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Entrevista- Deiner da Costa Menezes

Entrevista

Servidor estadual há quase 15 anos, Deiner da Costa Menezes trilhou caminho em áreas importantes como tecnologia, gerenciamento de projetos e planejamento. Com duas pós-graduações adquiridas ao longo dos anos, uma em gestão pública e qualidade de processos, ele também liderou um projeto de inovação após ser aprovado em um concurso entre os 30 melhores selecionados na Escola de Governo no Programa Goiás Mais Competitivo. Deiner chegou ao Ipasgo no final de 2021 para fazer parte da Gerência de Regionais e Postos. Hoje, recém promovido a Diretor de Saúde, ele fala sobre as expectativas e projetos para o Ipasgo.

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Luciana Assunção | Qual foi sua expectativa ao entrar no Ipasgo?

Deiner | Minha expectativa ao entrar foi de muito otimismo, especialmente por ter ciência que trabalharia em uma área finalística. Quando recebi o convite para trabalhar na Gerência de Regionais e Postos e a atribuição era, predominantemente, atendimento ao usuário, isso me trouxe uma vontade ainda maior, pois percebi que seria uma oportunidade de, junto com toda a equipe do instituto, fazer a diferença, pensar em um atendimento mais humanizado, algo que impacte a vida das pessoas. Não é fácil. Não é fácil porque existe uma relação interpessoal, de um lado a demanda e expectativa do usuário e do outro, a capacidade do nosso atendente de ser resolutivo. No entanto, ter a oportunidade de criar essa conexão, fazer com que as coisas deem certo é complexo, mas é um desafio gostoso, pois quando dá certo os frutos são maravilhosos.

Luciana Assunção | Quais os principais desafios para a Diretoria de Saúde?

Deiner | Agora a expectativa é buscar mais recursos para que as nossas duas gerências prestem o melhor serviço para o nosso usuário. Nós temos, de um lado, a Gerência de Regional e Postos que olha para o atendimento ao nosso usuário. Ela é a porta de entrada do Instituto, com um olhar totalmente voltado para o atendimento ao usuário. E, do outro, uma gerência que olhe para onde nossa rede credenciada não consegue atender na sua integralidade, que é Gerência de Ação Preventiva. Para nós, é uma grande oportunidade de buscar uma solução para as lacunas que vamos encontrando na rede credenciada. Ah, tem pouco pediatra, endocrinologista, infectologista, então vamos criar um serviço próprio. Juntamente com isso e tão importante quanto, buscamos fortalecer a atenção primária. Não podemos pensar apenas em dar assistência, mas fortalecer a prevenção, aliás, um modelo preconizado na Europa, por exemplo. Dentro da Gerência de Ação Prevenção estimularemos ainda mais a atenção primária, programas, ações educativas e diversas outras atividades. Então, o foco é fazer essa interlocução entre a presidência e as áreas que realmente fazem acontecer, no âmbito da Diretoria de Saúde.

Luciana Assunção | Quais são seus projetos e prioridades neste momento?

Deiner | Na Gerência de Regionais e Postos podemos resumir em projetos de capacitação, integração da equipe, melhoria da pesquisa de satisfação e fortalecer a nossa governança em nível de diretoria, tudo voltado para a melhoria da nossa capacidade de atender bem e com eficiência. Até porque, a Gerência de Regionais e Postos é descentralizada, então, fazer gestão de uma unidade com uma capilaridade muito grande é um pouco mais complexo, por isso buscamos uma ferramenta como o Zoom, que servirá de instrumento para criar uma interação entre todas as unidades de atendimento. Na Geprev, precisamos melhorar a estrutura das nossas unidades Ipasgo Clínicas e fortalecer ainda mais a atenção primária.

Luciana Assunção | Qual o legado que você quer deixar para o Ipasgo?

Deiner | Uma coisa que já demos andamento é o estímulo ao conhecimento institucional, criar ferramentas e instrumentos para estruturarmos nossas ações, para que o conhecimento não fique na cabeça das pessoas. A gestão do conhecimento é algo que estimula qualquer instituição. Tão importante quanto, precisamos buscar e implementar condições para a prática de uma gestão baseada em evidência, fazendo dos dados e informações, verdadeiros aliados para a tomada de decisões. Assim, poderemos alcançar um atendimento mais humanizado e resolutivo em todos os serviços abarcados pela Diretoria de Saúde.

Luciana Assunção | Como fazer isso?

Deiner | É impossível começar sem o conhecimento empírico, mas que a gente comece a girar essa chave em busca do conhecimento institucional e nós já temos muito conhecimento. O Ipasgo tem muita informação. Precisamos fomentar e viabilizar um foco maior na gestão, o que é um processo que demanda tempo, mas precisamos entender que uma parte do esforço é operação e a outra parte do esforço é a gestão. No Ipasgo temos muitas pessoas com um enorme conhecimento, mas o quanto nós estamos aproveitando esse conhecimento de maneira estratégica? O quanto desse conhecimento está sendo usado para operação e o quanto está sendo usado para a estratégia? Outra questão que precisamos aprimorar, desde o atendente, até o presidente, diz respeito ao alinhamento de onde queremos chegar. A título de exemplo, quando assumi a Gerência de Regionais e Postos, a primeira coisa que perguntei na reunião com a diretoria foi: “o que o diretor espera da gerência?” . O Vinícius Luz, presidente do Ipasgo, na época, Diretor de Saúde, disse que precisaríamos superar o sentimento de distanciamento das unidades do interior para com a sede, algo que ele, inclusive, vivenciou enquanto esteve à frente da unidade de Jataí. Neste sentido, começamos a estruturar um projeto de integração de todas as unidades de atendimento ao usuário.

Enfim, o Ipasgo já é uma referência, mas podemos torná-lo ainda maior em todos os aspectos que envolvem um plano de assistência à saúde.

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