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canalABERTO

Nº 539| Ano 11 | 28 de julho de 2017

Ilhabela | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Foto: Ronald Kraag

A sessão extraordinária da Câmara de Ilhabela, na terça feira (25) registrou convergência de público, em virtude do interesse pelo anunciado Projeto de Lei (já sancionado) da Reforma Administrativa. Trabalho de fôlego, em mais de três horas, com ampla manifestação de vereadores e aprovação por unanimidade Foto: Camila Migliorini

Desassossego importuna governo Esse desassossego a que nos referimos é a incerteza, a abstração, mais por aparentar-se contido diante da população que esperava algo mais, com planejamento divulgado e ação confirmatória do trabalho que poderia ter maior alcance. Mesmo que não se faça muito, mesmo que não se realize tanto para atender expectativas sempre crescentes do povo, os planos precisam sair da mesa de trabalho ou das gavetas e não podem ficar entre quatro paredes, como se ali estivessem sendo feitas apenas lições de casa e à casa fossem devidas, apenas a elas, as explicações. Editorial

Aconteceu ontem, no Centro de Cultura e Educação “Prefeito Roberto Fazzini”, na Praia Grande, importante evento tratando do Replanejamento da Educação. Mais de 300 educadores de Ilhabela estiveram presentes para ouvir a palestra do Prof. Dr. Celso Vasconcellos, abordando o tema Gestão de Sala de Aula

BNCC tem muitos dilemas

Castelhanos vibra com nova escola

Maratonas esportivas movimentam a Ilha

Futebol sub 15/17 no Sulamericano

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EDITORIAL

FORMADORES DE OPINIÃO

O desassossego do governo preocupa a população

A BNCC e seus dilemas

Ao abrir o livro de Fernando Pessoa para devorá-lo uma vez mais, lembrei-me do que se passa – sem medo de errar hei de dizer – na cabeça dos gestores da atual administração, principalmente na cabeça do prefeito Márcio Batista Tenório. Título da obra lançada em segunda edição, há exatos 13 anos: LIVRO DO DESASSOSSEGO. O título do livro nada tem a ver com administração pública, principalmente com o ato de prefeitar ou governar um município, uma cidade, mas se encaixa na observação que a maioria dos munícipes faz nesses sete meses de governo. Parece que estão todos do governo pisando em ovos. Mais que isso, alguns desses ovos já se quebraram, frescos, claras claríssimas, gemas amarelinhas, outros saíram da chocadeira, fora do tempo. Esse desassossego a que nos referimos é a incerteza, a abstração, mais por aparentar-se contido diante da população que esperava algo mais, com planejamento divulgado e ação confirmatória do trabalho que poderia ter maior alcance. Mesmo que não se faça muito, mesmo que não se realize tanto para atender expectativas sempre crescentes do povo, os planos precisam sair da mesa de trabalho ou das gavetas e não podem ficar entre quatro paredes, como se ali estivessem sendo feitas apenas lições de casa e à casa fossem devidas, apenas a elas, as explicações. Não, a casa (o gabinete, o paço municipal, o quadro gestor) que planejou e os mentores do governo assim que planejam devem expor o que está no papel, divulgar e se fazerem ouvir, para que seja recebido o que se desenvolve desde o embrião projetado até o que se começará a fazer. Não pode ser diferente, porque o povo imagina que o “pisar em ovos” pode estar favorecendo o ato de patinar, sem deixar o lugar comum, como se fosse o terreno arenoso, totalmente movediço. Já falamos neste espaço sobre propósitos do governo, já anunciamos que o programado e anunciado em palanque deve ser prioritário, mas não se pode ignorar que a esperança do povo foi alentadora para a manifestação de vontade do gestor público e a isso não pode empreender fuga o administrador porque fora ele o responsável pela semeadura da ideia que a maioria espera a germinação. Por causa do programa comentado, em virtude do paradoxo entre o conteúdo previsto e a forma, registrando-se a divergência, já se deparou com a primeira manifestação de incerteza oriunda da sociedade civil. Insurge-se essa mesma sociedade esperançosa contra o marasmo, o “bate cabeças” que se faz conhecer, com a ausência de diálogo entre secretários municipais, a dificuldade para serem recebidos pelo alcaide, o atraso nessa busca de solução para problemas de todos os tamanhos, origens e motivos. Esse estado de coi-

Fernando Antonio Braga de Siqueira - ME CNPJ: 16.930.164/0001-58 Registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de São Sebastião sob nº 5.909

ESCRITÓRIO CENTRAL, REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Olímpio Leite da Silva, 217 Perequê - Ilhabela - SP CEP 11630-000

Fone: (12) 9.9744-2383

sas é crescente e se sabe de sua existência intramuros desde o princípio do terceiro mês do ano, alongando-se, tomando vulto e extrapolando de tal forma a ganhar as ruas. A complexa agenda do gestor público não pode “furar”, a não ser em último caso, com importância irreprovável, para que não se sinta empurrado com a barriga o povo ou mesmo o seu representante, até mesmo servidores dos primeiro e segundo escalões da administração. É voz corrente que, de uns tempos a esta parte isso esteja acontecendo e que pode ser evitado, mesmo que haja desculpas coerentes e dotadas de bom senso. Quando se pensou que a sociedade civil tivesse o privilégio de ser ouvida e pudesse participar, ela própria fez a primeira investida formal contra a atuação do governo. Importante que tenha sido ela, porque sem dúvida, integrantes do quadro gestor além de terem um bom diálogo entre si, sempre foram avalistas desse trabalho eficiente que ela exerce, face aos parâmetros que a sociedade reclama, sugere ou reivindica. Tivessem sido outros poder-se-ia dizer que eram cartas marcadas, os fatos seriam políticos ou fomentados por opositores. Compreendida por muitos, incompreendida por alguns, a manifestação da sociedade civil, através do Instituto Ilhabela Sustentável foi criticada a ponto de se ouvir que “a lua de mel terminou” e que a crítica se deu porque um candidato hipoteticamente apoiado pela entidade não havia sido eleito. Houve excesso e é uma inverdade, porque ao ver da maioria é clara a isenção já demonstrada, até porque, sempre houve um diálogo aberto e franco de membros do atual governo com o Instituto, há onze anos operando de forma consciente e participativa na vida da cidade. Pacientes haveremos de esperar que o desassossego que invadiu e toma conta do executivo municipal seja passageiro, para que o amplo entendimento de governo e sociedade se faça presente nos três anos e cinco meses restantes. Foi uma cutucada e tanto, até inesperada, mas trata-se de um posicionamento que exige coragem para ser feito. O ato representou a tomada de posição bem pensada e que deve ser recebida e encarada politicamente como um marco, uma ação que merece reação, com resposta breve e cortês, com mais trabalho, sobretudo com eficiência responsável porque deseja um porvir diferente e produtivo desse preâmbulo de gestão marcado pela incerteza, pelo marasmo, pelo caminhar pisando em ovos. Tivemos muito circo, faltou o pão, e está faltando, ainda, constância no trabalho. Não se pode esquecer que só os amigos, os mais chegados é que dizem as verdades. Os outros dão tapinhas nas costas, mentem, bajulam, adulam e querem levar vantagens. Confia-se no trabalho, mas espera-se resultados.

DIREÇÃO GERAL Fernando Siqueira - MTB 10.428 redacao@jornalcanalaberto.com.br COMERCIAL comercial@jornalcanalaberto.com.br DESENVOLVIMENTO Guilherme Siqueira | Projeto Gráfico arte@jornalcanalaberto.com.br

Fernando Alves Me. Ciência Política FFLCH O ensino médio brasileiro, no andamento de sua história, tem sido frequentemente entendido como um espaço indefinido, ainda em busca de sua própria identidade. Entretanto, observando-se as colocações que lhe foram atribuídas nos últimos tempos, não há imprecisão a respeito do caráter secundário a ele associado. Organizado nos moldes seminário-escola dos jesuítas, o ensino médio no Brasil é um lugar para poucos, cujo principal objetivo é preparar a elite local para os exames de ingresso aos cursos superiores, com um currículo centrado na produtividade exitosa dos aprovados nos vestibulares. Então, o que seria essa tal Base Nacional Comum Curricular? O educador e sociólogo Michael Apple sintetizou a questão dos currículos escolares de uma forma objetiva, assim: “Não é apenas um conjunto neutro de conhecimentos que, de algum modo parece nos textos e nas salas de aulas de uma nação; é sempre parte de uma tradição seletiva, da seleção de alguém, da visão de algum grupo do conhecimento legítimo. O currículo é produto das tensões, conflitos e compromissos culturais, políticos e econômicos que organizam e desorganizam um povo, a decisão de definir o conhecimento de determinados grupos como o mais legítimo, como conhecimento oficial, enquanto o conhecimento de outros grupos raramente consegue ver a luz do dia, revela algo de ex-

trema importância sobre quem tem o poder na sociedade”. Mediante tal reflexão, surgiram dúvidas. Por que um currículo nacional? Quais conhecimentos seriam necessários para minimizar as desigualdades e em que condições objetivas, do ponto de vista estrutural e pedagógico isso ocorreria? Qual projeto educacional está em pauta e para qual projeto societário? Quais fatores, contextos e grupos de interesse estão influenciando a formulação dessa política? Quais as relações entre o currículo e as avaliações em larga escala? Quais as implicações de um currículo único para a formação e para o trabalho docente? Embora se adote seriedade e a necessidade de diretrizes curriculares nacionais como as existentes, necessitando de aprofundamentos, a atual sugestão de base nacional comum, identificada como um currículo único, mesmo que este não seja o nome oficial, poderá acarretar conseqüências ainda mais danosas para a educação nacional. Espera-se que as reflexões e as discussões cheguem até os professores, avancem para outros espaços e que se possa resistir à despolitização e à pretensa neutralidade da educação a partir das contribuições dos teóricos do campo do currículo, das ações empreendidas pelas entidades acadêmicas e cientificas, universidades, escolas, sindicatos, associações de pais, conselhos de educação, reconquistando a capacidade social da mobilização em torno de uma questão que impacta a vida de todos.

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TIRAGEM 2.000 exemplares PERIODICIDADE Semanal

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NA PONTA

DO LÁPIS

Batendo cabeças

No bate-bate de cabeças de alguns membros do executivo ilhéu, no episódio da reforma administrativa o que se viu foi uma enxurrada de desacordos, desencontros e desconhecimentos. Ao que parece estão deixando para a undécima hora muitas das coisas da atual gestão. Isso não é bom.

Dança partidária

Partidos políticos estão trocando os seus comandos. PT do B, já mudou; DEM está estudando a alteração - o seu presidente (Simões) mudou-se para a terra natal – Jequié – BA e novas articulações estão surgindo. PTC de cara nova – agora é PODEMOS – tem gente nova (e diferente) no comando. Pode ser que, a partir de agosto, atendendo a legislação, haja mais novidades. O que não pode é deixar o PCC tomar conta de partidos, como já acontece em alguns municípios.

Novo operador

Não é cirurgião, mas sim operador do serviço de travessias por balsa, do Canal de São Sebastião. Trata-se de Glauco de Carvalho que tem sido visto nas balsas, coordenando o trabalho. Apesar dos esforços dos operadores, tem alguns inexperientes que precisam conhecer um pouco as regras do trabalho, para poder desempenhar bem as funções. Isso estava faltando, há muito.

Batendo forte (1)

“Abrantes” pode não ser tão calmo quanto parece, mas está assimilando os fatos que a gestão de Márcio Tenório dá a conhecer. Com a carruagem andando fora da trilha, “cavalos galopando cada qual por

um lado”, o que se vê é uma série de desentendimentos mostrando a cara.

Batendo (2)

Vai daí que, o Instituto Ilhabela Sustentável – que o secretário de Governo Osvaldo Julião conhece melhor do que nós – já deu o primeiro toque para dizer que tudo continua como no governo anterior. Com a manifestação do IIS teve gente que argumentou dizendo estar pior a emenda que o soneto.

Batendo (3)

Ao que tudo indica tem gente sobrando, pouco fazendo, planejando nada, mas a verdade é que em algumas secretarias faltam pessoas capacitadas, dispostas a vestir a camisa ou todo o uniforme de um governo que está apenas tateando, longe do norte que determina o caminho certo. É hora do “pit stop” para lubrificar a engrenagem, alimentar os puxadores da carruagem e trocar rédeas.

Querem seu cargo!

Nem bem voltou ao cargo, depois de um problema de saúde, o secretário Paulo Cezar Mathias já ouviu alguém alertá-lo que tem gente querendo o seu cargo, na pasta de Serviços Municipais. Só que não lhe disseram corretamente, porque o cargo foi prometido. Sabem pra quem? Ah, claro que ele sabe, pois embora introspectivo e observador é inteligente como poucos. Nada diz, prefere calar-se, pois trabalha em equipe.

Querem?

Na nota anterior exclamamos. Agora, interrogamos (Querem?) Querem não. É ele quem quer e insiste. Talvez porque há mais visibilidade

na Secretaria do Paulão, não é mesmo? Como onde está só depende dele, na Secretaria de Serviços Municipais dependerá de outros. Os outros farão e será diferente de agora. Não dissemos o nome, mas Paulão sabe. Preferível não dizer, por enquanto. “Cala-te boca”!

Ocupação desordenada (1)

Quem viu os morros há seis meses e se depara com eles agora, notará a diferença. A ocupação de terras está desgovernada. Zabumba tem sido um dos mais atacados, mas lá pelos lados da Estrada de Castelhanos o mesmo está ocorrendo. Está faltando fiscalização. De novo.

Ocupação (2)

Mesmo que haja, está falhando. E, mesmo que esteja ocorrendo demolição (parece que uma, em seis meses) há necessidade de acontecerem outras, porque o abuso é demasiado e há grileiros mal intencionados vendendo terrenos, assim como há compradores também mal informados.

Monitoramento (1)

Para quem não sabe o monitoramento por câmeras ajuda a solucionar muitas questões, principalmente na área de segurança. Em Ilhabela, apesar de gastos abusivos com a aquisição de câmeras, nem sempre aconteceu o monitoramento necessário para prevenir.

Monitoramento (2)

Quem quiser aprender o que é um sistema definido, com alta resolução, dos mais perfeitos do Brasil poderá dirigir-se à cidade de Praia Grande, na Baixada Santista. Lá é ope-

rado um dos mais completos do país e que recebe visitas de muitas cidades do país.

Monitoramento (3)

Esta semana estiveram na cidade de Praia Grande, conhecendo o CICOE (Centro Integrado de Comando e Operações Especiais), sistema de monitoramento por câmeras daquela cidade, vereadores e gestores do executivo de Londrina, no norte do Paraná. Que tal investir nisso? Fica a sugestão extensiva aos membros do CONSEG. Contato (13) 3496-2010/ 2186/2195.

Reforma (1)

A reforma administrativa passou pela Câmara de Ilhabela, cumprindo exigência legal. Foi em sessão extraordinária convocada para as 20 horas de terça feira e, de casa cheia os vereadores aprovaram o Projeto de Lei tão aguardado.

Reforma (2)

Semana decisiva esta, pois o Ministério Público está de olho na novíssima lei municipal da tal reforma que poderia ter sido resolvida há muitas luas. Afinal, a semana é decisiva porque são aguardadas decisões judiciais em processos eleitorais envolvendo coligações lideradas pelo PMDB (Márcio Tenório), prefeito eleito e PPS (Lídia Sarmento de Lima), candidata da situação.

Reforma (3)

Parece que tem gente sem dormir há muitas noites, esperando o pior e isso acontece porque cada qual sabe o que fez no decorrer da campanha eleitoral de 2016, principalmente na reta de chegada. Tudo deverá ser conhecido nos próximos dias, justamente porque o Juiz Eleitoral entrará em férias.

Reforma (4)

Para a análise do Projeto de Lei foram investidas muitas horas, tanto da assessoria do Executivo quanto dos vereadores, com seguidas reuniões, havendo até quem tenha ido a São Paulo para consultar advogados a respeito das exigências do Ministério Público e das responsabilidades em caso de aprovação.

Reforma (5)

Voltando ao projeto da Reforma Administrativa, o que se pode ver (e ouvir), durante a sessão extraordinária foi o fôlego demonstrado pela Assessora Especial da mesa da Câmara, Dra. Ivone, com quase três horas de seguida leitura, em mais de 65 folhas da matéria. Realmente, haja fôlego!

Discrepância (1)

Enquanto em Ilhabela a exigência do Ministério Público, através da Procuradoria Geral do Estado - autora da Ação Direta de Inconstitucionalidade - cobrava reforma diferenciada, sem Secretários Adjuntos e outros cargos, em municípios vizinhos adotava-se a criação de cargos semelhantes. Pesos diferentes para o mesmo caso, sem dúvida.

Discrepância (2)

Enfim, pelo que se sabe, se ouve e se lê, o Ministério Público – em todo o país – é um dos órgãos oficiais que mais tem servidores em cargos de comissão. E, ainda, por falta de funcionários, o Poder Judiciário só faz andar os processos porque tem a colaboração dos municípios, com a cessão de pessoal.


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EDUCAÇÃO

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FOTO: CAMILA MIGLIORINI

Prefeitura de Ilhabela faz entrega oficial das melhorias da Escola de Castelhanos

A Secretaria de Obras aproveitou as férias da Rede Municipal de Educação para implantar melhorias na escola da Comunidade Tradicional A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Educação, entregou na tarde de terça-feira, 25, para a comunidade da Baía de Castelhanos, as melhorias realizadas na E.M. Castelhanos (canto da lagoa). A unidade atende cerca de 60 alunos matriculados nos ensinos fundamental I e II e ensino médio, em três períodos: manhã, tarde e noite. Com o aumento de matriculados, a escola necessitava de modificações e melhorias para acomodar os estudantes,

professores e funcionários. “Esbarramos em uma série de burocracias para a construção da nova escola, do posto de saúde e da quadra poliesportiva, por isso, precisávamos de ação rápida para dar conforto aos discentes e deixá-los em um ambiente estruturado para a aprendizagem”, declarou o prefeito Márcio Tenório, representado no ato oficial da entrega pelo secretário de governo, Osvaldo Julião. A modificação do prédio começou com a construção de um deck, acima da

área encharcada do terreno; a parede entre a sala de aula e do dormitório para professores foi derrubada, virando uma sala de aula ampla e arejada; a cozinha possui agora um fogão industrial, nova pia e armários de aço inox - para o armazenamento da merenda escolar; o telhado também ampliado; o banheiro foi dividido em dois lavabos (masculino e feminino) e o espaço ganhou nova pintura. Para abrigar os professores, foram alugadas duas suítes. “Agora, todos poderão desfru-

tar de um espaço adequado para o aprendizado. Nós, da Secretaria de Educação, nos preocupamos não só com o ensino de qualidade ou com a merenda, mas com o local, que deve ser digno e com conforto para as escolas, tanto da zona urbana como nas comunidades tradicionais. O momento é de alegria, uma conquista de toda a comunidade da Baía de Castelhanos que almeja a construção de uma sede escolar própria”, disse Stella Salinas, secretária de educação.

ESPORTE

A cerimônia da entrega das melhorias foi acompanhada por toda a comunidade local, pelo presidente da Associação de Moradores, Irineu de Sousa Lucio, os secretários, Osvaldo Julião (Governo), Luiz Lobo (Administração), Mauro de Oliveira (Meio Ambiente), Paulo César Mathias (Serviços Municipais), Marco Antônio Gênova (Saúde), José Roberto de Jesus (Esporte) e Ricardo Fazzini (Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo); professores, funcionários e alunos. FOTO: PMI

Vem aí a 2ª Etapa do Circuito Litoral de Maratonas Aquáticas e Corrida Pedestre tecer às 8h. Na sequência, às 9h, acontecem as maratonas aquáticas de 2,5km e 5km. Já a largada da corrida de 5km e 10km está marcada para as 10h30. Os interessados devem realizar a inscrição até a próxima quarta-feira, 26, através do site oficial da prova (www.circuitolitoral.com.br). A entrega dos kits acontece no sábado, 29, das 14h às 21h, na Loja Centauro, localizada no Shopping Serramar, em Caraguatatuba – SP. Ao final das demais etapas haverá cerimônia de premiação que coroará os três primeiros colocados de cada categoria (dividas por idade). Todos

A tradicional competição polariza a atenção de atletas que participarão do evento A praia do Perequê, em Ilhabela, será palco da 2ª Etapa do Circuito Litoral de Maratonas Aquáticas e Corrida Pedestre, que acontece no dia 30 deste mês. O evento percorre as cidades do Litoral Norte de

São Paulo proporcionando aos participantes cenários paradisíacos. Para a prova de Ilhabela são esperados cerca de 200 atletas de todo o estado que devem agitar o arquipélago

com percursos de 5km e 10km para os corredores e 1km, 2,5km e 5km para os nadadores. A primeira prova será a natatória com percurso de 1km, que está prevista para acon-

os atletas que completarem as suas respectivas provas receberão medalha de participação. A 2ª Etapa do Circuito Litoral de Maratonas Aquáticas e Corrida Pedestre tem apoio da Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO: Domingo – 30/07 8h – Largada da maratona aquática de 1km 9h – Largada da maratona aquática de 2,5km 9h – Largada da maratona aquática de 5km 10h30 – Largada da corrida pedestre de 5km e 10km


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SOCIAL | DESTAQUES

Fotos: Ronald Kraag

Foto: Alessandro Lopes

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1 - Theo Uberreich (com a esposa Cleo) aniversariou esta semana e recebeu a visita de amigos. Fez uma pausa na recepção para o clique do amigo e nadador, Alessandro Lopes - 2 - Embora mais amplo, o espaço para o público, na Câmara de Ilhabela esteve lotado na terça feira à noite, dado o interesse para discussão e votação do Projeto de Lei da Reforma Administrativa - 3 - Exposição das artistas Rosa de Oliveira e Rose de Andrade, na Fundaci está muito concorrida. O espelho quadrado “Sol” desperta muita atenção, cuja beleza se pode confirmar - 4 - Nadadores Leonardo Radi e Ariadne Rodrigues visitaram a Câmara Municipal e foram recebidos pela presidente Nanci Peres Zanato - 5 - Prof. Dr. Celso Vasconcellos (USP) fez importante palestra abordando Gestão em Sala de Aula, aos professores da rede municipal de Educação de Ilhabela, ontem, no Centro de Educação e Cultura da Praia Grande, prestigiado por autoridades e professores - 6 - Jorge Beraldo (arquiteto) e esposa Raquel receberam a visita de Ronald Kraag, uma das mais tradicionais amizades do fotógrafo, na cidade. Bons papos sempre renovados - 7 e 8 - A posse da nova diretoria do Rotary Club de Ilhabela foi muito concorrida. Genaro Gonçalves segue ao comando da entidade que teve Paulo Stanich Neto, na gestão 2016 – 2017. Sucesso e exemplos para a comunidade.

RESENHA ESPÍRITA

Triste Surpresa – Meu Pai Sérgio Carneiro Desculpar-nos para justificar todas as falhas de caráter de nossos amados e ao pensarmos sobre eles no outro lado da vida preferimos imagina-los felizes realizando-se, dependendo daquilo que acreditamos para após a vida. Ao chegar lá ultrapassado pequeno período de refazimento procurei o meu pai, pessoa que idolatrava quando estava aqui. Foi uma enorme surpresa. Entre marchas e contramarchas, obtive autorização para visita-lo. Numa instituição, deparei com um homem enlouquecido, mantido em um isolamento. Além de irreconhecível, não reconhecia ninguém. O diretor da instituição, alertou-me que estava assim há mais de 8 anos. Ao se perceber morto entrou em choque e as lembranças de sua vida de comerciante inescrupuloso, chegado ao sexo desordenado e promiscuo, traidor e calunioso, pirou. Tudo isso tomou conta de sua mente. Ali

estava em tratamento que incluía medicamentos e terapia ocupacional, com resultados muito lentos. Só com os anos poderia adquirir condições de reencarnar num recomeço impactante para conseguir o alivio necessário. Todo seu patrimônio de conquistas no campo dos sentimentos tinha sido desbaratado com os excessos de práticas de vida, sem esquecer o grande número de inimigos, cuja maioria tinha seguido em frente, porém um pequeno grupo rondava a instituição na esperança de aprisiona-lo para projetos de vingança. Reuni forças e em uma prece a Deus implorando por aquele pobre homem, Vi duas lágrimas rolando de seus olhos como se tivesse me reconhecido. Foram passos do seu reequilíbrio. Do Livro dos Espíritos. – Disponível na Biblioteca Pública e Internet. Sérgio Carneiro rsergio39@yahoo.com.br


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AQUI | MULHER

Mulher sempre conquista “na raça”, não numa boa Fernando Siqueira

A mulher está cansada de ser agredida, hoje mais fisicamente do que psicologicamente, como era antigamente. Impedida (ou seria proibida o termo certo?) de sair de casa, noutros tempos, pelo pai inicialmente, pelo marido depois, ela foi à luta, até que conseguiu sair para trabalhar fora e então passou a cumprir mais de uma jornada, haja vista chegar a casa e dela cuidar com muita atenção, para suprir a ausência. Os programas policiais televisivos mostram todos os dias, em horários diversos, mulheres sendo agredidas e, depois de muito reivindicar, passaram a ter uma atenção diferenciada em algumas Delegacias de Polícia, com sala especial, mulher investigadora, mulher escrivã, mulher delegada. Medidas protetivas determinadas pela Justiça acontecem, mas não há como fiscalizar da forma que deveria ser e justamente por isso voltam a ser agredidas no curso da dita proteção, quase sempre se tornando vítimas fatais. Quando reagem às agressões acabam se tornando mais depressa alvos inerentes ao fato. Semana passada, uma mulher paraibana, na cidade de Caraguatatuba teve a sua bolsa surrupiada por trombadinha (ainda existe!), num calçadão famoso da cidade – a Rua Santa Cruz, na região central -. Não pensou

duas vezes e saiu na cola do gatuno, alcançando-o, pegando-o, deu-lhe uma sova, derrubou-o e pediu que a Polícia fosse chamada. Flagrante concreto. Nas mãos de uma mulher o delinqüente encontrou a resistência de uma “paraibana arretada”, como noticiado. São poucas as que têm a coragem e a oportunidade de reagir dessa forma, aliás, é um perigo, mas dessa vez aconteceu. Pode ser que haja reação futura, premeditada, haja vista ter sido solto de imediato o bandido. Uma coisa é certa dizem analistas de fatos como o presente: por melhor que tenha sido a solução de momento, a mulher sempre sai perdendo, porque ela ficou marcada pelo trombadinha que poderá voltar. Há mais casos, como do assédio sexual, do assédio moral, das palavras proferidas de forma insinuante por homens mal formados, mas sempre elas devem responder a altura, não apenas para se resguardar e guardar ou impor respeito, principalmente para dar mostras da seriedade e da distância que o respeito exige. Pode ser que você leitora saiba de tudo isso e não tenha a coragem de reagir, mas deve fazê-lo sempre para demonstrar que o direito do outro termina onde começa o seu. Sempre, em qualquer lugar, situação ou condição.


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ESPORTE

FOTO: PMI

Sub 15 e 17 de futebol de Ilhabela se destacam em Campeonato Sulamericano

As Seleções de Ilhabela Sub 13, Sub 15 e Sub 17 disputaram na cidade de Sarapuí, interior de São Paulo, do dia 15 ao dia 21 de julho, a 1ª Edição da Copa Internacional da Paz. O evento reuniu atletas de times do Brasil, Bolívia e Uruguai, e contou com olheiros de diversos clubes conceituados do Brasil. Apresentando um elevado nível técnico, a equipe Sub 15 de Ilhabela disputou a grande final do Campeonato contra o time Colo Colo, de Minas Gerais.

A partida foi marcada por muita disputa, com a equipe ilhéu trazendo a prata para casa. Já o time Sub 17 entrou em campo valendo o bronze contra a equipe União de Mogi das Cruzes, e após uma emocionante partida encerrada nos pênaltis, os atletas ilhabelenses levaram a melhor, conquistando o terceiro lugar na categoria. As equipes foram acompanhadas pelos treinadores Leonardo Pimentel e Luiz Carlos, e também pelos auxiliares e coor-

denadores Rodolfo Barci, Nelson Neto e Marcos Alexandre. “Agradecemos Prefeitura de Ilhabela por acreditar em nosso trabalho. Ilhabela está mostrando que em nossa cidade o esporte é tratado com muita seriedade”, salientou o técnico Leonardo Pimentel. Para o chefe de apoio ao futebol, Marcos Alexandre, os jogadores adquiriram uma notável bagagem “É uma grande oportunidade de os atletas das nossas escolinhas vivenciarem uma copa de nível Sul-Americano para que possam adquirir experiência. A Prefeitura está de parabéns, visto que iniciamos os trabalhos com a nova equipe de professores há quatro meses”. Na cerimônia da premiação, além dos times receberem a prata e o bronze, os jogadores Alisson Romão e Wesley Santos, ambos do Sub 15, receberam os títulos de artilheiros da competição.

MOMENTO LIONS Composto e empossado o Gabinete do Governador do Distrito LC5 “PIP Augustin Soliva”, para a gestão 2017 – 2018, CL Luiz Carlos Paiva (CaL Marli), é hora de trabalhar. Em épocas mais difíceis do que nos dias atuais o Distrito sempre trabalhou, produziu e realizou, não será agora que haverá esmorecimento, principalmente porque o voluntariado é algo que envolve a muitos e não é uma coisa de gente santa, tampouco para quem quer mudar o mundo ou ser visto, mas sim para quem quer mudar a si mesmo, com disposição de aprender por meio de contatos com outros novos mundos. É excelente ferramenta de empatia onde o aprendiz ensina mais do que o professor. Voluntariado é um ato que faz transbordar o aprendizado, a gratidão, as dores e desafios inimagináveis, porque vê na história do outro as bênçãos da própria vida. Onde existe voluntário (e nos Lions Clubes é o que não falta) há mistura de cores, de classes, de crenças, de história de vida e o alimento que flui e alimenta cada um é o que se pode assimilar de quem está sendo servido por aquele ato desinteressado; é doação, é um ato de amor. Agindo como voluntário o CL ou a CaL encontra um olhar de profunda gratidão, tão simples que desconstrói quem ele acha que é e faz renascer quem realmente queremos (e precisamos) ser, neste mundo. Pensemos nisso nos momentos de dificuldades de nossos clubes e continuemos a caminhada do voluntário, com humildade e resignação, servindo. Começo de gestão, planos e ações, união, respeito e tolerância, ânimo para enfrentar barreiras, romper avante, porque “Nós servimos”!

Monica C.A.Cuono Psicóloga

(12) 3896-1710 Santa Casa de

Misericórdia de Ilhabela

ETERNO APRENDIZ

As razões do trabalho, hoje e sempre Há muitos anos, numa pequena estrada vicinal do interior paulista o pai caminhava com o filho quando passou diante deles uma raposa correndo atrás de uma lebre. O filho desconhecia a raposa, mas sabia que a lebre tinha certa aparência de coelho. Ao ouvir o filho fazer essa observação, o pai lhe disse que uma fábula antiga que havia lido certa ocasião dizia que a lebre escapará das garras da raposa. ___Mas a raposa é muito mais rápida que a tal da lebre, papai, - afirmou o garoto. ___Filho, a lebre é muito astuta e vai enganar a raposa, pode acreditar. ___Por que o senhor tem tanta certeza, papai? – indagou o garoto. ___Porque a raposa corre sempre pela sua refeição e a lebre corre para salvar a sua vida. Trocaram outras perguntas e respostas até que o pai viu bem no alto de um monte, a lebre, cansada, porém, com vida e a raposa tinha cansado muito antes e mostrou ao filho, dizendo: ___Filho, correndo em ziguezague como a lebre faz sempre, ela deixa

a raposa com uma estafa danada e por ser que ela tenha desistido. Esta história faz-nos lembrar o que acontece em algumas empresas, em termos de comprometimento de pessoas, principalmente dos colaboradores. Há uma boa parte deles que agem como a raposa, correndo atrás de salários como se a remuneração pelo trabalho fosse o objetivo principal ou único a ser alcançado. Outros, entretanto, têm objetivos mais nobres e enxergam alguma coisa maior no trabalho. Sabem que têm algo a desenvolver e construir e não se cansam facilmente. Mesmo diante de obstáculos e situações adversas, vão adiante, usando a criatividade para superar e vencer as barreiras. Faça o possível para contar em sua empresa com funcionários comprometidos com o seu projeto e não pessoas que apenas trocam o trabalho pelo salário. Será difícil, mas não impossível. Há muitos que agem como a lebre e investem no amanhã e na própria vida. Quem tem apenas o interesse financeiro no (e com o) trabalho poderá acabar desistindo, como a raposa.


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