Informativo do dia 28 de setembro

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Informativo Semanal | 28 de Setembro de 2014 Estação do Cultivo

Igreja Presbiteriana Independente de Dourados

Gente feliz que se importa com pessoas!

CONSUMIDORES DE ILUSÃO

A

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme seus próprios desejos e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” – (II Timóteo 4: 3 e 4)

s prateleiras estão lotadas. A variedade de produtos a nossa disposição é algo que nos chama a atenção e desperta o interesse. Produtos caros e baratos. Nacionais ou importados. Produtos que dizem ser da última geração prometendo resolver o problema de muitos e suprir a necessidade da maioria. Nestas prateleiras, o desejo é desperto de seu leve sono e a aquisição se torna mais um hábito, um vício, do que uma real necessidade. As vitrines também não ficam atrás. Um sem número de mercadorias expostas aos olhos consumistas e aos desejos de uma geração algemada na tirania do ter e, infelizmente, fatalmente infectada com o vírus do poder. Vitrines que mais parecem um altar, o altar do consumo. Nele a idolatria é legitimada pela argumentação de que comprar é um prazer e faz bem ao ego do ser humano. Sendo assim, consumir é ter, ter é poder. Esta é a lei que rege o mercado capitalista em nossos dias atuais. Este é o nosso carrasco na chamada ditatura do consumo. Sim, somos a geração do consumo, mas não somente isso. Somos também uma geração iludida. Estamos caindo no erro grosseiro de aplicar nossa confiança em produtos oferecidos, banhados de marketing, foleados de ouro pela publicidade que, absolutamente, de nada servem para nossas vidas. Adquirimos produtos milagrosos que, ao final, se apresentam como uma completa ilusão, uma grande falácia e uma total perda de tempo. Enganados, iludidos e frustrados. É assim que ficamos até a próxima aquisição que desperta em nós o prazer do consumo e que, por sua vez, nos leva novamente ao leito da frustração. Este é o movimento da geração atual. Consumo e ilusão parecem andar de mãos dadas, sempre unidos num casamento fiel e duradouro. Lamentavelmente, as leis do consumo e da ilusão estão contaminando o evangelho legítimo de Jesus Cristo. Marketing, publicidade e um verniz de embelezamento está sendo utilizado para suavizar a mensagem do evangelho a fim de que, na prateleira da religião, ele seja notado e adquirido. Muitos, hoje, apresentam uma mensagem sem cruz,

Missão IPID

um evangelho sem arrependimento e um discipulado sem renúncia. Tudo isso porque, no mercado do evangelho, a cruz, o arrependimento e a renúncia são produtos extremamente impopulares, empoeirados nas prateleiras de consumo cristão. É assim que entramos para o ambiente da ilusão. Enganados e iludidos consumimos mentiras que são produtos da mente humana e não da verdade do evangelho. Somos feridos na igreja. Ficamos frustrados com a fé. Acabamos por nos decepcionar com Deus. Tudo isso porque a verdade foi substituída pela mentira que vende. O legítimo foi trocado pelo adulterado que engana. O que é certo foi manipulado pelo que dá certo. E assim, consumimos uma falácia, uma mentira envernizada pelo marketing evangélico. Não a verdade da Palavra de Deus, mas a sua distorção. Adquirimos um evangelho genérico incapaz de tratar o nosso pecado e agir contra a natureza humana decaída. O mais lamentável desta constatação é que não se trata de um fato novo. Desde os tempos do Antigo Testamento o povo de Deus já sentia uma grande inclinação para a ilusão. Eram fortemente seduzidos pelo mercado da mentira. O profeta Isaías denuncia este fato com veemência: “Este povo diz aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas agradáveis, e vede para nós enganos” (Isaías 30:10). Se ao olharmos para o passado ficamos assustados, o

futuro também não é nada favorável, pois o apóstolo Paulo deixa claro: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme seus próprios desejos e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. Talvez esta previsão do apóstolo Paulo feita a Timóteo há tanto tempo atrás seja, justamente, o que estamos experimentando em nossos dias atuais. Muitos não suportam a simplicidade e suficiência do evangelho e procuram enxertar novos conceitos e valores nele. As prateleiras das igrejas estão lotadas. As vitrines evangélicas são muito atrativas. E, uma multidão com coceiras nos ouvidos, prefere a ilusão das fábulas ao peso da verdade. São consumidores de mercadorias estragadas, ilusórias. Estes consumidores de um evangelho fantasioso são crassamente prejudicados, pois buscam um evangelho pernicioso que agrada aos ouvidos e a mente, mas que é incapaz de tocar o coração. Um evangelho que soa bem na terra, mas que é rejeitado no céu. Uma mensagem que aproxima o homem do prazer, mas que, na mesma proporção, o afasta de Deus. Pessoas que assim agem são, nas Escrituras Sagradas, descritas como “consumidores de ilusão”. É tempo de voltarmo-nos ao evangelho genuíno. Precisamos nos apegar novamente à mensagem da cruz. É necessário rejeitar todo engano ineficiente travestido de verdade absoluta. Ainda existe uma cruz. A renúncia não saiu de moda nas Escrituras. O arrependimento ainda é o elemento central do evangelho de Jesus Cristo e, se assim não for, é possível que estejamos nos alimentando de comida estragada e consumindo ilusão que pode até fazer bem para nossa mente, mas, sem dúvida, é de péssima qualidade para nosso coração.

Pastor

Denis Vicentin

“Nossa missão é glorificar a Deus, no poder do Espírito Santo, trazendo pessoas para Jesus, tornando-as membro do corpo, desenvolvendo nelas o caráter de Cristo, equipando-as para o serviço na igreja e no mundo.”


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