Praticas_Inovadoras_na_Gestao_de_Areas_Protegidas

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NÚMero de filhotes de tracajás e pitiús nascidos por ano Responsável pela Meta: José Risonei Realizado Acima da Meta

Data: 01/14

Média

A Reserva Biológica do Rio Trombetas está localizada no bioma Amazônico, na região de Oriximiná, Pará (Brasil). Criada no ano de 1979, possui 497.754,23 é um refúgio para diversas espécies ameaçadas de extinção, como o Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), Tatu-Canastra (Priodontes maximus), Ariranha (Pteronura brasiliensis), Peixe-boi-da-Amazônia (Trichechus inunguis), Tracajá (Podocnemis unifilis) e Pitiú (Podocnemis sextuberculata).

Área: Coord. de Pesquisa, Monitoram. e Licenciam.

Realizado Abaixo da Meta

MELHOR

Meta

25000 20.738 20000

17.730

The Rio Trombetas Biological Reserve is located within the Amazon biome, in the region of Oriximiná, Pará State (Brazil). Created in 1979, it contains 385,000 hectares and is a haven for several endangered species, such as tamandua (Myrmecophaga tridactyla), giant armadillo (Priodontes maximus), giant otter (Pteronura brasiliensis), Amazon manatee (Trichechus inunguis), Yellow-spotted river turtle (Podocnemis unifilis) and Six-tubercled Amazon River turtle (Podocnemis sextuberculata).

15.026 15000 10.851 10000

8.484 5.516 4.142

5000

0

980

782

588

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

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No entanto, graças a um projeto colaborativo aconteceu uma mudança de paradigma e a presença dessas comunidades passou a ser vista como um agente de conservação, tornando a solução para a proteção de duas espécies de tartarugas, o tracajá (Podocnemis unifilis) e o pitiú (Podocnemis sextuberculata). Assim desde 2003, por meio do projeto Monitoramento Participativo da Reprodução de Quelônios da Amazônia, a Reserva Biológica vem conseguindo resultados expressivos na proteção dessas espécies, justamente por conta do envolvimento, e comprometimento das comunidades em prol da garantia de reprodução das tartarugas. A retirada de ovos de tracajá e pitiú pelos moradores e também as perdas de ovos por causa de predadores naturais, impediam o nascimento de novos filhotes, ameaçando a sobrevivência das espécies. Em parceria com o setor privado, instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil, o projeto buscou se aproximar da comunidade e envolvê-la na missão de preservar esses quelônios. Assim, identificou as famílias interessadas na preservação das tartarugas e as capacitou com informações sobre ecologia e técnicas de monitoramento dos ovos e coleta de dados sobre a sua reprodução. A partir daí, os comunitários iniciaram o monitoramento das praias onde ocorrem as desovas do tracajá e do pitiú, registrando os dados reprodutivos em formulários. Os ninhos de tartarugas identificados pelos comunitários passaram a ser transferidos para locais mais seguros, livres das cheias das marés, dos caçadores e dos predadores. Os ovos começaram a ser mantidos em berçários de madeira - montados também pela própria comunidade - até o nascimento dos filhotes. Depois de nascidos, os animais passaram a ser encaminhados para um tanque berçário onde permanecem por alguns dias até serem devolvidos à natureza. As solturas dos filhotes transformou-se em um evento de destaque na região, bastante aguardado pela população, e com a participação do conselho consultivo e comunidades residentes no interior e entorno da Unidade.

Recently, a collaborative project led to a paradigm shift and the presence of these communities has come to be seen as promoting preservation, leading to the protection of two species of turtles: the Yellowspotted river turtle or tracajá (Podocnemis unifilis) and the Six-tubercled Amazon River turtle or pitiú (Podocnemis sextuberculata). Since 2003, through the project Participatory Monitoring of Amazon Turtle Reproduction, the Rio Trombetas Reserve has contributed impressive results toward the protection of these species, precisely because of the involvement and commitment of local communities towards ensuring their reproduction. Predation and the removal of turtle eggs by locals prevented the emergence of new hatchlings, threatening the survival of the two species. In partnership with the private sector, research institutions and civil society organizations, the project sought to involve the community in the protection of these turtles. The project identified families interested in conservation and trained them in ecology, egg monitoring and collection of reproductive data. Community members began monitoring the beaches where tracajá and pitiú lay eggs and recorded reproductive data. Turtle nests identified by participants were transferred to more secure regions, free from tidal flooding, hunters and predators. The eggs were kept in wooden nurseries - maintained by the community itself - until the emergence of hatchlings. After hatching, the animals were transferred to a nursery tank where they remained for several days before being returned to the wild. The release of hatchlings became a prominent event in the region, eagerly awaited by the local population. These events also included the participation of the advisory board and other communities within and surrounding the Biological Reserve.


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