Informe janeiro 2015 port web 03 03

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Rio de Janeiro, Janeiro de 2015

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ISAGS realiza semana presencial de seu primeiro curso Os principais temas discutidos foram interdisciplinaridade, equidade, gestão, monitoramento e avaliação de políticas públicas em saúde

Fabiano Veneza

má saúde está na sociedade e na sua estrutura social, não na natureza. É o resultado da combinação de políticas sociais e intervenções governamentais ineficientes”, disse ele.

Rômulo Paes, do Centro Rio+, dá aula sobre avaliação e monitoramento de políticas públicas

Entre os dias 26 e 29 de janeiro, o ISAGS reuniu participantes, tutores e professores do primeiro curso a distância oferecido pelo Instituto. Foi realizada a semana presencial do Curso Políticas Públicas Intersetoriais e Determinação Social da Saúde, período que propiciou intensa troca de experiências e aprendizado entre os participantes. Nos dois primeiros dias, os alunos assistiram a aulas de estudiosos e profissionais que trabalharam os temas abordados em todos os módulos do curso. O público – formado por gestores dos Ministérios da Saúde e de Desenvolvimento Social dos países membros da UNASUL – debateu conceitos e abordagens teóricas sobre intersetorialidade e determinação social da saúde, além de questões práticas referentes a desenho, gestão, monitoramento e avaliação de políticas públicas. Um ponto fundamental das discussões foi a importância atribuída à determinação social da saúde e ao desenvolvimento de políticas que abranjam diversas áreas de conhecimento e atuação. O vicecoordenador geral da Associação LatinoAmericana de Medicina Social (ALAMES) e um dos professores do curso, Oscar Feo, reforçou a influência das questões sociais na qualidade da saúde das populações. “A determinação social permite-nos compreender que a saúde é um fato decididamente interdisciplinar que transcende o biológico. Portanto, a causa fundamental da

Integração regional e monitoramento A atuação conjunta entre países também foi tema das apresentações. Nesse contexto, o pesquisador do Centro Edgar Morin, Alfredo Pena-Vega, salientou que a cooperação e a confiança mútua entre países são estratégias fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes. “Não se deve cooperar pensando em ganhar mais poder. Devese cooperar para que todos os países, juntos, possam avançar”. Já o chefe de Cooperação da União Europeia no México, Juan Garay, focou nas possibilidades que podem advir da cooperação sul-americana. “Hoje, nossos modelos de crescimento não são sustentáveis, o que nos exige pensar em novos paradigmas. A América do Sul pode fornecer-nos novas propostas de progresso que sejam sustentáveis e que garantam a equidade social e de saúde, inclusive para futuras gerações”, concluiu. Além das discussões teóricas, foram abordados aspectos práticos importantes para o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas intersetoriais nos países sul-americanos. Nesse contexto, o diretor do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro Rio+), Rômulo Paes, considerou o monitoramento das políticas aplicadas como ponto fundamental para a provisão de informações, geração de conhecimento e transparência na utilização dos recursos públicos. “A disseminação regular dos resultados ajuda a manter a credibilidade dos programas e a garantir sua sustentabilidade política. Precisamos considerar que os atores políticos têm expectativas de respostas imediatas. Essa é uma das razões que faz com que a dimensão política do monitoramento e avaliação seja tão importante quanto a dimensão técnica”, concluiu.

Demandas dos países O Diretor Executivo do ISAGS, José Gomes Temporão, reforçou que o curso atende a uma demanda dos países membros da UNASUL ao Instituto e estava previsto nos Planos Operativos Anuais do ISAGS de 2013 e 2014. “Ele também está alinhado a uma recomendação da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, realizada em 2011 no Rio de Janeiro, que incentiva a promoção do tratamento social igualitário e na saúde pública através de ações sobre os determinantes sociais”, explicou. O curso, que começou em novembro de 2014 e vai até março de 2015, é voltado para gestores dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, além de membros de instituições integrantes da Rede de Institutos Nacionais de Saúde da UNASUL (RINS). O módulo presencial foi realizado entre os dois módulos virtuais do curso – cada módulo virtual conta com quatro temas para estudo e análise. Os vídeos das palestras estarão disponíveis em breve no nosso site: www.isags-unasur.org. Conheça os professores do curso: Alfredo Pena-Vega: Centro Edgar Morin Janeth Bouby: Ministério da Saúde do Peru Juan Garay: Cooperação da UE no México Oscar Feo: ALAMES Paulo Buss: Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (CRIS) Ricardo Paes de Barros: Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência do Brasil Rômulo Paes: Centro Rio+ Wolfgang Munar: Universidade de Washington

VEJA MAIS Representantes de países apresentam políticas públicas intersetoriais durante curso do ISAGS Pág. 2 Conselho Executivo da OMS se reúne em Genebra Pág. 3 “Os organismos regionais têm um impacto positivo no fomento à equidade em saúde”, afirma a pesquisadora Pia Riggirozzi Pág. 4


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