Edição 530

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FARROUPILHA, 23 DE MARÇO DE 2018

Trabalho, infelizmente, necessário O início do trabalho efetivo do Observatório Social (OS) de Farroupilha, após vencidos os trâmites e as barreiras burocráticas, é uma ótima notícia. A função do OS, de agente fiscalizador e despido de amarras políticas, certamente beneficiará toda a comunidade farroupilhense. Na quarta à noite, na UCS Farroupilha, um evento conjunto, promovido pelos OS de Farroupilha, Caxias do Sul e Bento Gon-

çalves, trouxe à cidade o procurador da República Fabiano de Moraes. Ele atua no Ministério Público Federal (MPF) de Caxias e falou sobre a parceria entre o órgão e as entidades de controle social (veja mais na Editoria de Política, página 12). Ao mesmo tempo em que devemos celebrar a formalização do OS Farroupilha, é de se lamentar que seja necessário a criação de Observatórios Sociais para controle

da atuação de agentes políticos, tendo em vista que os órgãos de repressão, sejam eles judiciais ou policiais, são insuficientes para inibir práticas delituosas com o dinheiro público, isso quando esses mesmos órgãos não são parte do problema. O Brasil é um campo vasto para a atuação de OS, dada a infindável série de falcatruas praticadas contra os cofres públicos. Se não há nada o que ser feito

no momento, que a criação do Observatório seja celebrada. O sonho de todos os brasileiros de bem é que, aos poucos, esses órgãos de controle social tenham a capacidade de inibir práticas delituosas com o dinheiro público a ponto delas escassearem e o trabalho do OS se tornar completamente inócuo. No Brasil ideal e desejado pela esmagadora maioria, os Observatórios Sociais sequer existiriam.

OPINIÃO

A tragédia educacional e os riscos anunciados às próximas gerações Celso Luiz Tracco * O Brasil tem ao menos três graves problemas estruturais: uma baixa qualidade escolar; uma enorme desigualdade social e o gigantismo da máquina pública. Neste artigo trataremos da baixa qualidade escolar. Apesar dos reconhecidos esforços de vários governos em um passado recente, investindo em campanhas para evitar evasão escolar, colocar mais alunos nas escolas, propor novos currículos escolares, aumentar as horas de permanência dos alunos em escolas públicas, buscar uma modernização dos métodos de ensino, um fato persiste: nossa qualidade de ensino é muito baixa. Em recente estudo largamente divulgado, o Banco Mundial chegou a conclu-

são, analisando os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) por vários anos, que o Brasil demorará 260 anos – exatos, 260 anos – para alcançar a proficiência em Leitura e 75 em Matemática, comparando-se com os atuais níveis dos Países desenvolvidos. Mesmo na hipótese desses dados serem contestados, a nossa desigualdade é abissal e, por si só, uma vergonha. O Brasil nunca teve uma efetiva política de governo voltada para a educação básica, quer seja estadual ou municipal, as esferas de governo encarregadas desta etapa da educação. Seria muito lógico que a Educação Infantil (creche e pré-escola) e o Ensino Fundamental (9 anos de estudo), fossem responsabilidades dos municípios. A criança de-

Índice

Editorial

Matéria Especial..........................................Páginas 2 e 3 Editorial e Opinião.....................................Página 6 Economia ........................................................Página 8 Cidade ..............................................................Páginas 10 e 11 Política ...........................................................Páginas 12 e 13 Educação ........................................................Páginas 14 e 15 Esporte ...........................................................Páginas 16 a 19

Inside

Especial........................................................... Capa Cinemas ........................................................... Página 2 Meio Ambiente...............................................Página 3 Crônicas da Redação.................................. Página 4 Agenda............................................................. Página 4 Moda ................................................................Página 5 Paulo Roque Gasparetto ..........................Página 5 Social .............................................................. Páginas 6 e 7 Fabrício Oliboni........................................... Página 8 Teatro ..............................................................Páginas 8 e 9 Dolores Maggioni .......................................Página 9 Sétima Arte .................................................... Páginas 10 e 11 Horóscopo..................................................... Contracapa Saúde, Beleza & Estética ..........................4 páginas Especial Páscoa 2018..................................8 páginas Classificados ................................................12 páginas

veria estudar o mais perto de sua casa possível. Mas nossos municípios estão aparelhados para isso? O governo federal, a partir de Ministério da Educação, deveria ter um rígido programa de fiscalização escolar em todos os municípios brasileiros. Caso as metas estipuladas não fossem atingidas, o município deveria perder sua autonomia administrativa, ter uma intervenção. Simples assim. A escola básica deveria ser prioridade absoluta de governo. Os professores deveriam ter um preparo adequado e ter condições adequadas para o seu magistério. E este desempenho deveria ser sempre mensurado e cobrado. Por outro lado, um professor deveria ganhar sempre mais do que um vereador; afinal, ele,

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o professor, lida com o componente social mais importante da nação: o futuro. Talvez assim consigamos reduzir aquele tempo que nos separa do desenvolvimento. Claro que parece difícil de acontecer, no entanto se acreditarmos nesse sonho, ele se tornará realidade. Façamos uma revolução silenciosa, vamos inundar as redes sociais falando do descaso com a educação. Façamos petições aos congressistas pedindo que a educação seja a prioridade de qualquer governo. Se nós não mudarmos, nada mudará e estaremos condenando as futuras gerações a um atraso sem fim. * Economista e autor do livro “Às Margens do Ipiranga: a esperança em sobreviver numa sociedade desigual”

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