Arte das Águas - Adalmir Chixaro

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ADALMIR QUEIROZ

CHIXARO

ENSAIOS FOTOGRÁFICOS DA AMAZÔNIA - ÁGUA


ADALMIR QUEIROZ

CHIXARO ENSAIOS FOTOGRAFICOS DA AMAZONIA - ÁGUA

Ensaio I ‒ ARTE DAS ÁGUAS Ensaio II - VIDA NA ÁGUA Ensaio III ‒ AMAZÔNIA MÃE ÁGUA


Fotógrafo amazonense, nasceu em Manaus, passou sua infância na cidade de Humaitá, Estado do Amazonas. Atualmente mora entre o Rio de Janeiro e Manaus. É membro efetivo do Instituto Pacto Amazônico e utiliza a sua arte para registrar as belezas da região amazônica. Os seus trabalhos privilegiam o que há de mais precioso na região, entre eles a cultura do povo, a natureza, em especial a água e a floresta e a sua biodiversidade.


APRESENTAÇÃO Expressar todos os sentimentos sobre a Amazônia não é uma tarefa muito fácil, mas falar do que ela possui de mais lúdico, abundante e muitas vezes frágil foi prazeroso porque se trata de um elemento químico dos mais essenciais tanto à natureza humana quanto ao seu patrimônio biogenético e animal. Falamos desse ímpeto frescor de vida, a água. Aonde, por onde, em qualquer lugar desse imenso planeta aqüífero nos deparamos com a indubitável presença da água. Muitas vezes, suja, poluída e degradada pelo próprio homem, mas na maioria das vezes quando nos encontramos diante de um igarapé, rio, lago ou igapó nossa memória adormece e encanta corpo de tanta pureza e cristalinidade. Na Amazônia, a água, como no restante do país e em boa parte do planeta quase sempre é usada de maneira insustentável. È incrível e reconhecível que o homem ainda não aprendeu a fazer uso racional desse líquido tão precioso. A água doce torna-se escassa em várias regiões do mundo, pois sendo assim é provável que ela se torne um bem cada vez mais raro, e, portanto, começa a assumir no mundo moderno um forte papel econômico. A exemplo disso em alguns lugares como o oriente médio a água é hoje um dos produtos mais caro e precioso do ponto de vista mercadológico.

Alguns estudiosos sobre a água afirmam categoricamente que a floresta amazônica é uma imensa fábrica de água doce e que desmatá-la implica consideravelmente na diminuição de recursos hídricos. Tanto é verdade que essa região é detentora de 20% de toda a água doce disponível no Planeta. Portanto, como o mundo caminha para uma nova ordem mundial, consequentemente, terá que caminhar também na direção de um rígido controle do consumo de água doce. Isso implica não apenas em racionamento, mas numa nova mudança de cultura sobre o uso tanto doméstico quanto industrial da água. Da mesma forma que as grandes potências mantêm intocáveis usas reservas de petróleo, a preservação de nossos mananciais de água doce na Bacia Amazônica, por certo, contribuirá, num futuro não muito remoto, como reserva estratégica para todo o povo brasileiro. Portanto, não basta apenas nesse ensaio fotográfico admirar, apreciar e se deliciar com nossos inúmeros mananciais dessa região, mas torna-se imprescindível defender e preservar essa riqueza universal que é a água doce de uma das maiores bacias hidrográficas do planeta, a Amazônia. Este livro é para registrar toda esta beleza, que encontra-se, na verdade, ameaçada. Bismarck Chixaro



























































































































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