Liderança Criativa

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REVISTA

Junho de 2015

Domenico De Masi

Clovis de Barros Filho

Lideranรงa Criativa MAIS DE 170 CIOS REFLETIRAM SOBRE O TEMA DURANTE O IT FORUM 2015 A PARTIR DAS IDEIAS LANร ADAS POR DOMENICO DE MASI E CLOVIS DE BARROS FILHO w w w. i t f o r u m 3 6 5 . c o m . b r

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Olhe.

Agora, olhe novamente. EM UM CENÁRIO ONDE “NADA SE CRIA, NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA”, O QUE SERIA A CRIATIVIDADE? NÃO SERIA UM NOVO OLHAR SOBRE AS MESMAS COISAS?

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TEMA CENTRAL:

Lideranca Criativa Domenico De Masi

Gilberto Guimarães

Com a presença do sociólogo italiano Domenico de Masi, cultuado e reconhecido internacionalmente por obras como Ócio Criativo

Mestre em Filosofia, MBA pela FGV, Engenheiro pela Politécnica da USP, Psicanalista - Guimarães levará uma visão prática da aplicação da criatividade no ambiente corporativo.

Alem de: INTERCÂMBIOS DE IDEIAS: • Cloud computing • Big Data – Analytics • Governança • Segurança • Inovando mesmo com budget apertado

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A

Como uma companhia aérea

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redefine a experiência de voar?

aero

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Descubra como a inovação e a tecnologia Intel® transformaram a Azul na terceira maior companhia aérea do Brasil. A Azul foi fundada com uma ideia inicial, ou melhor, com um sonho: fazer toda a experiência de voar – da reserva até a aterrissagem – tão prazerosa e tranquila quanto possível. Para chegar a esse objetivo, eles tiveram uma parceira que não só compartilha a mesma visão, como também possui a tecnologia e a habilidade para transformá-la em realidade. Eles encontraram a Dell, que em apenas alguns anos ajudou a Azul a alcançar alturas inimagináveis. Saiba maissobre essa parceria de sucesso em Dell.com.br/domore.

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A

Azul é hoje a terceira maior

de tripulantes, manutenção de aeronaves,

empresa de aviação brasileira.

concentrador de comunicação com os

Fundada por David Neeleman em

aeroportos e o sistema de gestão (ERP),

2008, a companhia chegou, em

entre outros.

menos de cinco anos, a operar 30.3% do

total de decolagens do país. Hoje são 124

“Contamos hoje com uma estrutura que nos

aeronaves que operam 865 voos diários para

permite informações em tempo real,

mais de 100 destinos em todo o País. Para

garantindo a melhor experiência de nossos

atender a esta demanda, a Azul conta com

clientes” – Jefferson Elva Santana, Gerente

mais de 9 mil funcionários, responsáveis pela

de Data Center e Arquitetura de TI da Azul.

satisfação de milhões de passageiros transportados desde sua criação. A empresa

Nos aeroportos em que opera, todos os

foi pioneira no uso da tecnologia para

postos de check-in da Azul são equipados

garantir melhores serviços e mais conforto a

com thin clients Dell, tornando sua operação

seus passageiros, e caminha firme rumo ao

mais simples e eliminando a possibilidade de

objetivo de tornar-se a empresa área com o

queda de todo o atendimento. A Dell também

maior índice de satisfação de seus clientes.

está presente no interior dos aviões. Os notebooks Vostro, homologados pela ANAC

“Sempre tivemos um DNA muito forte de

(Agência Nacional de Aviação Civil), permitem

inovação. Hoje a TI tem 100% de impacto em

que os pilotos chequem seus planos de voo

nosso negócio. Por exemplo, 99,9% de

e escalas em tempo real, garantindo a

nossos tickets são vendidos via plataforma

pontualidade nos voos.

tecnológica” - Kleber Linhares, diretor de TI da Azul.

Tudo isso com os serviços de suporte

A Dell e a Azul são parceiras desde antes de a

a solução de problemas em no máximo 6

“Fazer mais, fazer diferente é o dia-a-dia do nosso trabalho. A Dell é um dos grandes parceiros, e está sempre envolvida nestes grandes projetos e no nosso pensamento de tecnologia. O futuro, a gente desenha a quatro mãos.” - Kleber Linhares, diretor de TI da Azul.

Complete Care e ProSupport, que garantem companhia aérea existir. Quando o primeiro

horas em qualquer lugar do País, evitando

escritório da companhia foi aberto, em 2008,

que a Azul mantenha equipes de suporte

ele já estava equipado com cinco desktops

em casa aeroporto.

Dell, que foi o primeiro fornecedor a acreditar no projeto da nova companhia aérea. Nos cinco anos seguintes, a parceria

“Com este projeto conseguimos atingir um índice de 99,99% de disponibilidade em

cresceu, garantindo diferenciais competitivos

nossas posições de check-in e reduzir

para a Azul nas suas mais diversas áreas.

os custos de suporte e manutenção local

Hoje os equipamentos Dell podem ser

em cerca de 60%. Elevamos os índices de

encontrados desde o data center da Azul

disponibilidade e os níveis de satisfação

até os seus terminais de check-in em todo

dos clientes” - Adriano de Andrade Mello,

o Brasil, e também em sues aviões.

Gerente de Governança e Serviços de TI da Azul.

Nesse período, a Dell desenvolveu uma série de soluções específicas para a Azul.

Foi a parceria com a Dell que permitiu à Azul

Começando pelo data center, onde a

atingir 99,99% de disponibilidade de suas

virtualização de servidores garante a

posições de check-in e reduzir os custos de

flexibilidade e a confiabilidade necessárias

suporte e manutenção local em cerca de 60%,

para a operação e expansão de sistemas

chegando a ser a terceira maior companhia

críticos como vendas, malha aérea e escala

aérea do Brasil em menos de 5 anos.

A Azul, companhia aérea resultante da união entre a Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a Trip Linhas Aéreas, é a terceira maior companhia aérea do país. A empresa detém uma frota de 124 aeronaves, mais de 9.300 funcionários, 865 voos diários, em 105 destinos servidos e 30.3% do total de decolagens do país.

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Índice

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18

18 26

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32 48

26 48

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Entrevista O sociólogo Domenico De Masi acredita que para obter criatividade é preciso criar times mistos nas empresas e assinala que atual modelo de trabalho focado no controle desestimula geração de ideias Pensar o novo Clovis de Barros Filho aponta que fórmulas vencedoras do passado não garantem o sucesso no futuro. Mas, então, o que é preciso para mudar esse cenário? Adotar novas estratégias, garante o filósofo e consultor Orçamento apertado Vice-presidente de tecnologia e infraestrutura dos Correios, Antonio Luiz Fuchino, mostra como é possível inovar nos negócios mesmo com o budget restrito Antes da TI, a Estratégia Digitalização dos negócios e aumento da participação das áreas em projetos ditam novo ritmo a TI. Estudo Antes da TI, a Estratégia constata mudança em curso vivida pelos CIOs Momentos Dos conteúdos ao lazer, relembre os acontecimentos mais marcantes dos cinco dias de IT Forum 2015

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br VICE-PRESIDENTE-EXECUTIVO MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br DIRETORES DIRETOR DE VENDAS E MARKETING André Cavalli • acavalli@itmidia.com.br DIRETORA DE OPERAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO Emanuela Araújo • earaujo@itmidia.com.br

itforum365.com.br COMERCIAL GERENTE COMERCIAL Marcelo Nucci - marcelo.nucci@itmidia.com.br

EDITORIAL EDITOR DE TI Vitor Cavalcanti • vcavalcanti@itmidia.com.br

EXECUTIVO DE CONTAS Luiz Guerreiro • luiz.guerreiro@itmidia.com.br

EDITORA-ADJUNTA DE TI Déborah Oliveira • deborah.oliveira@itmidia.com.br

REPRESENTANTES RIO DE JANEIRO: Sidney Lobato • sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648

REPÓRTER Tissiane Vicentin • tissiane.vicentin@itmidia.com.br

USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast | Tel.: (1-212) 2683344 East Coast • ralph@husonusa.com MARKETING GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Gabriela Vicari – gvicari@itmidia.com.br COMO RECEBER A REVISTA IT FORUM: www.itforum365.com.br COMO ANUNCIAR: comercialti@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6600 TRABALHE CONOSCO: rh@itmidia.com.br

ANALISTA DE MERCADO Marco Silva • msilva@itmidia.com.br OPERAÇÕES GERENTE DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES Priscila Ponte • priscila.ponte@itmidia.com.br COORDENADORA DE OPERAÇÕES Rosana Soares • rsoares@itmidia.com.br

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A Revista IT Forum é uma publicação da IT Mídia S.A. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia.

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Editorial

Criatividade em pauta pela angústia de não poder trabalhar utilizando o dispositivo tecnológico que julga ser o melhor. E isso apenas para usar exemplos bastante simples. De fato, estamos diante de uma transformação sem precedentes que tem tudo para dar certo e fazer nascer um novo modelo de sociedade e tudo para dar errado, utilizando todo o poder tecnológico para podar ainda mais a criatividade, o diálogo, a colaboração e os ambientes agradáveis. Que mundo você, CIO, quer deixar de legado? Um dominado por processos rígidos e pouco flexíveis ou outro no qual os profissionais cumpram com uma série de atividades, mas tenham algum tempo para inovar, criar o novo, pensar diferente, como alguns dos textos produzidos pela editora-adjunta Déborah Oliveira ressalta e identifica como sendo algumas das buzzwords do momento? Talvez, tenhamos chegado a um momento de importante reflexão para um novo modelo de sociedade, envolvendo vida pessoal, corporativa e todo o processo produtivo. Espero que esta edição te entregue algumas reflexões e que você possa também aproveitar o conteúdo dos cases e os insights extraídos do estudo Antes da TI, a Estratégia. Até a próxima! Vitor Cavalcanti

Vit or C avalc ant i EDITOR DE TI V C AVA L C A N T I @ I T M I D I A . C O M . B R

FOTO: RICARDO BENICHIO

Pode parecer engraçado falar de criatividade em uma publicação que trata majoritariamente de tecnologia da informação no âmbito corporativo e mais ainda levar o tópico como tema central para o principal encontro de CIOs da América Latina. Mas o fato é que as empresas têm buscado essa característica em seus líderes, ainda que muitas delas possuam processos produtivos que em nada estimulam o trabalho criativo. É interessante notar essa dissonância de discurso, ressaltada por Domenico De Masi em sua apresentação e também na entrevista que abre esta edição da Revista IT Forum. As companhias seguem com modelo de trabalho ainda muito vinculado à era industrial, na qual o ganho de escala era mandatório. Nessa sociedade digital que emerge, ainda deve aparecer alguma companhia que traga não apenas novos produtos, mas um novo modelo de gestão. A empresa pós-industrial não pode estar fadada à rigidez de um calendário que prevê muitas horas de trabalho, centenas de reuniões e pouco espaço para exercitar a criatividade. Até porque, quase 70% do trabalho atual é intelectual e não braçal. Esta não é, obviamente, uma defesa ao não-trabalho ou mesmo a um ambiente desregrado, mas é preciso haver mais flexibilidade. Os jovens que chegam ao mercado de trabalho já trazem essa demanda, seja pelo desejo de um home-office ou

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E N T R E V I S TA | D O M E N I C O D E M A S I

Por VITOR CAVALCANTI

DOMENICO DE MASI PREGA O FOCO NA CRIAÇÃO DE TIMES MISTOS COM VISTAS À CRIATIVIDADE E CRITICA MODELO ATUAL DE TRABALHO, NO QUAL O CONTROLE PREVALECE E DESESTIMULA AÇÕES CRIATIVAS

Equipes

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FOTO: photogama

A promessa da revolução digital ainda não veio. Pelo menos é no que acredita o cultuado sociólogo italiano Domenico De Masi, para quem essas empresas deveriam trazer um novo modelo organizacional aliado a produtos inovadores. Autor de diversos livros entre eles O Ócio Criativo e O Futuro Chegou, o sociólogo explica o que que se tem visto, no entanto, são companhias lançando mercadorias com grau elevado de inovação, mas atuando como corporações da era industrial. A crítica de De Masi ao mundo empresarial faz sentido. Como ele mesmo lembra, quando Henri Ford passou a produzir seus veículos em escala, ele revolucionou o processo produtivo na indústria automotora. Depois, todos os seguiram e ainda o seguem. A visão que o sociólogo lança sob a sociedade como um todo é até para gerar preocupação, seja por conta das horas dispensadas em escritórios e reuniões muitas vezes sem ao mesmo entender o motivo pelo qual se está passando por tal situação ou mesmo pelo que ele chama de empresas digitais com processos antigos que, no final das contas, acaba travando o processo criativo em detrimento do modelo de repetições infinitas. Muitos podem não concordar com as opiniões fortes trazidas por ele, mas isso não significa, entretanto, que não se deva ler com atenção o que diz o sociólogo e utilizar para reflexões sobre o modelo de sociedade atual, as promessas do digital e para onde se caminha com o formato corporativo que ainda resvala na rígida disciplina industrial, mas que prega uma modernidade que ainda não veio. A seguir, confira os principais trechos da entrevista realizada durante o IT Forum 2015.

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FOTO: PHOTOGAMA

E N T R E V I S TA | D O M E N I C O D E M A S I

A FALTA DE CRIATIVIDADE NORMALMENTE ESTÁ ASSOCIADA AO FATO DE A EMPRESA NÃO GOSTAR DISSO, MAS SIM DE REPETIR SEMPRE AS MESMAS COISAS

TRABALHO CRIATIVO • SE ESPALHA PELAS 24 HORAS DO DIA • SUA PRODUTIVIDADE DEPENDE MAIS DA MOTIVAÇÃO DO QUE DO CONTROLE • SE TORNA MAIS FEMININO • SE DESESTRUTURA • SE MISTURA COM O ESTUDO E O LAZER (ÓCIO CRIATIVO)

REVISTA IT FORUM - VOCÊ FALOU QUE É MUITO DIFÍCIL ENCONTRAR UM SER CRIATIVO, SENDO QUE O IDEAL SERIA PERSEGUIR UMA EQUIPE CRIATIVA QUE MESCLE PESSOAS COM NÍVEIS DE FANTASIA E CONCRETUDE. AS EMPRESAS JÁ TRABALHAM NESSA DIREÇÃO OU É COMPLICADO MONTAR ESSE TIPO DE EQUIPE?

Domenico de Masi – Não é difícil, eu tenho criado muitos grupos criativos ao longo dos últimos anos para diversas empresas. Fiz um trabalho para a Bulgari, por exemplo, para elaboração de um perfume e fizemos isso a partir de uma equipe criativa. É fácil criar esse tipo de grupo. Se você analisar bem, consegue perceber se uma pessoa tende mais à execução ou à fantasia. Então, você mesclará pessoas que tenham concretude, ou seja, executam bem, as fantasiosas, ou aquelas que tenham muitas ideias, ainda que não sejam boas em executar, um líder carismático e uma boa missão. Se tiver tudo isso, terá uma equipe criativa. A falta de criatividade normalmente está associada ao fato de a empresa não gostar disso, mas sim de repetir sempre as mesmas coisas. REVISTA ITF – E ESSA REPETITIVIDADE É POR MEDO DA CRIATIVIDADE OU DE POSSÍVEIS RISCOS?

De Masi – Não necessariamente. O que acontece é que as pessoas são filhas da sociedade industrial, pautada pela repetição, ou seja, cria um processo e se repete 27 milhões de vezes. O problema é fazer sempre igual, a cadeia de montagem é contra a cria-

tividade e as empresas e líderes de hoje são filhos dessa sociedade que preza a repetitividade e não a criatividade. REVISTA ITF – ENTÃO, O SENHOR DIZ QUE A ECONOMIA DE ESCALA É UMA BARREIRA À CRIATIVIDADE. COMO FAZER PARA SER CRIATIVO?

De Masi – Sim, é uma barreira. As grandes corporações não inventam nada. O que a Apple inventa? O iPad? Quem inventou foi um laboratório pequeno cheio de criativos. Assim, os gigantes comercializam as invenções, mas não as criam. O fato de uma empresa produzir alguma coisa, não significa que foi ela quem criou. A maioria das ideias lançadas por empresas norte-americanas não tem sua concepção na corporação, mas nesses laboratórios, nas universidades, em grupos de jovens. REVISTA ITF – QUAL É O PERFIL DA LIDERANÇA CRIATIVA? TRATA-SE DE UM PROFISSIONAL QUE TENHA FANTASIA E CONCRETUDE OU ELE PODE PENDER PARA UM DOS LADOS?

De Masi – O líder é sempre balanceado, ele equilibra o grupo. Para mim, um bom exemplo de líder é Enrico Fermi (italiano naturalizado norte-americano e que se destacou por um trabalho para a criação do primeiro reator nuclear), ganhador do Prêmio Nobel, porque o bom líder não é um neurótico. Eu escrevi um livro, chamado em português de A emoção e a Regra, que narra a história de três grupos criativos, os líderes desses grupos não eram neuróticos, mas os gerentes sim, e o eram porque não sabiam porque trabalhavam. O gerente é como um homem pré-socrático, o futuro depende do destino, depende da bolsa, do acionista, o financiamento, não se sabe o que pode acontecer. E a bolsa sobe, vem a euforia, se cai, tudo se deprecia, mas ele não

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QUAL É O SEU DESAFIO?

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GOOGLE E APPLE SÃO ORGANIZADOS COMO A FORD, COM MAIS CORES, MAS É A MESMA COISA

sabe o porquê da euforia ou da depressão. A criatividade é autocontrole, não o controle excessivo. Quando eu escrevo um livro, sou motivado a escrevê-lo, não dependo de um controle. REVISTA ITF – O SENHOR FALA QUE AS PESSOAS PASSAM MUITAS HORAS NAS EMPRESAS E EM REUNIÕES, OU COMO O SENHOR DISSE, UMA PERDA DE TEMPO COLETIVA. POR QUÊ?

De Masi – É tudo um teatro, no qual se apresenta uma grande comédia, onde as pessoas fingem que trabalham. Se elas fossem ao local de trabalho para realmente trabalhar, elas o fariam isso por três horas por dia. Quem passa dez horas numa empresa é pelo teatro ou pela sensualidade, porque a empresa é um sistema erótico. O executivo tem uma mulher velha em casa, mas uma secretária sempre jovem. REVISTA ITF – NOSSA SOCIEDADE ESTÁ PREPARADA PARA NÃO VIVER ESSE TEATRO?

De Masi – Não está e para ficar ainda pior temos uma grande caminhada. A criação desse teatro levou pelo menos 150 anos. Por exemplo, os portugueses tentaram criar esse teatro com os índios, mas eles não cederam a isso porque os colonizadores queriam que eles trabalhassem dez horas por dia e eles preferiam ficar com a mulher e os filhos. Os índios preferiram morrer a trabalhar como os portugueses. E acredito que fizeram muito bem. A mãe e o pai que trabalham dez horas por dia cada um deixam o filho em casa sem trabalho e desesperado.

REVISTA ITF – ESSA QUESTÃO DA SOCIEDADE VIVER ESSE TEATRO NÃO ESTÁ LIGADA AO FATO DE NÃO SABER LIDAR COM ESSE TEMPO LIVRE?

De Masi – É um círculo vicioso. Se trabalha menos, terá que ocupar o tempo livre, se mata o tempo livre, terá que trabalhar mais. No mundo do trabalho, você tem socialização e, fora, você não tem nada. Quando chega à aposentadoria, termina o trabalho, o gerente não sabe o que fazer, a família não o reconhece e ele se perde e morre de depressão. REVISTA ITF – ISSO ERA MUITO COMUM ANTIGAMENTE, AS PESSOAS SENTIAM QUE SEM TRABALHAR MORRERIAM. TUDO ERA O TRABALHO. ESSA SOCIEDADE DIGITAL NÃO DEVERIA ESTAR COM UM PENSAMENTO DIFERENTE?

De Masi – É um pouco de ilusão. A empresa digital deveria ser completamente inovadora. Quando se inventou o automóvel, a empresa mudou totalmente, a Ford encontrou naquela época uma nova maneira de organizar a fábrica e produzir carros. Eu acreditava que as empresas digitais trariam a mesma renovação, um novo modo de organizar empresas e produtos digitais. Mas o que vejo são produtos novos com organização antiga. O Google e a Apple são organizados como a Ford, com mais cores, mas é a mesma coisa. É o oposto da digitalização. Mas na Ford havia uma organização rígi-

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FOTO: PHOTOGAMA

E N T R E V I S TA | D O M E N I C O D E M A S I

COMO SÃO OS GRUPOS CRIATIVOS? • ANTI-BUROCRÁTICOS E ANTIACADÊMICOS •COMPETITIVOS AO EXTREMO •INTERNACIONALISTAS •ATENTOS À ESTÉTICA •ATENTOS ÀS NOVIDADES TECNOLÓGICAS •ABERTOS AOS ESTÍMULOS CULTURAIS •ÊNFASE NO FUTURO •LÚDICOS •LÍDERES CARISMÁTICOS, MAS NÃO NEURÓTICOS •CAPAZES DE TRANSFORMAR OS VÍNCULOS EM OPORTUNIDADES

HOJE, 70% DO TRABALHO É INTELECTUAL, NÃO FAZ SENTIDO TRABALHAR TANTAS HORAS E ESSA DIVISÃO DIA DE TRABALHO E DIA DE DESCANSO

da e produtiva, na empresa digital, a produção tem caído. A organização pós-industrial é focada e trabalha menos horas, uma empresa que força o trabalho 365 dias é louca. REVISTA ITF – O SENHOR VÊ ALGUM TIPO DE PROFISSIONAL OU SETOR MAIS ABERTO A ESSA NOVA FORMA?

De Masi – Não. Na verdade apenas os jovens que acreditam em uma nova sociedade. Quando terminam a universidade, acreditam em uma organização diferente. Eles creem em uma sociedade sem horário, inovadora e na qual a sede é a internet. Mas quando chegam ao mundo corporativo, eles se deparam com toda a burocracia. Vão aos Estados Unidos para ver como as coisas funcionam e voltam tristes. O gerente é a pessoa mais infeliz do mundo. Ele representa muito do drama pós-moderno, que é

fazer coisas sem saber por qual motivo. REVISTA ITF – CONHECI ALGUNS EXECUTIVOS QUE TINHAM MEDO DE SAIR DE FÉRIAS. O QUE O SENHOR DIRIA PARA UM PROFISSIONAL COM ESSE TIPO DE TEMOR?

De Masi – Quando chega sábado e domingo, um presidente de uma grande empresa italiana leva trabalho para casa para não ter dor de cabeça. Sim, ele faz isso porque sem trabalho, ele tem dores de cabeça. Isso é uma loucura, mas também é uma loucura essa divisão de dia de trabalho e dia de diversão. Hoje, 70% do trabalho é intelectual, não faz sentido trabalhar tantas horas e essa divisão dia de trabalho e dia de descanso. Nem por conta de religião, já que a maioria não acredita em Deus. É tudo um grande teatro. Assim é o mundo. ITF+

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E N T R E V I S TA | C L O V I S D E B A R R O S F I L H O

Por DÉBORAH OLIVEIRA

o novo Pensar FAZER DIFERENTE, INOVAR... ESSAS SÃO AS BUZZWORDS DO MOMENTO. MAS POR QUE MUITAS EMPRESAS FALHAM NESSE OBJETIVO? O FILÓSOFO E CONSULTOR CLOVIS DE BARROS FILHO APRESENTA SUA VISÃO PARA O DESAFIO

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Em um cenário regido por pressões de todos os lados, os líderes de TI devem praticar a criatividade, tema que balizou as discussões do IT Forum 2015, realizado em abril na Praia do Forte (BA). Para exercer esse lado, na visão de Clovis de Barros Filho, professor livre docente de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), filósofo e consultor, é preciso deixar de lado fórmulas vencedoras do passado. “Elas não garantem sucesso nas situações presentes e futuras”, acredita. Em entrevista para a Revista IT Forum, Barros Filho lembrou que pensar o novo, o diferente, não é

exatamente um requinte, é uma necessidade. “Portanto, a disposição para pensar o novo não pode ser abandonada”, observa. Por outro lado, ao mesmo tempo em que as empresas incentivam a criatividade, sua aplicação no dia a dia é extremamente desafiadora. Isso porque, de acordo com o filósofo, na maioria das empresas o espaço corporativo é intolerante e não aceita erros. “Iniciativas extraordinárias só se mostram extraordinárias na terceira ou na quarta tentativas, já que muitas vezes elas exigem ajustes.” Confira a seguir a conversa na íntegra.

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E N T R E V I S TA | C L O V I S D E B A R R O S F I L H O

REVISTA IT FORUM - VOCÊ TEM EXPERIÊNCIA EM TREINAMENTO DE LÍDERES. COMO VOCÊ VÊ O DESENVOLVIMENTO DESSE GRUPO DE PESSOAS, ESPECIALMENTE NO MUNDO NO QUAL VIVEMOS AGORA DE EXTREMA PRESSÃO E MARCADO PELA INSTABILIDADE FINANCEIRA?

Clovis de Barros Filho - Quase sempre, toda vez que se pensa em reduzir custos, quem paga é o trabalhador. Isso é uma pena, porque a qualificação do empregado é condição de uma recuperação mais rápida pela excelência do seu trabalho e, consequentemente, pela qualidade do serviço prestado. A última coisa que deveria sofrer com as restrições é o investimento na qualificação da mão de obra. REVISTA ITF - COMO O LÍDER DEVE SE POSICIONAR NESSE CENÁRIO DE DIFICULDADE?

Barros Filho - Cabe a ele ter condições de diagnosticar o cenário de maneira mais detalhada e perfeita possível e ter didática para traduzir isso para os seus subordinados de maneira que todos entendam exatamente em que terreno estão pisando. A partir daí, o líder deve apresentar as diversas alternativas possíveis de estratégia dentro cenário, mostrar porque ela é mais adequada, e submeter ao crivo dos subordinados, conseguindo assim o engajamento, fazendo-os ter certeza de que colaboraram com a decisão. Isso vai costurar um engajamento maior do que se tiver uma comunicação pura e simples do que foi decidido.

É IMPRESCINDÍVEL ENTENDER QUE NOVOS CENÁRIOS EXIGEM SITUAÇÕES INÉDITAS

REVISTA ITF - NEM TODO MUNDO É CRIATIVO. ENTÃO, O QUE É PRECISO FAZER PARA AGUÇAR ESSE LADO EM SUA OPINIÃO?

Barros Filho - A criatividade é uma exigência que decorre do ineditismo das situações vividas. Em outras palavras, é imprescindível entender que novos cenários exigem situações inéditas. Pensar o novo, o diferente, não é exatamente um requinte, é uma necessidade porque as fórmulas vencedoras do passado não garantem o sucesso nas situações presentes e futuras. Portanto, a disposição para pensar o novo de forma de diferente não pode ser abandonada. REVISTA ITF - QUAL É O PODER DA CRIATIVIDADE?

Barros Filho - A rigor, nenhum instante da vida é igual ao ou-

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tro. Por isso, nossa inserção no mundo implica a adoção de uma estratégia nova para um mundo sempre novo. A criatividade não nos abandona nunca. Ninguém é exatamente igual ao dia anterior. Existe sempre uma perspectiva de novo, de alteração. Por outro lado, o fato de fazermos o que já sabemos é tranquilizador, é reconfortante. É esse tipo de facilitação, de conforto, que muitas vezes no leva a enormes fracassos e equívocos, porque o mundo pune com contundência os que pretendem adotar amanhã a mesma estratégia vencedora de hoje. Revista ITF - As empresas exigem que o funcionário tenha o poder de inovar e seja criativo, mas muitas vezes ele é podado. Por que isso acontece?

Barros Filho - O espaço empresarial é, muitas vezes, cruel. Você é incentivado a ser criativo. Então, o que seria normal? Uma tolerância com o erro, porque isso incentiva novas iniciativas. O que acontece é: ‘seja criativo’, mas se você não acertar na primeira vez, é guilhotinado. Um espaço de criatividade é de tolerância, porque iniciativas extraordinárias só se mostram extraordinárias na terceira ou na quarta tentativas, já que muitas vezes elas exigem ajustes, refinamento, e isso só se dará a partir de experiências equivocadas. Sem tolerância, não há criatividade. O espaço corporativo é intolerante, autoritário. Isso é um traço de grande crueldade. Você é incentivado a arriscar, mas se errar é, de certa forma, punido. Isso gera um medo e uma insegurança grande. Toda vez que cobra a criatividade, tem de dar a chance de ajustar. A verdade é muito simples: quando acerta, isto é, aumenta o lucro, você será aplaudido. Agora, quando não aumenta o lucro, a intolerância é máxima. Ninguém está disposto a perder um centavo, nem mesmo se a tentativa vai promover um futuro ganho. É incoerente. A hora que você vê que seu colega teve uma iniciativa e não foi coroada em um primeiro momento, você não arrisca. Revista ITF - Como usar a criatividade para sair da zona de conforto e realmente fazer a diferença nos negócios?

Barros Filho - A mentalidade das empresas é a mentalidade das pessoas que nela trabalham. Portanto, o que é preciso é que as pessoas pensem diferente e, por isso, convivam de forma diferente. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham menos avidez na hora de concentrar o capital e obter o lucro para que um dia, de fato, obtenham lucro. Ou seja, é fundamental que haja a aceitação de um certo recuo para depois andar para frente. Muitas vezes, a ganância de alguns, que se traduz em metas exageradas e mal calculadas, em expectativas de resultados descabidos que levam a uma exploração radical do trabalho, geram medo, incertezas e inseguranças. Penso eu que a sobrevivência no mundo do capital deve exigir sentido de humanidade, de tolerância com os limites da atuação daqueles que ali estão. Sangue no olho, faca nos dentes, essas alegorias são ótimas quando não são suas. Acredito que uma bandeira a defender é a de um capitalismo humanizado. itf

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INTERCÂMBIO DE IDEIAS | I N O V A N D O M E S M O C O M O B U D G E T A P E R T A D O

APERTADO Driblando o orçamento

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Por TISSIANE VICENTIN

MESMO COM O BUDGET CURTO, LUIZ FUSCHINO, VICE-PRESIDENTE DE TECNOLOGIA DOS CORREIOS, MOSTROU QUE É POSSÍVEL TRAZER TECNOLOGIAS INOVADORAS PARA OTIMIZAR OS NEGÓCIOS

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Na era digital, inovar é sinônimo de vantagem competitiva. Mas, para isso, são necessários investimentos que nem sempre representam aplicar um bocado de dinheiro, especialmente em situações como a enfrentada atualmente no Brasil, com a alta do dólar e a instabilidade econômica do País. Na corrida para ficar no topo da pirâmide há, ainda, o fator "não correr riscos", que quando acrescentado à receita torna o desafio ainda maior. Como, então, inovar mesmo com o orçamento apertado? A resposta a essa questão foi apresentada pelo vice-presidente de tecnologia e infraestrutura da Empresa Brasileira de Correios, Antonio Luiz Fuchino, durante o Intercâmbio de Ideias, que aconteceu no IT Forum 2015, na Praia do Forte (BA). O executivo, juntamente com sua equipe de TI, conseguiu implementar serviços para facilitar a entrega de produtos e, consequentemente, conter gastos. O primeiro passo a ser dado no processo de inovação foi mitigar os riscos, especialmente porque mudar requer investimento financeiro e falhar não é algo visto com bons olhos no âmbito público, como o que atua Fuschino. “Inovar é realizar algo completamente novo ou que pouca gente fez, e tudo o que traz uma incerteza muito grande é um risco. No mundo público, o risco é algo a ser evitado, porque nosso acionista é a sociedade e ela não é tolerante a falhas, à perda de dinheiro”, afirmou. Segundo Fuschino, as inovações que trazem benefícios mais duradouros aos negócios são aquelas que têm impacto

direto na forma como ganhar dinheiro. Com isso em mente, e utilizando como base documentos e visitas a fornecedores, a equipe de TI identificou algumas tecnologias emergentes que poderiam gerar algum tipo de inovação. Estabeleceu-se, então, uma espécie de comitê onde os funcionários (operadores, analistas, e qualquer outro interessado) foram convidados a participar voluntariamente para estudar tais tecnologias e entregar ideias que culminassem em uma melhora do serviço. “A própria equipe de gestão de TI faz um evento, sempre em um horário fora do expediente, onde cada um desses técnicos interessados apresentam o que estudaram. Depois foi feita uma banca para que eles mostrassem o que tinham aprendido sobre o produto e fossem selecionadas as tecnologias para começarmos a investir”, contou Fuschino. Uma empresa móvel Por ter como principal serviço a entrega de correspondências, os Correios se consideram uma empresa móvel. Seguindo esse raciocínio, o caminho natural para a companhia era investir em tecnologias móveis para transformar e inovar os negócios. Surgiram, assim, três projetos: O primeiro deles tinha como intuito agilizar o trabalho de preparação do carteiro antes de sair do centro de distribuição e mitigar as indenizações ocorridas com atraso de entregas. Para isso, os profissionais receberam smartphones, os quais continham as listas dos locais de entrega e horários, além de um

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ANTONIO LUIZ FUSCHINO, VICE-PRESIDENTE DE TECNOLOGIA DOS CORREIOS

campo para preencher o motivo de insucesso de entregas, caso necessário. No momento em que são registrados, os dados são automaticamente sincronizados com o sistema da central. Todo esse processo era antes feito unicamente à mão, com os tradicionais caneta e papel, e somente no fim do dia, quando o carteiro chegava no centro de distribuição, é que as ocorrências eram registradas na plataforma. "Com esse sistema, os objetos são carregados no smartphone e na ordem da entrega. Então, o carteiro não tem mais de se preocupar em fazer a lista, porque o roteiro dele está previamente preparado", explica o executivo. Além disso, só o fato de ter o horário sincro-

nizado com o da central conteve os gastos que os Correios tinham com indenizações provenientes do Sedex 10 - e esse dinheiro foi revertido para pagar os custos com o projeto. “Não conseguimos eliminar gastos, mas reduzimos tempo. Estimamos que os carteiros agora estão prontos para sair do centro de distribuição 40 minutos antes, em média, todos os dias”, afirmou Fuschino. O piloto, que teve início em 2012, foi feito com os 2,4 mil carteiros do Sedex 10 e o objetivo é estender a tecnologia para todos os 70 mil carteiros da cidade de São Paulo. A segunda iniciativa, chamada de Interatividade Postal, consistia exatamente em dar oportunidade aos Correios de interagir diretamente com os

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ENCONTRO PROMOVEU DISCUSSÃO SOBRE INOVAÇÃO NA TI

destinatários ao longo do percurso de entrega via SMS. O projeto foi o ganhador do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, realizado em novembro de 2014 pela IT Mídia, em parceria com a PwC. Em sua essência, de acordo com Fuschino, está redução de retornos que acontecem quando não há uma pessoa disponível para o recebimento do pacote. "Como o roteiro do carteiro é quase sempre o mesmo, a probabilidade de entregar no mesmo horário no dia seguinte e não encontrar ninguém para receber o pacote é alta", conta. O custo de um retorno é alto, porque é preciso manipular o pacote e encaixá-lo novamente na entrega do dia seguinte. Com notificações, o destinatário pode ser informado de tempos em tempos onde está o seu pacote

e, inclusive, pedir para que o endereço de entrega seja modificado ou solicitar a entrega em outro dia, no caso de não haver a possibilidade de recebimento. O terceiro e último projeto ainda está em fase de implementação e consiste em facilitar a forma como o aviso de recebimento (AR) chega aos seus clientes. Com o sucesso da iniciativa, que começou em 2012, os investimentos em novas ideias continuam. Para esse ano, Fuschino adiantou que começarão a estudar dispositivos vestíveis, drones e impressão 3D. Mas ele deixa claro que o esforço para a mudança deve ser conjunto. “A inovação vem de um trabalho coletivo e não especificamente da área de TI”, encerrou. ITF

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Michelin é uma empresa com mais de 100 anos de história e que desponta entre as líderes mundiais na fabricação e comercialização de pneus. Por trás do produto, há uma TI que soma esforços para apoiar seu destaque no mercado e, na América do Sul, esta posição é reconhecida globalmente. A operação da Michelin nesta região foi considerada a que melhor provê serviços de informática para a indústria por quatro anos consecutivos. Como resultado desta eficiência, a Michelin na América do Sul dá um passo importante no caminho da TI voltada à evolução do negócio. Com a estabilidade adquirida em seus sistemas, hoje a área de tecnologia utiliza seus esforços para apoiar a inovação da empresa atuando lado a lado com as áreas focadas no seu business. Para chegar a este estágio, a companhia contratou em 2011 a Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação, para cuidar de todas as aplicações de negócios da indústria na América do Sul. O AMS (Application Management Services) fornecido pela Sonda IT envolve o suporte de cerca de 300 aplicações e 700 interfaces acessadas por aproximadamente seis mil usuários.

“A escolha por uma parceira regional foi extremamente importante para o alcance da maturidade da área de TI que obtemos hoje, pois a integradora proporcionou flexibilidade, agilidade e proximidade para o atendimento às nossas necessidades. A Sonda IT, além de cuidar de nossas aplicações, nos ajudou a construir o conhecimento para que todos os sistemas pudessem ser suportados”.

Mesmo com um volume amplo de aplicações, hoje a Michelin não lida mais com problemas em suas operações e o dia a dia da TI deixou de ser voltado para a resolução de problemas, passando a apoiar na inovação do negócio. A maturidade dos processos de TI permitiu que este departamento passasse a ser visto como uma frente construtiva, que oferece alternativas para suportar as áreas de negócios da indústria. A tônica hoje é apoiar com conhecimento o core business da empresa para promover, através de uma TI com governança, resultados para a indústria. Além de possibilitar que a equipe de TI atue como um apoio estratégico ao negócio da indústria, a Sonda IT também está amparando a Michelin numa nova frente, que é a de promover uma administração mais enxuta da área de TI. A missão é focar na redução de processos e de custos. “Quando a casa está arrumada e nos deparamos com um cenário econômico crítico como o que estamos vivendo, fica mais fácil ajustar os mecanismos para ganharmos produtividade e diminuirmos as perdas”, conclui Ramires. Para a Sonda IT, que foca em parcerias de longo prazo, casos como este da Michelin exigem muito mais que o comprometimento no atingimento dos níveis de serviço da operação. Transparência e confiança são fundamentais. “Em grandes contratos de AMS, montamos equipes que conseguem suportar tecnicamente a operação e que também passam a dominar o negócio, apoiando o crescimento e a adaptação da TI”, pontua Waldir Rodrigues Junior, diretor de outsourcing da Sonda IT.

Marcelo Ramires, CIO da Michelin na América do Sul e membro do board mundial de TI da companhia.

SOBRE A SONDA A Sonda é a maior integradora latino-americana de serviços e soluções de Tecnologia da Informação (TI). Fundada em 1974, a companhia tem presença direta em dez países da região, tais como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai. Atualmente a empresa opera com 22 mil colaboradores e seu faturamento em 2014 alcançou a marca de US$ 1.447 bilhão. Suas principais áreas de negócios são os serviços de TI em diferentes modalidades, aplicações e infraestrutura. Sua cobertura de negócios compreende uma ampla diversidade de indústrias. No Brasil, a Sonda IT atua desde 1989 e está presente nos principais Estados do País. /SondaITBrasil

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INTERCÂMBIO DE IDEIAS | C I B E R S E G U R A N Ç A

Por TISSIANE VICENTIN

ANTONIO NARVAEZ, CIO DA AES BRASIL, CONTA COMO O EQUILÍBRIO ENTRE BOAS PRÁTICAS E INFRAESTRUTURA ROBUSTA PODE EVITAR ATAQUES VIRTUAIS E PÔR EM RISCO À SEGURANÇA DAS EMPRESAS

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UL TRA BLINDA GEM A era digital trouxe mais desafios do que nunca para as empresas, não apenas em relação ao modelo de trabalho, que adquiriu velocidade e mobilidade, mas especialmente no quesito segurança. As ameaças aumentaram e se tornaram mais sofisticadas. Com todo o aparato de trabalho móvel, somado a aplicações de compartilhamento de dados e documentos, a quantidade de portas de entrada para roubo de dados saltou. Essa mudança de cenário reforçou a tese de que para se defender não basta apenas investir em uma infraestrutura robusta e manter as soluções de segurança atualizadas. Assim, a cultura interna passou a ser ainda mais mandatória, demandando educação constante dos funcionários para que haja uso adequado de ferramental e também para que não caiam em velhas armadilhas que se renovam a cada instante.

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INTERCÂMBIO DE IDEIAS | C I B E R S E G U R A N Ç A

ANTONIO NARVAEZ CIO DA AES BRASIL

É nesse tipo de equilíbrio – educação e investimento em tecnologia e infraestrutura - que Antonio Narvaez, CIO da AES Brasil, aposta para manter seguros os ativos da fornecedora de energia elétrica, responsável por atender 142 municípios das regiões Sul e Sudeste do País. Durante a sua apresentação no Intercâmbio de Ideias, realizado no IT Forum 2015, na Praia do Forte (BA), Narvaez observou que a era digital trouxe conectividade, agilidade, flexibilidade e alta velocidade de maneira nunca antes vista. Na outra ponta, isso também traz desafios nunca antes enfrentados pela área de segurança da informação, especialmente em setores críticos como o de energia. “Estamos na era digital. Ela veio para ficar e irá crescer a cada dia. No setor de energia, isso significa que a usina, de alguma forma, vai estar conectada com o medidor eletrônico na casa do cliente. Essa grande conexão que existe entre os mundos traz implicações para a segurança”, disse. Para o executivo, a ordem atual para essa área é: se não conseguir eliminar o risco por completo, o imperativo é ao menos reduzir a probabilidade de ocorrências. “Temos de reduzir ao máximo, tanto quanto o investimento financeiro permitir”, afirma.

“Para aquele risco que entendemos que ainda está presente, temos de nos preparar para reagir quando ele se materializar.” Se manter atualizado, dos filtros de conteúdo ao software embarcado e toda a infraestrutura de segurança, é um dever. Também é necessário haver planos de contingência e análises posteriores ao acontecimento de algum incidente. No caso da AES Brasil, sendo uma empresa do setor de energia, qualquer risco relacionado à segurança se torna algo crítico. “O segmento de utilities é o mais visado para ataques, por ser de infraestrutura crítica. Se você gera um pequeno blackout em uma determinada região, por exemplo, cria-se o caos”, afirma o executivo. E essa questão fica ainda mais ampla quando inserimos o home office no cenário. “A dinâmica de ter funcionários trabalhando fora da empresa traz riscos, porque eles estão conectados à minha rede. O mesmo ocorre com empresas parceiras, que também são foco de atenção”, afirma Narvaez. CULTURA DE PROTEÇÃO Segundo o executivo, a melhor maneira de prevenir é definir uma cultura na empresa que tenha foco na segurança da informação. O estabelecimento de regras é altamente necessário para garan-

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INTERCÂMBIO DE IDEIAS | C I B E R S E G U R A N Ç A

CIOS PARTICIPAM DE INTERCÂMBIO DE IDEIAS E COMPARTILHAM EXPERIÊNCIAS NA ÁREA

tir que os processos relacionados às boas práticas de segurança sejam cumpridas. “Lembra da Sony? da Target? Todas essas empresas chegaram à mesma conclusão. Elas possuíam guidelines e algum dos componentes falhou. É preciso criar mecanismos para conseguir amenizar essa nova realidade”, comentou. Uma das práticas realizadas na AES Brasil para prevenção de ataques é testar constantemente seus funcionários com simulações de campanhas como a de phishing - que é um dos artifícios mais utilizados por cibercrimosos para implantar vírus ou roubar informações de usuários e empresas. “Conforme eram aplicadas, as campanhas traziam resultados cada vez melhores com o passar do tempo, atingindo menos pessoas. Mas o quadro mudava à medida que os ataques ficavam mais sofisticados”, exemplificou. O executivo levantou ainda a necessidade da troca de informações entre companhias sobre os ataques ou mesmo relacionadas às tentativas sofridas por elas para que haja um verdadeiro

benchmarking e todas possam realizar melhorias em seus processos de segurança. Como ressaltou o CIO, nessa hora é preciso esquecer que existe concorrência. Ao ser perguntado se havia uma forma de mensurar se as organizações estariam completamente protegidas, Narvaez foi taxativo: não. “Você pode estabelecer guidelines, criar suas métricas, e se certificar de que foram completamente adotadas. Mas isso não significa que você está 100% seguro.” Isso porque, as tecnologias, especialmente as de invasão, evoluem rapidamente e é difícil acompanhar no mesmo passo, como observou um dos convidados do Intercâmbio, Klaiton Simão, CIO do Hospital São Camilo. “As práticas criminosas estão em constante treinamento, evolução e sofisticação. O que você precisa é medir se os guidelines estão, de fato, atendendo à realidade de melhores práticas do mercado. Posso ter o resultado de uma auditoria ruim, porque o mercado ficou muito sofisticado e eu não tive tempo de me atualizar.” ITF

MELHORES PRÁTICAS

COMPARTILHAR: A TROCA DE INFORMAÇÕES SOBRE AMEAÇAS E TENTATIVAS DE ATAQUES ENTRE EMPRESAS É IMPORTANTÍSSIMA. ALÉM DE FORTALECER A COLABORAÇÃO, AJUDA NA PREVENÇÃO E NO COMBATE A INVASÕES. PREVENIR: ESTABELECER PLANOS DE GERENCIAMENTO PARA VERIFICAR SE NÃO HÁ BRECHAS QUE POSSAM SER EXPLORADAS, ALÉM DE DETECTAR AS MÁS PRÁTICAS DA EMPRESA – E CORRIGI-LAS. EDUCAR: ENGLOBA FUNCIONÁRIOS E CLIENTES INTERNOS QUE, COM O ALTO NÍVEL DE CONECTIVIDADE E MOBILIDADE, SÃO ALVOS FÁCEIS DE CIBERCRIMINOSOS. É PRECISO ESTABELECER UMA CULTURA QUE EDUQUE E CONSCIENTIZE.

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Dê um impulso a sua empresa e mova o mundo. Nos próximos anos, mais informação será gerada do que em toda a história da humanidade. Embora pareça complicado, na verdade, as coisas ficaram muito mais claras para os negócios. Dê um impulso a sua empresa e você poderá mover o mundo. Mas para conseguir, você precisa de um bom parceiro. Um parceiro que te ajude a converter milhões de tweets, publicações e dados em novos clientes e marcas promissoras.

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INTERCÂMBIO DE IDEIAS | A N T E S D A T I , A E S T R A T É G I A

CURSO Transformação em

Não é preciso ir muito longe para saber que algo está acontecendo no mundo dos CIOs. As trocas de executivos estão mais constantes e temas que antes ficavam relegados da pauta surgiram com muito mais força. A transformação em curso, capitaneada por alguns pilares, entre eles, talvez os mais importantes, a digitalização dos negócios e o aumento da participação das áreas de negócio em projetos de tecnologia, tem ditado um novo ritmo à TI. Os projetos já não podem ser tão longos, a postura, que há tempos já não podia ser reativa, tem de ser de atitude parceria e ação em tempo real, e a área precisa estar aberta a mais parceiros, sejam eles internos ou externos.

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Por Déborah Oliveira e Vitor Cavalcanti

Estudo produzido pela IT Mídia, em parceria com os consultores Cezar Taurion e Sérgio Lozinsky, constata preocupação com mudanças em curso e um sinal de alerta em relação ao mundo digital e ao posicionamento do CIO enquanto líder

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SÉRGIO LOZINSKY CONSULTOR

Tudo isso também está traduzido nos diversos números do estudo Antes da TI, a Estratégia, produzido pela IT Mídia, em parceria com os consultores Cezar Taurion e Sérgio Lozinsky. A transformação digital é uma das constatações mais claras na edição de 2015, levando-se em consideração as respostas dos 190 CIOs que integram o grupo das 500 maiores empresas do País. Mas será que as coisas estão de fato acontecendo ou ainda não muito no campo da experimentação? Para alguns segmentos, é verdade, essa transformação vem numa velocidade maior, enquanto para outros, o tempo parece passar mais devagar. Mas isso pouco importa. A questão é que cedo ou tarde, isso fará parte da realidade da sua companhia e você será chamado a responder pelo que está acontecendo. Entre os pontos de atenção levantados pelos consultores está, por exemplo, uma atenção especial à estratégia empresarial. A TI precisa suportar toda e qualquer mudança na empresa já que, nos curto ou médio prazos, haverá impacto em tecnologia. A arquitetura sofre e sofrerá grandes mudanças, sobretudo, pelo surgimento da chamada segunda TI, aquela preocupada com o mundo digital e suas diversas aplicações, enquanto a primeira, aquela antiga, continuará sendo importante, mas funcionará como o suporte do dia a dia e já não poderá consumir tanta energia como nos dias atuais.

A discussão é tão profunda, mas nem todos ainda a entenderam. No Antes da TI, a maioria dos participantes relata que a companhia vê a TI como um departamento estratégico ou como base para aumentar a competitividade. Mas como lembrou Lozinsky, quando se cruza essas informações com outras pesquisas, o sinal de alerta surge. “Em pesquisa globais, quando se avalia a contribuição da TI para a empresa, varia muito a visão do CIO e dos CEOs e outros líderes. Embora os CEOs achem que tecnologia seja fundamental e mostra a necessidade para repensar modelo de negócio, ele enxerga como principais apoiadores para reformular o modelo diversas outras áreas e parceiros antes de apontar o departamento TI”. Nas páginas a seguir, separamos quatro grandes tópicos para reflexão e eles foram escolhidos com base nos debates acontecidos durante o IT Forum 2015. CONVIVENDO COM 2 TIS! Um dos grandes problemas relatados por CIOs com a economia digital é o surgimento de uma segunda TI na empresa, principalmente devido aos projetos liderados pelas áreas de negócio. Algo que antes seria fortemente combatido, no entanto, passa a ser encarado como parte dessa nova era que surge a partir das tecnologias digitais. A chave será gerir o convívio desses dois am-

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bientes e fazer com que as coisas não trabalhem totalmente desvinculadas uma das outras. “É inevitável conviver com duas TIs, pode até estar com uma liderança única, mas precisa do técnico olhando firewall, ERP, data center, e de alguém que olhe o negócio, as necessidades das unidades e cobre a área técnica para que isso aconteça. Essa é a transformação que a TI tem de fazer no meu ponto de vista. Ou você tem TI que entenda as duas TIs e conviva com isso ou não flui”, argumentou Tatiana Medina, CIO da Duratex, durante as discussões no IT Forum 2015. Mas o convívio das duas TIs traz diversos questionamentos. Como ajustar os dois mundos? São separados ou não? Projetando para frente, aponta uma estabilização do ambiente atual e um crescimento explosivo da nova demanda. Como pensar esse mundo novo? Os líderes estão trazendo as pessoas corretas? Trata-se de um contexto que mexe com o tipo de liderança a ser exercida e com a velocidade com que as coisas serão entregues, como lembrou Carlos Lemos, CIO da fabricante de automóveis Chery. “O que vem se aproximando é o aculturamento dos nossos

clientes. O que muda nesse contexto é principalmente a velocidade. Só estamos repetindo erros e acertos nessas décadas de evolução da TI. E o conhecimento que ficava restrito ao império da TI, ao data center, acabou.” Os CEOs estão neste momento com grande expectativa da TI, independentemente da existência formal de dois departamentos – aquele mais voltado ao digital e outros com foco em infraestrutura e sistemas como ERP. E esse olhar que o principal executivo lança é na capacidade de rever estratégias, traduzir o que está acontecendo no campo técnico/ conceitual para aplicabilidade de negócio, já que a tecnologia e seu potencial são valorizados, o questionamento está no departamento e na forma como ele é conduzido. No Magazine Luiza, por exemplo, uma forma de atuar nesse sentido encontrada pelo CIO Marcelo Koji veio com a criação de uma espécie de laboratório, que foca na produção de protótipos. “Se a ideia dá certo, seguimos. Comecei a criar prateleiras de ideias, com cinco pessoas e começamos a vender. Em três meses desenvolvemos uma solução mobile para agilizar o trabalho dos que entregam móveis.”

CEZAR TAURION CONSULTOR

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COMO A ORGANIZAÇÃO ENXERGA A INOVAÇÃO? 1% Participação da TI nos processos de inovação da empresa

21% A organização entende a inovação como parte importante no desenvolvimento do negócio. Existem planos consistentes para seu tratamento e ferramentas que gerenciam o processo de documentação de novas ideias enviadas pelos funcionários

8,2% Alguns gestores entendem que a inovação seja importante para o negócio, mas pouco é feito para a gestão deste processo

39,5% 30,3% A organização entende a inovação como parte importante no desenvolvimento do negócio. Existem planos consistentes para seu tratamento assim como incentivos para que todos os funcionários tragam novas ideias de produtos, serviços, processos, entre outros

A organização entende a inovação como parte importante no desenvolvimento do negócio, porém não existe um processo formal para sua continuidade

EXISTE UM PROCESSO FORMALIZADO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO? 13,8% 13,8% Existe um processo estruturado, implementado e formalizado para iniciativas de inovação. Esse processo é monitorado e já vem apresentando reais benefícios

9,7% O processo de gestão da inovação é maduro, com processos estruturados, e amplamente difundido na organização

Os processos de gestão de inovação não são documentados e as iniciativas não são estruturadas

49,2% A inovação é incentivada, porém fica a cargo de cada unidade de negócio a pesquisa, entendimento e justificativa do projeto

13,3% Existe um processo formalizado de gestão da inovação, porém se restringe ao nível executivo

PARTICIPAÇÃO DA TI NOS PROCESSOS DE INOVAÇÃO DA EMPRESA 7,7% 9,2% TI é incubadora de projetos de inovação

60,5% TI atua de forma intensa nos projetos de inovação

TI não se envolve nos projetos de inovação, sendo apenas avisada quando da necessidade de avaliar as questões de tecnologia

22,6% TI envolve-se informal e indiretamente com os projetos de inovação

ESTAMOS INOVANDO? A discussão em torno da inovação em TI é antiga e quase nunca existe um consenso. No entanto, executivos tendem cada vez mais a concordar com a máxima de que a TI não necessariamente precisa liderar processos de inovação interno, mas que o departamento deve ser habilitador desses acontecimentos. De maneira geral, como frisou Sérgio Lozinsky, quase todo CIO quer cuidar de inovação e não de sustentação, ainda que isso seja quase impossível no dia a dia. Para isso, no entanto, é preciso assumir os riscos envolvidos e aí os desafios começam. No estudo Antes da TI, a Estratégia, mais de 50% dos CIOs participantes afirmam não possuir nenhuma verba específica destinada para inovação. Ainda que isso não necessariamente represente um grande problema, uma vez que muitas empresas tenham internamente áreas de inovação com orçamento destinado para este fim, atividades como teste de novas tecnologias e diferentes aplicações para o negócio podem ser comprometidas. O mesmo estudo mostra ainda que, mesmo as empresas entendendo inovação como algo importante, quase 40% não possuem processo formal para sua continuidade. Por outro lado, e aí voltamos à afirmação de Lozinsky sobre o desejo da TI em estar vinculada à inovação, 60% dos executivos afirmam que a TI participa ativamente do processo de inovação. O porcentual, no entanto, gera dúvidas, sobretudo, quando se faz uma rápida sondagem com CIOs e muitos deles confidenciam que a complexidade do dia a dia muitas vezes impede um foco maior em buscar o novo. Quem corrobora com isso é Cezar Taurion, de maneira até mais taxativa: “O CEO vê o CIO como operacional. É preciso pensar diferente, sair da caixa de fato.” Embora seja real essa preocupação do consultor Taurion, existem executivos com iniciativas que vão ao encontro desse pensar diferente, como compartilhou Danilo Zimmermann, CIO da Alelo. “Estamos num momento interessante. Implantamos um novo fluxo de inovação e temos algumas coisas acontecendo. Mas recentemente, o presidente e o marketing pediram uma conversa comigo e questionaram se não perderíamos foco com esse trabalho. É interessante, já que quando cheguei, há um ano e meio, a preocupação era falta de velocidade, atendíamos o core, mas não o entorno. Agora, mudou, estamos num momento de provação para provar que não estamos indo com muita sede ao pote.” Algo que precisa ficar claro, como bem ressaltou Regina Pistelli, CIO do Grupo ABC é que inovação não está vinculada apenas ao digital e tampouco ao marketing, departamento que hoje mais se aproveita dessas tecnologias. “Inovação acontece no produto, no processo, não só no marketing. Digital não é marketing”, definiu.

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PARTIU, DIGITAL Sua empresa é digital? Ao ouvir essa pergunta, muitos dirão que sim, pois a companhia conta com site, redes sociais, informações em smartphones e e-commerce. Mas uma estratégia do tipo vai muito além do simples conceito de marketing digital: ela realiza uma verdadeira transformação de processos, modelos de negócios e experiência dos clientes em razão da exploração intensa da tecnologia digital. No estudo Antes da TI, a Estratégia, que contou com a participação de 190 CIOs das 500 maiores empresas do País, fica claro que as os líderes de TI estão de olho nessa transformação. “Embora haja um consenso sobre a importância do tema para a área, ainda há um descompasso sobre a teoria e a prática. Agora, no entanto, a transformação digital passa a fazer parte da agenda do líder de TI, especialmente em razão da pressão das áreas de negócios”, afirmou o consultor Cezar Taurion, um dos responsáveis pelo estudo ao lado da IT Mídia. No levantamento, a migração para o digital fica evidente em alguns momentos. Ao serem questionandos sobre quais as áreas de negócios que vão demandar mais recursos do orçamento de TI, 46,1% responderam automação industrial ou operacional e 19,5% indicaram dispositivos de mobilidade. Entre os alvos de investimento estão ainda cloud computing, aplicações web e ferramentas de colaboração. Para Sergio Lozinsky, consultor também responsável pelo estudo, a transformação digital é realidade. A dúvida agora é como fica essa estratégia em relação à TI, qual a responsabilidade do CIO nessa mudança e mais do que isso, se os líderes de TI estão preparados para essa onda. Por uma questão de sobrevivência, os CIOs devem começar a debater e a provocar a ideia de transformação digital em suas empresas, já que assumem posição privilegiada para conduzir a iniciativa, uma vez que quase todos os processos são suportados por sistemas. Lisias Lauretti, CIO do Serasa Experian, acredita que independentemente de quem for liderar as ações, é preciso fomentar o tema na empresa e mostrar que a área é a favor de fazer a roda girar. “Você quer ser um transformador digital ou um seguidor? Dependendo de como agir, será um desses dois e os perfis são diferentes”, observou. A pressão dos negócios bateu à porta de Paulo Farroco, CIO das Lojas Riachuelo. Para responder a essa demanda, a TI montou uma equipe diferente dedicada ao digital e como parte da estratégia, aproximou-se de universidades e startups. “Saímos à frente e fomos elogiados pelo CEO”, pontou. Na Roche, segundo Lais Machado, CIO da empresa, o tema está em pauta e conta com uma equipe para liderar iniciativas digitais. Esse time está dentro da TI, mas com profissionais que conhecem profundamente os negócios. As iniciativas, hoje, acontecem de forma pontual, mas a executiva aponta que a estratégia vai ser fortalecida nos próximos meses. “Nos próximos dois anos, vamos responder de forma muito rápida a essas demandas. O que

estou fazendo no momento é realizar demandas transacionais de forma tradicional e digital no modelo de serviços”, explicou. O CIO da CSC Camargo Corrêa, Ricardo Castro, lembrou que todas as empresas já estão no mundo digital de alguma forma. “Podem não estar pró-ativamente, mas estão”, pontou. A saída para acelerar iniciativas do tipo, acredita, é criar times para liderar ações, com profissionais das áreas de negócios e de TI, sempre buscando um resultado efetivo para a empresa. Quem descobriu um caminho diferente para conduzir transformações digitais foi Cesar Augusto Bueno, CIO da Usiminas. “Montamos grupos com as áreas de negócios e identificamos como cada setor queria operar. Encontramos uma forma de não levar para o termo transformação digital, mas como ela quer trabalhar”, contou, explicando, que dessa maneira foi possível identificar gargalos e então avaliar soluções para resolvê-los. “Se não puder atacar de uma vez, crie estratégias menores”, ensinou. Simplicidade. Essa foi a resposta do diretor de TI na Máquina de Vendas, Fernando Campana, para o digital, que exige soluções menos complexas, em sua visão. “As ferramentas que temos para o digital são mais simples. Nós que viemos de um mundo que era mais complexo. Parece que se fizer simples está errado, mas não é”, observou, completando que hoje, na Máquina de Vendas, o digital já está enraizado. No Magazine Luiza, toda a movimentação foi batizada de revolução digital, atualmente em curso. Marcelo Koji, CIO da empresa, relatou que a transformação das lojas físicas passou para as mãos do chief digital officer (CDO), posição recém-criada, e que é par do CIO. Ambos respondem para o chief operating officer (COO). A opinião de Carlos Roberto Katayama, CIO da Dasa, é de que a cada companhia precisa estar arrumada para receber os impactos da mudança digital. “As pessoas esquecem que para os benefícios digitais ficarem claros, é preciso trabalhar toda uma complexidade na parte de trás”, disse, completando que um aplicativo bonito no front, pede antes um desenvolvimento bastante complexo. Dos CIOs presentes na discussão, um ponto foi consenso: a mudança para o novo mundo exige um profissional com perfil diferenciado. Eles devem estar extremamente conectados aos negócios, antenados com o que há de mais novo no mercado e geralmente eles são mais jovens. “Temos que fazer um mix, mas sem perder a agressividade desse tipo de pessoa, da infraestrutura, sempre envolvendo o negócio e o presidente da empresa para que ele saiba o que está acontecendo”, acredita Mendel Szlejf, CIO da Leroy Merlin no Brasil. Para Daniel Ramos, superintendente-executivo de Operações, Tecnologia e Contact Center da Tokio Marine, a chave é que esses talentos estejam orientados a processos, algo no momento conduzido pela seguradora.

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A tecnologia transforma vidas e contribui para o desenvolvimento do país. A Microsoft investe na ampliação do acesso à tecnologia por meio de programas de educação e capacitação de jovens, computação em nuvem para pequenas e médias empresas, incentivo à pesquisa de soluções inovadoras e melhora da qualidade de vida dos centros urbanos para gerar um real impacto na sociedade. Esse é o compromisso da Microsoft com o Brasil.

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CIO, O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER? No estudo Antes da TI, a Estratégia, o retrato é que o CIO já vestiu a camisa de homem de negócios. Ao serem questionados sobre qual é o perfil da área de TI da empresa para qual trabalham, 41,6% responderam que a equipe conta com um número representativo de profissionais que conhecem processos e negócios, e que atuam pró-ativamente na melhoria das soluções da empresa. Para se ter uma ideia, 22,1% indicaram que o time é formado, em sua maioria, por talentos técnicos, que atuam no desenvolvimento de demanda dos usuários, suporte e resolução de problemas. Em muitas companhias, a barreira que existia entre as unidades foi quebrada. Mas, de acordo com Taurion, pesquisas de mercado mostram que o CIO ainda não atingiu completamente o coração do CEO e ocupa a sétima ou oitava posição como braço direito do principal executivo da organização. “Assim, quando TI não responde da maneira esperada, troca-se o CIO. Percebemos que a rotatividade é alta entre os CIOs”, constatou. Por isso que, diante da exigência atual por eficiência, redução de custos e melhoria de resultados de negócios, o líder de TI tem de ser ainda mais relevante para a empresa. Esse é, inclusive, um desejo do próprio CIO. O levantamento Antes da TI, a Estratégia mostra que a expectativa do líder de TI em termos de carreira nos próximos anos é crescer na companhia. Dos entrevistados, 35,7% quer se manter como responsáveis pela TI em posição mais alta

e 35,1% desejam permanecer na cadeira ocupada hoje. No entanto, ao mesmo tempo em que apresentam esses anseios, os CIOs também querem mudar. “Há um incêndio aqui”, observou Taurion. Mas o que os CIOs estão fazendo para serem relevantes e ainda crescer na empresa? “Se você quer ascender, manter a operação rodando não é passaporte para isso”, ensinou Lozinsky, analisando que o estudo mostra que os líderes querem subir, mas sem assumir riscos. Mas se no quesito conhecimento de negócios, o profissional de TI evoluiu, de acordo com a pesquisa, comunicação e negociação são pontos que precisam ser aprimorados. “Diante da transformação dos negócios, a pergunta que fica é até que ponto quais assuntos vocês precisam entender para estar mais preparados para propor. O CIO quer, mas tem poucas credenciais para isso”, espetou Lozinsky. O CIO do McDonald’s no Brasil, Domingos Bruno, reconhece que omitir é pior. A resposta para mudar o quadro, de acordo com Lozinsky, é exatamente essa. “Não fique na área de conforto, porque essa é a pior posição possível. Tem de assumir riscos”, observou. Esse desenvolvimento de perfil nunca foi tão usado e almejado e isso inclui, de fato, mudar o status quo. É preciso sair do backoffice para ir para a frente do negócio, falar a mesma língua. Ao colocar em prática essa estratégia, todas as áreas passam a trabalhar juntas em busca de um resultado comum. ITF

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QUAL A SUA EXPECTATIVA EM TERMOS DE PRÓXIMOS PASSOS NA CARREIRA ? 1,3% PASSAR A ATUAR COMO CONSULTOR, OU COMO EXECUTIVO DE UMA EMPRESA DO SEGMENTO DE TI

0,6% APOSENTAR-ME, OU DEDICAR-ME A OUTRAS INICIATIVAS FORA DO MUNDO CORPORATIVO

0,6% ASSUMIR UMA NOVA ÁREA DE RESPONSABILIDADE EM OUTRA EMPRESA

35,1% MANTER-ME COMO CIO DA COMPANHIA DURANTE MAIS ALGUNS ANOS

14,9% ASSUMIR UMA NOVA ÁREA DE RESPONSABILIDADE NA COMPANHIA

35,7% MANTER-ME COMO RESPONSÁVEL PELA ÁREA DE TI, MAS EM UMA POSIÇÃO HIERARQUICAMENTE MAIS ALTA DO QUE A ATUAL: DIRETOREXECUTIVO, VICE-PRESIDENTE ETC

11,7% TORNAR-ME CIO DE UMA EMPRESA DE MAIOR PORTE DO QUE A ATUAL

O QUE VOCÊ CONSIDERA QUE SEJAM HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS POR VOCÊ PARA MELHORAR O SEU POSICIONAMENTO NA EMPRESA E NO MERCADO: COMUNICAÇÃO RELACIONAMENTO

44,2% 37%

EMBORA SEMPRE POSSA MELHORAR, CREIO QUE ESTOU BEM NO QUESITO HABILIDADES DO CIO

36,4%

PLANEJAMENTO

26,6%

NEGOCIAÇÃO

26%

LIDERANÇA

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GESTÃO

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m ê t s a i r ó t s i H O APLICAR O DE CONCEIT LLING NA E T Y STOR RA A CATI APRIMO E DE COPACIDAD ÃO DO CIO Ç A MUNIC IBUI PARA E CONTR DIMENTO O ENTEN E VAÇÃO D E A APRO S PROJETO IRA

AH OLIVE

R Por DÉBO

os de ir diPérmos que tem de da i n so re re r, ap ia e ar pr X s, “Sem as ao fazer is E Uma Noite s números. M e as pessoas re que ela ao e ob o sc No livro Mil nt de e po qu , is to ao dade mulher depo cide que re to, a sensibili plica sia, mata sua e-se o contex omento, ele de rd m a língua”, ex e pe m el es qu , m da ite a ir r no rt la da pa fa ca A ão a a. el n e ai yt a o tr Stor ling diferent eçam uma mulher especialista em trou dois isódio com , ep os o ci e la qu Pa ra dormirá com te pa minis rnando no dia seguin gras do Fe ESPM, que aeliminando-a e muda as re ofessor da rum 2015, re ad pr Fo az e er IT X o n ia as a ór M m . st te ta hi o a pi e re um br ). ps so não se rte (BA ela conta s- worksho a Praia do Fo ndo o perigo, auge com a ju la IT Mídia n no jogo. Conhece pe a a. Cada vez o es oad pr nd liz pe em tina na interrom te. Enro in a gu forsu se a a n di e a cada noite, no Pens o board no e continuará projeto para ução para um rezi ec P a ex t, nt a in se su tificativa de qu re Po na er ap que um Pow o, não orde em os ri ja se cu . , os i, te al ut re n or in o tão, tradicio cinco m livra da m que mato , depois de e assim ela se ta l go al en na ém fi a am o gu ov r rr al fe pr be sa notar outra da obra com la e já poderá rpora- ou A narrativa o mundo co observar a sa n a o st o. ad ba íd rv ra se st e r ob ou di essoas contada começa a se do no celular envolvem p a história bem te- mexen têm poder, um , on as os ac ri ci tó la os is d h Pa o : tivo fletirem e se o rum Segundo z as pessoas re cado até de mudar fa er e es m ro az o p n ad menca a qu d o sã o usa muda esse ransformar a prática, muit izada de o enredo. “T at m esso B co oc s. pr io em cimentos. A o óc er eg envolv a torna chega aos n de quebra-cabeç er a comuon ec r um al po rt publicitário, em fo as M m to n de sage completa. a pode ta ”, o el te g, te an a n li ig en ar st el lm sg yt in fi ia Stor espec to mais iro para profissional, tar as mui guir um rote en se m a a au ej o V m ? nicação do , co começar a informação obter sucesso. tecnologia d ojetos. o do board e pr çã e en d at o çã va ro chances de ap

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Como contar sua história? Depois de desenvolver no papel o roteiro de apresentação do projeto, fundamental no processo de criação, segundo Palacios, você poderá mostrá-lo ao board de forma simples e inovadora: usando apenas oito slides, não importa a tecnologia de apresentação escolhida.

Gancho um, logo de cara, Ao apresentar projetos, é com alho. Mas o Storytelling apontar os objetivos do trab preciso primeiro gerar sugere outra abordagem: é assunto. O gancho não é curiosidade para abordar o para introduzir o tema. e serv o nome do projeto, ele fissão de um segredo ou “Pense como se fosse a con i, a pergunta ‘você sabia?’ uma reflexão filosófica. Aqu Palacios. funciona muito bem”, ensina

Conflito tação da Aqui, é preciso fazer a apresen a para ton afio à problemática, trazer um des um lher esco é valorizar a resposta. “A dica pro de her enc r cisa pre bom obstáculo e não a. nal assi os”, ent blemas ou argum

Tema o nome do O tema continua não sendo somente apaprojeto, explica Palacios, que entrar no e-se rece no sexto slide. Aqui, dev para dees ant a duz tema do problema. “Se voque. pro e nto assu o ce Lan pois responder. tua. pon ’”, á que Tente usar palavras como ‘ser

Tensão um obsO objetivo é mostrar mais caso o cer nte aco e pod que táculo. “O estir inv Não projeto não seja aprovado? proum sar cau e naquela tecnologia pod ela. rev ”, isso r lora exp te blema maior. Ten

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DILEMA da apresentação. Chegou o momento crítico é preciso expor duas Palacios diz que nessa hora ser resolvidas por opções, ambas que podem riscos ou “os preos ple tem meio do projeto. Con uma das opções. ços a serem pagos” em cada

SOLUÇÃO l Seu projeto começa aqui. O idea de , ght insi to é apontar o seu momen e apreonde veio a ideia do projeto . ção solu sentar a MORAL o. Toda história tem uma liçã reos r lora Esse é momento de exp podesultados da decisão e o que . jeto pro o com er -se aprend

FIM que será preciso fazer dali No último slide, apresente o passos, para tornar o projepara frente, ou os próximos tar outros sete slides para to realidade. Você pode apresen e aprofundar o tema. “Lemcontinuar a contar a história ‘felizes para sempre’ das hisbre-se de que o tradicional tua. Uma dica importante, tórias não funciona aqui”, pon a uma empresa de design par ensina Palacios, é contratar trabalhar a parte visual.

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PROJETOS alizar apresenDE APRESENTAR oas comete ao re 3 ERROS NA HORA zes comuns que a maioria das pess os lista três desli Palaci s. ais são e evite-o tações. Saiba qu

A AINDA SEND O QUE EL A CI N IÊ D AU A PARA A UMA RESPOST l. TENTAR DAR o desafio centra RGUNTA a, a dificuldade, PE lem A ob Z pr FE o e EM riz N os, valo comenda Palaci Em vez disso, re os técam diversos term GEM TÉCNICA oria das vezes, us ai duas m tre na en , os tro iv USAR LINGUA ut on nde o desenc de TI, os exec r co to es se o ss no “I s. um ha ic m de letrin Muito co de comun ação a verdadeira sopa plo, no mercado em um ex do r ra, an po g, rm fo tin nicos, a de uma manei lavra marke e cada um entend a Palacios. A pa qu tiz r te ita sin ev a s”, ar oa “P ss . pe formas ida de diferentes enda. pode ser entend analogias”, recom ça fa , ria stó hi e nt co , os pl use exem ar a apresentação or saída. “Começ elh R A EMO ÇÃO m A a é RÇ o “Busque FO nã E o IT EV a situaçã to pior”, observa. drama, forçar um rir, pode ser mui m contrar ué en i ng ni va Se cê . Seja humor ou o no meio. Vo r um tiro no pé m se rit o de re po a nt ad co pi contando tará adiante. En ria e a emoção es contar uma histó a. sin no ritmo”, en a emoção na voz,

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Cada vez mais empresas lançam mão do uso de Design Thinking para gerar inovação. Mas o fato é que o conceito, aliado a boas metodologias, pode fazer muito mais por uma companhia. Quando bem aplicado, ele pode ser o indutor de novos processos, de uma mudança radical na maneira de pensar e agir, estabelecer de vez o modelo de trabalho colaborativo e facilitar a resolução de problemas no dia a dia. Todas essas características geram resultados valiosos para uma empresa que podem surgir na forma de produtos, novas maneiras de trabalhar ou modelos de negócio antes inimagináveis em setores tradicionais. Desenvolver uma nova forma de pensar e agir tem sido colocado como fundamental para sobrevivência de diversos negócios em tempos nos quais a concorrência é alta e a cada instante pode surgir uma startup com uma ideia que venha a revolucionar o setor ou a matar produtos e até empresas tradicionais. Não à toa, o conceito foi tema de workshop aplicado durante o IT Forum 2015, na Praia do Forte (BA), onde CIOs representantes das 500 maiores empresas do País puderam experimentar, na prática, como seria a aplicação do modelo no ambiente corporativo. O professor da FIA Nivaldo Marcusso, responsável por ministrar o workshop, frisa que o conceito ainda está em estágio inicial no Brasil, em um campo muito

FOTOS: PHOTOGAMA

NIVALDO MARCUSSO, PROFESSOR DA FIA

PENSE DIFERENTE: PARADIGMA DA MUDANÇA - PORTFÓLIO EM VEZ DE PLANEJAMENTO - PRÁTICA EM VEZ DE TEORIA - PROPOSTA EM VEZ DE PODER - SISTEMA EM VEZ DE OBJETOS - AGILIDADE EM VEZ DE ESTRUTURAS - APRENDIZAGEM RÁPIDA EM VEZ DE EDUCAÇÃO FORMAL - REBELIÃO/INSUBORDINAÇÃO EM VEZ DE CONFORMIDADE

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WORKSHOP | D E S I G N T H I N K I N G

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VISUALIZAÇÃO: UTILIZAÇÃO DO IMAGINÁRIO PARA VISUALIZAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE TRANSFORMAR EM UMA REAL SOLUÇÃO

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MAPEAMENTOS DE JORNADAS: AVALIAR A EXPERIÊNCIA EXISTENTE POR MEIO DOS OLHOS DOS CLIENTES

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ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR: AVALIAR A ATUAL CADEIA DE VALOR COMO SUPORTE À JORNADA DOS CLIENTES

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MAPEAMENTO MENTAL: GERAÇÃO DE INSIGHTS A PARTIR DE ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO, COMO UM DOS CRITÉRIOS PARA O DESIGN

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BRAINSTORMING: GERAÇÃO DE NOVAS POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE MODELOS DE NEGÓCIOS

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DESENVOLVIMENTO DE CONCEITOS: MONTAGEM DE ELEMENTOS INOVADORES PARA UMA SOLUÇÃO ALTERNATIVA, QUE POSSA SER EXPLORADA E AVALIADA

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TESTE DE SUPOSIÇÕES: ISOLAR E TESTAR SUPOSIÇÕES-CHAVE QUE PODERÃO LEVAR AO SUCESSO OU À FALHA DE UM CONCEITO

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PROTOTIPAÇÃO RÁPIDA: EXPRESSAR UM CONCEITO NOVO EM UMA FORMA TANGÍVEL, QUE POSSA SER EXPLORADA, TESTADA E REFINADA

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COCRIAÇÃO COM O CLIENTE: ENVOLVIMENTO DOS CLIENTES NA CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES, QUE SATISFAÇAM SUAS NECESSIDADES

10 LANÇAMENTO PARA A APRENDIZAGEM: CRIAR UM EXPERIMENTO QUE LEVE OS CLIENTES A EXPERIMENTAR UMA SOLUÇÃO, POR UM DETERMINADO TEMPO, COM DADOS DO MERCADO

FOTO: PHOTOGAMA

MÃOS À OBRA: 10 PASSOS RUMO AO DESIGN THINKING

holístico e voltado a criar o novo, mas que as oportunidades que podem ser geradas, sobretudo na TI, vão além da inovação disruptiva. Um dos principais objetivos da atividade aplicada no encontro foi o de mostrar como o conceito poderia ser implementado na criação de modelos de negócio. “Quando levamos para a TI, eles entendem os modelos atuais existentes e usam os digitais para criar coisas diferentes a partir da área de tecnologia”, pontuou Marcusso. “O modelo pode ajudar o CIO a capitanear a transformação digital. Ele quer criar valor, que significa criar produtos, novos mercados ou novas experiências para o cliente. E o CIO tem a oportunidade de levar valor para o negócio, onde a tecnologia é o meio, mas serve para agregar valor ao cliente.” Durante toda a atividade, Marcusso falou sobre a importância da inovação, ressaltando, contudo, que na maioria das vezes ela é incremental; ele pontuou ainda ser essencial pensar em modelos de negócio, sejam eles criados a partir do zero, ou utilizando instrumentos como o livro The Business Model Navigator, que traz 55 modelos de negócios, sendo 17 deles voltados ao meio digital, ou seja, bastante úteis para executivos de TI. O livro, aliás, serviu de guia para as atividades executadas pelos CIOs que participaram do workshop. “O Design Thinking é a busca do equilíbrio mágico entre negócios e arte, estrutura e caos, intuição e lógica, con-

ceito e execução, lúdico e formal, controle e empoderamento. É a reinvenção com design transformador”, conceituou o professor que traz em sua bagagem profissional diversos anos de experiência em TI, inclusive como CIO. Diversos líderes de TI que tiveram a oportunidade de assistir à aula e colocar em prática alguns dos conceitos levados por Marcusso afirmaram que, entre os principais aprendizados do modelo, está a mudança na maneira de pensar. Dessa forma, das lições extraídas, uma das principais é a de sempre buscar um olhar diferente às coisas do dia a dia. Muitas vezes uma simples mudança no processo pode ser o ponto de partida para uma inovação ou mesmo para a exploração de algum novo mercado. ITF

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TI + áreas de negócios

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Sim, esse casamento

é possível Por Déborah Oliveira

CIOs contam como conseguiram aproximar tecnologia da informação com as demais áreas de negócios e os benefícios dessa estratégia que ganha força nas empresas

Até pouco tempo, a área de TI era um executor: recebia demandas e as cumpria, sempre pensando na quantidade de servidores, storages e outros itens tecnológicos necessários para desenvolver um projeto bem-sucedido. Mas esse perfil, puramente técnico, evoluiu e os profissionais do setor ganharam papel estratégico e começaram a participar ativamente das decisões de negócios. Em muitas empresas, TI ganhou cadeira permanente no board. Pesquisa realizada com os 154 líderes de tecnologia da informação finalistas do prêmio Executivo de TI do Ano de 2014, promovido pela IT Mídia em parceria com a Korn Ferry, comprova a movimentação. Dos executivos, 51,3% afirmaram que se envolvem sempre nas decisões estratégicas de negócios, mostrando crescente parceria com a área. Item, aliás, destacado pelos 54 finalistas em 18 categorias do prêmio que afirmam manter proximidade com as demais unidades da empresa. Essa proximidade, no entanto, não acontece ao acaso. É fruto da importância que TI ganhou nos negócios. Mas, afinal, como os líderes de tecnologia da informação estão conduzindo essa aliança, que tem mostrado grandes resultados? Regina Pistelli, diretora de Tecnologia do Grupo ABC, grupo de serviços de comunicação, conta que essa evolução no relacionamento no seu caso aconteceu de forma muito natural, em razão do seu perfil sempre conectado aos negócios. “Passo 70% do meu tempo com o usuário. Sempre fui assim, desde quando era desenvolvedora”, assinala. “TI tem um linguajar mais difícil, se ficarmos escondidos, o cliente interno não ficará satisfeito. O interessante é estar com eles, entender a demanda. Isso é bom para os dois lados”, completa. Para Regina, o desafio de estar próxima das áreas é ainda maior, pois como o Grupo ABC atende uma série de companhias de comunicação, de agências de publicidade a empresas de mídia, cada uma tem uma cultura diferente, uma necessidade específica, e para fazer com que os projetos deem certo é preciso estabelecer um alinhamento constante e entender a cultura e o perfil de cada uma das organizações. Ouvir o cliente e entender seu desafio, na visão de Regina, não é algo que se possa fazer sem sair da cadeira e realmente visitar cada uma das áreas. “Estimulo muito em minha equipe essa interação. Em cada uma das agências que atuamos, tenho um profissional que se reporta a mim e está nos negócios, respirando aquele contexto”, relata.

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ITALO FLAMMIA DIRETOR-EXECUTIVO DE TI DA PORTO SEGURO

REGINA PISTELLI DIRETORA DE TECNOLOGIA DO GRUPO ABC

Certa vez, um de seus clientes enfrentava problema de lentidão no sistema e os usuários estavam infelizes. A TI, por outro lado, encontrava-se exausta tentando encontrar uma solução, mas não conseguia obter êxito na tarefa. “Então, levei os desenvolvedores para trabalhar com os usuários. Foi bárbaro, porque esse sistema era de missão crítica, e eles ficaram ao lado dos negócios. O estímulo mútuo foi tamanho que 90% dos problemas foram solucionados pelos próprios desenvolvedores e somente 10% tiveram de ser resolvidos por especialistas”, lembra. Na gestão de Regina, é muito comum ainda convidar o pessoal das áreas usuárias para eventos de TI e estimulá-los a conhecer a rotina do departamento, estabelecendo uma espécie de laboratório ‘in loco’. Isso ajuda esses profissionais a terem uma visão completa das atividades dos colegas de outros setores. Ela acredita que manter proximidade das demais áreas gera, inevitavelmente, uma relação de confiança e respeito e isso ajuda na rápida resolução de problemas, a propor inovações e a captar demandas para atender aos objetivos estratégicos da companhia. “TI carrega o estigma de que não funciona: você pede e não tem. Quando se está próximo, essa visão muda”, pontua. A executiva observa que a política da ‘TI aqui e negócios lá’ tende a desaparecer ainda mais com a evolução do digital. “Nesse universo, os usuários têm amplo contato com soluções como nuvem e todas as áreas podem usar com facilidade cloud. Por isso, é preciso estar perto para TI permitir o uso da

maneira correta, considerando itens de segurança, por exemplo”, diz. QUEBRANDO BARREIRAS Na JBS, empresa de processamento de carne bovina, ovina e de aves, a barreira que separa TI dos negócios também desapareceu aos poucos. Um dos principais patrocinadores dessa mudança foi o próprio CEO global da empresa, Wesley Batista. “Ele sempre diz que o sistema não é a da TI, e sim do negócio. Se os dois estão juntos, dará certo”, afirma João Pilla, CIO da JBS. Pilla relata que a TI tem analistas de negócios. Esses profissionais são responsáveis por entender as demandas das demais unidades, fazer os mapeamentos necessários e levar para o comitê de aprovação. “Temos um grupo estruturado na TI que conhece o negócio. Mas ele não toma decisões de maneira deliberada. Ele vai até a área, faz o mapeamento junto com o usuário-chave, estrutura para depois desenvolver”, conta. O executivo vê como uma necessidade esse alinhamento, eliminando o ruído entre os talentos por toda a empresa. “As vantagens são diversas. Uma delas é não ter retrabalho, porque ao conduzir o trabalho com outros profissionais, elimina-se a dúvida antes de o projeto ser finalizado”, assinala, completando que o que importa é a união dos esforços. Atualmente, essa parceria está sendo colocada em prática com o mapeamento dos processos e atribuindo responsabilidades. “Se o pessoal das áreas sentir que está participando, então todos vão apoiar”, completa.

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IT FORUM 2015 | S I N E R G I A D E P A R T A M E N T A L

Dono de um bom trânsito com o pessoal de negócios, Italo Flammia, diretor-executivo de Tecnologia da Informação da Porto Seguro, vencedor do prêmio Executivo de TI do Ano na categoria Seguradoras e serviços financeiros, conta também com especialistas de TI, que respondem para ele, alocados nas áreas de negócios. Flammia relata que a proximidade com os usuários fortaleceu-se especialmente após a implementação do Projeto TI MultiModal, iniciado em 2014. Seu objetivo era readequar processos, controles e metodologias para criar uma TI rápida, ágil e em linha com as especificidades de cada área. “A Porto Seguro é composta por 25 empresas, cada uma com uma necessidade, velocidade e orçamento. E TI teve de se adaptar a essa realidade”, assinala. Durante o IT Forum 2015, que aconteceu em abril na Praia do Forte (BA), ele reconheceu que a demanda por serviços de TI está vindo cada vez mais de fora do departamento. “Fizemos recentemente um inventário de sistemas clandestinos e tínhamos 60 plataformas nessa situação. Entendemos que TI não pode ser gargalo, então a proximidade com as áreas pode reduzir a Shadow IT”, observou durante o encontro. Daniel Moreira, gerente de TI da Coca-Cola FEMSA Brasil, observa que seu principal desafio, hoje, é deixar no passado a imagem de que TI somente entrega serviços para se inserir nas áreas usuárias. Essa mudança está em curso, relata, uma demanda que partiu de tecnologia e

já se espalha pelas áreas. “Todos os negócios identificam que precisam de TI. Hoje, além da globalização, o mundo é muito dinâmico e isso requer tecnologia para ser rápido e ágil”, observa o executivo, para quem a sintonia com toda a empresa é inerente ao papel da TI. Hoje, Moreira participa do board ao lado de seus pares no Marketing, Logística e Comercial para entender o cenário atuais das unidades e identificar oportunidades. “TI começa a falar de processo e não só de tecnologia”, pontua. Além de ganhar novo status, Moreira afirma que TI passa a participar das tomadas de decisão para o negócio e esse contexto não pode ser observado como custo e sim como oportunidade. “Temos a chance de alavancar novos negócios, otimizando custos”, diz. Um dos exemplos bem-sucedidos da parceria está em um projeto de armazém vertical conduzindo nas unidades da Coca-Cola. Nele, TI entendeu a necessidade de otimizar espaço nas fábricas, em razão da limitação geográfica para crescer e então propôs a estocagem em blocos para apoiar a manufatura. Como benefício, otimizou-se o espaço, o estoque e na alta temporada a companhia consegue fazer o gerenciamento e a entrega de forma adequada, distribuindo o que realmente é necessário. No atual cenário corporativo, TI já entendeu que criar sinergias com os clientes internos é fundamental e as áreas usuárias estão abraçando esse movimento, que adiciona valor para os negócios e, sem dúvida, impulsiona resultados.

JOÃO PILLA CIA DA JBS

DANIEL MOREIRA GERENTE DE TI DA COCA-COLA FEMSA BRASIL

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IT FORUM 2015 | L I D E R A N Ç A C R I A T I V A

Por TISSIANE VICENTIN

ESTIMULAR A PRÓPRIA CRIATIVIDADE E DA EQUIPE PODE SER A CHAVE PARA LIDAR COM A VELOCIDADE DO MUNDO DIGITAL E TER SUCESSO NOS NEGÓCIOS

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fora da caixa Pensar

Tema central abordado durante o IT Forum 2015, realizado em abril na Praia do Forte (BA), a Liderança Criativa é peça-chave para gerenciar conflitos, promover um ambiente de trabalho agradável, impulsionar a produtividade e estabelecer os desenvolvimentos pessoal e profissional. Mas o que representa ser um líder criativo?

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IT FORUM 2015 | L I D E R A N Ç A C R I A T I V A

LÍDER CRIATIVO É AQUELE QUE SABE INCENTIVAR SUA EQUIPE A EXPOR IDEIAS SEM QUE TENHA MEDO DE REPRESÁLIAS OU DA RIDICULARIZAÇÃO

FERNANDO DONIZETI, CIO DA TIBÉRIO CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES S/A

FOTO: PHOTOGAMA

O dicionário Houaiss define a criatividade como “inteligência e talento, natos ou adquiridos, usados para criar, inventar, inovar”. Criatividade e inovação, portanto, andam sempre de mãos dadas. E elas são os dois maiores trunfos que um gestor espera de sua equipe (e vice-versa) para alavancar os negócios. Nas companhias, a criatividade não está relacionada apenas à criação de ideias. Ela está intimamente ligada com a resolução de problemas, ao pensar fora da caixa, ao trazer valor ao que é produzido internamente e entregue ao cliente. E cabe ao gestor estimular tudo isso em sua equipe. De acordo com o sociólogo Domenico De Masi, que fez a palestra de abertura do IT Forum 2015, criatividade é uma síntese de fantasia e concretude. Como é desafiador achar pessoas com essas duas características balanceadas, normalmente se pende para um ou outro lado, ele entende que mesclar pessoas boas em fantasia e outras boas em concretude, se cria uma equipe criativa e vencedora. Para ele, as pessoas mais propensas à criatividade têm diferentes interesses, estão sempre orientadas ao futuro e alegres.

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IT FORUM 2015 | L I D E R A N Ç A C R I A T I V A

O LÍDER PRECISA SER UM INFLUENCIADOR, MAS PARA MOTIVAR E INFLUENCIAR, É PRECISO TOCAR O COLABORADOR, ALMA E CORAÇÃO, PARA QUE ELE SE ENGAJE

ANDREA PEREIRA CIO DA PFIZER

ECOSSISTEMA FAVORÁVEL A nova era digital trouxe facilidades e novas ferramentas de trabalho, mas junto com ela veio um mundo de tamanha complexidade que só consegue sobreviver aquele que é criativo e enxerga os problemas como desafios, como metas a serem conquistadas, e não como entraves. São muitas as maneiras de estimular a criatividade no ambiente de trabalho. A criação de um local confortável para o compartilhamento de ideias é a aposta do Fernando Donizeti, CIO da Tibério Construções e Incorporações S/A. Para ele, um líder criativo é aquele que sabe incentivar sua equipe a expor ideias sem que tenha medo de represálias ou da ridicularização. Por isso, a gestão que realiza é a de “portas abertas”, como o próprio executivo explica. “Incentivo a minha equipe a trazer novas ideias, a expô-las, por mais louca que elas possam parecer. Digo a eles que o ‘não’ você já tem, então traga o projeto e os argumentos, que irei escutar e analisar.” O executivo frisa também que nem sempre a ideia é aceita, mas o importante é não desestimular o trabalho do colaborador. “Sempre procuro explicar o motivo da negação e mostrar alternativas, quando cabíveis, para uma próxima vez”, diz. “Não é porque ele recebeu um ‘não’ que deve parar por ali”, completa.

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IT FORUM 2015 | L I D E R A N Ç A C R I A T I V A

MANTER O CORPO E A MENTE SÃOS É ESSENCIAL PARA QUALQUER PROFISSIONAL E EU COBRO ISSO DA MINHA EQUIPE

VANDERLEI FERREIRA CIO E GESTOR DE PESSOAS DA EDP ENERGIAS DO BRASIL S/A

Andrea Pereira, CIO da Pfizer, também aposta nos canais de comunicação abertos entre equipe e empresa. Para ela, a liderança pelo poder já é página virada e é ineficiente em 100% dos casos. “O líder precisa ser um influenciador, mas para motivar e influenciar, é preciso tocar o colaborador, alma e coração, para que ele se engaje”, diz. “O líder tem o poder de estabelecer um ambiente oportuno para inovação e criatividade. Para isso, é importante que as pessoas sintam que são ouvidas e que elas fazem a diferença.” Para a executiva, toda opinião vale a pena ser ouvida e é importante deixar isso claro. “Muitos dos grandes projetos vêm da base. Acredito que, quando consegue-se estabelecer um canal, muita coisa boa pode vir. Como líderes, temos a batuta na mão e estamos lá para facilitar o trabalho das equipes.” Criar um ambiente no qual a confiança e a transparência são o foco é a tática utilizada por Ronaldo Ribeiro, CIO da Cenibra. Para ele, essa é a forma como a equipe trabalhará em harmonia e estará mais aberta para receber ideias e apresentar as suas. “Acho importante deixar claro o que faço e o que deixo de fazer, com o intuito de construir uma relação de confiança. Quando confio na pessoa que é meu líder, fica mais fácil de absorver ideias, contemplar a necessidade da corporação e trabalhar em prol disso”, diz.

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IT FORUM 2015 | L I D E R A N Ç A C R I A T I V A

A CRIATIVIDADE, ASSIM COMO DESENHAR, TOCAR UM INSTRUMENTO, OU MESMO COZINHAR, É UMA ARTE. E COMO QUALQUER ARTE, ELA PRECISA DE TREINO PARA QUE POSSA ATINGIR SEU ÁPICE E TRAZER RESULTADOS, TANTO PARA O LADO PESSOAL QUANTO PARA O PROFISSIONAL. CONFIRA ALGUMAS DICAS PARA TER UMA LIDERANÇA MAIS CRIATIVA. INCENTIVANDO O ÓCIO EM SEU LIVRO O ÓCIO CRIATIVO, O SOCIÓLOGO ITALIANO DOMENICO DE MASI MOSTRA COMO O ÓCIO PODE TRAZER MAIS PRODUTIVIDADE E INSPIRAÇÃO PARA O DIA A DIA CORPORATIVO. PODE PARECER CONTRADITÓRIO, MAS QUANDO A MENTE RELAXA E SE DESLIGA DO COMPUTADOR, DA ROTINA (E DA PILHA DE RELATÓRIOS QUE DEVEM SER ENTREGUES NO FIM DO DIA, POR EXEMPLO), ELA SE ABRE PARA NOVOS HORIZONTES E É QUANDO AS GRANDES IDEIAS SURGEM. TAMBÉM PODE SER AÍ QUE A SOLUÇÃO DAQUELE PROBLEMA VENHA À TONA. TRABALHO X DIVERSÃO CUMPRIR COM AS OITO HORAS DE TRABALHO DIÁRIAS (E AS VEZES ATÉ MAIS DO QUE ISSO), NÃO É SINÔNIMO DE TAREFA BEM-FEITA OU DE PRODUTIVIDADE. MAIS DO QUE DEIXAR A MENTE LIVRE, INCENTIVAR OS MOMENTOS DE LAZER É ADQUIRIR NOVAS HABILIDADES, QUE AJUDAM A CONSTRUIR A CAPACIDADE DE RELACIONAMENTO DA PESSOA, A ENSINA A TRABALHAR EM CONJUNTO COM PARES QUE NÃO NECESSARIAMENTE POSSUEM AS MESMAS CRENÇAS OU MODO DE TRABALHO, E A FAZ PENSAR ESTRATEGICAMENTE PARA ESCAPAR DE SAIAS JUSTAS. TODAS AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA COMPOR UM BOM LÍDER E UMA EQUIPE UNIDA.

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Incentivar os momentos de lazer é o motor escolhido por Vanderlei Ferreira, CIO e diretor de gestão de pessoas na EDP Energias do Brasil S/A., para incentivar a produtividade. “Incentivo muito o ‘conciliar’. Trabalho com bem-estar e atividades de integração, com familiares. Manter o corpo e a mente sãos é essencial para qualquer profissional e eu cobro isso da minha equipe, para que consigam tornar esse equilíbrio possível e, dessa forma, produzir mais”, afirma o profissional. Na opinião de Mendel Szlejf, CIO da Leroy Merlin no Brasil, liderança criativa é um diferencial importante na vida do profissional da área. A prática é mandatória, uma vez que o líder de TI é pressionado para apostar na inovação e menos operacional. ITF

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IT FORUM | M O M E N T O S

Momentos DOS CONTEÚDOS AOS MOMENTOS DE LAZER, RELEMBRE OS ACONTECIMENTOS MAIS MARCANTES DO IT FORUM 2015!

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1. ADELSON DE SOUSA, PRESIDENTE-EXECUTIVO DA IT MÍDIA

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2. MIGUEL PETRILLI, VICEPRESIDENTE-EXECUTIVO DA IT MÍDIA 3. NA SEXTA-FEIRA (17/4), ADELSON DE SOUSA ABRE O ENCONTRO 4. EXECUTIVOS SE REÚNEM JANTAR DE ABERTURA DO IT FORUM 2015 5. CIOS PARTICIPAM DO WARM UP DA ACCENTURE, NA SEXTA-FEIRA (17/4)

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6. DOMENICO DE MASI ABRE O PRIMEIRO DIA DE CONTEÚDO DO ENCONTRO, NO SÁBADO (18/4) 7. CIOS VEEM PALESTRA DE DOMENICO DE MASI SOBRE LIDERANÇA CRIATIVA 8. NO DOMINGO (19/5), SEGUNDO DIA DE CONTEÚDO, CLOVIS DE BARROS FILHO FALA SOBRE BUSCA DA FELICIDADE 9. EXECUTIVOS PARTICIPAM DA ABERTURA NO DOMINGO (19/5)

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10. CLOVIS DE BARROS FILHO REFLETE SOBRE FÓRMULAS DO SUCESSO

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IT FORUM | M O M E N T O S

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MÍDIAS SOCIAIS | A C E S S E

O IT Forum 2015

deu o que falar! O IT FORUM 2015 AGITOU AS REDES SOCIAIS E BATEU TODOS OS RECORDES DE INTERAÇÃO NO BEEZZ, NOSSA COMUNIDADE INTERNA. USANDO A HASHTAG #ITFORUM, OS CIOS E DEMAIS PARTICIPANTES COMPARTILHARAM SUAS IMPRESSÕES SOBRE KEYNOTES, PALESTRAS, REUNIÕES DE NEGÓCIOS COM PATROCINADORES E MOMENTOS DE DESCONTRAÇÃO, COMO JANTARES, SHOWS E COMPETIÇÕES ESPORTIVAS. CONFIRA ABAIXO ALGUMAS DA INTERAÇÕES.

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365 DIAS COM O CIO | A C E S S E

As mais comentadas do

IT Forum 365 A COBERTURA DO IT FORUM NO PORTAL FOI INTENSA E GEROU UMA SÉRIE DE COMENTÁRIOS NAS REPORTAGENS PUBLICADAS DURANTE O ENCONTRO. SAIBA O QUE OS CIOS FALARAM SOBRE OS TEMAS ABORDADOS.

DOMENICO DE MASI: EQUIPES CRIATIVAS SÃO POSSÍVEIS Aclamado pelos participantes do IT Forum 2015, Domenico De Masi, que fez a palestra de abertura do encontro, falou sobre a busca da criatividade, ainda considerada um tabu nas empresas. Os participantes comentaram no site IT Forum 365 sobre o tema e apoiaram as colocações do sociólogo. Leia mais

COMO TORNAR REALIDADE A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL? A transformação digital já é realidade nas empresas. Mas como colocá-la em prática? O tema foi destaque do Intercâmbio de Ideias Antes da TI, a Estratégia, que apresentou dados do estudo realizado com os CIOs participantes do IT Forum. No portal IT Forum 365, os CIOs falaram sobre o conteúdo, considerado por eles complexo e interessante. Leia mais

DESIGN THINKING: FERRAMENTA PODE AJUDAR TI NO AVANÇO DIGITAL O workshop de Design Thinking, ministrado por Nivaldo Marcusso, professor da FIA, ajudou os CIOs a entender mais sobre o conceito, que está em estágio inicial no Brasil, mas tem potencial de contribuir sobremaneira para os negócios. Os CIOs validaram o modelo e apontaram que vão usá-lo no dia a dia da TI. Leia mais

IT MÍDIA E FIA SELAM PARCERIA E ANUNCIAM ACADEMIA DO CIO Oficializada durante o IT Forum 2015, a aliança entre IT Mídia e FIA vai oferecer aos executivos de tecnologia uma formação de curta duração para atualização em temas que entram na agenda de TI. Nos comentários no portal IT Forum 365, os líderes de tecnologia apontam que a iniciativa será, certamente, um sucesso. Leia mais

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R E V I S TA I T F O R U M | I T F O R U M + 2 0 1 5

Por REDAÇÃO

É possível ser

CRIATIVO

MAIS DO QUE PERSONIFICAR A CRIATIVIDADE, É PRECISO PENSAR EM EQUIPES CRIATIVAS A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE CADA INTEGRANTE DO TIME

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A criatividade é, sem dúvida, uma das características mais valorizadas por presidentes de empresas, sobretudo, quando eles saem em busca de novas lideranças para as mais diversas áreas. Apesar disso, muita gente fica em dúvida sobre o uso da criatividade no ambiente corporativo, principalmente por ser um tipo de qualidade muito mais associada às pessoas do mundo publicitário e entretenimento. Mas é possível aliar criatividade ao mundo empresarial e os benefícios são dos mais variados. Essa mensagem será fortemente trabalhada durante o IT Forum+ 2015, que acontecerá entre os dias 19 e 23 de agosto

na Praia do Forte (BA) e traz como temas central “Liderança Criativa”. A abertura da agenda de conteúdo contará com o renomado sociólogo Domenico De Masi, autor de diversos livros entre eles O Ócio Criativo, que levará para o encontro uma série de provocações em torno da forma que trabalhamos atualmente e também no modo como encaramos a criatividade. De acordo com o sociólogo, mais do que perseguir ou tentar converter-se em alguém criativo, o líder deve buscar a formação de uma equipe criativa, unindo talentos executores e mentes pensantes que, não necessariamente, conseguem colocar as ideias em prática.

no ambiente

corporativo? i t f o r u m 3 6 5 . c o m . b r 0123

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R E V I S TA I T F O R U M | I T F O R U M + 2 0 1 5

INTERCÂMBIO DE IDEIAS • CIBERSEGURANÇA • CLOUD COMPUTING • INOVANDO MESMO COM BUDGET APERTADO • SHADOW IT – COMO FICAM AS QUESTÕES DE GOVERNANÇA

WORKSHOPS • STORYTELLING, COM ESPM • DESIGN THINKING, COM FIA

PAINEL • ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA

Além do sociólogo, o IT Forum+ 2015 contará com uma plenária com o consultor e professor da BSP - Business School São Paulo, Gilberto Guimarães, que levará uma visão complementar sobre a questão da criatividade. O objetivo dele será apresentar exemplos práticos da aplicabilidade do conceito no ambiente corporativo com sua palestra Liderança Criativa, tema amplamente explorado pelo também autor do livro Liderança Positiva. Em um momento de transformação como o atual – atrelado ao desafiador ambiente econômico – uma dose de criatividade certamente pode ajudar na condução de projetos, elaboração de estratégia e mesmo repensar como tudo é feito no ambiente corporativo e, consequentemente, no departamento de TI. Para isso, além de todo o conceitual, a IT Mídia também preparou para o fórum dois momentos de workshops nos quais serão trabalhadas habilidades e conceitos complementares. Com Design Thinking, para o qual a empresa selou parceria de conteúdo com a FIA, a ideia será trabalhar a construção de novos modelos de negócios e mesmo diferentes formas de conduzir projetos por meio do conceito. Um instrumento que será fortemente utilizado na atividade é o livro The Business Model Navigator. Já no segundo tema de workshop, Storytelling, que tem curadoria de conteúdo da ESPM, parceira da IT Mídia também na iniciativa do IT Forum Digital, o objetivo será disseminar conceitos de apresentação e comunicação para ampliar as capacidades do CIO na venda de projetos internamente ou mesmo nas apresentações de resultados da área. Com o tema central Liderança Criativa, a IT Mídia mais uma vez reforça a confiança na liderança e capacidade dos CIOs em conduzir transformações na empresa mesmo em momentos complexos nos quais as áreas de negócio passam também a liderar iniciativas digitais muitas vezes pela velocidade e criatividade naturais às suas atuações. Assim, voltando ao título desse texto, refazemos a pergunta da seguinte maneira: está preparado para uma imersão na criatividade e mudar a forma de encarar o dia a dia na corporação? ITF

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PLENÁRIA DOMENICO DE MASI CULTUADO E RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE POR OBRAS COMO ÓCIO CRIATIVO, DE MASI SABE COMO NINGUÉM TRAZER PROVOCAÇÕES E FAZER COM QUE A PLATEIA SAIA DO LUGAR COMUM, BUSCANDO UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA DE SUAS AÇÕES E OS REFLEXOS DISSO NO DIA A DIA, SEJA NA VIDA PESSOAL OU CORPORATIVA. E É TODA ESSA ENERGIA QUE ELE LEVARÁ PARA O IT FORUM 2015 AO FALAR SOBRE LIDERANÇA CRIATIVA NA ABERTURA DA AGENDA DE CONTEÚDO. ALÉM DO ÓCIO CRIATIVO, DOMENICO DE MASI É AUTOR E COAUTOR DE OUTROS 13 LIVROS, ENTRE ELES O FUTURO DO TRABALHO, A ECONOMIA DO ÓCIO, CRIATIVIDADE E GRUPOS CRIATIVOS E OS MAIS RECENTES FELICIDADE E O FUTURO CHEGOU.

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PLENÁRIA GILBERTO GUIMARÃES MESTRE EM FILOSOFIA, MBA PELA FGV, ENGENHEIRO PELA POLITÉCNICA DA USP, PSICANALISTA. GUIMARÃES LEVARÁ UMA VISÃO PRÁTICA DA APLICAÇÃO DA CRIATIVIDADE NO AMBIENTE CORPORATIVO, TEMA QUE ELE TRABALHA JÁ HÁ ALGUM TEMPO E EXPLOROU EM SEU LIVRO LIDERANÇA POSITIVA. MEMBRO DO CONSELHO DA CÂMARA DE COMÉRCIO FRANCESA E DO COMITÊ DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA FIESP, GUIMARÃES É TAMBÉM COORDENADOR E PROFESSOR DO PÓS-MBA EM LIDERANÇA E DE PROGRAMAS CORPORATIVOS. JÁ ATUOU EM DIVERSAS MULTINACIONAIS, COMO UNISYS, GRUPO SAINT GOBAIN E PARAMOUNT. ALÉM DO LIVRO LIDERANÇA POSITIVA, ELE TAMBÉM ESCREVEU TEMPOS DE GRANDES MUDANÇAS – REESTRUTURANDO VIDAS E EMPRESAS E ESTA DESABALADA CARREIRA.

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Os alunos da BandTec têm 75% de aulas em laboratório. Têm acesso a tecnologias que ainda nem chegaram às empresas, por meio de parcerias acadêmicas com marcas como Microsoft, IBM, Cisco, Oracle, EMC, VMWare e Alcatel-Luccent. E têm também um curso de inglês integrado ao currículo. Por isso, acabam se destacando rapidamente. Quer conhecer e contratar alguns deles ainda durante a graduação, antes que cheguem ao mercado? Ligue para (11) 5574-6844 e conheça o Programa Binário da BandTec. Um programa que vai ajudar sua empresa a encontrar e reter profissionais que pensam antes de fazer. E que fazem com paixão depois de pensar.

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Por DÉBORAH OLIVEIRA

COM CERCA DE 10 MIL DISPOSITIVOS MÓVEIS, VIA VAREJO DÁ UM SALTO NA PRODUTIVIDADE DOS COLABORADORES E CONSEGUE PERSONALIZAR A EXPERIÊNCIA DE COMPRA DOS CLIENTES EM SUAS LOJAS FÍSICAS

Mobilidade na linha de frente

A era móvel chegou para mudar completamente o mercado. Não há como escapar dessa tendência, que acena com a bandeira da produtividade, agilidade e promove respostas mais rápidas. O mantra ‘a qualquer hora e lugar’ ganha reforço ainda com a ascensão dos wearables, que prometem revolucionar o mundo dos negócios. De olho nesse cenário, a Via Varejo, empresa que administra as marcas Ponto Frio e Casas Bahia, decidiu

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colocar em prática projetos de mobilidade que passam pela adoção e gestão de dispositivos de executivos, da área comercial, do setor de logística e, mais recentemente, de lojas interativas, onde tablets apoiam a força de venda no atendimento a clientes. Julião Baião, CIO da Via Varejo, conta que a aposta na mobilidade começou em razão da bus-

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FOTOS: FRANCISCO YUKIO PORRINO

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ca pela melhoria da produtividade em toda a empresa. Desse objetivo, sugiram três grandes frentes, que se apoiam fortemente em dispositivos móveis: uma direcionada para a roteirização de entregas de produtos, outra para a montagem de móveis e a última para auxiliar na venda em lojas físicas. “Começamos com a montagem de móveis, há cerca de três anos. São mais de 6 mil equipes que vão até a casa do cliente para instalar os móveis cada uma equipada com um tablet”, assinala Baião. Antes do uso do equipamento, o profissional tinha de passar em um posto de montagem, pegar as informações e ir à campo para executar o trabalho. Ao final, ele deveria voltar ao posto de origem e dar baixa no serviço. Hoje, a operação, que envolve o agendamento e a execução do serviço de montagem dos móveis vendidos, é mais eficiente. No início de 2013, a Via Varejo registrava de três a quatro itens montados por funcionário por dia. Hoje, esse índice é superior a sete, de acordo com Baião. “Além disso, caso o profissional necessite de mais peças, a solicitação é feita pelo sistema, em tempo real”, completa.

Os tablets contam ainda com um software que organiza a agenda diária de trabalho. A ferramenta otimiza o tempo dos profissionais, que podem, eventualmente, alterar o roteiro de instalação dos móveis, no caso de ausência do cliente na data agendada, por exemplo, e solicitar eventuais assistências técnicas com apenas um toque na tela do gadget. Tudo isso com monitoramento e controle de um call center exclusivo para montadores. Há ainda no equipamento um sistema de checagem dos itens que compõem o móvel a ser entregue e montado, garantindo a redução de atrasos e/ou reagendamentos do serviço por falta de peças ou peças trocadas, por exemplo. Baião relata que essa etapa foi uma espécie de projeto-piloto para a Via Varejo e foi do sucesso da iniciativa que a mobilidade se espalhou para outras áreas. Na parte de roteirização das entregas, um software nos tablets gerencia os endereços e a frota de caminhões dos centros de distribuições. Essa tecnologia colabora para o melhor aproveitamento da jornada de trabalho dos motoristas, com melhor distribuição de entrega por endereço/proximidade. Antes da roteirização, eram feitas de 20 a 24 entregas por dia por veículo e, agora, são de 25 a 28. Também foi possível reduzir em 30% a taxa de insucesso das entregas, além de eliminar custos com essa logística. Os executivos também ingressaram fortemente na mobilidade. São cerca de 600 smartphones em toda a empresa. “Inicialmente, a ferramenta era usada para acessar e-mails, mas agora estamos ampliando o conceito e levando para operações e vendas”, pontua. O CIO da Via Varejo assinala ainda que com smartphones em mãos, o diretor-executivo de operações pode, por exemplo, ver em tempo real as vendas da empresa, por região, categoria e aplicar outros filtros para tomar decisões rapidamente e atingir as metas estabelecidas.

JULIÃO BAIÃO, CIO DA VIA VAREJO, COMEMORA RESULTADOS POSITIVOS DO PROJETO DE MOBILIDADE, QUE CHEGOU AGORA ÀS LOJAS DA EMPRESA

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APOIO ÀS VENDAS Recentemente, mais de 20 unidades do grupo foram inseridas no projeto ainda piloto de loja interativa, que equipa vendedores com dispositivos móveis. A ideia é expandir a proposta, implantada em outubro de 2014, para as demais unidades. “Os resultados preliminares são animadores, pois mostram que conseguimos atendimento melhor e mais rápido, gerando uma satisfação maior até mesmo para os vendedores”, comemora Baião. O objetivo dessa frente, diz o executivo, é otimizar a experiência de compra. Para isso, os vendedores da rede utilizam tablets com todas as especificações de produtos e um sistema para a realização do pedido de compra. A decisão do cliente e a finalização do pedido, que hoje consome em média 15 minutos, considerando os processos que envolvem pagamento e emissão de nota fiscal, passarão a ser feitas em um intervalo de três a cinco minutos. Ainda nas lojas, há poucas semanas, a empresa passou a oferecer a possibilidade de pagamento via tablet, modelo similar ao usado pela Apple, não sendo necessário mais pegar filas para finalizar a compra, e agilizando o atendimento. E A GESTÃO? Com um total de 10 mil dispositivos móveis, entre tablets e smartphones, todos da Samsung, a Via Varejo viu-se diante do desafio de gerenciar esse grande volume de aparelhos e ainda possibilitar a segurança adequada, evitando que informações corporativas sensíveis extrapolem as barreiras internas. O executivo lembra que antes de pensar em fornecer um tablet ou smartphone para alguma área, foi importante rever processos e desafiar paradigmas, promovendo uma forte cultura de mudança. Tudo isso, diz, aliado ao desafio tecnológico da transformação, pois é necessário repensar aplicações de TI, arquitetura e infraestrutura. “Não adianta desenvolver soluções para essas áreas, se não pudermos gerenciar e ter segurança adequada”, lembra o CIO. Por isso, a Via Varejo implementou uma solução da AirWatch by VMware, com a ajuda da MDM Solutions, para gestão dos dispositivos. A tecnologia realiza o controle do inventário dos equipamentos, distribuição

de software/aplicações e controle das políticas de segurança dos dispositivos. “Dessa forma, conseguimos fazer a administração de maneira centralizada, usando regras para todos os colaboradores e, quando necessário, aplicando atualizações”, explica. Para evitar a perda de informações, Baião conta que a segurança é a mais restrita possível, tendo em vista a proteção do usuário e da empresa. “Temos uma política bem-definida e a partir daí desdobramos de forma técnica.” Como próximo passo de todo o projeto de mobilidade, Baião afirma que a ideia é ampliar o uso nas lojas para promover uma experiência de compra ainda mais personalizada e maior interação com os consumidores. “Estamos expandindo o projeto-piloto e colocando novas funcionalidades no tablet para os vendedores”, adianta. ITF

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O que o CIO pensa sobre... PERGUNTAMOS AOS LÍDERES DE TI O QUE ELES FAZEM PARA ESTIMULAR A LIDERANÇA E QUAL O FOCO DO INVESTIMENTO PARA 2015. O RESULTADO VOCÊ VÊ EM NOSSA PÁGINA DE VÍDEOS NO IT FORUM 365

Durante o IT Forum 2015, realizado em abril na Praia do Forte (BA), ouvimos líderes de TI de diversos segmentos do mercado para saber como eles estimulam a liderança criativa em suas equipes, como transformaram a TI de suas empresas e se o orçamento de 2015 vai ser mantido ou se sofrerá ajustes em razão do atual cenário econômico no Brasil.

Já na opinião de Mendel Szlejf, CIO da Leroy Merlin no Brasil, liderança criativa é um diferencial importante na vida do profissional da área. A prática é mandatória, uma vez que o líder de TI é pressionado para apostar na inovação e ser menos operacional.

Para conquistar liderança criativa, por exemplo, Domingos Bruno, CIO do McDonald's, acredita que é preciso saber equilibrar o trabalho com a vida pessoal. Em sua visão, liderança criativa impulsiona a produtividade e por isso a prática é incentivada e executada em toda a TI.

Sobre o investimento para 2015, Vanderlei Andrade, CIO da FMC, conta que os últimos anos foram de trabalho intenso para a área com a atualização do ERP, CRM, melhorias das tecnologias para vendas em campo e infraestrutura de telecom. Para os próximos meses, o orçamento prevê mais iniciativas, como a integração de uma empresa recém-adquirida.

Acesse nossa página de vídeos no IT Forum 365 Confira as entrevistas realizadas durante o IT Forum!

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IT FORUM 2015 | I N F O G R Á F I C O

O que fazer para fisgar o

consumidor no mundo digital? PROGRAMAS DE FIDELIDADE NÃO EVOLUÍRAM COM A ERA DIGITAL, FALHANDO NA MISSÃO DE ATRAIR OS CONSUMIDORES. É O QUE APONTA ESTUDO FEITO PELA CAPGEMINI CONSULTING. ENTRE AS CONSTATAÇÕES DO LEVANTAMENTO, QUE ANALISOU OS PROGRAMAS DE FIDELIDADE DE 160 EMPRESAS INTERNACIONAIS DE SETE SETORES NO MUNDO INTEIRO, ESTÃO EXPLICAÇÕES PARA O FATO DE TAXAS DE PARTICIPAÇÃO ATIVA EM PROGRAMAS DE FIDELIDADE SEREM GERALMENTE BAIXAS. VEJA AS CONSTATAÇÕES ABAIXO:

11%

APENAS DOS PROGRAMAS OFERECEM RECOMPENSAS PERSONALIZADAS COM BASE NO HISTÓRICO DE COMPRAS OU DADOS DE LOCALIZAÇÃO DO CLIENTE

16%

SOMENTE RECOMPENSAM OS CLIENTES POR ATIVIDADES DIGITAIS, COMO PREENCHER PESQUISAS ON-LINE, CLASSIFICAR E ANALISAR ESTABELECIMENTOS E RECOMENDAR AMIGOS PARA O PROGRAMA

$ 79%

DOS PROGRAMAS DE FIDELIDADE USAM CANAIS MÓVEIS, MAS SOMENTE

24% DELES PERMITEM QUE SEJAM FEITOS RESGATES

97%

9%

14%

APENAS UTILIZAM MECANISMOS DE GAMIFICATION PARA RECOMPENSAR CLIENTES

APENAS OFERECEM RESGATE DE PONTOS EM TODOS OS CANAIS

DOS PROGRAMAS DE FIDELIDADE SÃO BASEADOS, PRINCIPALMENTE, NAS COMPRAS FEITAS PELOS CLIENTES

EXEMPLO BEM-SUCEDIDO

SEPHORA COM O BEAUTY INSIDER, QUE COMBINA CONTAS DE FIDELIDADE COM O APLICATIVO MÓVEL DA SEPHORA, ALÉM DA “CARTEIRA MÓVEL” APPLE PASSBOOK, A REDE CONSEGUIU FORNECER UMA EXPERIÊNCIA DE COMPRA PERFEITA. COM O PROGRAMA, CLIENTES CONSEGUEM RASTREAR SUAS COMPRAS, VISUALIZAR OFERTAS E RESGATAR PONTOS EM QUALQUER LUGAR POR MEIO DOS SEUS DISPOSITIVOS MÓVEIS. A ESTRATÉGIA FUNCIONOU. OS USUÁRIOS DO PASSBOOK DA SEPHORA ESTÃO COMPRANDO DUAS VEZES MAIS DO QUE OS OUTROS CLIENTES DA LOJA.

FONTE: FIXING THE CRACKS: REINVENTING LOYALTY PROGRAMS FOR THE DIGITAL AGE, DA CAPGEMINI CONSULTING

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A INTERNET DE TODAS AS COISAS apresenta

a última fila Estamos construindo a Internet de Todas as Coisas para os negócios. Os servidores Cisco UCS estão levando o desempenho do data center para todos os lugares, permitindo que os aplicativos móveis e analíticos ajudem a manter as filas mais curtas e os clientes mais satisfeitos. A partir de agora, vamos deixar as filas no passado. veja como em cisco.com.br/aultimafila

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