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Foto Rubens Cerqueira

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Elias Nogueira

ROCK DO BOM, DE VOLTA AOS PALCOS

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+ 1 Dose de Barão A estreia da turnê "+ 1 Dose" na Fundição Progresso marca o retorno da banda Barão Vermelho que comemora 30 anos do primeiro disco! A Fundição Progresso ficou pequena, no sábado, 20/10. A platéia foi ao delírio quando Frejat (guitarra e voz), Guto Goffi (bateria), Rodrigo Santos (baixo), Fernando Magalhães (guitarra), Maurício Barros (teclados) e Peninha (percussão) pisaram no palco - a terra tremeu! Eram por volta das 2 horas da manhã, já no horário de verão, quando Frejat e sua turma deram início ao show com "Por que a gente é assim?", seguida e sem interrupção, de "Ponto Fraco" e "Pense e Dance". Sucessos não faltaram: "Cuidado", "Bete Balanço", "Maior

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

Abandonado", "Puro Êxtase", "Pro Dia Nascer Feliz", "Por Você", "O poeta Está Vivo", "Na Calada da Noite", dentre outras marcaram presença. O Barão fez um passeio tocando seus clássicos emblemáticos. Também, três músicas solo de Cazuza estavam no repertório: "O Tempo Não Para", "Codinome Beija Flor" e "Todo amor que houver nessa vida". A Surpresa da noite ficou por conta da entrada de Dé Palmeira (primeiro baixista da banda) para fazer as músicas "Bilhetinho Azul" e "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", empunhando um violão ao lado de Frejat. Dé retornou no final, com guitarra, em "Pro Dia Nascer Feliz". Para encerrar, o Barão Vermelho arrebentou com "Satisfaction", The

Rolling Stones - isso lá para as 4 horas da manhã de domingo! Antes de isso tudo acontecer: Os Autoramas: Gabriel Thomaz - na guitarra e voz, Flávia Couri - no baixo e voz e Bacalhau - na bateria, abriram com muito rock - show do mais novo CD "Música Crocante". Pena o som não estar devidamente equalizado. Mesmo com uma performance impecável do trio, foi possível perceber esse detalhe técnico. Os fãs do Barão poderão reviver e celebrar com o lançamento do CD que vai para as prateleiras em edição comemorativa. A turnê, "+ 1 Dose" passará pelas principais capitais do país até março do ano que vem.

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo.

Redação:

Viviane Marins: (22) 8828-0041 (21) 8105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 8299-5219 claro / 91718911 TIM / 8647-7625 Oi jorge.piloto@yahoo.com.br

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Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


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Na batida forte de Robson Caffé Robson Caffé, é um guerreiro que usa sua arte para melhorar a vida das pessoas. Nessa pauta, revela sua trajetória e recorda os pormenores de sua carreira: Caffé, como foi que aconteceu de você se interessar pela bateria? Sempre soube que um dia seria músico. Desde criança gostava de ver videoclipes de bandas e ficava cantando num inglês que eu inventava, as letras. Sentia que este envolvimento com a arte falaria mais alto, só não sabia como. Comecei a estudar violino no Conservatório de Artes de Brasília, ligado à Escola de Música da UnB. Estudei por três anos, sendo um ano de curso teórico, um ano de solfejo, onde conheci instrumentos como flauta doce e transversal e depois o violino. Minha carreira como músico erudito terminou neste ano, quando tive contato com o violão e desde então um novo universo se abriu para mim. Este era o instrumento que faria uma conexão com toda a parte rítmica com a qual me envolveria. Assim, vindo de uma descendência de músicos, aos poucos fui me descobrindo até que a Foto Bruno Rebelo Polengo

curiosidade pela música se transformasse em uma grande paixão, percebida por todos, quando participava de diversos grupos infantis e corais na escola e na igreja, onde já me destacava entre todos pela facilidade em aprender a tocar vários instrumentos. Gostava muito de cantar e de acordo com os regentes dos corais que participei, tinha uma percepção musical e trabalhava com a divisão de vozes que era incomum nas crianças da minha idade, mas meu maior destaque era a criatividade rítmica, que no futuro seria fundamental na escolha de meu instrumento definitivo - a bateria. O envolvimento com a bateria aconteceu após um acontecimento que se tornaria um marco em minha vida: Ainda em Brasília, morava no mesmo prédio onde também funcionava o estúdio de ensaio de uma banda de grande projeção na época. Os músicos desta banda me viram carregando o violino durante muito tempo, e daí nasceu uma amizade. Comecei a frequentar os ensaios da banda. O fascínio pela bateria era inegável, logo comecei a aprender os primeiros ritmos, passados pelo bate-

rista através de cópias de antigas partituras e de seus momentos de estudo. Graças ao meu conhecimento teórico adquirido durante o estudo da música erudita, tudo se tornou mais fácil. Algum tempo depois, me mudei para Goiânia e comecei a tocar nas equipes de música da igreja e em 1986 surgiu o dilema que seria o divisor de águas em minha carreira musical: Que instrumento seria definitivo em minha vida? Um de meus tios, baixista na equipe de música da igreja, me incentivou a estudar bateria. Minha tia, regente de coral e minha mãe, apaixonada por música, me incentivavam a estudar violão (instrumento que nunca abanonei). Mas a insistência do meu tio baixista, irmão caçula da minha mãe falou mais alto: Nos tornamos a "cozinha" mais requisitada entre as equipes de música da igreja e com isso, participamos de várias equipes de louvor, o que me motivou a aperfeiçoar meu aprendizado. Foi quando me matriculei no 'Stúdio - Centro de Música', ligado ao Clube do Choro, onde tive a oportunidade de Foto Deco Hamoui

Foto Eduardo Luderer

estudar ritmos brasileiros e latinos, além de aperfeiçoar minha leitura musical, agora totalmente direcionada à bateria. E como foi sua trajetória no cenário gospel ? Com o passar do tempo, participando de várias equipes de música ligadas à igreja, senti a necessidade de ir em busca de maiores oportunidades no meio musical. Com isso, em 1991, formei com outros dois amigos a banda gospel "Matéria Prima", com quem gravei seis discos durante os oito anos de existência da banda. Na trajetória da "Matéria Prima", pude cons-


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Foto Deco Hamoui

truir bons relacionamentos e tive excelentes referências que me permitiram participar de inúmeros trabalhos acompanhando vários artistas de renome nacional e internacional como Grupo MILAD, Quarteto VIDA, Expresso Luz, Carlinhos Veiga, Alda Célia, Kléber Lucas, Ministério Comunidade Cristã, Asaph Borba, Brother Simeon, Nádia Santolli, Orquestra Cristã de Brasília... O envolvimento com estes artistas me trouxe a feliz oportunidade de gravar vários discos e a participar de turnês por, praticamente, todos os Estados brasileiros, alguns países da América do Sul e também nos Estados Unidos. Quanto ao aperfeiçoamento e cursos de extensão Foto Deco Hamoui

musical... Nunca me considerei e ainda hoje não me considero um bom músico. Mesmo sendo reconhecido no cenário da música cristã como multi-instrumentista e cantor, senti a necessidade de ir mais além em minha trajetória musical e comecei a trabalhar compondo e gravando trilhas sonoras, jingles e spots publicitários. Nesta época, cheguei a participar de algumas campanhas publicitárias premiadas com o título "Profissionais do Ano" da Rede Globo, além de outros prêmios da publicidade local. Tudo isso me deixava muito feliz e orgulhoso, por fazer da minha arte, também meu meio de sustento. Por isso, decidi investir em adquirir mais conhecimentos. Foi quando tive a oportunidade

de participar de algumas edições do "Curso Internacional de Verão" promovido pela Escola de Música de Brasília, onde tive a felicidade de ter contato com músicos como Zé Eduardo Nazário, Kiko Freitas, Alex Acuña, dentre outros. Com o conhecimento didático adquirido e a paixão pelo instrumento ainda maior, me senti motivado a começar a lecionar bateria e teoria musical em algumas escolas de música de Goiânia, onde em uma delas, aceitei o desafio de trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais. Tive a oportunidade de trabalhar com métodos que envolviam psicomotricidade e inicialização musical, visando a inclusão social destes alunos através de oportunidades de destaque e reconhecimento de seus talentos musicais em espaços que transcendessem as paredes da escola. Toda a carga emocional e bagagem técnica adquiridos durante este período me motivaram a trabalhar como voluntário em atividades ligadas ao projeto "Amigos da Escola", onde fiz workshops e oficinas de música para crianças e préadolescentes em escolas da rede pública de ensino. Como foi sua experiência com as gravadoras... Em 1997, formei com um amigo da época dos primeiros grupos musicais da igreja, a banda pop "Laia Vunje", que devido ao sucesso de seus singles de rádio, foi contratada pela Abril Music. Foram sem dúvida grandes momentos de minha carreira, quando a música "Sexta-

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Feira" foi tema da novela "Tiro e Queda" da Rede Record e seu videoclipe incluído na programação de canais como MT V e Multishow. Com a Laia Vunje pude novamente viajar por todo o Brasil, chegando a abrir shows de bandas como Titãs, Pato Fu e Gabriel, o Pensador. Na Laia Vunje, tive a oportunidade de trabalhar ao lado de Fernando Palau, então tecladista da banda de Reggae "Natiruts", com quem criei fortes laços de amizade e com quem assinei a co-produção de vários outros projetos em estúdio. No final de 1999, meu tempo com a "Laia" chegaria ao fim, mas não a amizade com o Fernando Palau, com quem continuei gravando e produzindo trabalhos. Transitando nos corredores de estúdios de gravação conhecemos os irmãos Max e Regis Bennett e recebemos o convite para integrar o "EX4 - Exatamente qu4tro", onde permaneço há 9 anos (a banda tem 12). Participei de 3 dos 5 álbuns lançados e pude novamente experimentar o que é fazer parte de uma banda com uma gravadora. Foi assim durante a rápida passagem da banda por grandes gravadoras como Sony Music, SEVEN/ Universal Music e passagens por programas de TV como "Caldeirão do Huck" e "Mais Você" da Rede Globo, "Raul Gil", "Pra Você" além de vários outros programas em emissoras em todo o Brasil. Mantemos média anual de 100 shows e tivemos o privilégio de ter videoclipe como o que mais tempo permaneceu entre os 5 mais vistos no site da MTV. Em 2008, devido à expe-


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Chester Thompson, Marco Minnemann, e Robson Caffé.

riência com o projeto "Amigos da Escola", formatei o projeto "EX4 nas Escolas". Já estamos no quarto ano deste projeto e já recebemos por dois anos consecutivos o "Certificado de Mérito Cultural" da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e um Certificado de Honra ao Mérito da

Polícia Militar do Estado de São Paulo. Como aconteceu seu envolvimento com marcas, endorsements etc? Fui convidado a participar de alguns testes de produtos da Orion Cymbals, que depois de alguns anos me convidou a fazer parte

de seu casting de endorsees. Isso abriu portas e hoje tenho o prazer de atuar como consultor técnico das Baquetas ALBA, Caixas de Acrílico HUTCH, Trixom (Caixas de bateria customizadas), além de ser endorsee das peles EVANS e das baterias PDP by DW Sendo estas duas últimas, marcas internacionais. E a história com a DW Days Brasil ? Como fã do grande baterista Chester Thompson (Frank Zappa, Genesis, Phil

Collins, Ron Kenoly), fiquei em êxtase ao saber da realização do evento de aniversário dos 40 anos da DW. Como já tinha uma parceria com a importadora, me ofereci para trabalhar como tradutor, com a condição de poder passar uns minutos ao lado do meu ídolo. Porém, com a greve nos consulados brasileiros no mundo todo, um dos participantes do evento teve problemas na entrega de seu passaporte e sua vinda para o Brasil ficou inviável. Como o formato do evento era sempre com três bateristas, fui convidado para ser um dos três, recebendo este presente como uma dádiva: Olhar para o lado e ver o baterista do Phil Collins rindo e curtindo o meu som, não teve preço.


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LANÇAMENTOS COMENTADOS DE MÁRCIO PASCHOAL

AS PEDRAS ROLAM PELO MUNDO Seguindo o vitorioso projeto de gravar clássicos dos Stones mundo afora, o saxofonista Tim Ries vem com a segunda parte do seu Stones World Project. Os quatro remanescentes do grupo, Mick, Keith, Ronnie e Charlie, mantêm participações especiais nos dois cd's: Keith solou no Japão, com Bernard Fowler nos vocais na ótima "Baby break it down"; Mick tocou harmônica e Ronnie guitarra lap steel em "Hey Negrita"; Charlie fez a cozinha com Anna Moura em Lisboa com "Brown Sugar", entre outras menores inclusões. O show começa com a citada "Baby Break it down", depois a clássica "Under my thumb" com pegada rumbística: ("bajo mi control la mujer qui me dominó"), muy esquisito, hermano. Gravada em Porto Rico, destacase o trompete de Brian Lynch e os vocais de Herman Olivera. O African Tuareg dá um show em "Hey Negrita". A faixa "No www.iatec.com.br

expectations" traz a guitarra portuguesa de Custodio Castelo e a acústica de Jorge Fernando sombreando os vocais de Anna Moura. "Take me to the station and put me on a train" dá lugar a ("o frio que se esconde em mim.. prenda-me em teus braços, levanta-me ao céu, apertame os laços...) ficou bárbaro na versão lusitana. O sax de Tim em contraponto com as guitarras são de uma beleza à parte. "Miss you" vem com o piano jazzístico bem temperado de Franck Amsallem e os solos rápidos da guitarra de Frederick Favarell. Já "Fool to cry" tem a voz de Fowler em perfeita combinação com o sax soprano de Tim Ries. Sensacional. Ambas gravadas em Paris. A seguir, a gravação novaiorquina de "You can't always get what you want", com direito à bateria de Jack Dejohnette. Também gravado em Nova

York, o primeiro CD encerra com a grandiosa festa "Salt of the Earth", numa comemoração de sons e estilos: Lisa Fischer em inglês, Magos Herrera em espanhol e por tuguês e Fatma El Shibli em árabe e francês. Uma babel ecumênica. O segundo CD abre com a fase espanhola, deflagrando um "Jumpin' Jack Flash" ao sabor da guitarra flamenca de Mario Montoya, para completar com o suave jazz de "Angie", ao fundo o indiano Badal Roy nas tablas. Na travessia japonesa,

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NOVEMBRO 2012 "A Funky number" traz improvisações de Ries, ao lado de Kazumi Watababe e Keith nas guitarras. O disco encerra no Brasil com participação discreta de Milton Nascimento, vocais de Marina Machado, e Kiko Continentino no piano, na clássica "Lady Jane" . O que pode querer mais um admirador dos Stones? Um prato cheio, onde os hits de Jagger & Richards ganham mais uma diferente roupagem, com uma toada direcionada ao jazz e improviso. Provando, assim, que o mundo ainda é uma aldeia stoneana. E p o d e haver coisa melhor q u e ouvir A n n a Moura e Custodio Castelo num "Brown Sugar" que se metamorfoseia em um "estranho açúcar, por que me sobes bem?". Não tem preço.

Outro projeto bem interessante nasceu de um livro sobre as viagens para o interior de Minas, do poeta e letrista Felipe Cerquize. Impressões recolhidas, a atmosfera das cidades, o jeito simples e encantado, tudo isso transposto para as letras, musicadas por Tavito e Heitor Branquinho, ou em parcerias com Marcio Borges, Fernando Brant, Murilo Antunes e Célio Mattos. O CD "Minas Real" tem a produção de Cláudio Nucci e Giovanni Bizzotto. Cerquize optou por convidar um intérprete diferente para cada canção (5 no total). Assim, Renato Braz, Dea Trancoso, Mauricio Maestro, Paula Santoro e o próprio Nucci dão voz à ideia do poeta. Para adquirir o CD é só entrar no facebook e procurar pelo nome de Cerquize, que ele garante ser o único. Ainda na esfera das improvisações certeiras destaco também o CD "CosmeDamião", de Fernando Moura e Ary Dias. O título quase diz tudo. A dupla encara o desafio das harmonias arriscadas e das divisões rítmicas, e o resultado é ímpar. O carioca Fernando é pianista de formação erudita e "desencaminhouse" para o popular. Ary é baiano e tocou com a Cor do Som. Os dois emprestam classe e suíngue nas 13 faixas do disco. Uma rumba de Chick Corea e "Água de beber" de Tom e Vinícius estão excelentes. As autorais de Fernando Moura caem super bem, notadamente a melodia de "Pedra do Leme", a levada em "Tudo piano" e a percussão em "CosmeDamião". A única parceria da dupla, "Afro bebê", livremente inspirada num ponto de candomblé, tem um bônus de faixa extra. Vale conferir. Vendas também através do site www.tratore.com.br.

www.gope.net


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LITERATURA

A LITERATURA É A ALMA DA CULTURA A Editora Nonoar tem um catálogo diverso apostando na qualidade e na originalidade de seus títulos e projetos. Andrei Mikhail empresário e dono da Nonoar é um jovem talento que com 25 anos de idade já começa a despontar no mercado das artes como um dos mais bem sucedido da nova geração. Desde muito novo Andrei buscou em tudo que fazia, a poesia, as letras... Tudo sempre foi vivo no escritor que recentemente lançou o livro "Sintaxe do Desaprendizado ou A Volúpia da Rosa". Nascido em Brasília e radicado no Rio de Janeiro, desde a infância, recebeu a revista JG News em sua residência, na Zona Sul do Rio de Janeiro para um bate papo. Por Elias Nogueira Ideia de fazer uma Editora Aconteceu quando fui publicar meu primeiro livro e não achava uma editora interessada. Livro de poemas, "O Tocador de Lira". Resolvi fazer uma edição independente, mas quando fui tirar o ISBN poderia cadastrar-me como autor ou editor. A primeira opção me dava o direito de publicar livros apenas de minha autoria e a segunda opção correspondia a um cadastro de editor. Nesse impasse, conversando com o amigo Francisco Cerqueira, dono de indústria gráfica, abri a editora. Livros lançados "Entre quartos ruas e cafés:

Imagens da poesia homoerótica de Kaváfis", esta foi à publicação da tese de doutorado da professora Fernanda Lemos de Lima. Editei o livro de poemas "Espaço Poesia" de Beethoven Alvarez, professor de Latim na UERJ. Depois lançamos a tese de doutorado do Guilherme Zarvos "Branco sobre branco" contando a história do CEP 20.000. Aí comecei a aprender alguma coisa sobre livros e poesia marginal, com o bruxo, Guilherme Zarvos! Esse livro, em co-edição com o Ateliê Editorial, do Plínio Martins Filho, editor da EdUSP, nos rendeu uma matéria de duas páginas no segundo caderno do jornal O Globo, também em ocasião dos 20 anos de CEP

20.000. Em 2010 lancei meu segundo livro, também de poemas, "Sintaxe do desaprendizado, ou a volúpia da rosa". Depois vieram "Memórias de Abacate", livro de contos de Danilo Crespo, estudante de letras da UFF e "Não tarda a sua vez: rorídulas" do poeta Rod Britto. Este último foi lançado no mesmo dia que o livro "Lições educacionais para Tintum", último livro de poemas de Guilherme Zarvos e segundo publicado em nossa casa editorial. O último título é o carro-chefe da editora, "A influência da cultura hispânica no Brasil", com entre-

vistas inéditas de Antônio Houaiss, João Cabral de Melo Neto, Darcy Ribeiro, Eduardo Portela e outros. A edição é bilíngue e conta com o prólogo do nosso amigo, primo da entrevistadora Conchita Domingo, o ex-presidente da UNESCO, Federico Mayor Zaragoza. A editora é uma parte da Nossa Nova Arte, que é a empresa que fundei em

www.astralmusic.com.br


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LITERATURA

2007 e que além de editora funciona como produtora de eventos e de audiovisual e como escritório de arte. Tenho uma coleção ainda insipiente, mas que conta com obras de artistas jovens que estão se valorizando e que começa a desenvolverse como uma coleção ampla e interessante: http:/ /www.nonoar.com/ index.php/galeria/por tfolio/ Sou o editor e responsável pelo desenvolvimento do ramo editorial, Pedro Salazar e Filipe Tomassini são os diretores de audiovisual e Tahian Bhering e Jonas Aisengart são os responsáveis pelo escritório de arte Nonoar, fazendo avaliações, montagens de exposição, investigando a autenticidade de obras e negociando trabalhos de arte.

Lançaremos em Março o livro "Os poemas da ausência" tradução do livro de poemas de Edouard Valdman, na Maison de France. A tradução foi realizada por mim e é minha primeira tradução e nossa primeira publicação de um autor estrangeiro. Estou preparando também o livro "Uma história fantástica do desejo", o terceiro autoral, também de poemas. Entretanto ultimamente tenho me dedicado muito à atuação. No dia 06 de Outubro, estreou o primeiro longametragem de ficção no qual participei como ator, no Festival Internacional de cinema do Rio de Janeiro, "Estado de Exceção" de Juan

Posada. Em Novembro estreia no Cine Jóia, o documentário ficcional "La Nada", do diretor argentino Eloy González, gravado em 2010, em Mar del Sur, Buenos Aires, quando estreei no cinema. Participei de um seriado terrível do multishow, como diria o diretor (por recomendações expressas da direção da multishow): o programa era

70% peito e bunda. Malícia é o nome do delito que deliciosamente cometi, em Caravelas no Sul da Bahia, em abril deste ano de 2012. Desde 2010 participo do ciclo de arte Necrodrama, que este ano ocorrerá simultaneamente em Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo, sob direção do mesmo Eloy González. (fotos Elias Nogueira)


JGNEWS Nido Pedrosa / Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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A Música Brasileira dos GUITARRISTAS NORDESTINOS A 'Coluna MMN' nesta edição de novembro traz informações importantes sobre os trabalhos de guitarristas pernambucanos que fazem um trabalho excepcional, mostrando que a 'Música Instrumental' tem influenciado gerações ao longo do tempo. Além de produzirem, dirigirem, arranjarem ou acompanharem grandes artistas, também se lançaram em carreiras solos, criaram composições de qualidade, produziram álbuns impecáveis com arregimentações e arranjos de extremo bom gosto. PAULO RAFAEL, nasceu em Caruaru-PE, é produtor musical, exímio violeiro e excelente guitarrista. Tem a essência nordestina, mas foi influenciado pela 'Música Oriental, pelo Blues e pelo Rock'. Tornou-se um dos grandes responsáveis pela introdução das guitarwww.shockmusic.com.br

PAULO RAFAEL

ras e violas nordestinas na Música Popular Brasileira. Superou preconceitos, atravessou obstáculos e inovou com seus sons, timbres e fraseados criativos, característicos de sua guitarra - com destaque para as músicas do cantor e compositor Alceu Valença. Paulo fez dezenas de gravações e produções para vários artistas da MPB, além de quatro discos solos lançados: Caruá - 1976; Orange - 1992; Vagalume -

1995; Alado - 2010. Paulo Rafael tinha como companheiros musicais Zé Ramalho, Lula Côrtes, Zé da Flauta, entre outros. Isto era o início conceitual de uma revolução musical que surgiu na década de 70, com a formação do 'Ave Sangria', uma lendária banda pernambucana (Marco Polo, Almir de Oliveira, Agrício Noya, Ivson Wanderley (Ivinho), Israel Semente Proibida e Paulo Rafael). Apesar do enorme sucesso local, o 'Ave Sangria' viu sua curta e cultuada carreira chegar ao fim, depois do baque sofrido com a censura e apreensão do primeiro e único LP, por conta da música 'Seu Valdir'. O show 'Perfumes y Baratchos' realizado no Teatro Santa Isabel, em Recife-PE, teve apenas duas apresentações. O sucesso foi tão grande, que ficou uma multidão do lado de fora do

teatro. Da metade de cada show, o vocalista Marco Pólo mandava que os portões fossem abertos. Até hoje, esta banda é um cult na internet. Mas foi em 1975, quando a música 'Vou Danado Pra Catende' estourou nacionalmente no 'Festival Abertura', da TV Globo, abrindo os caminhos para o show 'VIVO!' de Alceu Valença, com participações de expoentes da música underground do nordeste (Zé Ramalho, Lula Côrtes, Zé da Flauta e Paulo Rafael) registrado num cultuado LP, que o trabalho se tornou um marco da 'Música Popular Brasileira' moderna. Vale frisar, que o trabalho deste artista com Alceu Valença onde coloca guitarras no maracatu - foi pedra fundamental para o surgimento de artistas como 'Chico Science' e tantos expoentes da música nordestina. Ao lado de Alceu, Paulo Rafael se tornou uma das maiores


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Colaboraram com fotos: Fã-clubes, Riva Le Boss, Paulo Rafael, Ricardo Marques, Júnior Xanfer, Breno Lira e Isabela de Holanda

referências entre os guitarristas brasileiros. A dupla está junta desde o início da carreira e em shows históricos, tais como as edições I e II do Rock In Rio. Além de Alceu, Paulo também trabalha com vários outros artistas brasileiros, a lista é extensa e vai de Zé Ramalho a Lobão, de Marina Lima a Cássia Eller. Paulo é detentor de vários prêmios: Melhor Trilha Sonora na '19ª Jornada de Cinema da Bahia'; como produtor musical, ganhou com Alceu o '8º Prêmio Sharp de Música Brasileira - Ano Elis Regina - 1994' e o '18º Prêmio TIM de Musica Brasileira - Ano Zé Ketti 2007'. Recentemente foi homenageado na edição 2012 do festival Pré-Amp realizado pela Prefeitura do Recife. Seu currículo tem vasta relação de trabalhos

realizados como músico e produtor: Ave Sangria 1973 à 1975; Zé Ramalho e Lula Cortez - 1974; Alceu Valença - 1975 à 2010. Festival Abertura - 1975; Projeto Pixinguinha, Turnê Nacional (Alceu e Jackson do Pandeiro) - 1977; Festival Montreux - 1982/ 1998/ 2000/2007. Trilhas para cinema: O Crime da Imagem - Lirio Ferreira 1992; Pátria Amada - Tizuka Yamazaki - 1984; Baile Perfumado - Lirio Ferreira e Paulo Caldas - 1997. Discos e turnês: Geraldo Azevedo Ao Vivo - 1994; O Grande Encontro - 1996; Futuramérica - 1996; O Brasil existe em mim - 2007. Lampirônicos (BA); Rútila Maquina (RJ); Eletrofluminas (RJ); MPB-4 - Vira Virou - 1980; Kleiton e Kledir - Kleiton & Kledir 1980 e 1981; Marina Lima

- Olhos Felizes - 1980; Zizi Possi - Cantos e Contos 2010; Luiza Possi; Cassia Eller - O Marginal - 1992; Zélia Duncan - Zélia Duncan - 1994; Gal Costa - Profana - 1984; Elba Ramalho - Qual o assunto que mais lhe interessa? - 2007. Alceu Valença - Vivo - 1976; Espelho Cristalino - 1977; Saudade de Pernambuco 1979; Coração Bobo 1980; Cinco Sentidos 1981; Cavalo de Pau 1982; Anjo Avesso - 1983; Mágico - 1984; Estação da Luz - 1985; Ao Vivo - 1986; Rubi - 1986; Leque Moleque - 1987; Óropa, França e Bahia - 1988; Andar, Andar - 1990; 7 Desejos 1991; Maracatus, Batuques e Ladeiras - 1994; O Grande Encontro - 1996; Sol e Chuva - 1997; Forró de Todos os Tempos -1998; Todos os Cantos - 1999;

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Forró Lunar - 2001; De Janeiro a Janeiro - 2002; Ao Vivo em Todos os Sentidos - 2003; Na Embolada do Tempo - 2004; Marco Zero - 2006; Ciranda Mourisca 2008. As parcerias são várias, os sucessos inúmeros, muitos mais do que cabem nesta matéria. Paulo Rafael saiu do Recife-PE, para ser consagrado como um dos maiores instrumentistas de sua geração e um verdadeiro mestre da guitarra brasileira. C o n t a t o s : paulorafaelgtr@gmail.com RIVA LE BOSS, músico, compositor, arranjador e produtor musical, nasceu no Recife-PE e vem desenvolvendo trabalho influenciado pelos Ritmos Nordestinos, Bossa Nova, Jazz e Blues. Paralelo ao trabalho solo, este grande


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RIVA COM ROBERTINHO DE RECIFE

músico, possui uma série de atividades culturais ligadas ao contexto artístico, tais como: criação de jingles, trilha sonora para peças teatrais, produção e direção musical em estúdios e shows, a exemplo das trilhas sonoras para as peças teatrais: 'Canção do Momento - Festival de Inverno da Unicap - 1984'; Jogo das Farsas - 1985'; 'O Casamento de Catirina Obra de Joaquim Cardoso Prêmio de Melhor Trilha Sonora no Festival de Teatro do Rio de Janeiro - 1985'; Reinações De Um Rei 1987'; 'Contos de Taperoá - baseado na obra de Ariano Suassuna'. Ganhou prêmios em festivais, a exemplo do '1° Lugar e Melhor Arranjo - Festival Nacional de Música da VARIG - 1987'; '1° Lugar e Melhor Arranjo - Festival de Música da UNICAP - PE'; '1° Lugar Show de Talentos - Pousada do Rio Quente. Recebeu convites para turnê na ITÁLIA, em 2003 e também para compor a 'Orquestra da 'Rede Globo Nordeste', no 'Festival Canta Nordeste'. Riva foi guitarrista, de diversos artistas como: Robertinho do Recife; Dominguinhos, Eduardo Dusek, Claúdio Zoli, Paulo Ricardo (RPM); Nasi, Sérgio Lorozza, Fernanda Abreu, Fábio Alman, Pedro Quental, Paulo Diniz, Nando Cordel, Tony Veras, Israel Filho, Marciel Melo, Gisele Tigre (cantora e atriz globo - Novela Malhação), Ilana

GUITARRISTAS DO NORDESTE Hazan (cantora e atriz Global), Eliane (apresentadora Record); André Rio, Marco Pólo (cantor e compositor do grupo Ave Sangria), Lula Côrtes, Zeh Rocha, Natural Roots ( banda de reggae da Guiana Francesa) entre outros. lebossri@gmail.com

palco com grandes nomes da música, a exemplo de Fátima Guedes, Nelson Faria, Hermeto Pascoal, Quinteto Violado, entre outros. Atualmente vem se dedicando ao seu grupo 'Treminhão' (de música Instrumental), ao 'CEMO-Centro de Educação Musical de Olinda' e 'CPM-Conservatório Pernambucano de Música', onde é professor de guitarra. brenolir@yahoo.com.br

BRENO LIRA, guitarrista, violeiro, arranjador e produtor musical, têm formação erudita, mas vem atuando como músico popular RICARDO MARQUES, nasdesenvolvendo nessa área ceu em Pernambuco - autotrabalhos com guitarra, didata, começou sua carreiviolão, viola de dez e doze ra no final dos anos 70 cordas. Ingressou no 'CPM- quando participou de alConservatório Pernambuca- guns festivais de música no de Música' em 1998. No estudantil na cidade de ano seguinte começou a Paulista-PE. Em 1980, cursar licenciatura em mú- participou de excursão de sica na UFPE e concluiu o seis meses a São Paulo e curso em 2003. A partir de Minas Gerais, com o grupo 2001, passou a frequentar 'A Banda Do Tempo' e ao o curso de bacharelado em retornar para o Recife, foi violão. Também é formado convidado para participar pela 'Companhia dos Músi- do evento produzido e cos' nos cursos de harmo- promovido pela Rede Globo nia e arranjo. Trabalhou Nordeste 'Vamos Abraçar O com diversos artistas em Sol', na praia de Boa Viagem shows e gravações, a exem- em Recife-PE. Em 1982 plo de Yamandu Costa (vio- formou o grupo 'Algodão lão), Maestro Spok, Carlos Doce' e produziu o musical Malta dentre outros. Vem 'Presença', no Teatro Paulo se apresentando em diver- Freire, em Paulista-PE. sos eventos: 'Festival Jazz' Também participou do em Cascavel - PR (2002); grupo 'Olho Da Rua'. Neste 'Instituto de Guitarra e mesmo ano, esteve no 3º Tecnologia' (IG&T-SP), além Festival de Música Estudas feiras de música em dantil da cidade de Paulistawww.lourenco.art.br todo o Brasil, dividindo PE, ficando em segundo

BRENO LIRA

NOVEMBRO 2012 lugar com a música 'Corações de Aço', de sua autoria e a partir daí, Ricardo vira compositor. Em 1984 foi convidado para participar do grupo de Rock 'Cães Mortos', lendária banda Pernambucana, com a qual fez turnê de lançamento do compacto. Em 1985, formou o grupo 'Distúrbio Metal', participando do '8º Festival de Inverno da UNICAP'; 'Show República Metálica' no Teatro Municipal Paulo Freire-Paulista-PE; show, no Forte de Pau Amarelo-Olinda-PE; no Teatro Valdemar de OliveiraRecife-PE e no Forte das Cinco Pontas-Recife-PE. Nessa época Ricardo Marques começou a tocar também, com algumas bandas de baile, a exemplo da banda 'Os Tártaros' e participou de gravações em estúdios profissionais. A partir dos anos 90, passa a acompanhar artista nacionais e internacionais: Catia de França, Erastos Vasconcelos, Azulão do Nordeste, Cristina Amaral, Nono Germano e o grande percussionista Naná Vasconcelos. Em meados de 1992 cria a banda Kastarrara com o baterista Jaú Melo, com quem divide todo o repertorio do 1º CD do grupo, lançado naquele ano onde rapidamente se esgotaram as 1000 cópias produzidas

RICARDO MARQUES


NOVEMBRO 2012

'Nido Pedrosa é músico- produtor. E-mails: nido.pedrosa10@gmail.com / jgnews.mmn@gmail.com

de forma independente. Algumas músicas deste 1º CD entraram em trilhas sonoras de aberturas de programas e continuam tocando até hoje (Auto Motor e Auto Motor Shopping - Canal 9 - Tv Bandeirantes; Na TV Clube e em especiais da Tv Jornal SBT). Entre 1999 e 2003, Ricardo participou ao lado de Naná Vasconcelos de shows, trilhas sonoras de filmes e do disco de comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil - CD que conta com as participações de Zeca Pagodinho, Fagner, Chico César, entre outros. Dividiu com Naná Vasconcelos, a direção musical do referido CD e ainda, participou como músico integrante da banda de Naná no filme 'Nzinga -

A Rainha Africana', estrelado pela atriz global Thais Araújo. Ricardo ainda neste mesmo ano, participou como guitarrista convidado do 1º CD da Banda Razamanaz. Em 2006, lançou segundo CD com sua 'Banda Kastarrara - Instrumental Music Fusion' e as músicas de sua autoria 'Ultra Leve' e 'Sangue Quente' foram executadas na Transamérica - programa Rocks Stage. No ano de 2009, além dos trabalhos solo, com sua banda, Ricardo Marques foi convidado para participa da 'Criação, Produção Executiva e Guitarrista' da Banda Caetano. Atualmente, além dos trabalhos com sua banda Kastarrara, este grande guitarrista também participa da 'Banda Dá No Couro,

do multi-instrumentista percussivo Nido Pedrosa e recentemente, lançou um novo CD, comemorando os 20 anos da 'Banda Kastarrara'. Contatos: ricardoguitarmarques @gmail.com JÚNIOR XANFER é de RecifePE, guitarrista, músico profissional de estúdio, compositor e arranjador, um instrumentista autodidata, canhoto, que sempre viveu da música e para a música. Tem em seu currículo mais de 350 CDS e 5 DVDs gravados. Iniciou seus estudos musicais aos 5 anos de idade, quando começou a tocar em igrejas e bandinhas de escola. Aos 15 anos se profissionalizou e aos 25 anos fez seminário teológico de música sacra.

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Atualmente, Xanfer trabalha c o m vários artistas e é concursado da 'Orquestra Sinfônica' da cidade de 'Jaboatão dos Guararapes-PE'. jrxanfer@hotmail.com XANFER COM LENY ANDRADE

Prezados amigos e companheiros de muitas jornadas musicais, parabéns pelos seus trabalhos e contribuição para abrilhantar e manter a qualidade excepcional da nossa música. Desejo-lhes muitos outros sucessos. Forte abraço!


JGNEWS Robson Candêo

CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO Começando a coluna falando de Blu-rays nacionais, o destaque vai para o lançamento (agora no Brasil) do show do Cream, gravado no Royal Albert Hall em 2005, onde Eric Clapton se reuniu com os antigos companheiros para refazerem a magia do primeiro Power Trio da história musical. O show é incrível, com vários solos e ótimas canções. Já nos Blu-rays internacionais, encontramos títulos que ainda nem saíram aqui no Brasil e nem tem previsão de lançamento, como o da famosa banda Chicago, com o título Chicago in Chicago, em que eles apresentaram seus grandes hits (a maioria das décadas de 70 e 80), em meio a um naipe de metais caprichado e ainda com a participação do grupo Doobie Brothers nas 3 músicas finais. Nos lançamentos em DVDs de artistas nacionais, tem o Kid Abelha - Multishow ao Vivo - 30 Anos, onde Paula Toller, Geoge Israel e Bruno Fortunato, nos brindam com grandes hits da carreira deles em um show imperdível. Também tem o novo show do Lobão elétrico - lino, sexy & brutal (DVD e CD), com grandes hits de sua carreira e com excelentes arranjos voltados para a guitarra. Para quem tem bebês, também tem novidades este mês, com o título Era uma Vez um Bebê com músicas de Hyldon com uma história cheia de

músicas voltadas para esta idade. Já nos DVDs de artistas internacionais, tem o show do espanhol Pablo Alborán - En Acústico, com ótimas canções românticas em espanhol, e que foi lançado também em CD. E agora saiu em DVD aqui no Brasil o clássico show do Supertramp - Live in Paris '79 filmado em Paris durante a turnê Breakfast in America. Aproveito para indicar também um bom documentário em DVD Produced by George Martin - onde esse grande produtor conta a história de sua vida e fala sobre os artistas com quem trabalhou, incluindo os Beatles. Indico para todos que gostam de aprender um pouco de história da música moderna. Agora falando em CDs, vale a dica do novo álbum da Karen Souza - Hotel Souza, com um jazz moderno em inglês e ótimas canções. Para os fãs da saudosa Clara Nunes, foi lançado o álbum duplo Um Ser de Luz - Saudação a Clara Nunes com regravações dos grandes sucessos da baiana nas vozes de cantores da nossa MPB, e aproveitem também para ouvir o álbum da Renata Jambeiro - Sambaluayê com ótimas músicas bem no estilo que tinha Clara Nunes. E quem gosta de Jorge Benjor, ouça o álbum do grupo formado por integrantes da Nação Zumbi - Los Sebosos

Postizos interpretam Jorge Bem Jor, com músicas bem antigas do cantor. Ainda nos CDs, tem dois lançamentos para os que gostam de um som alternativo. Um deles é da cantora Amanda Palmer que agora está junto com a The Grand Theft Orchestra fazendo um som bastante interessante. E tem também o novo álbum do Dirty Projectors - Swing to Magellan, que também faz uma mescla de indie rock com rock experimental e é muito bom. Robson Candêo também é responsável pelas resenhas musicais do blog http:// goo.gl/vLnlh


NOVEMBRO 2012 JGNEWS

LANÇAMENTOS NOVEMBRO

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OUTUBRO 2012

THALLES RAÍZES GRAÇA MUSIC

SANDRINHA MINHAS CANÇÕES GRAÇA MUSIC

JAMBRA FOLHA DE LARANJEIRA GUARUBA PRODUÇÕES

ALEX & ALEX CÓDIGO SECRETO MK MUSIC

CRISTINA MEL CLUBE 2 MK MUSIC

FERNANDO LIMA MINHAS CANÇÕES GRAÇA MUSIC

OSWALDINHO DO ACORDEON FORRÓ CHORADO GUARUBA PRODUÇÕES

SUSAN BOYLE STANDING OVATION SONY MUSIC

BRANDY TWO ELEVEN SONY MUSIC

KELLY CLARKSON COLETÂNEA SONY MUSIC

REVELAÇÃO 360 AO VIVO UNIVERSAL MUSIC

AC/DC LIVE AT RIVER PLATE SONY MUSIC

KLEO DIBAH & RAFAEL É DUS MAIS BÃO UNIVERSAL MUSIC

VELVET REVOLVER LET IT ROLL... ST2 MUSIC

REVELAÇÃO 360 AO VIVO UNIVERSAL MUSIC

THE RACONTEURS LIVE AT MONTREAUX ST2 MUSIC


JGNEWS Viviane Marins

DICAS IRRESISTÍVEIS PARA GUITARRISTAS Trio de Captadores Fender Hot Noiseless (ref. 3828880). Captador cerâmico com duas bobinas sobrepostas em formato de single. O captador do braço e do meio oferecem sonoridade quente e ataque blueseiro, o captador da ponte oferece ganho alto e saída forte: R$ 789,00

iRig, pedal ou pedaleira no telefone Dá-lhe iPhone! Um novo aplicativo vai deixar músicos felizes e fabricantes de pedal tristes: o AmpliTube iRig - gadget adaptador que pode conectar guitarras ao iPhone e ao amplificador. O smartphone vira pedal de efeitos para instrumentos de verdade O iRig se liga à saída de áudio do iPhone, iPad ou iPod Touch. Outras duas entradas permitem conexão da guitarra ou baixo, e do amplificador ou fone de ouvido. É baixar o aplicativo AmpliTube, que, em sua

NOVEMBRO 2012

O VoiceLive 2, processador vocal baseado na linha de TC Helicon facilita conduzir o seu próprio grupo de harmonias e vocal, rico e autenticamente humano. Um violão, teclado MIDI, ou a aux-entrada controla o algoritmo de harmonia vocal com quatro intervalos, cada um do qual pode ser dobrado, ou 08 vozes discretas controladas Ponte Floyd Rose GOTOH GE 1996T / GHL2 C - completa pelo seu jogo de teclado de com trava de 43mm Cor: Cromada e Gold. Sistema MIDI ou violão / guitarra. completo com Ponte, Trava, Haste, Molas, Pivôs e E quando você quiser exploacessórios para instalação: R$ 528,00 rar sua alma vocal, o Voi(Izzo Musical) ceLive 2, pedal de efeitos, dá aos cantores um https://www.dotstore.com.br/ versão gratuita, tem três imsinstrumentos/produto/ algoritmo de Coral que cria efeitos (delay, filtro de ruído 1828041/TC-HELICON-Voice- o som de vozes de grupo de multi-voz maciço, ou seja, e distorção), e começar a Live-2# aqueles coros clássicos. Vale a pena conferir a tocar. Outras versões pagas R$ 3.628,00 demonstração no app têm mais efeitos http://www.tc-helicon.com/voicelive2.asp como o "wah wah" ou o "overdrive". O aplicativo também tem funções de rádio e de metrônomo e toca músicas de fundo enquanto você faz seus solos de guitarra. O preço do iRig é de 30 dólares, no site da AmpliTube. Vale a pena comprar a versão completa do aplicativo, que sai por mais 15 dólares. Bom para qualquer momento.

www.youtube.com/watch?v=0Nod69aTzsM&feature=player_embedded


LANÇAMENTO WORLD MUSIC

http://www.youtube.com/watch?v=ZcnWY7uiWWo http://www.youtube.com/watch?v=Hpw9ShtUsAc&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=qD9AbIQGBJg&feature=related

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NOVEMBRO 2012

Novamente WORLD MUSIC Rua Oswaldo Cruz, 170/São Caetano do Sul/SP Cep 09541-270 / Tel: 11 4224-6743 (11) 7389-8905 lcrangel@hotmail.com

kareca.dj@globo.com www.celiasilva.net

www.st2.com.br

O novo CD da cantora e compositora

Célia Silva

Assessoria de Imprensa: Eulália Figueiredo

Contato para Shows: 21 7899-6542


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Alberto Guimarães (correspondente em Portugal) alberto.ammguimaraes@gmail.com PORTUGAL NOVEMBRO

2012

HAMILTON DE HOLANDA, O PRÍNCIPE DO BANDOLIM

Hamilton (bandolim), André Vasconcellos (contrabaixo), Gabriel Grossi (harmônica), Daniel Santiago (violão) e Marcio Bahia (bateria)

A ovacionada passagem de Hamilton de Holanda pelo Porto, incluída na programação musical do Ano Brasil em Portugal, é o motivo que nos faz trazer a estas páginas o consagrado bandolinista brasileiro. Hamilton e o seu Quinteto estiveram em cinco de outubro na Casa da Música para o que são sempre as suas apresentações: momentos de grande vigor criativo, de virtuosismo e sensibilidade. O Quinteto, além de Hamilton de Holanda, é constituído por André Vasconcellos (contrabaixo), Gabriel Grossi (harmônica), Daniel

Santiago (violão) e Marcio Bahia (bateria). Na base do show portuense esteve o CD Brasilianos 3, disco que conta com duas nomeações para o Grammy Latino nas categorias melhor álbum instrumental e melhor engenharia de som. Brasilianos 3 é um disco maduro, fruto do rico trabalho que Hamilton e seus companheiros têm vindo a desenvolver, e que nos presenteia ainda com a participação de Milton Nascimento em Guerra e Paz I. Ouvir Milton nesse CD, faz lembrar a frase de Elis Regina: "Se Deus cantasse, cantaria com a voz de Milton Nascimento". Guerra e Paz I e Guerra e Paz II, são dois temas expressivos e emocionantes compostos por Hamilton para a inauguração da exposição, que aconteceu em fevereiro em São Paulo, dos murais Guerra e Paz do pintor Candido Portinari. Há também a adptação para o

Quinteto de quatro temas com origem na Sinfonia Monumental, peça sinfônica escrita por Hamilton, conjuntamente com Daniel Santiago, para celebrar Brasília na passagem do cinquentenário da cidade, em 2010. Duas músicas que abrem o CD, Saudades de Brasília e Saudades do Rio, são referências a cidades a que Hamilton está ligado vivencialmente. Hamilton de Holanda tem trinta e cinco anos, e conta com trinta dedicados à música. Nascido no Rio de Janeiro em 1976, filho do guitarrista José Américo dos Santos, muito pequeno se transferiu com a família para Brasíla. Sua primeira apresentação musical foi logo em 1981, no Clube do Choro de Brasília, tocando escaleta, com o seu irmão Fernando César - companheiro de música e vida - ao cavaquinho, e com seu pai - seu mestre então - ao violão. Tendo cinco anos, ganhou

de presente de Natal de seu avô materno, um bandolim. A primeira música que aprendeu a tocar no novo instrumento foi Flor Amorosa, de Joaquim Calado. Em 1982 formou com o irmão Fernando César o duo Dois de Ouro, tendo dado os primeiros passos artísticos nesse duo. O choro preencheu a sua infância e a sua adolescência. Depois, essa forte referência se juntou à bossa, ao jazz, ao rock, a um universo musical diversificado. Uma sólida formação, de que fez parte o Curso de Composição da Universidade de Brasília, o conduziu a uma elevada exigência músical. Sobre isso, ele enfatiza num texto publicado no seu blog, "sempre quando toco, quero a profundidade, mas também a coisa despretenciosa, só pela diversão, com humor, como contar uma piada". Quando se ouve o bandolim tocado por Hamilton cla-


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tocar a melodia, o ritmo e os acordes, tudo ao mesmo tempo, só com o bandolim. Um par de cordas a mais me dá mais notas, me dá um complemento de som grave, me dá um colorido maior de timbres. Essa foi a motivação para fazer a migração. Foi uma questão de criar intimidade e cada vez mais perceber que sempre tem algo novo a se descobrir". O trabalho de Hamilton se reparte entre o Brasil e os quatros cantos do mundo, tendo da imprensa francesa recebido o título Príncipe do Bandolim. Aludir aos mais importantes nomes da música a que ele já esteve

associado, é referir uma imensa e radiante lista: Buena Vista Social Club, Cesária Evora, Djavan, John Paul Jones, João Bosco, Zélia Duncan, Mike Marhall, Stanley Jordan, Richard Galliano, Melody Gardot… A sua dedicação à música está alicerçada numa forte brasilidade. Recentemente, na 1ª Mostra Internacional de Música, em Ouro Preto, MG, ele efetuou num show uma abordagem à música de Pixinguinha, passo inicial para uma dinâmica que projeta desenvolver internacionalmente em torno da obra do criador de Carinhoso. Indagamos Hamilton de Holanda sobre a importância que ele atribui a Pixinguinha na música bra-

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ramente se denota constância e paixão pelo instrumento, de que é um ineludível virtuoso. Desde há doze anos que o ouvimos dedilhar um bandolim de dez cordas. A revista JG NEWS quis saber do próprio Hamilton de Holanda, como aconteceu e como ele decidiu sua migração para o bandolim de dez cordas. Ele prontamente nos respondeu: "Aconteceu de uma maneira muito natural. Veio de uma vontade de expor minhas ideias polifônicas com este instrumento que gosto tanto. Veio da vontade de

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http://www.youtube.com/watch?v=z5nBd3aYoiI&feature=related

BANDOLIM

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11 2982-0079/2951-9557


http://www.youtube.com/watch?v=m7naqxRGr0c

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sileira e que legado deixou na música que ele próprio faz. Hamilton nos disse: "Pixinguinha, junto com Villa-Lobos, é o pilar da música brasileira. Da dita popular, que nasce do povo. Ele cristalizou de maneira genial o que chamamos hoje de choro, que é o primeiro gênero genuinamente brasileiro. Foi um instrumentista brilhante e como compositor, moldou nossa personalidade com músicas como Carinhoso, Rosa e 1 x 0. Acho que o que mais me influenciou no Pixinguinha foi a visão da improvisação e do fraseado, as melodias. Criar uma melodia que já explica o que é o rítmo e a harmonia, tendo o fraseado e as nuances que lembram as paisagens e as pessoas do Brasil, essa é uma característica que me encanta na música de Pixinguinha". Falando de Pixinguinha, é altura de remeter quem nos lê para a tela de um computador e através do youtube procurar a reunião dos nomes de Hamilton de Holanda e Paquito D`Rivera. Facilmente se encontrará um video em que o bandolinista brasileiro e o músico cubano com o seu clarinete, interpretam magistralmente, com espontaneidade e envoltos de alegria, 1x0 de Pixinguinha, nos bastidores

http://www.youtube.com/watch?v=DoLUK_ZUTqE&feature=related

do português Festival Matosinhos em Jazz, no ano de 2008. António Ferro, músico de jazz e diretor artístico do Festival nos diz porque então levou ali Hamilton: "A escolha do Hamilton, foi apenas porque ele é um grande músico, o melhor bandolinista do mundo, que se estende em diferentes estilos musicais, desde o choro ao jazz, da bossa nova ao clássico. O Festival de Matosinhos, tem por norma artística, não se fechar no jazz clássico e tradicional,e sim abrir-se a outras músicas que pela rítmica e ousada harmonia, nunca deixam o lado fundamental do jazz: a improvisação. O encontro de Hamilton com Paquito D`Rivera, foi fantástico. Embora já se conhecendo de nome, nunca tinham tocado juntos. No camarim, cada um com os seus instrumentos, abordaram um chorinho, como se tivessem previamente ensaiado, e ao terminar, ouviram-se calorosas palavras dos músicos e dos produtores. Foi irreversível tocarem juntos no palco". António Ferro prossegue com entusiasmo: "No final do concerto do Paquito D'Rivera, ele chama ao palco o Hamilton e juntos tocam o chorinho que tinham aflorado no camarim e terminam com o tema "Estamos Aí", com a assistência ao rubro e em pé, a exigir mais um bis. O Hamilton, ainda tentou tocar numa guitarra portuguesa, mas o intervalo de "segunda", torna a dedilhação muito difícil, para quem costuma tocar nas afinações normais, por quartas (terceiras)" .

Foi também no Matosinhos em Jazz que Gileno Santana, jovem músico brasileiro de jazz, radicado em Portugal e de quem já falamos anteriormente, conheceu Hamilton de Holanda. Gileno nos conta como obteve o contributo do bandolinista para o seu CD de estreia, Inicial: " A minha experiência de trabalho com Hamilton de Holanda foi muito natural. Ele veio tocar no Festival Matosinhos em Jazz, eu estava com o processo de gravação do meu CD Inicial quase pronto e tive a ideia de o convidar a participar no disco, depois do show dele que assisti. O facto de sermos brasileiros e de eu já ter tocado com o Hermeto Pascoal ajudou a tudo fluir. Hamilton aceitou a gravar e o processo foi o seguinte: eu enviei para ele no Brasil o tema proposto, e ele gravou depois no seu estúdio. Me mandou três solos e eu tive a difícil tarefa de escolher apenas um. Penso que foi a cereja no topo do bolo". A aventura musical de Hamilton de Holanda, decorre entre a tradição e a experimentação, no que ele determinou "uma busca constante pela excelência, beleza, música de arte, música de coração". O

NOVEMBRO 2012 show do Hamilton de Holanda na Casa da Música foi um magnífico resultado dessa demanda, e o CD Brasilianos 3 aí está como seu sinal perdurável.

António Ferro

Gileno Santana


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LAUDIR DE OLIVEIRA

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