Informativo Semanal | 01 de Setembro de 2013 Estação do Cultivo
Igreja Presbiteriana Independente de Dourados
Gente feliz que se importa com pessoas!
Um chamado para a angústia “Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e continuei a jejuar e orar perante o Deus do céu” (Neemias 1:4)
O
texto que retrata a situação de Neemias assentado e chorando por causa das ruínas de Israel, revela um homem triste e profundamente angustiado por tudo o que seus olhos contemplam diante daquele infeliz contexto. Destruição e sofrimento não são imagens agradáveis e, por isso, não permitem que o coração fique impassível diante de sua realidade confrontadora. Em nossos dias atuais, não estamos vivenciando um cenário muito diferente daquele que atingiu este ilustre homem de Deus. Aliás, não somente estamos contemplando uma catástrofe alcançando nossa geração, como também estamos notando a inanição e acomodação de nossa época diante dos desmoronamentos dos alicerces fundamentais da vida humana. Nossa visão é chocante e desalentadora. Ruínas das famílias. Destruição da moralidade. Escombros na espiritualidade. Ruínas na igreja e destruição da fé. Lamentável, porém real! Parece não restar pedra sobre pedra. Por onde passamos nossos olhos nos dias atuais, encontramos um contexto de desintegração e desolação. Entretanto, onde está nossa sensibilidade diante de tal cenário? Temos a mesma atitude de Neemias quando teve notícias da triste condição da cidade de Jerusalém? Somos capazes de enxergar a dor e a miséria de tal situação condoendo-nos profundamente? Somos capazes de lamentar e nos comover diante das informações que se nos apresentam aos olhos? Onde está o choro e as lágrimas de uma geração comprometida que não tolera a sujeira do pecado, que não admite a encenação da fé e que não negocia com a frieza e mornidão? Receio que nossa passividade
e insensibilidade tenha alcançado níveis elevadíssimos. Corações endurecidos e frios estão desenhando uma atitude de indiferença diante da dor de Deus. Uma fé egoísta e mesquinha abriga-se das ondas de angústia que o Senhor deseja compartilhar com seus filhos. Faltam-nos lágrimas nos olhos, fogo no coração e vergonha na cara. Estamos vivendo uma ausência perniciosa de convicção de pecados. Há uma desalentadora familiaridade com a apatia e indiferença. Ao contrário de Neemias, nossa atitude
não reproduzirmos o que ele praticou. Restauração é antecedida de humilhação. Quebrantamento e angústia são sementes do avivamento. Somente uma profunda e dolorosa convicção de pecados invadindo nossos corações é que pode nos reconduzir ao caminho da cura e reconciliação. Quando voltaremos a chorar? Até quando negligenciaremos a agonia do coração de Deus? Será que algum dia seremos capazes de trocar nosso entretenimento religioso e o faz-de-conta de uma fé interesseira pelo genuíno e sincero gemido da alma? Seremos capazes de participar desta angústia profunda que afeta toda a criação contaminada pelo vírus do pecado e que está gemendo e sofrendo por suas consequências? (Romanos 8:22). Alguém ouvirá o gemido da “criação que aguarda com expectativa a manifestação dos filhos de Deus”? (Romanos 8:19). Ouçamos este clamor. Sintamos esta aflição. As ruínas estão diante de nossos olhos. O que vem a seguir: Arrependimento genuíno ou distração religiosa? Que nosso coração seja lembrado constantemente de ser o recipiente de uma aguda e entranhável angústia que não provem de sentimentos produzidos pela manipulação humana, mas oriunda das profundezas do coração do Deus que sente e sofre por um povo distante de Sua presença.
“Estamos vivendo uma ausência perniciosa de convicção de pecados. Há uma desalentadora familiaridade com a apatia e a indiferença”
Missão IPID
é extremamente insana e displicente. Diante da destruição, Neemias assentava-se para chorar, nós levantamo-nos para nos distrairmos com as futilidades de uma vida vazia. Enquanto aquele homem humilhava-se diante do drama de seu povo, nós nos orgulhamos (ilusoriamente) de não vivermos na mesma condição. Neemias se quebrantava, enquanto isso, nos alegramos com nossa estéril religiosidade. Aquele homem de Deus lamentava prostrado ao nível do solo o estado de sua nação, nós, porém, estamos assentados confortavelmente numa poltrona de entretenimento e vaidade pessoal. Tudo isso revela que precisamos de restauração. Contudo, não viveremos o avivamento e a transformação que Neemias experimentou se
Pastor
Denis Vicentin
“Nossa missão é glorificar a Deus, no poder do Espírito Santo, trazendo pessoas para Jesus, tornando-as membro do corpo, desenvolvendo nelas o caráter de Cristo, equipando-as para o serviço na igreja e no mundo.”