Boletim Informativo 08.12.13

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Informativo Semanal | 08 de Dezembro de 2013 Estação do Cuidado

Igreja Presbiteriana Independente de Dourados

Gente feliz que se importa com pessoas!

Desafios pastorais do século XXI

S

ão muitos os desafios pastorais que se apresentam nos dias de hoje. Poderíamos citar alguns como: normalidade, fidelidade, dízimos, administração eclesiástica, missões urbanas e transculturais, adequação da igreja a sociedade, entre muitos outros. Porém, vou me deter a apenas um tópico de um tema tão amplo: a relação da igreja com missões. Para falarmos sobre esse assunto, primeiramente temos que saber o que se entende por tal. Por muito tempo, missões foram tratadas como algo distante da igreja, fora da realidade, uma área da igreja que sempre foi separada aos “super-heróis”, ou seja, àqueles “supercrentes” e “supersantos” dispostos a largar tudo para sofrer em terras distantes. Assim, a ideia de sofrimento sempre esteve atrelada ao tema de missões na igreja. A geração que viveu a fase adulta nas décadas de 80 e 90, foi bombardeada por histórias e testemunhos que reforçaram a ideia do ‘missionáriosofredor’ como pessoas rejeitadas e que estavam dispostas a passar fome, frio e qualquer tipo de necessidade pelo nome de Cristo. Não que isso não fosse verdade, pois o próprio Jesus já os havia alertado quanto a isso. Assim, muitos missionários enviados colaboraram para que essa visão fosse estabelecida, tornando seus testemunhos verdadeiros shows de histórias que só faziam a igreja se entristecer, ao invés de encorajar e mobilizar mais trabalhadores para a seara.

Missão IPID

Essa imagem criada no imaginário eclesiástico estabeleceu certo receio e afastamento entre os membros locais e o campo missionário. Esse distanciamento é sentido nos dias atuais com a dificuldade da igreja em entregar e investir verdadeiramente em seus membros para o campo missionário.

passou. São amparados por aparatos tecnológicos mais avançados, melhor treinamento visando o cuidado integral do missionário, a utilização de leituras sociológicas e antropológicas sobre contextualização cultural, gerando assim, uma melhor capacitação dos mesmos.

Os pais que tiveram toda essa educação missionária voltada para o que costumo chamar de “geração da desgraça”, hoje tem dificuldade em entregar seus rebentos à obra.

Cabe agora aos pastores e missionários do século XXI mudar essa imagem. Isso, além de levar tempo, irá exigir muito comprometimento físico, emocional e acima de tudo espiritual de todos os envolvidos.

Ronaldo Lidório, em uma de suas reflexões acerca do assunto, afirmou no mais recente Congresso Brasileiro de Missões que “a igreja brasileira está estagnada quanto ao envio missionário”. Esperava-se que fossemos realmente um celeiro para a evangelização do mundo, mas isso não aconteceu. Não que não tenhamos enviado muitos missionários, mas este envio não condiz com megaeventos de missões que acontecem ano após ano nos arraiais eclesiais Brasil afora. E isso só nos diz uma coisa: somos uma igreja que fala sobre missões, mas não tem coragem de continuar o processo e investir no envio de missionários. O grande desafio é fazer entender que vivemos agora a geração da “graça”, que campo não é apenas sofrimento, descaso ou renúncia. Os atuais vocacionados têm à sua disposição inúmeros recursos para que não seja preciso passar por muitas das situações que a antiga geração

Que a graça dessa geração realmente alcance essa e as futuras gerações, para que tenhamos cada vez mais um maior comprometimento, empenho e responsabilidade, gerando assim, um envio mais efetivo e eficaz de muitos que ainda virão a fazer parte desta comunidade missionária, que só terá seu fim na volta do Salvador. Que essa nova cultura seja enraizada na mente e, acima de tudo, nos corações de nossas igrejas.

Missionário

Jhonatan Nunes

“Nossa missão é glorificar a Deus, no poder do Espírito Santo, trazendo pessoas para Jesus, tornando-as membro do corpo, desenvolvendo nelas o caráter de Cristo, equipando-as para o serviço na igreja e no mundo.”


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