Informativo Semanal | 12 de Junho de 2016 Estação Cuidado
Igreja Presbiteriana Independente de Dourados
Gente feliz que se importa com pessoas!
A IGREJA E O DIA DOS NAMORADOS
H
“...revistam-se do amor, que é o vínculo da perfeição” - Colossenses 3:14
oje é o dia dos namorados. Acredito que, como em todo o ano, as propagandas, nos mais diferentes meios de comunicação, seduzindo os casais ao chamado “consumo romântico”, lhe fez perceber isto. Mas, é interessante saber que, antes do apelo comercial, esta comemoração tem em sua origem uma participação cristã. A tradição narra que Claudio II, ficou preocupado com o desinteresse dos jovens por questões militares, que resultava no enfraquecimento do exército romano. Os soldados casados poupavam-se nas batalhas, solicitavam afastamento, buscavam outros caminhos para dedicarem-se à família. Por isso, como imperador proibiu a realização dos casamentos. Ele acreditava que sem o interesse por relacionamentos familiares os moços se comprometeriam mais com a legião romana. Mas, na cidade italiana de Terni, um líder cristão chamado Valentim combatia o decreto, acompanhava pastoralmente jovens casais e secretamente os casava. Segundo registros históricos, a resistência de Valentim fortaleceu lares no império, mas lhe custou à vida, sendo martirizado no ano de 273. Creio que esta tradição pode ser considerada uma preciosa parábola para nossos dias, nos possibilitando a reflexão sobre a seriedade da crise nos relacionamentos e a urgência do posicionamento cristão em meio a uma “sociedade do divórcio” e do consumo. Em nossos dias a desintegração dos relacionamentos é notória e gera inúmeros sofrimentos. As constantes tendências ao individualismo e egocentrismo intensificam cada vez mais e afrontam a humanidade. Os adolescentes e jovens são os principais alvos, influenciados a uma vida sem relacionamentos comprometidos e sinceros, convocados a dedicarem-se exclusivamente ao ter. Relacionar só se for “do meu jeito”, “como eu quero”, para obter prazer, para “ser
Missão IPID
feliz”, “tirar proveito”, “curtir”, consumir o parceiro, abandoná-lo e até violenta-lo se, porventura, ele descumprir as expectativas. Assim, neste contexto de banalização do outro, o namoro vai assumindo uma roupagem repugnante e contraditória. Se anos atrás um poder surgia para roubar vidas, matar relacionamentos e destruir casamentos, hoje ele existe também. Se no passado foi preciso resistir a isto, acolher os jovens, ensiná-los sobre o amor e a importância da união entre um homem e a mulher, hoje temos também esta missão. Creio que nós, a Igreja, comunidade revestida da nova humanidade, segundo a imagem de Deus, com Jesus morando ricamente em nossos corações (Colossenses 3.10 e 16), temos muito a anunciar a respeito do namoro. Sei que cientes do fato de que fomos ressuscitados com Cristo, assumindo a responsabilidade de pensar nas coisas do alto (Colossenses 3.1-2), podemos elevar a importância e o padrão dos relacionamentos, resistindo ao poder e as tendências que privilegiam as inclinações carnais (prostituição, impureza, desejo malicioso, Colossenses 3.5), que gera a ira de Deus.
É preciso que nossos casais comprometam-se em manifestar a Cristo e Sua glória em sua maneira de se relacionar, tendo o amor incondicional de Deus como modelo para o amar e, assim, dando um novo sentido ao namoro. Revestidos em seus relacionamentos de um coração cheio de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência (Colossenses 3.12) a Igreja protegerá sua geração, ensinará os jovens a amar, celebrando o Deus que une homem e mulher em seu amor. Assim, não mais serão as propagandas consumistas que nos lembrarão de que é o dia dos namorados. Mas comemoraremos a data por estarmos cultivando e protegendo o amor. O vínculo da perfeição.
Pastor
Robson de Oliveira
“Nossa missão é glorificar a Deus, no poder do Espírito Santo, trazendo pessoas para Jesus, tornando-as membro do corpo, desenvolvendo nelas o caráter de Cristo, equipando-as para o serviço na igreja e no mundo.”