Audiovisual Capixaba

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através das emissoras principais e das geradoras e retransmissoras locais. Essas empresas só não operam na fase de consumo (produção de equipamentos receptores) e na distribuição do sinal gerado pelas repetidoras e empresas de telecomunicação (transmissões via satélite etc). No caso da TV terrestre, o papel de distribuidora pode ser associado ao de prestadora de serviços de telecomunicações ou ao de repetidora, dependendo das particularidades da arquitetura de distribuição. Similarmente, o papel de radiodifusora pode ser associado ao de geradora – local ou não – e ao de retransmissora, dependendo da abrangência e da configuração da rede de radiodifusão. Apesar da verticalização citada, a terceirização na produção de conteúdo é significativa. Nesse caso, a rede de televisão permanece como a responsável pela concepção do conteúdo e uma produtora independente executa a produção propriamente dita. Outro aspecto significativo é a aquisição de conteúdos prontos, gerados por produtoras nacionais independentes ou produtoras internacionais. Estas últimas, muitas vezes têm a vantagem de poder vender seus produtos a preços baixos, consequência de já terem amortizado seus custos de produção nos seus países de origem. O QUE É A TV DIGITAL Na TV analógica, os sinais transmitidos sofrem deformações e perdas durante a sua propagação pelos meios de transmissão, fazendo com que eles apresentem, na recepção, diferenças em relação ao sinal original. Como não há como separar essas deformações do sinal original, a imagem reproduzida na tela da televisão apresentará todas as deformações inseridas durante a propagação e portanto uma perda de qualidade na imagem para o telespectador. Dependendo da distância existente entre transmissor e receptor e das características do meio ou ambiente de transmissão, essas perdas podem ser desprezíveis, aceitáveis ou insuportáveis.

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Na TV Digital, as informações transmitidas são representadas por símbolos binários (0 ou 1). Da mesma forma, estes sinais sofrem distorções e perdas durante o processo de transmissão, no entanto, na recepção, é necessário apenas que se consiga distinguir o símbolo recebido, considerando-se apenas duas possibilidades: 0 ou 1. Sendo possível esse reconhecimento, o sinal recebido é regenerado se tornando exatamente igual ao sinal original, ou seja, obtém-se o que é conhecido como uma “imagem perfeita”. Além da possibilidade de recuperaração do sinal recebido, a TV digital permite a transmissão / recepção de imagens e sons de maior resolução, graças às técnicas de compressão de dados em sinais digitais. Como exemplo, na TV analógica atual, cada emissora usa uma faixa de frequência de 6 MHz para transmitir uma imagem de qualidade SDTV (Standard Definition), formada por imagens com 30 quadros por segundos, 480 linhas visíveis e 704 pixels por linha, com relação de aspecto de 4:3. Na TV digital, no mesmo intervalo de frequências de 6 MHz, é possível ser transmitido um sinal de mais alta qualidade, chamado HDTV (High Definition) composto por 30 quadros por segundo, 1080 linhas e 1920 pixels por linha, com relação de aspecto de 16:9. A transmissão de sinal em HDTV não é a única alternativa possível na TV digital. Outra possibilidade é a transmissão simultânea de até cinco programas em SDTV ( a mesma resolução que temos hoje na TV analógica), gerando o que chamamos de multiprogramação. Do ponto de vista tecnológico, esses diversos programas podem estar relacionados a conteúdos diferentes, como por exemplo, um programa poderia transmitir um evento esportivo enquanto um outro transmite um programa de entrevistas e assim sucessivamente. Evidentemente, todos os programas poderiam também estar relacionados ao mesmo conteúdo, como no caso da transmissão de um evento esportivo através de várias câmeras situadas em


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