Informativo Semanal | 18 de Maio de 2014 Estação do Celebração
Igreja Presbiteriana Independente de Dourados
Gente feliz que se importa com pessoas!
CRIANDO FILHOS PARA ODIAR A IGREJA “Nadabe e Abiú, filhos de Arão... trouxeram fogo profano perante o Senhor... Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu. Morreram perante o Senhor.” Levítico 10:1-2 “Os filhos de Eli eram ímpios; não se importavam com o Senhor nem cumpriam os deveres de sacerdotes para com o povo...O pecado desses jovens era muito grande à vista do Senhor, pois estavam tratando com desprezo a oferta do Senhor...Então os filisteus lutaram e Israel foi derrotado... e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram.” I Samuel 2:12,17; 3:10
C
erta vez resolvi cultivar uma horta. Lembrome dos finais de tarde que passei fazendo os canteiros e preparando a terra. Escolhi uma boa semente, efetuei o plantio, e continuei o processo regando e observando, para ver o resultado: legumes e verduras fresquinhas para o consumo. Um fato me ensinou lições valiosas: primeiro, que eu entendo de agricultura tanto quanto entendo chinês mandarim; segundo, que na busca de excelentes resultados, descuidos mínimos podem comprometer todo um trabalho árduo. Agora o fato: próximo à minha horta havia uma plantação de eucalipto, que roubava toda a água que aplicava às sementes, me fazendo ter como resultado, apenas mato e plantinhas miúdas, raquíticas e sem vida. Este fato, um tanto quanto frustrante, me faz refletir sobre a forma como educamos nossos filhos. Creio que os pais mencionados acima, Arão e Eli, sacerdotes do Senhor, como outros pais da Bíblia como Isaque, Manoá, Davi, o pai do filho pródigo, que tiveram experiências frustrantes, em maior ou menor grau com os filhos, não tinham a intenção, a predisposição de que estes fossem rebeldes, mentirosos, errantes e distantes do Senhor. Estou certo que eram homens que amavam a Deus e que viviam intensamente para Ele, mas... Então, a pergunta é: se na minha horta, o ladrão era o eucalipto, qual é o ladrão que levam os filhos a se tornarem rebeldes, se afastarem de Deus e odiarem a igreja? Vajamos: Os sacerdotes eram separados por Deus para ministrarem o povo. Eles viviam num ambiente religioso, suas famílias estavam envolvidas em todo o processo, e a função sacerdotal era passada de pai para filho. A função exigia muita dedicação, atenção ao povo, cuidados especiais com o Tabernáculo do Senhor e com a perfeição ritualística do culto, exigida pelo próprio Deus, e muito tempo era empregado nesse serviço. Como preparo para a sucessão, desde muito cedo, os filhos eram envolvidos no dia a dia da Congregação, vide a história do próprio Samuel, passando a maior parte de
Missão IPID
sua vida “a serviço do Senhor”. A história é bem parecida com a de muitos que tiveram avós e pais crentes, e que assim como eles, também foram criados na igreja. E bem aqui encontramos nosso vilão: A RELIGIOSIDADE. Triste é ver que se pode viver por gerações, inseridos dentro de uma comunidade de fé séria, com uma boa Palavra, mas cujos frutos na “própria horta” não brotam, não vingam, não prosperam, pelo contrário, se misturam com as ervas daninhas, trazendo tristeza, decepção, desgosto àqueles que lançaram à semente. Infelizmente, muitos de nós criamos filhos para se afastarem de Deus e odiarem a Igreja, não respeitando as necessidades da idade, o conhecimento, e até mesmo os estilos e gostos pessoais. Atropelamos o processo, querendo ter crentes maduros em crianças imaturas, fazendo deles verdadeiros extraterrestres, em nome de uma religiosidade oca, vazia, sem vida e sem expressão. Eles crescem tendo um líder, mas não um pai, um tutor, mas não um companheiro, um ditador de regras, mas não um amigo, um religioso, mas não alguém que prioriza a sua principal missão: cuidar bem de sua família. Devemos ensinar as Escrituras sim, mas acima de tudo, vive-las. Ter limites, sim, desde que também fiquemos dentro deles. Encerro, lembrando a história de Jacó, o que pode trazer alento a muitos pais que tem seus filhos distantes do Senhor: Ele viveu num ambiente
religioso, enganou seus familiares, mentiu para muita gente, arrumava encrenca e fugia não assumindo as responsabilidades, mas quando se encontrou real e genuinamente com o Deus vivo e verdadeiro, sua vida foi transformada, tornando-se um novo homem. Podemos errar, mas sempre é tempo de consertar, de recomeço e de mudança de postura, pois nosso Deus é o Deus da segunda chance. No Senhor há esperança para nós e para nossos filhos! Fuja do ladrão chamado RELIGIOSIDADE.
Pastor
Diones Braz
“Nossa missão é glorificar a Deus, no poder do Espírito Santo, trazendo pessoas para Jesus, tornando-as membro do corpo, desenvolvendo nelas o caráter de Cristo, equipando-as para o serviço na igreja e no mundo.”