ESCALA 1: HUMANA

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Trabalho final de graduação apresentado ao programa de graduação em Arquitetura e Urbanismo da faculdade de Ciências Sociais Aplicadas da Pontifícia universidade Católica de Minas Gerais como requisito para obtenção do título de bacharel em arquitetura e urbanismo.

Por João Pedro Silva Melo Orientação Professora Maria Elisa Baptista Belo Horizonte 2016

ESCALA 1:HUMANA OCUPAÇÃO PEATONAL EM ESPAÇOS INÓSPITOS

À Maria Elisa Baptista por me ensinar a colorir espaços por onde as pessoas caminham de amarelo e isso ser a maior inspiração deste trabalho, e pelas conversas dentro e fora da sala de aula À Gabriela Pinho por ser a inspiração da criação de um projeto urbano lindo Agradeço meus amigos e colegas que fizeram parte dessa jornada na arquitetura.

Principalmente a Ana Paula Rocha, parceira a quem agradeço pelo crescimento e apoio nesses anos E a minha família, fonte de inspiração e apoio nas minhas escolhas, agradeço Elisson, Sandra e Vitor por estarem sempre ao meu lado

Mario Quintana

Observando essas variáveis o território interessante para uma análise profunda sobre fluxos, usos e dinâmica espacial da cidade seria uma área suburbana da cidade, escolhido a partir de minha Vicência durante os seis anos de graduação.

O lugar escolhido para abrigar a capital mineira foi modificado para receber uma cidade moderna de quarteirões de 120x120m com ruas largas e conveniente arborização, rodeada por uma avenida Uma zona suburbana desenhou se de outro modo, talvez mais adequado para a ocupação

A cidade de Belo Horizonte está nesse cenário onde o modernismo deixou seus resquícios, principalmente no que se refere à separação dos usos e o distanciamento dos mesmos.

RESUMO

A humanização do espaço publico é a principal motivação deste estudo, no qual o foco na escala humana é representado pela perspectiva do usuário

O rodoviarismo marcou o desenvolvimento da cidade, e o lugar das belas avenidas arborizadas deu lugar ao espaço do veículo, acarretando modificações mais profundas na cidade do que em seu plano original.

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A cidade fragmentada pensada em nível macro e médio esqueceu se dos pedestres A necessidade de humanização espacial se faz necessária e urgente

Assim o desenvolvimento do centro organizado e regular perdeu para o avanço espontâneo e imprevisível que essa zona suburbana, não planejada, acarretou.

OINTRODUÇÃOPROJETOURBANO EM ESCALA HUMANA CONTEXTO HISTÓRICO O BIBLIOGRAFIACONCLUSÃOPROPOSTRASANÁLISEAPROXIMAÇÃOLUGARSWOT 01 0302 04 0908070605 979371635331231913

INTRODUÇÃO

As diversas tramas dos caminhares pela cidade formam trajetos que definem convergências em determinados pontos, formando alguns momentos físicos Em alguns desses momentos se observa nenhuma qualidade, mesmo em espaços em que a ocupação já foi fundamental para a construção. Onde esse momento físico se torna insignificante podemos observar os tais resquícios da ordem moderna: o espaço de transição entre as funções da cidade se tornou apenas transição, a modernidade dividiu categoricamente as funções na cidade (morar, trabalhar, descansar, circular, etc ) e priorizou escalas onde o indivíduo, o pedestre, foi suprimido por fatores muitas vezes econômicos.

A cidade hoje reflete no desenho urbano resquícios da ordem moderna, especialmente construída nas escalas média e macro, mas se pensarmos ela é construída e constituída por pessoas e os espaços deveriam seguir tal ordem Para essa ordem tomar forma os espaços urbanos deveriam ser repensados para serem utilizados e compartilhados por todas as formas de locomoção, permanência e uso na cidade, tomando como prioridade o pedestre, que vive o espaço e possui uma experiência de ambiente intensificada devido às vulnerabilidades do homem com o meio

INTRODUÇÃO

Shoppings e centros comerciais anônimos, casas, rodovias e lotes vagos nas cercanias do centro da cidade: o cenário da arquitetura comum mais que comum, das coisas que compõem mais de 99% das cidades.” (TEIXEIRA, 1998, p. 141)

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“Arquitetonicamente, a zona suburbana é hoje caracterizada por construções medíocres (dentre outras coisas) Galpões medíocres, bares medíocres, casas medíocres, depósitos medíocres.

Belo horizonte definida para ocupar o espaço interior da avenida que ordenaria seu território, extrapolou seus limites nos subúrbios em espaços públicos insignificantes ao olhar do Estado e dos próprios habitantes.

Como esse espaço da área suburbana foi sendo ocupado espontaneamente em consequência dos altos preços cobrados pelo território regular e legal da cidade formal, o subúrbio emergiu como resposta a essa obra regular de um desenho pouco preocupado com o terreno em que se instalava. O crescimento exponencial do subúrbio foi necessário já que “uma vila operária, criada em 1902, no Bairro Preto, não era suficiente para a demanda da população de baixa renda e teve de crescer para a periferia ” (TEIXEIRA, 1998, p 120) Momento físico seria nesse contexto tudo que existe na cidade de forma subjetiva, constituindo de ambiente físico existente e relações que se aplicam especificamente a cada ambiente, tais momentos são moveis e estáticos.

Então hoje se faz necessário dar qualidade a esse tecido urbano espontâneo do subúrbio, principalmente no que diz respeito ao espaço público, que teve pouco cuidado em determinação aos propósitos modernistas, e ao próprio planejamento da cidade onde a área projetada para ser a verdadeira Belo Horizonte teve seus horizontes expandidos para além das barreiras onde o desenho determinou. É preciso incluir a escala humana e local, completamente esquecida pelos planejadores da cidade

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Por esses e outros fatores, o subúrbio foi sendo construído conforme a necessidade da cidade e não por um planejamento prévio Os vazios urbanos gerados nesse processo podem ser lugares de grande potencial de regulação e regerenciamento do tecido urbano, tanto em contexto local como metropolitano

Omodernaespaço escolhido para esse estudo sobre cheios e vazios e a ocupação peatonal está localizado a cerca de 4 km do centro da cidade entre os bairros Gameleira e Nova Suíssa, entre dois importantes nós viários, entre a Avenida Tereza Cristina e a Avenida Amazonas e entre a Avenida Tereza Cristina e a Avenida Juscelino Kubitscheck, e por conter diversas variáveis pertinentes ao urbanismo contemporâneo no que se refere à ocupação das pessoas no espaço público.

ESCALA 1:HUMANA

INTRODUÇÃO

O PROJETO URBANO EM ESCALA HUMANA

Ao indicar a escala em seus desenhos, os arquitetos registram a referência humana dos espaços, e possibilitam a conferencia das medidas A escala numérica é a representação de uma fração da proporção da escala e na arquitetura geralmente representada em redução. Por exemplo, 1:125 quando 1 representaria a medida real, e 125 a quantidade de vezes que o desenho precisou ser reduzido para ocupar o mesmo espaço no papel Falar em ESCALA 1: HUMANA significa a escolha por representar os espaços a partir da perspectiva do usuário. Uma coisa que me intriga é como se formam arquitetos que se esquecem de que também são utilizadores dos espaços públicos Outra é a formação dos espaços espontâneos, ou os espaços autoconstruídos, onde a percepção e o compartilhamento do ambiente se torna mais humano do que o espaço produzido em grande escala, ou seja, o espaço planejado, mas que na cidade planejada e formal é expulso pela não adequação ao sistema legal imposto nela Falar em ocupação peatonal em espaço inóspito já demonstra que existem espaços não humanos na cidade. Peatonal se refere a pedestres e inóspito é o lugar onde aquele que deveria ser o principal usuário do espaço é deixado de lado A produção do espaço humano se torna mais complexa com a utilização dos meios disponibilizados hoje: o computador engana arquitetos e urbanistas, devido à disparidade do desenho e da medida real, a cota na realidade não segue a planejada no desenho e o espaço possui disparidades entre cadastro e construção, o que pode ser visto como a espontaneidade do mundo real sobre o desenho planejado e levado como aprendizado ao desenho metódico e rígido

O PROJETO URBANO EM ESCALA HUMANA ESCALA 1:HUMANA

A utilização do título e tema do trabalho como uma legenda de um desenho de arquitetura mostra uma inquietude pela forma em que é elaborada grande parte das representações dos espaços, principalmente pela computadorização gráfica do desenho O traço antes feito à mão, foi trocado completamente por uma tela, um mouse e um teclado não significando que o processo tenha piorado, mas a forma se tornou robótica e muitas vezes comercial Se antes esses instrumentos e o arquiteto possuíam uma relação de proximidade, hoje esse tornou-se uma relação mecânica, onde a própria intenção de criar espaços humanos foi substituída por um método de repetição onde “control+c” e “control+v” não levam em conta se o espaço produzido muitas vezes teria uma qualidade existencial A cópia é indiscriminadamente um dos grandes predadores da contemporaneidade.

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Desconsiderando completamente o que existia no local, a cidade poderia começar a ser erguida com seus quarteirões de 120x120m, com suas ruas largas, com 20m de largura para uma conveniente arborização, a circulação de veículos etc., que se cruzava em ângulos retos e por algumas avenidas, de 35m para serem belas e confortáveis para o futuro da população, que se colocavam a 45º das ruas. Apenas a Avenida Afonso Pena que 25

CONTEXTO HISTÓRICO ESCALA 1:HUMANA

A cidade de Belo Horizonte teve Aarão Reis como engenheiro responsável a assumir a chefia da Comissão Construtora da nova capital do estado de Minas Gerais, o local para implantação da cidade foi o antigo Curral Del Rei, que possuía localização central no estado, ponto de encontro de caminhos por entre as diversas minas, além do clima ameno (TEIXEIRA, 1998) “Aarão Leal de Carvalho Reis, engenheiro, administrador, adoroso fã da cidade de Washington, da Paris de Haussmann e do esquadro de 45º, trabalharia com todo o calculismo necessário para erguer uma cidade moderna e com a confiança absoluta do poder da engenharia Com Auguste Compte na cabeça e uma regua “T” nas mãos, nada venceria o plano da comissão.” . (TEIXEIRA, 1998, pp. 65, 66)

CONTEXTO HISTÓRICO ESCALA 1:HUMANA cidade, e de forma contraria as intenções embelezadoras da zona Entãourbanaaocupação em forma regular do centro ficou tímida com relação ao desenvolvimento espontâneo e imprevisível que a futura Belo Horizonte iria ser, a alma da cidade deixou de ser o centro e se espalhou por toda a parte suburbana da cidade irregular, adaptável e viva ela crescia não por dentro das ruas regulares e sim para fora da regularidade, para o território onde se podia utilizar da terra de forma mais condizente com o ambiente

O positivismo empregado em todo o traçado, da cidade bela e moderna, era quebrado pelo próprio autor do projeto, Aarão abriu três avenidas que suas perspectivas resultavam em uma praça e um edifício do centro cívico A Praça Raul Soares foi uma desses resultados, onde se cruzavam quatro avenidas que não se encontrariam caso o plano fosse rígido na articulação de ruas e avenidas como é o caso da cidade de Nova York, por exemplo. (TEIXEIRA, 1998, p. 80)

“No inicio, o Centro e a zona urbana eram a imagem, o rosto, o lugar simbólico que melhor representava a comunidade dos belo horizontinos o ponto de encontro de todas as classes sociais, todas as raças, todas as danças... Mas o interessante é que o Centro deixa de sê lo justamente por estar demasiadamente centralizado... O Centro passa então a ser o lugar onde escapa tudo o que é bom: o melhor comércio, os melhores serviços, o conforto e para onde converge tudo o que é ruim a desordem, a marginalidade, a decadência.” (TEIXEIRA, 1998, p. 125)

O Centro passa a representar uma parte menos viva por esses fatores que empobrecem a historia do mesmo e fica a deriva enquanto outros centros iniciam a sua vitalidade antes seria obrigatoriamente o centro da cidade foi dada uma largura de 50m com a tentativa de forçar a população ocupar a cidade do centro para a periferia Essa zona era limitada pela Avenida do Contorno que fazia divisa com a zona suburbana de traçado livre, seguindo a topografia, formando bairros no entorno da cidade, onde o planejamento não foi tratado da mesma forma que a zona circulada pela área central e, por conseguinte, uma zona reservada a sítios de pequena lavoura A planta original foi apresentada na escala 1:10 000 detinha se ao desenho dos quarteirões e do paisagismo empregado nas praças e parques que a cidade receberia, enquanto a zona suburbana não possuía nem limite estabelecido. “A rede hidrográfica ficou em segundo plano, pois a homogeneidade do tecido urbano do centro deveria seguir a regra do plano enquanto a zona suburbana esse foi o principal fator para a sua ocupação ” (TEIXEIRA, 1998, pp 69, 70)

A ocupação da zona suburbana fazia mais sentido, aqui a hidrografia foi determinante para a urbanização, com avenidas em vales seguindo o curso sinuoso dos córregos, numa formação urbana que se iniciou pelas linhas da crista e meia encosta, enquanto na área planejada o histórico de canalizações totais e parciais foi feito para que o traçado rígido pudesse cumprir com seu destino Os terrenos ainda mais acidentados ficavam fora do centro, mas seu desenho adaptava-se melhor às condições topográficas, com lotes e quadras irregulares e ruas de largura variável (TEIXEIRA, 1998, p. 120). Ela se deu em ritmo exponencial com relação à26 Também é visto como uma forma de caminhar apropriando do espaço urbano sem ter um rumo exato. “ ... técnica de passagem rápida por diversos ambientes.” (CAMPBELL, 2008, p. 17)

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A arquitetura instalada hoje em Belo Horizonte e em diversas cidades do mundo sofre com a decadência dos sistemas modernos instalados nelas, um desses sistemas é o rodoviário que por uma modernização das cidades buscava atrair indústrias automobilísticas estrangeiras, e conjuntamente foram sendo reduzidas as estradas de ferro Tal diretriz foi executada durante a ditadura civil militar (1964 1984) onde o transporte de passageiros foi reprimido privilegiando o transporte de grãos e minério. (PAULA, 2010)

O governo JK seguiu a diretriz rodoviária já estabelecida em anos anteriores e a radicalizou, não, é claro, sem conflitos Na sua articulação política, o Plano de Metas era sustentado pela aliança PSD/PTB, que garantiu ao governo maioria no Congresso e uma eficaz articulação nos principais setores ministeriais. É nesse aspecto, principalmente, que 27

A partir desse contexto foi privilegiado aquilo que era visto como novo e visando o fortalecimento da indústria de automóvel e criação das necessárias obras rodoviárias, a mobilidade rodoviária então cumpriria o papel para uma mobilidade mais veloz Significou a ascensão de uma camada da burguesia nacional às arenas decisórias do setor de obras públicas, por meio da crescente intervenção nas estruturas estatais, principalmente do DNER e dos DERs (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e Departamento de Estradas de Rodagem, respectivamente), pregando a sua autonomia frente ao Ministério da Viação e Obras Públicas (depois Ministério dos Transportes) e frente às decisões do Poder Legislativo. Assim, foi se formando uma verdadeira arquitetura político institucional clientelista, que solidificava a proposta rodoviária e ao mesmo tempo enfraquecia as demandas ferroviárias Fruto dessas pressões, o DNER passou por profundas reformas administrativas, ganhando autonomia na implementação das metas rodoviárias. (PAULA, 2010)

A cidade então rejeita esse território espontâneo e ilegal, sem possuir qualquer forma de transformação das políticas de habitação, mesmo a favela estando dentro do tecido urbano da cidade Enquanto os shoppings centers não possuem uma forma legitimadora como espaço urbano, as favelas podem ser legitimadas a partir do principio da solução da questão habitacional, eles representam a negação ao espaço público, forjando uma forma das pessoas se entreterem, tomam um espaço da cidade para oferecerem divertimentos pagos, o que antes pertencia a cidade agora pertence a esse espaço enganosamente público, “o cinema, os teatros, os parques de diversão, as lanchonetes, as feiras de antiguidade” (TEIXEIRA, 1998, p. 151).

A cidade então necessita repensar como produzir um espaço publico sem negar todo esse complexo construído nela, o Centro, o subúrbio, o shopping, a favela, precisa agora de um complemento a toda essa desordem instaurada

RODOVIARISMO

ESCALA 1:HUMANA pertencente apenas ao centro que foi se tornando tumultuado e com isso “a decadência, os ônibus, o dinamismo social e a feiura passam a coabitar esse espaço urbano concebido para ser o melhor da cidade” (TEIXEIRA, 1998, p 127) Então a válvula de escape se torna a zona suburbana, que é instável, fluida, flexível e não possui uma forma definida que a Esseidentifique.território suburbano começou a ser utilizado por diversas formas de ocupação, entre elas se destacam as favelas e os shoppings centers As favelas seguem a ordem contrária do local onde se inserem os edifícios residenciais e comerciais do centro, ocupam o espaço onde existe pouca ou inexiste infraestrutura, por um processo de auto organização. Como cita Teixeira, o espaço ilegal então convive lado a lado com o espaço legal, pois se originam ou na periferia ou ao lado de espaços ocupados pelo tecido urbano legal com devida infraestrutura.

percebemos como o projeto ferroviário perdeu a hegemonia em ambos os partidos políticos, face aos interesses ligados à expansão das rodovias, por motivos diferentes Em 1970, o transporte rodoviário foi responsável por 73% das toneladas quilômetros deslocadas e por 96% do total de passageiros. No período 1950/1970, o transporte rodoviário de passageiros cresceu em torno de 12,3 %, enquanto as ferrovias tiveram desempenho negativo de 0,1 %, e o transporte aéreo, de 3,8 % Os serviços rodoviários de carga proliferaram, levando a uma sobrecarga, hoje evidente, de utilização das rodovias. Cresceu o número de empresas e de transportadores rodoviários individuais, que utilizam serviços de carga e descarga mais simplificados. (PAULA, 2010)

O Rodoviarismo foi então uma resposta moderna ao setor de transportes, como a tabula rasa na criação da capital mineira onde foi ignorado tudo que existia anteriormente no local. E essa admiração e luta política por um sistema moderno foi colocada dentro das cidades, como é o caso de Belo Horizonte e bem evidenciado em Brasília, símbolo maior do modernismo, onde o carro é necessário para todas as atividades que foram distribuídas em áreas opostas na cidade, o rodoviarismo é evidenciado ainda hoje na criação de novas ruas onde o espaço de pedestres é o menor possível enquanto no mínimo é necessário espaço para dois automóveis particulares As medidas de calçadas e espaço para pedestre são resultado do espaço que é ocupado pela rua do carro 28

CONTEXTO HISTÓRICO ESCALA 1:HUMANA

O LUGAR

A área para análise é marcada por dois nós viários importantes para a cidade de Belo Horizonte e foi observada por belezas ignoradas aos olhos de quem anda, de quem pedala, de quem dirige, de quem pilota e passa pelo espaço investigado Serão apresentadas a seguir as variáveis referentes ao lugar: AS AVENIDAS As Avenidas Amazonas, Tereza Cristina e Juscelino Kubistchek fazem parte dessa área e são de grande importância para o município e para a região metropolitana. A Amazonas por ser uma continuidade do centro e chegar até contagem como também acontece com a Avenida Juscelino Kubitscheck, a Tereza Cristina é a Avenida que margeia o ribeirão arrudas e foi pensada para ser a Avenida mais bonita da cidade segundo Juscelino Kubitschek que impulsionou sua construção no seu governo nos anos 1940.

33 VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LINHALOCALFERREA HIERARQUIA VIÁRIA

O LUGAR ESCALA 1:HUMANA

ESTADO DE MINAS 1991 ESTADO DE MINAS

O LUGAR . MALHA VIÁRIA ESCALA 1:HUMANA

A Avenida Amazonas é a via mais longa da cidade de Belo Horizonte, e continua no município de Contagem em direção a São Paulo Ela foi alvo de processos urbanizadores que a tornava centro de deslocamento das partes distantes da cidade para o centro. E os mesmos processos que promoviam o sua ocupação transformou a avenida que segundo Juscelino Kubitschek seria para embelezamento urbanístico e para a valorização das propriedades ao longo de seu percurso (KUBITSCHEK, 1976, pg 26) se transformou em uma avenida para carros onde o lugar das arvores (fator de extrema importância para a ocupação peatonal) foi suprimido, ou simplesmente deixado de lado para o desenvolvimento das vias de circulação dos veículos Umautomotores.fatointeressante foi a necessidade do auxilio de 10 mil carroças para seu prolongamento, no caso as 34 2005

ESCALA 1:HUMANA 35 ESTADO DE MINASESTADO2006 DE MINAS 2007 carroças foram utilizadas para auxiliar na canalização de um córrego que passava logo após a depressão que seguia a Avenida do Contorno e para transporte do paralelepípedo que era da Avenida Afonso Pena e seria utilizado para a então Avenida Amazonas

A Avenida Tereza Cristina foi idealizada por Juscelino Kubitschek em 1940 para ligar as regiões leste e oeste da capital Projetada após a retificação do leito do Ribeirão Arrudas iniciada na metade da década de 1930 e seguiu sua retificação até o bairro EmGameleirarelatório apresentado em 1941 o atual prefeito descreveu a avenida como uma das mais belas, por conter um traçado vistoso pois o canteiro central daria lugar ao leito do ribeirão. Mas a ordem que a avenida seguiu não foi tão bela como prevista Após a canalização do Ribeirão e a urbanização da Avenida o canteiro central começou a ser utilizado como bota fora tanto por moradores que ocupavam as margens do leito, como pelo poder público que tratava os cursos d’água de forma geral da capital como depósitos de lixo 36

O LUGAR . MALHA VIÁRIA ESCALA 1:HUMANA

RETIFICAÇÃO DO LEITO DO ARRUDAS EM 1935. Curral Del Rey

ESTADO DE MINAS

2014 Com a urbanização e o crescimento da cidade a Avenida é centro para discussões sobre a canalização dos córregos d’água. Esta foto mostra uma intervenção em que participei em 2014 para uma matéria do curso onde desejávamos criar um questionamento aos moradores da cidade devido a legislação que permite que o Ribeirão seja coberto para ampliação das vias de trafego A Avenida Juscelino Kubitschek é continua a esse desenvolvimento de cidade onde o carro é colocado em primeiro plano Ela liga diretamente e de uma forma mais rápida para veículos, criando uma Via Expressa até Contagem. E assim suprimindo mais um curso d’água da cidade que será citado a seguir “A questão ambiental está inseparável da questão da justiça social, da paz e da democracia. As necessidades de todos os ecossistemas, inclusive humanos, que se concentram cada vez mais nas cidades, exigem cuidados especiais para se sustentarem dentro de uma perspectiva democrática, de justiça e paz” (LISBOA, Apolo Heringer, 2008. Projeto Manuelzão)

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O principal curso d’água da cidade está na parte interessante de toda área. Ele apresenta a marcação do fundo de vale mais importante de Belo Horizonte e hoje se encontra em sua maior parte canalizado e aberto, segundo a carta de inundação do município de Belo Horizonte Outro córrego que aparece na área é o do Tejuco que nasce da confluência do Córrego da Rua Senador Milton Campos no Bairro Milton Campos, e hoje está canalizado e fechado como grande parte dos córregos do município As enchentes, fenômenos naturais, que acompanham a história desde os primórdios da urbanização da cidade, agravaram se com o passar dos anos, pelo desrespeito com o traçado natural dos córregos, pela impermeabilização do solo, assim como a poluição hídrica, colocam os rios como marginais a cidade e 38 CURSO D’ÁGUA CANALIZADO ABERTO CURSO D’ÁGUA CANALIZADO FECHADO CURSO D’ÁGUA NÃO CADASTRADO ÁREA ALAGAVEL CARTA DE INUNDAÇÃO

O LUGAR . OS CURSOS D’ÁGUA ESCALA 1:HUMANA OS CURSOS D’ÁGUA

O programa DRENURBS para nascentes lançados em 2002, no qual visava promover a reinserção ou a integração dos cursos d’água na paisagem urbana, além de promover a sua despoluição, o controle dos sedimentos abrangia apenas os cursos d’água ainda encontrados em leito natural O que levou a cidade a ser destaque no cenário latino americano na concepção inovadora sobre um outro olhar sobre os rios urbanos e sua relação com a cidade. O que não impediu três anos mais tarde de cobrir o Ribeirão Arrudas para criação da Linha Verde, via para transito rápido de veículos (BORSAGLI 2016, pg Na381)carta de inundação ainda observamos uma área alagável onde seria possivelmente suscetível a enchentes Uma área pequena se compararmos com a foto ao lado, onde no réveillon do ano de 2008 o Ribeirão Arrudas recebeu um número inimaginável de água proveniente das bacias que também sofreram com essa situação de canalização e expulsão da água do meio urbano Como se ela fosse algum mal Então temos um grande problema generalizado que precisa ser revertido.

ESCALA 1:HUMANA

aos habitantes que antes utilizavam a área inclusive para o lazer E apesar do fracasso comprovado das canalizações, continuam a ser vendidas como solução as enchentes e para melhoria viária para desenvolvimento da metrópole. (BORSAGLI. 2016, pg. 360)

39 O TEMPO 2008

A região apresenta bairros com características sociais e disponibilização de ursos e serviços diversos. E serão apresentados segundo a sua criação: CALAFATE A região onde se localiza o bairro Calafate começou a ser povoada no inicio do século XX através do Núcleo Agrícola do Carlos Prates. Povoado principalmente pelos colonos que vieram para trabalhar na construção da nova capital Foi uma área bastante povoada nos primeiros anos da construção de Belo Horizonte. O acesso ao local era precário, e o transporte era possível através de animais Em 1902 a Estrada de Ferro Oeste de Minas, que chegava até Betim passava pelo bairro e levava uma movimentação e evolução do bairro Foi construída a mando do então presidente do Estado de Minas, Francisco Salles.

VILA DA AMIZADE (402) GUARATÃ(766) VILA DAS OLIVEIRAS (241) AMBROSINA(800)CALAFATE(7.427)PADREEUSTÁQUIO(28.641)NOVASUÍSSA(15.177)CORAÇÃO EUCARÍSTICO GAMELEIRA(7.609) (300) O LUGAR . BAIRROS ESCALA 1:HUMANA 40 BAIRROS E POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO 2010 BAIRROS

No bairro se estabeleceu um dos seminários da igreja católica mais tradicional da cidade Em 1926, no local da antiga fazenda da Gameleira se iniciou a construção do Seminário Coração Eucarístico, que formou durante 30 anos pessoas da comunidade eclesiástica mineira. 41

Em 1910 a Estrada do Barreiro passava também pelo Calafate.

O bairro começou sua ocupação em meados da década de 1920 no local existia a antiga fazenda da Gameleira, fazenda que também deu origem aos bairros Nova Suíssa e Coração HojeEucarístico.obairro apresenta uma grande concentração de prédios e instituições públicas Abriga o Parque de Exposições de Animais Bolívar de Andrade, onde acontecem rodeios, provas hípicas, além de amostras da nossa produção agrícola, pecuária, industrial e comercial. Além do parque estão localizados no bairro a Fundação Ezequiel Dias, o Instituto Medico Legal (IML), o 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, a Delegacia Regional do Ministério da Educação, o Departamento de Estradas e Rodagens DER, os Hospitais Galba Veloso e Sarah Kubitschek e o maior Centro de Convenções da América Latina: O EXPOMINAS, inaugurado em 2006 no mesmo local onde, em 1971, aconteceu o desabamento do Parque de Exposições da Gameleira, vitimando muitos operários da construção civil A região possui ainda um grande número de escolas públicas e particulares Entre elas, o Centro Federal de Educação Técnica CEFET, o Colégio Salesiano, a Escola Estadual Maurício Murgel e a Municipal, João do Patrocínio. NOVA SUÍSSA As terras onde hoje existe o bairro Nova Suíssa fora adquiridas no inicio dos anos 1920 por um empresário que possuía um comercio no centro da capital. Esse novo núcleo foi loteado e vendido rapidamente, fator que auxiliou a compra dos terrenos era a topografia favorável Após a construção da Avenida Amazonas no governo do prefeito Juscelino Kubitschek o local tornou se de fácil acesso No bairro surgiu um dos maiores centros educacionais do estado hoje o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET MG) A estrutura do bairro com relação a serviços é abundante na questão de diversidade Um dos atrativos do bairro é a sensação bucólica de cidade interiorana, marcada pela presença de casas antigas, em diversos estilos e localizadas em ruas arborizadas. Uma parte abriga edifícios residenciais, próximo a Avenida Barão Homem de Melo

ESCALA 1:HUMANA

Já em 1920 se via que a região se desenvolvia exponencialmente O asfalto chegou somente na década de 1930, conjuntamente com a construção do que viria ser a atual Igreja de São José do Calafate Hoje o bairro é essencialmente residencial, entretanto possui um grande conjunto de comércio de caráter local ao longo de sua principal via, a Rua Platina, onde existe uma infinidade de serviços GAMELEIRA Gameleira é uma designação comum de algumas árvores da família das moráceas Sua madeira é muito utilizada na confecção de gamelas e objetos domésticos A atual geração não a conheceu, mas foi ela quem inspirou a criação do nome do bairro Gameleira, localizado na região oeste da capital. Vítima do progresso, hoje quase não mais se encontram aquelas belas árvores que deram origem ao bairro.

CORAÇÃO EUCARÍSTICO

A Rua Padre Eustáquio, também é significativa para os moradores, anteriormente era chamada de Estrada de Contagem, e o seu traçado original permanece até hoje, bem como sua função de rua de passagem.

O bairro foi formado por uma série de vilas na década de 1920, entre elas: Progresso, Celeste Império, Santa Rita e Futura. Foi ocupado por uma população de classe operaria em sua maioria. O Pároco holandês Humberto Van Lieshout, deu nome ao bairro e foi a sua maior referencia Foi tido como santo e era conhecido como Padre Eustáquio Mudou se para Belo Horizonte no inicio dos anos 1940 e ajudou na construção da igreja que levaria seu nome.

O LUGAR . BAIRROS ESCALA 1:HUMANA

PADRE EUSTÁQUIO

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Em 1948 o seminário loteou parte da sua área para abrigar uma escola formadora de professores Surgindo a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Santa Maria, que posteriormente virou a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Hoje o conjunto arquitetônico do antigo seminário é tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Belo Horizonte. Hoje a Universidade Católica é referência para o bairro que começou a ser adensado após a sua fixação O bairro possui dezenas de bares, lojas, restaurantes, e demais serviços possui o Museu de Ciências Naturais da Universidade.

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Lucio “Busco sempre ir ao Coração Eucarístico, pois não existe opções no meu bairro”

Leandro “O bairro atende em grande parte as necessidades quanto a comércio, é raro precisar buscar em outros lugares”

As entrevistas foram feitas com moradores dos bairros próximos e houveram conversas informais que foram traduzidas para o trabalho As pessoas entrevistadas foram as seguintes: Raphaela moradora a 20 anos do bairro Nova Suíssa, Leandro morador do bairro Padre Eustáquio a 28 anos, Lucio morador da Vila das Oliveiras a 10 anos e Carolina moradora do Coração Eucarístico a cerca de 8 anos

Carolina “eu considero o bairro bem servido de serviços e comércio

O LUGAR. ENTREVISTAS ESCALA 1:HUMANA

SOBRE LAZER

SOBRE ACESSO A SERVIÇOS E COMÉRCIO Raphaela “Nisso não posso reclamar, no meu bairro consigo todos tipos de comércios. Na rua Campos Salles tenho bastante diversidade de serviços, os quais já me atendem.”

Aqui tem mais de um mercado, tem restaurante, loja de roupa, tem dentista, médicos tipo dermatologista e principalmente universidade né. Eu só preciso sair do bairro pra lazer mesmo, ou pra visitar alguém ou ir em algum medico que não tem aqui ”

Raphaela “No meu bairro não tenho muitas opções além de bares Então sempre procuro bairros próximos para sair e me divertir ” Leandro “Eu saía pouco pelo bairro. Não me sentia muito à vontade. Mas quando saia, ia à pracinha do nino, que é muito frequentada por crianças e idosos” Lucio “Busco sempre ir ao Coração Eucarístico, pois não existe opções no meu bairro” Carolina “Opções de lazer aqui só tem botecos mesmo É engraçado porque aqui a gente fala "vamos ali na praça" mas não é um ir à praça normal de sentar na praça e ficar “la” de boas Aqui ir a praça é ir no bar mesmo. Mas é uma boa opção de lazer se comparar com outros bairros. Deixa o bairro movimentado. Eu pessoalmente não saio muito mas pensando numa pessoa "normal" é necessário sair do bairro pra outros tipo de lazer tipo ir em parque ou balada, porque aqui não tem isso”

O LUGAR . ENTREVISTAS ESCALA 1:HUMANA

SOBRE DESLOCAMENTOS Raphaela “Único ruim de transporte públicos é o preço mesmo Pois moro ao lado de um ponto final do ônibus que me leva ao centro, e além de termos a Avenida amazonas bem perto. Mas tenho preferência pelo metrô, e infelizmente ele é um perto longe, então tenho que ir até ele com outro tipo de transporte ” Leandro “O bairro é parcialmente bem serviço de transporte público. Parcialmente, porque a maior oferta de transporte público é concentrada no entorno da rua padre Eustáquio. O metrô atende apenas uma pequena parte do bairro” Lucio “O metrô me atende bem, a estação existente é próxima, e as linhas de ônibus vão a todo lugar da cidade” Carolina “Eu considero um deslocamento bom tendo em vista do resto da cidade Mas ainda sim é muito ruim Mesmo tendo linhas boas de ônibus aqui, elas demoram muito pra passar Tem o metrô que é bom, mas vai em poucos lugares da cidade e tem que ir a outro bairro pra chegar nele. Considero isso um problema da cidade (do país) e não do bairro. Mas dentro do padrão de Belo Horizonte eu consigo ir em boa parte da cidade só com os ônibus ou o metrô daqui Podia ser bem melhor, mas pela realidade é bom ”

Leandro “Eu vou ao “corel” pra serviços diversos, por exemplo, restaurante japonês, confeitaria etc ”

Lucio “É um local de fácil acesso, consigo sair e chegar em casa de diversas formas, além de opções de lazer nos bairros vizinhos” Carolina “Acho que o único equipamento grande de lazer no entorno do “coreu” é o parque de exposição. A maioria dos serviços e lazer que faço fora do bairro é mais longe daqui, não no entorno.”

SOBRE PERCEPÇÃO

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DO ENTORNO Raphaela “Eu como outros amigos gostamos muito do Prado e Betânia, inclusive o Betânia como polo comercial, tem bastante diversidade de lazeres, os quais vêm só expandindo.”

O LOCAL . ZONEAMENTO ESCALA 1:HUMANA

O Zoneamento vigente se insere na Lei de 1996 de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte (Lei 7 166/96) Os principais zoneamentos incidentes sobre a área são: Zona Adensada (ZA), onde o adensamento deve ser contido; Zona de Adensamento Preferencial (ZAP), que são zonas passiveis de adensamento por SocialZonacaracterísticasapresentaremfavoráveis;deEspecialInteresse(ZEIS),reservadoa locais ocupado por população de baixa renda onde existe interesse público em promover e melhorar a qualidade de vida dessa população; e uma Zona de Grandes Equipamentos (ZE), zonas ocupadas por equipamentos de grande relevância para a estrutura urbana. (PBH, 1996) Existe uma tentativa de alteração dos parâmetros existentes, e a principal alteração na área seria com relação a ocupação, onde parte da ZAP viraria uma Zona de ocupação moderada. (PBH, 2014)

45 ZEZEISZAPZA-1 LEGISLAÇÃO VIGENTE

Uma ultima diretriz entra em discordância com as demais no ponto em que permite a ampliação do boullevard, que seria o fechamento o Ribeirão Arrudas nos pontos que ainda se encontra aberto para criação de vias para carros 46 ARÉA IDEAL PARA ADE EXISTENTE ADE – VALE DO ARRUDAS LEGISLAÇÃO VIGENTE

A ADE que está inserida é a do Vale do Arrudas onde determina a implementação de diversos parâmetros.

Onde estimula a criação de áreas arborizadas, ciclovias, melhoria da acessibilidade a pedestres, e ainda a reintegração de propriedades públicas.

O LOCAL . ZONEAMENTO ESCALA 1:HUMANA

Sobre os zoneamentos, com relação a ocupação, temos uma ADE que possui características que exigem implementação de políticas específicas, permanentes ou não, podendo demandar parâmetros urbanísticos, fiscais e de funcionamento de atividades diferenciadas, que se sobrepõem aos do zoneamento e sobre eles preponderam. (PBH, 1996).

A configuração topográfica é vista através do mapa, onde foram desenhadas as curvas de nível numa distância de 10 em 10 metros para melhor visualização e devido a grande extensão da área em análise É possível observar que, a cota de nível 860 é a mais baixa da área sendo assim definidora das linhas d'água da região Além disso, é possível visualizar que as cotas mais altas, que são topo dos morros, são caracterizadas por serem as centralidades dos bairros ali existentes, demonstrando que na periferia destes topos é onde estão instaladas as favelas, que também se encontram em regiões mais íngremes ou locais passiveis de inundação

870880870860890900910 O LOCAL . TOPOGRAFIA ESCALA 1:HUMANA

47

Na área é visto que as principais ocupações são de caráter residencial Nos bairros Coração Eucarístico e Padre Eustáquio há edifícios residenciais de 4 a 6 pavimentos em sua maioria porém há também alguns com mais pavi mentos, enquanto no Nova Suíssa a predominância é de casas. Na mesma mancha onde é observado uma ocupação de predo minância residencial, porém em alguns casos ocorre a existência do tipo misto, onde o primeiro pavimento da edifício tem uso comer cial, situação esta que ocor re na Rua Coração Eucarís tico de Jesus, e na Rua Campos Sales, uma das vias principais do bairro Nova Suíssa. É possível visualizar, mesmo sendo dispersas e pouco incorporadas aos bairros, manchas de vilas e favelas às margens e em locais onde a ocupação é inadequada Há uma existência, mesmo que escassa, de praças e espaços públicos para lazer da população nesta área.

O LOCAL . OCUPAÇÃO ESCALA 1:HUMANA 48 PREDOMINÂNCIA RESIDEÊNCIAL VILASPRAÇASCOMÉRCIOEFAVELAS

EQUIPAMENTOSGRANDESREFERENCIASOUTROSHOSPITAISUSOSHISTÓRICASEQUIPAMENTOSEDUCACIONAIS 4 2 2 1 3 5 9 8 1211 O LOCAL . OCUPAÇÃO ESCALA 1:HUMANA 49

Os grandes equipamentos se concentram no bairro Gameleira, onde a ocupa ção residencial é proibida segundo a legislação vigen te. Nele encontra se o EXPOMINAS, o Parque de Exposições de Animais Bolí var de Andrade [1], a Fun dação Ezequiel Dias (FUNED), o 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais [2] que possui uma escola de ensino funda mental e médio da PM o colégio Tiradentes, o Departamento de Estradas e Ro dagens DER [3], os Hos pitais Galba Veloso [4] e Sarah Kubitschek [5], além de outras escolas dentro do campos VI do CEFET [6], e a Escola Estadual Leon Renault [7], aparece ainda uma penitenciaria (CERESP da Gameleira) [8] e ao seu lado uma Unidade de Atendimento ao Trabalhador [9] Três Hospitais existentesna mancha, dois já citados acima e o outro é a URS Campos Sales [9] no bairro Calafate

Na mancha foram verificados outros usos, ou a não definição do uso, mesmo com visitas ao local, ou usos que degradam o espaço ou mesmo não proporcionam uma troca com a cidade Um exemplo é o Serviços e Obras de Implementação do Boullevard [11], serviço que é dado para tampar o leito do Ribeirão Arrudas que já se encontra canalizado, além de ser uma enorme barreira para os bairros e por estar no meio de uma Via Expressa não provoca estranheza por quem passa por ali de carro, o que o torna um espaço ermo na existência da Ondecidadeéobservado as referências históricas existem uma estação de trem desativada e a antiga Estação Gameleira que foi parte da estrada de ferro que estende se até o Barreiro. Os outros pontos são verificações da vivencia no bairro e vindos de visitas técnicas onde mostram edificações em estilos antigos, como Art Déco e modernismo, que estão degradados pela cegueira do poder público sobre a manutenção e preservação deste nosso patrimônio.

O LOCAL . OCUPAÇÃO ESCALA 1:HUMANA

50 São diversos os equipamentos instalados, além dos já mencionados existe a PUC Minas no Coração Eucarístico, o CEFET [10] campus I no Nova Suíssa, além da existência de outras escolas estaduais de menor porte

APROXIMAÇÃO

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ZOOMCONEXÃOZOOM12 APROXIMAÇÃO ESCALA 1:HUMANA

Para cumprir com a tarefa de propor modificações em nível da escala humana, era necessário uma aproximação maior de cada área de análise. Foram então definidas três áreas para uma proximi dade maior Ao primeiro ponto a ser analisado foi dado o nome de ZOOM 1 e está sobre o nó viário da Avenida Amazonas com a Avenida Tereza Cristina O segundo é o ZOOM 2 e está sobre a Avenida Tereza Cristina que continua na Avenida Juscelino Kubitschek até Contagem O ultimo ponto a ser analisado é a CONEXÃO entre os dois primeiros pontos. Para a aproximação foi utilizado os anos de vivência na área, visitas técnicas, conversas com moradores e vistas aéreas que auxiliaram a coletar informações precisas sobre o tecido urbano e suas relações mais intrisecas

APROXIMAÇÃO . ZOOM 1 ESCALA 1:HUMANA

No primeiro nível de aproximação é observado o cruzamento da Avenida Amazonas com a Avenida Tereza Cristina Os pontos em que são analisados no mapa fazem parte de uma percepção do ambiente com a sensibilidade do espaço vivido não reparado. Mas que possui uma potencialidade intrínseca. O caminho feito em meio a um vazio urbano [1] produzido para ser vazio demonstra a utilização deste espaço como forma de cruzamento de Oscaminharesmarcos históricos do bairro Nova Suíssa são verificados no caminhar [2], e são deixados de lado e mal cuidados A Estação Gameleira [3], antiga estação ferroviária esta abandonada e com as portas e janelas fechadas com concreto Resultado da falta de cuidado com o bem da cidade e com o espaço do entorno, ela foi pronto

56 1 2 3

ESCALA 1:HUMANA 57 onde formou se uma pequena cracolandia. Os fluxos marcados em azul para pedestres e em rosa para ciclistas mostram que o espaço da Avenida Amazonas é fluido, mas poderia ser melhor aproveitado se torna se o caminhar confortável Na Tereza Cristina o fluxo é menor por conter diversos grandes equipamentos de um lado e a barreira que forma o relevo do outro. O que tende a diminuir nos dois casos por falta de segurança. Já os ciclistas aumentam no anoitecer [3] [2] [1]

APROXIMAÇÃO . ZOOM 2 ESCALA 1:HUMANA

No segundo nível de aproximação vemos o encontro da Avenida Tereza Cristina com a Avenida Juscelino Kubitschek Momento em que a Avenida Tereza Cristina se torna Via Expressa até o centro, enquanto a Av JK segue até o município de OContagemprimeiro ponto [1] mostra a via expressa sentido Contagem, e mostra a quantidade de faixas que ela tem O Parque das Jabutica beiras [2] está inserido nesse nó viário de uma via extremamente grande O engraçado sobre este parque é mesmo com o nome de Parque das Jabuticabeiras, não possui uma jabuticabeira plantada As árvores de dentro do parque são todas bem jovens. Os fluxos dessa área são um tanto complexos, ao mesmo tempo em que falamos que a via expressa possui demasiadamente grande fluxo e várias faixas

58 1 2 4 4 4

ESCALA 1:HUMANA ela possui uma quantidade de pessoas que circulam, param no ponto de ônibus, frequentam o Parque das Jabuticabeiras, inclusive ao anoitecer, e usam os outros espaços públicos como o campo de futebol do outro lado do parque Verificam-se ainda a presença de ambulantes nos sinais de trânsito [4] o que gera uma permanência maior em alguns pontos. 59 [3] [2] [1]

APROXIMAÇÃO . CONEXÃO ESCALA 1:HUMANA

O terceiro ponto de análise é a conexão entre os dois primeiros pontos Estamos na Avenida Tereza Cristina em um lugar inóspito, fim de bairro, meio de caminhos, lugar de passagem prioritariamente para veículos individuais, devido a falta de passagem de transporte público pelo Oslocal.fluxos peatonais são apenas para chegar ao Parque das Jabuticabeiras, inserido no Zoom 2, e mesmo durante o dia é pouco pelas barreiras causadas pelos grandes equipamentos inseridos no local Observa se ainda um caminho para o bairro, um beco que é resultado da ocupação espontânea do espaço. Nessa praça onde existem borracharias e lojas experiências para carros são observadas os fluxos fixos. Onde a linha férrea atravessa sobre a Avenida existe um morador de rua que se abriga sobre o viaduto do Trem 60

61 [4] [2] [3] [1]

ESCALA 1:HUMANA

As imagens a seguir representam fotos deste espaço inóspito A foto [1] mostra uma imagem do Google de julho de 2009 onde a praça estava conservada, na foto [2] já observamos a praça como um estacionamento em outubro de 2013, fruto das ocupações da mesma, a foto [3] mostra o espaço já mal cuidado com um objeto quebrado tirada também do Google em outubro de 2015 A foto [4] é de minha autoria e foi tirada em abril de 2016 e visualizamos este espaço ermo na cidade.

ANÁLISE SWOT

FORÇAS STRENGTHS FRAQUEZAS WEAKNESSES OPORTUNIDADES OPPORTUNITES AMEAÇAS THREATS PRESENTE FUTURO USAR FORÇAS OPORTUNIDADESAPROVEITARPARA USAR FOÇAS PARA EVITAR AMEAÇAS MINIMIZAR FRAQUEZAS PARAOPORTUNIDADESAPROVEITAR MINIMIZAR FRAQUEZAS PARA EVITAR AMEAÇAS FORÇAS FRAQUEZAS POSITIVO NEGATIVO OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Strengths, Weaknesses, Oportunities, Threats formam a abreviatura SWOT, traduzindo para o português: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. É uma ferramenta amplamente utilizada no processo de planejamento estratégico após a coleta de dados e análise de um contexto avaliando fatores que influenciam tanto positivamente como negativamente, e também no presente momento como no futuro do objeto de estudo. Para este trabalho a análise tomou como base a experiência peatonal, originando pontos onde essa base foi fundamentada para que se chegasse a uma resposta de como utilizar as forças para aproveitar as oportunidades, minimizar as fraquezas para evitar as ameaças, superar as fraquezas para aproveitar as oportunidades e usar as forças para evitar as ameaças 65

ANÁLISE

SWOT ESCALA 1:HUMANA

Os poucos espaços públicos mesmo sem qualidade, são apropriados pelos moradores, o que demonstra a necessidade de locais deste porte para atividades de lazer, esporte, entre outras.

As particularidades dos bairros, produzem uma dinâmica nos caminhares dos transeuntes importante ao espaço ADE - VALE DO ARUDAS A lei representa uma proteção maior ao ambiente natural do ribeiras, devido as especificações mais restritas na ocupação e na permeabilidade do solo.

USOS DIVERSIFICADOS

As vias de trânsito rápido, as vias de acesso aos bairros, o metrô e as linhas de ônibus fazem do local bem servido de transporte público e outros meios de locomoção

FÁCIL ACESSO

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ANÁLISE SWOT . FORÇAS ESCALA 1:HUMANA APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS

A intensa frota de veículos individuais e a velocidade mínima estabelecida geram insegurança para os pedestres DESIGUALDADE SOCIAL O local onde a população de baixa renda ocupa é marginal aos bairros da cidade formal

ESCALA 1:HUMANA POUCA ARBORIZAÇÃO

A falta de diversidade na procura pelo lazer faz com que os moradores saiam da região para buscar em lugares diversos da cidade. GRANDES EQUIPAMENTOS CERCADOS Fazem grandes barreiras que dificultam de certa forma o deslocamento a pé. RELEVO Alguns pontos são dificultados a pedestres pelo relevo acidentado 67 PENITENCIÁRIA

ANÁLISE SWOT . FRAQUEZAS

A dinâmica de veículos particulares suprime a quantidade de pedestres que circulam nas ruas e juntamente com a juntamente com a falta de iluminação torna o ambiente inseguro USOS DE FLUXOS PEÁTONAIS Assim como a penitenciaria, estacionamentos, borracharias, a dinâmica peatonal quase inexistente.

FERROVIA COMO BARREIRA O bairro Calafate é limitado pela ferrovia, gerando interrupção do fluxo bairro a bairro AMBIENTE URBANO INADEQUADO

POUCA VARIEDADE DE LAZER

Condições inadequadas de iluminação, disposição de mobiliário urbano e o descaso com as calçadas FLUXO INTÊNSO DE AUTOMÓVEIS

A pouca existência de espaços públicos faz com que os moradores necessitem busca los em outros espaços

É um equipamento não gerador de nenhuma dinâmica com relação a cidade CANTEIRO DE OBRAS Ele é um obstáculo ao meio de uma área onde a circulação de pedestres é intensa. SEGURANÇA CONTRA CRIMES E TRÁFEGO

A falta de proteção contra a luz solar nas vias torna o ambiente inóspito a permanência e desconfortável a circulação de pedestres ÁREAS DE INUNDAÇÃO O ambiente se torna insegura por algum tempo. FIAÇÃO AÉREA É poluente a visão do ambiente POUCOS ESPAÇOS PÚBLICOS

ESCOLAS E EQUIPAMENTOS EDUCACIONAIS Disponibilidade de integração destes locais com a nova dinâmica do espaço OUTROS EQUIPAMENTOS URBANOS Utilização do espaço projetado para criar diversas dinâmicas no ambiente FERROVIA A ferrovia é pensada para ligar a atual linha de metrô com o Barreiro e se tornaria um importante equipamento para geração de fluxo peatonal. EIXOS IMPORTANTES Para a ligação rápida de diferentes áreas da cidade com o local.

ATORES DO SETOR PÚBLICO E PRIVADO Possibilitariam uma interação e conscientização dos moradores da cidade e principalmente dos bairros adjacentes, com as modificações no tecido urbano e com o financiamento das mudanças necessárias.

CALÇADAS LARGAS A disponibilidade aos pedestres de um lugar para caminhar VAZIOS URBANOS Chance da administração deste espaço para criar locais utilizáveis para ocupação.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS Gera na população memória afetiva e dessa forma possibilita uma integração aos moradores dos bairros DIVERSIDADE SOCIAL A presença de diferentes classes sociais torna o ambiente mais propício de construção de uma sociedade diversa DIVERSIDADE DE FLUXOS Pela diversidade de usos, os fluxos são múltiplos e em tempos diferentes, tornando um espaço vivo. 68

ANÁLISE SWOT . OPORTUNIDADES ESCALA 1:HUMANA

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Os bairros da região são populosos o que demanda espaços públicos de qualidade ADE - VALE DE ARRUDAS Para legislação vigente possibilitaria manutenção da área de forma a melhorar a qualidade do ambiente biológicos da cidade RIBEIRÃO ARRUDAS Para manutenção do equipamento entre a cidade e a vida urbana.

ESCALA 1:HUMANA VAZIOS URBANOS

Em um ponto da legislação a ADE permite, mesmo que em discordância, que os demais itens a fechar o leito do ribeirão

FALTA DE INTERESSE PÚBLICO E PRIVADO Interesse pelo local , faria que a situação atual não fosse revertida

Os moradores de baixa renda poder ser expulsos, devido a processos que iriam explorar o ambiente. - VALE DE ARRUDAS

ADE

69 ANÁLISE SWOT . AMEAÇAS

Poderiam ser utilizados pelo mercado imobiliário para vender espaço público, ou serem ocupados por serviços indesejáveis para a cidade FERROVIA Pode continuar ainda como barreira e não fornecer um serviço de utilidade a população GENTRIFICAÇÃO

PROPOSTAS

73 AMPLIAÇÃO ADE MELHORAR AMBIÊNCIAA URBANA REFERÊNCIASHISTÓRICAS ARRUDASRIBEIRÃOUTILIZAÇÃOAPROPRIAÇÃODAFERROVIAPORPESSOAS DAPARTICIPAÇÃOCOMUNIDADE ATORES DO SETOR PÚBLICO E PRIVADO DIVERSIDADESOCIAL ATORES DO SETOR PÚBLICO E PRIVADOVAZIOSDIVERSIFICADOSUSOSURBANOS

Após observar toda análise feita, com referência na história de Belo Horizonte, todas as especifi cidades do espaço para dar base as propostas e desenvolvimento de uma melhor conexão peatonal em todo o espaço, foram agrupados os pontos que se repetiam na análise SWOT e assim surgiram as diretrizes apresentadas ao lado As doze diretrizes proporcionam uma visão ampla de todas as propostas, que precisam ser implementadas para que o fluxo peatonal em um espaço vivo se torne mais intenso Assim das doze diretrizes surgiram dez propostas inseridas em cinco políticas. As políticas são as seguintes: A primeira é a Integração Regional com a implementação de transporte público e disponibilização de infra estrutura para pedestres e modais alternativos, a segunda Integração Metropolitana e Municipal com implementação de transporte público de massa, a terceira diz respeito a Reabilitação Urbana Ambiental ponto focal para o processo de pedestrianização local, a quarta sobre Estruturação Estratégica, e a quinta política atuaria no incentivo a coesão social.

PROPOSTAS ESCALA 1:HUMANA

Na construção de todo o trabalho a partir das primeiras diretrizes, se desejava a implementação da renaturalização do Ribeirão Arrudas o que devolveria a população um lugar para o lazer e também conformaria com todo o discurso já feito sobre a integração social, ambiental e democrática do espaço da cidade. Como na imagem mostrada ao lado o Projeto Planagua de desenvolvimento e planejamento da renaturalização de rios urbanos Uma outra proposta visava a utilização de pontes para pessoas onde retirar do chão representava uma contrapartida ás passarelas que existem pela cidade e fazem um percurso um tanto desconfortável. Uma referência dessas pontes seriam as passarelas do Aterro do Flamengo que fazem a travessia de uma via expressa e proporcionam uma caminhada confortável, o que seria utilizado no projeto para transpor a via expressa que separa os bairros e fazer conexões com os parques que seriam criados nos terrenos utilizados pelas ocupações indesejadas e nos vazios urbanos. O que traz também um exemplo externo ao Brasil, em Roterdam a ponte Luchtsingel faz a ligação de diversas áreas de uma zona pouco viva da cidade Um problema era o valor da implementação do equipamento, em partida foi feito um crownfounding, método de financiamento com participação da população, da iniciativa privada e do poder público. Com o auxilio de quem comprasse partes da ponte, em contrapartida seu nome seria inserido na ponte, foi rápido o auxilio de todos esses atores sobre a construção da ponte que em três meses conseguiu ser financiada A ponte assim reviveu diversos espaços marginalizados dessa região em Roterdam, interligava espaços públicos era construída dentro de edifícios abandonados, reativando não somente uma região e sim diversos equipamentos da cidade Nela ainda foi inseridos mobiliários para lazer e uma horta pública para que as crianças e a população pudesse se conscientizar do equilíbrio ecológico que uma cidade deveria ter Mas que no momento em que essas propostas foram analisadas não casavam bem com a área em estudo

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PLANO MANUTENÇÃODE PLANO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO INCLUINDO PARQUES, JARDINS, BOSQUES,PROJETOETC. PLANAGUA PASSARELA DO ATERRO DO FLAMENGO . RIO DE JANEIRO

PROPOSTAS ESCALA 1:HUMANA

ESCALA 1:HUMANA 75 LUCHTSINGEL . ROTTERDAM

8 Fazer um plano para monitorar a efetividade, validação e implementação para garantir que os objetivos sejam cumpridos, os métodos de previsão sejam adequados e a construção implementadasejaconforme o projeto. Finalmente, criar e implementar um plano de manutenção. 76

PROPOSTAS . RENATURALIZAÇÃO ESCALA 1:HUMANA

O retorno do ribeirão a uma situação que tenta reverter a sua canalização e a sua integração com a cidade gera espaços públicos para lazer, permanência e outras formas de ocupação Para a implementação da naturalização foi analisado um método chamado Natural Channel Design tem e nele podemos observar oito fases (ROSGEN, 2006), conforme listado a seguir:

2 Obter informações regionais e localizadas para caracterização geomorfológica, hidrológica e 3hidráulica;.Realizar avaliação no nível do rio/bacia para determinar o potencial e estado atual do rio, bem como a natureza, magnitude, direção, duração e consequências das mudanças Obter dados biológicos paralelamente aos dados físicos;

6 Selecionar e implementar medidas de estabilização, aperfeiçoamento e vegetativoestabelecimentoparamanter dimensão, padrão e perfil para cumprir os objetivos;

7. Implementar o modelo e medidas de estabilização propostas envolvendo layout, controle da qualidade da água e construções por estágios;

5. Implementar Natural Channel Design com testes analíticos subsequentes para relações entre transporte hidráulico e sedimentar;

1 Definir objetivos para a restauração, associados a processos físicos, biológicos e/ou químicos;

4. Considerar recomendações para restauração passiva baseadas em alterações no uso do solo, ao invés de restauração mecânica Se os métodos passivos forem razoáveis para cumprir objetivos,ospassar para fase de monitoramento Caso contrário:

SITUAÇÃO DESEJADA DA AVENIDA TEREZA CRISTINA

ESCALA 1:HUMANA

O projeto de renaturalização é um processo complexo que vai das mudanças passiveis até uma transformação física mecânica do ambiente. Rosgen (1998) conclui seu artigo dizendo que “o engenheiro projetista deve ser capaz de ‘ler o rio’ e selecionar especificações de projeto compatíveis com o canal natural estável”. O autor aqui reitera a visão da estabilidade do ambiente natural, ao contrário do caráter dinâmico defendido pela Ecologia da Restauração, assim como a realidade de que os projetos de restauração de rios degradados costumam ser idealizados e coordenados atualmente por engenheiros, e não por Aecólogos.conversa entre a biologia, a engenharia, a arquitetura e outras áreas pertinentes deve então ser acirrada para que o projeto atue de forma consistente sobre o meio que está sendo implantado A biologia é extremamente importante para que de forma natural 77

SITUAÇÃO ATUAL DA AVENIDA TEREZA CRISTINA

ESCALA 1:HUMANA o leito do rio volte a ter vida enquanto a engenharia redese nharia seu traçado juntamente com a arquitetura. Outras iniciativas foram tomadas no projeto arquitetônico do redesenho do ribeirão, como pontes de travessia e as vigas que faziam a sustentação da cana lização, foram deixa das onde era possí vel, para que a cida de se lembrasse de como ela já foi Natradadaimagem ao lado observa se esta inter venção e memória da cidade onde o rio era um problema não a solução No canto esquerdo ainda observamos a faixa que foi reser vada exclusivamente a ciclistas formando uma ciclovia onde hoje ciclistas ocupam o lugar do carro. 78 PROPOSTAS . RENATURALIZAÇÃO

ESCALA 1:HUMANA 79 SITUAÇÃO ATUAL DA AVENIDA TEREZASITUAÇÃOCRISTINADESEJADA DA AVENIDA TEREZA CRISTINA

80 FOTO DA ATUAL SITUAÇÃO DA ESTAÇÃO GAMELEIRA REATIVAÇÃO DA GAMELEIRAESTAÇÃOCRIAÇÃO DA ESTAÇÃOSUÍSSANOVA

A proposta para a Linha 2 Metrô abrange o retorno da antiga linha férrea em forma de metrô, reativando a antiga Estação Gameleira e a criação da Estação Nova Suíssa Estação Gameleira Um projeto de revitalização será implantado com intuito de reativar a memória histórica da criação da cidade de Belo Horizonte. Com isto é proposto um memorial que contará através de ilustrações, textos e fotos essa história e como esta linha foi um marco. Estação Nova Suíssa Com o intuito de conectar e amenizar a barreira do trilho, a nova estação será muito importante para a região, uma vez que irá dar fim ao isolamento de quem mora na região de encontro com o trilho e a conectar esta com os demais bairros.

PROPOSTAS . LINHA 2 DO METRÔ ESCALA 1:HUMANA

Tornando assim uma área que antes era fim em começo.

ESCALA 1:HUMANA 81 FOTO DA SITUAÇÃO DESEJADA PARA A ESTAÇÃO GAMELEIRA

A renaturalização do Ribeirão Arrudas da vida para o seu entorno, com isto torna as áreas verdes e vazios urbanos propícios para a criação de praças que darão suporte e lazer da população que por ali vive A Praça do Mirante, tem esse nome devido ao mirante que ali será projetado, uma vez que é tirado partido do grande declive que há nesta região frente ao Ribeirão Arrudas. Além disso, a ideia desta praça é contemplar espaços para lazer, relaxamento, contato com a natureza e apreciação da vista gerada pelo mirante Outro ponto importante desta praça é a conexão e fácil deslocamento do bairro Nova Suíssa com o novo traçado e todo suporte de equipamentos e serviços que ali abrigará.

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PROPOSTAS . PRAÇA MIRANTE ESCALA 1:HUMANA

ESCALA 1:HUMANA 83 PROPOSTAS . PARQUE BOULLEVARD

Uma barreira para os bairros atualmente, que com uma proposta de parque não só conectará populações variadas dos bairros do seu entorno, como também influenciará nas trocas de informações e convívio através da diversidade de classes sociais em busca de um mesmo lugar O Parque Boullervard tem como principal ponto norteador a transformação de um espaço hoje ignorado e inexistente para a população, em um parque que fará referência ao bioclima regional com sua flora A ideia é plantar árvores frutíferas regionais, para que assim atraia a população. Além de um mobiliário urbano adequado para a proposta, com bancos, área de lazer e jogos, áreas de descanso e esportes ao ar livre Os caminhos serão reflexo do uso que a população fizer do parque, sendo assim não haverá calçamento e caminhos pré definidos em projeto

Dar qualidade aos espaços públicos existentes para que sua ocupação seja mais eficaz e segura a quem frequenta Um dos exemplos é o Parque das Jabuticabeiras, usufruído pela população dos bairros próximos, é um equipamento que apresenta potencial pela sua ocupação Mas a qualidade do espaço pode melhorar implantado árvores frutíferas, inclusive jabuticabeiras. A manutenção dos mobiliários e iluminação publica é também Paranecessáriaosdemais espaços variam as necessidades, criação de arquibancadas e espaços cobertos para os campos de várzea, fontes de água para crianças, locais assentáveis, locais para esperar em pé, entre outros.

PROPOSTAS . REVITALIZAÇÃO ESCALA 1:HUMANA

84

ESCALA 1:HUMANA

PROPOSTAS MODAIS ALTERNATIVOS

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Há quem acredite que os únicos meios de transportes rápidos e funcionais, para ir de um lado para o outro, são os automóveis Atualmente o não incentivo do uso do automóvel tem crescido bastante em vários lugares do mundo Há locais que substituíram grandes vias por passeios e até mesmo, por circuitos de vias de modais alterna ticos, como a ciclovia, VLT, Trem Urbano, entre outros. Vale salientar que mesmo com a política de não incentivar o uso do automóvel, há a valorização do transporte público de qualidade para auxiliar no deslocamento em grande massa de pessoas na necessidade de transportes ágeis através de vias de trânsito rápido No projeto, foram propostos diferentes tipos no percorrido das avenidas, e reestruturação das mesmas. Foi criado uma via peatonal mista, que adentra uma área onde será proposto residências de âmbito popular e aluguel social Esta via, torna se mista pois ela tem dimensões que dão condições de um veículo de passeio transite em velocidade baixa e também espaço para uma ciclovia. Nessa reestruturação das vias existentes, foi dimensionado espaço para transporte público, ciclovia, via peatonal de melhor condição e redução da via de veículos de passeio, criando assim uma certa valorização dos modais alternativos comparado ao que se existia antes Além disso, a revitalização da linha férrea que irá conectar a Estação Nova Suíssa com a Estação Gameleira se enquadra como modal alternativo, pois dá possibilidade de um transporte rápido e de grande porte de um local do bairro a outro 85

86 SITUAÇÃO

Uma das pesquisas feitas durante o período foi como dar qualidade a esse espaço, e encontrei uma opção para acabar com o problema de plástico da cidade e ao mesmo tempo acabar com a poluição visual que a rede elétrica causa no horizonte a cidade. Na Holanda um projeto chamado Plastic Road foi apresentado a prefeitura de Roderdam que se tratava na reutilização de garrafas plásticas para construção ATUAL DA AVENIDA AMAZONAS DESEJADA

DA AVENIDA AMAZONAS

PROPOSTAS . REESTRUTURAÇÃO PEATONAL ESCALA 1:HUMANA

Um olhar para as calçadas era necessário a Avenida Amazonas que antes só havia recebido reformas para recapeamento ou reestruturação do asfalto. Alem da Avenida citada outras também podem utilizar deste exemplo para melhoramento das calçaEdasconjuntamente com o aprimoramento das calçadas é proposto o compartilhamento da malha viária criando uma faixa par circulação de bicicletas.

SITUAÇÃO

Com essa proposta os gastos públicos são reduzidos devido a rapidez com que ela será implantada, também não necessita de muita manutenção e resiste a altas temperaturas Como mostra na imagem a calçada possibilita a passagem de encanamentos e a fiação aérea da cidade.

ESCALA 1:HUMANA 87 PROJETO PlasticRoad DA EMPRESE VOLKERWESSELS das calçadas. Assim evitando que o plástico seja descartado.

Regularização do espaço das favelas para que a população de baixa renda não seja expulsa onde habita hoje Criação da permeabilidade da favela e do bairro formando espaços múltiplos em um território único A urbanização das favelas é necessário para que a população tenha acesso a todos os serviços servidos disponibilizados poder público , e conseguir ter acesso a serviços que necessitam infra estrutura para sua implementação Outro ponto é a melhoria habitacional, onde a qualidade de vida da população deve levar em conta sua dignidade 88

PROPOSTAS . VILAS E FAVELAS ESCALA 1:HUMANA

Fator importante para implementação das moradias é a criação do aluguel social. Reservando moradias para pessoas de baixa renda, onde 40% seria reservado a habitação de interesse social, os od demais 60% seriam para venda 89 40% 60%

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ESCALA 1:HUMANA

Durante os últimos dois anos, a política de locação social tem sido debatida no município de Belo Horizonte, sendo abordada pela primeira vez na IV Conferência Municipal de Política Urbana no ano de 2014 e incluída com destaque na Operação Urbana Consorciada OUC ACLO, cujo Plano Urbanístico foi lançado em 2015 Tanto o projeto de lei do Plano Diretor, baseado na conferência, quando o Plano Urbanístico da OUC ACLO, ainda não foram aprovados na Câmara Municipal para serem transformados em lei. (PAONELI, COSTA, 2015)

A criação de habitações é necessária para utilização do espaço e de forma que a população aprenda com a manutenção do espaço publico As moradias podem ser locadas no espaço marcado no mapa ao lado [1] e aproveitando uma edificação já presente no local, um antigo galpão do DER daria lugar a um centro comunitário [2]. Uma outra área foi reservada para criação de uma horta comunitária [3]

PROPOSTAS . NOVAS MORADIAS 12

Manutenção da ambiência urbana do bairro Nova Suíssa pela existência de construções antigas e a sua horizontalidade Observando estes fatores o bairro deve qualificar o patrimônio e a memória de forma a conservar as boas qualidades do bairro Como o senso de vizinhança e comunidade

PROPOSTA . AMBIENCIA URBANA ESCALA 1:HUMANA

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CONCLUSÃO

O que se pretende com o presente trabalho é criar base para repensarmos a cidade, tanto na forma como construímos ela e como habitamos ela Assim criando espaços atrativos a permanência, locomoção, uso, ou seja criar cidade de forma que o habitante se sinta parte da mesma e não criar mais Shoppings Centers e sim parques, mesmo que o nome deles seja Parque Boullevard.

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CONCLUSÃO ESCALA 1:HUMANA

O espaço urbano é complexo e tendo em vista todo o histórico pesquisado da cidade de Belo Horizonte, todas as variáveis pertinentes ao espaço analisado, e propondo as propostas projetuais se constata que a cidade é um terreno indisciplinar, e necessita de diversos níveis de conhecimento para atuar em sei meio. As modificações hoje utópicas para a realidade nacional formam uma perspectiva de um mundo ideal, e que infelizmente não será possível devido a atual configuração política do Brasil Os espaços que são dados a população são trocados por verba e o que poderia ser espaço público é espaço de especulações imobiliárias, ou mesmo diretamente de venda ou troca. A vida na cidade se mostra quando a população possui locais habitáveis, e sem esses espaços a cidade fragmentada pelo modernismo possui espaços mortos A construção de equipamentos, serviços e disponibilidade de lazer na cidade geram movimento, cultura e tornam o viver melhor. Então é imprescindível que a sociedade se manifeste a favor da criação e reestruturação dos espaços públicos de qualidade, sem eles ela tende a se infantilizar É essencial que o planejamento estratégico seja cumprido meticulosamente e responsavelmente, com também o apoio da população

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