Cordel de casamento Mila e Jon

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Milena e Jonathas Juntamente com seus pais José Raimundo de Moura (in memorian) Regina Célia de Medeiros Moura Orlando Garcia de Medeiros Maria Valbea Sousa de Medeiros Convidam para sua cerimônia de casamento a realizar-se às dezesseis horas do dia onze de outubro de dois mil de dez, na Paróquia de Sant’ana do Rio Vermelho, Rua Guedes Cabral, 143 Rio Vermelho, Salvador, Bahia. Recepção no local. Confirmar presença pelo telefone (71) 3014-2988, ou na Rua Dr. Raimundo Magaldi, 56, Ed. Ana Vitória Residence, ap 502, Costa Azul, Salvador, Bahia, CEP: 41760-020 ou pela internet, em www.milaejon.com.br


Predestinado (por Mila) Acredito no destino, Em alma gêmea e na paixão. Consultei uma cartomante, Preparei meu coração. Ela disse com firmeza: Preste muita atenção! Reticente completou: O amado é singular. Trará muita felicidade, Mas é preciso confiar. Recorri a Santo Antônio, A sua benção pra me dar. Uma amiga me falou: O seu marido eu conheci. Como é? Que história é essa? Como é? Não entendi. É a sua alma gêmea. Coisa séria, não é pra rir! E o namoro aconteceu, Como eu tinha imaginado. Que danado esse destino, Sempre certo e traçado! Garantiu meu companheiro, Para amar e ser amado.


Peixe Grande (por Jon) Não é história de pescador, Verdade pura pode crer! Não sei se sorte ou destino Foi assim, tinha que ser... Numa prosa sem enredo, O assunto foi sem querer. A comadre “muriçoca”, Chamada assim pelo marido, Comentou que um bom coração Precisava de um bom abrigo. E afirmou, com toda certeza; Sei quem será seu partido. Eis que me apresentou Pela internet, só para ver. Mas nem foto tinha direito... Será bonita? Queria saber. Contou para ela minhas proezas, Mas quais haveriam de ser? E a moça misteriosa Conheceu o gentil pescador. Parece capricho da vida, Nem sei o que se passou. Fisguei uma linda sereia, Fisguei o meu grande amor.


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OR

LA

Colônia Pesca

Paróquia de Sant’ana do Rio Vermelho



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Inicialmente divulgada apenas de forma oral e depois impressa em pequenas brochuras de papel barato, a Literatura de Cordel é um tipo de poesia popular típica do interior do Nordeste. Originários de Portugal, que tinha a tradição de expor tais folhetos em varais de cordão pelas ruas, os cordéis caracterizam-se pelas capas decoradas com xilogravuras geralmente em preto e branco, de surpreendente valor artístico, e abordam temas diversos, como fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas e temas religiosos. Quase sempre, o próprio autor dos versos encarregase de vendê-los no comércio ambulante. Em vez de ler a poesia, ele canta os versos, numa linha melódica simples, acompanhado da viola ou do pandeiro. Se pensarmos no Brasil anterior à década de 40, sem rádio e sem eletricidade, podemos imaginar a importância do cordel como difusor das notícias do Brasil e do mundo.


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