Encarte 2 - Análise da Região da UC

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A própria existência da rodovia RJ-127, que cruza esta parte da ZA de ponta a ponta, representa uma área de potenciais conflitos. Primeiro, por fazer o papel de facilitar o acesso ao Parque, que pode ser adentrado em seus dois setores a partir da estrada. Isto pode facilitar tanto a entrada de turistas, como de caçadores. Além disso, há grande tráfego de caminhões (figura 31) que podem, eventualmente, carregar cargas com potencial poluidor, o que pode gerar problemas para a UC, caso ocorram acidentes. Além disso, a poluição do ar a partir do escapamento dos carros é uma realidade gerada pela existência da estrada. A presença da rodovia é mais preocupante, pois a tendência é haver um processo de urbanização nessa área, já que o limite urbano definido no Plano Diretor avança para essa parte da ZA do Parque. Isto não caracteriza um conflito legal entre a Lei que cria o Parque e aquela que regulamenta o Plano Diretor, pois só há problema se houver área urbana no interior da UC. Mesmo assim, tendo em vista uma possível expansão da área urbanizada de Paracambi para a área entre os dois setores do Parque, isto representa uma pressão maior sobre as florestas localizadas dentro da UC, o que gera potencial para futuros conflitos com a gestão do Parque. Assim, o processo de urbanização dessa área situada entre os setores do Parque deve ser acompanhado muito atentamente pela gestão da UC. Uma outra questão importante dessa parte da ZA é a presença de um gasoduto da Companhia Estadual de Gás, concessionária de distribuição de Gás no estado do Rio de Janeiro (figura 32). Este gasoduto, que visa o abastecimento da cidade de Paracambi, é um potencial poluidor, já que um vazamento ou acidente nesse gasoduto pode gerar impactos diretos sobre o Parque, inclusive se houver uma explosão ou incêndio.

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