Edição 02 maio 2014

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“Quando nós estávamos com 35 associados, eu procurei me informar com cada um deles e pelo menos 21 deles tinham fechado negócios de pequeno, médio ou grande porte, através de troca de informações que nasceram dentro do escopo de atuação da SUCESU. Ou com reuniões, ou com eventos, ou com mera indicação em troca de produtos.”

uma situação de acolhimento dos seus serviços dentro do grupo. A tendência é que estes busquem associar-se. Mas nós nunca fizemos uma busca de associados, até temos algumas ações com outras instituições, que apoiaram fortemente a entrada de empresas para a SUCESU, mas o que a gente sentiu foi que, muitas vezes, quando esse movimento é muito forçado, muito artificial, esse laço associativista é frouxo. Então, do mesmo jeito que esse associado entra, ele sai. A SUCESU oferece alguns benefícios, além dos encontros mercadológicos, dos eventos, nós oferecemos descontos aos funcionários dos associados, em algumas instituições de ensino de graduação e pós-graduação. Geralmente, a SUCESU nacional tem muitas parcerias com empresas que realizam eventos maiores a nível nacional em outras unidades da federação e aí, como associado, se tem direito a descontos significativos na entrada para esses eventos. Então, existem alguns benefícios além da mera atuação de encontro mercadológico, mas a gente nunca fez uma uma ação de prospecção e de divulgação agressivas. IERPB - Envolvendo prestação de serviços, produtos, atrativos e novas tendências, como você avalia a qualidade dos serviços das empresas associadas junto ao cliente final? Existe algum tipo de acompanhamento nesse sentido? Laércio Alexandrino - Não. Não existe esse acompanhamento, eu diria até que não é função da nossa entidade fazer esse tipo de coisa, pelo menos no primeiro momento. A gente tem uma série de ações ainda a desenvolver que provavelmente dariam um retorno maior aos associados e um retorno maior pra cadeia econômica, do que um acompanhamento de qualidade de atendimento. IERPB - E no sentido inverso? Os usuários vão até à SUCESU para se queixar de algum assunto relacionado a algum de seus associados? Laércio Alexandrino - Não, não existe um retorno de negativa. O que existe, curiosamente é que, em termos de busca de informações, é muito comum que, empresas que estejam tentando abordar o mercado paraibano de TI, procure a SUCESU, pra se informar a respeito de um possível parceiro, um canal, uma empresa que possa representar os interesses dela ou então, simplesmente, se informar a respeito do mercado, como é que está o mercado de TI, quem

é relevante, quem são os compradores que tem bons gestores de TI e recursos. Então, a busca que existe pela SUCESU é como um referencial de mercado. O que eu posso dizer é que 5 grandes fabricantes já procuraram a SUCESU, com o objetivo de localizar uma empresa local para atuar em parceria, como um vetor de comercialização e como um agente técnico autorizado, mas não existe esse retorno com um viés negativo, pós-comercialização. Existe sempre um contato pré-comercialização procurando que empresas, dentro do grupo de associados “faz isso”, que empresa representa a marca “tal”, que empresa trabalha com tecnologia, com linguagem, com banco de dados, com plataformas “X-Y-Z”. O retorno informativo, de como foi a abordagem, não é feito, salvo em situações informais. IERPB - Recentemente (meados de março), durante a convenção coletiva 2013/2014 dos trabalhadores da área de Informática e Telecomunicações da Paraíba, houve um impasse nas negociações com os trabalhadores da área de informática e telecomunicação no que se refere às bases salariais. Esse assunto envolveu alguns órgãos de representação, entre eles a SUCESU-PB e o SINDPD-PB. Como você, na condição de presidente da Associação se posicionou em relação a esse assunto? Laércio Alexandrino - Tanto nesse assunto, quanto em outros que envolveram outras entidades ou outras partes do setor de TI, o mecanismo é sempre a convite. Como não existem outras entidades funcionando devidamente dentro do estado da Paraíba para representar o setor de TI - o setor de TI normal, deveria ter, de 5 a 7 entidades, representando os diversos aspectos de informática e telecomunicações - então, geralmente nós somos procurados pra fazer uma representação, fazer uma atuação, mas sempre a convite. Foi o caso dessa convenção coletiva de trabalho, que nós fomos convidados pela parte que cabia, nesse aspecto formal, que foi a FECOMERCIO, que tem abaixo de si, dentre os filiados dela, o sindicato patronal que não funciona de forma adequada dentro da Paraíba, apesar de estar formalmente constituído, não tem uma representação oficial. Então a FECOMERCIO nos convidou para dialogar junto à outra parte, que era o SINDPDPB. Mas é sempre a convite. Quanto ao impasse, ele foi criado - e isso eu deixei explícito para pessoas que compunham a mesa, tanto do lado patronal quanto do lado laboral e publiquei isso em mídia social - é que, o que eu senti foi que, o sindicato laboral não es-

tava acostumado a ter uma negociação formal. Então, pra eles, foi uma surpresa e esse fator fez com que a negociação travasse artificialmente em alguns momentos. Nós passamos por várias situações onde, havia uma reunião formal ou informal marcada e não comparecia o outro lado. Então, você não pode dialogar sozinho. E tivemos uma situação formal ou informal onde a resposta do SINDPDPB foi: “nós não vamos falar nada...não temos nada a apresentar”. Então, na minha opinião (inclusive eu disse isso), houve falta de prática de negociação...e isso travou. O problema não foi o diálogo. Obviamente, em toda negociação, tem hora que ela para. As partes não conseguem se adequar, então dá uma parada...sai...marca uma nova data... reflete e tenta encontrar um ponto em comum. tenta encontrar um ponto onde alguém cede em um aspecto, visando um ganho em outro, é um processo de adequação e faz parte da negociação. Houveram momentos em que nós fomos acusados de que esse processo de negociação, que é um processo normal, era injusto. Mas era justamente a ação de negociar e na minha concepção, houve uma falta de prática de negociação. IERPB - Você considerou o resultado satisfatório? Laércio Alexandrino - Não. Eu acho que o resultado para o lado das empresas contratantes, que foi o lado onde eu estive envolvido - apesar de, em muitos momentos, eu pensar no lado laboral também, pois eu já fui funcionário de empresas de informática, tanto em setor público, quanto em setor privado e nada me impede que no futuro eu volte a ser - mas eu penso que poderia ter sido um pouco melhor. Não foi totalmente satisfatório, mas o outro lado também vai expor e dizer que não foi totalmente satisfatório também. Então, vamos dizer assim, foi uma pequena insatisfação bilateral.

A Sucesu promoveu no dia 08 de maio, uma palestra sobre a necessidade de adoção de dispositivos legais para salvaguarda da propriedade intelectual, bem como métodos de proteção contra concorrência desleal. Nós marcamos presença e os detalhes do evento estão nesta edição.

maio/2014 | INFORMÁTICAEMREVISTApb 5


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