Publicação digital editoração

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DO PROJETO À

PUBLICAÇÃO

Bruna Bittencourt e Helena Carneiro

O QUE É EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

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Antes de começar

Pode tratar de fechar seu software. Desligue seu computador. Não tente começar a diagramar antes de fazer todo o processo que antecede a criação no software. Como tudo no mundo do design, o processo é feito 90% fora do computador.

Só a finalização que deve ser feita nele.

Escolha o tema

Ok, está na hora de pensar. Supomos que vamos diagramar uma revista. Sobre o que vai ser sua revista? Qual o tema dela? Esse é o primeiro passo e o mais importante. Toda revista tem um tema principal – a Super Interessante trabalha com o tema de “conhecimento”. A Revista Caras é sobre notícias de celebridades. Veja, notícias gerais. A Carta Capital, política. Os temas são variados e múltiplos.

O tema deverá ser algo que você – ou as pessoas que vão escrever nela – domine. Eu nunca escreveria sobre design de moda pois é algo que não entendo nada. Mesmo se você não vá escrever na revista, apenas diagramar, procure saber sobre o assunto. Leia outras publicações a respeito, visite sites que tratam sobre ele, etc.

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Defina o público-alvo

Quem vai ler sua revista? Não me venha com a resposta “todo mundo”, pois cada revista tem um público-alvo por mais abrangente que possa ser. Quem lê a Super Interessante, por exemplo, é um público que está sempre buscando aprender mais sobre qualquer coisa. Mesmo se alguém lê a Super e a Caras, saiba que o público-alvo de cada uma das publicações é diferente (quem lê ambos é considerado uma exceção). A Veja é uma revista que procura tratar de qualquer notícia da atualidade, seja nas áreas de economia, política ou esportes. É um público-alvo abrangente, porém é diferente da revista Carta Capital.

O que faz seu público-alvo?

Qual a média salarial dele? Leitores da revista Tititi uma publicação que acompanha as novelas brasileiras são consideravelmente diferentes dos leitores da revista IstoÉ Dinheiro, especialmente no quesito média salarial, pois os leitores da Tititi são pessoas que trabalham em casa ou em locais de renda média. Já os leitores da IstoÉ Dinheiro são pessoas que trabalham com bolsa de valores, finanças e negócios.

Qual o nível de ensino do seu público? Uma revista de direito tem uma linguagem diferente de uma de engenharia, que por sua vez tem uma linguagem diferente de uma revista noveleira. Conheça bem seu público. Se você não faz parte deste público, pesquise sobre eles. Conheça pessoas que são os potenciais leitores de sua revista.

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Conheça seus concorrentes

Você nem nasceu e já tem concorrente. A não ser que você esteja fazendo uma revista sobre plantação de grama ou algum tema absurdo, as chances de você ter um concorrente são grandes. A Playboy, por exemplo, tem como concorrente a VIP.

Faça uma lista com todos os pontos fortes e fracos do seu concorrente. Vale de tudo: até tiragem, disposição nas bancas, vendas online, quantidade de assinantes, qualidade de conteúdo, etc. E cuidado se você achar que seu concorrente não tem pontos fracos, ou que ele não tem pontos fortes – todos têm isto!

Como que seu concorrente aborda o assunto? Como que é a revista? Eles usam mais imagens do que texto? O que eles oferecem em termos de conteúdo? O que faz o seu público-alvo ler a revista deles? Quem anuncia naquela revista?

Com essa lista em mãos, está na hora de pensar. Pense: como que posso fazer os pontos fortes do meu concorrente ficarem mais fortes, só que para mim? Como que posso usar os pontos fracos do meu concorrente a meu favor? Anote tudo (você deveria estar anotando tudo desde o início já). Filtre suas ideias em “viável” e “inviável”.

Agora que você já conhece bem seus concorrentes e conhece bem a si mesmo, está na hora de começar a esboçar a revista propriamente dita. Mãos à obra!

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Mas, o que é mesmo Editoração Eletrônica?

É a união de texto e ilustração feita num computador através de um ou mais softwares. Atualmente, com o advento da linguagem “window”, “ícone”, “interface gráfica” etc., viabilizou não só aos profissionais da área como também ao leigo a utilização desta faceta das maravilhas da informática. Logo que surgiu, essa forma de “arte” ficou restrita a Televisão, era um recurso oneroso e só especialista tinha acesso a esse trabalho, tamanho era o grau de complexidade dos programas que se destinavam a esse fim.

Para que a escolha de uma entre as muitas técnicas conhecidas seja fruto de uma atitude sábia e responsável, é imprescindível não apenas o conhecimento teórico delas, mas também poder tê-las à mão para uma experimentação.

Ao longo da história, os modos de expressão por meio de imagens evoluíram desde os desenhos pictográficos do homem pré-histórico, gravados em pedras e cavernas, até as mais complexas formas de expressão da nossa realidade atual.

Os recursos de Computação Gráfica colocam à disposição de quem dela se utiliza um vasto repertório de formas de expressão, que abrangem desde a utilização pura e simples de traço e ponto até os mais complexos efeitos tridimensionais. O bom aproveitamento desses recursos depende do nível de interação que o usuário tem com a máquina.

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o contrário do que possa parecer, a Computação Gráfica não é um universo radicalmente novo e diferente da forma tradicional de se desenhar e pintar. Na verdade, a constituição da máquina, como não poderia deixar de ser, tem vários pontos de equivalência com as ferramentas de que dispõe o artista para fazer tradicionalmente seu desenho ou a sua pintura.

Quando surgiram, na metade dos anos 80, os programas de editoração eletrônica eram considerados uma ferramenta restrita apenas a especialistas que atuavam em empresas do ramo editorial. Hoje ela pode ser vista nas editoras de jornais, revistas, livros, bancos, indústrias, empresas comerciais e de serviços, agência de publicidade e até em casa. Essa diversidade de aplicações provocou uma diversidade de softwares para essa aplicação. Para cada perfil de usuário, há no mercado uma opção mais adequada. Ao contrário do início do ciclo da editoração eletrônica, hoje um usuário não especialista pode criar publicações com qualidade profissional.

Enquanto os softwares evoluíram, os processadores de texto adquiriram a capacidade de manusear gráficos e passaram a produzir relatórios, cartas e até pequenos boletins informativos incluindo fotos e desenhos. Mas isso não eliminou a necessidade de softwares de editoração. Em muitas situações, documentos longos, layouts de páginas complexos ou trabalhos em que os gráficos predominam o processador de texto não são práticos e não proporciona a produtividade e os recursos desejados.

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O ADOBE INDESIGN

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Com o InDesign é possível ter um controle preciso sobre a tipografia e ferramentas de criação, em princípio para forma digital e tendo utilização posterior para a impressão. O programa cria documentos em formato próprio, editável, que posteriormente pode ser exportado para PDF ou outros formatos específicos de impressão.

Adobe InDesign é um software da Adobe Systems desenvolvido para diagramação e organização de páginas, criado para substituir o Adobe PageMaker, apresentando uma variedade de aprimoramentos, resultando em mais produtividade.

Hoje junto com os programas Photoshop e Illustrator, também da Adobe, formam as principais ferramentas de trabalho utilizadas por designers, agências de publicidade, editoras de jornais e revistas, indústrias de embalagens, departamentos de marketing e afins

Quer diagramar, visualizar e editar todo o material usando apenas um software? Então conheça o InDesign e sua variedade de aprimoramentos, que resultam em maior produtividade na hora da criação! O InDesign, aliado a outras ferramentas da Adobe, é um dos mais utilizados em agências de publicidade, indústrias de embalagens, departamentos de marketing, editoras de jornais e revistas e afins.

Embora o InDesign permita gerar e distribuir os documentos em sua forma digital, o documento final normalmente é utilizado para a geração de matrizes para a posterior impressão. Esta fase em que o InDesign é utilizado para a criação dessas matrizes é conhecido como pre-press ou pré-impressão.

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8Dicas para uma diagramação eficiente

Em jornais, revistas, cartazes, qualquer material editorial, a diagramação, disposição dos elementos gráficos, principalmente textos e imagens, em um espaço definido e que será impresso. Sendo um dos trabalhos do design gráfico, podemos ressaltar a hierarquização tipográfica e a legibilidade como uma habilidade poderosa para desenvolvimento de projetos bem-sucedidos.

Identidade

A publicação deve atentar-se aos padrões de identidade, será a primeira impressão que passará ao leitor. Padronize os elementos que compõe seu projeto, como tipografias, cores, elementos gráficos, entre outros, para que o leitor sinta segurança com a marca/título da revista, por exemplo, e consiga identificá-la sem que precise olhar o logotipo.

Hierarquização 3

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Para iniciar sua diagramação é necessário organizar as informações, da mais importante para a menos, para que o consumidor leia de acordo com o critério desejado. Esta página deve ser simples e clara, para que o cliente tenha uma leitura afável, sem se distrair ou cansar-se da sua diagramação.

Fontes tipográficas

Escolha a fonte que deseja trabalhar na sua diagramação, mas lembre-se que ela deve ser evidente para o leitor, caso contrário levará o consumidor à troca de publicação, escolhendo outra que transmita a mensagem com clareza. Não encha sua diagramação de letras, poderá embaralhar o leitor.

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Cores

A imagem escolhida para sua diagramação, antes de tudo, deve ter qualidade e condizer com o assunto tratado no projeto. Além disso, o profissional deve saber como posicioná-la na página, algumas fotografias já contribuem para uma boa localização, como as que possuem fundos uniformes ou neutros. Já as que apresentam muitos detalhes, é recomendado a utilização de boxers embaixo dos textos, legendas ou títulos.

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Imagens

As cores são fundamentais para sua diagramação, combine-as e use-as a favor de sua publicação. Aconselham-se cores escuras em fundos claros, dando leveza e são percebidas positivamente. Já cores claras em fundos escuros, um texto escuro em fundos com particularidade ou uma fonte branca em um céu azul claro, por exemplo, quebram o ritmo da leitura e cansam o consumidor.

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Quantidade de texto

Não exagere nos textos, o leitor vai se cansar da sua diagramação e perder o foco na mesma. Na diagramação sobre uma imagem, esta já vai pode possuir muita informação, ocupando um determinado espaço, portanto, se houver um texto muito grande, ficará extremamente cansativo e talvez até ilegível, elimine sempre que puder essas extravagâncias.

Tipos de papel

Atente-se ao tipo de papel que será impresso sua publicação, pois na tela do computador parece ter uma ótima qualidade e ser nítida, no entanto, quando impresso, a resolução diminui, alterando o resultado final.

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8Legibilidade

O item mais importante da diagramação é a legibilidade, uma vez que, se o material não estiver claro e legível, certamente o seu cliente perderá o interesse pela sua publicação. Leve em consideração o espaço onde o texto será colocado e se dará para ler perfeitamente quando impresso. Nenhum consumidor gostaria de ter que fazer esforços e ter de decifrar o que está escrito no seu trabalho, isso fará com que ele procure seu concorrente, mais claro e atento às suas necessidades.

Essas dicas são fundamentais e básicas para a diagramação, o que ajudará a obter sucesso neste trabalho.

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“Diagramação é a legibilidade”

REFERÊNCIAS

Alunas: Bruna Bittencourt e Helena Carneiro

Curso: Design - 4ª fase

Disciplina: Editoração Eletrônica

Local: Satc Data: 14/04/2023

Professor: Elton Luiz

https://www.printi.com.br/blog/8-dicas-para-uma-diagramacao-eficiente http://www.oficinadanet.com.br/artigo/negocios/o-que-e-o-adobe-indesign

http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1833/editoracao_eletronica_-_introducao

http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-parte-1

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