Ceará
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DO CEARÁ
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O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante, está localizado em uma área geograficamente estratégica para a movimentação de cargas para a Europa e Estados Unidos
Ceará cresce mais que o Brasil há quatro anos consecutivos
Investimento em infraestrutura garante PIB de 3,93% no primeiro trimestre, contra um avanço nacional de 1,9% Em um Brasil de avanço econômico de 1,9%, quem cresce 3,93% no primeiro trimestre de 2014 chama a atenção. Este é o caso do Ceará, Estado que há quatro anos consecutivos cresce mais que o País. Com tamanho avanço no Produto Interno Bruto (PIB), o Estado descola do cenário econômico retraído que marca o incerto ano de 2014. O Nordeste desfruta de uma posição privilegiada nesse cenário. Com muito mais demandas reprimidas em termos de consumo, emprego e infraestrutura, não é tão difícil superar a saturação de mercados como o paulista, por exemplo, que nem de longe cresce no mesmo ritmo. Mas este é apenas um dos motivos que levam o Ceará a esse momento tão favorável. O avanço do PIB é um dos resultados de uma política de investimentos no Estado. Em busca de mais empresas para consolidar o crescimento econômico da região, neste ano o programa de investimentos chega a R$ 6 bilhões – dos quais R$ 5,1 bilhões vêm do Governo estadual – e coloca o Ceará como o quarto maior investidor em infraestrutura pública do País. Mais da metade do montante oferecido pelo Governo vai para educação, saúde, previdência, transporte e segurança pública. Esse direcionamento é visível nos números do PIB gerado pelo mercado de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP). Após crescer 8,5% no último trimestre do ano passado – enquanto o Brasil teve um crescimento de apenas 3,4% –, o setor voltou a sinalizar uma geração de riqueza 4,8% maior.
Investimento público em alta
Entre 2007 e 2013, o gasto público chegou a R$ 14 bilhões, em uma média anual de R$ 2,5 bilhões, segundo números da secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag). Para quem saiu de uma média de R$ 600 milhões ao ano em anos anteriores, tratase de um avanço e tanto. No ano passado, o Estado chegou a sua maior participação na economia brasileira dos últimos 20 anos, respondendo por 2,2% do PIB nacional. Esses bilhões tinham por principal destino a infraestrutura: energia, logística, telecomunicações, saúde, educação e mobilidade urbana. Na geração de energia, o Estado chega à primeira posição no País, com uma capacidade instalada de 953,2 MW, com 43% de eficiência. As obras de Integração de Bacias tenderão a mudar a realidade hídrica do Estado que já enfrenta o terceiro ano consecutivo de estiagem. O Eixão das Águas, que levará água do Castanhão para o Pecém e garantirá o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza. Já o Cinturão das Águas é uma obra de longa execução que deverá cercar todo o território do Ceará – o primeiro trecho já está em construção. Juntos, os investimentos nas duas obras chegam a R$ 3,1 bilhões.
Melhoria na infraestrutura
O Complexo Industrial Portuário do Pecém (CIPP) é uma das iniciativas que têm a atenção do governo local – somente a ampliação de um dos terminais tem orçamen-
O programa de investimentos no Estado está em R$ 6 bilhões para 2014 to estimado em R$ 568 milhões. Na área de telecomunicações, o Cinturão Digital, inaugurado em 2010, forma a maior rede pública de banda larga do Brasil, conectando 92 cidades em 2,6 mil quilômetros. O investimento foi de R$ 52 bilhões. Na saúde, até 2007, todos os hospitais estavam concentrados na capital. Hoje, dois hospitais regionais estão em funcionamento e um terceiro fica pronto neste ano; outros dois já estão negociados, cobrindo as macrorregiões do Estado. Uma rede de 22 policlínicas regionais dá conta do acesso a especialistas e exames. Na atuação em Saúde da Família, foram liberados R$ 26 milhões para a construção de 150 Unidades Básicas. As melhorias estruturais, associadas à concessão de benefícios fiscais, naturalmente, atraiu empresas. Desde 2007, o número de novas companhias instaladas na região já ultrapassa a terceira centena e estas não estão concentradas na Região Metropolitana de Fortaleza. Sediadas em 51 municípios, totalizam um faturamento de R$ 33 bilhões e geram mais de 130 mil empregos. No CIPP, Vale, Dongkuk e Posco se juntaram para a instalação do Complexo Siderúr-
Educação profissional chega a 40 mil alunos em 77 municípios Com tanta demanda por mão de obra, a formação e qualificação de pessoal tornou-se essencial. Em 2008, o Governo do Estado do Ceará iniciou um processo de difusão da educação profissional. Atualmente, são 102 escolas especializadas, com 40 mil alunos em 77 municípios. Essas unidades oferecem 53 cursos técnicos diferentes, definidos conforme a vocação econômica de cada região onde está implantada a escola. Em três anos, o aluno completa o ensino médio concomitantemente ao técnico profissionalizante. O estágio curricular remunerado é obri-
gatório para a conclusão do curso – são 3.861 empresas/parcerias. Já se formaram 24,7 mil alunos e 63,8% destes já estão inseridos no mercado de trabalho e na universidade. O Governo promete chegar a 140 escolas até o fim da atual gestão em 2014. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) tem R$ 177 milhões para gastar em 2014, dos quais R$ 102 milhões devem ir para a educação, segundo números da Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano. A parte de Tecnologia e Inovação tem a segunda maior verba, de R$ 30 milhões.
Foco em tecnologia
Nesse mesmo sentido, o projeto “e-Jovem” tem ensino profissionalizante focado na área de tecnologia, com maior ênfase no público mais jovem. A Secretaria da Educação do Estado oferece uma formação complementar em Tecnologia da Informação e Comunicação. Após seis anos junto às turmas de ensino médio, agora o programa dá mais um passo, com turmas piloto no Módulo Fundamental. Mais 15 mil alunos já foram qualificados em 160 escolas da rede pública em 105 municípios do Estado.
gico do Pecém (CSP). O investimento de R$ 5 bilhões deve gerar 14 mil novos empregos em 2015, quando será iniciada a atividade da unidade. O Estado espera um incremento de R$ 9,3 bilhões no PIB do Ceará com o início das operações siderúrgicas. Também no Complexo de Pecém uma refinaria de R$ 11 bilhões entrará em operação em 2017. A promessa é produzir 300 mil litros de combustível por dia, entre diesel e o querosene de aviação (QAV), que tanto encarece a operação das empresas aéreas do País. A unidade deve gerar 90 mil empregos diretos.
Emprego cresce
Mesmo com a demissão de empregados temporários contratados para o final de 2013, o saldo de empregos do primeiro trimestre é positivo em mais de 2,4 mil vagas, conforme números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com um olhar de médio prazo, a diferença é ainda maior. Em março do ano passado, o número de empregados com carteira assinada era de 33,9 mil trabalhadores. No mesmo mês deste ano, número de celetistas quase dobra para 56,8 mil pessoas.
Neste primeiro trimestre, o destaque foi do setor de construção civil, que tem mais de 3,1 mil novos celetistas registrados em atividade – em março do ano passado, foram adicionados apenas 616. No entanto, o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, que envolvem a entrega de eletricidade, gás e água, também triplicou o número de novos contratados em um ano – de 97 novas vagas em março de 2013, para 269 novas posições no mesmo mês de 2014.
Efeito Copa do Mundo
Enquanto a Copa do Mundo 2014 tem sido o álibi de boa parte das incertezas que pairam entre os empresários do País, no Ceará o evento trouxe ganhos significativos à indústria de transformação – uma das mais impactadas pela desaceleração da economia neste ano. Neste primeiro trimestre, este setor avançou 1,2% no Ceará, mesmo com a retração de 0,8% em âmbito nacional. Desde o ano passado, este mercado já mostrou descolamento da realidade nacional, com um crescimento de 7,8% no primeiro trimestre de 2013. As indústrias de confecção, de alimentos e bebidas se viram altamente beneficiadas pelos jogos da Copa do Mundo. No entanto, a vedete ainda é o setor serviços. Itens como alimentação, hotelaria, entre outros, empurraram um crescimento econômico de 9,2% no primeiro trimestre deste ano, mesmo após uma alta de 12,2% no mesmo período do ano passado.
Otimização logística confere maior competitividade ao Estado Considerado um dos temas mais sensíveis no debate sobre a produtividade nacional, a estrutura logística tem estado no centro de atenções do Ceará. Nesse setor, especialmente, as necessidades são diversas e conectadas. No Ceará, a questão é ainda mais delicada, tendo em vista a velocidade de crescimento do Estado. Por ora, a ampliação das operações do Complexo Industrial e Portuário do Pecém já tem oferecido uma ampliação no volume de carga operada com os R$ 410 milhões investidos no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT). Mas não se trata apenas de exportação e importação. As rodovias cumprem um plano de
R$ 3,083 bilhões em investimentos, dos quais R$ 1,3 bilhão já foi concluído. No total, deverão ser revistos 8,5 mil quilômetros em estradas. Para o transporte de passageiros, cinco aeroportos estão com obras em processo licitatório – em Jericoacoara a construção já está em curso. Juntos, somam R$ 1,077 bilhão em investimentos. O transporte de passageiros também deve receber reforços com a Ferrovia Transnordestina, do Governo Federal. Desde o dia 1º de dezembro de 2009, funciona o Metrô do Cariri e, em 2011, o Metrô de Fortaleza recebeu a Linha Sul, que transporta 350 mil passageiros por dia.
Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocinio do Governo do Ceará. As informações são de responsabilidade da Coordenadora de Imprensa do Governo do Estado do Ceará.