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canalABERTO

Nº 536| Ano 11 | 07 de julho de 2017

Ilhabela | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Fotos: Ronald Kraag

Ilhabela viveu, a VI Conferência Municipal de Assistência Social, projetando o futuro de uma das mais importantes pastas governamentais. A exposição do artesanato, as matérias discutidas e a escolha de delegados foram acompanhadas pela vice-prefeita Gracinha, a Secretária Nilce Signorini e Chico Góes, presidente do Conselho

Alerta geral para o governo Se conselho fosse bom de verdade, seria vendido e não dado, de mão beijada, principalmente para o titular do Poder Executivo de um município próspero como Ilhabela. Pretendíamos não fazer isso, mas não podemos nos omitir. Temos visto todos os dias, e isso tem sido uma constante, servidores municipais, em horário de trabalho, fazendo compras nas imediações do Paço Municipal, como se estivessem ali a passeio, assim como, mesmo nos setores de sua jornada, ao celular, o que em qualquer repartição pública ou público-privada, é temerário, prejudicial ao labor constante e eficiente, sobretudo proibido. Editorial

A arte de rua e o Poder Público Pág. 2

JCA entrevista Harry Finger Pág. 5

Hoje, emoção. Amanhã será diferente? Pág. 7

VI Conferência Social, um sucesso! Com a presença dos Padres Mateus e Alessandro, abençoando os fiéis presentes na Procissão Náutica de São Pedro - o Pescador - os pescadores embarcados agradeceram e solidificaram as orações, marcando a importante tradição revivida a cada ano, em Ilhabela. Foram momentos de muitas emoções. Beleza pura

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FORMADORES DE OPINIÃO

EDITORIAL

Alerta geral para o governo, A arte de rua e as na metade do primeiro ano

Se conselho fosse bom de verdade, seria vendido e não dado, de mão beijada, principalmente para o titular do Poder Executivo de um município próspero como Ilhabela. Pretendíamos não fazer isso, mas não podemos nos omitir. Temos visto todos os dias, e isso tem sido uma constante, servidores municipais, em horário de trabalho, fazendo compras nas imediações do Paço Municipal, como se estivessem ali a passeio, assim como, mesmo nos setores de sua jornada, ao celular, o que em qualquer repartição pública ou público-privada, é temerário, prejudicial ao labor constante e eficiente, sobretudo proibido. Desse mal padecem os garis, despreocupados com a varrição das ruas do Perequê – principalmente mulheres – que param para falar ao celular, para dar umas baforadas seguidas na “chupeta do diabo”, o seu inseparável cigarrinho. Já pensaram se a moda pega em estabelecimentos bancários, hospitais, Postos de Saúde, com os seus colaboradores fazendo freqüentes pausas no atendimento ao público para falar ao celular, para fumar? Padecem, outros, também. É só dar uma passada pela garagem e ver o que tem de gente não sabendo o que fazer. O crescente número de servidores contratados pela entidade Santa Casa de Misericórdia (aumento de 15 a 20% de janeiro até esta data), mas distribuídos em outros setores da administração podem demonstrar que há um inchaço no quadro de servidores e isso bem que poderia ser visto de perto pelo Sindicato da classe, porque pode prejudicar inclusive os efetivos que foram contratados, aprovados por concurso público. Antes de terminar o expediente, pode-se testemunhar a presença de servidores, também, fazendo compras em estabelecimentos comerciais da região da sede do governo. Talvez seja o horário do lanche ou o chazinho vespertino. Nada contra, mas o cidadão/contribuinte está de olhos bem abertos e tem sugerido uma fiscalização maior por parte da Secretaria de Administração, entre outras, talvez muito preocupada com outros afazeres que não o de controle de pessoal. Há, contudo, setores bem eficientes, cumpridores de deveres funcionais que têm produzido de forma coerente e fazem jus ao que se espera de um servidor exemplar. Apenas para exemplificar o que vimos, há necessidade premente de uma capacitação para os servidores que cuidam da recepção nas Unidades Básicas de Saúde, onde falhas gritantes têm sido registradas. Informações

Fernando Antonio Braga de Siqueira - ME CNPJ: 16.930.164/0001-58 Registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de São Sebastião sob nº 5.909

ESCRITÓRIO CENTRAL, REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Olímpio Leite da Silva, 217 Perequê - Ilhabela - SP CEP 11630-000

Fone: (12) 9.9744-2383

distorcidas, equivocadas, mal dirigidas ao cidadão/contribuinte, a ponto de haver alguns desses colaboradores que atendem de forma incoerente, dirigindo-se a quem está do lado de fora do balcão de forma muito coloquial, ou mesmo sem “olhar na cara” da pessoa que espera, principalmente por estar num estabelecimento de saúde, um atendimento que não seja constrangedor. Quem vai a um Posto de Saúde não está a passeio; vai em busca de conforto e bem estar, porque precisa e espera um atendimento que seja salutar, eficiente e nada comprometedor, não merecendo nenhum ato que o faça sentir-se diminuído, principalmente porque já está fragilizado, em virtude de saúde própria ou de terceiros, parentes ou amigos. No Centro de Referência Animal, dia desses, apenas a título de exemplo, testemunhamos a recepcionista interrompendo o atendimento a um cidadão que pretendia ser informado sobre alguns assuntos pendentes, para dar preferência a uma pessoa (não idosa ou deficiente) de seu rol de amizade. Isso não pode e não deve acontecer. E ela ainda disse assim: “ela quer uma informação rapidinha, por isso interrompi o atendimento ao senhor”. Inexistiu para quem age dessa forma a capacitação necessária para estar naquele posto. Há outros mais, é só prestar atenção, pesquisar, porque as reclamações são inúmeras, crescentes e em apenas seis meses e alguns dias de governo. O que nos faz adotar essas referências para o Chefe do Executivo é o comprometimento dele para com a população. A certeza de que ele próprio desconhece tudo isso é induvidosa, principalmente porque está sempre alerta, mas deve estar escapando de seu controle, por negligência ou inoperância de seus auxiliares diretos, principalmente alguns do primeiro escalão que deixam “correr solto” o funcionamento dos setores a eles subordinados. A série de falhas do setor de varejo da gestão pública sempre prejudicou o atacado de qualquer empresa, principalmente da área pública. Então senhor prefeito, pelo andar da carruagem, nota-se que há falhas na engrenagem do governo e que devem ser corrigidas para não crescerem e se tornarem prejudiciais ao conteúdo da gestão. A forma – mal formada – sem critérios e desprovida de comprometimento com o governo poderá ser a pedra no sapato que vai ferir os pés. A continuar assim, sem correções, não conseguirá o alcaide sequer pisar em ovos ou felpudos tapetes, quanto mais no piso frio e duro de seu gabinete.

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ofensivas do Poder Público

Fernando Alves Me. Ciência Política FFLCH Recentemente a Câmara Municipal de São José dos Campos aprovou o PL 215/17 do Executivo que coloca regras para as atividades artísticas, culturais e afins, como de malabaristas e acrobatas nos semáforos da cidade, fato este que expôs como a cidade é provinciana e o bojo higienista desse projeto de lei. No decorrer dos séculos, as tradições dos artistas de ruas foram se modificando estética e estruturalmente, mesclando-se cada vez mais as mudanças sociais, fator que entusiasmou a estrutura da arte de rua, o cenário da arte urbana está em evidência, nas ruas ou fora delas, essa vertente contemporânea prova um momento singular: nunca houve tantos artistas talentosos, público crescente, colecionadores, mídia disposta a dar visibilidade, pesquisadores no entorno, publicidade interessada nos traços e na linguagem estética, museus e exposições legitimando o valor das obras, entretanto, neste atual momento constatamos a repressão do Poder Público para com essas manifestações artísticas. Robert Park (1967) atentava, no início do século XX, para as implicações sociais de práticas de lazer, desporti-

vas e artísticas relativas à vida das populações trabalhadoras das cidades, inserindo-as na perspectiva do, segundo Park: “A verdade parece ser que os homens são trazidos ao mundo com todas as paixões, instintos e apetites, incontrolados e indisciplinados. A civilização, no interesse do bem-estar comum, requer algumas vezes a repressão, e sempre o controle dessas imposições naturais. No processo de impor sua disciplina ao indivíduo, de refazer o indivíduo de acordo com o modelo comunitário aceito, grande parte é completamente reprimida, e uma parte maior encontra uma expressão substituta nas formas socialmente valorizadas ou pelo menos inócuas. Nesse ponto é que funcionam o esporte, a diversão e a arte. Permitem ao indivíduo se purgar desses impulsos selvagens e reprimidos por meio de expressões simbólicas”. O fenômeno da arte de rua deve ser preservado, principalmente no tocante às suas especificidades e modalidades próprias aos diferentes locais onde se desenvolve, para isso, devem ser levadas em consideração os principais desdobramentos sociais e espaciais dessas atividades no Brasil e do seu conjunto específico de alegorias, traçando assim à constituição dos “ambientes construídos das grandes cidades”.

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TIRAGEM 2.000 exemplares PERIODICIDADE Semanal

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NA PONTA

DO LÁPIS

Dersa, de novo (1)

Outra vez Dersa volta a ser notícia, agora com aumento de tarifas para a travessia. Para atravessar com carros: R$ 18,50; motos, R$ 9,20. Isso nos dias úteis. Aos sábados os valores subirão: carros, R$ 27,70 e motos, 13,80.

Dersa (2)

O interessante é que o Dersa informa que o valor normal é de sábados, domingos e feriados e que nos demais dias, segunda a sexta, há desconto. Lisboetas estão a rir de nós outros, pode crer.

Doença do rato (1)

A leptospirose, conhecida doença do rato e por ele transmitida, pode atingir a nós, humanos, pela pele, quando se toca em água que tenha a urina do animal. Segundo apuramos, somente no Perequê, onde existe a incidência atual, mais de seis casos já foram registrados, seguindo as clínicas veterinárias.

Doença (2)

Confirmando, existem seis casos registrados em clínicas veterinárias de cães mortos em virtude da terrível moléstia. O rato urina e o animal (ou o humano) pisa e a urina entra pela pele do cão (e da pessoa humana, também), atinge órgãos internos, principalmente o fígado e leva a óbito.

Doença (3)

Esta coluna sabe muito bem do fato porque animal de estimação da família foi atingida, permaneceu vários dias em observação, definhando hora a hora, com respiração ofegante, sem se alimentar, prostrada e, por uma semana foi medicada, sofrendo. Foi a óbito, na quarta feira, começo da tarde.

Doença (4)

Além de ratos, há pernilongos aos milhares e borrachudos,

apesar das temperaturas baixas, tomando conta de alguns bairros da cidade. Esse problema de saúde pública é muito sério e o trabalho que a Secretaria de Saúde faz na cidade pode estar excelente em alguns pontos, mas não pode deixar a desejar nesses pequenos aspectos domésticos.

Doença (5)

Das duas uma: ou a Saúde é boa ou não é boa, pois não existe meio termo para esse aspecto fundamental, eleito pelo atual governo como a “menina dos olhos” e que investe milhões todos os meses. Meia Saúde é lorota. Pouco (ou nada) adianta essa diferença de notas: ou é 8 ou é 80. Bom seria que tudo estivesse no mesmo nível.

Marcha lenta (1)

Mais de uma semana para substituir bloquetes, alinhar guias e sarjetas e nivelar o leito carroçável da Rua do Quilombo, é um caso muito sério. Teve manhã que havia de 6 a 8 operários da Prefeitura no arremedo de obra. Engenheiro conhecido da cidade verificou o trabalho e disse à reportagem que o nivelamento não ficou como devia. Na primeira chuva veremos.

Marcha (2)

Na quarta feira o trabalho foi todo desfeito, mesmo sem chuva e a fixação dos bloquetes aconteceu, com preparação do terreno (ainda inadequada), com pessoal sem conhecimento e habilidade para fazer os reparos necessários.

Marcha (3)

A Secretaria de Obras precisa adotar sistema de trabalho que preencha requisitos ordinários e não se basear em pouco (ou nenhum) conhecimento dos operários. Isso depõe contra a administração e parece que o Secretário não está nem aí para os pequenos e necessários reparos. Deseja mesmo

obras grandes, como se verá, em breve, neste segundo semestre. Parece que há contratações “por amizade” e não “por capacidade”. Parece!

Contrato rompido (1)

Nunca se manteve tão limpo o prédio da Prefeitura como até pouco tempo, época em que a SOS Limpeza cuidou de cumprir o seu contrato, com o poder público. Com efeito, depois de ter afirmado que o contrato seria renovado, surpreendentemente a empresa foi comunicada ao contrário.

Contrato (2)

Palavra de grande chefe voltou atrás e em breve deverá ser dada a conhecer a licitação para que o serviço venha a ser reativado. Porém, o que se sabe é que a pseudo-limpeza dos dias atuais deixa a desejar. Falta de planejamento dá nisso.

Quase bom (1)

Assim disse Paulão (Paulo Cesar Mathias), Secretário de Serviços Municipais, quando indagado sobre o seu estado de saúde. Para quem não sabe Paulão sentiu-se mal, teve um infarto, foi medicado e está em convalescência.

Quase (2)

Paulão caminha pouco e em passos lentos, passa pela prefeitura, vê amigos, conversa e, autorizado pelo médico, poderá voltar ao trabalho nas próximas semanas. O ritmo de sua Secretaria está em ordem, com muito trabalho e realizações. Sente-se a falta do chefe, mas tudo caminha normalmente, dizem assessores.

Passando a mão (1)

Notícia recente chegou à reportagem, segundo a qual imóvel cadastrado em nome de contribuinte, há quase 10 anos, em poucos dias passou para o nome de terceiro (muito ligado a governos – todos os gover-

nos, eu disse) e, surpreendentemente o proprietário antigo foi notificado que não é mais o dono.

Passando (2)

Aliás, há pedido protocolado de autorização para obra no terreno e está engavetado na Secretaria de Obras. Entre quem engavetou e o “possível novo dono” há uma ligação muito grande, inclusive de parentesco (ascendente e descendente). Fica a informação e a necessidade de se esclarecer, pelo bem do governo. São desmandos, negligências e mãos grandes surrupiando. Isso é perigoso. Já teve morte na cidade por causa de caso semelhante.

Festa caipira (1)

Embora se fale em festa junina, ainda, em pleno mês de julho, a APAE deverá realizar asa 17 horas do dia 14, sexta-feira, a autêntica festa caipira para os seus alunos, familiares e o público em geral. Compareça e prestigie. Conheça a APAE e o trabalho que a entidade faz, em Ilhabela.

Festa (2)

Bom seria que a comunidade conhecesse a nova sede da APAE, com amplo espaço, salas confortáveis para todos os profissionais, área de convivência, instalações consideradas as melhores de toda a região, piscina coberta e aquecida, com profissionais capacitados para atender mais de 100 alunos. A

APAE é um marco na vida da cidade.

Batendo cabeça (1)

Embora poucos saibam, há pessoas da administração “batendo cabeça” e se estranhando. Nem tudo corre e acontece como deseja o prefeito Márcio Tenório, aliás, como deveria ser.

Batendo (2)

Por incrível que pareça, parece que os estudantes de Ilhabela continuarão sem uniforme, no começo do segundo semestre, por atraso na licitação para aquisição dos mesmos. A ordem do prefeito não foi cumprida. É o que dizem.

Batendo (3)

Por determinação superior os contratos emergenciais foram suspensos. Com efeito, faz mais de 10 dias que não se faz limpeza (como era feita pela SOS). Há marcas necessárias de serem retiradas das paredes envidraçadas e mesmo no piso totalmente claro. Se encardir, ficará mais difícil e custoso.

Batendo (4)

Nem todos falam a mesma linguagem, embora desperdicem sorrisos em público e embora não pareça, o prefeito Márcio Tenório sabe o que está acontecendo, principalmente entre alguns colaboradores do primeiro escalão.


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ENTREVISTA

A importância da competição exige treino e dedicação. Harry sabe disso outro técnico”, disse-lhe Igor, levantando-se e cruzando a alameda, com o Harry saindo em busca do amigo e técnico, já indo para a caçada oposta, assim que os carros, no trânsito intenso, permitiram. Ao alcançar Igor, Harry ouviu: “Comigo você sabe, é tudo ou nada”. Despediram-se e Harry, então Secretário de Turismo de Ilhabela retornou à cidade e passou a treinar mais do que treinava, madrugando, enfrentando águas abertas, águas de piscinas e optou pela competição das oito pontes do Rio Hudson. Acelerou os treinamentos, inscreveu-se, bancou os US$5.500 da inscrição e conheceu as regras (doze competidores oficiais, podendo outros vinte e dois participarem, em alguns dos sete trechos, mesmo sem a formalidade da organização).

Há dois anos Harry Finger estava com excesso de peso e assimilou o entendimento de que precisava de uma motivação para perder peso e encarar uma nova competição de seu esporte favorito, a natação, cuja prática deixou de ser paixão, algo platônico e se transformou em amor, uma veneração que só mesmo os bem formados podem alimentar, religiosamente. Lembrou-se de seu técnico Igor, aquele que o levou a se preparar para a grande prova da travessia do Canal da Mancha, há quatro anos. Um contato rápido pelo celular e Igor lhe propôs uma conversa olho no olho, para quando Harry fosse à capital paulista. Dito e feito. Programado o encontro, um almoço no Ráscal da Alameda Joaquim Eugênio de Lima selou o encontro. Como sempre, Igor é uma pessoa de muita firmeza no que diz e, já no primeiro momento, disse: “Harry, se você está realmente procurando uma motivação, ao chegar em casa, fique defronte ao espelho e, ao se ver ali, de frente, de perfil, até de costas, tire a roupa e terá a motivação; ela está restrita ao seu excesso de peso”. Não podia ser mais incisivo o nadador e campeão, grande técnico Igor (de poucas palavras, mas sério e dono do que diz, sem firulas, vírgulas ou acentos, sempre direto ao alvo).

Ansiedade Na medida em que o tempo passava, entre o trabalho, a possível candidatura a vereador (depois definitiva e que lhe deu a primeira suplência da coligação, na Câmara de Ilhabela), no pleito de 2016 e sempre o treinamento diário, milhares de metros e braçadas, a ansiedade se multiplicava, porque a hora estava chegando. Cada vez menos tempo o separava da data do embarque, 12 de junho.

Sugestão Em seguida Igor lhe disse que havia duas propostas excelentes: uma delas a prova das 20 pontes, no entorno de Manhatan e a outra, a prova das 8 pontes do Rio Hudson, ambas em Nova Iorque. Harry contemporizou: “mas as duas são difíceis e a do Rio Hudson é uma 14 bis por dia e eu não tenho condições de fazer os trechos; no máximo entre três ou quatro”. Já haviam acabado de almoçar e o papo se estendeu. Curto e grosso, Igor foi franco – como sempre -“Então, procure

Chegada a hora A “onça estava com sede e queria beber água”. Tenso, pensando no compromisso consigo mesmo, Harry se mandou para os “states” e o “Tio Sam” o aguardava, na terra de Donald Trump, o mais polêmico dos presidentes norte-americanos de todos os tempos. De olho na “crown found” o fundo de moeda que já estava sendo praticado pelos nisseis Flávio Toy e Marta Izzo, outros dois brasileiros que igualmente estavam ansiosos para a hora da largada da competição. A arrecadação caminhava ao

mesmo tempo em que uma rede de internautas se fazia conhecer, com centenas de adeptos que encorajavam o nadador prestes a atingir a marca dos 60 anos de idade. Era o sexagenário (completados 60 anos, no dia 17/6, em plena competição) do Brasil na disputa. Alguns dias para ambientar-se, treinos puxados na piscina do Centro de Gastronomia das imediações da organização novaiorquina, Harry não se continha e adentrava à net para manifestar a sua alegria, o comprometimento e a expectativa crescente. A largada A importância da largada em qualquer prova extensa e de grande duração, inclusive de natação inspira cuidados especiais. Talvez no primeiro trecho, entre as pontes números um e dois Harry tenha se excedido, “nadando forte” e foi alertado pelo organizador que poderia (ou deveria) maneirar. Foi o que fez. A organização dava informações precisas sobre temperatura da água, ventos soprando no leito do rio, temperatura ambiente, pressão atmosférica, condições de tráfego de embarcações no rio, fazendo com que ondas e marolas surpreendessem a todos os competidores. Caiaques individuais, caiaqueiros personalizados e a alimentação periódica (de 3º segundos), a cada 30 minutos, inicialmente, com muito carboidrato líquido ou gel, rapadura (que levou daqui), como estimulante e pêssego em calda, aos pedaços, protetor para o corpo (hidróxido de ferro), similar ao nosso Hipoglós, contra as assaduras, além de lanolina e vaselina. Antes das provas, diariamente, Harry tomava suco de beterraba. Largura do rio Há espaços de 1 km, de 2 km, até quase 6 km, em pequenos trechos, mas o que influía nas condições da água era a passagens de navios de grande porte, mais de carga do que de passageiros, Jet skis e lanchas que influíam nas condições da água, entre 19 e 20 graus, dificultando a ação dos nadadores. Preservação Muito interessante foi saber que essa prova anual que acontece há maias de 10 anos é promovida por uma associação que visa manter preservado esse importante trecho de 194 km (120 milhas) do Rio Hudson e a prova é sempre no mês de junho, início do verão, porque no inverno há inclusive congelamento das águas do importante rio norte-americano.

“Quando passamos nadando em frente a Estátua da Liberdade antes de chegar na última das 8 Pontes, a Verrazzano Bridge, temos à direita meu caiaque roxo e meu caiaqueiro Dave Sides que me acompanhou todos os 7 dias. À esquerda sou eu nadando e o jet sky que nos acompanhava também”, disse Harry Finger

Tempo e extensão O nadador de Ilhabela cumpriu o que havia prometido a si mesmo. Nadou 202 km em 48 horas, cumpriu todo o percurso e, numa manhã pode ver de perto a Estátua da Liberdade, em meio as braçadas, enquanto estava no leito do Rio Hudson. Nos dias de prova fez o nada-

Momento de calmaria, Harry Finger, ao lado do caiaqueiro, na largada da 3ª ponte

Os três brasileiros que fizeram a prova - da direita para esquerda , Flavio Toi, Marta Izo e Harry Finger, ao final da grande competição. Inesquecível, sem dúvida

dor uma série de observações, inclusive que o seu ritmo não podia ser mais de 2 x 1, isto é, duas braçadas e uma respirada, mas sim, de quando em vez de 4 ou 5x1. Dificuldades “Na água parece que tudo é igual, todos os dias, mas não”, disse Harry. E continua a analisar: “as marolas são difíceis de serem enfrentadas, o vento forte canalizado, o desvio das ondas produzidas pelas embarcações, principalmente de grande porte, a correnteza que leva o nadador para distâncias incontroláveis, mesmo quando ele imagina que está parado em determinado lugar e só mesmo vendo um ponto fixo na margem do rio é que pode acreditar o que está ocorrendo”. Conclusão Se o importante foi competir, o melhor de tudo foi poder nadar todos os dias, embora sentindo dores suportáveis com muito esforço e submissão, comprometida com a certeza de que o objetivo era concluir a prova, uma das mais importantes de todo o mundo, cuja procura e convergência é algo que mexe com quem pratica esse esporte e se esmera para alcançar alvos sempre difíceis, jamais impossíveis. “Nas ocasiões mais obscuras da competição, com ventos fortes, marolas intermitentes, corrente de ar se alternando, o desejo era concluir a prova, como qualquer outra menos ou mais importante”, disse. Com a bandeira do Brasil e a bandeira de Ilhabela no caiaque, em cada uma das provas, o nadador pode exibi-las e ao descortiná-

-las era aplaudido pelos demais competidores e organizadores da importante prova “bridge eight”. Harry Finger sabe disso e já tem em mente novos projetos para escolher um e desenvolvê-lo junto à comunidade de Ilhabela. Um dos projetos, ainda em fase embrionária de planejamento é uma prova de “24 horas nadando com Harry Finger”, no próprio Canal de São Sebastião, que une a nossa ilha ao continente. Enquanto isso, retornando à base, Harry agradeceu aos amigos, aos que contribuíram com a sua performance de todas as maneiras, aos que integraram o grupo na internet, porque ela foi um dos pontos de apoio que contribuíram para o êxito de sua jornada. Foi, entretanto, enfático, ao final da entrevista, dizendo: “agora é arregaçar as mangas, trabalhar bastante, agradecer muito e pagar as contas”. Ao cumprimentá-lo, no fim da entrevista lembramos que acompanhamos desde os primeiros passos esta sua grande e meritória jornada. Integramos o grupo da net e sentimos que a vontade de participar era maior que a busca do resultado, porque sempre ele (o resultado) é conseqüência do desempenho, do preparo, da dedicação e o comprometimento consigo mesmo. É uma lição de vida e que vale como exemplo para todos, principalmente aos mais jovens que devem se dedicar ao esporte (seja ele qual for) desde bem cedo. Harry Finger, parabéns e a certeza de que estaremos juntos, apoiando projetos e iniciativas que haverão de marcar novas realizações.


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SOCIAL | DESTAQUES

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Fotos: Ronald Kraag

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1 e 2 - Batismo coletivo, na Matriz de Nossa Senhora D´Ajuda e Bom Sucesso foi emocionante. Um a um, primeiro e depois o encontro coletivo. Aqui, Laura, com pais e avós, entre outros familiares, após receber a bênção - 3 - Sr. Benicio e dona Sebastiana, ao lado de todos os herdeiros, comemoram 50 anos de casados. alegria, emoção e sorrisos de satisfação. Exemplos na vida, ao longo dos anos - 4 - Fernando e Camila não se continham, com alegria renuvecedora, ao lado da filhota Laura, no dia do seu aniversário, entre amigos - 5 - Artesão apresenta um dos produtos de sua autoria, durante a Conferência do desenvolvimento social, em Ilhabela - 6 - As esculturas maravilhosas de Gilmar Pinna, no Saco da Capela polarizam a atenção de ilhéus e turistas. São marcas que o mundo conhece e a convergência de dezenas de peças para Ilhabela destacam o trabalho do escultor - 7 e 8 - Joseph conseguiu, ao lado de amigos e da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação, a presença de Aloísio Chulapa (grande craque do futebol). Flavinho (Secretário Adjunto e Gina Vieira, prestigiaram o evento. Parabéns pela iniciativa beneficente.

RESENHA ESPÍRITA

Espíritos na Cidade, no meio do povo Sérgio Carneiro Estávamos no Rio. Para nossa surpresa inúmeros espíritos, em média, naquele local, mais de 5 por encarnado, pelas ruas misturados a população encarnada. Instrutor explicou: - São os que não conseguira desprender da própria situação. A maioria semilúcida não percebem-se. O apego ao passageiro os impedem de ascender a mundos de refazimento. Nem querem ser convencidos da realidade que vivem. Abordamos um senhor que falou: – Sou médico, me falaram que morri. E no entanto continuo aqui. Meus familiares não me reconhecem e se apossaram de tudo que era meu. Venderam até a casa que morávamos. Sei que não morri. Fui católico devotado, participava da minha paroquia. Por isso sei que se tivesse morrido iria para Céu ou Inferno. Mas estou sem sair do lugar. Ando e nada acontece. Me envolvi com mulheres fora do casamento. Imagino-me vítima de algum feiti-

ço por parte de algum delas. Não posso estar morto porque estou conversando com vocês e não me parecem defunto. Mesmo após afirmar que também éramos defuntos ele deu uma gargalhada e foi-se sem despedir. Tivemos outros encontros como este, e em todos tinham perdido a noção do tempo. Se alimentavam bebendo as emanações dos alimentos, mas mesmo assim achavam isso normal. Participavam do sexo dos encarnados e entre eles. Quando esgotados dormiam em qualquer lugar e ao acorda tinham a sensação de que não houve véspera. Tudo começa de novo. Isto acontecerá até que pela dor se veriam no Umbral ou reencarnado por conta da lei do progresso. Retornavam com riscos de um nascimento não planejado. Inspirado no Capitulo 35 do livro: “Do Outro Lado do Espelho”, Inácio Ferreira/Carlos Baccelli. Sérgio Carneiro rsergio39@yahoo.com.br


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AQUI | MULHER

Hoje é pura emoção. Quiçá, amanhã seja diferente Fernando Siqueira Desculpem leitoras, o misto de desabafo e emoção. Hoje é pra vocês sentirem que o respeito e o amor pelos animais deve ser válido para todos, sem exceção. Em um junho dos idos de 2006 adotamos uma cadelinha da raça Schnauzer, talvez a mais frágil da ninhada de quatro, filha de Lilica (Olga e Luiz Antonio) e de Tobi (Sônia e Harry). Demos-lhe o nome de Mila e, desde pequena estava sempre conosco; dormia num almofadão ao lado de nossa cama, todas as noites. Viajava conosco, sempre deitada e jamais sentiu a viagem, com náuseas ou fazendo as suas necessidades fisiológicas a não ser na parada estratégica no Ranchinho. Ao sentir a chegada ao local, no retão da Rodovia dos Tamoios já se levantava e esperava a parada para descer, fazer o seu xixi, o cocozinho esperto, tomar um pouco d´água e comer alguns bijus. Ao chegar ao destino, São Paulo, principalmente, também se levantava esperando a hora da ancoragem. Era companheira, brincalhona e de repente, com ano e meio teve um problema renal que a fragilizou bastante. Foram quase 40 dias com soro, alimentação (pouca) especial, água e medicamentos. As mãos quentes da cara metade conseguiram reanimá-la, ouvindo uma voz intermitente, uma oração, uma fala ao pé do ouvido, mesmo depois de marcada a data para o seu sacrifício. Felizmente, a paciência do veterinário fez com ela conseguisse recompor-se e viveu de lá até semana passada com a mesma disposição de outrora, mas, com surpresa, apresentou um problemão. Os exames laboratoriais não indicaram com precisão o mal que a atingira. A preocupação do diagnóstico era para uma leptospirose que qualquer animal (irracional ou humano) pode ser atingido pelo simples toque na urina do rato. (E já são seis animais mortos, apenas no Perequê de nossa ilha tão saudável), ou mesmo uma icterícia. Todos os dias, quase uma semana permaneceu na clínica tomando soro com antibió-

ticos, alimentando-se pouco, com “uma pasta na seringa” e água. Definhou, os olhos e as gengivas tinham marcas de icterícia e o fígado acusou problemas seriíssimos, as plaquetas baixas, creatinina bastante alterada. Mila, dona da casa, precisou dividir o espaço de uns anos para cá. Chegou um filho de labrador com chow-chow (Nero) que refugava diante da presença autoritária da “madame” Mila. Ela ganhou peso nos últimos dois anos e já não subia nem descia mais a escada da casa. Levada e trazida no colo, tinha um canto dela onde ficava boa parte do dia. Ciumenta como toda fêmea do signo de câncer, já resmungava quando alguém chegava, porque sabia que haveria uma troca de beijos. Adorava melão, banana e maçã e ganhava sempre uns pedaços pela manhã. A ração com arroz, carne de frango ou bovina, abóbora, cenoura e chuchu saboreava com muito gosto. De tão apetitosa, de quando em vez vi-me garfando a comida dela. O sofrimento de Mila, nos últimos dias foi terrível, pelos resultados dos exames, mas não reclamou, não latiu, extenuada no colchonete da clínica (tomando soro o tempo todo) ao ouvir a nossa voz, nas importantes visitas levantava a cabeça querendo um afago. Vimo-la com vida pela manhã da quarta e, pouco depois de 13 horas, sucumbiu, descansou e foi, como dizem os mais entendidos que nós, para o oriente eterno. É sim, os animais também vão para lá, porque eles têm muito de nós, pelo respeito, pelo amor, pelo companheirismo, sobretudo pela forma de pedir atenção e carinho, dando-nos a pata, balançando o rabo, levantando as orelhas, cheirando ou nos lambendo. Brincar com ela, afagá-la, ralhar, sem jamais levantar-lhe a mão, vê-la rosnar para o Nero, por ciúme, deixa saudade e só o tempo poderá minimizar esse estado atual de muita emoção que só os que têm apego a um animal de estimação podem avaliar. Mila foi a mais fiel das amigas dos últimos tempos. Fará falta, mas nada nesta vida é para sempre. Mesmo sabendo disso a gente se machuca com a perda. E como!


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Canal Aberto 536 | 07 de julho de 2017 | www.jornalcanalaberto.com.br

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

ETERNO APRENDIZ

Garantia de direitos, o tema da VI Conferência Municipal de Assistência Social de Ilhabela A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizou entre os dias 4 e 5 a VI Conferência Municipal de Assistência Social, que abordou o tema Garantia de Direitos no Fortalecimento do SUAS, no auditório do Paço Municipal. O tema foi pauta da 11ª Conferência Nacional de Assistência Social e do II Plano Decenal da Assistência Social (20162026) e veio para complementar as pré-conferências realizadas nos bairros Barra Velha, Reino e Itaquaduba, e região sul do arquipélago, além das comunidades tradicionais do Bonete e Castelhanos. Segundo o prefeito Marcio Tenório, a participação popular é fundamental para dimensionar as reais necessidades dos munícipes. “Foi muito importante a participação da população na conferência, já que muitas das ações de políticas públicas na área do desenvolvimento social são baseadas nas propostas apresentadas nos debates das pré-conferências”, explicou.Du-

rante os dois dias de Conferência foram realizadas apresentações musicais e teatrais, palestras, mostra de trabalhos e artesanatos, discussões e eleição dos delegados que participarão das Conferências Regionais. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Nilce Signorini, a sua pasta é a que lida diretamente com a população, conhece suas necessidades e prioridades por oferecer, em parceria com outros órgãos, os serviços indispensáveis aos moradores. “Hoje, o papel da secretaria é trabalhar junto a todos os setores. E nós só vamos conseguir fazer tudo o que a população precisa se fizermos da Prefeitura um único corpo, e essa é a nossa ideia. Se nós realizarmos um trabalho em conjunto, iremos de fato atender à população e cumprir o que colocamos no nosso Plano de Governo: trabalhar com e para os moradores, que também precisam ser parceiros. Esperamos a participação e opinião de todos”, ressalta a secretária. Complementado a fala da secretária Nilce, o presidente

do Conselho Municipal de Assistência Social, José Francisco Goes, afirmou que é preciso oferecer à população um governo democrático. “Devemos ter um paraíso para todos. Quaisquer que sejam as condições culturais, econômicas, educacionais ou as etapas de vida das pessoas, devemos respeitar as diferenças. A área de assistência social deve se debruçar, antes de mais nada, nessas variáveis. Sabemos que a legislação é genérica e, mais importante do que outras coisas, o cuidado com as pessoas é o que faz uma cidade feliz”, finaliza Goes. A VI Conferência Municipal de Assistência Social foi encerrada com uma confraternização entre os participantes. A Conferência é um espaço amplo e democrático de discussão e articulação coletiva para análise de propostas e estratégias de organização. Sua principal característica é reunir governo e sociedade civil organizada para debater e decidir as prioridades nas Políticas Públicas nos próximos anos.

MOMENTO LIONS Na quinta feira, 29 de junho, se reuniu o Lions Clube Ilhabela para a confraternização de seus associados, no Restaurante e Pizzaria Bonn Appetit, comemorando o fim da gestão da diretoria que conduziu o clube de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017. Na primeira reunião ordinária de agosto serão empossados os membros que responderão pela gestão 2017 – 2018. No sábado o Lions de Ilhabela esteve na posse da diretoria da CaL Tatiane Lúcio, do Lions Clube Caraguatatuba Mar, na Casa de Eventos Rufino, naquela cidade. Domingo foi um dia de festa para o Lions Clube Ilhabela, presente na sede da APAE para a realização da feijoada preparada pelo grande chef Tonhão, com renda para serem adquiridas máquinas que vão produzir órteses para os alunos da entidade e para o Banco de Cadeiras de Rodas do Lions. Mais de uma centena de pessoas compareceu e se deliciou com a promoção, saboreando a melhor feijoada da cidade. No dia 20 o Lions Clube de Caraguatatuba estará empossando a sua diretoria presidida pela CaL Sandra Cajuela. E no dia 22, um sábado, será a instalação do gabinete do novo Governador do Distrito LC5 “PIP Augustin Soliva, na sede da Associação dos Clubes de Lions de Guarulhos. Todos os anos essa movimentação durante o mês de julho é tradicional, porque o ano leonístico começa a 1º de julho e termina em 30 de junho. Lions, caro leitor, é isto e muito mais, um movimento que existe há 100 anos em todo o mundo e que neste ano completa o se primeiro centenário, justamente muito comemorado.

Monica C.A.Cuono Psicóloga

(12) 3896-1710 Santa Casa de

Misericórdia de Ilhabela

Você precisa saber. Não se surpreenda Bonita a moça, a tal de Luana Don, cujo nome de batismo é Luana de Almeida Domingos, modelo com alguns quilômetros de pista em muitos desfiles, apresentadora de programa de televisão, bacharel em direito, exerceu a advocacia, principalmente visitando presídios, detentos e se transformando, em pouco tempo, em um pombo correio de gala, no jargão dos policiais e mesmo dos presidiários. Havia aprontado em alguns presídios e a Justiça do Rio de Janeiro expediu mandado de prisão preventiva contra a moça. Foragida, circulou por muitas cidades, no Brasil, no exterior e acabou “pintando” em Ilhabela. Marinheira de primeira viagem, aprendiz de trombadinha, segundo alguns investigadores, só caiu na rede das Polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo por causa das redes sociais. Botou a cara na internet e a investigação eficiente da Polícia Civil uniu esforços e conseguiu pegar com a “boca na botija” a moça que mudou repentinamente de vida, passando para o outro lado, onde não se deu bem. Aliás, Ilhabela tem saído na grande imprensa só com nefastos acontecimentos. Há semanas foi a vez de uma péssima reportagem de meia página, no jornal Folha de São Paulo, produzida por um jornalista (e professor de faculdade), colaborador do diário de grande circulação no país, e que já foi melhor. Agora é essa notícia de que a Luana Don estava homiziada na cidade. Essa maneira de enxergar as coisas, os fatos e

acontecimentos é muito comum numa cidade pequena, onde existem apenas dois lados políticos, adversários ferrenhos. Quando um se sobressai o outro começa a “botar gosto ruim”, e vice-versa. É deprimente o que se viu, ainda há pouco, sobre a disputa pelo comando da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia. A cidade perde, as famílias perdem e a Saúde, mesmo prometida pelo governo que será a mesma (ou melhor), com a intervenção municipal na Santa Casa, há quem desconfie, principalmente pela forma de mexer no conteúdo. Poderia ser melhor. Os dois burrinhos esticando a corda para atingir dois montes de feno poderiam se definir por dar conta, primeiro de um dos montes e depois do outro, procurando atingir a harmonia. Há muito que se possa fazer e é só querer resolver com aptidão, respeito, como gente grande e de forma inteligente. O que não se pode aceitar ou permitir é o autoritarismo de ambos (ou muitos) os lados, o desrespeito, a arrogância e, sobretudo as meias palavras para dizer o que foi feito (bem ou mal) por agentes do outro lado. Pensar nisso é preciso e você leitora que tem a nossa atenção há longos anos precisa estar informada do que acontece na sua cidade. Afinal, você é parte integrante dessa comunidade ordeira e que trabalha de forma coerente para semear pensando num futuro melhor para os seus filhos. Beleza já diziam nossos avós, não se põe à mesa.


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