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Nº 544| Ano 11 | 01 de setembro de 2017

Ilhabela | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Fotos: Ronald Kraag

Dança de palavras, dificulta gestão Hoje mais se ouve a palavra “economicidade”, novíssima no vocabulário brasileiro e que os dicionaristas ainda não se locupletaram de todo o seu entendimento para radicalizar a essência de seu uso. Novos dirigentes e colaboradores utilizam-se dela para onerar o entendimento de que a exigência fiscal está com o diapasão na mão para controlar o tom de sua utilização e tê-la na mesma sintonia com o lado prático da gramática. Uns a entendem, outros sequer querem saber de economicidade e se utilizam de subterfúgios para fugir à regra, dando de ombros ao que os novos gestores querem fazer crer que vão cumpri-la à risca. Não é bem por ai.

Depois do hasteamento da Bandeira, no Morro da Cruz, o prefeito Márcio Tenório, acompanhado das autoridades foi à Secretaria da Educação para a entrega de novos veículos que atenderão as necessidades dos estudantes da rede pública. Ladeado pela Secretária Yeda Lopes e a Adjunta Ana Paula, mostrou-se satisfeito

Editorial

Façamos juntos. Melhor para todos Pág. 2

Márcio e Fazzini em evento nacional Pág. 5

Sucesso de novo Festival do Camarão Pág. 5

Moção de Louvor a Lions Internacional Pág. 8

Dentre 50 inscritas ficaram 15 candidatas no concurso Miss Ilhabela, para a difícil escolha dos jurados, na noite de hoje, na passarela do Esporte Clube. A eleita receberá a coroa de atual Miss Larissa Lwantschuk e representará o arquipélago no Miss São Paulo de 2018. Noite de gala, no programa do aniversário da cidade


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FORMADORES DE OPINIÃO

EDITORIAL

212 anos de emancipação política e administrativa, uma Vamos fazer juntos? Eu não excelente oportunidade para se repensar os destinos de Ilhabela quero (e não posso) fazer sozinho Está nas mãos dos dirigentes, prioritariamente Poder Executivo, planejar o futuro do município, acompanhado pelo Poder Legislativo, agente fiscalizador e representante do povo, por determinação prevista na Constituição Federal. Os encantos e desencantos das palavras da moda precisam ser minuciosamente estudados. Houve um tempo em que “reengenharia” era pronunciada com a boca cheia, dicção perfeita, porque pausadamente ela (a palavra) ficava mais e melhor compreendida pelo interlocutor. Depois vieram outras, de moda também, mas que caíram em desuso, porque não deram certo, haja vista o desencontro entre as previsões dos novos gestores e a prática pouco usual ou aceitável pelos operadores da administração. Hoje mais se ouve a palavra “economicidade”, novíssima no vocabulário brasileiro e que os dicionaristas ainda não se locupletaram de todo o seu entendimento para radicalizar a essência de seu uso. Novos dirigentes e colaboradores utilizam-se dela para onerar o entendimento de que a exigência fiscal está com o diapasão na mão para controlar o tom de sua utilização e tê-la na mesma sintonia com o lado prático da gramática. Uns a entendem, outros sequer querem saber de economicidade e se utilizam de subterfúgios para fugir à regra, dando de ombros ao que os novos gestores querem fazer crer que vão cumpri-la à risca. Não é bem por ai. Pelo que se viu nos primeiros seis meses de governos municipais do país, fala-se bastante, pronuncia-se a palavra, também com a boca cheia e pausadamente, mas a roupagem adotada nas ações já começa a se apresentar de moda mais simples ou coloquial, a ponto de nos permitirmos prever para breve o desuso dela (economicidade) igualmente. O modismo não pode prevalecer. Enquanto não houver sequencia ordinal nas regras da administração posta, iniciando-se com a profilaxia do comprometimento, o planejamento justo e necessário, a escolha também prioritária dos projetos não terá execução que possa seguir as normas legais, dentro do que prevê a responsabilidade administrativa. Ilhabela em festas comemora 212 anos de uma emancipação que lhe deu a coragem de novos enfrentamentos no alvorecer do século XIX. De lá até os dias atuais muito se fez, porém, muito se deixou de fazer, sem previsões. Necessários e oportunos planejamentos foram deixados de lado, para trás, culminando com poucos planos de governo não apenas idealizados no marketing de campanhas eleitorais, mas extraídos de estudos e projeções sérios, capazes de prever para o futuro. Pode ser que lá bem distante

Fernando Antonio Braga de Siqueira - ME CNPJ: 16.930.164/0001-58 Registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de São Sebastião sob nº 5.909

ESCRITÓRIO CENTRAL, REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Olímpio Leite da Silva, 217 Perequê - Ilhabela - SP CEP 11630-000

Fone: (12) 9.9744-2383

não havia a possibilidade de acontecer em virtude da falta de previsões de receita, dentro da peça orçamentária exaurida ao final de cada ano, por conseguinte da gestão. Hoje, com os cofres abarrotados e investimentos dos mais diversos, vê-se que há provisão suficiente, mas a demanda de planejamento segue o que se vê em outros municípios há mais tempo bebendo na fonte dos royalties. Muitos foram os municípios que há mais tempo se beneficiaram dessa compensação financeira do petróleo e que não se preveniram, levando de roldão a fortuna mensalmente creditada em sua finita receita. Com os erros dos que sofrem na atualidade as penas do despreparo e da falta de planejamento, pode ser que muitos deles, Ilhabela inclusive, tenham aprendido, para errar menos e acertar mais. Contudo, pelo que se vê falta muito para que se possa prever e encontrar um meio de distribuir equitativamente o excesso de arrecadação. Sem previsões orçamentárias e sem reservas legais os erros cometidos alhures poderão fazer-se presentes por estas bandas. Não há falha na informação quando se noticia que o maior empregador do município é o Poder Executivo e ele precisa preparar-se para enfrentar crises que poderão se tornar freqüentes, com a mudança de panorama. Quando os royalties minguarem, com a prevista distribuição pelos demais municípios brasileiros – com os deputados e senadores fazendo média com os seus redutos eleitorais – poderemos nós, ilhéus, ficar a ver navios atravessarem o Canal de São Sebastião, chorando os caraminguás da receita. Há caminhos diferentes dos atuais a serem percorridos, desde que haja o insistente planejamento que alertamos, buscando-se um turismo diferenciado; com um centro de convenções o turismo de negócios, a exploração da natureza com o turismo de aventura, o que já acontece em algumas cidades brasileiras: citando-se Brotas, Socorro, Bonito, Barreirinhas, entre outros. É só abrir o mapa do Brasil e pesquisar o que se faz e investir na busca de ideias diferenciadas, longe da presunção de alguns empresários do ramo de hotelaria que, em pleno século XXI estão explorando o turista e não o turismo, como seria o correto, colocando a inteligência empreendedora para funcionar, saindo da zona de conforto. Uma consultoria especializada – e o Ministério do Planejamento tem, e de graça – já ofertada ao município e desprezada em outras gestões, poderia “abrir os olhos” do gestor e promover um debate amplo para que novos horizontes sejam encontrados. Fica a sugestão, como presente de aniversário a esta bela ilha.

DIREÇÃO GERAL Fernando Siqueira - MTB 10.428 redacao@jornalcanalaberto.com.br COMERCIAL comercial@jornalcanalaberto.com.br DESENVOLVIMENTO Guilherme Siqueira | Projeto Gráfico arte@jornalcanalaberto.com.br

Ari Euqis Era uma cidade pequena, jovem, com ruas arenosas, população em torno de 15 mil habitantes. Os tempos eram outros, gente de todos os lados chegou assim que ela fora fundada, com traçados modernos, ruas e avenidas largas. E, à medida que o tempo ia passando, caminhões de mudanças, procedentes de vários lugares do estado igualmente chegavam. Naquele tempo, uma lona na carroceria permitia o transporte de pessoas, homens, mulheres e crianças, famílias inteiras acomodadas, sentadas sobre tábuas. Um sarrafo centro, do princípio ao fim da lona protegia a todos diante do sol, da chuva, do vento. Os mais antigos acolhiam os migrantes, à procura de novos ares, mão de obra para o trabalho em várias frentes, principalmente na lavoura: de café, de milho, de mamona, de amendoim. Assim deve ter sido noutros tempos deste arquipélago, também, diferentemente de hoje em dia quando os que chegam encontram certa dificuldade de ambientação. Não que haja numa discriminação, mas quem viu e viveu aqueles outros tempos tem a mais nítida mostra de que nem tudo seja normal. No ar existe algo que incomoda, quando na verdade não deveria ser assim. O direito de ir e vir que

tantos falam nem sempre é respeitado e encarado naturalmente por todos, principalmente por quem chegou antes ou mesmo os filhos da terra. E isso incomoda. Por isso mesmo resolvi palpitar, sugerindo que possamos fazer juntos, trabalhar ombro a ombro por uma cidade melhor, distante dos protagonismos individualizados que acabam envolvendo e prejudicando a uma grande maioria. Dizem assim é difícil, mas se pudéssemos fazer juntos seria melhor para todos, respeitando cada qual a iniciativa ou a ideia do outro e dialogando para somar esforços e, juntos, desenvolver uma ação conjunta que beneficiará coletivamente a muitos, valorizando a conquista da cidade. Que as barreiras deixem de existir. Que o egoísmo jamais prevaleça. Que a união seja a forma de encontrar novos caminhos e a solução de problemas comuns de uma cidade em franco desenvolvimento. Todos trabalhando construtivamente serão capazes de proporcionar mais e melhores resultados. Todos ganharão com isso e a cidade terá desenvolvimento que a transformará e essa sua mudança dará a todos mais conforto. Afinal, é o que se espera para uma Ilhabela aniversariante cada vez mais produtiva, evoluindo sempre.

IMPRESSÃO Atlântica Gráfica e Editora Ltda.

TIRAGEM 2.000 exemplares PERIODICIDADE Semanal

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NA PONTA

DO LÁPIS

Ação educativa (1)

Sargento Freitas, correto integrante do Pelotão de Ilhabela, teve oportunidade de agir de forma educativa, no fim de semana, quando um motorista parou o seu veiculo na faixa de pedestre, na fila da balsa.

Ação (2)

De forma bastante educada advertiu o motorista, postouse à frente de seu veículo e lavrou a multa. Pode ser que o motorista nem dê bola para a multa, mas vai sempre se lembrar de Ilhabela onde foi multado e o policial que aplicou a reprimenda agiu de forma educada, para jamais esquecer. Quem viu o vídeo gostou e aplaudiu. Valeu Sargento Freitas.

Segurança (1)

Continuando no rastro da segurança, foi sensacional a atitude da PM, semana passada, descobrindo um barril repleto de entorpecentes, na cidade. Continha de haxixe a lança perfume, de maconha a crack. Pelo que consta o volume era de propriedade de um indivíduo que foi preso no Itaquanduba, ano passado, e que ainda está atrás das grades.

Segurança (2)

O gerente e responsável pela droga deve ter cochilado e a ação da PM foi inconteste. Há presunção de que o conteúdo de agora é da mesma procedência da parte apreendida naquela ocasião, pois as características são as mesmas.

Segurança (3)

O lote de grandes proporções de agora serviria para abastecer festinhas que têm

acontecido no arquipélago, freqüentada principalmente por menores adolescentes. A Polícia está atenta, mas os traficantes são abusados e batem de frente com os que agem para manter a ordem pública.

Omissão (1)

Uma vez mais uma escola da rede municipal de Ilhabela teve problema inusitado. Há poucos meses foi lá pelo lado do sul, quando um menino do 1º ano do Fundamental deu um tapa no rosto de professora e quebrou-lhe os óculos, lesionando-a.

Omissão (2)

Agora, foram dois ou mais que, no topo da escada, na Escola do Paulo Renato de Souza, no Camarão, empurraram uma aluna e ela caiu “lá de cima” estatelando, contundindose, ficando desacordada pelo menos 20 minutos. Ao que parece houve omissão por parte da diretoria para lavrar Boletim de Ocorrência.

Omissão (3)

Segundo informantes que estavam no local a diretora preferiu “encobrir o fato, para não prejudicar a escola”. Prejudicial será muito mais quando acontecerem problemas mais graves, envolvendo gestores da escola. A omissão de agora apenas estimula os maus alunos, porque isso não é coisa de estudante, mas sim de infratores protegidos pelo estatuto que os beneficia. Na verdade, em outros tempos dizia-se “coisa de bandidos”.

Planejamento (1)

É o que falta na maioria das Secretarias municipais

de Ilhabela. Em reunião recente, com todos os Secretários o prefeito Márcio Tenório ficou surpreso. Apenas uma Secretaria tinha plano estabelecido de ação. Os demais “morreram” de inveja, pois apenas a Secretaria de Turismo está organizada nesse sentido. Méritos para a equipe.

Planejamento (2)

Podem falar o que seja, mas o Secretário Ricardo Fazzini tem sido o mais centrado, organizado e montou uma equipe que trará grandes eventos para Ilhabela, podendo responsabilizarse por grandes conquistas. Aliás, o orçamento de sua pasta, mais organizada do que antes, será o segundo da gestão Márcio Tenório, daqui a pouco.

Planejamento (3)

Planejamento e organização são áreas necessárias para a implantação da modernidade administrativa. E o Fazzini sabe muito bem que planejamento é tudo e por isso está com uma enxuta equipe de assessores, altamente capacitados.

Investimento (1)

Servidores de Ilhabela estiveram em Brasília, obtendo informações para desenvolver trabalho administrativo, no atual governo. Trata-se de investimento dos mais saudáveis que o prefeito Márcio Tenório está adotando, prestigiando e valorizando assessores.

Investimento (2)

Não pode ser tratado de forma diferente; investimento é o termo adequado e os destacados

para os cursos realizados na capital federal ganharão com a iniciativa, aplicando posteriormente em suas respectivas divisões.

Aí tem (1)

Ah se tem! Parece que o laboratório de especialidades Ecorad levou um pontapé nos fundilhos, lá pelos lados do continente. Pesquisaremos para trazer mais novidades, porque ao que parece as coisas andam mal de um lado e mais que ótimas de outro, proporcionando vantagens aos “amigos do rei”. Rei Felipe I esquiva-se, silenciando.

Dia do Voluntário (1)

Segunda feira, 28/8, o prefeito Márcio Tenório retornava do alto da serra, do encontro com o Governador Alckmin, visitando obras do primeiro túnel da Rodovia dos Tamoios e avistou na ciclovia, próximo à balsa, o voluntário sebastianense Betão. Foi até ele, cumprimentou-o e esse encontro proporcionou “selfie” das mais motivadoras.

Dia (2)

A ambos, sem dúvida. Ao Betão, o reconhecimento. Ao prefeito Márcio, estímulo para continuar prestigiando os que assumem compromissos e cumprem, cotidianamente, como voluntários. Valeu! Betão é dessas pessoas que não falam o que faz, mas o pessoal que freqüenta as sessões de quimioterapia, em São Sebastião, bem o conhecem. E o prefeito Márcio sabe disso.

Muro da discórdia (1) E com muita razão, o amplo debate e conseqüente

indignação. Irado, criticando de forma construtiva, porque o município está jogando dinheiro pelo ralo, construindo muro de quase 200 metros de extensão em terreno alheio, pagando os olhos da cara o vereador Prof. Valdir bateu forte, na última sessão da Câmara.

Muro (2)

Razão lhe cabe: só faltou dar os nomes do dono do terreno onde a prefeitura refez o muro, mas expôs a questão que todos entenderam e sabem onde fica, lá pelos lados do sul. E o vereador conhece bem, mora no pedaço e está ligado a obras civis.

Baú de guardados (1)

Parece ser esta a definição para o autêntico balcão de negociações sugerido por alguns vereadores, o setor de licitações da Prefeitura, nos primeiros oito meses de governo. Ao que consta, entretanto, o Prefeito colocou ordem na casa. Espera-se que realmente não seja como aquela história de “tirar o sofá da sala” que todos bem conhecemos.

Baú (2)

Tinha gente – segundo dizem empresários licitantes – obstaculizando certames para levar vantagem logo depois. Se a ordem já está em vigor não se sabe, mas há alguns que plantavam dificuldades para colher facilidades. Há comentários sérios na rádio peão, mais rápida – em tempo real – do que os “faces” da net.


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TURISMO

Prefeito divulga Ilhabela como roteiro turístico de cruzeiros em evento realizado em Brasília Nesta quarta-feira (30), o prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, e o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Ricardo Fazzini, participam em Brasília (DF) do evento “Cruzeiros Marítimos: O momento é esse”. O evento tem o propósito de debater as oportunidades de crescimento do setor de cruzeiros no Brasil. Para atingir esse objetivo, a estrutura do encontro possui um ambiente favorável para discussões, na qual gestores governamentais, empresários e

especialistas, discutirão sobre experiências, desafios e oportunidades do setor de cruzeiros no país. Considerado um dos seminários mais importantes no ramo de cruzeiros do país, Ilhabela participa do 6º painel, intitulado “Destinos, Atrações e Receptividade” juntamente com municípios como Balneário Camboriú (SC), Búzios (RJ), Cabo Frio (RJ) e Porto Belo (SC). “Essa é uma grande oportunidade para ampliarmos, ainda mais, a divulgação de nossa ci-

dade como destino turístico”, afirmou o prefeito Márcio Tenório. A reunião é organizada pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo, com sede em Brasília, e conta com apoio do Ministério do Turismo e da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA). Fomento ao turismo: A participação da Prefeitura de Ilhabela em feiras internacionais e eventos nacionais no ramo turístico já rendeu frutos para a cidade. Prova disso é que a temporada

2017/2018 de cruzeiros marítimos será novamente aquecida com o aumento de 25% nas escalas de navios em relação a anterior. Serão 48 no total, com cerca de 95 mil visitantes em todo o período. Desde 2008 o número de escalas caiu consideravelmente, de 167 (2008) para 39 (2016/2017). Este ano, a participação da Prefeitura na feira internacional Seatrade Cruise Global, referência mundial em cruzeiros, objetivou alavancar novamente o

receptivo de Ilhabela. “As companhias trabalham com dois anos de antecedência para decidirem as escalas dos roteiros, no momento estão trabalhando com a temporada 2019/2020. Hoje nossa cidade tem uma bela infraestrutura de receptivo com relação a profissionais e equipamentos (jipes, vans e barcos). Conseguimos aumentar o número de escalas para a próxima temporada e esperamos que cresça cada vez mais”, disse Ricardo Fazzini.

CULTURA

Edição 2017 do Festival do Camarão de Ilhabela bate recorde de público Os finais de semana de agosto da cidade de Ilhabela foram agitados pela 22ª edição do Festival do Camarão, que teve a participação de 49 restaurantes da cidade. A edição de 2017 bateu recorde no número de público e casas participantes; foram mais de 18 mil pessoas que circularam Arena Gastronômica, montada nos dois últimos finais de semana na Vila, centro histórico. Além disso, a ocupação dos hotéis e pousadas da ilha foi de 70%, ótimo para um mês de inverno e baixa temporada. Com realização da Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela (ACEI), apoio da Prefeitura

de Ilhabela através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo e curadoria de Daniela Filomeno, da revista eletrônica Viagem & Gastronomia, o festival mostra sua força e potencial para crescer e receber mais visitantes em 2018. “Festivais gastronômicos promovem a democratização da gastronomia e disseminação dos ingredientes locais. Isso aumenta não só o movimento durante do evento, mas deixa um legado à cidade”, comenta Daniela Filomeno, curadora do evento e editora chefe do Viagem & Gastronomia. Na avaliação de Wilson Santos, presidente da Associação Co-

mercial e Empresarial de Ilhabela, o Festival foi um sucesso e cumpriu o seu papel de movimentar o comercio da ilha e divulgar a gastronomia local. “Ampliamos a área da Arena Gastronômica, com mil pessoas sentadas, além de uma programação completa com shows musicais e atividades gastronômicas, para toda a família”, afirmou o presidente. E ainda completa “mais de 18 mil pessoas estiveram na Arena, que registrou 20% de crescimento do faturamento, em relação ao ano passado”. A parceria com a prefeitura de Ilhabela, por meio do prefeito Márcio Tenório; com a Secretaria de Turismo, comandada por Ricar-

do Fazzini; e o trabalho da equipe da Associação Comercial possibilitaram a realização do 22º Festival do Camarão de Ilhab ela. “O Festival do Camarão está consolidado como um festival que promove a mobilização dos envolvidos e recursos com o objetivo único em integrar o mundo dos sabores, além de gerar novos negócios e movimentar a economia da cidade em um período em que a Ilha não recebe tantos turistas”, comenta o prefeito Márcio Tenório. Para Ricardo Fazzini, secretário de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Turismo, “o Festival é de suma importância para que os

moradores locais se sentirem motivados a mostrar o melhor do seu trabalho e automaticamente melhoram sua renda per capita, um incentivo para já se preparem para o próximo ano”. Com menus exclusivos para o Festival do Camarão, o evento mostra aos turistas que, além dos encantos naturais da cidade, Ilhabela também é um reduto da boa gastronomia, com um bom mix da cozinha caiçara com toques inovadores e saborosos. A Arena Gastronômica promoveu a cultura, através de shows e aulas com renomados chefs, como Bel Coelho, Leo Young e Dalton Rangel.


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SOCIAL | DESTAQUES

Fotos: Ronald Kraag

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1 - Em visita ao Prefeito, Márcio Tenório, as 15 candidatas a miss Ilhabela, acontecendo hoje, no Esporte Clube posaram no seu gabinete. Lindas, pressupondo dificuldades para os jurados para escolher as três finalistas: Miss Simpatia, Princesa e Miss Ilhabela- 2 e 3 - Sempre marcando presença, Fausto, do Restaurante Kanoa esteve no Festival do Camarão mostrando a sua arte na culinária no grande certame gastronômico da cidade, cujo sucesso de público satisfez os organizadores e o governo, convergindo para o Centro Histórico visitantes, além do público loca - 4 - Na entrega de novos veículos para a frota da Secretaria de Educação o prefeito Márcio Tenório foi saudado pela Secretária Yeda Lopes, há um mês como nova titular da importante pasta - 5 - Baixa no governo, o precoce e muito sentido falecimento de Paulo Cezar Mathias (Paulão), secretário de Serviços Municipais, na data de ontem, surpre-endeu a todos. Estimado por pessoas de todas as correntes políticas da cidade, presidente do Partido Solidariedade, Paulão era exemplo e destaque entre os pares, no primeiro escalão. Humilde e leal aportou a Ilhabela há 24 anos, abriu empresa de segurança cadastrada nos órgãos públicos e prestou relevantes serviços à comunidade. Vítima de fulminante infarto deixou-nos na madrugada de 31 de agosto, após comemorar, horas antes, 46 anos de idade. Deixa a esposa Evelyn e filhos. Consternada, parte da população o levou à última morada - 6 - Oportunista, a garça branca que normalmente passeia sobrevoando a Vila, “beliscou” o seu almoço, numa manhã desta semana - 7 e 8 - Moção de Louvor do vereador Anísio de Oliveira (Vice-Presidente do Legislativo de Ilhabela), aprovada por unanimidade reconheceu o trabalho do Lions Clube na cidade, enaltecendo Lions Internacional, comemorando neste ano de 2017 o seu centenário. Parabéns e a certeza de que essa homenagem é um estímulo ao trabalho voluntário dos associados dessa importante associação. A foto 8 destaca o mais idoso Companheiro Leão, Luis Chemin, que a 16 de outubro também comemorará, como o Lions Internacional 100 anos de vida.


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AQUI | MULHER

Reconhecimento parcial. Um dia será pleno Fernando Siqueira Quando Ilhabela foi emancipada, há 3 de setembro de 1805, há 212 anos, pois, o arquipélago era muito diferente de agora. Começava-se a plantar café, cana de açúcar, havia a mandioca e a banana, além da pesca em escala pequena, porque rudimentar. As mulheres tinham participação bastante estreita, cuidando da família, dos filhos e do marido e este adentrava ao mar para as pescarias, cuidando do amanho da terra, em pequena escala. Os tempos eram outros. Restos daquela civilização ainda existem, sem que precisemos muito pesquisar ou ir tão longe. Pés de café enormes, com mais de 2 metros de altura pode-se ver no Perequê, na Cocaia e a cana de açúcar que não deixou vestígios, dela se sabe, porque havia alambiques (no plural mesmo), com a produção da cachaça que se juntava a produtos de maior escala, para a exportação, saindo daqui nas embarcações modestas para o grande mercado consumidor da época, a cidade de Santos. A viagem, cujo embarque se dava na Ponta do Pequeá, era uma aventura. A mulher de hoje não imagina as dificuldades de outrora. Ainda bem que a evolução aconteceu, mas os sacrifícios foram muitos, as barreiras vencidas, o caminhar sereno e contínuo trouxe aos dias de hoje uma evolução que supera expectativas.

E você mulher bem sabe disso, conhece as mudanças que aconteceram, porque foi a seu tempo, artífice do que se fez, aplicando ao dia de hoje, o que se faz de forma construtiva e ininterrupta. Por ocasião do aniversário da cidade, um grande acontecimento para todos e um reconhecimento esperado para você, capaz de caminhar em silêncio, apenas ouvindo e prestando atenção, fazendo a sua parte, a grande diferença que se consegue mostrar ao mundo. Nesta época de festa nada mais justo do que fazer um balanço, um grande demonstrativo não apenas somando, mas analisando um a um o que se fez para anexar hoje ao que estava pronto ontem, preparando-se para fazê-lo para acrescentar dia a dia o que vai-se fazendo em todo este pedaço de terra cercado de água por todos os lados. Rememorar é muito bom. É hora de reflexão, valendo caminhar adiante, mas também sendo válido recuar alguns passos para tomar impulso e continuar caminhando oportunamente. Que dessa análise singela não escapem grandes coisas, mas que se acrescentem muitas, edificando, devagar e sempre, sentindo que a cada aniversário é reservada a oportunidade para ser feita uma fria análise do todo, reconhecendo mo que faz a mulher pela cidade, a começar no seio sacrossanto da família. Tenho dito.


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LEGISLATIVO

FOTO: RONALD KRAAG

Lions Clube de Ilhabela é reconhecido pela Câmara com Moção de Louvor

A Câmara de Ilhabela aprovou na última sessão Ordinária (29/8) uma Moção de Louvor ao Lions Clube de Ilhabela em comemoração ao centenário do Lions Internacional. O vereador Anísio Oliveira (DEM), autor da homenagem, fez a entrega da honraria aos membros da organização que está no município há 22 anos. Fundada em maio de 1995 a instituição conta hoje com mais de 30 associados em Ilhabela. Entre os serviços prestados pela entidade estão a doação de ambulância para a Prefeitura; doação de viatura para o Conseg; sugestão, formação e capacitação de Agentes de Saúde da Prefeitura; campanha + médicos para Ilhabela, com investimentos financeiros; formação do Corpo de Voluntários do Hospital Mário Covas e do Hospital de Clínicas de São Sebastião; apoio à Guarda Mirim – Projeto Pequeno Tobias; banco para doação e empréstimos de cadeiras de rodas, cadeiras de banho, andador, muletas e bengalas, entre outros. “Quando se faz um trabalho

voluntário, não se faz esperando reconhecimento, mas quando este vem é como um estímulo, um empurrão para que continuemos trabalhando nas trilhas vertiginosas desse mundo”, destacou o presidente do Lions em Ilhabela, o jornalista Fernando Siqueira. Lions Internacional O Lions Clube se tornou internacional em 12 de março de 1920, mas foi fundado em 1917 nos Estados Unidos, por Melvin Jones. Ao longo dos anos se espalhou, tornando-se a maior organização de clubes de serviços do mundo. Com aproximadamente 1,4 milhão de associados em mais de 46 mil clubes e presentes em mais de 212 países, os membros, denominados como ‘Companheiro Leão’ ou ‘Companheira Leão’ trabalham pela melhoria das comunidades em todo o mundo. A fundação e os Leões ajudam comunidades após catástrofes naturais, suprindo necessidades imediatas, como alimentos, água, roupas e medi-

camentos, bem como assistindo na reconstrução em longo prazo. A instituição atua no combate a cegueira oferecendo testes de visão, equipando hospitais e clínicas, distribuindo medicamentos e promovendo a conscientização sobre doenças oftalmológicas a fim de erradicar a cegueira. Trabalham também na preservação do meio ambiente; alimentação dos famintos; ajudam idosos e deficientes e prestam trabalho voluntário em diferentes tipos de projetos junto às comunidades. O Lions Club Internacional foi uma das primeiras organizações não governamentais convidadas a auxiliar na elaboração da Carta da ONU, integrando-a desde 1948. Em 2007 o Lions Clube Internacional foi escolhido a melhor ONG do mundo pela ONU, já em 2016 foi indicado para o prêmio Nobel da Paz de 2017.

ETERNO APRENDIZ

Reconhecimento, o que muitas vezes falta, em grande escala O Lions Clube de Ilhabela foi prestigiado e teve o seu trabalho voluntário reconhecido, na sessão da Câmara Municipal desta semana. Iniciativa do vereador Anísio de Oliveira demonstrou a gratidão do poder público aas ações que essa entidade realiza na cidade, e, em todo o mundo, por meio de Lions Internacional, na comemoração do centenário da maior prestadora de serviços, reconhecida pela Organização das Nações Unidas. Companheiros Leões compareceram à sessão e receberam a Moção de Louvor, com a votação unânime dos vereadores, representantes do povo, na atual gestão e na presente legislatura. Dentre os presentes pelo Lions Clube a madrinha física que expandiu os tentáculos de sua dedicação ao movimento leonístico, em 1995 e sentiu que em Ilhabela Lions Internacional poderia ter uma de suas células. Amélia Alle Chemin conhecia Ilhabela porque vinha frequentemente para a cidade, antes de transferir residência para o arquipélago, ao lado do marido – mergulhador nas horas vagas e empresário no cotidiano, Luiz Nicodemo Chemin – e encontrou recepção aos seus anseios, com

lideranças da cidade. Veio, viu, operou trabalho para semear e fazer germinar o voluntário labor intenso do então mais jovem Lions Clube do Distrito. Hoje, completados 22 anos de atividades sociais e benemerentes na cidade, prestando serviços, o Lions Clube respira e age, participando da vida da comunidade. Com o evento da entrega da Moção de Louvor os Companheiros Leões, agradecidos sentem-se estimulados para continuar a jornada voluntária, comemorando 100 anos de Lions Internacional, às vésperas do centenário de seu incansável Luiz, daqui a pouco mais de um mês. Essa tarefa voluntária exercida pelo Lions Clube movimenta Companheiros que se irmanam para fazer o bem, porque onde houver uma necessidade, presente se faz um Leão. Válida a iniciativa do Poder Legislativo, aprovando a moção de autoria do vereador vice-presidente, Anísio de Oliveira, e o Lions agradeceu o reconhecimento de seu trabalho insano na comunidade de Ilhabela. Afinal, reconhecer trabalho voluntário é incentivar a sua continuidade.

MOMENTO LIONS Na última terça feira (29/8) o Poder Legislativo de Ilhabela prestou significativa homenagem ao Lions Clube, com uma Moção de Louvor pelas realizações deste clube de serviços que honra e dignifica o voluntariado, com ações das mais diversas e que marcam profundamente no seio da população. Gesto digno do vereador vice-presidente da Câmara de Ilhabela, Anísio de Oliveira. Jovem ainda, já tem a felicidade de reconhecer o grande trabalho voluntário que o Lions Clube presta à sua cidade. Valeu, pois o reconhecimento é próprio dos grandes e é uma “injeção de ânimo” a quem olha o próximo de muito perto, como os Companheiros Leões. Nesta oportunidade de aniversário de Ilhabela, na comemoração dos 212 anos de emancipação político-administrativa, o Lions Clube se irmana a toda a comunidade, povo e autoridades, cumprimentando pelo trabalho construtivo que enriquece e marca o progresso do município. Essa união de esforços se consolida a cada minuto da vida ativa da comunidade, seja do pequeno trabalhador ou do grande empresário, do caiçara ou do que adotou Ilhabela para residir, viver e participar da transformação da antiga Vila em uma cidade progressista, respeitada, centro de convergência das atenções do mundo para a sua pujança, a grandeza edificada a muitas mãos. Orgulha-se o Lions Clube em fazer parte dessa história, há 22 anos, integrando-se em todos os sentidos de sua edificação. Continuaremos juntos, vivenciando a prestação de serviços e a benemerência, porque “Nós Servimos”!


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