Ipasgo garante 140 bolsas de sangue para o Hemocentro

Solidariedade

Ipasgo garante 140 bolsas de sangue para o Hemocentro

Em meio a queda sem precedente no número de doadores, equipe do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás fez sua parte e ainda pode continuar a salvar vidas

Por Giselle Vanessa Carvalho

A equipe do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) superou a própria meta e garantiu 140 bolsas de sangue para a Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo). Na segunda campanha deste ano, realizada em julho, 16 servidores e colaboradores também se cadastraram no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A solidariedade dos trabalhadores do instituto chegou em um momento crucial para os Hemocentros, que enfrentam uma grave crise e lidam com déficit médio de 20% no estoque de bolsas de sangue.

“Historicamente os hemocentros do Brasil registram baixa nas doações do mês de julho, quando muitos cidadãos entram de férias. A queda deste ano preocupou, em especial, porque já enfrentamos redução no número de doadores desde o início da pandemia” , pondera o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, doador de medula óssea. Em janeiro deste ano, outro período de férias, a Rede Hemo registrou déficit de 41% no estoque de sangue e de hemocomponentes dele. Em termos comparativos, no mesmo período de 2021 a insuficiência era de 22%. “É uma crise considerada sem precedentes e em país que enfrenta casos de dengue, Covid-19, entre outras doenças. Portanto, mais do que nunca precisamos nos unir para salvar vidas” , acrescenta Vinícius.

A previsão é a de que em novembro o ônibus do Hemocentro volte ao Ipasgo. Mas quem quiser doar sangue antes da terceira campanha deste ano pode agendar atendimento por meio do site hemocentro.org.br e se dirigir à sede da rede, localizada na Avenida Anhanguera, Setor Coimbra. O importante é contribuir com o restabelecimento dos estoques.

A equipe do Ipasgo aderiu a essa rede de solidariedade e ultrapassou a meta inicial, que era a de captação de 100 bolsas, durante a estada do ônibus no Hemocentro na sede do Ipasgo, no Setor Pedro Ludovico. E ainda pode fazer mais. Isso porque, o Ministério da Saúde define um intervalo mínimo de dois meses para as doações feitas por homens e de três meses para as de mulheres. Portanto, desde o dia 22 de setembro doadores do sexo masculino já podem voltar a colaborar com a recomposição dos estoque da Rede Hemo. É importante saber, no entanto, que a frequência máxima é de quatro doações de sangue por ano para os doadores do sexo masculino e de três para o feminino. Dados do Hemocentro em Goiás apontam que nos últimos quatro anos o número de doadores recorrentes caiu quase pela metade. No Brasil, a pandemia do Coronavírus (Covid-19) piorou um cenário que sempre foi desafiador, impondo queda entre 15 e 20% no número de doações de sangue em um país no qual a quantidade total de doadores é de 1,6% da população, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Apesar de coletar mais de três milhões de bolsas de sangue por ano, é um índice muito abaixo do mínimo preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5%. E, apesar da vacinação ter provocado o arrefecimento da pandemia, a totalidade de doadores contumazes não voltou o aos hemocentros do país.