageada pelo município da Batalha e parti-

lhou o pódio feminino com Carla Machado, da União Desportiva da Várzea e Cátia Teixeira da ACDR Senhora do Desterro. De acordo com a Associação Distrital de Atletismo de Leiria, a melhor leiriense foi Carina Matias do Clube de Atletismo da Barreira, na 4ª posição. Nos homens, o 2º lugar foi para António Silva, Juventude Unida dos Fornos, seguido de Filipe Rosa, do Grupo de Atletismo de Fátima. O melhor classificado, dos clubes federados na Associação Distrital de Atletismo de Leiria, foi Bruno Rodrigues, da Juventude Vidigalense, que ocupou o 10º posto.

Nas juniores venceu Alexandra Rosa da Casa do Benfica de Abrantes. Nos juniores Vasco Rosa, do GA Fátima foi o melhor. Nos juvenis masculinos, o triunfo a pertenceu a Ivo Madureira, do Clube de Atletismo de Óbidos. Na classificação coletiva, a vitória coube à Juventude Unida de Fornos. Concluíram esta competição de estrada 303 atletas, mais 17 que no ano passado. Nessa manhã, decorreu ainda a 5ª Prova de Atletismo “Batalha Jovem”, prova que contou com a presença de jovens alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha. Em benjamins, venceram Carolina

Santos (CA Óbidos) e Tiago Manso (GA Caranguejeira). A segunda prova, para os infantis, foram declarados vencedores Sara Duarte (UD Várzea) e Tobias Ferreira (Individual). Em iniciados saíram vencedores Mariana Silva (CBA) e Fábio Ferreira (Individual), tendo chegado no 2º posto Tatiana Santos (CBA) e Bernardo Pereira (GAC), com a 3ª posição a pertencer a Sara Bagarem (AE Batalha) e a Bruno Pereira (CR Amieirinhense). Nas juvenis as três primeiras posições foram ocupadas por Diana Pina (CA Óbidos), Joana Santos (JV) e Tatiana Silva (CB Abrantes).

tre 1959 e 1970 e jogador da seleção nacional, que descerrou a lápide juntamente com Luís Filipe Vieira e António Caseiro, presidente da recém inaugurada casa. E foram muitos sócios, adeptos e simpatizantes que aproveitaram para “roubar” um autógrafo e uma fotografia a Luís Filipe Vieira, Carlos Lisboa (diretor das modalidades do Benfica e ex-jogador de basquetebol) ou até com a águia Vitória que fez as delícias de muitos. Vieira elogiou o trabalho da direção da nova Casa e destacou o mérito associativo do espaço. “É por aí que somos cada vez mais benfiquistas. Vamos continuar a senda que todos desejam, com transparência completa no desporto e a ganhar dentro de campo”, referiu. Recorde-se que a Casa do Benfica na Batalha foi criada em maio de 2011 e abriu portas em outubro do mesmo

ano. Com o número 241, reúne duas centenas de sócios e vai iniciar atividades com as secções de atletismo e natação e a formação de um grupo coral. António Caseiro, presidente da Casa do Benfica local, mostrou-se satisfeito com a data escolhida para o feito: “A um dia do arranque do campeonato, esta cerimónia revela a real importância que a região centro tem para o clube”, disse. Convidou ainda Luís Filipe Vieira a recandidatar-se para novo mandato. “Consigo estaremos mais próximos para festejar mais um campeonato”. Nas vésperas do jogo com o Sp. Braga, o jantar de homenagem ao presidente, na Aldeia de Santo Antão, ficou ainda marcado pelo discurso de Luís Filipe Vieira que criticou duramente as declarações de Pinto da Costa sobre o caso Luisão e recordou casos de corrupção desportiva. Marina Guerra


Jornal da Batalha

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Cultura Batalha

Teatro regressa em setembro à Batalha

Cultura

Fado e escultura homenageiam mestre Alfredo Ribeiro m As Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha serão palco, dia 8 de setembro, de um concerto de fado com a participação de Cristina Maria, entre outros nomes do fado. A entrada é gratuita e o fado ecoará nas capelas a partir das 21h30. Cristina Maria associa-se a um conjunto de antigos alunos do canteiro Alfredo Ribeiro que aproveitarão para homenagear o Mestre batalhense. A fadista e escultora apresentará uma peça escultórica, pelas 17 horas desse dia junto ao Pelourinho da Batalha. Cristina Maria explicou ao Jornal da Batalha o que se pode esperar do evento Como surge este concerto de homenagem ao mestre Alfredo Ribeiro, dia 8, na Batalha? O monumento escultórico de homenagem e o concerto...Já há alguns anos que venho a pensar nesta homenagem ao Mestre Alfredo Ribeiro, sinto-o como uma necessidade, ou desabafo, em nome de tudo o que ele representou e para sempre representará na minha vida e acho que também é um dever em nome da nossa cultura! Apresentei esta vontade e a proposta à Câmara da Batalha, e como sempre, mais uma vez apoiaram esta minha iniciativa com vontade e carinho que considero que sempre sentiram pelo nosso Mestre. O que pode o público esperar desse concerto? Acima de tudo, este concerto vai ser muito emocionante não apenas pelo espetáculo mas também pela reunião de tantas pessoas que juntas quererão homenagear o nosso Mestre naquele momento...O concerto será acústico, o que trará mais comunicação e intimidade com o publico usufruindo da maravilhosa acústica que nos oferece as Capelas imperfeitas do Mosteiro da Batalha, mosteiro este que era a casa e

a alma do Mestre Alfredo... teremos um convidado especial, Fernando Brogueira, de quem o Mestre também era amigo e partilhou tantos anos da sua vida... Quanto a mim, apenas adiantarei que o tema que gravei no último trabalho discográfico “Percursus” de homenagem ao escultor e dedicado ao Mestre Alfredo “Celestes”, será parte forte desta homenagem assim como outros temas alusivos não só ao monumento, assim como à pátria, a cultura do nosso país da qual o Mestre Alfredo fará sempre parte. Para além do fado, vai apresentar dia 8, uma peça escultórica. É fácil conciliar a paixão pela escultura, cantaria e pelo fado? A peça escultórica, - é a peça de homenagem ao Mestre Alfredo que será inaugurada no mesmo dia 8, às 17 horas - ficará no mesmo jardim do pelourinho da Batalha executado pelo Mestre. Conciliar a escultura, cantaria e o fado... não é das tarefas mais fáceis, mas amo-as com a mesma intensidade, não saberei viver sem elas... a ginastica é mesmo muito grande para que consiga levar todos os meus projetos a bom porto, o que graças

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“A Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente, é a peça que sobe ao palco do Auditório Municipal de Batalha, dia 19 de setembro, pelas 21h30. Trata-se de um espetáculo do Grupo de Teatro Plamilha Dentada, integrado na XVII edição do Festival ACASO, organizado pelo “O Nariz” – Grupo de Teatro de Leiria. Em outubro, o auditório voltará a receber o festival, com as peças de “O Nariz”, “O homem que via passar as estrelas” (dia 10, 21h30) e “Panza de la Mancha” (dia 24, 21h30).

Paulo Assim novamente premiado

a Deus tenho conseguido com muito esforço, trabalho e sacrifício. A luta é constante mas os resultados têm sido muito gratificantes! Daí a escultura andar a par com os concertos Cristina Maria. Normalmente sobe aos palcos a cantora e a escultora porque algumas obras de homenagem ao fado estão em palco como parte integrante do concerto! No dia 10 de junho de 2012 inaugurei uma das minhas maiores obras até hoje, a Rosacea do Convento de S. Francisco em Santarém, e nesse momento da inauguração aconteceu o concerto em frente a Rosacea na fachada do convento. Foi muito emocionante... Portanto esta comunicação das duas artes não é fácil de gerir mas é a minha realidade e forma de estar na vida. E tudo o que é feito com amor terá sempre resultados positivos...

É natural do concelho de Leiria mas a Batalha foi o palco do seu concerto de apresentação. Por que razão escolheu a Batalha? A Batalha é e sempre será muito especial para mim, por tudo o que vivi na Batalha e claro que o Mosteiro da Batalha, o Mestre Alfredo e a Escola de Artes e Ofícios têm toda a responsabilidade nisso... foi em 1994 que se deu esta transformação, quando conheço o Mestre Alfredo Ribeiro... passava as tardes livres a vê-lo talhar a pedra dentro do Mosteiro, depois felizmente nasceu a escola e não mais parou de crescer artisticamente a minha vida... costumo dizer: “a Batalha não é a minha terra Natal, mas sinto como se fosse e sempre me senti acolhida como tal...por muitos lugares do mundo que passe a Batalha será sempre o meu palco de eleição...”

Atendendo ao facto de ter inscrito no seu percurso a passagem, enquanto docente, pela Escola de Artes e Ofícios da Batalha, como vê o facto desse estabelecimento de ensino ter sido absorvido pela Escola Secundária da Batalha? Não querei opinar muito sobre este assunto...mas não posso deixar de manifestar a minha pena e tristeza por esta transformação. A Escola Profissional de Artes e Ofícios da Batalha (a escola de cantaria como era conhecida)...”morreu”...mas, não obstante, onde houver canteiros e sempre que continuar a existir obras de Cantaria Artística como o caso já referido da Rosacea do Convento de S. Francisco em Santarém e muitos outros, o Mestre Alfredo e a Escola de Artes e Ofícios estão sempre presentes...

O escritor batalhense Paulo Assim venceu mais um concurso. Desta feita, arrecadou o prémio de 2.500 euros correspondente à vitória no concurso literário Horácio Bento Gouveia 2012, instituído pelo município de São Vicente da Madeira. O prémio foi alcançado com o conto “A Aviaras”, obra que deverá ser publicada no próximo ano.

Praça recebe mercado do século XIX O já habitual Mercado do Século XIX regressa à Praça Mouzinho de Albuquerque na tarde de dia 23 de setembro, a partir das 15 horas. Mais uma vez caberá a diversos agrupamentos folclóricos, recriar os usos e costumes populares de há dois séculos. Há ainda a possibilidade conferida aos público, de adquirir no mercado tradicional, alguns produtos.


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Economia Batalha

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s Fiscalidade

Economia

António Caseiro Mestre em Fiscalidade

Habitação e comércio no Largo podem valer mais de meio milhão 571 mil euros que o município da Batalha conta poder arrecadar para os seus cofres com a venda em hasta pública de quatro lotes de terreno no Largo 14 de agosto de 1385, em pleno centro da vila da Batalha

p Um dos edifícios projetados para ocupar o Largo 14 de agosto lojas, contando ainda com estacionamento. A autarquia estabeleceu os 130 mil euros como base de licitação. Um segundo lote, com um preço base de 128 mil euros, conta com uma área de 299,33 metros quadrados e tem um projeto aprovado para a implementação também de dois t3, dois t2 e duas lojas, para além de estacionamento. Com uma base de licitação de 190 mil euros, um terceiro lote de 557,86 metros quadrados, contempla a cons-

trução de seis t2, seis t3 e cave para estacionamento. Por último, está ainda em cima da mesa a alienação de um lote de 427,2 metros quadrados, já com projeto para a implantação de dois t2, dois t3 e duas lojas, para além de estacionamento. Será vendido, no mínimo por 123 mil euros. Apesar do contexto recessivo da economia, António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, adianta que a autarquia tem recebido vários pedidos de in-

formação, indicador de que existirá interesse do mercado em investir na vila até porque, explica, escasseia a habitação na zona central da Batalha. Contudo, o edital referente à venda em hasta pública deixa claro que o município poderá não adjudicar a venda de qualquer um dos lotes, caso seja esse o interesse da autarquia. Em finais de setembro se verá a apetência do mercado imobiliário numa zona recentemente renovada.

Empresas da Batalha em obra sobre setor do mobiliário A Crismóvel, o Exposalão e a Moverel estão entre as entidades selecionadas para figurar no Livro Prémio Mobis 10 anos, uma obra de referência lançada em todo o país, que inclui as marcas e outras entidades que mais se destacaram ao longo de uma década no setor da decoração e do mobiliário em

Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração Técnico Oficial de Contas

O novo código de trabalho

m São pelo menos

Os terrenos em causa destinam-se a construção de habitação coletiva e comércio. A venda em hasta pública está agendada para dia 27 de setembro. Em concreto, estão à mercê do mercado quatro lotes. O primeiro conta com uma área de 304,22 metros quadrados e destina-se à construção de um edifício de habitação coletiva e comércio, contando mesmo com um projeto de arquitetura aprovado para a construção de dois t3, dois t2 e duas

Pós-Graduação em Contabilidade

Portugal. O livro será apresentado na XI Gala Prémio Mobis, que irá decorrer no Casino da Figueira da Foz, a 26 de outubro. São esperados cerca de 300 convidados, entre os quais se encontram as principais personalidades e empresas do setor, assim como altas individuali-

dades do mundo político, empresarial e associativo. No mesmo evento será atribuída a Etiqueta de Qualidade aos melhores espaços comerciais pela Associação Portuguesa de Comércio Mobiliário. O Prémio Mobis constitui-se como uma iniciativa única em Portugal, promo-

vida pela revista Mobiliário em Notícia e que há mais de uma década distingue, todos os anos, as melhores marcas de mobiliário, decoração e artigos para a casa no país, funcionando como um reconhecimento do mérito e um estímulo à inovação e à descoberta de talentos.

Foi publicada, em Diário da República, 1. ª Série – n.º 121, de 25 de junho de 2012, a Lei n.º 23/2012 que procede à terceira alteração do Código do Trabalho, com entrada em vigor no passado dia 1 de agosto de 2012. A primeira alteração, efetuada pela Lei n.º 105/2009, de 14/09, entrou em vigor em 15/09/2009, veio regulamentar: a participação de menor em atividade de natureza cultural, artística ou publicitária, com a extensão a trabalho autónomo de menor com idade inferior a 16 anos, a especificidade da frequência de estabelecimento de ensino por trabalhadorestudante, aspetos da formação profissional, verificação de situação de doença de trabalhador, prestações de desemprego em caso de suspensão do contrato de trabalho pelo trabalhador com fundamento em não pagamento pontual da retribuição, suspensão de execuções quando o executado seja trabalhador com retribuições em mora e informação periódica sobre a atividade social da empresa. A segunda alteração, através da Lei n.º 53/2011, de 14/10, entrou em vigor em 01/11/2011 e veio estabelecer um o novo sistema de compensação em diversas modalidades de cessação do contrato de trabalho, aplicável apenas aos novos contratos de trabalho celebrados após aquela data. A Lei 23/2012, alterou o art.º 142.º do CT, criando o contrato de trabalho de muito curta duração em atividade sazonal agrícola ou para realização de

evento turístico de duração não superior a 15 dias não está sujeito a forma escrita, devendo o empregador comunicar a sua celebração ao serviço competente da segurança social, mediante formulário eletrónico. Nestes casos, a duração total de contratos de trabalho a termo com o mesmo empregador não pode exceder 70 dias de trabalho no ano civil. Conforme o art.º 161.º do CT, pode ser exercido, em comissão de serviço, cargo de administração ou equivalente, de direção ou chefia diretamente dependente da administração ou de diretor-geral ou equivalente, funções de secretariado pessoal de titular de qualquer desses cargos, ou ainda, desde que instrumento de regulamentação coletiva de trabalho o preveja, funções cuja natureza também suponha especial relação de confiança em relação a titular daqueles cargos e funções de chefia. Quanto a feriados, desaparecem do calendário 2 civis (5 de outubro e 1 de dezembro) e 2 religiosos (Corpo de Deus e 1 de dezembro), com efeitos após 1 de janeiro de 2013. O trabalho normal prestado em dia feriado em empresa não obrigada a suspender o funcionamento neste dia dá direito a descanso compensatório ou acréscimo de 50% retribuição. São feriados obrigatórios: 1 de janeiro, SextaFeira Santa, Domingo de Páscoa, 25 de abril, 1 de maio, 10 de junho, 15 de agosto, 8 e 25 de dezembro.


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Batalha Festas da Batalha

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Jornal da Batalha

m “Foi um concerto fantástico e que ficará na minha memória para sempre. Fica o agradecimento a cada uma das pessoas presentes pois sem vocês não teria sido a mesma coisa”. Foi desta forma que Tony Carreira, protagonista do concerto mais concorrido na edição deste ano das Festas da Batalha, comentou na sua página do Facebook, o concerto que proporcionou para largos milhares de pessoas no passado dia 15, último dia de festejos

De acordo com os cálculos da Câmara da Batalha, entre 25 a 30 mil pessoas passaram pela edição deste ano das Festas da Batalha. Este é um número que é avançado pela autarquia e que decorre da afluência de espectadores aos concertos que decorreram no antigo campo de futebol – com entrada paga – e ao número de pessoas que se estima tenham participado nos restantes eventos integrados nos festejos. A edição deste ano das festas concelhias, que chegou a ser ponderada num figurino modesto, acabou por apostar num cartaz forte – composto por Mickael Carreira, Pedro Abrunhosa, Suzana e Tony Carreira – para além da já habitual Gala Internacional de Folclore. À exceção do espetáculo

Rui Gouveia/CMB

Câmara esperava mais afluência às Festas da Batalha

de folclore, os concertos obrigaram ao pagamento de entrada (4 euros), deixando fora do recinto fechado a mostra de atividades económicas. Já as tasquinhas

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das coletividades operaram somente no interior do antigo campo de futebol. Assim, para quem não optou por pagar para assistir aos espetáculos, as festas qued-

aram-se pela gala de folclore e alguma animação de rua. E para esses frequentadores das festas, a oferta foi pobre, de acordo com alguns comentários ouvidos no local

pelo Jornal da Batalha. No que se refere à afluência gerada pelas festas, António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, admite que esperava mais, nomeadamente no que se refere ao número de espetadores nos concertos. “O balanço que fazemos é positivo, mas teremos de fazer algumas afinações em próximos anos, mas este é o modelo base do futuro”, admite o presidente do município. Em concreto no que se refere aos concertos, António Lucas admite que a venda de ingressos ficou aquém das expectativas: “ ficou abaixo da expectativa inicial atendendo aos artistas em cartaz, apesar do preço do bilhete. Este é um sinal de que, de facto, a situação económica não está fácil”.


Jornal da Batalha

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Festas da Batalha Batalha

m Com a estátua do Condestável e o Mosteiro da Batalha a servirem de cenário, o Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, Batalha, levou a efeito a XXVII Gala Internacional de Folclore da Batalha

O serão teve lugar no passado dia 11 e contou com a presença de 7 agrupamentos folclóricos, quatro dos quais estrangeiros, vindos da Venezuela, Lituânia, Canárias, Espan ha, e Rússia. Na recepção aos grupos, efetuada na Sala de Sessões do Município da Batalha, Travaços Santos, em representação do grupo organizador, salientou o facto da necessidade “de cada um de nós defender a sua cultura, pois só assim se faz a riqueza do mundo”. O presidente do Município batalhense, António Lucas, referiu que “a etnografia e o folclore são uma parte importante da cultura dos povos” e por isso, “é fundamental que gente empenhada, como a que aqui está, dê a conhecer as tradições

do nosso povo”. As Galas Internacionais de Folclore da Batalha já habituaram as pessoas à participação de bons agrupamentos, tanto estrangeiros como nacionais, pelo que não se estranha a grande afluência de público para ver e apreciar os convidados do grupo da Rebolaria, Batalha. O serão iniciou-se com o quadro etnográfico, representado pelo Rosas do Lena, intitulado “A Batalha a Cantar e a Dançar da Quaresma a Santo António”, com a interpretação dos Cânticos da Quaresma, seguido do desfile das ofertas das festas da Santíssima Trindade, a “Encamisada” – círio em que os anjos deitam loas a Santo António – e, as bodas tradicionais dos casamentos, que deram azo ao começo da

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atuação do agrupamento. Seguiu-se o Grupo de Música e Danças Tradiciones, da Venezuela, o Rancho Folclórico de Silva res, Fundão, o Grupo Folclórico Utauta, da Lituânia, o Rancho Regional das Lavradeiras do Carreço, Viana do Castelo, Grupo Folclórico Atabara, das Canárias, Espanha, e o Grupo Cossacos do Volga, Samara, Rússia. Todos os grupos foram bastante aplaudidos, sobretudo os estrangeiros. A presença dos grupos da Venezuela, Canárias e Lituânia, só foi possível graças ao intercâmbio existente entre os grupos de Assentiz (Torres Novas), Santana do Mato (Coruche) e Arrimal (Porto de Mós).

Armindo Vieira

Rui Gouveia/CMB

Gala do Folclore com cenário novo

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Batalha Atualidade

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Reflexão sobre Portugal: no dia 14 de agosto de 2012 m Em mais um aniversário da Batalha de Aljubarrota, o historiador Saul António Gomes proferiu no Campo Militar de S. Jorge, um discurso que não só refletiu sobre a importância da efeméride histórica, como sobre o atual momento do país. Confira excertos do discurso que está disponível, na íntegra, na página do Facebook do Jornal da Batalha p A batalha de Aljubarrota é o exemplo de acontecimento que marcou o país (…) Une-nos, neste momento de encontro com a memória pátria, o reconhecimento de que a comemoração de um acontecimento histórico maior nos anais de Portugal, o da “maravilhosa vitória” da tarde de 14 de agosto de 1385, continua a ter sentido 627 anos após a sua decorrência. Um sentido que, há alguns anos atrás, se revelaria contraditório e até duvidoso, quando pareciam mais certas as alterações políticas internacionais que faziam da Europa um espaço sem fronteiras diluidor das nacionalidades e crescentemente unificado no seu modelo civilizacional. Pura miragem, como sabemos. Os acontecimentos políticos ocidentais dos últimos anos, que contam com guerras intestinas fratricidas e mesmo genocídios, demonstram que a questão dos nacionalismos étnicos permanece resiliente e latente. Só assim se compreenderá as desconfianças que parecem reinar entre a maioria dos Estados europeus e a ausência, entre as elites governantes, de uma visão e de uma consciência verdadeiramente esclarecida que relativize a bipolaridade Norte-Sul, países ricos verso países pobres, Atlântico Norte por oposição à Europa do Sul ou do Mediterrâneo. Se há alguma coisa que ressalta, no ciclo histórico que se vive atualmente, é o reconhecimento de que

a Europa, apesar de todos os esforços, permanece um mosaico de nações e de nacionalismos dinâmicos e também conflituantes. Uma Europa que tem sido reedificada politicamente mais de fora para dentro do que do lado de dentro de cada Estado para o universo exterior que a todos respeita. O historiador está vinculado ao dever da verdade e é importante recordar essa obrigação neste momento. Os tempos que vivemos neste Portugal nove vezes centenário, marcados por uma crise económica com impacto profundo na sociedade, estão a obrigar a maioria da população a reencontrar-se com a escala real do viver português. Uma escala de horizontes bem modestos, que obriga à mudança das lógicas de consumo e da cultura do trabalho por parte de todos os cidadãos. Os recursos públicos nacionais são escassos e dispendiosos, como sempre parecem ter sido, todos sabemos isso, obrigando a aumentos de impostos asfixiantes e quase insuportáveis. Os portugueses, sobretudo as novas gerações, em grande parte caracterizados por altos níveis de formação intelectual, e das quais se esperaria a renovação do tecido demográfico e dos destinos culturais, educacionais e científicos de Portugal, vêem-se confrontados com a ausência de horizon-

tes e de oportunidades de sucesso, aniquilados pelo desemprego, restando-lhes a emigração como porta de futuro imediato. Há 627 anos atrás, neste chão que pisamos, D. João I, com 28 anos de idade, e D. Nuno Álvares Pereira, com 25, lideraram a mais definitiva batalha da história do reino de Portugal. O exército português contava com numerosa presença de soldados e cavaleiros nessa faixa etária. A maioria desses jovens combatentes portugueses mostrou-se profundamente motivada e crente num reino que sentiam legitimamente como seu e de cujo futuro queriam fazer parte integrante. Pergunto-me se 627 anos depois, os jovens de hoje, nessa mesma faixa etária, podem encarar com a mesma motivação e confiança o seu futuro de portugueses. Os desafios do presente, naturalmente, têm um contexto muito distinto do de há 627 anos atrás. Todavia parece-me útil sublinhar que há uma enorme permanência na questão essencial desse ontem e deste agora: a construção do Portugal de amanhã e do lugar que têm as atuais e novas gerações nesse futuro. (...) Pode a reflexão histórica ajudar a compreender este fenómeno social geral de desânimo, de descrença, de ausência de visão desse futuro que se desejaria mais

apetecível ao usufruto dos direitos da cidadania plena ? (…) Divirjo da aplicação, sem discussão, dessa ideia de que o caso histórico português possa exemplificar mais um caso de uma nação como mito. E mesmo que, Portugal ou qualquer outra nação, o tivesse sido, não se manteve como mito e não permaneceu como tal. Foi sobretudo a História medieval e moderna dos países europeus que os definiu na sua permanência, nas suas coerências étnicas ou nos seus desequilíbrios e lógicas litigiosas. Portugal é um dos países mais antigos da Europa nostra e percorre-o, transversalmente, uma consciência histórica identitária profunda. Desde o século XII que Portugal se construiu a ele mesmo, melhor, que os portugueses, nas suas múltiplas faces étnicas, o construíram. Não creio, finalmente, que Portugal seja, para a discussão do mito das identidades nacionalistas, pela sua história de nação e de construtor de nações, um território marginal ou irrelevante. Portugal renovou-se na sua História. (…) Portugal nasce como nação nessa primeira metade do século XII. Depois disso, todos os sucessores do Fundador assumirão a missão de dilatar o Reino e de o unificar. (…) Essa prioridade territorial unificadora portuguesa,

na geografia do espaço e na geografia linguística e cultural, no conspecto europeu do aparecimento dos novos países, levou à afirmação indesmentível de que Portugal é a mais antiga nação da Europa ocidental com fronteiras estáveis. Portugal definiu-se profundamente no seu passado medievo. Não é sem lógica que aqui comemoramos a mais significativa batalha da história da independência do país. Uma batalha medieval suficientemente importante para ter determinado a mudança mais profunda e duradoura da história do país. Consolidou-se no trono português uma nova dinastia e abriu-se espaço para que novas elites no domínio político, cultural, social e económico conduzissem a nação a uma nova época. Portugal viveu, depois de 1385, o seu tempo imperial que se concluiu irreversivelmente com os acontecimentos da Revolução de 25 de Abril de 1974 e do processos descolonizador que lhe sucedeu. Todos nós somos testemunhas vivas de um Portugal que entrou num terceiro grande ciclo da sua história e cujo futuro parece conformar-se numa escala bem modesta no seio da globalização. Não poderemos prever como vai ser esse futuro. Todos desejaremos que seja um tempo de paz e de progresso, vencendo a crise económica e os impactos negativos que ela provoca na sociedade portuguesa. As fronteiras de Portugal são claras seja em terra, seja no oceano. Apesar de todas as agruras e dos muitos desânimos, o povo português revelou sempre possuir uma indestrutível consciência nacional e histórica. Neste ponto, distancio-me da visão de alguma historiografia que diminui a relevância de uma consciência étnica e nacional nas gerações de antanho. Em 1385, a sociedade portuguesa, não sendo uniforme, esteve maioritariamente do lado da opção independentista. (…) A “lealdade” e o “bem”, o “bem comum” da “república”, entenda-se, tornaram-

se dois conceitos orientadores das intencionalidades da elite política das primeiras gerações de Avis que reinaram no Portugal de após1385. Pressupunham o culto da legalidade e o da virtude e derivavam, em certo sentido, de uma noção teologal última, condutora do sentido da vida desses portugueses que combateram nestes campos e dos seus filhos, de amor e serviço de Deus. (...) Da grandeza do feito [de 1395], e da noção que esse feito recolheu por parte daqueles que o realizaram, dá testemunho o magnífico Mosteiro de Santa Maria da Vitória que D. João I fez edificar, junto deste campo de S. Jorge (...) No Mosteiro da Batalha arde a chama invisível de uma ideia de Portugal que emerge do significado histórico da batalha que a história viria a fixar como de Aljubarrota. Tentei refletir, enquanto historiador obrigado à verdade, sobre o significado, para o nosso tempo, desse acontecimento histórico. Um tempo que substituiu à lógica mortífera de uma batalha, o discurso da comemoração de Portugal; que a um discurso de medo e desistência, substituiu uma atitude de crença e de otimismo, que renovou o palco do exercício político da governação, exigindo às elites governantes uma ética valorizadora da “lealdade” e do “bem comum”. Do Portugal que somos e cuja história não podemos esquecer. Há 627 anos atrás, jovens portugueses, acreditando no seu Reino, guiados e inspirados por líderes combatentes que os uniram, pelo exemplo e pela convicção dos ideais, travaram neste lugar a batalha que garantiu a irreversibilidade de Portugal enquanto país e nação etnicamente plural. Hoje, aqui reunidos, somos chamados à reflexão do significado e do sentido dessa herança, também nós, portugueses, a quem as gerações de antanho pedem, pela compreensão do passado, a coragem de sermos futuro.


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Especial Batalha 500 anos Batalha

Coração do concelho assinala meio milénio O dia 14 de setembro de 1512 marca o nascimento da freguesia da Batalha. Há 500 anos. É essa a efeméride que a freguesia tem vindo a celebrar durante todo o ano e que tem o seu ponto alto no próximo mês. Confira o essencial sobre a freguesia da Batalha, bem como os planos dos seus responsáveis, para além, naturalmente dos eventos programados para festejar esta importante data. Nas próximas páginas daremos conta, na íntegra, do programa das comemorações que estão agendadas para

setembro, para além de podermos perceber as atividades já realizadas neste ano de festa na freguesia. Oportunidade de perceber os argumentos do líder da autarquia, Germano Pragosa, no que se refere à realidade atual daquela que é a mais populosa freguesia do concelho. No coração da Batalha está uma freguesia que, com 2.854 hectares, concilia realidade tão dispersas como uma malha mais urbanizada na vila que dá o nome à freguesia e ao concelho, bem como uma larga diversidade de lugares de cariz

mais rural. Indissociável da história que está subjacente a esta vila e freguesia, o Mosteiro da Batalha é, naturalmente, o expoente máximo da Batalha. Um monumento que encerra nas suas paredes, histórias que se escrevem igualmente em paralelo com o desenvolvimento da freguesia. É pois evidente que para além dos 500 anos da freguesia, as comemorações que ocupam este ano de 2012, são, afinal, os festejos pela longevidade do coração do concelho. Um facto relevante e que merece a nossa atenção.

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Batalha Especial Batalha 500 anos

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500 anos da freguesia e paróquia assinalados em festa m Várias atividades têm marcado a efeméride. Contudo, em meados de setembro, a festa tem o seu ponto alto. Confira o programa das comemorações A Freguesia da Batalha comemora durante o ano de 2012 os seus 500 anos. De acordo com a própria informação divulgada pela autarquia, apesar de existirem em toda a região inúmeros vestígios que aludem para uma ocupação humana desde os tempos pré-históricos, passando pelo período romano e, sucessivamente, ao longo da História (julga-se que a povoação romana de Collipo, primitivamente do povo Túrdulo, se implantou em São Sebastião do Freixo), a Vila da Batalha deve a sua origem à construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. De facto, a Batalha nasce com a Dinastia de Avis e com a consolidação da Independência, em 1385. A figura administrativa das freguesias só se vai desenhando e definindo ao longo da segunda metade do Século XIX, com o Liberalismo, pelo que em 14 de Setembro de 1512, quando o Prior-Mor de Santa Cruz de Coimbra, D. Pedro Vaz Gavião, cria a Freguesia da

Batalha, trata-se evidentemente da paróquia que, contudo, delimita e é a primeira forma de futura freguesia civil. A exaltação da Santa Cruz, que se festeja exatamente a 14 de Setembro, é o orago da nova freguesia. As comemorações do meio milénio são organizados pela Junta da Batalha em colaboração com a paróquia. As atividades arrancaram em janeiro, mas um dos momentos altos assinalase no fim de semana de 14 a 16 de setembro. Assim, dia 14, pelas 12 horas, uma salva de 21 tiros e o repicar dos sinos das capelas da freguesia e da igreja Matriz, marcarão o arranque das comemorações. Pelas 21 horas, junto à sede na Junta de Freguesia, arranca um passeio pedestre pela zona histórica da vila, seguindo-se, pelas 21h30, uma noite de animação musical a cargo de Vergílio Pereira, na Praça Mouzinho de Albuquerque onde um porco no espeto garantirá o conforto para o estomago. No dia seguinte, 15 de setembro, pelas 15h30, na sala de sessões da Junta de Freguesia, decorre o lançamento da obra “Junta da Batalha – Paróquia e Freguesia nos séculos XIX e XX”, da autoria de Maria da Luz Moreira e José Travaços Santos. Logo depois tem lugar uma conferência pro-

ferida pelo historiador Saúl António Gomes, subordinada ao tema dos 500 anos da criação da freguesia/ paróquia da Batalha. Terá ainda lugar uma cerimónia de reconhecimento às associações da freguesia pelo trabalho de desenvolvimento humano, social, cultura e desportivo da Batalha. Às 21h30, a praça Mouzinho de Albuquerque será palco de um espetáculo de fado amador, com artistas da região, dirigidos por Joaquim Rocha. Já no domingo, pelas 11 horas, tem lugar uma cerimónia religiosa dirigida pelo bispo de Leiria-Fátima, António Marto, na igreja do Mosteiro da Batalha. Pelas 12h30, será descerrada na sede da Junta da Batalha, uma placa comemorativa da efeméride. Às 16 horas, a praça Mouzinho de Albuquerque contará com a atuação de vários agrupamentos folclóricos e de música popular: os ranchos folclóricos “Rosas do Lena”, do “Penedo”, “Lavadeiras do Vale do Lena”, bem como os grupos “O Penedo”, “Sons do Lena” e “Gaitilena”. O fim de semana de festa termina à noite com a atuação, a partir das 21 horas, também na praça Mouzinho de Albuquerque, do duo “Zé Café e Guida”. Um espetaculo de fogo de artifício encerra os festejos.

Três olhares sobre a freguesia Entre as diversas iniciativas que marcaram as comemorações dos 500 anos da freguesia da Batalha, conta-se o concurso de fotografia que arrancou em fevereiro e terminou em abril. Aqui pode conferir as fotografias vencedoras em cada uma das três categorias (da sua esquerda para a direita): Fotografia momentânea (o vencedor foi Rui Gouveia com a foto “Curiosa, Eu… ?”) ; Gente (António Pedrosa com a foto “Quando eu for grande, vou ser a preto e branco”) e Património (Rui Gouveia com a foto “Reflexos da História”).

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Especial Batalha 500 anos Batalha

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Germano Pragosa, presidente de Junta da Batalha

“Tudo atrai as pessoas para a Batalha” Qual a importância desta data que se comemora este ano: os 500 anos da freguesia da Batalha? Esta data é muito importante, aliás, estamos a comemorar esta data com grande dedicação porque 500 anos não são 500 dias. Esforçamo-nos para que esta data fosse comemorada com a dignidade que merece. Como têm decorrido as comemorações? Fizemos um calendário em janeiro para que fosse envolvida a nossa atividade e a da comunidade durante todo o ano. Tivemos uma atividade a cada mês que passou e tem corrido de forma muito positiva: houve atividades que foram grandes sucessos. Em março realizámos um festival de sopas, envolvendo as coletividades da freguesia. Foi um sucesso, ao ponto de termos angariado com esta iniciativa 1.250 euros para cada instituição que nos propusemos ajudar: os bombeiros voluntários e a santa casa da misericórdia. Decorreu igualmente, em junho, a concentração de bicicletas antigas da freguesia, com 326 inscrições. Foi muito participado. Lembro ainda o concurso de fotografia e de poesia, bem como a festa jovem que contou com a colaboração da associação de pais. Ao longo do ano temos vindo a cumprir o nosso programa que culmina agora em setembro, o momento alto das comemorações. Contudo, vamos ter atividades posteriores. Previa-se a publicação de um livro do professor Saul António Gomes agora em setembro, mas a edição está algo atrasada. O professor fará uma palestra nas comemorações do próximo mês e o livro será apresentado em data a anunciar. Chegou a temer que a freguesia da Batalha perdesse relevo no âmbito do processo da reforma administrativa em curso?

de orgulho. É verdade que haverá sempre algumas falhas, mas estamos precisamente nestas funções para, aos poucos remediar essas falhas, para que as pessoas não se sintam frustradas por escolher a Batalha. E que falhas são essas que importa colmatar? Em termos de vias de comunicação falta algum asfaltamento nalgumas pontas da freguesia. Por vezes as estradas também se deterioram e precisamos de as recuperar. Temos algumas lacunas, mas poucas, em termos de saneamento, até porque a freguesia está muito bem servida nesse capítulo. São pequenas lacunas que vamos tentando resolver. Mas no que se refere a obras de grande vulto, a Batalha está bem servida.

Não temi. Falou-se que as freguesias relevantes em termos urbanos poderiam desaparecer: não seria o caso da freguesia da Batalha. Se fossem atingidas as freguesias rurais, também não. Abordou-se a possibilidade de serem afetadas as freguesias em sedes de concelho e aí sim a Batalha poderia estar em perigo. Mas eu sou a favor da junção de freguesias. Existem demasiadas freguesias no país. Mas não é o caso da Batalha, que é um concelho médio que e só tem quatro freguesias. Chegou a ser ponto assente que uma freguesia do concelho teria de ser alvo de fusão e seria a Golpilheira. Mas a lei foi alterada e com quatro freguesias, o concelho da Batalha não sofre alterações. A Golpilheira, embora seja uma freguesia pequena, tem condições para se manter. Afinal, está entre as maiores 1500 freguesias do país e muitas teriam de desaparecer antes da Golpi-

lheira. O concelho não tem freguesias em demasia nem despesa significativa com as freguesias. Estamos bem dimensionados. Por vezes há dificuldades em perceber o papel de uma junta de freguesia na sede do concelho, perto da câmara municipal. Faz sentido haver uma freguesia na sede de concelho? Faz sentido. A freguesia da Batalha tem 299 lugares. E é a freguesia mais populosa do concelho… Temos a maioria da população e foi a freguesia que mais cresceu em termos demográficos. No núcleo duro da vila não temos intervenção, é a câmara que atua. Mas apara além disso, a intervenção também é nossa: na rede viária, nos passeios, fontanários, escolas, temos também a nosso cargo o cemi-

tério de Alcanadas. Temos lugares que ficam mais distantes do centro do concelho que a Golpilheira. Mas a sede da freguesia poderia estar na Batalha, nos Pinheiros, Santo Antão ou noutro lugar. Não há sobreposição de funções? Não. Temos as mesmas tarefas que São Mamede, Reguengo do Fetal ou Golpilheira. Temos a sorte de estar na sede de concelho, é uma mais-valia. Mas a nossa função é rigorosamente a mesma. As vantagens e as dificuldades são idênticas. Quais sãos os seus grandes objetivos para este mandato? Os nossos objetivos passam por manter, zelar e dar condições às pessoas. Não podemos ter o objetivo de realizar grandes obras. Isso é impossível. Temos sempre isso na nossa mente, não

tenho por norma oferecer o que não posso dar. A nossa preocupação tem sido e continua a ser, dar melhores condições às pessoas que vivem na freguesia e que fazem desta terra o seu local para residir. Fomos eleitos para isso. Se mantivermos o que temos e se formos melhorando o que pudermos, é um grande objetivo cumprido. A freguesia da Batalha foi a que mais cresceu em termos demográficos. O que é que atrai as pessoas para a Batalha? Sou suspeito, mas acho que tudo atrai as pessoas para a Batalha. Estamos perto de Leiria, temos bons acessos e boas condições em termos de mobilidade e habitabilidade. A construção desenvolveu-se muito nesta freguesia e houve muita gente que optou por fazer a sua vida aqui. Temos muitos casais novos e novas famílias, e isso enche-nos

A Batalha tem muitos visitantes, muitos turistas. Preocupa-o o facto de o Posto de Turismo poder ter de fechar ao fim de semana e a eventual falta de forças de segurança para fazer face ao volume de visitantes? Sempre que fecha uma instituição é complicado. A Batalha é um concelho médio, mas temos muita gente que usa a Batalha para as suas atividades. Mesmo pessoas de concelhos vizinhos, seja ao nível da segurança social, finanças e outras atividades. E temos bons serviços na Batalha. Quando ouço que será para suprimir algumas destas instituições, fico preocupado com os habitantes da batalha e com os de localidades vizinhas. Já ao nível da segurança, a GNR está bem instalada e tem boas condições. Poderão nem sempre contar com os efetivos suficientes, acredito. Mas o trabalho desenvolvido tem sido excelente e neste momento, salvo uma ou outra exceção de segurança, podemos estar descansados quando à segurança prestada pela GNR na freguesia da Batalha.


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Batalha Património

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Jornal da Batalha

Património Mouzinho evocado na poesia popular Em 21 de Julho vêm mais uma vez à Batalha, para prestar homenagem à memória do patrono da sua Arma, Joaquim Mouzinho de Albuquerque, os militares da Escola Prática de Cavalaria, agora instalada na cidade de Abrantes. Em 21 de Julho de 1897 travouse, em Moçambique, a batalha de Macontene em que a Cavalaria comandada por Mouzinho teve um papel decisivo. Mas não é dessa batalha que vou tratar. Na sequência do apontamento nº 111, de Maio último, sobre “Romances, Rimances, Xácaras, Quadras Populares”, em que referi um dos poemas populares, neste caso de cariz épico, que evocam Mouzinho de Albuquerque, publico neste número parte de um, e apenas parte porque é muito extenso, nada menos que 44 quadras, em que se lamenta a sua trágica morte e se exalta a sua figura, e outro em que, a propósito da prisão do Gungunhana, se enaltecem os nossos soldados. O primeiro, “propriedade e original de Carlos d’Azevedo Praxêdas” e editado por “Azevedo, Rodrigues & Silva”, suponho que no Porto, o outro de autor desconhecido e vendido pelas feiras e mercados a 20 réis. Sobre o suicídio de Mouzinho, que o primeiro poema refere, há hoje muitas dúvidas, como nos dá conta o seu sobrinho-bisneto por afinidade Dr. António Mascarenhas Gaivão logo no primeiro capítulo da sua obra “MOUZINHO DE ALBUQUERQUE – Do sertão de Moçambique ao fausto das cortes europeias. Pelos caminhos da Honra, da Glória e da Pátria”, editada em 2008 pela “Oficina do Livro”. Na realidade, Mouzinho fôra atingido por dois tiros na cabeça e não apenas por um como seria habitual num caso de suicídio. E há outros motivos, relatados pelo au-

De galas se veste a gente, N’um dia tão festival. O nome de Portugal Se levanta orgulhoso, Mais uma vez glorioso, Pela victoria alcançada, Que se deve à força armada, Ao exército brioso! Pelos feitos immortaes A Pátria nos recompensa! Fosteis punir uma offensa? Sois valentes e leaes, Affrontasteis p’rigos taes Com tanta abnegação, Que mereceis o galardão, Tão justamente sagrado, Na história consignado Aos defensores da Nação.

p Baixo-relevo do escultor Leopoldo de Almeida representando a captura de Gungunhana tor, que levam a crer mais na hipótese de crime do que de suicídio. Mouzinho era uma figura incómoda para a classe política, sobretudo para as alfurjas onde se conspirava e congeminava planos para a conquista do Poder e para as quais o Herói era um obstáculo quase intransponível. A sua morte ocorre em 8 de Janeiro de 1902, na estrada de Benfica, em Lisboa, e pouco depois surgem as homenagens da alma popular traduzidas, entre outras formas, pela publicação e divulgação de verdadeiros rimances como o que se segue: Está o paiz de lucto Pela morte d’um valoroso, Suicidou-se o major Mousinho Que pr’a Pátria foi prestimoso. Foi nas estrada de Benfica Que elle se suicidou, Pegando no seu revólver Um só tiro disparou. No paço na refeição

Esteve bem despreocupado Sahiu depois a seu passeio Sem nada se ter notado O cocheiro, belo moço Que o coupé elle guiava Ao ouvir o estampido Em altos gritos bradava. Socorro, venham depressa Ver o caso sucedido, Mousinho de Albuquerque N’este coupé estendido. Ao circular o boato D’esta tragédia final, Correram logo os seus amigos Em direcção ao hospital. Foi uma scena comovente, Que a todos entristeceu Oh, saber-se em lisboa Que Mousinho que morreu!!! Almoçou bem satisfeito Esta infeliz creatura, Era a última refeição Da sua morte prematura. Quantas vezes nos julgamos Na felicidade suprema, Todavia ninguém diga

O terminus do seu lema. Oh Pátria que ‘stás de lucto E a bandeira portugueza, Perdeste um filho querido Em coragem e em braveza. Foi um heróico a valer Militar bem prestimoso, Amou bem a sua Pátria Mas terminou desditoso. Estudante de valia Na Polytechnica cursou, Provou assim os seus feitos Que a Pátria bem amou. De todos era estimado Pois ninguém lhe queria mal Era amante do seu Povo E da família real. O seu nome é bem lembrado Numa plaga singela, Lembrem-se os meus leitores Dos feitos de Coolella. Foi um enterro imponente O d’esse bravo tão amado Todos os olhos choravam Desde o general ao soldado.

Lá descança sempre em paz No cemitério dos Prazeres Esse bravo militar Que deixou poucos haveres. Este audaz e grande heroe, Que p’ra nós é bem lembrado, Commo prémio aos seus serviços Do seu povo foi amado. Terminemos estes versos, Erguemos as mãos aos Céus Olvidemos as saudades E p’ra o finado, prece a Deus. Publicado ainda no ano de 1902. Passo ao segundo que corria numa folhinha e chegou a ser, com certeza, cantado pelos ceguinhos. Tinha o seguinte mote: Ao exército brioso, Aos defensores da Nação, Rende o paiz, n’esta hora, O preito de gratidão. Retumbam na capital Os sinos alegremente;

Acceitae d’um povo inteiro Calorosas ovações, Que honrasteis as tradições Do seu passado guerreiro! Desteis um golpe certeiro, Que a coragem avigora! Sois como os heroes d’outr’ora, Cujos nomes bem sabeis; O preito, que vós mereceis, Rende o paiz n’esta hora. Às forças de terra e mar Damos vivas em geral! Viva o nobre Portugal, Que nos sabe contemplar! Mil graças nós vimos dar, Sinceras, do coração! A toda a expedição, Esse punhado de heroes!... Aceitae do povo, pois, O preito de gratidão. O feito de Chaimite que estes versos celebram tinham-se dado em 1895 (Dezembro), um mês depois de Coolela (Novembro), cerca de ano e meio antes de Macontene e seis anos antes da morte de Mouzinho. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (113

N. R. : Em virtude de na última edição, ter sido publicado com deficiências na transcrição do texto, alheios ao autor, republicamos devidamente corrigido o artigo da autoria de José Travaços Santos. As nossas desculpas ao autor e aos leitores.


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico , para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas trinta e três a folhas trinta e quatro verso. do Livro Cento e Oitenta e Três - B, deste Cartório. Mário Monteiro Costa, NIF 114 266 050 e mulher Maria Fernanda Vieira Monteiro NIF 114 266 042, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua do Adrião, n.”235, Cividade, Golpilheira, Batalha. declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar para habitação, em condições muito deficientes de habitabilidade, com a superfície coberta de oitenta metros quadrados, uma anexa de lagar de vinho, com a área de quarenta meltros quadrados e alpendre e currais com a área de quinze metros quadrados, sito no Lugar de Casa de Mato, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, inscrito na respectiva matriz em seu nome sob o artigo 91 da freguesia da Golpilheira, que provém do artigo 732 da freguesia da Batalha; Que o identificado prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, sendo formado pela reunião dos prédios descritos sob os números oito mil seiscentos e onze/Batalha e sete mil seiscentos e cinquenta e três/Batalha, sobre os quais incidem as seguintes inscrições: Sobre o prédio oito mil seiscentos e onze/Batalha encontra-se registada a aquisição de 3/8 a favor de Manuel Vieira Patrício, solteiro, maior, residente em Golpilheira, Batalha, pela apresentação um, de dezasseis de Agosto de mil novecentos cinquenta e dois; e sobre o prédio sete mil seiscentos e cinquenta e três/Batalha, encontra-se registada a aquisição a favor dos Jorge Pereira da Costa e mulher Emilia Ferreira Rino da Costa, residentes em Casa do Mato, Batalha, pela apresentação cinco, de trinta e um de Outubro de mil novecentos e sessenta e um; Que eles outorgantes, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e setenta por compras que fizeram aquele Jorge Pereira da Costa e mulher Emilia Ferreira Rino da Costa , residentes em Casa do Mato, Batalha; e a Edmundo dos Santos Almeida e mulher Alzira de Jesus Monteiro, residentes no lugar de Choupico, Golpilbeira, Batalha; _ Que, apesar de várias buscas efectuadas, não foi possível aos outorgantes obter os títulos que lhe permitam estabelecer o trato sucessivo no registo predial; Que em consequência daquelas compras, estão na posse e fruição do mencionado prédio, em nome próprio há mais de vinte anos, posse que sempre foi exercida sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, os justificantes invocam que durante aquele periodo de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, trinta de Julho de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos, Fernandes -46/3 Jornal da Batalha, ed. 265, de 23 de Agosto de 2012

As guerras esquecidas (I) Quando falamos na 1ª Grande Guerra de 1914-1918 logo lhe associamos a nossa presença em França, através do Corpo Expedicionário Português (CEP), composto por cerca de 55.000 militares, o qual para ali marchou a partir de Janeiro de 1917. Como igualmente sabemos, o facto mais marcante da nossa desastrosa participação neste conflito foi a, para nós, trágica batalha de La Lys, ocorrida em 09 de Abril de 1918, cuja efeméride, uma vez por ano e sensivelmente nesta data, comemoramos na nossa Vila. Mas a nossa participação na 1ª Grande Guerra não se confinou ao teatro de operações na Europa. Com efeito, praticamente desde o início do conflito que estávamos envolvidos noutras frentes de combate contra os Alemães, concretamente no sul de Angola e norte de Moçambique, os quais pretendiam apoderar-se destas duas colónias. Recordemos que ape-

nas 44 anos antes (1871) se verificara a unificação dos vários estados alemães sob uma só bandeira, mas o seu poderio militar era já tremendo, causando forte apreensão, até às duas maiores potências europeias da época - França e Grã-Bretanha - ambas também grandes colonizadoras em África. Um pouco com o objectivo de aplacar os ímpetos belicistas alemães, a comunidade internacional (conferência de Berlim, 1884-1885) permitiu-lhes a ocupação de vários territórios africanos. Assim, no Sudoeste, fundaram a colónia Alemã da Damaralândia (hoje Namíbia), que confinava com o Sul de Angola, enquanto no lado oposto do continente africano criaram a designada África Alemã Oriental, na fronteira norte de Moçambique, ocupando territórios que hoje correspondem sensivelmente aos estados africanos da Tanzânia, Burundi e Ruanda. Acresce que as áreas

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e nove a folhas sessenta e uma, do Livro Cento e Oitenta e Três- B, deste Cartório. PRIMEIRO: Maria da Silva Vieira, NIF 109 929 268 e marido João Gomes Carreira, NIF 109 929 250, casados sob o regime de comunhão geral, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde residem no lugar de Casais de São Mamede. SEGUNDO: Fernanda Ribeiro Vieira de Oliveira, NIF 116 272 554 e marido Agostinho Pires de Oliveira, NIF 106 221 027, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da dita freguesia de São Mamede, onde residem no referido lugar de Casais de São Mamede. TERCEIRO: Maria Adelina Silva Vieira, NIF 179 285 297 e marido Américo Francisco Gonçalves, NIF 147 289 319 casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da mencionada freguesia de São Mamede, onde residem no dito lugar de Casais de São Mamede declaram que com exclusão de outrem, são donos legítimos possuidores na proporção de dois quintos indivisos para cada um dos primeiros e segundos outorgantes e de um quinto indiviso para os terceiros, do prédio rústico, sito em Areeira, freguesia de São Mamede, Concelho da Batalha, composto de terra de cultura oliveiras, com área de quinhentos e sessenta e um metros quadrados, a confrontar de norte com Agostinho dos Santos, de sul com Joaquim Narciso da Silva, de nascente com Maria José e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.547, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €92,40. Que adquiriram o identificado prédio, nas aludidas proporções, no ano de mil novecentos e setenta e nove, por doação verbal de José Vieira e mulher Maria de Jesus, pais da primeira outorgante mulher e avós da segunda e terceira outorgantes mulheres, residentes que foram no referido lugar de Casais de São Mamede, São Mamede, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal, mas desde logo entraram na posse e fruição do prédio. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o referido prédio em compropriedade há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, dois de Agosto de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes

Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/3 Jornal da Batalha, ed. 265, de 23 de Agosto de 2012

ocupadas pelos alemães não tinham grandes potencialidades económicas, bastando lembrar que mais de 2 terços do território da Namíbia são compostos pelos 2º e 3º maiores desertos de África, respectivamente o Kalahari, com 580.000km2 (5º maior do mundo) e Namibe, com 310.000km2 (9º maior do mundo), enquanto, na outra costa, o Burundi, por exemplo, ainda hoje é país mais pobre de África, se não do mundo. Em contrapartida, os seus vizinhos portugueses possuíam dois imensos e ricos territórios (Angola e Moçambique), mas estavam cada vez mais incapazes de os defender. Com efeito, ao fim da 1ª década do século XX, o império português continuava em declínio, que o derrube da monarquia e a implantação da república acentuaram, para além de terem criado animosidade e desconfiança entre quase todos os países europeus, que por essa altura eram

ainda monarquias. Mesmo os nossos eternos aliados ingleses pouco ou nada faziam para nos defender, quer na Península Ibérica, fechando os olhos às pretensões da monarquia espanhola (Afonso XIII), em nos anexar, quer em África, onde os nossos territórios também eram objecto da sua disfarçada cobiça. Basta lembrarmonos do episódio do célebre mapa “cor-de-rosa”, que incluía toda a imensa faixa de território entre Angola e Moçambique, que Portugal reivindicava como direito histórico e que em 1890 deu origem ao ultimato inglês, do qual saímos humilhados e confinados a Angola e Moçambique. GuinéBissau, pela sua pequenez, tipologia geográfica, e insalubridade, não mereceria a cobiça de ninguém. (Por limitação de espaço, continuaremos este artigo no próximo número deste Jornal) NB-LC

CARTÓRIO NOTARIAL ALEXANDRA HELENO FERREIRA EXTRACTO CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de Justificação lavrada neste Cartório, no dia nove de Agosto de dois mil e doze, de folhas cento e vinte a folhas cento e vinte e um verso do respectivo Livro de Notas para Escrituras Diversas número CENTO E SETENTA E OITO, Joaquim Gomes de Oliveira, NIF 154.373.265 e mulher Deolinda de Oliveira Catarino, NIF 154.373.273, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, onde residem na Rua Senhora do Monte, nº 10, Casal dos Lobos, declararam: Que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Dois nonos indivisos, único direito que possuem, no prédio rústico, composto de pinhal com mato, com a área de quinze mil e duzentos metros quadrados, sito em Algar D’Água, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e do sul com caminho, do nascente com Adelino do Espirito Santo e do poente com António Oliveira, inscrito na matriz sob o artigo 2641, sendo de €18,18 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribuem igual valor. Que o imóvel encontra-se descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número três mil e um daquela freguesia, não incidindo sobre o direito justificado qualquer registo de transmissão em vigor, tendo o direito justificado vindo à posse de ambos, por compra verbal feita a Maria Júlia do Espírito Santo e marido e a Emília Júlia do Espírito Santo, viúva, todos residentes em Reguengo do Fetal, Batalha, em mil novecentos e oitenta e oito, sem que dela ficassem a dispor de título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo registo . Que possuem a indicada fracção de dois nonos indivisos em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de São Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-o de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram a dita fracção por USUCAPIÃO. Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Helena Ferreira Nove de Agosto de dois mil e doze. A Colaboradora autorizada pela Notária em 02/01/2012, Carla Sofia Pinheiro Coelho Neto, n.º 260/5, Jornal da Batalha, ed. 265, de 23 de Agosto de 2012


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Batalha Saúde

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O papel da osteopatia no tratamento da lombalgia

Saúde Não precisamos de pneus de inverno porque não os queremos no verão O excesso de peso e a obesidade definem-se como a acumulação de gordura ao ponto de prejudicar a saúde global da pessoa em questão. Para que possamos, de um modo geral, identificar as pessoas que têm estes problemas de saúde, procedemos ao calculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que não é nada mais que o peso dividido pela altura ao quadrado (). Com base neste resultado podemos classificar com excesso de peso quem obtiver um resultado entre os 25 e os 30 kg/m2 e como obeso quem tiver um valor acima dos 30. Estes problemas de saúde têm vindo a adquirir maior preponderância nas últimas décadas e sobretudo nos países mais desenvolvidos, infelizmente Portugal não tem sido excepção, fruto de uma alimentação mais desadequada e de uma actividade física diária deficitária. A obesidade e o excesso de peso são dos principais factores de risco no desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e de alguns cancros, não é só uma questão de estética. Num entanto aproximando-se o verão, a preocupação com o aspecto físico ganha maior importância e com isso aumentam as corridas às dietas, nutricionistas, ginásios e produtos de emagrecimento sem antes recorrer ao médico de família, mas tudo isto é esquecido na época natalícia e na pascoa.

A função de um médico de família incide mais sobre a prevenção, sendo a nossa preocupação evitar novos casos de excesso de peso independentemente da altura do ano. Fazemos isto com a promoção de hábitos alimentares saudáveis e sobretudo com incentivo à manutenção de actividade física regular. Com isto não significa que não há nada a oferecer a quem já tiver estes diagnósticos estabelecidos, o mais importante é reconhecer a importância deste problema de saúde e ter muita força de vontade para o combater, porque deixar de comer fast-food e substituir o sofá e televisão por uma bicicleta pode ser tão difícil quanto deixar de fumar. De uma forma geral, estas são as recomendações para evitar o desenvolvimento de obesidade e de o combater: Fazer seis ou sete refeições ao longo do dia (pequeno almoço, lanche, almoço, dois lanches à tarde, jantar e ceia); Iniciar as três principais refeições com sopa; Comer porções

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mais pequenas de hidratos de carbono e proteínas (1/4 do prato com arroz ou batata ou massa e outro 1/4 de carne ou peixe); Tirar a pele, couro e gordura de toda a carne ingerida; Preencher a outra metade do prato com legumes; Uma peça de fruta ou iogurte com três bolachas de água e sal ou meio pão integral aos lanches; Beber muita água (1,5 a 2 l dia); Esquecer os molhos, fritos, fast-food e bebidas gasificadas; Para começar, caminhar cerca de meia hora por dia (todos os dias com um a dois dias de descanso por semana); E finalmente, ajustar este esquema junto do seu médico de família para o adaptar mais às suas necessidades. Desfrutem das vossas férias, aproveitem para dar umas corridas, passeios de bicicleta, mergulhos, nadar e comer saudável para que os corpos de verão durem sempre até ao próximo verão. Paulo Lourosa Mendes Interno MGF na sede da USF Condestável

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A coluna vertebral tem como função principal a sustentação do esqueleto humano. Ela deve ser flexível, mas também deve ser forte e rígida, para manter as relações anatômicas e proteger a medula espinal. Não existe uma só causa para as dores lombares, pelo contrário. A maioria de dores lombares não tem uma patologia séria como etiologia e passam com o tempo e sem intervenção cirúrgica. Existem três classificações para lombalgias. Em primeiro lugar temos a Lombalgia não-específica que é o tipo mais frequente de dor lombar e 95% dos pacientes enquadram-se neste grupo sendo consequência de um espasmo muscular, dor mecânica ou relacionada com má postura, distensão muscular, causas degenerativa, síndrome do piramidal e/ou disfunção somática sendo facilmente resolvida com tratamento Osteopático. Outra das consequências da lombalgia é por compressão de uma raiz nervosa. Normalmente as compressões ou irritações nervosas são provocadas por protrusões, prolapsos ou hérnias discais, tendo a Osteopatia um papel importantíssimo no tratamento ou alicio dos sintomas e por último por uma patologia específica, tais como tumores, infeções, fraturas, patologias inflamatórias, oste-

oporose, espondilose, ou patologia renal como causa para as dores lombares e que deverão ter acompanhamento de um médico especializado. Normalmente, a região do corpo que está em disfunção somática (ou osteopática) encontrase em estado de HIPOMOBILIDADE, gerando compensações de estruturas vizinhas que entram em estado HIPERMOBILIDADE, as quais geralmente compreendem o local em que o paciente refere a dor. Essa dor pode ter várias possibilidades de causas diferentes sendo a dor na coluna lombar apenas consequência das adaptações e compensações que o corpo sofreu. O tratamento apenas da região lombar (tratamento mais localizado), muitas vezes, não produz o resultado esperado, de modo que os sintomas persistem e a lombalgia assume alguma cronicidade (uma forma mais crónica, a partir de 3 meses). Por essa razão, no tratamento osteopático, uma das características mais evidentes

e fundamentais é a avaliação, que procura identificar a causa do problema para, a partir daí, aplicar as técnicas adequadas de modo muito específico e analítico em cada tipo de estrutura do corpo relacionado ao problema. A incidência e a prevalência da dor lombar são de tal modo elevadas que passou a ser considerada como causa de grandes prejuízos económicos, representando a queixa mais observada nos serviços de saúde. As dores lombares situam-se entre as 20 queixas mais comuns em adultos que procuram os serviços médicos. Atualmente compreende uma importante causa de falta ao trabalho e de baixas médicas e 80% da população mundial já apresentou, ou ainda apresentará, um episódio de dor lombar. Quem sofre deste mal, não deve tentar “acostumar-se com a dor” ou realizar auto-tratamento e NÃO faça uso de medicamentos SEM prescrição médica. Paulo Almeida Osteopata


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Saúde Batalha

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POLICLINICA D.NUNO

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Batalha Ensino

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Calendário escolar definido

Ensino

Agrupamento satisfeito com resultados acima da média m Os alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha obtiveram uma média de aproveitamento acima da média nacional. Isso mesmo foi avançado pelo diretor do agrupamento, Luís Novais, na reunião de julho do conselho geral do agrupamento

De acordo com a informação veiculada no blogue da Associação de Pais e Encarregados de Educação do

Agrupamento de Escolas da Batalha, foi alcançada “uma média de aproveitamento em todos os ciclos acima da média nacional o que nos deixa satisfeitos, face ao trabalho e empenho de toda a equipa, docentes e não docentes, incluindo o papel desempenhado pela Associação de Pais, enaltecido pelo Diretor, quer no âmbito das reuniões tidas quer nas atividades desenvolvidas em estreita colaboração e sintonia”. De resto, ainda de acordo com a nota publicada no blogue, “ todos os conselheiros enalteceram o papel da direção da escola”, que apesar das “condições cada

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p Quadro comparativo das médias do agrupamento e da média nacional vez mais adversas em que se encontra o ensino”, foi possível “atingir resultados tão

positivos mas que não chegarão para que a missão se dê por concluída, antes pelo

contrário será motivo de alento e regozijo para que se continue a trabalhar no sentido de os suplantar”. Os representantes dos encarregados de educação lembram, contudo, que apesar dos bons resultados, “sob o ponto de vista disciplinar, apesar de algumas incidências e mercê da atuação ainda que discreta da direção e Comissão de Conflitos, ainda há algum trabalho a fazer”. Foi ainda deixado o alerta para o reforço do rigor do controlo de acessos nos estabelecimentos escolares, atendendo às penalizações a que pais e alunos poderão estar sujeitos.

O Governo já definiu o calendário escolar do ano letivo 2012/2013. Assim, as aulas para a educação pré-escolar, arrancam entre os dias 10 e 14 de setembro de 2012 e terminam a 5 de julho de 2013. Já no caso dos ensinos básico e secundário, as aulas começam entre os dias 10 e 14 de setembro de 2012 e terminam a 7 de junho de 2013 para os 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade; 14 de junho de 2013 para os 1º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º, 8.º, e 10º anos de escolaridade e a 5 de julho de 2013 para a educação pré-escolar e para os alunos de 4º ano que venham a ter acompanhamento extraordinário. No ensino básico e secundário estão previstas interrupções letivas de 17 de dezembro de 2012 a 2 de janeiro de 2013; de 11 a 13 de fevereiro de 2013 e de 18 de março a 1 de abril de 2013.


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Necrologia / Publicidade Batalha

Gracinda da Conceição Matos

Artur Manuel Cipriano Fino

92 anos 26.10.1919 - 09.08.2012 Perulhal – Reguengo do Fétal

54 anos 09.07.1958 - 27.07.2012 Quinta da Fonte Velha – Batalha

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Capitão Joaquim Santana Marques 84 anos - 07.071928 - 17.08.2012 Casal da Amieira – Batalha AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas que os acarinharam neste momento de dor e tristeza ou de outra forma manifestaram o seu pesar. A família reconhecida agradece todas as demonstrações de solidariedade, pela perda do seu ente querido. A todos, muito obrigado.

AGRADECIMENTO Sua esposa Maria de Lurdes Daniel Penas, filhos Inês e Daniel Penas Fino, pai, irmãos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Que descanse em Paz.

Sua esposa: Mª da Piedade Ribeiro Marques, filhos: José Augusto, Isabel e Carlos Ribeiro Marques e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que os acarinharam nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam o seu ente querido até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado.

Tratou Funerária Espírito Santo – www.afes.com.pt

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Joaquim de Jesus Ferreira 83 anos 01.11.1928 - 25.07.2012 Residia em França Casal do Quinta – Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa, Alcina do Rosário Ferreira, filhas Mª Fernanda Ferreira da Silva e Martine Ferreira e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.

Tratou: Agência Funerária Santos e Matias , L.da

Maria da Conceição Gonçalves Cordeiro Fernandes 55 anos - 01.06.1957 - 04.08.2012 Bico Sacho, Golpilheira - Batalha AGRADECIMENTO

Seu marido Armando Vieira Fernandes, filhos Nuno Ricardo, Marco António e Eduarda Maria Cordeiro Fernandes e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Que Descanse em Paz. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Manuel Cerejo dos Santos 75 anos 17.071937 - 13.08.2012 Quinta do Pinheiro - Brancas AGRADECIMENTO Sua esposa Emília Vieira Filipe dos Santos, filhos Abílio Filipe dos Santos e João Filipe dos Santos, noras, netas e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Que Descanse em Paz. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Piedade da Conceição Rino

Manuel da Conceição Vieira

Manuel Grosso dos Santos

92 anos 16.06.1920 - 02.08.2012 Quinta do Sobrado – Batalha

82 anos 29.03.1930 - 21.08.2012 Torre – Reguengo do Fetal

Cova do Picoto 81 anos 13.02.1931 - 10.07.2012

AGRADECIMENTO Seus filhos Rosinda Rino Ligeiro, José, Joaquim, António, João e Silvino Rino Cunha Ligeiro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era de seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.

AGRADECIMENTO Sua esposa Maria de Lurdes Soares Marcelino, filhos Luís Filipe, Manuel e Deolinda Marcelino Vieira e restantes familiares na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.

Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

AGRADECIMENTO Suas filhas: Margarida Domingues dos Santos e Isabel Domingues dos Santos Meca, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que os acarinharam nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam o Sr Manuel até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha Tratou: Agência Funerária Santos e Matias , L.da

Zaida Cacela Gonçalves

Maria Vieira Repolho

Maria Ilídia Caiado Oliveira

84 anos 22.02.1928 - 27.07.2012 Perulhal – Reguengo do Fetal

88 anos 23.04.1924 - 07.08.2012

78 anos 03.12.1933 - 16.08.2012

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO Seu filho António Manuel Cacela Carreira e restantes familiares na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado.

Seus filhos Joaquim, José e Maria da Conceição Vieira dos Reis, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos aqueles que acompanharam o seu querido familiar até à ultima morada. Por tudo e a todos, muito obrigado.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Seu marido Manuel Henriques Pereira, filhos Luís Manuel e João Carlos Oliveira Pereira, noras, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todos aqueles que estiveram presentes no seu último adeus, ou que de outro modo lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. Tratou Agência Funerária Santos e Matias L.da

Tratou Agência Funerária Santos e Matias , L.da

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