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VERDE AMARELAS

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CERTIFICAÇÃO

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ABIMDE É NOVA CERTIFICADORA PARA PCE

Selo tem o prestígio de um corpo técnico altamente qualificado

Atuar como Organismo de Certificação de Produtos (OCP), para Produtos Controlados pelo Exército (PCE), é a nova missão da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE). A posição foi alcançada no último mês de junho.

Desde então, a ABIMDE pode certificar produtos como blindagens automotivas, explosivos, armas de fogo, munições, coletes e capacetes balísticos. “Esse é um presente para a Base Industrial de Defesa e Segurança, que passa a contar com uma opção de prazos reduzidos e previsíveis, além de custos acessíveis”, destacou, na ocasião, o presidente da Associação, Dr. Roberto Gallo.

Para o Coronel Armando Lemos, diretor técnico da ABIMDE, esta nova atribuição da entidade vai tornar mais ágil a chegada de novos produtos ao mercado, o que contribui para aumentar a competitividade.

Acreditar a ABIMDE como Organismo Certificador de Produtos é parte das ações coordenadas do Ministério da Defesa, através da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), na promoção de iniciativas que possam contribuir para fortalecer a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS).

Antes restrita ao Centro de Avaliações do Exército (CAEx), estender essa atividade à ABIMDE, e outras entidades, tem como propósito obter mais agilidade e custos mais acessíveis para as empresas, na obtenção da certificação. Tendo sido iniciado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) em março deste ano, na esteira da aprovação das leis regulatórias do tema, o programa para aprovar novos organismos de acreditação para PCEs veio atender à necessidade de acelerar processos em um mercado com demanda crescente.

De acordo com o chefe da Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação e Verificação (DICOR), do Inmetro, Maurício Pereira, “a intenção do programa de acreditação e certificação é trazer dinamismo para este mercado”.

O selo do Inmetro garante que os organismos por ele acreditados passaram por rigorosa análise, demonstrando que tais OCPs possuem a competência e a equipe necessárias para garantir que os produtos que serão certificados sejam devidamente testados, trazendo ainda a confiança de que tais produtos somente serão aprovados uma vez que estejam de acordo com todas as especificações técnicas que atestem sua qualidade e segurança.

Os produtos controlados têm certificação compulsória, não sendo permitida a comercialização sem o certificado. Daí a importância de ter outras entidades, além do Exército, atuando nessa atividade para evitar gargalo no mercado. Com corpo técnico altamente qualificado e com conhecimento e prestígio acumulados em mais de 36 anos de história, o selo de conformidade de produtos para o mercado de defesa e segurança fornecido pela ABIMDE Certificadora vai agregar confiabilidade e mais valor aos produtos nacionais, bem como aos importados que, a partir de setembro de 2022, terão que ser também certificados dentro das mesmas normas aplicadas aos produtos nacionais. Esta importante mudança no ambiente regulatório trará isonomia de tratamento entre produtos nacionais e importados.

ENTREVISTA

MINISTÉRIO DA DEFESA TRABALHA POR BID FORTE E AUTÔNOMA

Orecorde de exportações batido pela Base Industrial de Defesa (BID) em novembro de 2021 faz o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, vislumbrar um horizonte promissor para o setor em 2022. Ele ressalta que, mesmo com a pandemia, as ações em prol do fortalecimento da Indústria de Defesa não foram esquecidas, por ser uma das prioridades da pasta. Segundo ele, o trabalho é permanente em busca da independência tecnológica das Forças Armadas (FA) visando a ampliar a capacidade operacional e gerar entregas e benefícios à sociedade.

Em função disso, o Ministério da Defesa (MD) não mede esforços para descobrir novas formas de financiamento, garantias e aperfeiçamento da Tríplice Hélice, em ações coordenadas para vencer limitações orçamentárias e fortalecer a BID brasileira. Para o Ministro, a consequência dessa linha de trabalho é a evolução da capacidade e tecnologia da nossa indústria, tornando a BID competitiva no mercado internacional.

Confira a entrevista completa a seguir.

Informe Abimde - Quais as perspectivas do MD para BID em 2022? Ministro da Defesa Walter Souza Braga Netto

- As perspectivas para o ano de 2022 são promissoras. O Ministério da Defesa tem como uma de suas prioridades o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID), alinhado com a política e a estratégia nacionais de defesa, e que contribuirá fortemente com a retomada da economia nacional. Os resultados obtidos neste ano mostram que o Ministério da Defesa está no caminho certo: em novembro, a BID bateu o recorde de exportações e a meta é chegar ao fim deste ano com 2 bilhões de dólares em produtos comercializados no exterior. Mesmo durante a pandemia, o Ministério da Defesa manteve participação ativa para o desenvolvimento da BID, por meio de diálogos de indústria de defesa, missões internacionais e visitas técnicas. Para 2022, as perspectivas de novos negócios são intensas. Com base nos dados recentes e no planejamento desenvolvido pelo Ministério da Defesa, haverá no próximo ano um incremento ainda maior das exportações, com a formação de parcerias estratégicas e desenvolvimento de novos produtos, serviços e tecnologias de defesa, a fim de garantir a soberania do Brasil.

IA - A pandemia vem trazendo, a cada dia, novos desafios para os diversos setores da economia do país. Como o senhor avalia esse novo cenário para a BID?

Braga Netto - Durante a pandemia, a mobilização industrial e a economia de defesa foram atividades essenciais para a superação dos desafios enfrentados por esta pasta e por diferentes setores da indústria. Os principais objetivos que buscamos foram o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e a independência tecnológica das empresas que atendem aos projetos estratégico-prioritários das Forças Armadas.

É importante reforçar que o Ministério da Defesa tem procurado derrubar barreiras e inovar em soluções que ampliem e fortaleçam a BID brasileira, com destaque para ações focadas em novas formas de financiamentos e em garantias para o setor; aperfeiçoamento da Tríplice Hélice (que congrega ações envolvendo Academia, Estado e Iniciativa Privada) e isonomia normativa e tributária, que permita uma concorrência em igualdade de condições entre a indústria nacional e os fabricantes internacionais.

IA - O que MD pode fazer para apoiar e garantir a continuidade dos projetos estratégicos no Brasil?

Braga Netto - O Ministério da Defesa tem firmado parcerias e unido esforços para superar as limitações orçamentárias e manter a execução dos projetos estratégicos por terem importância fundamental para a missão estratégica das Forças Armadas. Os investimentos contínuos nos Projetos Estratégicos fazem com que a tecnologia e a capacidade da nossa indústria evoluam, aumentando o patamar da BID e tornando-a competitiva no mercado internacional. Em março deste ano, firmamos acordo de cooperação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) com o objetivo de captar recursos e fortalecer os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) na área de Defesa. Paralelamente, nossa estratégia também visa estimular e apoiar a participação de empresas da indústria nacional de Defesa em feiras e eventos internacionais.

IA - Como fica o orçamento das Forças Armadas para os próximos anos, a médio prazo?

Braga Netto - O Ministério da Defesa trabalhará para manter o Orçamento da Defesa em conformidade com as necessidades da pasta e em condições de realizar plenamente as suas missões constitucionais. O potencial de crescimento da economia de Defesa é enorme e o Brasil deve estar preparado para se inserir plenamente neste mercado.

IA - Quais são as perspectivas do MD em relação às parcerias bilaterais, visando fomentar o comércio da BIDS no mercado estrangeiro?

Braga Netto - O MD tem atuado no planejamento, execução e coordenação de estratégias e diretrizes na busca de construir e fortalecer laços com nações amigas e de interesse da BID. Neste sentido, o MD assinou memorando de entendimento com esses países, e tem realizado diversos diálogos da indústria de defesa, com apoio do MD, quando as empresas brasileiras têm a oportunidade de se apresentar e prospectar novos negócios.

IA - Como entidades como a ABIMDE podem contribuir com o MD a potencializar a BIDS?

Braga Netto - É necessário estabelecer uma nova agenda para o setor de Indústria “Para 2022, as perspectivas de de Defesa, adequando-a aos novos negócios são intensas” novos tempos. Nesse sentido, a ABIMDE tem o importante papel de promover a Indústria de Defesa e Segurança junto à sociedade brasileira e constituir-se em agente de destaque na construção das políticas de Estado. Ao congregar as empresas do setor, a ABIMDE promove interesses e objetivos comuns, e, em conjunto com o MD, estimula a economia de defesa desenvolvendo tecnologia dual, promovendo autonomia e fortalecendo a BID. A ABIMDE tem, ainda, contribuído para a promoção comercial da BID por organizar o estande Brasil nas Feiras e Eventos internacionais, bem como participando dos diálogos de indústria de defesa e missões comerciais de interesse da BID. Como exemplo, cita-se a recente participação efetiva do setor de defesa do Brasil no Dubai Air Show nos Emirados Árabes.

Outro trabalho de grande relevância e resultado para as parcerias bilaterais são as visitas técnicas, por meio das quais o MD cumpre missões a convite dos países para apresentar o portfólio estratégico de produtos e empresas de defesa, de acordo com o interesse do país solicitante, bem como fornecer suporte quando essas nações visitam a nossa BID, dentro da área de interesse demandada.

A partir de 2019, houve uma integração de planejamentos e uma maior conexão entre o MD, por intermédio da SEPROD (Secretaria de Produtos da Defesa), com ABIMDE, SIMDE (Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa) e APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), direcionando os esforços do MD para onde participar e como atuar nos eventos e suas atividades. Essa atuação do MD fez com que as exportações atingissem números recordes em 2019, números esses já superados em 2021. A Base Industrial de Defesa também é responsável por cerca de 4.7% do nosso PIB. Além de ser um percentual expressivo, gera volume muito grande de empregos altamente qualificados: cerca de 1,6 milhão de empregos diretos, cuja renda média é cerca de três vezes maior que a de outros setores industriais. Isso deve-se ao planejamento estratégico da pasta, em conjunto com empresas e entidades como a ABIMDE.

Desde 2019, podemos destacar a participação do MD em ações estratégicas de Promoção Comercial da BID, com ênfase nas 25 missões internacionais, tendo acesso a mercados de grande relevância para as indústrias nacionais e as apoiando, por tratar-se de negociações ‘Gov to Gov’, além de 14 diálogos da indústria de defesa com nações de interesse da BID.

IA - E o que a Mostra BID Brasil poderá impactar o setor nesse momento, em que praticamente todos os eventos foram cancelados?

Braga Netto - A Mostra BID é uma importante ação para demonstrar ao Corpo Diplomático e aos Adidos Militares acreditados no Brasil a variedade e a qualidade dos produtos de Defesa e Segurança da indústria nacional. Além disso, permite que empresários, parlamentares, membros das Forças Armadas (FFAA), universitários, jornalistas e formadores de opinião conheçam as últimas tecnologias para a defesa naval, terrestre e aérea, além de produtos e serviços direcionados à Segurança Pública, verificando como tais tecnologias estão sendo aplicadas no dia a dia da sociedade.

TECNOLOGIA

SAFRAN ELETRÔNICA & DEFESA BRASIL

Parceiro de alta tecnologia dos programas estratégicos nacionais

Reconhecida em todo o mundo, a Safran é considerada um dos principais players nos setores aeroespacial e de defesa. A Safran tem forte presença na aviação comercial brasileira com os motores CFM56®, que movem os Airbus A320s da LATAM e os Boeing 737s da GOL, e com os motores LEAP®, sucessores do CFM56®, que movem os Boeing 737 MAX da GOL e os A320 NEO da AZUL. Presente no Brasil há mais de 40 anos através das empresas Safran Helicopter Engines Brazil e mais recentemente com a Safran Eletrônica & Defesa Brasil, Safran Cabin e Safran Aeronautic, o Grupo possui mais de 600 funcionários no Brasil.

Observe, decida, guie. Por quase 100 anos, a Safran Electronics & Defense desenvolve, produz e mantém equipamentos e sistemas de alta tecnologia usados em todos os ambientes (terrestre, aéreo, marítimo e espacial) no domínio da defesa e domínio da aviônica. Com mais de 9.800 funcionários em todo o mundo, a empresa detém posições de liderança mundial ou europeia em optrônica, aviônica, eletrônica e software crítico para os mercados civil e militar. Seus produtos são utilizados em mais de 1.000 navios, 25.000 veículos terrestres e 10.000 aeronaves em todo o mundo.

Em 2012, a Safran Electronics & Defense chegou ao Brasil com a aquisição da OPTOVAC. Desde então, a empresa continuou se envolvendo em importantes projetos para o país. Neste ano, a Safran Eletrônica & Defesa Brasil será um dos destaques da Mostra Bid Brasil, com equipamentos de alta tecnologia voltados para defesa e segurança.

Uma das missões importantes da Safran no Brasil é a participação no programa H-XBR - assinado em 2008 pelo Ministério da Defesa com consórcio

Airbus Helicopters / Helibras, para a aquisição de Helicópteros H225M para as 3 Forças Armadas Brasileiras. A Safran Eletrônica & Defesa

Brasil forneceu os pilotos automáticos enquanto a Safran Helicopter Engines Brazil forneceu os motores e APU (Auxiliary Power Unit) dos helicópteros, produzindo todos os equipamentos localmente. Desde então, a empresa vem consolidando, cada vez mais, o desenvolvimento dos negócios dentro e fora do país, conquistando assim um importante papel.

A Safran Eletrônica & Defesa Brasil faz parte da estratégia de desenvolvimento de longo prazo da Safran Electronics & Defense, com sede na França. A Safran Electronics & Defense transferiu linhas de manufatura e suporte para sua subsidiária brasileira para aviônica, sistemas de navegação inercial e sistemas optrônicos. Graças a essas transferências, a subsidiária possui total expertise e capacidade de produção e manutenção de equipamentos para os 3 principais segmentos da Safran Electronics & Defense. Além disso, a Safran Eletrônica & Defesa Brasil pode comercializar todos os produtos de Defesa de sua matriz e está apta a receber novas transferências de capacidades industriais e tecnológicas, sendo assim uma entidade estratégica para o crescimento contínuo do grupo nos mercados da América Latina. Um dos pontos-chave da Safran Electronics & Defense é fornecer aos clientes todas as prestações necessárias desde o desenvolvimento, fabricação e manutenção de seus produtos, criando assim um vínculo de confiança assegurando sua tecnologia. A Safran Electronics & Defense reinveste uma parte importante do seu faturamento anual no setor de P&D, o que coloca o grupo sempre à frente, no aprimoramento e na busca por novas tecnologias. A Safran Eletrônica & Defesa Brasil pode fornecer suporte técnico para a maioria dos produtos fabricados pela empresa no país ou na França. O CEO da unidade brasileira, David Montmasson, destaca que, para os próximos anos, “a Safran Electronics & Defense tem como meta o crescimento e desenvolvimento sustentável das atividades na América Latina, lideradas pela subsidiária brasileira”.

PROGRAMAS BRASILEIROS E PARCERIA COM FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS:

A Safran Electronics & Defense está presente em programas lançados pelas 3 Forças Armadas Brasileiras.

- A Safran Eletrônica & Defesa Brasil produz pilotos automáticos de helicópteros - H225M das 3 Forças Armadas do Brasil e Pantera K2 do Exército Brasileiro.

- A empresa participa do SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras do Brasil) com o fornecimento dos binóculos optrônicos multifuncionais portáteis JIM LR (Long Range) e JIM UC (UnCooled infravermelho) com sistema de controle remoto.

- O consórcio Águas Azuis também selecionou a Safran Electronics & Defense para o Programa de Fragatas da Marinha da Classe Tamandaré do Brasil. A empresa fornecerá o sistema eletro-óptico PASEO XLR (alcance extra longo) com computador balístico, que irá equipar os quatro navios da Classe Tamandaré. A Safran Electronics & Defense será um fornecedor líder com dois PASEO XLRs em cada navio. - Para o submarino Riachuelo - Classe Scorpene, Safran Electronics & Defense também é responsável pelo sistema de navegação inercial SIGMA 40 XP; Periscópio de ataque da série 20; Série 30 Search Mastro Optrônico e Série 10 radar de navegação.

- A Safran Electronics & Defense também participa do programa KC-390 fornecendo para a Embraer e mantendo, entre outros equipamentos, o Atuador de Plano de Cauda Horizontal.

Safran Eletrônica & Defesa Brasil é um ator fundamental para as Forças Armadas e as Forças de Segurança. Várias forças policiais estão começando a operar com binóculos de visão noturna fornecidos pela empresa e seu parceiro grego, Theon Sensors. As forças de segurança usam binóculos de visão noturna e os JIM LR - Binóculos térmicos multifuncionais de longo alcance.

JIM LR – Long Range & JIM UC – UnCooled

RECONHECIMENTO

Safran Eletrônica & Defesa Brasil está localizada em São José dos Campos, região estratégica considerada o coração do centro de tecnologia de Defesa e Aeroespacial do Brasil. A empresa possui as certificações ISO 9001 / AS 9100 da ABS, PART145, expedidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC); Certificado de Qualificação de Fornecedor do Exército Brasileiro; ICMS 75/91 do IFI e Certificado de Qualificação de Fornecedor AIRBUS (Helibras).

Todo esse reconhecimento se deve em grande parte à subsidiária brasileira da Safran Electronics & Defense, que, em 2022, terá cumprido 10 anos de intenso trabalho no país. Olhando para o horizonte, o desafio já está lançado: fortalecer a parceria estabelecida em solo brasileiro com as Forças Armadas e de Segurança, liderando o crescimento e o desenvolvimento sustentável das atividades do grupo no país e em toda a América Latina.

MINISTRO VÊ TECNOLOGIA COMO GRANDE ALIADA NO COMBATE AO CRIME

Investir em tecnologia e inovação é a diretriz que impulsiona, atualmente, o trabalho no Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado pelo ministro Anderson Torres. Nesta entrevista, ele destaca que vê a tecnologia como a grande aliada para ações de controle da criminalidade. Sendo o Ministério um guarda-chuva abrangente de combate à violência, cobrindo desde o policiamento ostensivo até as ações de combate aos crimes cibernéticos, Torres vê a

Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) como elemento fundamental para o planejamento da pasta. Torres - A tecnologia é uma grande aliada nas ações de controle da criminalidade e violência. Apenas em 2021, investimos R$ 8 milhões na construção de centros integrados nos Estados e estamos auxiliando municípios a implantarem soluções tecnológicas no combate ao crime. Vamos continuar investindo fortemente em tecnologia, inteligência e inovação, e dando auxílio a esses projetos que vêm para somar ao trabalho feito pelas nossas Polícias diuturnamente.

Informe Abimde - Para o senhor, de que forma as missões e a expectativa para os próximos anos do Ministério da Justiça se relacionam com a Base Industrial de Defesa? Anderson

Torres - O Ministério tem investido na aquisição de equipamentos de ponta para fortalecer o trabalho das forças de segurança federais, além de auxiliar as unidades da federação a equiparem as forças estaduais. Em 2021 já fizemos licitação para aquisição de cerca de 341 mil itens, entre eles viaturas policiais. Ainda neste ano, licitaremos mais de R$ 2 bilhões em itens para equipar as forças de segurança. Além disso, elaboramos normas técnicas para definir padrões mínimos de qualidade dos equipamentos utilizados pelas forças de segurança, como capacetes, viaturas, coletes e armas, induzindo a melhoria na performance e qualidade dos produtos ofertados pela indústria. O cenário da segurança pública no Brasil exige que nossos policiais estejam dotados das melhores condições operacionais.

IA - Qual a importância do investimento em tecnologia e desenvolvimento de novos equipamentos de vigilância e monitoramento em apoio às ações e programas de prevenção à criminalidade implementados pelo Ministério?

IA - Os ataques cibernéticos e sequestros de dados vêm crescendo em todos os níveis, ameaçando o setor privado e público. O Ministério da Justiça vê essa questão como prioridade, a curto e médio prazo, para o desenvolvimento de projetos específicos de segurança digital?

Torres - Sem dúvida, essa é uma das prioridades da nossa gestão, uma “O cenário da segurança pública no Brasil exige vez que os que nossos policiais estejam dotados das crimes cibernéticos têm melhores condições operacionais.” causado enormes prejuízos às empresas e aos cidadãos. O Ministério está construindo um Estratégia Nacional de Combate a Crimes Cibernéticos. Vamos unir esforços com o setor privado, com as forças de segurança federais e estaduais para desarticular essas organizações criminosas. A ideia é criar algo em formato semelhante à Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).

IA - Como as empresas da BIDS podem contribuir para a segurança nessa área? Existe algum projeto já em andamento no MJ?

Torres - A Estratégia envolverá não só ações operacionais e capacitação dos profissionais que atuam no combate aos crimes cibernéticos, mas também investimentos em ferramentas que auxiliem o processo de prevenção e repressão a esses ataques. A complexidade dessas ações demanda desenvolvimento de tecnologias e ferramentas que sejam capazes de auxiliar as forças policiais nesse trabalho. É um momento de união de esforços. O conhecimento e os produtos desenvolvidos pela Base Industrial de Defesa serão fundamentais para o sucesso da implementação dessa Estratégia.

IA - Como a Mostra Bid Brasil poderá impactar o setor nesse momento, em que praticamente todos os eventos foram cancelados?

Torres - Com o avanço da vacinação promovida pelo Governo Federal está sendo possível ao Brasil retomar suas atividades após um período difícil que trouxe desafios enormes para o setor público e privado. A retomada de eventos como a Mostra BID Brasil vem para impulsionar a retomada dos negócios, com reflexo positivo para a economia do país e consequente benefícios aos brasileiros.

IA - O que o senhor gostaria de acrescentar a esta entrevista?

Torres - Estamos dando um novo rumo à segurança pública brasileira, investindo em ações integradas, inteligência, dotando as polícias de melhor tecnologia e equipamentos para combater o crime. Esse tem sido o nosso trabalho diário à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, seguindo as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro. Mais de R$ 2,2 bilhões já foram repassados para os Estados investirem em segurança pública desde 2019. Recursos que serão usados para aquisição de equipamentos, tecnologias e capacitação dos policiais.

A retomada de eventos como a Mostra BID Brasil vem para impulsionar a retomada

dos negócios ”

Ministro da Justiça e Segurança Pública, em seu gabinete: “Estamos dando um novo rumo à segurança pública brasileira investindo em ações integradas”