ANAIS Nº 04

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os signos linguísticos ou matemáticos, associava com aquilo que estava vendo e ouvindo, tornando o tempo de aprendizagem menor, por isso procurava confeccionar esses signos com materiais resistentes para que o aluno pudesse manipulá-los; e sempre com velcro, para que tivesse a oportunidade de escrever. Com isso, precisou-se de uma metodologia apropriada para desenvolver a leitura no aluno. Naquele momento, foi importante compreender que não existia uma teoria ou uma única metodologia exclusivamente pensada para alfabetizar alunos (PC); e muito menos materiais didáticos para tal. O método fônico encaixou-se bem nos treinos fonoarticuladores, fazendo com que o aluno percebesse seus avanços quando conseguia pronunciar corretamente uma palavra e desejasse se corrigir quando não conseguia. Ao mesmo tempo em que, intencionalmente, buscou-se extrair da socialização com seus colegas e de toda a sua bagagem cultural, o insumo de tudo aquilo que permeava a prática pedagógica para seu aprendizado, que nada mais são que metodologias construtivistas. Sem pretender adentrar na questão polêmica que possa existir na escolha do melhor método ou teoria de alfabetização, minha principal proposta, aqui, era a de fazer com que o estudante aprendesse a decodificar códigos linguísticos e diferenciar seus fonemas, considerado, para o aluno nas condições aqui descritas, um pré-requisito para a aquisição da leitura e da escrita. Fato comprovado de maneira satisfatória, diante daquilo que me propus a experimentar. No final do ano letivo, RG conseguia ler frases e palavras simples, identificar palavras estudadas por ele, dentro de textos; pronunciava os fonemas conscientemente e também, conseguia fazer abstração em cálculos matemáticos. Quando, numa frase, apareciam palavras com sílabas ou fonemas ainda não estudados por ele, era a oportunidade de avançar um pouco mais com o conteúdo programado. Acreditando que um número variado de leitores terá acesso a este escrito e tendo em vista o crescimento das especializações científicas relacionando educação e neuroanatomia funcional, procurei, também, correlacionar as estruturas da região internas do cérebro humano com sua morfologia externa. Além disso, para esses, como também para outros interessados nessa pesquisa, procurei dar 341


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