InduBrasil - A boa alternativa para a modernidade

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O Indubrasil do quase-tudo O Indubrasil - Rodrigo Borges diz que o Indubrasil já chegou num ponto de excelência, como animal, e esta é a base do futuro. “É o animal que todos desejavam, mas que no passado não era importante ser produzido, pois não havia concorrência”. Hoje, o Indubrasil somou conhecimentos de outras raças, somou virtudes, excluiu problemas, com todas as vantagens de ser um Neozebuíno. Esse trabalho de melhoramento é histórico, é uma conquista dos brasileiros. O moderno Indubrasil apresenta umbigo bom, leite bom, carcaça boa, rusticidade boa, versatilidade boa, habilidade materna boa. O que mais poderia ser desejado? Clarindo Miranda lembra que o Indubrasil tolera pasto ruim, como sempre. “O Sertão nordestino é exemplo de animais orelhudos, até hoje, mesmo depois de décadas seguidas de descaso e descrédito. Havendo comida, na caatinga, o Indubrasil moderno vai tão bem quanto em outras regiões do Brasil. Historicamente, o Indubrasil já dominou os Sertões. O problema do Nordeste são as secas, que liquidam as tradições. As secas enfraquecem os velhos proprietários; cedendo aos novatos que acreditam poder enfrentar o flagelo, apenas mudando o gado. Também eles aprenderão, em cada seca, os valores de um bom Zebu. Fugazzola informa que o Indu-

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brasil precisa somar Provas Zootécnicas, tanto para carne como para leite. “As Provas aceleram o melhoramento genético e são poderosa fonte de divulgação” conclui. Também os produtos cruzados precisam de mais atenção, por parte da Associação, podendo constituir nichos de

mercado, tanto no Brasil, como no Exterior. A maior divulgação de um produto é o próprio comprador, ou seja, o usuário que deseja boiadas cada vez mais lucrativas. O indubrasilista - Fugazzola lembra que chegou o momento de união dos criadores, relegando as pequenas diferenças que provocam grandes divergências, sem acrescentar vantagens para a raça. “Raça vitoriosa é raça feliz, empolgante, criando uma cultura própria, respeitando as tradições, mas adotando todas as tecnologias rumo ao futuro” - conclui. Rodrigo Borges também lembra a importância da união. Um gado correto é a soma de Região + Situação e, então, muitos núcleos devem se formar, cada um com suas vitó-

rias. “Que cada vitorioso de sua região, faça sempre uma festa agregadora, reunindo todos para festejar: esse é o caminho”. Clarindo Miranda afirma que o Indubrasil tem uma brilhante história que merece ser conhecida e contada, de boca em boca. Não foi um gado “do passado”, mas foi o gado que possibilitou muita gente ficar rica, no passado. Era o gado do momento. Hoje, o gado do momento é de umbigo curto, sem prolapso, com muito couro, muito peso, muita carne, precoce, de boa habilidade materna. Ora, é o próprio Indubrasil, com cara nova, moderna, usando novas tecnologias, novas Genéticas, aplicando

tudo que se sabe sobre Ciência pecuária. Deixou para trás um fabuloso período em que vigoravam crendices, superstições, e hoje vai somando novos conhecimentos que serão a nova tradição para o futuro. Essa, sim, é a história que merece ser contada: o Indubrasil é a alma do próprio Brasil”.

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